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APOSTILA_CURSO DE CAPELANIA ABECAS

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1 
 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSO PRESIDENTE: 
 
Pastor Capelão Janildo Monteiro é Teólogo, formado pelo Instituto Teológico 
Quadrangular e Bacharel em Direito, formado pela Faculdade Maurício de 
Nassau, educador religioso, juiz de paz, capelão e pastor Evangélico. 
Fundador da Associação Beneficente de Capelania Social – ABECAS e Pastor 
Presidente da Igreja Cristã de Capelania Universal. 
Apóstolo nas Convenções: Convenção Apostólica do Brasil – CONAB; 
Convenção Geral de Ministros e Ministérios Evangélicos no Brasil e Exterior – 
CGEMEB e Convenção Independente das Assembleias de Deus no Brasil e 
Exterior – CIADEB. 
Membro da Academia de Letras do Brasil / FRAIBURGO/SC, ocupando a 
Cadeira n° 19. 
 
 
 
 
3 
 
CURSO DE CAPELANIA 
QUEM SOMOS? 
A Associação Beneficente de Capelania Social – ABECAS, é uma entidade sem fins lucrativos, 
fundada em 15 de setembro de 2010, que nasceu com o intuito de promover a Capelania de Ação 
Social, obedecendo os mandamentos do Senhor Jesus Cristo, conforme o que determina em Mateus 
25:34-36 e Atos 2:42. Está localizada na Rua Nova Primeira, nº 567 – Bairro da Condor, Belém do 
Pará. 
FINALIDADES DA ABECAS: 
A) AÇÃO SOCIAL: resgatar e ressocializar pessoas dependentes químicas e moradoras de rua, 
segundo os princípios realizados pelo capelão dentro da prioridade social “...e perseveravam 
na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (Atos 2:42) e 
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por 
herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e 
me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava 
nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.” (Mateus 25:34-
36); 
B) EDUCAÇÃO: Articular com os seguimentos voltados para a educação na promoção de cursos, 
palestras e oficinas não só para as pessoas atendidas pela ABECAS, mas também para seus 
associados a fim de realizar um melhor atendimento cristão, social e humanitário; 
C) SAÚDE: Articular com os seguimentos voltados para a área da saúde pública, a fim de atender 
as necessidades de saúde das pessoas atendidas pela ABECAS. Contribuindo para uma melhor 
qualidade de vida; 
D) CURSOS PROFISSIONALIZANTES: Estabelecer parcerias e convênios para desenvolver a 
capacitação profissional de pessoas atendidas pelo ABECAS, visando recolocá-las no mercado 
de trabalho; 
E) EMPREGOS: Articular com os seguimentos do comércio local, a fim de encaminhar as 
pessoas que foram atendidas, recuperadas e ressocializadas pela ABECAS. Contribuindo para 
uma melhor qualidade de vida. 
NOSSO LEMA: 
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” 
(Mateus 22:29) 
 
 
4 
 
CAPELANIA BÁSICA 
VOCAÇÃO DA CAPELANIA 
Todo cristão é vocacionado tendo a missão de testemunhar e pregar o Evangelho do Senhor Jesus 
Cristo, porém a pessoa precisa saber como. Assim também é na capelania, existem várias áreas de 
atuação e cada pessoa tem aptidões para uma ou mais áreas. (Mateus 28:18-20 / A Grande Comissão) 
O aluno de capelania precisa fazer-se algumas perguntas: 
1. Porque estou participando desse curso? 
2. Pretendo ser capelão? 
3. Tenho “compaixão” pelos necessitados? 
4. Na Capelania o que mais me atrai? 
PRISIONAL? SOCIAL? HOSPITALAR? INFANTIL? MILITAR? FAMILIAR? 
ECLESIÁSTICA? ESTUDANTIL? OUTRA? 
O QUE SIGNIFICA CAPELANIA? 
É a prática do ofício realizado pelo capelão. 
A Capelania é uma atividade do Capelão, oferecendo oportunidade de conhecimento, reflexão, 
desenvolvimento e aplicação dos valores e princípios éticos - cristãos e da revelação de Deus para o 
exercício saudável da cidadania. 
É uma área do evangelismo que atinge sua total atuação nos serviços sociais e instituições pública e 
privada, permitindo ao pastor, evangelistas e obreiros livre acesso a prisões, hospitais, creches, escolas, 
orfanatos e outros. O “status” de capelão facilita o trânsito nestes locais, expandindo o evangelho para 
áreas ainda não atingidas. Porém, em primeiro lugar, o capelão deve ter o objetivo de orientar, 
confortar e consolar o indivíduo, que passa por momentos difíceis. 
Os interessados em dedicar-se à Capelania o façam por chamado espiritual e não para acrescentar mais 
um ponto no currículo. 
O QUE É UM CAPELÃO? 
É um ministro religioso autorizado a prestar assistência religiosa e a realizar cultos religiosos em 
comunidades religiosas. (hospitais, presídios, colégios, corporações militares e outras organizações) 
 
