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Machos Prova 2

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REPRODUÇÃO DE MACHOS – AULA 01 P2 
SUBFERTILIDADE E INFERTILIDADE EM ANDROLOGIA NAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS 
 
Um animal fértil é aquele capaz de gerar uma descendência de acordo com as características da 
espécie. Por exemplo, a vaca se der uma cria por ano está ótimo, a porca tem uma media de 12 
leitões por parto. 
O macho deve ter uma condição de fertilização de acordo com a alta prolifericidade da fêmea no 
caso dos suínos. Deve ser um animal capaz de gerar descendentes de acordo com a raça. 
Quando a limitação a descendência é total, é denominada infertilidade. O animal é incapaz de 
gerar descendentes. 
A subfertilidade esta implícito que o animal tem uma fertilidade menor do que aquela 
característica para a espécie. Devemos investigar se é congênita ou adquirida, onde em algum 
momento da vida do animal ele perdeu a capacidade de fertilização. 
Como abordar? Devemos desenvolver técnicas de manejo que envolvam muita perspicácia por 
parte do veterinário, manejos esses que vão avaliar os machos. No caso da orquite autoimune 
por exemplo, ao usar corticoides, o cavalo volta a produzir espermatozoides viáveis. 
Impotência coeundi 
É a incapacidade ou dificuldade de realizar a copula normal. Ás vezes, o ato do coito é impossível 
ou difícil, conservando entretanto a capacidade de fecundação. Uma patologia de locomotor, por 
exemplo, pode atrapalhar a monta, não ocorrendo a cobrição como deveria. 
Impotência generandi 
É a incapacidade de gerar prole, após a cobrição normal e completa em todas as suas fases. 
Híbridos e conceito de esterilidade 
Consideramos infértil um animal que em determinada fase de sua vida foi capaz de produzir 
descendentes. A infertilidade dele se manifestou 3 anos depois da maturidade sexual, por 
exemplo. 
Um animal estéril é aquele que nunca teve capacidade de gerar descendentes, como a mula, 
cruzamento do jumento com a égua, não geram descendentes. 
Mula fértil: mula de seis anos pariu um burrinho. 
Cariótipos da égua e jumento 
O cariótipo do cavalo é diferente, o numero de cromossomos é diferente entre a égua e jumento, 
possuindo números diferentes de cromossomos. (numero de cromossomos) Essa seria a 
limitação entre o cruzamento de híbridos. 
 
Intersexualidade 
Hermafroditismo: dentro dele temos duas classificações, o hermafrodita verdadeiro (tem gônadas 
de ambos os sexos, testículo e ovário no mesmo individuo) e o pseudo-hermafrodita masculino (a 
genitália externa é ambígua, mas a gônada é o testículo) e pseudo-hermafrodita feminino 
(genitália externa ambígua mas a genitália interna é ovário). 
Freemartinismo: é uma quimera, tem células de linhagem XX e XY, por isso existe infertilidade no 
gênero feminino, possui gônadas mistas, com características de ambos os sexos, chamado 
ovotestes. 
Deficiência de 5 alfa redutase leva a não transformação da testosterona em DHT o que leva a um 
não desenvolvimento da genitália externa. 
Síndrome da feminilização testicular: o individuo tem o cariótipo masculino mas não tem 
receptores para andrógenos, ele produz testosterona e DHT normalmente mas não possui os 
receptores para o desenvolvimento normal. 
Intersexo em bovinos: caso de intersexualidade onde se encontra um pseudopropúcio entre as 
glândulas mamárias e a dissecação dos órgãos internos mostra o músculo retrator do pênis e 
onde deveria ter o pênis não tem, presença de endométrio, folículos, corpo lúteo e na genitália 
externa tem uma uretra masculinizada. O cariótipo desse animal tem tanto linhagens de células 
com cromossomos XY e XX. Normalmente aberrações numéricas cromossômicas levam a 
agenesia gonadal. 
Ultrassonogramas de intersexo bovino 
É possível observar ovário, testículo e corpo do útero  animal hermafrodita verdadeiro. 
Aberrações cromossômicas numéricas 
- Síndrome de Klinefelter  a primeira coisa que vemos nesse animal é que parece uma fêmea, o 
animal tem os testículos muito mais reduzidos do que é o esperado para a idade. Quando 
extraído, observa-se que está minúsculo. Na histologia pode-se ver que as características 
normais do parênquima testicular não estão presentes, ele não se organiza como deveria se 
organizar. Chamamos isso de digenesia gonadal, onde o testículo formou-se de forma 
inadequada. Ocorre quando há alterações numéricas nos cromossomos. O cariótipo normal do 
bovino tem 60 pares de cromossomos, nesse caso, existe um par a mais. Todo gato tricolor 
macho é Klinefelter. 
- Síndrome de Turner em bovinos  novilha Longhorn com síndrome de Turner, tem 
desenvolvimento mais devagar. Quando feito o cariótipo mostrou-se que só tem o X, falou o Y. 
Patologia de testículos 
Congênitas (o animal nasce com ela): 
- Malformação vascular  quando tem restrição de suprimento sanguíneo para o testículo, ele 
nunca vai se desenvolver da maneira que deveria, fica hipotrófico. Se for unilateral leva a 
formação de um testículo pequeno e outro grande. 
- Monorquidismo ou anorquidismo: monórquida é o animal que só desenvolveu um testículo (não 
é criptorquida, que tem relação com a deiscência) e anorquida não desenvolveu testículos. 
- Polioquirdismo  É mais comum na espécie suína. Pode acontecer dos dois testículos estarem 
na mesma bolsa. 
- Testículos ectópicos  se desenvolvem em um lugar anormal. 
- Criptorquidismo  o anima tem os dois testículos, um testículo realiza a descida e outro não. 
Quando no anel inguinal pode-se fazer uma tração cirúrgica. 
Degeneração testicular 
Alteração degenerativa do testículo de etiologia variada. Estabelece-se mais rápido ou não em 
função do ambiente, como o animal é criado, por exemplo, temperaturas elevadas. O epitélio do 
túbulo seminífero se encontra pequeno, quando olhamos no US, as áreas hiperecogênicas estão 
ausentes, indicando fibrose. Pode ser unilateral, bilateral, local ou difusa. Causas: calor, frio 
(queimadura por neve é um problema no exterior), radiação, US, deficiências nutricionais (o 
manejo ruim dos touros é uma predisposição) e idade (touros devem ser substituídos em 
intervalos de 3 a 4 anos, pode ocorrer em touros senis), lesões traumáticas, orquite e periorquite, 
infecções bacterianas (Brucelose, se há alteração de testículo é a primeira preocupação), 
infecções virais (principalmente BVD e IBR), orquite granulomatosa de etiologia indeterminada. 
Graus de degeneração: leve, moderado e grave (não consegue recuperar mais). Foto a leve, b 
moderado, c grave. Se o animal está iniciando um processo degenerativo, se a causa é removida 
pode-se voltar. No grau moderado o prognostico é reservado, se é em um testículo pode-se 
retirar o degenerado, altera a concentração do sêmen, o volume não porque é mais dependente 
de glândulas anexas. 
O túbulo com degeneração grave tem praticamente só espermatogônia, há núcleo de células no 
lumen, observam-se áreas de fragmentação e vacuolização. A castração química promove a 
degeneração testicular. No epidídimo observam-se sincícios que saem no ejaculado (células 
gigantes, medusa, etc). 
Uma das coisas que medimos é a altura do epitélio do túbulo, quando ainda esta boa, a 
degeneração está num grau menor. Quando o tecido instersticial é acometido, acaba com as 
células de Leydig o que acaba com a libido. 
Na espécie humana são feitos tratamentos com somatotropina, hormônios do crescimento, já 
usou em tourinhos jovens onde teve um efeito quadrático, com 250 microgramas a 
espermatogênese aumentava, com 500 microgramas já começou a prejudicar a 
espermatogênese, isso mostra que é possível recuperar a fertilidade através desses hormônios. 
Hipoplasia testicular 
Na Suécia pós-guerra, os bovinos começaram a ser selecionados pela pelagem branca, mas eles 
tinham propensão a hipoplasia testicular. Nessa época quase metade do rebanho sueco foi morto 
para tentar controlar hipoplasia. 
A hipoplasia ocorre porque está relacionada com um gen autossômico recessivo de penetrancia 
completa no rebanho. Um gen autossômico não é nem X nemY, se ele é recessivo, se tiver um 
heterozigoto (Aa) não aparece a doença mas na hora que entra em homozigose após reprodução 
(aa) a hipoplasia é expressa. 
50% do imprinting gênico de um rebanho vem do touro, então metade dos genes daquele 
rebanho vem do touro. 
Não faz sentido usar um touro hipoplásico, tem que castrar mesmo. 
Hipoplasia total: túbulos seminíferos apresentam apenas células de Sertoli, não reproduz. 
Hipoplasia parcial: alguns túbulos apresentam células germinativas e outros não, é complicado 
pois é uma subfertilidade porem congênita. 
Existe uma hipoplasia no Gir que é bilateral e fica muito perto do que é normal. 
Unilateral é fácil de identificar, um testículo fica imenso e outro pequeno. Na bilateral ambos estão 
pequenos, mas deve-se tomar cuidado quando ela está muito próximo da realidade, dificultando o 
diagnostico. 
Translocação Robertsoniana 
Na M.V a espécie onde isso foi mais estudado é a ovelha. Na ovelha a primeira translocação foi 
identificada no par 1-29, nos humanos acontecem em outros. Pode estar relacionada com 
Síndrome de Down e mortalidade embrionária, ou seja, os animais são subferteis. Um fragmento 
de um cromossomo vai para o outro durante o crossing-over. Um pedacinho do par 1 vai 
translocar para o 29 o que causa uma bagunça, essas translocações são mais comuns em 
cromossomos acrocêntricos. 
Neoplasias testiculares 
As mais comuns no cão são: 
Tumor das células instersticiais, células de Leydig  ocorre produção exarcebada de 
testosterona. A célula de Sertoli tem capacidade de aromatização (ela produz aromatase e 
converte testosterona em estrogenos), a concentação de estrógeno fica maior do que seria 
esperado nessa espécie. 
No touro a concentração de espermatozoides fica baixa e incidência variada de patologia 
espermática. 
Seminoma  é um tumor de células germinativas, normalmente a espermatogônia, é mais 
frequente no cão, ocorre aumento da gônada afetada 
Tumor de células de Sertoli (Sertolioma)  mais frequente no cão, testículos na cavidade 
abdominal, ocorre uma produção muito grande de estrógeno, causando uma feminilização do 
indivíduo. No criptorquidismo, existe uma correlação muito alta entre o testículo que não desce e 
o sertolioma, deve ser retirado, do contrario aumenta de volume causando ascite. Ocorre também 
alopecia abdominal que é característica. 
Epidídimo, pênis e glândulas acessórias – anomalias do desenvolvimento e problemas 
adquiridos 
Anomalias congênitas: 
- Aplasia do epidídimo  pode ser total ou segmentada. Quando falta só uma parte pequena do 
epidídimo é difícil de diagnosticar, podendo ocorrer obstruções o que pode gerar calcificações. 
Glândulas vesiculares: no exame deve-se avaliar se estão simétricas e tem aspecto de cachos de 
uvas. Elas que produzem frutose e acido cítrico, principais fornecedores de energia para a 
motilidade espermática, se há problema nessa glândula há problemas de motilidade espermática. 
- Vesiculite seminal no touro  fica assimétrica e não lobulada. Pode ocorrer por infecções 
bacterianas como tuberculose e brucelose, candidíase, clamidiose e IBR (vírus). Nesses 
processos agudos vai ter uma quantidade muito grande de piócitos no sêmen. 
Pênis e prepúcio: 
Pênis bífido: é normal no gambá, mas pode ocorrer no touro. 
Pênis em saca-rolha: comum no varrão, não pode ocorrer no touro. 
Hipoplasia do orifício prepucial. 
Hipospadias: uretra não se fechou ou a abertura uretral está num lugar indevido. 
Lesoes traumáticas 
Acrobustite 
Comportamento sexual 
Nutrição e idade diminuem a libido tanto em espécie de produção quanto em pets. Em pequenos 
animais pode ocorrer inibição da libido por hipotireoidismo, hipogonadismo e deficiências 
hipofisárias. 
Praticas de manejo: a mão de obra em fazendas geralmente é pouco treinada, podendo ocorrer 
pancadas que causam medo no animal. 
O jumento tem que ser treinado para cobrir a égua, pois nem sempre a égua aceita monta de 
jumento, por isso ele deve ser treinado e as éguas acostumadas. 
MACHOS – AULA 02 P2 
EXAME ANDROLÓGICO E AVALIAÇÃO DO SÊMEN CANINO 
 
