Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REPRODUÇÃO DE MACHOS – AULA 01 P2 SUBFERTILIDADE E INFERTILIDADE EM ANDROLOGIA NAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS Um animal fértil é aquele capaz de gerar uma descendência de acordo com as características da espécie. Por exemplo, a vaca se der uma cria por ano está ótimo, a porca tem uma media de 12 leitões por parto. O macho deve ter uma condição de fertilização de acordo com a alta prolifericidade da fêmea no caso dos suínos. Deve ser um animal capaz de gerar descendentes de acordo com a raça. Quando a limitação a descendência é total, é denominada infertilidade. O animal é incapaz de gerar descendentes. A subfertilidade esta implícito que o animal tem uma fertilidade menor do que aquela característica para a espécie. Devemos investigar se é congênita ou adquirida, onde em algum momento da vida do animal ele perdeu a capacidade de fertilização. Como abordar? Devemos desenvolver técnicas de manejo que envolvam muita perspicácia por parte do veterinário, manejos esses que vão avaliar os machos. No caso da orquite autoimune por exemplo, ao usar corticoides, o cavalo volta a produzir espermatozoides viáveis. Impotência coeundi É a incapacidade ou dificuldade de realizar a copula normal. Ás vezes, o ato do coito é impossível ou difícil, conservando entretanto a capacidade de fecundação. Uma patologia de locomotor, por exemplo, pode atrapalhar a monta, não ocorrendo a cobrição como deveria. Impotência generandi É a incapacidade de gerar prole, após a cobrição normal e completa em todas as suas fases. Híbridos e conceito de esterilidade Consideramos infértil um animal que em determinada fase de sua vida foi capaz de produzir descendentes. A infertilidade dele se manifestou 3 anos depois da maturidade sexual, por exemplo. Um animal estéril é aquele que nunca teve capacidade de gerar descendentes, como a mula, cruzamento do jumento com a égua, não geram descendentes. Mula fértil: mula de seis anos pariu um burrinho. Cariótipos da égua e jumento O cariótipo do cavalo é diferente, o numero de cromossomos é diferente entre a égua e jumento, possuindo números diferentes de cromossomos. (numero de cromossomos) Essa seria a limitação entre o cruzamento de híbridos. Intersexualidade Hermafroditismo: dentro dele temos duas classificações, o hermafrodita verdadeiro (tem gônadas de ambos os sexos, testículo e ovário no mesmo individuo) e o pseudo-hermafrodita masculino (a genitália externa é ambígua, mas a gônada é o testículo) e pseudo-hermafrodita feminino (genitália externa ambígua mas a genitália interna é ovário). Freemartinismo: é uma quimera, tem células de linhagem XX e XY, por isso existe infertilidade no gênero feminino, possui gônadas mistas, com características de ambos os sexos, chamado ovotestes. Deficiência de 5 alfa redutase leva a não transformação da testosterona em DHT o que leva a um não desenvolvimento da genitália externa. Síndrome da feminilização testicular: o individuo tem o cariótipo masculino mas não tem receptores para andrógenos, ele produz testosterona e DHT normalmente mas não possui os receptores para o desenvolvimento normal. Intersexo em bovinos: caso de intersexualidade onde se encontra um pseudopropúcio entre as glândulas mamárias e a dissecação dos órgãos internos mostra o músculo retrator do pênis e onde deveria ter o pênis não tem, presença de endométrio, folículos, corpo lúteo e na genitália externa tem uma uretra masculinizada. O cariótipo desse animal tem tanto linhagens de células com cromossomos XY e XX. Normalmente aberrações numéricas cromossômicas levam a agenesia gonadal. Ultrassonogramas de intersexo bovino É possível observar ovário, testículo e corpo do útero animal hermafrodita verdadeiro. Aberrações cromossômicas numéricas - Síndrome de Klinefelter a primeira coisa que vemos nesse animal é que parece uma fêmea, o animal tem os testículos muito mais reduzidos do que é o esperado para a idade. Quando extraído, observa-se que está minúsculo. Na histologia pode-se ver que as características normais do parênquima testicular não estão presentes, ele não se organiza como deveria se organizar. Chamamos isso de digenesia gonadal, onde o testículo formou-se de forma inadequada. Ocorre quando há alterações numéricas nos cromossomos. O cariótipo normal do bovino tem 60 pares de cromossomos, nesse caso, existe um par a mais. Todo gato tricolor macho é Klinefelter. - Síndrome de Turner em bovinos novilha Longhorn com síndrome de Turner, tem desenvolvimento mais devagar. Quando feito o cariótipo mostrou-se que só tem o X, falou o Y. Patologia de testículos Congênitas (o animal nasce com ela): - Malformação vascular quando tem restrição de suprimento sanguíneo para o testículo, ele nunca vai se desenvolver da maneira que deveria, fica hipotrófico. Se for unilateral leva a formação de um testículo pequeno e outro grande. - Monorquidismo ou anorquidismo: monórquida é o animal que só desenvolveu um testículo (não é criptorquida, que tem relação com a deiscência) e anorquida não desenvolveu testículos. - Polioquirdismo É mais comum na espécie suína. Pode acontecer dos dois testículos estarem na mesma bolsa. - Testículos ectópicos se desenvolvem em um lugar anormal. - Criptorquidismo o anima tem os dois testículos, um testículo realiza a descida e outro não. Quando no anel inguinal pode-se fazer uma tração cirúrgica. Degeneração testicular Alteração degenerativa do testículo de etiologia variada. Estabelece-se mais rápido ou não em função do ambiente, como o animal é criado, por exemplo, temperaturas elevadas. O epitélio do túbulo seminífero se encontra pequeno, quando olhamos no US, as áreas hiperecogênicas estão ausentes, indicando fibrose. Pode ser unilateral, bilateral, local ou difusa. Causas: calor, frio (queimadura por neve é um problema no exterior), radiação, US, deficiências nutricionais (o manejo ruim dos touros é uma predisposição) e idade (touros devem ser substituídos em intervalos de 3 a 4 anos, pode ocorrer em touros senis), lesões traumáticas, orquite e periorquite, infecções bacterianas (Brucelose, se há alteração de testículo é a primeira preocupação), infecções virais (principalmente BVD e IBR), orquite granulomatosa de etiologia indeterminada. Graus de degeneração: leve, moderado e grave (não consegue recuperar mais). Foto a leve, b moderado, c grave. Se o animal está iniciando um processo degenerativo, se a causa é removida pode-se voltar. No grau moderado o prognostico é reservado, se é em um testículo pode-se retirar o degenerado, altera a concentração do sêmen, o volume não porque é mais dependente de glândulas anexas. O túbulo com degeneração grave tem praticamente só espermatogônia, há núcleo de células no lumen, observam-se áreas de fragmentação e vacuolização. A castração química promove a degeneração testicular. No epidídimo observam-se sincícios que saem no ejaculado (células gigantes, medusa, etc). Uma das coisas que medimos é a altura do epitélio do túbulo, quando ainda esta boa, a degeneração está num grau menor. Quando o tecido instersticial é acometido, acaba com as células de Leydig o que acaba com a libido. Na espécie humana são feitos tratamentos com somatotropina, hormônios do crescimento, já usou em tourinhos jovens onde teve um efeito quadrático, com 250 microgramas a espermatogênese aumentava, com 500 microgramas já começou a prejudicar a espermatogênese, isso mostra que é possível recuperar a fertilidade através desses hormônios. Hipoplasia testicular Na Suécia pós-guerra, os bovinos começaram a ser selecionados pela pelagem branca, mas eles tinham propensão a hipoplasia testicular. Nessa época quase metade do rebanho sueco foi morto para tentar controlar hipoplasia. A hipoplasia ocorre porque está relacionada com um gen autossômico recessivo de penetrancia completa no rebanho. Um gen autossômico não é nem X nemY, se ele é recessivo, se tiver um heterozigoto (Aa) não aparece a doença mas na hora que entra em homozigose após reprodução (aa) a hipoplasia é expressa. 