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GRA1592 CRIATIVIDADE, IDEAÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS GR0518211 - 202110 ead-7354 08 topico 2

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08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 1/35
CRIATIVIDADE, IDEAÇÃO E RESOLUÇÃO DECRIATIVIDADE, IDEAÇÃO E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMASPROBLEMAS
CRIATIVIDADE E SUASCRIATIVIDADE E SUAS
APLICAÇÕESAPLICAÇÕES
Autor: Esp. Anderson Marcol ino Pereira de Ol iveira
Revisor : Rafae l Araújo
I N I C I A R
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 2/35
introdução
Introdução
Caro estudante, vamos iniciar agora uma jornada nos princípios da criatividade,
veri�cando como ela impacta a produção de conteúdo no mundo globalizado
atual e como o estudo sistematizado do assunto vem contribuindo para que as
organizações obtenham sucesso, baseadas na elaboração de um insumo
fundamental nos dias de hoje: inovação.
A disciplina irá apresentar os princípios e as de�nições de criatividade,
especialmente diferenciando-os das de�nições de inovação, conceitos que se
assemelham em certos pontos, mas que são diferentes em sua essência.
Também faz parte do escopo descrever o processo criativo, identi�cando como
os grandes mestres da criatividade produzem seus inventos.
Em seguida, apresentaremos as aplicações das teorias da criatividade para
solucionar problemas e como os resultados podem ser melhorados conforme
o uso de soluções inovadoras. Por �m, apresentaremos as aplicações das
técnicas de promoção da criatividade, para impulsionar o desenvolvimento do
potencial empreendedor das pessoas, e o impacto que esses
empreendimentos causam na economia.
Como diria Steve Jobs (1955-2011), uma das mentes mais criativas do século 20,
a “Criatividade é a arte de conectar ideias”.
Vamos conectar as ideias juntos?
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 3/35
O mercado global está em constante transformação. Isso é resultado do
impacto causado pela 4ª Revolução Industrial, também conhecida como “Era da
informação”. Partindo desse contexto, o conhecimento e a informação são, sim,
os ativos mais relevantes neste processo de reformulação para atender às
demandas de um mercado cada vez mais exigente com a qualidade dos
produtos e conhecedor de suas vontades e necessidades. O consumo de
produtos oriundos diretamente do sistema produtivo atual tende a se
extinguir. Você não ouviu errado. No futuro, todos seremos capazes de
comprar produtos feitos exclusivamente para nós.
Entretanto, para atender à necessidade desesperada de criar novos produtos e
novas soluções, é preciso uma das características mais importantes da psique
humana: a criatividade! Apesar de parecer ser um tema recente, a capacidade
de criar já era estudada muito antes de qualquer desenvolvimento industrial,
remetendo-nos aos tempos antigos, em que os �lósofos já divagavam sobre o
assunto. Naquela época, especulava-se que a criatividade estaria associada a
um dom, algo que seria inato ao ser com a capacidade de criar.
Criatividade – De�niçõesCriatividade – De�nições
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 4/35
Os estudos recentes ampliaram o conceito de criatividade, desconstruindo a
ideia de algo divino para algo mais palpável, em que todos nós possuímos a
capacidade de inventar, reinventar e inovar. Porém, tais quais as demais
competências que adquirimos, precisamos nos desenvolver para construir um
ambiente propício para acordar nosso potencial criativo.
As grandes mentes da humanidade possuem algumas características em
comum que as diferem das outras, aumentando consideravelmente seu
potencial criativo: um repertório diverso e recursos para acessá-los sempre que
possível, como um quebra-cabeças: montar e desmontar as peças faz com que
a construção seja mais rápida, acessando novos métodos para construí-lo mais
e�cazmente. Fazendo e refazendo, aprendemos a fazer melhor, mais rápido e,
o fator mais importante no mundo corporativo atual, de maneira mais barata.
Em resumo, a criatividade é uma habilidade inata ao ser humano que está
intimamente ligada à nossa capacidade de resolver nossos dilemas de maneira
inventiva e inovadora. Como qualquer habilidade, pode ser ensinada, treinada
e praticada para inspirar a produção de soluções, no intuito de nos tornarmos
mais criativos.
História da Criatividade
De�nir com clareza o que é criatividade não é uma das tarefas mais simples,
visto que toda de�nição restringe a abrangência de uma determinada coisa,
resumindo demais e empobrecendo seu signi�cado. Podemos nos debruçar
sobre trabalhos de muitos estudiosos acerca do assunto, mas várias polêmicas
ainda residirão em nossas cabeças, visto que muitas das de�nições são, até
certo ponto, controversas. Não é de hoje que os estudos sobre a criatividade
vêm sendo tema recorrente na vida de �lósofos, psicólogos, sociólogos e, mais
recentemente, estudiosos sobre as relações humanas e as organizações, e tem
sido proposto que a criatividade está associada à capacidade cognitiva do ser,
mesmo que ainda não haja convergência de todos sobre essa possibilidade
(SOUZA, 2014).