 
5 
 
O QUE É UMA CAPELA? 
É um lugar consagrado e reservado para ecumênico, tais como:hospitais, colégios, shopping, quartel 
militar e outros. 
HISTÓRIA DA CAPELANIA 
Esse termo, “capelania”, deriva de “cappella”, que na língua latina surgiu por volta do sétimo século 
d.C., para designar um oratório onde era guardada e venerada a capa de São Martinho que, segundo 
uma lenda, no inverno de 338 teria partido seu manto – cappa – e dado a um pobre; esse pedaço do 
manto foi 
conservado e no sétimo século guardado num oratório, que logo passou a ser chamado de cappella, 
paulatinamente o termo foi sendo usado para designar qualquer oratório. Daí o sacerdote encarregado 
de tais oratórios passou a ser chamado de “cappellanus” – capelão. Já no século XIV a palavra 
“cappella” passou a designar generalizadamente os pequenos templos. 
Deriva também daí a Associação do termo aos sacerdotes encarregados de serviços religiosos em 
unidades militares, hospitais e escolas, chamados de “capelão” e por sua vez o serviço prestado de 
“capelania”. Embora não conheçamos registros de uma reflexão teológica sistematizada sobre o 
emprego dos termos “capelão” e “capelania” relacionados aos ofícios religiosos em tais ambientes, 
sabemos que até hoje são amplamente utilizados. 
Constam abordagens que afirmam que o termo capelania foi adotado há alguns séculos por povoados 
que se aglomeravam ao redor das grandes fazendas. O dono da fazenda construía uma capela 
geralmente como agradecimento a Deus por um milagre recebido. Nesta capela eram realizadas missas 
(cultos) esporadicamente, quando algum padre (pastor) era convidado a celebrar cultos de ações de 
graça por colheitas e outros. 
Com o passar do tempo estas reuniões eram mais comuns e pessoas vinham de longe para participar. O 
crescimento dos povoados e a formação das aldeias, levou a construção de grandes igrejas, o que não 
impedia de ainda assim serem realizadas missas nas capelas. 
Atualmente recebe o nome de capelania o trabalho realizado por um padre ou pastor dentro dos 
hospitais, presídios, escolas, e outros. Nem todos possuem uma capela, mas pode ser utilizada uma sala 
qualquer, na qual será realizado o culto ou missa. Este padre ou pastor recebe o nome de capelão, 
porém seu trabalho não se resume exclusivamente à celebração do culto, ele exerce também outras 
funções que serão abordadas a seguir. 
 
 
6 
 
OBSERVAÇÕES: 
A capela ecumênica (universal) não pode conter imagens ou ter características que identifique 
qualquer religião, justamente pelo fato de ser um lugar construído para receber culto de todas as 
religiões. 
 O capelão evangélico deve estar atento aos locais onde existem capelas ecumênicas, e 
aproveitá-las para ministrar cultos religiosos. 
 As capelas representam grandes oportunidades para o capelão realizar um trabalho 
evangelístico, pois, não geram custos com aluguel. 
 Por falta de conhecimento de seus direitos os evangélicos não utilizavam as capelas 
ecumênicas. Motivo pelo qual os padres tomaram conta destes espaços para realização de suas 
missas como se elas pertencessem somente à igreja católica. As capelas ecumênicas pertencem 
a todas as religiões. 
 Os capelães evangélicos devem tomar seus lugares por direito e explorar as capelas ecumênicas 
para realização de cultos evangélicos. 
 
CARACTERÍSTICAS DE UM CAPELÃO 
1. Ter o chamado paraministrar. (Efésios 4:11) 
2. Ter compaixão pelas Almas. (João 3:16 e Mateus 22:37-39) 
3. Ter vida santificada. (Êxodo 39:30) 
4. Ter vida consagrada. (Mateus 17:14-21) 
5. Ter amor pelos aflitos. (Tiago 1:27) 
6. Ter conhecimento bíblico. (II Timóteo 2:15) 
7. Ter fé, crer que o Senhor é capaz de operar. (Mateus 10:8; Marcos 16:17-18) 
8. Simpatia e cortesia ao se relacionar com doentes e detentos. (Atos 2:47) 
9. Saber ouvir com atenção. O enfermo precisa ser ouvido. (Tiago 1:19) 
10. Ter espírito de misericórdia. (Lucas 10:30-37) 
11. Ter talento, humildade, submissão às autoridades. (Mateus. 25:14-30; Romanos 13. 
12. Respeitar os regulamentos. (Mateus 7:12) 
13. Cuidar bem da sua aparência pessoal. (II Timóteo 4:5) 
 
 
 
 
 
7 
 
O CAPELÃO COMO LUZ DO MUNDO E SAL DA TERRA 
O capelão, assim como todo cristão é a luz do mundo e o sal da terra, quando entra em uma capela 
ecumênica ou em qualquer lugar leva para ali a luz do evangelho do Senhor Jesus Cristo aos 
necessitados em trevas, seja em hospitais, presídios ou outros lugares. 
Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? 
para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. 
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; (Mt. 5:13-14) 
 
O AMOR É A BASE PARA SE FAZER CAPELANIA EVANGÉLICA 
O Senhor Jesus Cristo ao ser questionado pelos religiosos da época, 
sobre qual seria o maior dos mandamentos, respondeu: 
Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, 
e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. 
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. 
(Mt. 22:37-39) 
 
 
Em 1 Coríntios capítulo 13 o apóstolo Paulo nos retrata como deve ser o amor cristão: 
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 
não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita 
mal; 
não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 
O amor jamais acaba; 
(I Co 13:4-8) 
O amor é a base da Capelania Evangélica, porque DEUS nos deu um grande exemplo de amor: 
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que 
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele 
crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3:16) 
 
 
8 
 
 
AQUELE QUE AMA A DEUS, TAMBÉM AMA AO SEU PRÓXIMO 
Nenhuma pessoa pode realizar a obra de Deus sem amá-lo, da mesma forma ninguém pode amar a 
Deus se não ama o seu próximo. 
Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, 
ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu. 
(1 Jo 4:20) 
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e todo o que ama é nascido de 
Deus e conhece a Deus. 
(1 João 4:7) 
Antes de realizar qualquer obra de Capelania, seja em hospitais, presídios ou em outros lugares. O 
capelão dever perguntar-se primeiro: 
Jesus Cristo visitaria estas pessoas? 
Certamente ele amaria e visitaria sim, tanto os enfermos nos hospitais, os encarcerados e etc... não só 
para curá-los de todas as mazelas, mas também para levar a eles a luz do evangelho e libertá-los do 
poder das trevas. 
Fazer Capelania é amar ao próximo como a si mesmo, e a Deus acima de todas as coisas. 
Ser Capelão é não medir esforços para levar a fé onde quer que seja. 
JESUS EXEMPLO DE CAPELÃO 
Nenhum exemplo de serviço aos necessitados foi maior do que o do Senhor Jesus Cristo. Ele é o nosso 
exemplo de capelão que devemos imitar em suas obras de compaixão. 
O CAPELÃO EVANGÉLICO DEVE RESPEITAR AS AUTORIDADES: 
Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de 
Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. 
(Rm 13:1) 
 