50% do imprinting gênico de um rebanho vem do touro, então metade dos genes daquele rebanho vem do touro. Não faz sentido usar um touro hipoplásico, tem que castrar mesmo. Hipoplasia total: túbulos seminíferos apresentam apenas células de Sertoli, não reproduz. Hipoplasia parcial: alguns túbulos apresentam células germinativas e outros não, é complicado pois é uma subfertilidade porem congênita. Existe uma hipoplasia no Gir que é bilateral e fica muito perto do que é normal. Unilateral é fácil de identificar, um testículo fica imenso e outro pequeno. Na bilateral ambos estão pequenos, mas deve-se tomar cuidado quando ela está muito próximo da realidade, dificultando o diagnostico. Translocação Robertsoniana Na M.V a espécie onde isso foi mais estudado é a ovelha. Na ovelha a primeira translocação foi identificada no par 1-29, nos humanos acontecem em outros. Pode estar relacionada com Síndrome de Down e mortalidade embrionária, ou seja, os animais são subferteis. Um fragmento de um cromossomo vai para o outro durante o crossing-over. Um pedacinho do par 1 vai translocar para o 29 o que causa uma bagunça, essas translocações são mais comuns em cromossomos acrocêntricos. Neoplasias testiculares As mais comuns no cão são: Tumor das células instersticiais, células de Leydig ocorre produção exarcebada de testosterona. A célula de Sertoli tem capacidade de aromatização (ela produz aromatase e converte testosterona em estrogenos), a concentação de estrógeno fica maior do que seria esperado nessa espécie. No touro a concentração de espermatozoides fica baixa e incidência variada de patologia espermática. Seminoma é um tumor de células germinativas, normalmente a espermatogônia, é mais frequente no cão, ocorre aumento da gônada afetada Tumor de células de Sertoli (Sertolioma) mais frequente no cão, testículos na cavidade abdominal, ocorre uma produção muito grande de estrógeno, causando uma feminilização do indivíduo. No criptorquidismo, existe uma correlação muito alta entre o testículo que não desce e o sertolioma, deve ser retirado, do contrario aumenta de volume causando ascite. Ocorre também alopecia abdominal que é característica. Epidídimo, pênis e glândulas acessórias – anomalias do desenvolvimento e problemas adquiridos Anomalias congênitas: - Aplasia do epidídimo pode ser total ou segmentada. Quando falta só uma parte pequena do epidídimo é difícil de diagnosticar, podendo ocorrer obstruções o que pode gerar calcificações. Glândulas vesiculares: no exame deve-se avaliar se estão simétricas e tem aspecto de cachos de uvas. Elas que produzem frutose e acido cítrico, principais fornecedores de energia para a motilidade espermática, se há problema nessa glândula há problemas de motilidade espermática. - Vesiculite seminal no touro fica assimétrica e não lobulada. Pode ocorrer por infecções bacterianas como tuberculose e brucelose, candidíase, clamidiose e IBR (vírus). Nesses processos agudos vai ter uma quantidade muito grande de piócitos no sêmen. Pênis e prepúcio: Pênis bífido: é normal no gambá, mas pode ocorrer no touro. Pênis em saca-rolha: comum no varrão, não pode ocorrer no touro. Hipoplasia do orifício prepucial. Hipospadias: uretra não se fechou ou a abertura uretral está num lugar indevido. Lesoes traumáticas Acrobustite Comportamento sexual Nutrição e idade diminuem a libido tanto em espécie de produção quanto em pets. Em pequenos animais pode ocorrer inibição da libido por hipotireoidismo, hipogonadismo e deficiências hipofisárias. Praticas de manejo: a mão de obra em fazendas geralmente é pouco treinada, podendo ocorrer pancadas que causam medo no animal. O jumento tem que ser treinado para cobrir a égua, pois nem sempre a égua aceita monta de jumento, por isso ele deve ser treinado e as éguas acostumadas. MACHOS – AULA 02 P2 EXAME ANDROLÓGICO E AVALIAÇÃO DO SÊMEN CANINO Exame andrológico: fazemos esse exame no cão para avaliá-lo quanto a suas características reprodutivas em questão de compra, venda e para saber o histórico do animal. A libido do animal também esta relacionada, quando o animal não tem libido o sêmen é avaliado. Esse exame também é feito quando o animal apresenta dificuldade em monta natural. Laudo patológico: feito para compra e venda (não podemos comprar ou vender um animal com doença reprodutiva), quando precisamos excluir um animal do plantel (por exemplo, animais criptorquidas não podem ser utilizados na reprodução, brucelose também não) para avaliar o histórico e quadro clinico do animal para confirmar se esse animal está doente mesmo ou não. Espermograma: avaliação do sêmen, é feito no comércio de doses inseminantes, para realizar IA, para congelamento do sêmen, para atestar qualidade espermática e avaliar maturidade/senilidade reprodutiva. Reprodução canina assistida é usada para desordens anatômicas (animais braquiocefalicos não conseguem realizar a MN, então deve-se avaliar o sêmen pra IA), dificuldade no transporte, fêmeas agressivas, animais que tem baixa libido (a libido não atrapalha o potencial reprodutivo do animal, muitos vezes o animal tem a libido baixa mas se conseguem coletar sêmen, ele tem qualidade). IA em pequenos animais dissipar material genético, viabilizar reprodução e aumentar a produtividade. Para isso é necessário conhecer a qualidade espermática desse cão. Dose inseminante: um ejaculado do cão pode ter de 1,5 a 80 ml de volume, a concentração media é de 200 milhões de sptz/ml possuindo 1 bilhão de sptz por ejaculado. A dose inseminante possui 150 milhões/dose. O numero de doses por ejaculado é de aproximadamente 6. Etapas do exame andrológico Histórico e anamnese: idade, alimentação, suplemento, se já teve prenhes confirmada ou não confirmada, cruza com a almofada, no pé da visita, não tem libido, etc. Exame físico geral Exame andrológico: escroto, testículos e epidídimos, próstata, prepúcio, glande, corpo e bulbo peniano. Espermograma: o animal tem que estar condicionado a coleta (o animal pode estar acostumado com a fêmea), nunca podemos fazer o laudo espermográfico com uma ejaculação só, para fazer um espermograma tem que fazer uma coleta hoje e depois de três dias fazer outra que vai valer mesmo, tem que fazer uma de esgotamento, a primeira nunca é usada, o ideal é até fazer dois esgotamentos. - Escroto, testículo e epidídimos: o escroto do cão fica próximo a região inguinal, não é penduloso, tem um testículo mais cranial que outro. Na palpação avaliamos se tem aderência, se os testículos estão se movimentando dentro da bolsa escrotal, a pele deve estar saudável, o testículos devem ter textura firme mas não duros. Avaliar criptorquidismo, se positivo esse