Diante desse cenário, apresentaremos alguns dos contextos históricos sobre o
tema, para construirmos as nossas próprias de�nições sobre o que é
08/06/2021 Ead.br
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criatividade (SOUZA, 2014).
Grécia antiga 
As primeiras de�nições sobre criatividade nos foram apresentadas na
Grécia antiga, em que os �lósofos difundiram a tese de que a
criatividade da qual os poetas eram dotados não havia qualquer
relação com conhecimento ou aprendizado, sendo apenas uma
espécie de dom ou bênção divina. Platão, um dos �lósofos mais
relevantes da história da Grécia antiga, entendia que os poetas
possuíam a capacidade de escrever apenas por estarem em estado de
“possessão”; as musas inspiradoras eram as responsáveis pelos textos
produzidos, em uma espécie de “inspiração divina”. 
Naquela época, a criatividade também era imputada aos loucos,
devido ao estado de espontaneidade da persona quando em “estado
criativo”, levando-os a serem comparados aos irracionais.
Idade média 
Na Idade Média, a ideia de criatividade passou a ser associada às
maiores mentes da época e à sua capacidade de inventar. Durante
essa época, muitos gênios produziram muitas teorias e produtos que
utilizamos até hoje. Foi uma era rica em produção artística, desde a
produção literária, passando pelas expressões visual (pinturas,
esculturas, arquitetura etc.) e cultural (teatro, por exemplo). Também
há de se destacar os avanços nas ciências, fato que impulsionou o
desenvolvimento das eras industriais em alguns séculos. Dentre os
principais “mestres da criatividade” que surgiram no período,
podemos destacar Galileu e Leonardo da Vinci, expoentes máximos do
que podemos de�nir como “seres criativos”. Da Vinci, por exemplo, foi
pintor, escultor, arquiteto, além de produzir conteúdo cientí�co nas
áreas da matemática, �loso�a e música.
Revoluções industriais 
Durante os séculos 18 e 19, ocorreu a evolução da ciência como base
da construção da sociedade e sua explicação dos fenômenos da
natureza, dando início ao desenvolvimento do potencial criativo como
fonte de meio de produção, de fato. Os teares mecânicos e a máquina
08/06/2021 Ead.br
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a vapor são exemplos claros de invencionismos que impulsionaram as
economias, evidenciando que a criatividade aplicada à indústria seria
o futuro da economia mundial. Na Revolução Industrial seguinte, a
invenção do carro e de seu modelo produtivo (linha de produção) foi
fundamental para a situação mercadológica que temos até os dias
atuais. 
Durante essa época, também a criatividadeesteve presente na
produção de conteúdo artístico, especialmente na música, nas artes
visuais e textuais. Assim como na época antiga, muitos deles
associavam a criatividade puramente a inspirações espirituais.
Como pudemos observar, o conceito de criatividade, de uma forma ou de
outra, sempre esteve intimamente ligado às artes, como uma forma de
expressão do artista e sua forma de enxergar o mundo através de suas obras.
A partir das visões históricas sobre as passagens que exigiram certa dose de
criatividade, podemos apresentar, agora, várias de�nições sobre criatividade.
De�inições da Criatividade
Apresentaremos, aqui, diversas de�nições de criatividade, a partir da
reformulação dos conceitos sobre as aplicações da criatividade.
Segundo Kant, Rohden e Marques (1992), a criatividade é um comportamento
inerente aos seres humanos que, através de ações imprevisíveis, age
naturalmente, impossibilitando-se, assim, seu ensino e aprendizado.
Para Saunders (1984, p. 19), a criatividade não pode ser de�nida como “fazer
tudo e qualquer coisa a qualquer momento, em quaisquer circunstâncias e de
qualquer maneira”. A criatividade é uma ação estruturada e altamente
caracterizável, associada a uma intenção clara, apesar de muitas vezes ser
inconsciente. É a associação de aspectos múltiplos e divergentes entre si que
produzem a criatividade.
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De acordo com Lubart (2009), a criatividade é a capacidade de prover uma
solução dentro de certos contextos, apoiada em um conjunto de habilidades
que permitem ao ser adaptar-se a várias realidades.
Já para Kneller (1968), a criatividade surge como um processo com diversos
aspectos que envolvem desde a de�nição do problema e os conhecimentos
preexistentes sob uma nova perspectiva. Em resumo: faz-se o uso de ideias já
conhecidas para resolver novos problemas ou aplica-se os conhecimentos
antigos na produção de novas ideias, dando início a um novo conceito:
inovação.
Max Wertheimer (1944), em sua Teoria da Gestalt, sugere que a criatividade
surge a partir de uma con�guração problemática, oferecendo ao homem a
capacidade de enxergar toda sua complexidade numa visão sistêmica. Com
isso, baseado em suas dinâmicas, formas e tensões, o homem pode se alinhar
às expectativas do problema, podendo, então, harmonizar-se com ela.
A teoria da Gestalt oferece uma das mais aceitas de�nições acerca da
criatividade, pois nela o ser observa os fenômenos no ambiente, a partir de
uma estrutura organizada, com papéis protagonistas e antagonistas, �gura e
fundo, tema e formas que se projetam. A teoria propõe a conexão entre
