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estudo orientativo biotecnologias reprodução (veterinaria)

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ESTUDO ORIENTATIVO A1
1. Descreva todo o processo de inseminação artificial em bovinos (preparo das fêmeas,
preparo do material, descongelamento do sêmen, técnica da inseminação).
No caso dos bovinos, utiliza-se vagina artificial para coleta do material por ser
próxima do processo fisiológico, o que vai oferecer material de qualidade. Na parte da
manhã, com a fêmea no manequim, o touro é direcionado e, com o reflexo de Flemming, o
touro recebe o sinal para fazer o salto. Quando o fizer, o pênis é lateralizado e coleta-se no
segundo ou terceiro salto para melhor resultado e melhor qualidade de sêmen.
A observação do cio é realizada para detecção do estro, que ocorre quando a fêmea
aceita monta (único sinal que garante esta etapa). A inseminação artificial é realizada 12
horas após o início do estro ou logo após a fêmea aceitar a monta. Fazendo observação de
cio 2 vezes ao dia, é possível identificar, por exemplo, o cio pela manhã, e inseminar a tarde
(e vice-versa), garantindo que o animal esteja no período de meta-estro (momento da
ovulação) para aumentar o número de espermatozoides viáveis no horário da inseminação.
Como o espermatozoide permanece viável entre 12 e 24 horas, também é possível realizar
o procedimento quando a fêmea aceitar monta, mas acaba sendo mais caro para a
propriedade, pois requer observação constante do rebanho.
Os materiais necessários para a inseminação artificial são:
a) Botijão com nitrogênio para manter o sêmen congelado;
b) Luvas para manipulação do material sem contaminação;
c) Bainha, uma espécie de capa para o aplicador, a fim de reutilizá-lo com outros
animais;
d) Aplicador (universal);
e) Termômetro de água, para identificar o descongelamento do sêmen, que ocorre em
banho-maria;
f) Cortador para a palheta do sêmen;
g) Pinça para retirar a palheta de sêmen do botijão, pois encostar com os dedos na
palheta leva ao descongelamento do material de maneira inadequada;
h) Tesoura para cortar o saco de bainha sem contaminar o material;
i) Material para higiene e assepsia local, como álcool 70 ou clorexidine, além de papel
toalha para retirar o excesso de sujidades.
Para ir para a reprodução, o animal precisa estar com pelo menos 70% do peso
esperado para a raça, esperando o segundo ou terceiro cio (que possuem mais fertilidade)
para realizar a inseminação. A fêmea é preparada amarrando a cauda do animal, para que
esta não fique balançando e atrapalhe a manipulação. Em seguida, é feita a palpação retal
para retirada das fezes presente no canal, e é posteriormente realizada massagem para
saída de muco, lubrificando o local. Se houver presença de excesso de sujidades, pode ser
lavado o local. O descongelamento do sêmen ocorre a 35°C, sendo que a palheta fina fica
por 20 segundos, enquanto a grossa permanece durante 30. A inseminação artificial nas
fêmeas ruminantes é feita no início do corpo do útero/após o último anel cervical.
2. Quais os principais entraves para a utilização da inseminação artificial em animais
de produção que possuam um bom manejo nutricional e sanitário? Descreva um
método de realização deste processo que tenha por finalidade acertar o momento
correto da inseminação em grande parte do rebanho.
Animais que possuam um bom manejo nutricional podem não emprenhar devido a
falhas na identificação do cio e anotação incorreta dos animais no cio, pois esse
procedimento precisa de atenção do funcionário que o realiza. Além disso, como o cio
destes animais é curto, com duração de 12 a 18 horas, deve-se obedecer ao horário para
inseminação (se foi observado pela manhã, inseminar à tarde). O botijão que armazena o
sêmen também deve ser manejado corretamente, uma vez que o nitrogênio é explosivo e
volátil, podendo perder frio e comprometendo a operação, além de levar riscos ao próprio
manipulador. Outro fator que pode comprometer o sucesso da inseminação são falhas com
a higiene do procedimento, pois como se trabalha com um material muito sensível, as
sujidades locais podem levar a doenças do trato genital da fêmea, assim como os materiais
de assepsia podem levar os espermatozoides a óbito.