animal não pode ser usado para reprodução. A medição é feita no diâmetro e comprimento, para calcular o volume é usado uma fórmula. - Próstata: é a única glândula anexa do trato reprodutivo de cães, a palpação retal é feita introduzindo o dedo com luva no reto do animal, avalia-se textura, posição anatômica, se tem formação de nódulos, etc. Podem ser feitas US e raio-x para observar tumor de próstatas e alterações. - Prepúcio e pênis: o pênis do cão é vascular, aumenta muito a vascularização no momento da ereção, aumenta seu tamanho em 4 a 5 vezes, é muito sensível, quando estiver coletando o sêmen não pode soltar o animal com o pênis exposto porque é muito sensível e pode causar lesões, pois o animal se bate em tudo. Possui osso peniano e bulbo peniano. Movimento de “Turn”: quando depois da copula o animal gira e fica um de costas pro outro. O óstio prepucial tem que estar livre, não pode ser fechado, deve-se avaliar o corpo peniano e o bulbo que é o responsável pelo cao e a cadelaficaram ‘grudados’ na copula, isso é necessário porque o cão ejacula de gota em gota então esse bulbo segura o pênis lá dentro para garantir a fecundação. No turn o pênis vira 180º e dura até 30 minutos. Uma teoria diz que é proteção de defesa contra predadores ou para que o animal se mantenha em estação até o fim do gotejamento. Coleta do sêmen Primeiro tem que condicionar o animal. Cada animal tem uma exigência para ter ereção, o cão é uma espécie sensível, muitas vezes apegado ao dono então tem uma serie de parâmetros pra avaliar. O sêmen é coletado por manipulação digital do corpo peniano do animal até que ele entre em ereção. Existe eletro-ejaculador e vagina artificial para cães, mas não são usados. O ambiente em que o animal se encontra influencia muito na coleta. O SNA que funciona no momento da coleta é o parassimpático. A presença da fêmea na hora da coleta pode ser um fator decisivo ou não, tem cão que não ejacula sem uma fêmea no cio presente. Um swab vaginal de fêmea no cio pode ajudar, mas pode não funcionar também, depende do animal. Alguns ficam estimulados muito bem sem a fêmea. Muitos autores dizem que a coleta tem que ser realizada com funil graduado num tubo estéril, mas as vezes não conseguimos manter o pênis com a uretra na posição certa no funil, acabamos perdendo o sêmen, por isso utilizamos saquinho plástico limpo, ele tem uma pontinha fininha em cima que pode ser cortante, por isso dobramos a ponta para não lacerar o pênis do animal. A partir de estímulos no corpo peniano (rápido ou lento), puxando, o animal começa a expor o pênis e temos que retrair todo o bulbo para fora do prepúcio, o óstio prepucial deve ser regredido para não apertar o bulbo peniano e isso pode atrapalhar a ejaculação. Isso deve ser feito antes da ereção, pois depois da ereção o prepúcio não passa mais pelo bulbo. O saquinho deve ser segurado dentro da mão para manter o sêmen aquecido e protegido da luz. Espermograma Avaliamos os aspectos físicos e macroscópicos do sêmen: cor (leitosa), textura (viscoso ou muito fluido, o normal é não ser nem muito grosso nem muito fluido), odor, o cão não tem turbilhonamento. O sêmen é dividido em três frações: a primeira e a terceira são as frações prostáticas, pobre em sptz, nem são utilizadas na avaliação do sêmen, a segunda fração que é rica em sptz. A primeira fração limpa a uretra e a segunda é um pouco mais volumosa que a primeira e é a rica e sptz. A primeira fração vem em jato, é meio transparente e muito aquosa, depois começa a gotejar, é grossa e branquinha, é a segunda fração, têm muitas células, ai começa a vir liquido transparente de novo, que é a terceira fração, que também não é utilizada. Não compensa trocar o saquinho entre frações, geralmente deixa a primeira pingar no chão e coloca o saquinho quando começa a gotejar quando começa a ficar liquido de novo, tiro o saquinho e deixa cair no chão. A motilidade é a célula estar se movimentando, não importa para onde nem como, para trás, para frente, em círculos, devagar, rápido, etc. a avaliação é feita instantaneamente após a coleta, com preparo em lâmina úmida (pega uma lamina e põe uma alíquota de 10 microlitros de sêmen, põe a lamina e analisa na hora, tem que ser imediatamente, a lamina tem que estar aquecida na temperatura que o sêmen sai do animal, a lamínula também). É subjetiva, tentamos contar 10 células e vemos quantas delas estão se movimentando, o sêmen ideal tem mais de 70% de motilidade. O vigor mede a intensidade do movimento, é medido em score de 1 a 5, sendo 5 o vigor mais forte. A integridade de membrana é avaliada com uma coloração chamada eosina-nigrosina, ele marca as células com acrossoma degenerado. A célula que esta com a membrana degenerada são penetradas pelo corante e fica rosa. Marcamos 100 células e vemos quantas delas estavam com a cabeça corada, também é chamada de vivos e mortos, tem que ser instantâneo senão da falso negativo. Essas três analises devem ser feitas imediatamente, pois necessito das células viáveis. Morfologia e concentração: o sêmen é fixado em formol, diluído de 1 amostra de sêmen para 20 de formol até 1:100. Isso conta na hora de determinar a concentração. No microscópio de contraste de fase é feito com lamina úmida não precisa de coloração, mas pode colocar o rosa de bengala que fica bom de ver, esse MO é bom porque da uma visão tridimensional da célula. O sptz tem cabeça piriforme, esse é o formato normal. Sêmen congelado: perde qualidade, mas tem que ter um padrão mínimo para ser utilizado. Considerações finais Relevância do exame andrológico; Atenção e responsabilidade; Ética na condução do exame; Atentar às particularidades; Ter cuidado ao julgar o animal; Avaliar características em conjunto. Machos – Aula 03 P2 EXAME ANDROLÓGICO E AVALIAÇÃO REPRODUTIVA NO TOURO Objetivos do exame andrológico: seleção de reprodutores, subsídios para programas de estação de monta (1 touro selecionado para 100 vacas significa que estou economizando 3 touros mas devo conhecer esse animal. O ambiente em que o animal se encontra deve ser levado em consideração, no Pantanal, por exemplo, a relação touro vaca é 1:8 por conta de alagamentos, etc.), comercialização de animais, classificar reprodutores (circunferência escrotal, patologia espermática, motilidade do sêmen, etc.). Exame andrológico Primeiramente deve-se ter a identificação do animal, histórico e anamnese (ascendência e descendência) depois faz um exame clinico com enfoque nos aprumos do animal, analisando o sistema locomotor, pois qualquer defeito de locomotor pode prejudicar a vida reprodutiva do touro. Exame Clínico do Sistema Genital Avaliar cordão espermático, bolsa escrotal e testículos. Verificar simetria e posicionamento de testículos, avaliar a bolsa escrotal como sua cor (bolsas escrotais mais claras tem mais disposição a ter dermatites). Deve-se avaliar a consistência (medida de 1 a 5 sendo 5 o desejado, a consistência de um bíceps) e posição, mobilidade (processos inflamatórios levam a aderência do testículo a bolsa escrotal) e sensibilidade (trauma, processos inflamatórios). Deve-se avaliar o epidídimo também, a cauda quando é muito desenvolvida e tem tônus (1 a 5) muito elevado, significa que tem muito sptz ali dentro, indicando alta capacidade de armazenamento de sptz. Normalmente infecções no epidídimo leva a obstruções o que