 
9 
 
O Capelão evangélico, assim como todo bom discípulo do Senhor Jesus Cristo deve respeitar as 
autoridades superiores. Toda autoridade é constituída por Deus. 
Exemplos de algumas autoridades que devem ser respeitadas pelo Capelão Evangélico no desempenho 
de sua missão: 
 O médico é uma autoridade que deve ser respeitada. 
 O Pastor da igreja é uma autoridade constituída por Deus sobre o Capelão. 
 Os agentes de portaria dos hospitais são autoridades e deve ser respeitados pelo Capelão. 
 As autoridades policiais civis e militares são autoridades e deve ser respeitada pelo Capelão. 
 Os carcereiros e os porteiros de delegacias e presídios são autoridades e devem ser respeitadas 
pelo Capelão. 
Observações importantes: 
Se os direitos do Capelão forem desrespeitados, devem ser exigidos na forma da lei. 
O Capelão deve ser humilde e manso e saber expressar-se na hora de fazer uma visita. 
O QUE É FAZER CAPELANIA EVANGÉLICA? 
É preocupar-se com o seu próximo: dar água a quem tem sede, comida aquele que está com fome, 
vestir o que está nu e visitar quem está enfermo nos hospitais ou preso nas cadeias. 
Fazer Capelania é dar assistência espiritual e de ação social, cumprindo as determinações do Nosso 
senhor Jesus Cristo. (Mt. 25:31-42) 
O CAPELÃO COMO CONSELHEIRO 
Aconselhar é um processo em que conduzimos pessoas à maturidade. “A transformação que vem pela 
renovação de nossa mente”. 
Pode atuar sobre o comportamento dos seres humanos produzindo sentimentos construtivos. A 
realidade é que muitos necessitam de encorajamento, respostas para vidas vazias. 
Na capelania esta transformação é operada através da instrução do homem na palavra de Deus. 
O capelão é um ministro de Deus, que será constantemente procurado por pessoas que precisam de 
ajuda e de um aconselhamento espiritual. 
 
 
10 
 
Freqüentemente estamos tão ocupados e ansiosos que somos incapazes de perceber o que os outros 
estão dizendo, e com isto deixamos de perceber coisas de extrema importância, como o sentimento das 
pessoas que nos cercam, suas angústias, e seus problemas. 
 
Portanto: 
 Há quem apenas deseja falar, conversar; dê ouvidos. 
 Há quem queira injeção de otimismo cristão; dê esperança. 
 Há quem tenha sérios sentimentos de culpa; dê compreensão. 
 Há quem precise ser confrontado; dê a verdade em amor. 
O capelão tem autoridade dada por Deus e pela igreja que o recomendou para dar esse conselho, essa 
exortação ou esse conforto. 
O segredo no aconselhamento está em ouvir corretamente, o capelão precisa ouvir o que está por trás 
das palavras. Palavras ditas, palavras não ditas, e palavras em suspense. 
Talvez os lábios digam algo, mas a expressão facial, as mãos, a expressão corporal digam outra. O 
capelão precisa “ouvir” corretamente os sentimentos de quem está à sua frente. 
Peça a Deus discernimento espiritual para entender a verdadeira necessidade da pessoa que recebera o 
aconselhamento. 
O CAPELÃO E OS PRÍNCIPIOS DA ORGANIZAÇÃO 
No âmbito das organizações o trabalho de capelania deve ser desenvolvido sem qualquer conotação 
sectária (ponto de vista extremado), com estrito respeito a fé de cada individuo e de cada funcionário 
no contexto da instituição. 
O capelão deve limitar-se à assistência espiritual, sem olhar o credo da pessoa atendida. 
Como pessoa devidamente habilitada nesta área, o capelão geralmente integra a comissão 
interdisciplinar da instituição, atuando no mesmo pé de igualdade com médicos, enfermeiros, 
psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, terapeutas e ouvidores, e sempre deverá ter posições 
imparciais. 
O trabalho de capelania não deve jamais entrar nas outras áreas que escapam à natureza espiritual do 
atendido. 
 
 
11 
 
 
A UNÇÃO DE DEUS ETÁ SOBRE A VIDA DO CAPELÃO 
O ministro de Deus é ungido para tocar vidas e a influenciar pessoas, colocando-as em harmonia com 
Deus e consigo mesmo para que possa facilitar a cura dos seus problemas físicos e mentais. 
O capelão vai lidar com almas enfermas. São doenças do comportamento,mazelas do espírito, 
enfermidades psicossomáticas. 
O capelão terá um ministério a desempenhar nas crises. CRISE é qualquer acontecimento que 
ameace o bem-estar de uma pessoa, e interfira na sua rotina de vida, seja o nascimento de uma 
criança, a morte de um parente, o fim de um casamento, o desemprego, o abandono, a prisão, etc... O 
capelão tem a missão de ao entrar em contato com essa pessoa procura reduzir sua ansiedade e 
encorajá-lo a agir. 
Lembre-se de que cada situação de crise é única, sem igual. Isto é, “Cada caso é um caso”. 
 OPOSITORES ESPIRITUAIS QUE O CAPELÃO EVANGÉLICO IRÁ ENFRENTAR 
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo; 
porque a nossa luta não é contra sangue e carne, e sim contra os principados e potestades, conta os 
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 
(Ef 6:11-12) 
1. A luta do capelão não é contra a carne e o sangue, mas contra principados e potestades, contra as 
forças espirituais do mal. 
2. O Capelão Evangélico deve estar preparado espiritualmente para enfrentar Satanás e seus 
demônios. 
3. Ao fazer uma visita em hospitais, presídios ou qualquer outro lugar, o capelão evangélico vai 
enfrentar opositores espirituais, isto é, demônios que estão agindo naqueles lugares, escravizando 
almas, e não querem abrir mão delas, como se fossem suas propriedades. 
4. Satanás vai usar qualquer um que estiver sob seu domínio, para tentar barrar a ação da Capelania. 
Tentando impedir ou proibir o capelão de realizar sua visita e de levar uma palavra de fé aos 
necessitados. 
 