Exame andrológico: fazemos esse exame no cão para avaliá-lo quanto a suas características 
reprodutivas em questão de compra, venda e para saber o histórico do animal. A libido do animal 
também esta relacionada, quando o animal não tem libido o sêmen é avaliado. Esse exame 
também é feito quando o animal apresenta dificuldade em monta natural. 
Laudo patológico: feito para compra e venda (não podemos comprar ou vender um animal com 
doença reprodutiva), quando precisamos excluir um animal do plantel (por exemplo, animais 
criptorquidas não podem ser utilizados na reprodução, brucelose também não) para avaliar o 
histórico e quadro clinico do animal para confirmar se esse animal está doente mesmo ou não. 
Espermograma: avaliação do sêmen, é feito no comércio de doses inseminantes, para realizar 
IA, para congelamento do sêmen, para atestar qualidade espermática e avaliar 
maturidade/senilidade reprodutiva. 
Reprodução canina assistida é usada para desordens anatômicas (animais braquiocefalicos não 
conseguem realizar a MN, então deve-se avaliar o sêmen pra IA), dificuldade no transporte, 
fêmeas agressivas, animais que tem baixa libido (a libido não atrapalha o potencial reprodutivo do 
animal, muitos vezes o animal tem a libido baixa mas se conseguem coletar sêmen, ele tem 
qualidade). 
IA em pequenos animais  dissipar material genético, viabilizar reprodução e aumentar a 
produtividade. Para isso é necessário conhecer a qualidade espermática desse cão. 
Dose inseminante: um ejaculado do cão pode ter de 1,5 a 80 ml de volume, a concentração 
media é de 200 milhões de sptz/ml possuindo 1 bilhão de sptz por ejaculado. A dose inseminante 
possui 150 milhões/dose. O numero de doses por ejaculado é de aproximadamente 6. 
 