impede a saída de sptz no ejaculado. Patologias do pênis Desvio de pênis em saca-rolha: o animal não consegue reproduzir, é um caráter hereditário. - Fibropapiloma: restringe a copula também. - Frênulo persistente: pode ser retirado, mas pode ter um caráter hereditário. Às vezes o animal tem libido, conduta, persegue a vaca no cio, mas não consegue copular. Para examinar o pênis do touro se ele não expõe fazemos meia dose de xilasina, uma sedação leve que permite a exposição do pênis. - Hematoma do pênis (pênis quebrado): leva a edema, pode tirar o animal da reprodução. Biometria testicular Mensuração dos testículos: comprimento: dimensão próximo-distal, largura: dimensão médio- lateral e espessura: dimensão crânio-caudal. Pode ser usado um paquímetro para medir. Depois de medir os testículos separadamente fazer a circunferência escrotal. Circunferência escrotal Medimos a circunferência escrotal porque é um fator de alta herdabilidade (0,4 a 0,6), é um fator determinante da fertilidade de gerações futuras, tem uma correlação estatística muito alta com concentração espermática, quanto maior a circunferência escrotal maior quantidade de sptz no ejaculado. Touros com pequena circunferência escrotal tendem a serem descartados do rebanho. Devo medir porque a circunferência é indicativo de puberdade precoce, as fêmeas filhas de touros com alta circunferência entram na puberdade mais cedo. A produção do sêmené maior, a qualidade do sêmen também, esta relacionado a patologia dos testículos e subfertilidade no caso de circunferências pequenas. 45 cm de circunferência é a media dos touros de central. Touros com testículos maiores tem alta fertilidade e tem tendência a terem filhas com maior eficiência reprodutiva e melhor idade a primeira cobrição. Correlação peso corporal – circunferência escrotal maior em Bos taurus com 1 ano e em Bos indicus com 2 anos. Tabela Classificação Andrológica proposta para touros Bos taurus. Para usar em Bos indicus deve-se dobrar a idade. Cobra isso na prova: o que é uma circunferência boa? Seleção por desenvolvimento ponderal Desenvolvimento ponderal é ganho de peso do animal. Os animais do lado direito da media da curva são touros superiores e os touros na ponta do lado direito da curva são touros de elite. Perceberam que para cada grau selecionado para ganho de peso, os critérios para reprodução valiam economicamente dez vezes mais, então começaram a selecionar os animais pela puberdade, quando mais cedo o animal chegava à puberdade melhor. A circunferência escrotal tem uma correlação muito alta com o desenvolvimento ponderal, assim como com o ganho de peso. Comportamento sexual Bos taurus x Bos indicus O touro europeu monta em um manequim que é uma vaca mansa que não esta no cio, apresenta reflexo de Flehmen, e monta, seu pênis é desviado para o lado, ele desmonta e monta de novo, no segundo salto, é colocada a vagina artificial, esse processo de coleta de sêmen leva 5 minutos. O touro europeu tem uma libido muito mais alta que o touro indiano. O touro indiano leva 35 minutos cortejando a vaca, faz o reflexo de Flehmen, faz o primeiro salto, é feito o desvio de sêmen para esperar o segundo salto ainda e esse animal era bom de libido. O zebuíno é muito difícil de coletar sêmen. Touro guzerá: estava há uma hora e meia na mesma posição e não montava na vaca e esse touro é um dos recordistas de venda de guzerá, tem zero de reclamação do sêmen desse touro, é excelente. O teste de libido não é preditor de fertilidade do touro, a única informação que extraímos do teste de libido é que o touro que tem libido desenvolvida vai cobrir um grande numero de vacas no inicio da estação de monta (questão de prova). Eu devo descartar um touro que tem uma libido baixa? Deve-se ter cuidado com isso, principalmente no caso do zebu. O americano faz o teste de libido pegando 30 touros e coloca num curral e pega 29 novilhas e colocar nos canzis (no cio ou não) e observa o que o touro fez em 10 minutos. Como o professor fez em um caso dele: colocou o touro com duas vacas no cio em um curral e observou durante 20 minutos, ele não demonstrou muito interesse, as vacas montaram nele e ele dormiu. Kkkkkk Para ver se um tourinho esta na puberdade eu doso a testosterona no tempo 0 e depois aplico GnRH e doso de novo, deve haver uma produção elevada de testosterona. Classificação de touros Fatores que afetam a fertilidade: - Incapacidade para a copula: sem causas clinicas associadas, problemas lombares, cascos e aprumos e pênis e prepúcio, assimetria dos testículos e hipoplasia testicular unilateral, atrofia de testículos (problema de irrigação), orquite e degeneração testicular. - Distúrbios na função testicular: Hipoplasia testicular clássica ou por espermiogênese imperfeita, Degeneração testicular, Orquite, Imaturidade sexual e Maturidade sexual retardada. - Distúrbios no comportamento sexual: redução primaria da libido, inibição do SNC do comportamento de copula, desenvolvimento lento de copula, redução secundária da atividade sexual. Coleta de sêmen: Deve-se fazer uma contenção adequada do animal para evitar lesões. Exame de sêmen: avaliar a presença de células inflamatórias, patologias espermáticas, anormalidades. Depois da coleta, o animal fica agitado, deve-se esperar ele se acalmar para solta-lo no pasto novamente. Machos – Aula 04 P2 REPRODUÇÃO EQUINA – EXAME ANDROLÓGICO DO GARANHÃO Avaliação do potencial de fertilidade e manejo reprodutivo. O garanhão tem uma característica diferente do touro, o esquema de touro já esta todo instalado, vários centrais de reprodução, etc. No cavalo não, o manejo ainda está na nossa mão, existem centrais de pequeno porte, é um esquema mais pessoal do que industrializado, como é no bovino. Desde a avaliação ate a sanidade, fica na mão de um veterinário autônomo, e não da indústria, portanto esse veterinário tem que ser capaz de avaliar o potencial de fertilidade do animal e fazer seu manejo reprodutivo. Manejo tradicional da reprodução O cio da égua dura sete dias, no terceiro dia é colocado o garanhão para a monta, e são feita três cobrições com intervalo de um dia para emprenhar a égua. A concentração do sêmen do garanhão é de 120 milhões/ml de sêmen. O sêmen de cavalo não tem motilidade em massa como o de bovino, ele é muito diluído. Tem muito movimentos circular e errático, a implantação abaxial não é considerada patológica no cavalo. O ejaculado tem de 70 a 80 ml, supondo que todos os sptz estão vivos, a concentração de um ejaculado final seria de quase 10 bilhões. Então nesse manejo natural são necessárias 30 bilhões de células para resultar numa prenhes. Quando trabalhamos com sêmen in natura ou resfriado, usamos 500 milhões de sptz, dose mínima inseminante. Quantas éguas eu inseminaria se eu usasse esses três ejaculados da monta natural? 