3. Uma das formas de guiar o médico veterinário para o momento ideal da realização
da Inseminação Artificial é a citologia vaginal. Explique como deve ser feito este
procedimento e quais características celulares cada fase do ciclo estral deve
apresentar.
É possível identificar o estro da fêmea com auxílio de swab, escarificando a parede
da vagina e passando o material para lâmina, com movimentos circulares. Essa lâmina
deve ser corada, mergulhando o material 10 vezes, lavando para retirar o excesso, e depois
mergulhando mais 10 vezes do outro lado (lavando posteriormente) para igualar o material.
Pode-se fazer citologia e, 2 dias depois, inseminar novamente, no caso das cadelas.
Existem 3 tipos celulares que podem aparecer na lâmina, superficiais, parabasais e
intermediárias. Células com núcleo e com formato irregular são células intermediárias, que
indicam fase de proestro ou metaestro. Células mais claras e arredondadas, com núcleo
mais evidente e circular são células parabasais indicam proestro, diestro ou anestro. As
células superficiais não têm forma definida, e o núcleo não aparece na visualização, e são
características de estro. Estando em maior quantidade (de 80 a 100%) de visualização na
varredura da lâmina, a fêmea pode ser inseminada, pois a chance de emprenhar é grande.
Apesar a citologia, a clínica é soberana - ou seja, se o animal estiver aceitando monta, ele
está em estro.
4. Explique o porquê e como a iluminação pode interferir na reprodução de éguas.
As éguas são animais foto positivas, ou seja, sua atividade ovariana é regulada pelo
fotoperíodo. O cio desses animais ocorre apenas nos dias mais longos do ano, pois o eixo
hipotalâmico-hipofisário-gonadal sofre influência da pineal, que produz hormônio
melatonina. A melatonina faz feedback negativo com o GnRH. Dias curtos geram menor
secreção de gonadotrofinas, gerando menor atividade ovariana. Com o aumento do nível de
luz (cerca de 14-16 horas por dia), a secreção de melatonina é inibida, retirando o bloqueio.
Dessa forma, a liberação de gonadotrofina no hipotálamo ocorre, consequentemente,
liberando LH e FSH para recrutamento de folículos e iniciar o ciclo estral.
5. Uma grande propriedade de gado de leite está tentando implantar a inseminação
artificial, mas embora já tenha feito todo um planejamento e grande investimento
para implantação da técnica, o proprietário está pensando em desistir, pois em seu
sistema de criação além das falhas corriqueiras da observação de cio, as fêmeas
apresentam grande atraso no retorno ao cio devido à alta produção de leite. Ajude-o
a resolver o problema sem que ele precise abrir mão da inseminação artificial e que
os primeiros serviços ocorram mais precocemente após o parto.
Para essa propriedade em questão, a sugestão é utilizar inseminação artificial em
tempo fixo, com o auxílio de hormônios, no caso de animais com bom escore corporal.
Dessa forma, é possível sincronizar o cio dos animais antes de inseminar, sem a
necessidade da observação. Utilizar estrogênio e dispositivo de progesterona,
proporcionando crescimento folicular a partir do 3º dia. No 7º dia, é aplicada prostaglandina,
fazendo retirada do dispositivo de progesterona no 9º dia. Posteriormente, faz-se aplicação
do GnRH para estimular ovulação e inseminar, mesmo que animal não manifeste o cio. No
caso desse protocolo não funcionar, é possível realizá-lo mais uma vez. Se mesmo assim
alguns animais não emprenharem, sugere-se monta controlada ou descarte.
6. Quais os três princípios básicos da inseminação artificial em tempo fixo (de
exemplos de hormônios utilizados em cada princípio).