Etapas do exame andrológico 
Histórico e anamnese: idade, alimentação, suplemento, se já teve prenhes confirmada ou não 
confirmada, cruza com a almofada, no pé da visita, não tem libido, etc. 
Exame físico geral 
Exame andrológico: escroto, testículos e epidídimos, próstata, prepúcio, glande, corpo e bulbo 
peniano. 
Espermograma: o animal tem que estar condicionado a coleta (o animal pode estar acostumado 
com a fêmea), nunca podemos fazer o laudo espermográfico com uma ejaculação só, para fazer 
um espermograma tem que fazer uma coleta hoje e depois de três dias fazer outra que vai valer 
mesmo, tem que fazer uma de esgotamento, a primeira nunca é usada, o ideal é até fazer dois 
esgotamentos. 
- Escroto, testículo e epidídimos: o escroto do cão fica próximo a região inguinal, não é 
penduloso, tem um testículo mais cranial que outro. Na palpação avaliamos se tem aderência, se 
os testículos estão se movimentando dentro da bolsa escrotal, a pele deve estar saudável, o 
testículos devem ter textura firme mas não duros. Avaliar criptorquidismo, se positivo esse animal 
não pode ser usado para reprodução. A medição é feita no diâmetro e comprimento, para calcular 
o volume é usado uma fórmula. 
- Próstata: é a única glândula anexa do trato reprodutivo de cães, a palpação retal é feita 
introduzindo o dedo com luva no reto do animal, avalia-se textura, posição anatômica, se tem 
formação de nódulos, etc. Podem ser feitas US e raio-x para observar tumor de próstatas e 
alterações. 
- Prepúcio e pênis: o pênis do cão é vascular, aumenta muito a vascularização no momento da 
ereção, aumenta seu tamanho em 4 a 5 vezes, é muito sensível, quando estiver coletando o 
sêmen não pode soltar o animal com o pênis exposto porque é muito sensível e pode causar 
lesões, pois o animal se bate em tudo. Possui osso peniano e bulbo peniano. Movimento de 
“Turn”: quando depois da copula o animal gira e fica um de costas pro outro. O óstio prepucial 
tem que estar livre, não pode ser fechado, deve-se avaliar o corpo peniano e o bulbo que é o 
responsável pelo cao e a cadelaficaram ‘grudados’ na copula, isso é necessário porque o cão 
ejacula de gota em gota então esse bulbo segura o pênis lá dentro para garantir a fecundação. 
No turn o pênis vira 180º e dura até 30 minutos. Uma teoria diz que é proteção de defesa contra 
predadores ou para que o animal se mantenha em estação até o fim do gotejamento. 
Coleta do sêmen 
Primeiro tem que condicionar o animal. Cada animal tem uma exigência para ter ereção, o cão é 
uma espécie sensível, muitas vezes apegado ao dono então tem uma serie de parâmetros pra 
avaliar. 
O sêmen é coletado por manipulação digital do corpo peniano do animal até que ele entre em 
ereção. Existe eletro-ejaculador e vagina artificial para cães, mas não são usados. 
O ambiente em que o animal se encontra influencia muito na coleta. 
O SNA que funciona no momento da coleta é o parassimpático. 
A presença da fêmea na hora da coleta pode ser um fator decisivo ou não, tem cão que não 
ejacula sem uma fêmea no cio presente. Um swab vaginal de fêmea no cio pode ajudar, mas 
pode não funcionar também, depende do animal. Alguns ficam estimulados muito bem sem a 
fêmea. 
Muitos autores dizem que a coleta tem que ser realizada com funil graduado num tubo estéril, 
mas as vezes não conseguimos manter o pênis com a uretra na posição certa no funil, acabamos 
perdendo o sêmen, por isso utilizamos saquinho plástico limpo, ele tem uma pontinha fininha em 
cima que pode ser cortante, por isso dobramos a ponta para não lacerar o pênis do animal. 
A partir de estímulos no corpo peniano (rápido ou lento), puxando, o animal começa a expor o 
pênis e temos que retrair todo o bulbo para fora do prepúcio, o óstio prepucial deve ser regredido 
para não apertar o bulbo peniano e isso pode atrapalhar a ejaculação. Isso deve ser feito antes 
da ereção, pois depois da ereção o prepúcio não passa mais pelo bulbo. O saquinho deve ser 
segurado dentro da mão para manter o sêmen aquecido e protegido da luz. 
Espermograma 
Avaliamos os aspectos físicos e macroscópicos do sêmen: cor (leitosa), textura (viscoso ou muito 
fluido, o normal é não ser nem muito grosso nem muito fluido), odor, o cão não tem 
turbilhonamento. 
O sêmen é dividido em três frações: a primeira e a terceira são as frações prostáticas, pobre em 
sptz, nem são utilizadas na avaliação do sêmen, a segunda fração que é rica em sptz. A primeira 
fração limpa a uretra e a segunda é um pouco mais volumosa que a primeira e é a rica e sptz. A 
primeira fração vem em jato, é meio transparente e muito aquosa, depois começa a gotejar, é 
grossa e branquinha, é a segunda fração, têm muitas células, ai começa a vir liquido transparente 
de novo, que é a terceira fração, que também não é utilizada. Não compensa trocar o saquinho 
entre frações, geralmente deixa a primeira pingar no chão e coloca o saquinho quando começa a 
gotejar quando começa a ficar liquido de novo, tiro o saquinho e deixa cair no chão. 
A motilidade é a célula estar se movimentando, não importa para onde nem como, para trás, para 
frente, em círculos, devagar, rápido, etc. a avaliação é feita instantaneamente após a coleta, com 
preparo em lâmina úmida (pega uma lamina e põe uma alíquota de 10 microlitros de sêmen, põe 
a lamina e analisa na hora, tem que ser imediatamente, a lamina tem que estar aquecida na 
temperatura que o sêmen sai do animal, a lamínula também). É subjetiva, tentamos contar 10 
células e vemos quantas delas estão se movimentando, o sêmen ideal tem mais de 70% de 
motilidade. 
O vigor mede a intensidade do movimento, é medido em score de 1 a 5, sendo 5 o vigor mais 
forte. 
A integridade de membrana é avaliada com uma coloração chamada eosina-nigrosina, ele marca 
as células com acrossoma degenerado. A célula que esta com a membrana degenerada são 
penetradas pelo corante e fica rosa. Marcamos 100 células e vemos quantas delas estavam com 
a cabeça corada, também é chamada de vivos e mortos, tem que ser instantâneo senão da falso 
negativo. 
Essas três analises devem ser feitas imediatamente, pois necessito das células viáveis. 
Morfologia e concentração: o sêmen é fixado em formol, diluído de 1 amostra de sêmen para 20 
de formol até 1:100. Isso conta na hora de determinar a concentração. 
 
No microscópio de contraste de fase é feito com lamina úmida não precisa de coloração, mas 
pode colocar o rosa de bengala que fica bom de ver, esse MO é bom porque da uma visão 
tridimensional da célula. 
O sptz tem cabeça piriforme, esse é o formato normal. 
Sêmen congelado: perde qualidade, mas tem que ter um padrão mínimo para ser utilizado. 
 
Considerações finais 
 Relevância do exame andrológico; 
 Atenção e responsabilidade; 
 Ética na condução do exame; 
 Atentar às particularidades; 
 Ter cuidado ao julgar o animal; 
 Avaliar características em conjunto. 
Machos – Aula 03 P2 
EXAME ANDROLÓGICO E AVALIAÇÃO REPRODUTIVA NO TOURO 
 
Objetivos do exame andrológico: seleção de reprodutores, subsídios para programas de estação 
de monta (1 touro selecionado para 100 vacas significa que estou economizando 3 touros mas 
devo conhecer esse animal. O ambiente em que o animal se encontra deve ser levado em 
consideração, no Pantanal, por exemplo, a relação touro vaca é 1:8 por conta de alagamentos, 
etc.), comercialização de animais, classificar reprodutores (circunferência escrotal, patologia 
espermática, motilidade do sêmen, etc.). 
Exame andrológico 
Primeiramente deve-se ter a identificação do animal, histórico e anamnese (ascendência e 
descendência) depois faz um exame clinico com enfoque nos aprumos do animal, analisando o 
sistema locomotor, pois qualquer defeito de locomotor pode prejudicar a vida reprodutiva do 
touro. 
Exame Clínico do Sistema Genital 
Avaliar cordão espermático, bolsa escrotal e testículos. Verificar simetria e posicionamento de 
testículos, avaliar a bolsa escrotal como sua cor (bolsas escrotais mais claras tem mais 
disposição a ter dermatites). Deve-se avaliar a consistência (medida de 1 a 5 sendo 5 o desejado, 
a consistência de um bíceps) e posição, mobilidade (processos inflamatórios levam a aderência 
do testículo a bolsa escrotal) e sensibilidade (trauma, processos inflamatórios). 
Deve-se avaliar o epidídimo também, a cauda quando é muito desenvolvida e tem tônus (1 a 5) 
muito elevado, significa que tem muito sptz ali dentro, indicando alta capacidade de 
armazenamento de sptz. Normalmente infecções no epidídimo leva a obstruções o que impede a 
saída de sptz no ejaculado. 
Patologias do pênis 
Desvio de pênis em saca-rolha: o animal não consegue reproduzir, é um caráter hereditário. 
- Fibropapiloma: restringe a copula também. 
- Frênulo persistente: pode ser retirado, mas pode ter um caráter hereditário. Às vezes o animal 
tem libido, conduta, persegue a vaca no cio, mas não consegue copular. Para examinar o pênis 
do touro se ele não expõe fazemos meia dose de xilasina, uma sedação leve que permite a 
exposição do pênis. 
- Hematoma do pênis (pênis quebrado): leva a edema, pode tirar o animal da reprodução. 
Biometria testicular 
Mensuração dos testículos: comprimento: dimensão próximo-distal, largura: dimensão médio-
lateral e espessura: dimensão crânio-caudal. Pode ser usado um paquímetro para medir. Depois 
de medir os testículos separadamente fazer a circunferência escrotal. 
Circunferência escrotal 
Medimos a circunferência escrotal porque é um fator de alta herdabilidade (0,4 a 0,6), é um fator 
determinante da fertilidade de gerações futuras, tem uma correlação estatística muito alta com 
concentração espermática, quanto maior a circunferência escrotal maior quantidade de sptz no 
ejaculado. Touros com pequena circunferência escrotal tendem a serem descartados do rebanho. 
 