60 éguas. Tem algum tempo, se congela sêmen de cavalo, a dose usada é de 800 milhões a 1 bilhão de sptz e mudo o local de deposição do sêmen também, identifico onde está o CL e insemino no corno uterino ipsi-lateral ao ovário que apresenta CL. No cavalo existe uma variação muito grande entre os diferentes indivíduos, e mesmo no mesmo individuo existe uma variabilidade muito grande entre os ejaculados. No Brasil não temos a tradição de seleção de equinos para fertilidade, selecionamos para performance, como pista, prova do tambor, corrida. Com isso começamos a ter problemas com a espécie, porque não temos seleção por fertilidade. Puberdade: até hoje não temos parâmetros definidos e uniformes para avaliar potro. Devemos fazer o andrológico mesmo assim porque problemas de fertilidade adquirida podem ser superados com o manejo, e também temos que fazer o planejamento racional de estação de monta. Avaliação do potencial de fertilidade O exame andrológico deve ser mensal, devo fazê-lo porque é necessário para a comercialização, numero de montas que são realizadas durante a estação reprodutiva, suspeita de subfertilidade, necessidade de aumentar o numero de fêmeas que são cobertas na estação reprodutiva, determinar qualidade do sêmen ou avaliar condição dos testículos desde o ultimo exame andrológico e doenças da reprodução. Procedimentos para avaliação do potencial de fertilidade Mínimo de dois ejaculados colhidos com intervalo de uma hora entre as colheitas. Dois ejaculados colhidos com intervalo de uma hora no primeiro dia e colheita de um único ejaculado durante sete dias. Esse procedimento é mais preciso, porque permite maior acurácia do potencial reprodutivo e estimativa do numero de fêmeas que serão cobertas ou inseminadas artificialmente. Com sete dias todos os sptz que estivessem nos epidídimos teriam sido eliminados, então se o cavalo passa muito tempo sem cobrir, os sptz presentes no epidídimo há muito tempo ficam com defeitos, se tirar esses sptz durante sete dias, diminui a incidência de patologias decorrentes do repouso sexual. Tabela: esse cavalo foi coletado o sêmen todos os dias durante duas semanas, no primeiro dia ele tinha 8,8 bilhões de sptz, no segundo, 6,9 bilhões de sptz por ejaculado, no quarto dia o ejaculado cai para 4,4 bilhões, metade do primeiro dia, no quinto dia vai para 3,8 bilhões e do décimo dia em diante é a concentração que você tem que estimarpara o seu cavalo na estação de monta, que é de 3,5 bilhões. Temos que fazer nossas estimativas pelo aspecto físico do segundo ejaculado, pois ele é menos concentrado e chega a uma estimativa mais próxima da realidade. Anatomia do sistema genital do garanhão A glândula bulbouretral no equino é palpável, diferente do touro. O testículo é horizontal ao plano abdominal assim como o do cão, isso traz alguns problemas como a possibilidade de torção testicular. Outra característica é que ele tem um pênis vascular (diferente do touro que tem pênis fibroeslástico), que tem uma dilatação imensa, inclusive da glande, existe o risco do cavalo matar a égua por penetração anal, por isso a cópula deve ser guiada. O problema dessa dilatação também são acidentes na coleta de sêmen, podendo ocorrer a passagem, por exemplo, da glande do pênis no orifício da vagina artificial modelo Botucatu. Parâmetros para avaliação do potencial de fertilidade Largura, biometria feita com um compasse grande, a medida deve ser acompanhada mensalmente. Consistência testicular escala de 0 a 5, tonômetro. Culturas microbiologias da uretra, prepúcio e sêmen. Comportamento sexual avaliamos pelo tempo de reação, coloca o cavalo em contato visual com a égua no cio e dispara o cronometro e meço o tempo que o cavalo gasta para entrar em ereção completa. Associamos isso a libido do cavalo. Numero de montas por ejaculação pode ser influenciado principalmente pela experiência sexual prévia, um potro, por exemplo, não sabe cruzar direito ainda, ate ele descobrir como faz, ele pode ejacular varias vezes. Ultrassonografia aplicada ao exame andrológico No touro vemos uma área central que é o mediastino, no cavalo, essa área anecóica é a veia central. Quando aplicamos o transdutor no testículo transversal, vemos um pontinho circular anecoico que é a veia central e o mediastino é hiperecóico. Avaliamos assim todo o testículo. Depois avaliamos fluido espermático, aplicamos o transdutor transversalmente, podendo ser visualizado o plexo pampiniforme. Podemos avaliar também o epidídimo. Tenho que avaliar a cauda do epidídimo, pois é ali que estão armazenados os sptz, se estiver grande posso esperar um ejaculado concentrado. Também posso analisar ramo da artéria testicular, quando tem neoplasias no testículo, é comum esse fluxo sanguíneo estar diminuído, então por isso é importante avaliar. Fazemos também a ultrassonografia das glândulas acessórias. A vesicular antes da ejaculação se encontra cheia de liquido, por isso se estou suspeitando de vesiculite, levo o cavalo na égua, ele começa a produzir liquido, se ela não fica expandida, quer dizer que tem algum problema, permitindo uma avaliação funcional dessa glândula. Também posso fazer a ultrassonografia do pênis, onde é possível ver os corpos eréteis como corpo cavernoso e esponjoso. O pênis desses animais, por ser vascular, tira muito cavalo de estação de monta, porque qualquer lesão causa uma hemorragia muito grande e o sangue é deletério a viabilidade dos sptz. Parâmetros para avaliação do potencial de fertilidade No garanhão temos que trabalhar com um filtro ou gaze estéril para que a parte do gel do sêmen se separe da parte fluida, volume de gel + volume sem gel = volume total do ejaculado. A porcentagem de sptz com motilidade retilínea progressiva. A concentração de sptz é feita na câmara de Newbauer com a fração sem gel e total do ejaculado. É feita também a morfologia espermática e medido o pH do sêmen que deve ser por volta de 8. Volume do sêmen Glândulas vesiculares: fração gel. Ejaculação: 6 a 9 jatos de sêmen (pulsação da uretra). 75% de sptz nos 3 primeiros jatos. O gel vem nos 3 jatos finais. O gel é um tampão mecânico da monta natural para evitar o refluxo de sêmen na monta natural. Ele pode conter sptz (slide). Fatores que afetam o volume do sêmen - Estação e época do ano; - Primeiro ou segundo ejaculado; - Fertilidade x volume do ejaculado; - Volume x concentração; - Grandes quantidades de sêmen na égua: usar muito diluente pode causar endometrite porque o diluente é um meio de cultura que pode ficar acumulado no útero. Motilidade Sptz do garanhão tem tendência a aglutinação, então o ideal é trabalhar diluindo o sêmen com extensor de 1:20 a 1:40. Extensor pode ser preparado antecipadamente, resfriado, congelado e aquecido a 37,5 ºC na hora do uso, se usar uma temperatura errada, causa erro terciário (erro de manipulação). Extensor do sêmen Fórmula: Leite em pó desnatado (g/100 ml)..........................5,0 Glicose (g/100 ml)...................................................5,0 Sulfato de polimixina B............................................500 Penicilina G sódica..................................................500 Motilidade O padrão de motilidade que eu quero é retilínea, progressiva e a cabeça apresenta uma revolução completa (360 graus) a cada movimento de chicotada da cauda. A porcentagem de sptz movendo-se progressivamente e a velocidade (vigor) da movimentação são altamente correlacionadas à fertilidade. Concentração Feita na câmera de Neubawer ou no espectrofotômetro. Colocar 0,2 ml de sêmen em 7,8 ml de solução com 10% de formalina e 0,9% de solução de cloreto de sódio (1:40). Concentração total: primeiro e segundo ejaculados. Análise do sêmen Morfologia: 2 laminas, 200 células por lamina defeitos de forma Preparação úmida estrutura pH: segundo ejaculado maior concentração e maior fluido do epidídimo, quando tem fluidos das glândulas acessórias, o