estímulo e raciocínio, e que essa ligação produz a criatividade.
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Diante das de�nições apresentadas sobre o que seria a criatividade, podemos
acreditar que a criação é uma capacidade inerente a todos os seres humanos e,
por assim dizer, todos nós temos o potencial necessário para sermos criativos,
podendo variar o nível de criatividade a que potencialmente podemos chegar.
Em resumo: todos nós podemos criar, basta que utilizemos as ferramentas
necessárias para estimular nosso potencial.
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Como pudemos observar na parte anterior, a criatividade é uma capacidade
inerente ao ser humano que pode se manifestar de diversos modos, para
diferentes pessoas e de acordo com os conhecimentos de cada pessoa (visual,
textual, música, dança, design, arquitetura, engenharia, gestão etc.).
A partir da compreensão de que a criatividade pode ser utilizada nos mais
diversos aspectos da vida, a criatividade pode ser compreendida como o
insight mental que constrói novas ideias, através de pessoas ou grupos, em
que essas novas ideias podem ser produtos, serviços, métodos ou soluções.
Tomando esse conceito por base, a criatividade passa a ser um processo,
oferecendo-nos, assim, a possibilidade de estudá-lo, compreendê-lo e melhorá-
lo. Assim, passamos a entender o que seria a criatividade aplicada, em que se
entende que o ser criativo tem as habilidades necessárias para produzir
soluções para os problemas que surgem. É essa característica da criatividade
que buscamos e que abordaremos ao longo da unidade.
Nesse sentido, o processo criativo é disposto como um conjunto de passos que
as pessoas ditas “criativas” seguem, que não é único, ou seja, cada um de nós
O Processo CriativoO Processo Criativo
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pode elaborar o roteiro que pode nos auxiliar a construir nosso próprio
processo criativo e segui-lo, objetivando despertar os gatilhos que fazem nossa
mente criar para solucionar as provas diárias que nos aturdem.
Compreensão Mental
Antes de fazer qualquer produção de roteiros ou guias para o estímulo da
criatividade, precisamos compreender como o nosso cérebro funciona para
agir em situações em que alguma questão exija uma solução. Durante um
estudo do departamento de neurociência cognitiva de Harvard, o PhD Roger
Beaty e sua equipe destrincharam como as redes neurais funcionam no nosso
cérebro para produzir soluções criativas. O estudo baseava-se em avaliar o
cérebro, através de ressonância magnética, quando era perguntado sobre o
uso de diferentes objetos. A resposta obtida pelo estudo indicava que o
processo criativo passava pelas seguintes redes:
rede de “modo padrão”: é a rede neural que é responsável pelas
atividades repetitivas do ser, aquelas que fazemos de maneira natural,
sem foco ou esforço. É o nosso “piloto automático”;
rede de controle executivo: é a rede responsável pelas atividades que
exigem foco, atenção e controle sobre as atividades a serem
desempenhadas;
rede saliente: é a rede responsável pela conexão entre as duas redes
anteriores.
E como o processo criativo funciona em nossa mente? A resposta foi obtida no
estudo. No primeiro instante, nossa rede de modo padrão atua para que nossa
mente possa gerar ideias, de maneira espontânea. Através da rede saliente,
que oferece a conexão entre as duas redes, a mensagem chega à rede de
controle executivo que avalia, re�na e aceita ou descarta as ideias que são
geradas. Essa condição não é comum em todas as pessoas, já que
normalmente quando uma rede é ativada, a outra desliga, imediatamente. Essa
característica é observada com mais frequência nas pessoas que são ditas
“criativas”, que conseguem ativar ambos os lados ao mesmo tempo.
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Assim, durante a construção do processo criativo, nosso objetivo é fazer com
que essa conexão aconteça.
Construção do Processo Criativo
No processo criativo, nossa mente, conforme descrevemos anteriormente, age
produzindo três ações:
atenção: identi�ca a possibilidade da ocorrência de um problema (ou
oportunidade) que exigirá uma solução;
fuga: age construindo pensamentos que fogem às soluções triviais
para aquele problema;
movimento: explora todo o potencial do indivíduo, acessando todo o
conhecimento disponível para gerar novas ideias.
A partir do entendimento do que foi proposto, as possibilidades de exercitar
um processo que aprimore a produção de ideias aumentam signi�cativamente,
visto que, quando surge uma situação que exija uma solução rápida, você
poderá ativar algumas das ações propostas acima, e soluções criativas poderão
surgir com mais facilidade do que antes, de forma �uida e organizada.
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Um processo criativobem construído pode ser embasado em quatro passos
simples:
Preparação 
Nesta etapa, a ideia é preparar o terreno para a promoção de ideias. É
iniciar o trabalho, através de ações básicas e repetitivas. Essas ações
são o ponto de ignição do processo criativo. Podemos exempli�car
essa etapa como um cozinheiro que inicia o mise en place antes de
iniciar uma receita nova. 
 