Devo medir porque a circunferência é indicativo de puberdade precoce, as fêmeas filhas de 
touros com alta circunferência entram na puberdade mais cedo. A produção do sêmené maior, a 
qualidade do sêmen também, esta relacionado a patologia dos testículos e subfertilidade no caso 
de circunferências pequenas. 45 cm de circunferência é a media dos touros de central. 
Touros com testículos maiores tem alta fertilidade e tem tendência a terem filhas com maior 
eficiência reprodutiva e melhor idade a primeira cobrição. 
Correlação peso corporal – circunferência escrotal maior em Bos taurus com 1 ano e em Bos 
indicus com 2 anos. 
Tabela Classificação Andrológica  proposta para touros Bos taurus. Para usar em Bos indicus 
deve-se dobrar a idade. Cobra isso na prova: o que é uma circunferência boa? 
 
Seleção por desenvolvimento ponderal 
Desenvolvimento ponderal é ganho de peso do animal. Os animais do lado direito da media da 
curva são touros superiores e os touros na ponta do lado direito da curva são touros de elite. 
Perceberam que para cada grau selecionado para ganho de peso, os critérios para reprodução 
valiam economicamente dez vezes mais, então começaram a selecionar os animais pela 
puberdade, quando mais cedo o animal chegava à puberdade melhor. A circunferência escrotal 
tem uma correlação muito alta com o desenvolvimento ponderal, assim como com o ganho de 
peso. 
Comportamento sexual Bos taurus x Bos indicus 
O touro europeu monta em um manequim que é uma vaca mansa que não esta no cio, apresenta 
reflexo de Flehmen, e monta, seu pênis é desviado para o lado, ele desmonta e monta de novo, 
no segundo salto, é colocada a vagina artificial, esse processo de coleta de sêmen leva 5 
minutos. O touro europeu tem uma libido muito mais alta que o touro indiano. 
 
O touro indiano leva 35 minutos cortejando a vaca, faz o reflexo de Flehmen, faz o primeiro salto, 
é feito o desvio de sêmen para esperar o segundo salto ainda e esse animal era bom de libido. O 
zebuíno é muito difícil de coletar sêmen. Touro guzerá: estava há uma hora e meia na mesma 
posição e não montava na vaca e esse touro é um dos recordistas de venda de guzerá, tem zero 
de reclamação do sêmen desse touro, é excelente. 
O teste de libido não é preditor de fertilidade do touro, a única informação que extraímos do teste 
de libido é que o touro que tem libido desenvolvida vai cobrir um grande numero de vacas no 
inicio da estação de monta (questão de prova). Eu devo descartar um touro que tem uma libido 
baixa? Deve-se ter cuidado com isso, principalmente no caso do zebu. 
O americano faz o teste de libido pegando 30 touros e coloca num curral e pega 29 novilhas e 
colocar nos canzis (no cio ou não) e observa o que o touro fez em 10 minutos. 
Como o professor fez em um caso dele: colocou o touro com duas vacas no cio em um curral e 
observou durante 20 minutos, ele não demonstrou muito interesse, as vacas montaram nele e ele 
dormiu. Kkkkkk 
Para ver se um tourinho esta na puberdade eu doso a testosterona no tempo 0 e depois aplico 
GnRH e doso de novo, deve haver uma produção elevada de testosterona. 
Classificação de touros 
 
Fatores que afetam a fertilidade: 
- Incapacidade para a copula: sem causas clinicas associadas, problemas lombares, cascos e 
aprumos e pênis e prepúcio, assimetria dos testículos e hipoplasia testicular unilateral, atrofia de 
testículos (problema de irrigação), orquite e degeneração testicular. 
- Distúrbios na função testicular: Hipoplasia testicular clássica ou por espermiogênese imperfeita, 
Degeneração testicular, Orquite, Imaturidade sexual e Maturidade sexual retardada. 
- Distúrbios no comportamento sexual: redução primaria da libido, inibição do SNC do 
comportamento de copula, desenvolvimento lento de copula, redução secundária da atividade 
sexual. 
Coleta de sêmen: Deve-se fazer uma contenção adequada do animal para evitar lesões. 
Exame de sêmen: avaliar a presença de células inflamatórias, patologias espermáticas, 
anormalidades. 
Depois da coleta, o animal fica agitado, deve-se esperar ele se acalmar para solta-lo no pasto 
novamente. 
 
 
 
 
 