pH é mais alto. Fluidos da próstata, glândulas vesiculares e bulbouretrais são alcalinas (pH: 8,0) e constituem 95% do ejaculado. A largura escrotal e consistência testicular também devem ser analisadas. Medir pelo menos uma vez por mês A distância entre as duas curvaturas maiores de cada testículo. Concentração x Motilidade Qual a dose mínima inseminante? Entre 100 e 500 milhões, à medida que se aumenta a concentração de sptz tem um incremento na fertilidade (sêmen in natura ou resfriado), acima de 500 milhões a fertilidade não altera, então esta jogando sptz fora. Portanto, a dose mínima inseminante na égua é de 500 milhões de sptz viáveis quando trabalhamos com sêmen resfriado ou in natura. No sêmen congelado essa dose sobe para 800 milhões a 1 bilhão. Temos que avaliar a motilidade progressiva, se avaliei um sêmen de 500 milhoes de sptz e esta dando 50% de motilidade progressiva, na verdade eu tenho 250 milhões de sptz, então para saber, eu tenho que multiplicar a quantidade de espermatozoides pela motilidade progressiva. A cada campo tem que ter 50 a 100 sptz (slide). Eu guardo uma amostra do sêmen que avaliei, deixo no banho-maria, e depois de trabalhar, vou lá e dou uma olhada para ver como esses sptz estão sobrevivência de espermatozoides in vivo e in vitro. Culturas do trato reprodutivo Procedimento: lavar o pênis do garanhão com água morna, enxaguar com água a 40 ºC. Três swabs: após o primeiro ejaculado: swabs da uretra e do prepúcio para cultura bacteriológica e swab do sêmen. Culturas do trato reprodutivo Culturas positivas microrganismos residem na genitália externa cavalo tem contaminação transitória ou permanente? Culturas positivas microrganismos residem na genitália interna animal está verdadeiramente infectado. Um animal verdadeiramente infectado temos que pedir um diagnostico para estas bactérias: Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Streptococcus beta-hemolítico (prova). Se tem presença desses microrganismos, o garanhão é inapto para a reprodução. Se acontecer de pegar Klebsiella no prepúcio mas não peguei no sêmen e na uretra, tenho que repetir, porque pode ser contaminação transitória, deve-se repetir. Nas avaliações é interessante pedir antibiograma para saber com o que se esta lidando. Se o animal está verdadeiramente infectado,não consigo tratar, geralmente é sem sucesso. Não utilizar esse garanhão para monta, pois haverá contaminação das éguas. Associação permite IA? Saber se pode usar a IA na associação, se sim, pode-se adicionar antibióticos ao extensor (1000 UI de polimixina B por ml). Coleta de sêmen em equinos Preparação da égua (manequim) animal deve ser dócil, em cio de preferencia, com contenção adequada, com bandagem na cauda e cachimbo. Monta assistida temos que observar índole do garanhão, contenção e apresentação do garanhão à fêmea e ereção completa antes da monta. Comportamento sexual do garanhão Observar diferenças do garanhão quanto: idade, experiência sexual, índole, sazonalidade (dentro ou fora da estação de monta). Égua urinando (estro) Reflexo de Flehmen. Manequim inadequado Machos – Aula 05 BIOSPECKLE LASER: TECNOLOGIA A LASER PARA ANÁLISE DA QUALIDADE DE SÊMEN Reprodução assistida: há grandes avanços como a IA, TE, FIV e clonagem. No Brasil, 6% das fêmeas são inseminadas o mercado da IA movimenta em torno de 14 milhões de doses ao ano. A cada ano que passa, temos técnicas mais sofisticadas para trabalhar na reprodução. Essas técnicas obviamente envolvem uma avaliação cada vez mais minuciosa e precisa da qualidade dos embriões. A quantidade de doses vendidas dobrou na ultima década, mas não porque a IA se expandiu, mas porque o rebanho bovino aumentou. Obstáculo: é o baixo desempenho em biotecnologias reprodutivas dificuldade de prever potencial fecundante do sêmen utilizado. O aumento da reprodução assistida leva a um aumento proporcional da demanda por metodologias precisas para determinação da qualidade do material manipulado. Foram muitas tentativas para que se conseguisse fazer a primeira clonagem isso leva a um gasto muito grande. O mesmo acontece em técnicas para reprodução assistida em humanos, onde as técnicas são caras e as vezes é necessário repetir o processo. Nos equinos não conseguimos processos laboratoriais de capacitação de espermatozoides como nos bovinos, por isso são necessários procedimentos com microcirurgias com laser o que torna o processo bastante caro. Fertilidade A meta é predizer o potencial fecundante do sêmen a partir de parâmetros espermáticos correlacionados à fertilidade. Parâmetros utilizados: integridade de DNA, de membrana plasmática e acrossomal (sonda fluorescente é importante nessa questão), cinética: quando lidamos com sptz temos que manter a motilidade e isso é uma complicação, pois no sêmen sexado, por exemplo, falamos em 10 milhões de viáveis no normal, no sexado são 2 milhões de viáveis, o tempo para fazer a sexagem é grande e o sêmen passa por muito estresse, fazendo com que as características funcionais da dose do sêmen sexado seja muito diferente do não sexado, antecipa a capacitação do sêmen, tem uso mais restrito na FIV e passa a ser utilizado à campo. Então avaliar fertilidade é uma tarefa ainda muito difícil. Cinética Espermática É o parâmetro mais frequentemente correlacionado à fertilidade, uma vez que, o sptz deve estar móvel para migrar e interagir no trato reprodutivo (capacitação), e alcançar o ovócito para haver fecundação. Motilidade é o percentual de células que se movem progressivamente (movimento retilíneo progressivo). Vigor: velocidade / intensidade do movimento expresso de 0 a 5. Métodos para avaliação de motilidade - Microscopia óptica: mais comumente utilizado na rotina, menos oneroso, é subjetivo, pois está sujeito à habilidade do avaliador, há 30-60% de variação entre avaliadores para a mesma amostra de sêmen. - Análise computadorizada do sêmen (CASA): metodologia automatizada que avalia milhares de espermatozoides individualmente (dimensões da cabeça), fornecendo informações quantitativas e qualitativas sobre a motilidade, padrões de trajeto e de movimentação. Atualmente é o método mais aceito para avaliação de cinética espermática, com valores objetivos e com elevado padrão de repetibilidade. Esse programa marca os sptz mortos e também marca a trajetória dos vivos, entre outras funções. Biospeckle Laser (BSL) O laser é um tipo de radiação eletromagnética que possui: comprimento de onda bem definido, alta direcionalidade e coerência espacial e temporal. Incidimos o laser na amostra através de um canhão e esse laser vai gerar uma dispersão de luz sobre o sêmen gerando um fenômeno de interferência ou speckle. Quando o material iluminado apresenta atividade biológica, esse fenômeno de interferência é dinâmico é denominado Biospeckle (~ TV for a do ar). Aplicações do BSL: Identificação dos níveis de atividade em semente de milho vivas e mortas, e a determinação do teor de umidade em sementes. Detecção de fungos em sementes de feijão. Ferramenta para a avaliação de sêmen O BSL como uma ferramenta pioneira para avaliação da qualidade do sêmen gerou uma patente aos Departamentos de Medicina Veterinária e Engenharia da UFLA (Patente INPI – PI 0301926-8). BSL sêmen ovino, equino, canino e bovino. Estudos realizados tem demonstrado resultados animadores quanto à aplicação da