 
 
 
12 
 
AÇÕES DO CAPELÃO ANTES E DURANTE UMA VISITA: 
 ORAR, pedindo a proteção de Deus para sua vida e pedindo para que Deus prepare o lugar que 
será visitado. 
 JEJUAR, lembre-se que existem casca de demônios que só saem com jejum e oração. (Mt 
17:21) 
 VIGIAR, o capelão deve ficar vigilante para perceber quando pessoas estão sendo usadas por 
opositores espirituais e estão agindo conta ele. (Mt 26:31) 
 NÃO AGIR POR IMPULSO, porque quando agimos por impulso ou carnalmente damos 
legalidade para a ação do Diabo. 
 NÃO FAZER VISITAS SOZINHO, lembre-se Jesus enviou seus discípulos de dois em dois. 
(Mc 14:13) 
 
CAPELANIA BÁSICA – AÇÃO SOCIAL 
Fazer Capelania, em seus aspectos bíblicos é fazer Ação Social. 
Podemos observar que Ação Social era uma preocupação na Igreja Primitiva. O Apostolo Tiago, irmão 
de Jesus, em sua epístola fala que a fé sem obras é morta. Pelo contexto da epístola a “obra” a que o 
apostolo refere-se é: A OBRAS DE CARIDADE ou de AÇÃO SOCIAL: 
Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e 
qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecidos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o 
necessário para o corpo, qual é o proveito disso? 
(Tiago 2:16-17) 
 
A OBRA como forma de caridade ou como AÇÃO SOCIAL é uma determinação também do 
próprio Senhor Jesus cristo, conforme podemos observar em (Mateus 25:34-40. 
“então, dirá o Rei aos que estiverem a sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse 
do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive sede, e me deste de 
beber; era forasteiro, e me hospedaste; estava nu, e me vestistes; enfermo e me visitastes; preso, 
e foste ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te 
demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te 
hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O 
 
 
13 
 
Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizeste a um destes meus 
pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” 
 
Ação Social em Atos dos Apóstolos: 
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” 
“Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha 
necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e 
tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,...” 
(At. 2:42-47) 
Com isto, podemos concluir que: 
No exercício da Capelania não basta simplesmente que o Capelão tenha fé e ore pelas pessoas. É 
necessário que a sua fé esteja acompanhada das obras. Obras de Caridade e de Ação Social. 
ORAÇÃO, quer dizer ORAR + AÇÃO. 
Fazer Capelania de Ação Social é alimentar os famintos, não só espiritualmente, mas também 
fisicamente. 
O objetivo principal do capelão é levar o pão da vida aos famintos espirituais, que é o Senhor Jesus 
Cristo, aos famintos espirituais. 
Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais 
terá sede. (João 06h35min) 
 
O Capelão Evangélico precisa entender que pessoas com a barriga vazia não lhes darão ouvido, pois a 
fome física perturba a mente. Temos que nos compadecer dos necessitados buscando soluções para 
seus problemas de natureza física. 
 
FAZER CAPELANIA DE AÇÃO SOCIAL É PREOCUPAR-SE EM VESTIR A QUEM ESTÁ 
NÚ SEJA FISICA OU ESPIRITUALMENTE. 
A Capelania de Ação Social pode ser realizada em qualquer lugar, porque pessoas necessitadas 
existem em todos os lugares: nas casas, nas igrejas e principalmente nas ruas. São muitos os mendigos 
 
 
14 
 
que morrem nas ruas por causa do frio, ou conseqüentemente adquirem doenças por causa do frio 
como a pneumonia e etc .... O Capelão Evangélico pode arrecadar roupas e fazer doações para esta 
pessoa. 
Atitudes que podem ser tomadas pelo Capelão Evangélico: 
1. Arrecadar roupas através de doações. 
2. Agendar e realizar cultos solicitando doações de roupas para os necessitados. 
3. Mobilizar pessoas de sua igreja para o auxiliarem nas arrecadações e doações. 
A nudez espiritual também é uma realidade entre os necessitados, quando o Capelão Evangélico levar 
as roupas e os donativos arrecadados, também levará uma palavra do Nosso Senhor Jesus Cristo, desta 
forma ele também estará vestindo os necessitados espiritualmente. 
Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e 
quem crê em mim jamais terá sede. (João 6:35) 
 
 
TIPOS DE CAPELANIA: 
 CAPELANIA SOCIAL 
 CAPELANIA ECLESIÁSTICA 
 CAPELANIA HOSPITALAR 
 CAPELANIA MILITAR 
 CAPELANIA PRISIONAL 
 OUTRAS (ESCOLAR, URBANA, MISSIONÁRIA, FAMILIAR, FUNEBRE, SOCIAL, 
INFANTIL, ETC...) 
 
CAPELANIA SOCIAL 
A Capelania Social é aquela realizada no seio da sociedade, e tem como objetivo ajudar pessoas que 
de alguma forma estão excluídas ou esquecidas pela sociedade como um todo. 
A ação social deve estar associada à apresentação do Evangelho, como meio para mostrar às pessoas o 
cuidado e o amor de Deus, ao conhecer e suprir-lhes as necessidades materiais através de Seu povo. 
 