Machos – Aula 04 P2 
REPRODUÇÃO EQUINA – EXAME ANDROLÓGICO DO GARANHÃO 
 
Avaliação do potencial de fertilidade e manejo reprodutivo. 
O garanhão tem uma característica diferente do touro, o esquema de touro já esta todo instalado, 
vários centrais de reprodução, etc. No cavalo não, o manejo ainda está na nossa mão, existem 
centrais de pequeno porte, é um esquema mais pessoal do que industrializado, como é no 
bovino. 
Desde a avaliação ate a sanidade, fica na mão de um veterinário autônomo, e não da indústria, 
portanto esse veterinário tem que ser capaz de avaliar o potencial de fertilidade do animal e fazer 
seu manejo reprodutivo. 
Manejo tradicional da reprodução 
O cio da égua dura sete dias, no terceiro dia é colocado o garanhão para a monta, e são feita três 
cobrições com intervalo de um dia para emprenhar a égua. 
A concentração do sêmen do garanhão é de 120 milhões/ml de sêmen. O sêmen de cavalo não 
tem motilidade em massa como o de bovino, ele é muito diluído. Tem muito movimentos circular e 
errático, a implantação abaxial não é considerada patológica no cavalo. 
O ejaculado tem de 70 a 80 ml, supondo que todos os sptz estão vivos, a concentração de um 
ejaculado final seria de quase 10 bilhões. Então nesse manejo natural são necessárias 30 bilhões 
de células para resultar numa prenhes. 
Quando trabalhamos com sêmen in natura ou resfriado, usamos 500 milhões de sptz, dose 
mínima inseminante. Quantas éguas eu inseminaria se eu usasse esses três ejaculados da monta 
natural? 60 éguas. 
Tem algum tempo, se congela sêmen de cavalo, a dose usada é de 800 milhões a 1 bilhão de 
sptz e mudo o local de deposição do sêmen também, identifico onde está o CL e insemino no 
corno uterino ipsi-lateral ao ovário que apresenta CL. 
No cavalo existe uma variação muito grande entre os diferentes indivíduos, e mesmo no mesmo 
individuo existe uma variabilidade muito grande entre os ejaculados. 
No Brasil não temos a tradição de seleção de equinos para fertilidade, selecionamos para 
performance, como pista, prova do tambor, corrida. Com isso começamos a ter problemas com a 
espécie, porque não temos seleção por fertilidade. 
Puberdade: até hoje não temos parâmetros definidos e uniformes para avaliar potro. Devemos 
fazer o andrológico mesmo assim porque problemas de fertilidade adquirida podem ser 
superados com o manejo, e também temos que fazer o planejamento racional de estação de 
monta. 
Avaliação do potencial de fertilidade 
O exame andrológico deve ser mensal, devo fazê-lo porque é necessário para a comercialização, 
numero de montas que são realizadas durante a estação reprodutiva, suspeita de subfertilidade, 
necessidade de aumentar o numero de fêmeas que são cobertas na estação reprodutiva, 
determinar qualidade do sêmen ou avaliar condição dos testículos desde o ultimo exame 
andrológico e doenças da reprodução. 
Procedimentos para avaliação do potencial de fertilidade 
Mínimo de dois ejaculados colhidos com intervalo de uma hora entre as colheitas. 
Dois ejaculados colhidos com intervalo de uma hora no primeiro dia e colheita de um único 
ejaculado durante sete dias. Esse procedimento é mais preciso, porque permite maior acurácia do 
potencial reprodutivo e estimativa do numero de fêmeas que serão cobertas ou inseminadas 
artificialmente. Com sete dias todos os sptz que estivessem nos epidídimos teriam sido 
eliminados, então se o cavalo passa muito tempo sem cobrir, os sptz presentes no epidídimo há 
muito tempo ficam com defeitos, se tirar esses sptz durante sete dias, diminui a incidência de 
patologias decorrentes do repouso sexual. 
Tabela: esse cavalo foi coletado o sêmen todos os dias durante duas semanas, no primeiro dia 
ele tinha 8,8 bilhões de sptz, no segundo, 6,9 bilhões de sptz por ejaculado, no quarto dia o 
ejaculado cai para 4,4 bilhões, metade do primeiro dia, no quinto dia vai para 3,8 bilhões e do 
décimo dia em diante é a concentração que você tem que estimarpara o seu cavalo na estação 
de monta, que é de 3,5 bilhões. 
Temos que fazer nossas estimativas pelo aspecto físico do segundo ejaculado, pois ele é menos 
concentrado e chega a uma estimativa mais próxima da realidade. 
Anatomia do sistema genital do garanhão 
A glândula bulbouretral no equino é palpável, diferente do touro. O testículo é horizontal ao plano 
abdominal assim como o do cão, isso traz alguns problemas como a possibilidade de torção 
testicular. Outra característica é que ele tem um pênis vascular (diferente do touro que tem pênis 
fibroeslástico), que tem uma dilatação imensa, inclusive da glande, existe o risco do cavalo matar 
a égua por penetração anal, por isso a cópula deve ser guiada. O problema dessa dilatação 
também são acidentes na coleta de sêmen, podendo ocorrer a passagem, por exemplo, da 
glande do pênis no orifício da vagina artificial modelo Botucatu. 
Parâmetros para avaliação do potencial de fertilidade 
Largura, biometria  feita com um compasse grande, a medida deve ser acompanhada 
mensalmente. 
Consistência testicular  escala de 0 a 5, tonômetro. 
Culturas microbiologias da uretra, prepúcio e sêmen. 
Comportamento sexual  avaliamos pelo tempo de reação, coloca o cavalo em contato visual 
com a égua no cio e dispara o cronometro e meço o tempo que o cavalo gasta para entrar em 
ereção completa. Associamos isso a libido do cavalo. 
Numero de montas por ejaculação  pode ser influenciado principalmente pela experiência 
sexual prévia, um potro, por exemplo, não sabe cruzar direito ainda, ate ele descobrir como faz, 
ele pode ejacular varias vezes. 
Ultrassonografia aplicada ao exame andrológico 
No touro vemos uma área central que é o mediastino, no cavalo, essa área anecóica é a veia 
central. Quando aplicamos o transdutor no testículo transversal, vemos um pontinho circular 
anecoico que é a veia central e o mediastino é hiperecóico. Avaliamos assim todo o testículo. 
Depois avaliamos fluido espermático, aplicamos o transdutor transversalmente, podendo ser 
visualizado o plexo pampiniforme. Podemos avaliar também o epidídimo. Tenho que avaliar a 
cauda do epidídimo, pois é ali que estão armazenados os sptz, se estiver grande posso esperar 
um ejaculado concentrado. Também posso analisar ramo da artéria testicular, quando tem 
neoplasias no testículo, é comum esse fluxo sanguíneo estar diminuído, então por isso é 
importante avaliar. 
Fazemos também a ultrassonografia das glândulas acessórias. A vesicular antes da ejaculação 
se encontra cheia de liquido, por isso se estou suspeitando de vesiculite, levo o cavalo na égua, 
ele começa a produzir liquido, se ela não fica expandida, quer dizer que tem algum problema, 
permitindo uma avaliação funcional dessa glândula. 
Também posso fazer a ultrassonografia do pênis, onde é possível ver os corpos eréteis como 
corpo cavernoso e esponjoso. O pênis desses animais, por ser vascular, tira muito cavalo de 
estação de monta, porque qualquer lesão causa uma hemorragia muito grande e o sangue é 
deletério a viabilidade dos sptz. 
Parâmetros para avaliação do potencial de fertilidade 
No garanhão temos que trabalhar com um filtro ou gaze estéril para que a parte do gel do sêmen 
se separe da parte fluida, volume de gel + volume sem gel = volume total do ejaculado. 
A porcentagem de sptz com motilidade retilínea progressiva. 
A concentração de sptz é feita na câmara de Newbauer com a fração sem gel e total do 
ejaculado. É feita também a morfologia espermática e medido o pH do sêmen que deve ser por 
volta de 8. 
Volume do sêmen 
Glândulas vesiculares: fração gel. 
Ejaculação: 6 a 9 jatos de sêmen (pulsação da uretra).  75% de sptz nos 3 primeiros jatos. O 
gel vem nos 3 jatos finais. 
O gel é um tampão mecânico da monta natural para evitar o refluxo de sêmen na monta natural. 
Ele pode conter sptz (slide). 
Fatores que afetam o volume do sêmen 
- Estação e época do ano; 
- Primeiro ou segundo ejaculado; 
- Fertilidade x volume do ejaculado; 
- Volume x concentração; 
- Grandes quantidades de sêmen na égua: usar muito diluente pode causar endometrite porque o 
diluente é um meio de cultura que pode ficar acumulado no útero. 
Motilidade 
Sptz do garanhão tem tendência a aglutinação, então o ideal é trabalhar diluindo o sêmen com 
extensor de 1:20 a 1:40. Extensor pode ser preparado antecipadamente, resfriado, congelado e 
aquecido a 37,5 ºC na hora do uso, se usar uma temperatura errada, causa erro terciário (erro de 
manipulação). 
Extensor do sêmen 
Fórmula: 
Leite em pó desnatado (g/100 ml)..........................5,0 
Glicose (g/100 ml)...................................................5,0 
Sulfato de polimixina B............................................500 
Penicilina G sódica..................................................500 
Motilidade 
O padrão de motilidade que eu quero é retilínea, progressiva e a cabeça apresenta uma 
revolução completa (360 graus) a cada movimento de chicotada da cauda. A porcentagem de 
sptz movendo-se progressivamente e a velocidade (vigor) da movimentação são altamente 
correlacionadas à fertilidade. 
Concentração 
Feita na câmera de Neubawer ou no espectrofotômetro. 
Colocar 0,2 ml de sêmen em 7,8 ml de solução com 10% de formalina e 0,9% de solução de 
cloreto de sódio (1:40). 
Concentração total: primeiro e segundo ejaculados. 
Análise do sêmen 
Morfologia: 2 laminas, 200 células por lamina  defeitos de forma 
Preparação úmida  estrutura 
pH: segundo ejaculado  maior concentração e maior fluido do epidídimo, quando tem fluidos 
das glândulas acessórias, o pH é mais alto. Fluidos da próstata, glândulas vesiculares e 
bulbouretrais são alcalinas (pH: 8,0) e constituem 95% do ejaculado. 
A largura escrotal e consistência testicular também devem ser analisadas. 
Medir pelo menos uma vez por mês 
A distância entre as duas curvaturas maiores de cada testículo. 
 