metodologia para avaliação de cinética espermática. Componentes e Aplicação da Técnica - Fonte de luz laser; - Lente e espelho; - Amostra; - Um dispositivo captador de imagens; - Microcomputador com processador de imagens digitais e aplicativo para o tratamento de imagem. Para realização de iluminações pelo BSL necessita-se de ambiente silencioso e escuro alta sensibilidade. A amostra é iluminada por aproximadamente 40 segundos. Durante este intervalo de tempo sucessivas imagens do biospeckle são captadas. Essas imagens são processadas de modo que a intensidade da movimentação corresponde a determinado tom de cinza. Realiza-se, então, um estudo da variação temporal de intensidade de cada pixel. Momento de inércia (MI) O MI é uma forma de quantificação do BSL, obtido a partir da matriz espaço por tempo (Spatial Temporal Speckle – STS). STS consiste em uma seqüência de 512 imagens consecutivas das quais se seleciona uma mesma coluna (=512 colunas postas uma ao lado da outra) Linhas representam diferentes pontos Colunas representam a intensidade em uma seqüência Assim, atividade da amostra aparece como variações da intensidade ao longo das linhas. Exemplo Prático Entre o branco e o preto existem 256 tons de cinza, aqui para simplificar, colocamos 6 variações, supondo que entre o branco e o preto existam 6 variações de tons de cinza. No resultado de uma captação de imagens há uma matriz, a cada tom de cinza nessa matriz nós atribuímos um numero, no caso, de um a seis. Quando pegamos a imagem que tem diferentes tons em cada pixel, transformamos essa imagem em números e a cada tom é atribuído em numero, a matriz de cores é transformada em uma matriz numérica. Essa matriz STS é transformada numa matriz de ocorrências (MOC), de modo que, cada ponto da matriz corresponde ao número de vezes que o pixel de intensidade tal foi seguido pelo pixel de intensidade tal. A partir da MOC, calcula-se o MI. É uma analise objetiva daquilo que está acontecendo no sêmen. Quando tem-se poucos sptz e fracos o STS tem linhas brancas em fundo preto, quando o sêmen tem alta atividade, a imagem é fervilhada (parece TV fora do ar). Na matriz gráfica, no sêmen de baixa qualidade a dispersão da luz é pequena e no sêmen bom é grande, o feixe de luz é mais disperso. Esse momento de inercia prediz a fertilidade do sêmen? Sim, o laser distingue a diferença entre o sêmen de baixa fertilidade e de alta. O grupo que tinha alta atividade de MI foi o sêmen que deu maior taxa de prenhez a campo. Essa técnica permitiu uma avaliação previa das amostras de sêmen. Normalmente quando estamos avaliando sêmen em analise computadorizada convencional as células mortas complicam a analise e no BSL a célula morta tem baixíssima influencia o índiceMI, sendo mais uma vantagem desse método. Quando analiso os animais individualmente, consigo saber qual é o melhor e o pior animal, mas os animais medianos eu não consigo diferenciar. A sensibilidade do método precisa ser trabalhada, para desenvolver sensibilidade capaz de detectar pequenas diferenças de motilidade, com 5 a 10% de diferença. Análise de Motilidade pelo BSL Estudos, quanto à aplicação do BSL como ferramenta para avaliação de motilidade de sêmen bovino congelado-descongelado, têm sido realizados. Resultados obtidos: em estudo realizado para comparar a técnica do BSL com Microscopia Óptica, os resultados demonstraram correlações de Pearson significativas (p<0.01) entre MI e parâmetros cinéticos: MI e vigor (r=0.904); MI e Motilidade progressiva (r=0.977); MI e concentração de células móveis (r=0.815). (outros estudos slide) Esses resultados evidenciam que o MI é capaz de identificar a cinética presente em amostras de sêmen, bem como, discriminar os seus padrões de movimentação, visualizado pelo comportamento semelhante com os parâmetros do CASA. Conclusão O BSL é um método preciso e objetivo de avaliação de cinética espermática capaz de eliminar a subjetividade intrínseca às avaliações de rotina. Machos – Aula 06 P2 Congelamento de sêmen Formas artesanais de congelamento de sêmen. O congelamento não é extremamente requisitado, porque existe uma regulação do ministério que não permite o registro de animais cujo sêmen não foi congelado em centrais. O congelamento oficialmente só é permitido em centrais autorizadas pelo ministério. As centrais oferecem esse serviço de congelamento, mas cobra muito caro, o que não compensa na maioria das vezes, por isso eventualmente o congelamento a campo é feito. O congelamento de sêmen iniciou em 1779, mas foi em 1949 que criaram o crioprotetor e em 1951 nasceu o primeiro bezerro de IA com sêmen congelado. Criopreservação celular - Preservação de hemácias para transfusão banco de sangue, facilitou a administração hospitalar; - Preservação de tecido ósseo para reposição; - Sêmen e embriões; - Melhoramento genético e preservação de espécies em extinção; - Fator limitante: Poucas técnicas permitem 100% da sobrevivência destas células após congelação e descongelação nas paletas de sêmen congelada tem-se uma mortalidade de 20% pós congelamento; Cultivo de fibroblasto: a mortalidade é alta mesmo em células resistentes. Retiramos as células do bovino a uma temperatura de 38,2 Cº e jogar em uma temperatura negativa, isso é um abaixamento muito grande de temperatura. Estrutura das membranas Na membrana plasmática temos uma bicamada fosfolipídica e proteínas. O lado exterior é fortemente hidrofílico e o lado interior fortemente hidrofóbico. Na célula a agua só vai passar em canais específicos da membrana constituídos por proteínas integrais. Temos cadeias carbônicas que se ligam as proteínas de membrana formando “rabichos”. A membrana vai delimitar dois compartimentos: extra e intracelular e vamos discutir o que acontece com esses dois ambientes no congelamento. Ocorre a morte de muitas células no congelamento porque esse processo arrebenta a membrana celular. No caso do suíno, por exemplo, este é muito mais sensível a criopreservação do que o do bovino. Existem particularidades diferentes porque as membranas são diferentes, a membrana das células do bovino são mais fluídas, por isso são mais resistentes, são poucos rígidas. Fluidez das membranas - Natureza dos fosfolípides eles podem formar cadeias de hidrocarbonetos retas, podem ter ácidos graxos saturados, essa cadeia reta favorece o estado rígido da membrana o que é indesejável para o congelamento. - Quando tem muita insaturação forma dobras na cadeia que fazem com que a cadeia seja menos rígida. Cadeias saturadas são ruins, pois foram cadeias retas que são rígidas. Quando ocorre a instauração, a cadeia dobra e essa dobra torna a membrana mais fluida, facilitando o congelamento. - Temperatura: abaixamos a temperatura da célula, quando começamos a mexer nessa propriedade física as cadeias de hidrocarboneto ficam mais alongadas e rígidas. O próprio processo físico começa a influenciar na propriedade física da membrana. - Relação colesterol: fosfolípides quanto mais colesterol tem, mais resistência tem a membrana, o que é ruim. Quando mais colesterol, menos fluida a membrana, pois ele interage fortemente com os lipídeos, impedindo sua movimentação. O colesterol tem um grupo hidroxila que se liga as cadeias de fosfolípides, tornando a camada lipídica menos fluida e menos permeável. Criopreservação Eu tirei o sêmen a 38ºC e nos primeiros