Incubação 
É neste instante que as redes neurais se comunicam. Surgem os
insights. O cérebro começa a criar as ideias, processando-as e
aprovando-as ou descartando-as, abrindo espaço para novas ideias.
Esse talvez seja o passo mais impactado pelas distrações do ambiente
em si. A mente que se perde facilmente nas divagações do dia a dia
destrói o processo criativo, impedindo o surgimento de novas ideias. 
 
Iluminação 
Neste estágio, a criatividade deixa de ser meramente uma ideia e
passa a construir algo novo de fato. Neste instante, aquele insight se
torna uma imagem na mente. É o start para que a ideia se torne uma
inovação. Sabe aquela ideia que você teve durante o banho? Então,
está na hora de executar… 
 
Implementação 
É aí que o idealizador se torna criador. É a ideia se tornando algo
concreto, como uma nova receita, um programa de computador, um
poema... É o resultado das avaliações e re�nações por que a ideia
passou ao longo do processo criativo.
Pudemos observar como atua a construção das novas ideias. Vamos avaliar
agora hábitos comuns àqueles que são considerados criativos, evitando os
bloqueios e oferecendo soluções aos desa�os impostos pela vida:
08/06/2021 Ead.br
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Ler mais 
A leitura faz com possamos ampliar nosso repertório de soluções, pois
nos oferece conhecer novas realidades. Livros, revistas, jornais, artigos
cientí�cos, gibis etc. Todo material que possui uma leitura agradável e
desperta nosso interesse pode contribuir no nosso processo criativo. 
 
Fazer algo novo 
Podemos fazer algo novo todos os dias. Um jantar diferente, uma
viagem, um esporte etc. Propor-se a fazer algo que fuja totalmente
daquilo que normalmente fazemos nos faz ter insights sobre
atividades às quais não temos noção, aumentando nosso repertório.
Também estimula nosso cérebro a sempre estar pronto para elaborar
novas ideias. 
 
Realizar brainstorms
Construir soluções a partir da exposição de ideias (por mais absurdas
que pareçam) é uma possibilidade real para encontrar soluções
concretas para os problemas que enfrentamos. 
 
Frequentar ambientes que estimulem a criatividade 
Já se imaginou trabalhando no Google? Considera maravilhoso aquele
ambiente, cheio de inspirações? Então, ele é preparado justamente
para despertar a criatividade dos colaboradores em prol de soluções
inovadoras. Outra possibilidade é frequentar locais em que a
expressão cultural é exposta, como museus, exposições, feiras, saraus
ou até ambientes naturais. 
 
Valorizar o esforço realizado 
Tudo o que fazemos leva a melhorar nosso potencial de inovar. O que
não dá certo se torna uma lição aprendida. As falhas são parte natural
da criatividade, e valorizar a produção de ideias faz com que
melhoremos as soluções encontradas. 
 
Gostar de inovar 
Fugir do comum, gostar de fazer coisas diferentes e ser reconhecido
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 14/35
por isso impulsiona o potencial criativo em busca de mais
possibilidades de reconhecimento. Não se contentar com as
possibilidades triviais é fonte de ignição para a produção de soluções.
As etapas são bem de�nidas ao longo desse processo, porém muitas pessoas
não têm consciência do trajeto executado para a construção de uma ideia bem
elaborada. Por isso mesmo, especialmente nos ambientes corporativos, muitas
vezes nos deparamos com situações que impedem ou restringem a capacidade
criativa dos colaboradores. Alguns deles podem ser descritos como:
Falta de foco 
Por muitas vezes, o insight criativo não tem hora, nem lugar para
acontecer. Por esse motivo, devemos estar sempre preparados para
que, quando ocorrer o instante da iluminação, estejamos preparados
para atuar, com repertório de ações possíveis. 
 
Medos 
Outro fator altamente limitante no processo criativo é o medo. O
medo de falhar, muitas vezes, no intuito de antecipá-lo, atrapalha o
processo criativo, impactando diretamente as nossas restrições, e a
pessoa torna-se refém dos erros de que tem medo que aconteçam.
Também como re�exo do medo de falhar, as pessoas se contêm em
seu processo criativo por medo das críticas, pois desejam serem
aceitas pelas outras. Elas acreditam que, em caso de falha, as outras
pessoas deixem de se interessar por elas. Críticas e rejeições fazem
parte do processo criativo e ignorá-las pode levar a opções seguras e
menos inovadoras. 
 
Zoneamento de conforto 
A tal “zona de conforto” nos leva também a construir opções que não
fogem ao natural, fazendo com que as nossas ideias não sejam
realmente inovadoras. Decorre, muitas vezes, do medo de falhar. 
 
Justi�cativas 
Tentar atribuir justi�cativas racionais para todas as questões faz com
que nós eliminemos muitas possibilidades que não foram
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 15/35
contempladas para a solução de um determinado problema. Muitos
porquês podem atrapalhar o processo criativo, pois as justi�cativas
prontas impedem-nos de melhorarmos e criarmos ainda mais. 
Imagine a seguinte cena: seu time de coração perdeu um clássico para
o seu maior rival. Qual é a resposta natural do torcedor apaixonado?
“Porque o juiz roubou.” Porém, essa análise justi�cadora faz com que
não analisemos friamente quais razões levaram o time a perder.
Imagino que você espera que seu time vença da próxima vez, não?
Então, avalie friamente quais foram as razões para a derrota e comece
a traçar estratégias para superá-los da próxima vez. É assim que uma
mente criativa age. 
 