Os princípios básicos da inseminação artificial em tempo fixo são a sincronização da
onda folicular, luteólise e indução da ovulação. A sincronização da onda folicular diz respeito
a reiniciar do 0 todo do ciclo, para colocar todas as fêmeas desse rebanho iniciando a onda
de crescimento conjuntamente. Apesarde começar ao mesmo tempo, nem todos os
animais vão desenvolver igual devido à fisiologia individual. Além disso, nem todos os
folículos serão funcionais, alguns podem entrar em atresia. Para isso, pode ser utilizado o
estrogênio para provocar a ovulação com manifestação de estro. O segundo princípio, da
luteólise, dá condição para o folículo dominante ovular, retirando o corpo lúteo. Esse
processo é normalmente feito com prostaglandina. O terceiro princípio estimula o
crescimento folicular, igualando o processo dos animais. Pode ser feito com GnRH, que
induz o desenvolvimento rápido do folículo para conseguir novo recrutamento.
7. Na transferência de embriões são necessários alguns cuidados a serem pensados
entre doadora e receptora. Quais são esses cuidados?
Na transferência de embrião, é necessário escolher doadoras de alto potencial
genético, que doarão este para seus descendentes; animais entre 3 e 10 anos que já
passaram por teste de progênie com mais eficiência e ainda estão em idade boa para
responder a protocolo hormonal; tenham bom intervalo entre partos, pois é possível colocar
na reprodução animais mais jovens (sem atrapalhar o desenvolvimento do animal jovem e
sem o desgaste no animal mais velho); melhora controle zootécnico do rebanho, pois com
mais investimento, há mais animais com alto nível genético, e consequentemente há mais
investimento em controle sanitário; boa fertilidade para emprenhar na primeira ou segunda
inseminação artificial; bom escore corporal, uma vez que vaca magra não dá cio; bom trato
reprodutivo anatômico que não gere problemas de parto.
As vacas receptoras precisam de boa saúde, facilidade para parir (eixo anatômico
ideal, sem patologias do trato genital ou cérvix curta), bom escore corporal e perspectiva de
ganho de peso que levem a boa conformação do feto e posterior recuperação desse animal.
8. É possível coletar mais de um embrião do útero da mesma doadora bovina ao
mesmo tempo? Explique sua resposta.
É possível através do protocolo de superovulação. No protocolo clássico, é realizada
a observação de cio para contar o dia 0 a partir da manifestação do estro. Após 9 dias
(sempre antes do FSH fisiológico começar a decair, no início do desenvolvimento da onda),
da-se início a aplicação de FSH a cada 12 horas pelos próximos 4 dias. Na 5ª ou 6ª
aplicação do FSH, realiza-se a aplicação da prostaglandina, para que o animal ovule. No dia
13 do protocolo, realiza-se a inseminação artificial nos períodos da manhã e da tarde para
garantir que haja fecundação. No dia 20, é realizada a coleta, garantindo que o material
chegou na tuba uterina, mas não se fixou. O fisiológico das doadoras é individual, podendo
ter de 2 a 3 ondas, permitindo, a partir a aplicação de FSH, obter o máximo de folículos
possíveis.
9. Quais os principais entraves da utilização da TE e quais as principais vantagens da
utilização desta técnica?
As vantagens da transferência de embrião são, principalmente, intensificar maior
número de descendentes por animal e por gestação; aumentar o número de novilhas para
reposição, provindas das melhores vacas; aumentar eficiência do teste de progênie, com
possibilidades de testar com maior número de animais; reduzir intervalo entre gerações já
que a doadora pode oferecer um embrião a cada ciclo de 21 dias.
Apesar dessas vantagens, é preciso considerar uma série de fatores para que o
protocolo tenha sucesso. Entre eles, as características dos animais envolvidos, tanto
doadoras quando receptoras (idade, estado nutricional, período pós-parto das últimas, entre
outros) e touro (qualidade do sêmen); instalações para manejo dos animais; quantidade e
frequência de inovulações; além da disponibilidade de pessoal para fazer o manejo,
medicamentos a serem utilizadas, e investimento disponível.
10. Relembre as classificações dos embriões de acordo com o tempo de fecundação e
chance de melhores taxas de gestação.
Quanto ao grau de qualidade, os embriões podem ser classificados entre I,
excelente/bom; II, regular; III, pobre; ou IV, degenerado ou não fecundado. Quanto ao
estágio de desenvolvimento, os embriões podem ser classificados como mórula, mórula
compacta, blastocisto inicial, blastocisto expandido e blastocisto eclodido.
Os melhores embriões são aqueles em estágio de blastocisto, entre graus I, II ou III.

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