 
15 
 
A responsabilidade social é um conjunto de conceitos e ações que contribui para fazer um mundo 
melhor com a participação de todos. 
A capelania social é a solicitude (Cuidado atencioso, afetuoso; zelo: solicitude materna. 
Empenho, interesse, atenção ) de todas as igrejas para com as questões sociais. Trata-se de uma 
sensibilidade que deve estar presente em cada igreja e em cada dimensão, setor e pastoral. Enfim, deve 
estar presente nas comunidades eclesiais de base e nos movimentos. Em outras palavras, deve ser 
preocupação inerente a toda ação evangélica. 
Dentro da dimensão sócio-transformadora, é função da capelania social procurar responder a esse tipo 
de situação. Isso significa que as respostas não estão prontas, não há receita acabada. Em cada 
momento e em cada local, é preciso iniciar um processo em que o maior número de pessoas se 
envolvam na busca de soluções concretas. 
A capelania social tem como finalidade concretizar ações sociais e especificas a solicitude da igreja 
diante de situações reais de marginalizações. 
Na igreja primitiva observamos a atençãodas primeiras comunidades para com o pobre, Desde cedo, 
os cristãos se organizavam para suprir as necessidades básicas de seus irmãos. 
A capelanis social é voltada para a condição sócio-econômica da população. Hoje, como ontem,ela se 
preocupa com as questões relacionadas à saúde, à moradia, ao trabalho, à educação, e, enfim, às 
condições reais da existência e qualidade de vida das pessoas. 
“Eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundância” (João 8:10) 
 
CAPELANIA ECLESIÁSTICA 
A Capelania Eclesiásticas é aquela realizada na própria igreja. As igrejas estão repletas de pessoas 
enfermas na mente, na alma e no espírito, necessitando de atendimento individual. Com questões mal 
resolvidas, estão vivendo como reféns de sentimentos negativos, presos ao passado, debaixo de 
pesadas cargas de ansiedade, oprimidos por perdas, andando como cegos à procura de ajuda. 
É papel fundamental da Igreja é: auxiliar as pessoas a encontrarem em Deus a melhor forma de lidar 
com suas dificuldades e a posicionar-se diante delas de acordo com a vontade de Deus para suas vidas. 
 
 
16 
 
Portanto, a Igreja deve ser uma instituição que esteja preparada para apoiar e orientar os indivíduos, 
levando-os à maturidade física, emocional e espiritual. 
A Capelania Eclesiástica é voltada ao atendimento daqueles que tem se defrontado com dificuldades 
para ultrapassar barreiras, sejam elas espirituais ou materiais. 
Desta forma, prevê um atendimento a toda e qualquer pessoa que necessite e busque deixar que Deus 
opere em sua vida. 
A capelania não tem, por si só, condições de alterar a situação do homem no lar, na família, no 
trabalho ou na Igreja, mas pode contribuir para que encontre o papel que Deus estabeleceu para sua 
vida em cada uma dessas áreas. 
Atividades da Capelania Eclesiástica 
As atividades da Capelania Eclesiástica e o Serviço de Assistência Religiosa a serem desenvolvidas na 
dependência da igreja ou fora dela, devem ser programadas e executadas de tal modo que atendam às 
necessidades espirituais e morais dos fiéis e de seus respectivos familiares, independente do fato de 
participarem ou não das atividades da igreja. Todos serão atendidos pela capelania local, mesmo que 
não sejam membros. 
O capelão eclesiástico (nomeado) ficará responsável por assessorar os demais capelães nas questões de 
organizações correspondente a este segmento religioso e pelo atendimento aos fiéis evangélicos. 
Na programação e execução das atividades da assistência religiosa e da formação moral e espiritual 
deverão transparecer o espírito, a iniciativa, a atitude e o comportamento de respeito. 
O capelão, em razão do ofício, goza das seguintes funções: 
1º - Ouvir e aconselhar os fiéis confiados ao seu cuidado, 
2º - Pregar a palavra de Deus aos seus fiéis; 
3º - Administrar a unção dos doentes aos seus fiéis 
4º - Contactar as igrejas que necessitam desse tipo de trabalho para o fortalecimento da fé cristã e da 
sua doutrina. 
 
 
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O livro principal é a Palavra de Deus, que se constitui das normas divinas para o Seu povo, para 
cumprir a grande missão de ser na sociedade, sal da terra, luz do mundo e testemunha fiel de Jesus 
Cristo. 
Equipes de Capelania Eclesiástica: 
Para auxiliar o capelão eclesiástico em suas atividades deverá ser composta uma equipe de trabalho, 
constituída de elementos por ele indicados e aprovados pelo pastor local. 
Os nomes dos representantes escolhidos e suas atribuições deverão ser publicados em Boletim Interno 
da igreja com aprovação do pastor. 
Com isso o objetivo do ministério de capelania eclesiástica é levar conforto e apresentar o plano da 
salvação aos aflitos e necessitados, atuar em todas as áreas humanas, trabalhar o lado espiritual e 
emocional de que Deus está com o indivíduo. 
Da programação 
Nas atividades religiosas os capelães deverão apresentar a programação anual de assistência religiosa e 
formação moral, que constará nas diretrizes da igreja, em consonância com os outros departamentos da 
mesma. 
O capelão deverá submeter ao pastor local, para ser aprovada, a programação anual da assistência 
religiosa e formação moral, tendo anexos os planos dos eventos a serem realizados. 
A programação deverá constar de: 
1. instrução religiosa prevista de conformidade com o plano da igreja; 
2. instrução bíblica e reuniões de oração; 
3. momentos de reflexão; 
4. visita aos enfermos, membros da igreja; 
Aprovada a programação e a sua publicação em boletim caberá ao pastor orientar a sua execução. 
Da educação cristã 
O capelão poderá promover estudos específicos, servindo-se de especialistas para a exposição de temas 
de estudos indicados de conformidade com a necessidade do público alvo. 
 
 
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Na administração da doutrina e estudos bíblicos, o capelão ouvindo a equipe de trabalho da capelania, 
poderá contar com o auxílio de pessoas devidamente preparadas, sempre com a permissão e anuência 
do pastor local. 
O capelão deverá solicitar a inclusão do calendário para os estudos bíblicos e doutrinários nos 
noticiários da igreja (boletins, jornais e outros). 
Da pastoral eclesiástica 
O capelão criará uma equipe de trabalho composta de membros da igreja para auxiliá-lo nas atividades. 
Os nomes dos integrantes da equipe serão indicados pelo capelão e, após serem aprovados pelo pastor, 
serão publicados no boletim, juntamente com as suas atribuições. 
Será atribuição desta equipe organizar a assistência religiosa no âmbito da igreja, visitação a membros 
que não podem se deslocar, sob a responsabilidade e coordenação do capelão. 
 