Concentração x Motilidade 
Qual a dose mínima inseminante? Entre 100 e 500 milhões, à medida que se aumenta a 
concentração de sptz tem um incremento na fertilidade (sêmen in natura ou resfriado), acima de 
500 milhões a fertilidade não altera, então esta jogando sptz fora. Portanto, a dose mínima 
inseminante na égua é de 500 milhões de sptz viáveis quando trabalhamos com sêmen resfriado 
ou in natura. No sêmen congelado essa dose sobe para 800 milhões a 1 bilhão. 
Temos que avaliar a motilidade progressiva, se avaliei um sêmen de 500 milhoes de sptz e esta 
dando 50% de motilidade progressiva, na verdade eu tenho 250 milhões de sptz, então para 
saber, eu tenho que multiplicar a quantidade de espermatozoides pela motilidade progressiva. 
A cada campo tem que ter 50 a 100 sptz (slide). 
Eu guardo uma amostra do sêmen que avaliei, deixo no banho-maria, e depois de trabalhar, vou 
lá e dou uma olhada para ver como esses sptz estão  sobrevivência de espermatozoides in vivo 
e in vitro. 
Culturas do trato reprodutivo 
Procedimento: lavar o pênis do garanhão com água morna, enxaguar com água a 40 ºC. Três 
swabs: após o primeiro ejaculado: swabs da uretra e do prepúcio para cultura bacteriológica e 
swab do sêmen. 
Culturas do trato reprodutivo 
Culturas positivas  microrganismos residem na genitália externa  cavalo tem contaminação 
transitória ou permanente? 
Culturas positivas  microrganismos residem na genitália interna  animal está verdadeiramente 
infectado. Um animal verdadeiramente infectado temos que pedir um diagnostico para estas 
bactérias: Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Streptococcus beta-hemolítico 
(prova). Se tem presença desses microrganismos, o garanhão é inapto para a reprodução. Se 
acontecer de pegar Klebsiella no prepúcio mas não peguei no sêmen e na uretra, tenho que 
repetir, porque pode ser contaminação transitória, deve-se repetir. Nas avaliações é interessante 
pedir antibiograma para saber com o que se esta lidando. 
Se o animal está verdadeiramente infectado,não consigo tratar, geralmente é sem sucesso. Não 
utilizar esse garanhão para monta, pois haverá contaminação das éguas. 
Associação permite IA? Saber se pode usar a IA na associação, se sim, pode-se adicionar 
antibióticos ao extensor (1000 UI de polimixina B por ml). 
Coleta de sêmen em equinos 
Preparação da égua (manequim)  animal deve ser dócil, em cio de preferencia, com contenção 
adequada, com bandagem na cauda e cachimbo. 
Monta assistida temos que observar  índole do garanhão, contenção e apresentação do 
garanhão à fêmea e ereção completa antes da monta. 
 
 
Comportamento sexual do garanhão 
Observar diferenças do garanhão quanto: idade, experiência sexual, índole, sazonalidade (dentro 
ou fora da estação de monta). 
Égua urinando (estro)  Reflexo de Flehmen. 
Manequim inadequado 
Machos – Aula 05 
BIOSPECKLE LASER: TECNOLOGIA A LASER PARA ANÁLISE DA QUALIDADE DE SÊMEN 
 
Reprodução assistida: há grandes avanços como a IA, TE, FIV e clonagem. No Brasil, 6% das 
fêmeas são inseminadas o mercado da IA movimenta em torno de 14 milhões de doses ao ano. A 
cada ano que passa, temos técnicas mais sofisticadas para trabalhar na reprodução. Essas 
técnicas obviamente envolvem uma avaliação cada vez mais minuciosa e precisa da qualidade 
dos embriões. 
A quantidade de doses vendidas dobrou na ultima década, mas não porque a IA se expandiu, 
mas porque o rebanho bovino aumentou. 
Obstáculo: é o baixo desempenho em biotecnologias reprodutivas  dificuldade de prever 
potencial fecundante do sêmen utilizado. 
O aumento da reprodução assistida leva a um aumento proporcional da demanda por 
metodologias precisas para determinação da qualidade do material manipulado. 
Foram muitas tentativas para que se conseguisse fazer a primeira clonagem isso leva a um gasto 
muito grande. O mesmo acontece em técnicas para reprodução assistida em humanos, onde as 
técnicas são caras e as vezes é necessário repetir o processo. Nos equinos não conseguimos 
processos laboratoriais de capacitação de espermatozoides como nos bovinos, por isso são 
necessários procedimentos com microcirurgias com laser o que torna o processo bastante caro. 
Fertilidade 
A meta é predizer o potencial fecundante do sêmen a partir de parâmetros espermáticos 
correlacionados à fertilidade. 
Parâmetros utilizados: integridade de DNA, de membrana plasmática e acrossomal (sonda 
fluorescente é importante nessa questão), cinética: quando lidamos com sptz temos que manter a 
motilidade e isso é uma complicação, pois no sêmen sexado, por exemplo, falamos em 10 
milhões de viáveis no normal, no sexado são 2 milhões de viáveis, o tempo para fazer a sexagem 
é grande e o sêmen passa por muito estresse, fazendo com que as características funcionais da 
dose do sêmen sexado seja muito diferente do não sexado, antecipa a capacitação do sêmen, 
tem uso mais restrito na FIV e passa a ser utilizado à campo. Então avaliar fertilidade é uma 
tarefa ainda muito difícil. 
 
Cinética Espermática 
É o parâmetro mais frequentemente correlacionado à fertilidade, uma vez que, o sptz deve estar 
móvel para migrar e interagir no trato reprodutivo (capacitação), e alcançar o ovócito para haver 
fecundação. 
Motilidade é o percentual de células que se movem progressivamente (movimento retilíneo 
progressivo). 
Vigor: velocidade / intensidade do movimento expresso de 0 a 5. 
Métodos para avaliação de motilidade 
- Microscopia óptica: mais comumente utilizado na rotina, menos oneroso, é subjetivo, pois está 
sujeito à habilidade do avaliador, há 30-60% de variação entre avaliadores para a mesma 
amostra de sêmen. 
- Análise computadorizada do sêmen (CASA): metodologia automatizada que avalia milhares de 
espermatozoides individualmente (dimensões da cabeça), fornecendo informações quantitativas e 
qualitativas sobre a motilidade, padrões de trajeto e de movimentação. Atualmente é o método 
mais aceito para avaliação de cinética espermática, com valores objetivos e com elevado padrão 
de repetibilidade. Esse programa marca os sptz mortos e também marca a trajetória dos vivos, 
entre outras funções. 
Biospeckle Laser (BSL) 
O laser é um tipo de radiação eletromagnética que possui: comprimento de onda bem definido, 
alta direcionalidade e coerência espacial e temporal. Incidimos o laser na amostra através de um 
canhão e esse laser vai gerar uma dispersão de luz sobre o sêmen gerando um fenômeno de 
interferência ou speckle. 
Quando o material iluminado apresenta atividade biológica, esse fenômeno de interferência é 
dinâmico é denominado Biospeckle (~ TV for a do ar). 
Aplicações do BSL: 
Identificação dos níveis de atividade em semente de milho vivas e mortas, e a determinação do 
teor de umidade em sementes. Detecção de fungos em sementes de feijão. 
Ferramenta para a avaliação de sêmen  O BSL como uma ferramenta pioneira para avaliação 
da qualidade do sêmen gerou uma patente aos Departamentos de Medicina Veterinária e 
Engenharia da UFLA (Patente INPI – PI 0301926-8). 
BSL  sêmen ovino, equino, canino e bovino. 
Estudos realizados tem demonstrado resultados animadores quanto à aplicação da metodologia 
para avaliação de cinética espermática. 
Componentes e Aplicação da Técnica 
- Fonte de luz laser; 
- Lente e espelho; 
- Amostra; 
- Um dispositivo captador de imagens; 
- Microcomputador com processador de imagens digitais e aplicativo para o tratamento de 
imagem. 
 