Passividade 
Para criar, precisamos agir. E se estivermos acostumados com a rotina,
nunca estaremos prontos para agir na ocasião de um problema novo.
Em um ambiente em que nada estimula ou desa�a, não existe a
possibilidade de que qualquer coisa nova seja criada. O cérebro
precisa ser estimulado continuamente com novas coisas para produzir
novas ideias.
A partir das etapas do processo criativo, bem como dos bloqueios que
impedem uma elaboração bem executada do mesmo, podemos a�rmar que a
inovação é um esforço consciente de quem o planeja. Uma cultura de inovação
é criada a partir do momento em que fazemos com que a criatividade e seus
processos deixem de ser algo esparso ou subjetivo e passamos a praticá-lo de
maneira objetiva.
Tomemos por referência a famosa frase atribuída a Thomas Edison,
responsável por muitas das invenções que conhecemos até hoje, em especial a
lâmpada: “A criatividade é 1% inspiração e 99% transpiração”, para comprovar
que o insight que estimula a criatividade é apenas 1 centésimo do trabalho que
temos para ser criativo.
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 16/35
praticar
Vamos Praticar
Avalie o texto a seguir:
“Menos conhecida do que seu trabalho revolucionário sobre a evolução das espécies
foi a dedicação de Charles Darwin a estudar as minhocas. Principalmente, as
respostas desses animais a estímulos diversos – como luz, cheiros, temperatura e
sons.
Esse trabalho ele levava em paralelo às suas pesquisas e obras que ainda hoje são
fundamentais para a Ciência. E o que tirar dessa atividade extra do naturalista?
Segundo o economista e autor Tim Harford, o estudo das minhocas é um exemplo de
um segredo de criatividade e produtividade utilizado por Darwin”.
“Ter vários projetos em movimento ao mesmo tempo”, diz ele, “é bastante bené�co
para os tipos criativos– nos sacode e ajuda a termos novas perspectivas sobre nosso
trabalho”.
ESTE era o segredo de Darwin – e outros gênios – para a criatividade.  Exame, mar.
2019. Disponível em: https://exame.com/carreira/este-era-o-segredo-de-darwin-e-
outros-genios-para-a-criatividade/. Acesso em: 1º dez. 2019.
Dentre as ferramentas de estímulo à criatividade, assinale a alternativa correta:
a) Leituras.
b) Brainstorm.
c) Inovar.
d) Mudar de ambiente.
e) Valorizar esforços.
https://exame.com/carreira/este-era-o-segredo-de-darwin-e-outros-genios-para-a-criatividade/
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 17/35
Vamos veri�car, agora, como podemos tornar a criatividade em inovação de
fato. Antes de tudo, precisamos separar os conceitos de criatividade e inovação
que, apesar de estarem intimamente ligadas, possuem de�nições efetivamente
diferentes.
A criatividade é o trabalho que consiste na produção constante de ideias, com
um objetivo claro e de�nido. A inovação é o resultado prático do qual resulta a
criatividade que pode ser um produto, um serviço, uma obra de arte, uma
música, etc. É a aplicação do esforço criativo para resultar em uma solução
palpável.
Se tomarmos como referência o caso de Thomas Edison, o insight criativo foi
associar a condução de eletricidade através de elementos metálicos e seu
comportamento físico para a iluminação através da dissipação de calor. A partir
daí, ele começou o trabalho para desenvolver a lâmpada, a inovação de fato
construída a partir do insight.
A partir dos conceitos apresentados, vamos apresentar uma nova de�nição:
tecnologia e inovação tecnológica.
Criatividade e InovaçãoCriatividade e Inovação
08/06/2021 Ead.br
https://ibmr.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667055_1&P… 18/35
Inovação Tecnológica
A de�nição de tecnologia abrange o conhecimento técnico e cientí�co de um
determinado conhecimento, que impacta diretamente a utilização de
ferramentas, processos e materiais. Em resumo, é o cruzamento entre a ciência
que evidencia a criatividade e a engenharia que transforma esse conhecimento
criativo em soluções práticas.
A de�nição dos processos de inovação pode ser de�nida da seguinte maneira:
Uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço)
novo ou signi�cativamente melhorado, ou um processo, ou um novo
método de marketing, ou um novo método organizacional nas
práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas
relações externas (MANUAL DE..., 1997, p. 55).
Assim, a inovação tecnológica seria a convergência entre ambas as de�nições,
ou seja, a de�nição de inovação tecnológica é uma implementação dos
processos criativos com uma fundamentação cientí�ca de algum
conhecimento, transformado em algo palpável pela engenharia.
Ou seja, todos nós estamos em busca de inovações tecnológicas e somos os
responsáveis pela produção das inovações tecnológicas no futuro.
A única restrição para a de�nição de inovação é que os resultados do processo
criativo sejam novos ou profundamente melhorados, incluindo nesse processo
produtos, processos e métodos que as empresas utilizam (MANUAL DE, 1997).
Vamos veri�car, no infográ�co a seguir, algumas das principais inovações
tecnológicas que surgiram apenas a partir do século 19: 
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
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1800
1804
1821
1876
1886
1893
2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
1906
1913
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1928
1929
1940
3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
1923
1956
1959
1980
1996
4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
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1984
1992
1994
1999
2002
Tipos de Inovação
Podem ser caracterizados quatro tipos de inovação no âmbito mercadológico:
inovação de produto, inovação de processo, inovação de marketing e inovação
organizacional (MANUAL DE…, 1997).
Inovação de produto 
A inovação de produto pode ser caracterizada como a inserção de um
bem ou serviço realmente novo ou substancialmente melhorado em
suas características básicas de operação. Tais melhorias podem ser
observadas quanto à melhoria de especi�cações técnicas,
componentes, materiais, sistemas operacionais e softwares ou
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melhorias na usabilidade (MANUAL DE..., 1997). 
 