CAPELANIA HOSPITALAR 
A Capelania Hospitalar é aquela realizada nos hospitais e casas de saúde pública ou privada. 
Ao visitarmos um enfermo no hospital é como se estivéssemos visitando o próprio Senhor Jesus 
Cristo, que disse: "... Estive enfermo e, me visitastes;... sempre que o fizestes a um destes meus 
irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes" 
O que é Capelania Hospitalar 
O ministério de Capelania Hospitalar Evangélico é a prática do amor por Cristo e pelo próximo. 
É o serviço que visa dar assistência aos enfermos em vários estágios, nos diversos hospitais, visitando 
auxiliando, evangelizando, confortando, e ministrando os recursos da fé da Palavra de Deus. 
É um trabalho humanitário de solidariedade, uma tênue luz de esperança, confortando e ajudando o 
enfermo a lidar com a enfermidade, a engajar-se ao tratamento médico indicado, e até mesmo a 
preparar-se para enfrentar a morte, quando não há expectativas de cura, apresentando a graça, a 
misericórdia e o amor de Deus, e a vida eterna em Jesus Cristo. 
Missão da Capelania Hospitalar 
 
 
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A Capelania Hospitalar tem como missão atuar nos hospitais através de voluntários capacitados que 
levam amor, conforto e esperança aos pacientes, aos familiares e aos profissionais da saúde. 
Apresentando a fé cristã através do atendimento espiritual, emocional, social, recreativo e educacional, 
sem distinção de credo, raça, sexo ou classe social. 
O impacto da fé sobre a saúde física e mental 
Pesquisas científicas têm sido publicadas reafirmando o impacto da fé sobre a saúde física e mental de 
pessoas que têm fé e frequentam uma comunidade religiosa. 
Nestas pesquisas torna-se evidente que o grupo dos cristãos ocupa o centro das respostas favoráveis, o 
que nos faz lembrar que muito além da “fé na fé”, estas pessoas têm em Cristo a resposta para suas 
vidas, sendo ajudados e sustentados por Ele em todos os momentos 
O Dr. HAROLD KOENIG, psiquiatra, geriatra e pesquisador da Universidade de Duke, nos EUA, 
conclui em seus livros, que as pessoas que têm fé em Deus, e freqüentam regularmente uma igreja e 
cultivam um bom relacionamento com Deus apresentam os seguintes resultados: 
Melhor engajamento ao tratamento médico, melhor aceitação ao tempo de hospitalização, aumento da 
imunidade orgânica, pressão arterial mais estável, menos problemas estomacaise de cólon, menores 
índices de ataques cardíacos, menor tempo de recuperação de cirurgias, menos dor, níveis mais baixos 
de stress, menores índices de depressão e ansiedade, maior auto-estima, menores níveis de ansiedade, 
etc. 
A CAPELANIA HOSPITALAR E O EVANGELISMO 
A importância do Ministério da Visitação Hospitalar como forma de evangelismo está ligada 
diretamente ao número de pessoas que passam pelos hospitais em todo o mundo, que é bem maior que 
nas igrejas. 
Nos hospitais a mente e o coração das pessoas estão geralmente abertos a mensagem do evangelho, 
podemos dizer que é um imenso mar de almas a espera de uma rede lançada. É um lugar propício para 
se pescar almas para o Reino de Deus. 
 
 
 
 
 
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COMO SE PORTAR UM CAPELÃO NO HOSPITAL 
1. A instituição hospitalar busca a cura física do paciente. É necessário que o capelão respeite o 
ambiente e a estrutura do hospital, isto é, o capelão deve trabalhar dentro das normas 
estabelecidas pelo hospital. 
2. Como evangélicos a Constituição Brasileira nos dá direito de atender os doentes, porém este 
não é um direito absoluto, isto é, devemos fazer nosso trabalho de forma que não atinja os 
direitos dos outros. 
3. O Capelão deve tomar cuidado para não despertar nas pessoas enfermas falsas esperanças, deve 
levar uma palavra de fé e esperança em Jesus Cristo, mas nunca que alguém será curado em 
nome de Deus. 
4. O capelão deve respeitar as visitas de outros grupos. No ministério da capelania não há lugar 
para disputas ou conflitos. 
5. O Capelão deve saber utilizar os instrumentos que Deus lhes deu (ORAÇÃO, PALAVRA e a 
FÉ) 
6. Um ponto muito importante para o capelão é aprender as normas e regras do hospital para se 
visitar os enfermos. 
 
COMO CAPELÃO O QUE DEVO FAZER NA VISITA HOSPITALAR: 
a. Apresentar-se adequadamente. 
b. Estar preparado para enfrentar estas circunstâncias adversas, pois, o doente pode apresentar 
sintomas tais como: frustrações, ansiedade, dor, desespero, problemas emocionais ou de 
religiosidade. Nunca esquecer de levar uma palavra de fé, esperança e principalmente de amor. 
c. Respeitar o espaço de outros enfermos ou visitantes, como por exemplo: ao orar por alguém, 
que seja uma oração breve e objetiva. 
d. Levar sempre em suas visitas para deixar com as pessoas atendidas folhetos e literaturas. 
e. Sempre obedecer as normas do hospital em suas visitas. 
f. Lembrar que o paciente tem suas necessidades, permita que ele expresse suas necessidades e 
sentimentos. 
g. O capelão vai ao hospital em nome de Jesus, portanto deve demonstrar sempre amor, carinho, 
levando conforto, confiança e esperança. 
h. Tomar sempre cuidados para evitar contato com uma doença contagiosa, mas sempre 
cuidadoso também para não ofender o paciente. 
i. Sempre que possível aproveitar a capela do hospital e realizar trabalhos evangelísticos. 
 