Para realização de iluminações pelo BSL necessita-se de ambiente silencioso e escuro alta 
sensibilidade. 
A amostra é iluminada por aproximadamente 40 segundos. 
Durante este intervalo de tempo sucessivas imagens do biospeckle são captadas. 
Essas imagens são processadas de modo que a intensidade da movimentação corresponde a 
determinado tom de cinza. 
Realiza-se, então, um estudo da variação temporal de intensidade de cada pixel. 
Momento de inércia (MI) 
O MI é uma forma de quantificação do BSL, obtido a partir da matriz espaço por tempo (Spatial 
Temporal Speckle – STS). 
STS consiste em uma seqüência de 512 imagens consecutivas das quais se seleciona uma 
mesma coluna (=512 colunas postas uma ao lado da outra) 
Linhas representam diferentes pontos 
Colunas representam a intensidade em uma seqüência 
Assim, atividade da amostra aparece como variações da intensidade ao longo das linhas. 
Exemplo Prático 
Entre o branco e o preto existem 256 tons de cinza, aqui para simplificar, colocamos 6 variações, 
supondo que entre o branco e o preto existam 6 variações de tons de cinza. 
No resultado de uma captação de imagens há uma matriz, a cada tom de cinza nessa matriz nós 
atribuímos um numero, no caso, de um a seis. Quando pegamos a imagem que tem diferentes 
tons em cada pixel, transformamos essa imagem em números e a cada tom é atribuído em 
numero, a matriz de cores é transformada em uma matriz numérica. 
Essa matriz STS é transformada numa matriz de ocorrências (MOC), de modo que, cada ponto 
da matriz corresponde ao número de vezes que o pixel de intensidade tal foi seguido pelo pixel de 
intensidade tal. 
A partir da MOC, calcula-se o MI. É uma analise objetiva daquilo que está acontecendo no 
sêmen. 
Quando tem-se poucos sptz e fracos o STS tem linhas brancas em fundo preto, quando o sêmen 
tem alta atividade, a imagem é fervilhada (parece TV fora do ar). Na matriz gráfica, no sêmen de 
baixa qualidade a dispersão da luz é pequena e no sêmen bom é grande, o feixe de luz é mais 
disperso. 
Esse momento de inercia prediz a fertilidade do sêmen? Sim, o laser distingue a diferença entre o 
sêmen de baixa fertilidade e de alta. O grupo que tinha alta atividade de MI foi o sêmen que deu 
maior taxa de prenhez a campo. Essa técnica permitiu uma avaliação previa das amostras de 
sêmen. 
Normalmente quando estamos avaliando sêmen em analise computadorizada convencional as 
células mortas complicam a analise e no BSL a célula morta tem baixíssima influencia o índiceMI, sendo mais uma vantagem desse método. 
Quando analiso os animais individualmente, consigo saber qual é o melhor e o pior animal, mas 
os animais medianos eu não consigo diferenciar. A sensibilidade do método precisa ser 
trabalhada, para desenvolver sensibilidade capaz de detectar pequenas diferenças de motilidade, 
com 5 a 10% de diferença. 
Análise de Motilidade pelo BSL 
Estudos, quanto à aplicação do BSL como ferramenta para avaliação de motilidade de sêmen 
bovino congelado-descongelado, têm sido realizados. 
Resultados obtidos: em estudo realizado para comparar a técnica do BSL com Microscopia 
Óptica, os resultados demonstraram correlações de Pearson significativas (p<0.01) entre MI e 
parâmetros cinéticos: MI e vigor (r=0.904); MI e Motilidade progressiva (r=0.977); MI e 
concentração de células móveis (r=0.815). 
(outros estudos slide) 
Esses resultados evidenciam que o MI é capaz de identificar a cinética presente em amostras de 
sêmen, bem como, discriminar os seus padrões de movimentação, visualizado pelo 
comportamento semelhante com os parâmetros do CASA. 
Conclusão 
O BSL é um método preciso e objetivo de avaliação de cinética espermática capaz de eliminar a 
subjetividade intrínseca às avaliações de rotina. 
 
 
 
 
Machos – Aula 06 P2 
Congelamento de sêmen 
 
Formas artesanais de congelamento de sêmen. 
O congelamento não é extremamente requisitado, porque existe uma regulação do ministério que 
não permite o registro de animais cujo sêmen não foi congelado em centrais. O congelamento 
oficialmente só é permitido em centrais autorizadas pelo ministério. 
As centrais oferecem esse serviço de congelamento, mas cobra muito caro, o que não compensa 
na maioria das vezes, por isso eventualmente o congelamento a campo é feito. 
O congelamento de sêmen iniciou em 1779, mas foi em 1949 que criaram o crioprotetor e em 
1951 nasceu o primeiro bezerro de IA com sêmen congelado. 
Criopreservação celular 
- Preservação de hemácias para transfusão  banco de sangue, facilitou a administração 
hospitalar; 
- Preservação de tecido ósseo para reposição; 
- Sêmen e embriões; 
- Melhoramento genético e preservação de espécies em extinção; 
- Fator limitante: Poucas técnicas permitem 100% da sobrevivência destas células após 
congelação e descongelação  nas paletas de sêmen congelada tem-se uma mortalidade de 
20% pós congelamento; 
Cultivo de fibroblasto: a mortalidade é alta mesmo em células resistentes. 
Retiramos as células do bovino a uma temperatura de 38,2 Cº e jogar em uma temperatura 
negativa, isso é um abaixamento muito grande de temperatura. 
Estrutura das membranas 
Na membrana plasmática temos uma bicamada fosfolipídica e proteínas. O lado exterior é 
fortemente hidrofílico e o lado interior fortemente hidrofóbico. Na célula a agua só vai passar em 
canais específicos da membrana constituídos por proteínas integrais. Temos cadeias carbônicas 
que se ligam as proteínas de membrana formando “rabichos”. A membrana vai delimitar dois 
compartimentos: extra e intracelular e vamos discutir o que acontece com esses dois ambientes 
no congelamento. 
Ocorre a morte de muitas células no congelamento porque esse processo arrebenta a membrana 
celular. No caso do suíno, por exemplo, este é muito mais sensível a criopreservação do que o do 
bovino. Existem particularidades diferentes porque as membranas são diferentes, a membrana 
das células do bovino são mais fluídas, por isso são mais resistentes, são poucos rígidas. 
Fluidez das membranas 
 
- Natureza dos fosfolípides  eles podem formar cadeias de hidrocarbonetos retas, podem ter 
ácidos graxos saturados, essa cadeia reta favorece o estado rígido da membrana o que é 
indesejável para o congelamento. 
- Quando tem muita insaturação  forma dobras na cadeia que fazem com que a cadeia seja 
menos rígida. Cadeias saturadas são ruins, pois foram cadeias retas que são rígidas. Quando 
ocorre a instauração, a cadeia dobra e essa dobra torna a membrana mais fluida, facilitando o 
congelamento. 
 
- Temperatura: abaixamos a temperatura da célula, quando começamos a mexer nessa 
propriedade física as cadeias de hidrocarboneto ficam mais alongadas e rígidas. O próprio 
processo físico começa a influenciar na propriedade física da membrana. 
- Relação colesterol: fosfolípides  quanto mais colesterol tem, mais resistência tem a 
membrana, o que é ruim. Quando mais colesterol, menos fluida a membrana, pois ele interage 
fortemente com os lipídeos, impedindo sua movimentação. O colesterol tem um grupo hidroxila 
que se liga as cadeias de fosfolípides, tornando a camada lipídica menos fluida e menos 
permeável. 
 