Inovação de processo 
Segundo o Manual de Oslo (1997, p. 58), a inovação do processo pode
ser descrita como “a implementação de um método de produção ou
distribuição novo ou signi�cativamente melhorado. Incluem-se
mudanças signi�cativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares”. 
 
Inovação de marketing 
A inovação de marketing “é a implementação de um novo método de
marketing com mudanças signi�cativas na concepção do produto ou
em sua embalagem, no posicionamento do produto, em sua
promoção ou na �xação de preços” (MANUAL DE..., 1997, p. 59). 
 
Inovação organizacional 
“Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método
organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização
do seu local de trabalho ou em suas relações externas” (MANUAL DE...,
1997, p. 61).
Mudanças Organizacionais que não são
Consideradas Inovação
Algumas mudanças organizacionais não podem ser consideradas inovação,
pois não atendem aos critérios que uma inovação precisa cumprir (produto
realmente novo ou substancialmente melhorado). Dentre as principais
mudanças que não são consideradas inovação, podemos destacar (MANUAL
DE..., 1997, p. 67-68):
interromper o uso de um processo, um método de marketing ou
organizacional ou a comercialização de um produto;
simples reposição ou extensão de capital;
mudanças resultantes puramente de alterações de preços;
personalização;
mudanças sazonais regulares e outras mudanças cíclicas;
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comercialização de produtos novos ou substancialmente melhorados.
Graus de Relevância da Inovação
Para avaliarmos os impactos que a inovação causa nos produtos/serviços
planejados, podemos dividir a inovação em dois graus de relevância: inovação
incremental e inovação radical (ou disruptiva).
Inovação incremental 
A inovação incremental busca melhorar substancialmente os
produtos/serviços já existentes, visando ampliar a capacidade de
atendimentos às demandas preexistentes ou aumentando a
possibilidade de atender novos negócios. É o tipo de inovação mais
aplicada nas empresas, visto que os seus investimentos para
desenvolvimento são relativamente baixos, comparados às inovações
radicais. 
 
Inovação radical ou disruptiva
A inovação radical ou disruptiva tem por objetivo romper barreiras de
fato, oferecendo ao mercado um produto/serviço inteiramente novo.
Esse grau de inovação impacta signi�cativamente o mercado, pois cria
novas demandas ou tendências de consumo após a criação dessa
inovação. Usualmente, as inovações radicais têm por objetivo negar
todo o mercado preexistente em busca de novos produtos/serviços.
Este tipo de inovação tende, inclusive, a tornar outros produtos
inviáveis ou até obsoletos para o mercado. A inovação disruptiva
também tem outra característica marcante, que é o aporte massivo de
recursos aplicados para o desenvolvimento de novas tecnologias. 
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Promoção da Inovação
Como pudemos observar ao longo da unidade, a inovação tem a capacidadede
promover profundas revoluções mercadológicas mundiais. Como não poderia
deixar de ser, muitos investimentos precisam ser realizados para promover
toda uma cultura de inovação nas empresas.
É diante desse dilema que surgem os programas de PD&I nas empresas –
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. As empresas reconhecidas no mercado
como “altamente inovadoras” têm em suas planilhas de investimentos uma
parcela signi�cativa de recursos alocados apenas para o desenvolvimento de
novos produtos/serviços estritamente calcados no uso da inovação.
Os investimentos em PD&I são realizados mesmo que as empresas não
tenham efetivamente implementado uma inovação. As ações projetadas para
implementação futura também são consideradas atividades de inovação
(MANUAL DE..., 1997). As atividades de inovação promovidas pelas empresas,
em certo intervalo de tempo, podem ser de três tipos (MANUAL DE..., 1997, p.
71):
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•  bem-sucedida, por ter resultado na implementação de uma
inovação (embora a inovação não tenha necessariamente sido
comercialmente bem-sucedida); 
•    em processo, para as atividades em curso que ainda não
resultaram na implementação de uma inovação; 
•  abandonadas antes de serem implementadas.
Como podemos observar, nem sempre os investimentos em PD&I têm retorno
garantido, podendo se tornar um investimento de alto risco. Exatamente por
esse motivo, apenas grandes empresas podem se proporcionar arriscar
grandes aportes de recursos em busca de inovações.
Por esse motivo, muitas empresas estão surgindo exatamente com esta
intenção: promover uma cultura baseada na elaboração de inovação para
oferecer soluções para as demais empresas do mercado.
Apresentaremos, a seguir, os conceitos de economia criativa, inovação e
startups. 
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Imagine-se numa posição em que você tem uma boa ideia, mas não está ligado
a nenhuma empresa nem tem como vendê-la para alguma. Então, muitas
empresas estão surgindo baseadas em capital puramente intelectual para
promover a cultura da inovação mesmo sem grandes aportes de capital. É
nesse viés que surgem as de�nições de economia criativa e startups.
Economia Criativa
A de�nição de economia criativa, oferecida pelo professor John Howkins (2002)
no seu livro The Creative Economy, o mercado criado pelas empresas criativas,
cujas atividades são norteadas pela produção de bens e serviços inovadores.
Ainda Howkins (2002) fala que esse mercado é de�nido pelos processos que
abrangem criação, implementação, distribuição e venda de produtos/serviços
em que os principais recursos produtivos são a criatividade e o capital
intelectual.
A economia criativa pode ser considerada como qualquer empreendimento
que tem sua origem em alguma ideia criativa, fonte propulsora desse novo
mercado. Para que haja, de fato, a percepção de “economia criativa”, a geração
Empreendedorismo e InovaçãoEmpreendedorismo e Inovação
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de valor a partir de uma inovação é o ponto crucial para quem produz e para
quem compra.
Em seu livro, Howkins (2002) propõe que a economia criativa esteja a favor do
suprimento das necessidades humanas, ligada a outro fator fundamental
desse tipo de economia: a personalização dos produtos/serviços. Em resumo:
as empresas que se propõem a trabalhar com economia criativa visam utilizar
o potencial criativo para gerar valor para os clientes com produtos/serviços
inovadores.
Os segmentos criativos podem ser alinhados de acordo com suas a�nidades
setoriais em quatro grandes áreas (SEBRAE, 2019):
Mídias 
Subáreas: Editorial; Audiovisual. 
 