processos ele vai a -5ºC e assim por diante até -196ºC. A zona de temperatura crítica é de -15 a -60ºC, quando morrem mais espermatozoides. Até -5ºC ocorre um “super resfriamento”, mas ainda não há congelamento da célula. De -5ºC a -15ºC forma gelo no meio extracelular, mas o intracelular permanece “super- resfriado”. Formam-se micro cristais de gelo, cria-se um gradiente osmótico entre o meio intra e extracelular, começa a sair água da célula para tentar o equilíbrio, assim o espermatozoide desidrata. Quando há o resfriamento inadequado, forma gelo dentro da célula, formando macro e micro cristais de gelo, e o macro cristal estoura lesando a célula, os micro cristais se fundem, formam macro cristais e também estouram, então não posso ter a formação de gelo dentro da célula de forma inadequada. Crioprotetores O crioprotetor é uma substancia que é usada para proteger tecido biológico de danos de congelamento (danos devido à formação do gelo). Insetos do Ártico e Antártida, peixes, anfíbios e repteis criam crioprotetores (compostos anticongelantes e proteínas anticongelantes) nos seus corpos para minimizar os danos de congelamento durante os períodos frios do inverno. Os insetos geralmente usam açúcares como os crioprotetores. Sapos do Ártico usam glicose, mas as salamandras do Ártico criam glicerol nos seus fígados para uso como crioprotetor. Os crioprotetores funcionam simplesmente aumentando a concentração de solutos nas células. No entanto, a fim de serem biologicamente viáveis eles devem facilmente penetrar nas células, e não ser tóxicos para a célula. Agentes crioprotetores intracelulares • 1. Etilenoglicol • 2. Dimetilsulfóxido • 3. Propanodiol • 4. Glicerol Dinâmica dos crioprotetores Taxas de resfriamento - Lenta: Não pode ser muito rápida, senão forma gelo intracelular. Essa taxa deve ser lenta, de modo que a velocidade de passagem da água do meio intra para o extracelular é suficiente para concentrar os solutos no meio intracelular – espermatozoide desidrata, mas não congela internamente. - Muito rápida: formação de gelo intracelular; - Descongelação: lenta (recristalização), muito rápida. - Congelação e descongelação tem curvas semelhantes. Bomba de sódio e potássio Depende de energia, tem canal de sódio e potássio. Quando abaixamos a temperatura, ela para de funcionar, ela depende de ATP e essa temperatura limita a eficiência dessa bomba, que é outro fator que leva a célula à mortalidade. A membrana da cabeça do espermatozoide é diferente da membrana da peça intermediária e da cauda, se elas são diferentes, posso ter lesões mais drásticas na membrana da cauda, havendo comprometimento na motilidade, mas o espermatozoide continua viável menor motilidade, mas sem perder viabilidade. No caso de lesão na membrana do acrossoma, o espermatozoide não é fértil, mas tem boa motilidade. Congelamento de sêmen Etapas do congelamento: Fase preparatória Colheita Avaliação Diluição Refrigeração e equilíbrio Congelamento Armazenamento Controle Distribuição Garanhão O congelamento do sêmen do garanhão é diferente em uma etapa. A coleta é feita em vagina artificialque é maior do que a usada para touros (em cavalos a coleta é com vagina artificial e químicas, não se usa eletroejaculação). O sêmen também é bem diferente do touro, com 80 ml de volume (touro é 7 ml). Primeira coisa que fazemos é a concentração, jogamos na câmara de Newbauer e contamos quantos espermatozoides teremos na dose inseminante. Vemos a viabilidade dos espermatozoides para saber quantas células vivas termos nessa dose inseminante. No garanhão tem uma etapa adicional que é a centrifugação, porque o plasma seminal do cavalo é citotóxico, então é melhor eliminar o plasma, depois da centrifugação forma um sedimento do sêmen, um pelete. Com uma pipeta retiramos o máximo possível do plasma e deixa só o pelete. Pegamos um diluente, e ressuspendemos esse pelete com o diluente. A dose mínima inseminante no cavalo é de 500 milhões de espermatozoides por dose, no sêmen congelado a dose é de 800 milhões a 1 bilhão de espermatozoides depositados no corno uterino ipsilateral ao CL. É colocado nitrogênio na caixa de isopor, formando uma fase liquida e uma fase gasosa. A fase de vapor tem uma temperatura de -79ºC e a fase liquida de -196ºC. Se eu jogar as paletas direto no liquido, mata todo mundo, então eu coloco primeiro numa redinha, o nitrogênio liquido fica lá embaixo e as paletas só no vapor, deixo assim por 15 minutos e depois dai, eu posso jogar no liquido, coloco rapidamente num caníster e jogo no nitrogênio liquido dentro do botijão. A centrífuga deve ser refrigerada, se não for, deve ser colocada na geladeira. Preparação (touro) Preparo do diluidor, que tem a função de aumentar o volume do ejaculado e possibilitar a inseminação de maior número de fêmeas. O diluidor tem que criar um ambiente favorável para os espermatozoides para que ele mantenha vida, atividade cinética e capacidade fertilizante. O verde é o diluente que contém glicerol que é um criopreservante, Quando esta a temperatura de geladeira, coloca o diluente amarelo e quando vai diminuindo a temperatura coloca o verde. Diluidores características Gema de ovo preservação mais prolongada do sêmen; Citrato gema substitui solução fosfato por citrato; Glicerina ação crioprotetora para os espermatozoides; Antibióticos: 1000 UI de penicilina (K ou NA)/ml 500 a 1000mg de dihidroestreptomicina Diluidor de Nagase: Solução de lactose a 11% 73 ml Glicerina neutra, p.a 7 ml Gema de ovo 20 ml Penicilina potássica 100.000 UI Dihidroestreptomicina 100.000 mg A lactose e a gema de ovo tornam a solução meio opaca, então tem que estar treinado para avaliar o sêmen. É um diluente opaco. Colheita de sêmen A coleta é feita com vagina artificial, montagem. Colocamos agua quente a 60ºC e no momento de uso esta a 40 – 42 ºC. Deve ser lubrificada com K.Y. É feito o preparo do reprodutor. Com a coleta de sêmen eu pretendo coletar um ejaculado completo, puro e sem contaminações. É muito importante o condicionamento do animal. Avaliação do sêmen Avaliamos volume, motilidade (turbilhão e vigor), concentração na câmara de Newbawer 1:200 x 1:5 x 1:10.000 = 1: 10.000.000/ml Concentração média do sêmen bovino: 1: 200.000.000 Percentagem de vivos Membrana do espermatozoide morto é permeável à eosina e se cora. Eosina – nigrosina Fast gree – eosina Eosina – citrato de sódio (eosina 0,2g, citrato de sódio 0,3g e H2O dd qsp 10ml). Diluição do sêmen Dose inseminante: 10.000.000 de espermatozoides viáveis Perdas durante a congelação: 10 a 20% Palhetas: 10 a 20% Refrigeração e equilíbro - Sêmen diluído; - Banho-maria: 32 a 37ºC; - Câmara fria (refrigeração); - Queda da temperatura inicial até 5ºC; Tempo de refrigeração: 1h30 a 2h; - Tempo de equilibro: tempo que o sêmen tem que ficar reagindo com o crioprotetor antes de ser congelado, dura de 5 a 10 horas metabolismo da glicerina pelos espermatozoides. Congelação do sêmen Após envasamento, congelação em duas etapas: Etapa 1: Vapor de nitrogênio líquido Tempo: 10 a 15 minutos Local: 3-5 cm acima do nível do nitrogênio Temperatura: - 79oC Etapa 2: Mergulhar em nitrogênio líquido Temperatura: - 196oC Armazenamento Containers Controlar nível de nitrogênio Controle Estoque Qualidade do sêmen Motilidade, vigor, concentração, morfologia, testes metabólicos, etc. Distribuição
Compartilhar