Criopreservação 
Eu tirei o sêmen a 38ºC e nos primeiros processos ele vai a -5ºC e assim por diante até -196ºC. A 
zona de temperatura crítica é de -15 a -60ºC, quando morrem mais espermatozoides. 
Até -5ºC  ocorre um “super resfriamento”, mas ainda não há congelamento da célula. 
De -5ºC a -15ºC  forma gelo no meio extracelular, mas o intracelular permanece “super-
resfriado”. Formam-se micro cristais de gelo, cria-se um gradiente osmótico entre o meio intra e 
extracelular, começa a sair água da célula para tentar o equilíbrio, assim o espermatozoide 
desidrata. Quando há o resfriamento inadequado, forma gelo dentro da célula, formando macro e 
micro cristais de gelo, e o macro cristal estoura lesando a célula, os micro cristais se fundem, 
formam macro cristais e também estouram, então não posso ter a formação de gelo dentro da 
célula de forma inadequada. 
Crioprotetores 
O crioprotetor é uma substancia que é usada para proteger tecido biológico de danos de 
congelamento (danos devido à formação do gelo). Insetos do Ártico e Antártida, peixes, anfíbios e 
repteis criam crioprotetores (compostos anticongelantes e proteínas anticongelantes) nos seus 
corpos para minimizar os danos de congelamento durante os períodos frios do inverno. Os 
insetos geralmente usam açúcares como os crioprotetores. Sapos do Ártico usam glicose, mas as 
salamandras do Ártico criam glicerol nos seus fígados para uso como crioprotetor. Os 
crioprotetores funcionam simplesmente aumentando a concentração de solutos nas células. No 
entanto, a fim de serem biologicamente viáveis eles devem facilmente penetrar nas células, e não 
ser tóxicos para a célula. 
Agentes crioprotetores intracelulares 
• 1. Etilenoglicol 
• 2. Dimetilsulfóxido 
• 3. Propanodiol 
• 4. Glicerol 
 
 
Dinâmica dos crioprotetores 
 
Taxas de resfriamento 
- Lenta: Não pode ser muito rápida, senão forma gelo intracelular. Essa taxa deve ser lenta, de 
modo que a velocidade de passagem da água do meio intra para o extracelular é suficiente para 
concentrar os solutos no meio intracelular – espermatozoide desidrata, mas não congela 
internamente. 
- Muito rápida: formação de gelo intracelular; 
- Descongelação: lenta (recristalização), muito rápida. 
- Congelação e descongelação tem curvas semelhantes. 
Bomba de sódio e potássio 
Depende de energia, tem canal de sódio e potássio. Quando abaixamos a temperatura, ela para 
de funcionar, ela depende de ATP e essa temperatura limita a eficiência dessa bomba, que é 
outro fator que leva a célula à mortalidade. 
A membrana da cabeça do espermatozoide é diferente da membrana da peça intermediária e da 
cauda, se elas são diferentes, posso ter lesões mais drásticas na membrana da cauda, havendo 
comprometimento na motilidade, mas o espermatozoide continua viável  menor motilidade, mas 
sem perder viabilidade. No caso de lesão na membrana do acrossoma, o espermatozoide não é 
fértil, mas tem boa motilidade. 
Congelamento de sêmen 
Etapas do congelamento: 
 Fase preparatória 
 Colheita 
 Avaliação 
 Diluição 
 Refrigeração e equilíbrio 
 Congelamento 
 Armazenamento 
 Controle 
 Distribuição 
Garanhão 
O congelamento do sêmen do garanhão é diferente em uma etapa. A coleta é feita em vagina 
artificialque é maior do que a usada para touros (em cavalos a coleta é com vagina artificial e 
químicas, não se usa eletroejaculação). O sêmen também é bem diferente do touro, com 80 ml de 
volume (touro é 7 ml). 
Primeira coisa que fazemos é a concentração, jogamos na câmara de Newbauer e contamos 
quantos espermatozoides teremos na dose inseminante. Vemos a viabilidade dos 
espermatozoides para saber quantas células vivas termos nessa dose inseminante. 
No garanhão tem uma etapa adicional que é a centrifugação, porque o plasma seminal do cavalo 
é citotóxico, então é melhor eliminar o plasma, depois da centrifugação forma um sedimento do 
sêmen, um pelete. Com uma pipeta retiramos o máximo possível do plasma e deixa só o pelete. 
Pegamos um diluente, e ressuspendemos esse pelete com o diluente. A dose mínima 
inseminante no cavalo é de 500 milhões de espermatozoides por dose, no sêmen congelado a 
dose é de 800 milhões a 1 bilhão de espermatozoides depositados no corno uterino ipsilateral ao 
CL. 
É colocado nitrogênio na caixa de isopor, formando uma fase liquida e uma fase gasosa. A fase 
de vapor tem uma temperatura de -79ºC e a fase liquida de -196ºC. Se eu jogar as paletas direto 
no liquido, mata todo mundo, então eu coloco primeiro numa redinha, o nitrogênio liquido fica lá 
embaixo e as paletas só no vapor, deixo assim por 15 minutos e depois dai, eu posso jogar no 
liquido, coloco rapidamente num caníster e jogo no nitrogênio liquido dentro do botijão. 
A centrífuga deve ser refrigerada, se não for, deve ser colocada na geladeira. 
Preparação (touro) 
Preparo do diluidor, que tem a função de aumentar o volume do ejaculado e possibilitar a 
inseminação de maior número de fêmeas. 
O diluidor tem que criar um ambiente favorável para os espermatozoides para que ele mantenha 
vida, atividade cinética e capacidade fertilizante. 
O verde é o diluente que contém glicerol que é um criopreservante, 
Quando esta a temperatura de geladeira, coloca o diluente amarelo e quando vai diminuindo a 
temperatura coloca o verde. 
Diluidores características 
Gema de ovo  preservação mais prolongada do sêmen; 
Citrato gema  substitui solução fosfato por citrato; 
Glicerina  ação crioprotetora para os espermatozoides; 
Antibióticos: 1000 UI de penicilina (K ou NA)/ml 
500 a 1000mg de dihidroestreptomicina 
Diluidor de Nagase: 
Solução de lactose a 11%  73 ml 
Glicerina neutra, p.a  7 ml 
Gema de ovo  20 ml 
Penicilina potássica  100.000 UI 
Dihidroestreptomicina  100.000 mg 
A lactose e a gema de ovo tornam a solução meio opaca, então tem que estar treinado para 
avaliar o sêmen. É um diluente opaco. 
Colheita de sêmen 
A coleta é feita com vagina artificial, montagem. Colocamos agua quente a 60ºC e no momento 
de uso esta a 40 – 42 ºC. Deve ser lubrificada com K.Y. É feito o preparo do reprodutor. 
Com a coleta de sêmen eu pretendo coletar um ejaculado completo, puro e sem contaminações. 
É muito importante o condicionamento do animal. 
Avaliação do sêmen 
Avaliamos volume, motilidade (turbilhão e vigor), concentração na câmara de Newbawer  1:200 
x 1:5 x 1:10.000 = 1: 10.000.000/ml 
Concentração média do sêmen bovino: 1: 200.000.000 
Percentagem de vivos 
Membrana do espermatozoide morto é permeável à eosina e se cora. 
Eosina – nigrosina 
Fast gree – eosina 
Eosina – citrato de sódio (eosina 0,2g, citrato de sódio 0,3g e H2O dd qsp 10ml). 
Diluição do sêmen 
Dose inseminante: 10.000.000 de espermatozoides viáveis 
Perdas durante a congelação: 10 a 20% 
Palhetas: 10 a 20% 
 
Refrigeração e equilíbro 
- Sêmen diluído; 
- Banho-maria: 32 a 37ºC; 
- Câmara fria (refrigeração); 
- Queda da temperatura inicial até 5ºC; 
Tempo de refrigeração: 1h30 a 2h; 
- Tempo de equilibro: tempo que o sêmen tem que ficar reagindo com o crioprotetor antes de ser 
congelado, dura de 5 a 10 horas  metabolismo da glicerina pelos espermatozoides. 
Congelação do sêmen 
Após envasamento, congelação em duas etapas: 
Etapa 1: 
 Vapor de nitrogênio líquido 
 Tempo: 10 a 15 minutos 
 Local: 3-5 cm acima do nível do nitrogênio 
 Temperatura: - 79oC 
Etapa 2: 
 Mergulhar em nitrogênio líquido 
 Temperatura: - 196oC 
 Armazenamento 
 Containers 
 Controlar nível de nitrogênio 
 Controle 
 Estoque 
 Qualidade do sêmen 
 Motilidade, vigor, concentração, morfologia, testes metabólicos, etc. 
 Distribuição

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