 
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j. A cada visita o capelão deve avaliar-se, e procurar sempre melhorar sua atuação a cada visita. 
 
COMO CAPELÃO O QUE NÃO DEVO FAZER NA VISITA HOSPITALAR: 
a. Se estiver doente não visite. 
b. Não falar de suas experiências hospitalares, lembre-se você é o capelão e não o paciente. 
c. Não fazer critica ao hospital ou questionar diagnósticos ou tratamentos médico. lembre-se você 
é o capelão e não o médico. 
d. Não deitar ou sentar no leito do paciente. 
e. Não entrar em quartos ou enfermarias, sem antes bater na porta. 
f. Não prometer curas em nome Deus. 
g. Não falar em tom alto ou baixo demais. Procure falar em um tom normal. 
h. Não comente com um paciente as informações colhidas com outro paciente, isto provoca a falta 
de credibilidade ao capelão. 
i. Não forçar o paciente a falar ou fazer o que ele não deseje deixe o paciente a vontade. 
j. Não comer a comida do paciente. 
k. Não levar alimento ao paciente. 
l. Não demorar muito na visita. 
Pacientes terminais: 
Ao visitar um doente terminal, temos de tentar descobrir, nos primeiros momentos, em conversa com 
parente e até ouvi-lo, se ele está lúcido e pode conversar, qual o estágio que está vivendo. 
Reações do paciente diante da morte iminente: 
1 – Negação: Está é a primeira reação! Nega que está doente, que pode morrer, esse é o momento em 
que a família é desafiada a estar mais perto e ter paciência. 
2 – Revolta: Depois de convencer-se de que é a verdade, que realmente está doente, a pessoa passa a 
perguntar: “Por que eu?” “Porque Deus deixou isso acontecer comigo?” “Eu mereço?” 
3 – Barganha: Depois de descarregar sua revolta, ela começa a imaginar se pelo menos pudesse fazer 
isso ou aquilo antes de partir, ela tenta negociar. É o momento da chantagem. 
4 – Depressão: O paciente se desinteressa por tudo e praticamente se entrega à situação, fica 
desanimado, perde a vontade de viver. 
 
 
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5 – Aceitação: É a aceitação da sua realidade. Daí pra frente tudo fica mais fácil para o paciente e seus 
familiares, a paz vem para todos. 
Pacientes na UTI: 
A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes 
que por ventura possuam chances de sobreviver. É um ambiente de alta complexidade. 
O capelão pode ter acesso à Unidade de Terapia Intensiva de um hospital, deis de que conheça as 
regras. Com certeza você terá que vestir uma roupa especial, além de ter que lavar as mãos na entrada 
e na saída. 
O tempo normalmente é limitado. Se a pessoa está em coma, observe o seguinte: Fale baixo perto dela 
e não comente sobre ela, sobre seu estado, nada que possa desgasta-lá. 
Está provado que a pessoa em coma, recebe mensagem. Por isso ao falar tenha o cuidado de fazê-lo 
compassadamente e com voz mansa. 
Recite versículos bíblicos fáceis, fale do amor de Jesus, de perdão, Encoraje-o a confiar em Jesus 
como seu Salvador e Senhor. 
Ore, pedindo a Deus por ele, da melhor maneira que sentir no momento e agradeça a Deus por ele. 
 
A Oração nos hospitais: 
A oração em hospitais se não atentarmos para alguns detalhes, ao invés de ajudar pode até atrapalhar 
se não for feita sabiamente. 
1. Uma só pessoa – Não é aconselhável uma reunião de oração. Apenas uma pessoa deve orar. 
Um período muito longo de muitas orações, cada um de um jeito e em tons diferentes de voz, 
pode criar problemas emocionais no enfermo. 
2. Voz Suave – Não de deve fazer aquela oração gritada, com exaltação de voz. Oração é 
conversa com Deus. Portanto, o que vai fazer efeito é a fé e não o efeito psicológico de 
palavras fortes. 
3. Sem encenações – Não faça encenações, não provoque expectativas, não dramatize suas 
orações. Faça tudo naturalmente. Qualquer alterações nas emoções do paciente pode ser 
prejudicial. 
 
 
23 
 
4. O pedido – Ponha a pessoa nas mãos de Deus e peça-lhe que realize a Sua vontade em sua 
vida. Não insinue em sua oração que Deus tem que curar. 
5. Se o enfermo quiser orar – Se estiver lúcido, deixe-o orar também, mas sob vigilância. Se ele 
se emocionar e chorar, continue a oração você mesmo e encerre-a imediatamente. 
 
CAPELANIA MILITAR 
A Capelania Militar é aquela realizada nas Forças Armadas e nas Forças Militares Estaduais. 
Forças armadas 
Também chamada de capelania castrense. O capelão militar é um ministro religioso encarregado de 
prestar assistência religiosa à corporação militar (exército, marinha, aeronáutica). No Brasil, este 
serviço estende-se também às Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros Militares. Nos países de 
maioria católica, como no Brasil, por força da proporcionalidade, na prática desdobra-se em capelanias 
católicas e capelanias de outras confissões religiosas, e estas, na maioria das vezes, evangélicas. Dado 
o limite de efetivo para os quadros de oficiais capelães nas diversas armas e forças auxiliares, as 
confissões não-católicas ficam com pequena, ou nenhuma, representação nos chamados “Serviços de 
Assistência Religiosa”. 
O pastor João Filson Soren foi o primeiro capelão militar evangélico do Exército Brasileiro,e que por 
ocasião da Segunda Guerra Mundial, serviu na Força Expedicionária Brasileira (FEB) entre 1944 e 
1954, nesta época tinha 36 anos.Viveu quase um ano na Itália e recebeu mais de dez condecorações 
militares, inclusive a Cruz de Combate de 1º classe, a mais alta honraria do Exército Brasileiro. 
1. Origem da Capelania Militar Evangélica (Protestante) no Brasil. 
Sob o patrocínio da Confederação Evangélica do Brasil e por instrumento do seu Conselho de 
Relações Intereclesiástica e dos capelães evangélicos, é ministrada assistência religiosa no Exército 
nomeada oficialmente pela Confederação Evangélica do Brasil. Os capelães são reconhecidos pelas 
autoridades e exercem o seu ministério sem distinção de credo ou denominação. Na maioria dos casos 
este trabalho era feito voluntariamente, inicialmente apenas o capelão da 1º Região Militar (1ºRA) 
recebia seus vencimentos do governo federal. 
 