Consumo 
Subáreas: Design;  Arquitetura; Moda; Publicidade. 
 
Cultura 
Subáreas: Patrimônio e Artes; Música; Artes Cênicas; Expressões
Culturais. 
 
Tecnologia 
Subáreas: Pesquisa & Desenvolvimento; Biotecnologia; Tecnologias da
Informação e Comunicação.
Empreendedorismo Criativo e startups
Boa parte das atividades realizadas na economia criativa faz parte de uma
gama de empreendimentos que ainda não estão constituídas, ou seja, ainda
fazem parte de uma concepção ou ideia criativa, mas ainda não constituem
empresas formadas, ativas no mercado de fato. Esses “embriões” de empresas
são conhecidos como startups, um termo que está muito em evidência, mas
que ainda não tem uma de�nição clara.
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De acordo com uma das principais referências sobre o assunto, Eric Ries (2011),
uma startup pode ser de�nida como uma empresa nascente, com um modelo
de negócios repetível e escalável, constituída sob um cenário de incertezas e
soluções inovadoras.
Características das startups
As startups possuem características únicas que as diferem de todas as outras
modalidades de empreendimentos, como os modelos de negócios
diferenciados, a promoção da inovação, a escalabilidade dos negócios, a
capacidade de repetir os resultados obtidos, o potencial de crescimento do
empreendimento, a �exibilidade dos processos e o trabalho em equipe. Cada
uma das características está descrita a seguir:
Modelo de negócios 
O modelo de negócios é a estrutura básica a que se propõe a startup.
O foco no modelo de negócios é no valor que ele agrega ao cliente, e
não necessariamente no produto em si. 
 
Inovação 
A inovação é o modus operandi de uma startup, pois a sua proposta é
justamente oferecer soluções que os clientes não encontram no
mercado. 
 
Escalabilidade 
A ideia de escalabilidade da startup é de crescimento rápido e estável,
sem mudanças bruscas no modelo de negócios. Em resumo, a
empresa tem resultados crescentes, porém com custos baixos. 
 
Repetição 
As startups precisam ter a capacidade de replicar a produção de
soluções para outros clientes, para se expandir no mercado, tal qual
uma espécie de “linha de produção”. 
 
Potencial 
Empresas em fase inicial têm lastro para crescer, e com uma estrutura
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relativamente pequena e com baixos custos, pode atender a um
mercado crescente. 
 
Flexibilidade 
Como as startups trabalham no limite do uso dos recursos, em um
cenário de grande incerteza, o empreendimento precisa ser bastante
�exível para lidar com as �utuações do mercado. Via de regra, as
startups trabalham com pro�ssionais independentes, que lidam com
projetos paralelos. Lidar com essas questões é fundamental para
obter sucesso. 
 
Trabalho em equipe 
Justamente pela falta de recursos humanos, físicos e �nanceiros, é
fundamental um ajuste �no entre os participantes de uma startup para
otimizar os resultados.
Assim, podemos caracterizar as startups a partir das características descritas
acima, evidenciando o potencial criativo dessas empresas, bem como
apresentando um novo modelo de negócios para o mercado.
Tipos de startups
As startups podem ser classi�cadas de acordo com os seus objetivos
mercadológicos (BLANK; DORF, 2014):
Lifestyle: empresas criadas na experiência ou na paixão do
empreendedor;
PME: empresas criadas com o objetivo de se manterem pequenas;
Escaláveis: empresas que já nascem com objetivos de crescer;
Startups à Venda: empresas criadas com o propósito de venda para
grandes empresas após aparecer no mercado;
Sociais: empreendimentos voltados para solucionar problemas sociais,
sempre pautados na sustentabilidade;
Corporativas: grandes empresas que criam novas “subempresas” para
se apropriar da metodologia startup.
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A partir da classi�cação das startups de acordo com os seus objetivos
mercadológicos, o modelo de negócios de cada um deles estará totalmente
vinculado a esse objetivo, de forma a atender aos anseios dos
empreendedores e ao mercado ao qual ele pretende estar vinculado.
praticar
Vamos Praticar
Avalie a notícia a seguir:
“Como de costume, a Apple con�rmou um evento para a primeira quinzena de
setembro, mais especi�camente para o dia 10 de setembro. Em uma conferência que
será realizada na sede da empresa em Cupertino, Califórnia, novos produtos serão
anunciados. [...] A Apple con�rmou rumores que surgiram a partir de dados
encontrados no iOS 13 e marcou o evento de lançamento dos novos iPhones para o
dia 10 de setembro. Os novos iPhones devem chegar às lojas do mundo nas semanas
seguintes ao evento”.
JUNQUEIRA, D. iPhone 11: o que podemos esperar dos novos celulares da Apple.
Olhar Digital, set. 2019. Disponível em: https://olhardigital.com.br/noticia/o-que-
podemos-esperar-dos-iphones-de-2019/88298. Acesso em: 1º dez. 2019.
Diante do texto, assinale a alternativa correta em relação ao motivo que não torna o
produto uma inovação:
a) O lançamento se trata de uma simples reposição.
b) As mudanças tratam apenas de alterações de preços.
c) O lançamento ocorreu apenas por uma mera personalização.
d) O lançamento trata apenas da comercialização dos produtos.
e) O lançamento só ocorreu para encerrar a comercialização dos produtos antigos.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
A Estratégia do Oceano Azul
Editora: Harvard Business Review
Autores: W. Chan Kim e W. Chan Kim Renée Mauborgne
ISBN: 978-8535215243
Comentário: o livro traz uma visão de que os mercados
inexplorados devem ser a meta daqueles que
pretendem construir um novo empreendimento, criando
novas tendências, que podem ser aplicadas em diversos
modelos de negócios baseados em inovação,
apresentando cases de sucesso, como o do Cirque du
Soleil.
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FILME
O Jogo da imitação
Ano: 2014
Comentário: o �lme relata a história de Alan Turing,
brilhante cientista britânico que,  na época da Segunda
Guerra Mundial, foi capaz de inovar, sendo um dos
responsáveis por um dos maiores inventos do século 20:
o computador.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
O mercado atual exige pro�ssionais que possuam a capacidade de oferecer
soluções criativas e inovadoras para as novas demandas do mercado 4.0 e suas
particularidades.
Ao longo desta explanação, pudemos compreender alguns aspectos da
criatividade, desde os processos cognitivos que nos proporcionam situações de
produção de insights para resolver problemas, bem como as funções que
nosso cérebro utiliza para inovar.
Apresentando os conceitos de inovação, calcados na premissa da produção de
bens e serviços novos ou signi�cativos para o mercado, os empreendedores se
apropriaram desses conceitos para abrir um novo mercado: a economia
criativa e as startups.
Esperamos que vocês possam utilizar os conhecimentos aqui abordados para
produzir soluções criativas.
referências
Referências Bibliográ�cas
BLANK, S.; DORF, B. Startup: manual do empreendedor. [S.l.]: Alta Books, 2014.
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HOWKINS, J. The creative economy: how people make money from ideas.
Londres: Penguin UK, 2002.
KANT, I.; ROHDEN, V.; MARQUES, A. Crítica da faculdade do juízo. Lisboa:
Imprensa Nacional ; Casa da Moeda, 1992.
KNELLER, G. F. Arte e ciência da criatividade. [S.l.]: Ibrasa, 1968.
LUBART, T. Psicologia da criatividade. [S.l.]: Artmed, 2009.
MANUAL de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre
inovação. 3. ed. Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico;
Gabinete Estatístico das Comunidades Europeias, 1997. Disponível em:
https://www.�nep.gov.br/images/apoio-e-�nanciamento/manualoslo.pdf.
Acesso em: 4 de dez. 2019.
RIES, E. The lean startup: how today's entrepreneurs use continuous
innovation to create radically successful businesses. [S.l.]: Crown Books, 2011.
SAUNDERS, R. A educação criadora nas artes. AR’TE, São Paulo, v. 3, n. 10,      
 p. 18-23, 1984.
SEBRAE. Como o Sebrae atua no segmento de Economia Criativa. 2019.
Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/segmentos/economia_criativa/como-
o-sebrae-atua-no-segmento-de-economia-
criativa,47e0523726a3c510VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 29 nov.
2019.
SOUZA, E. D. C. Inovação e Criatividade, conceitos e história. Núcleo de Pós-
Graduação JK, Brasília, v. 1, n. 1, 2014.
WERTHEIMER, M. Gestalt Theory. Social Research, p. 78-99, 1944.
https://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/segmentos/economia_criativa/como-o-sebrae-atua-no-segmento-de-economia-criativa,47e0523726a3c510VgnVCM1000004c00210aRCRD

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