 
 
 
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2. Capelania Militar Evangélica e a sua Atuação na FEB 
Ao se organizar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que deveria participar das operações da 2º 
Guerra Mundial, foi instituída a Capelania Militar por Decreto de Lei n. º 6.535 de 26 de maio de 
1944. Porém, a Capelania Militar Evangélica, só teve a sua formal instituição em 13 de julho de 1944 
com a nomeação de dois capelães evangélicos: os pastores João Filson Soren e Juvenal Ernesto da 
Silva. Soren foi designado para o 1º Regimento de Infantaria (Regimento Sampaio); Juvenal, para o 6º 
Regimento de Infantaria. 
Posteriormente ambos tiveram suas atividades acrescidas, cabendo ao capelão pastor Soren, atender 
ainda, ao 11º Regimento de Infantaria e ao capelão pastor Juvenal, atender as unidades de Artilharia e 
Engenharia. Partiram para Itália no 2º escalão da FEB, em 22 de setembro de 1944. Os dois capelães 
só voltaram ao Brasil após o término do conflito. O pastor Juvenal Ernesto da Silva, chegou ao Rio de 
Janeiro em 18 de julho de 1945, acompanhando o 1º escalão de embarque; e em 22 de agosto, desse 
mesmo ano aportou no Rio de Janeiro o pastor João Filson Soren, que regressou com o 2º escalão. 
Cerca de 600 soldados evangélicos integraram a FEB. Neste número não se acham computados os 
simpatizantes, os amigos do Evangelho e os eventuais assistentes ao culto evangélico protestante. O 
Capelão Soren preparou um hinário do expedicionário, intitulado "O Cantor Cristão do Soldado ". 
Embora o Ministério da Guerra se tivesse prontificado em fazê-lo, foi a Casa Publicadora Batista quem 
o fez em homenagem aos combatentes. Neste hinário tinha 101 hinos selecionados do Cantor Cristão, 
que era o hinário oficial da Igreja Batista na época. 
Os Militares Evangélicos iniciaram seus cultos no quartel do Regimento Sampaio, na Vila Militar logo 
que foram nomeados os capelães militares evangélicos, isto já em agosto de 1944. 
3. Na Academia Militar das Agulhas Negras (A.M.A.N.). 
Em 19 de abril de 1949, alguns acadêmicos evangélicos fundaram na A.M.A.N. a Associação de 
Cadetes Evangélicos, que foi reconhecida pelo seu comando. Destinava-se a providenciar assistência 
religiosa aos jovens evangélicos que ali estudavam. A Confederação Evangélica do Brasil, para efeito 
de oficialização de um trabalho que já existia, requereu, em 12 de setembro de 1949, a criação da 
Capelania Militar Evangélica dentro da Academia Militar e indicou para o cargo de capelão o Pastor 
Amós Aníbal, que já vinha desempenhando essas funções desde o início do movimento. 
Este pastor faleceu repentinamente em 1950, tendo sido substituído em 1951, pelo pastor Adriel de 
Souza Motta que, ao assumir o pastorado da Igreja Metodista de Rezende, também se ocupou da 
 
 
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Capelania Militar Evangélica da A.M.A.N.. Exerceu essa atividade até ser transferido para outra igreja 
Metodista. A Associação de Cadetes Evangélicos não tardou em criar um coral, pois havia entusiasmo 
e boas vozes para tal. 
 
4. Na Escola de Sargentos das Armas (ESA) 
Localizada em Três Corações, Minas Gerais, a Escola de Sargentos das Armas, é mantida pelo 
Ministério do Exército, e destina-se a formação de sargentos nas armas de: Infantaria, Cavalaria, 
Artilharia e Engenharia. 
O trabalho de capelania militar evangélica nesta unidade foi iniciada pelo pastor Mário Barbosa e 
oficializado, em 1954 mediante requerimento da Confederação Evangélica do Brasil quando era seu 
Capelão, o Pastor Joel César, da Igreja Presbiteriana do Brasil de Três Corações. Como sempre 
ocorreu nos cultos evangélicos, o hino congregacionais, ocupavam lugar de destaque nos ofícios 
religiosos, permitindo aos jovens sargentos evangélicos uma participação direta na cerimônia, 
louvando a Deus com cânticos. 
 
CAPELANIA PRISIONAL OU CARCERÁRIA 
A Capelania Prisional ou Carcerária é aquela realizada nos presídios, delegacias e Seccionais. 
O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos 
mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a 
abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso 
Deus; a consolar todos os tristes; (Isaías 61:1-2) 
A Capelania Prisional atua nos presídios conforme ordena o Senhor em Hebreus 13:3, que diz: 
"Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, 
com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados". 
Nossa missão como Capelães é cumprir esta ordenança do Senhor, sem restrições, sem hesitar. Na 
Capelania Prisional nossa missão consiste em levar a Palavra que liberta aos que estão cativos, isto é, 
até a trincheira final, onde o inimigo leva à vida humana a situação mais degradante possível. Para isto 
não importam as circunstâncias, tampouco o delito cometido pelo preso. O que conta realmente, é que 
 
 
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o Senhor Jesus está conosco no cárcere, e ama muito a cada uma daquelas vidas. Lembre-se do que o 
Senhor falou: estive preso, e foste ver-me. 
Com estes ensinamentos o ministério da Capelania Prisional, entende que o Senhor quer alcançar não 
somente as pessoas enfermas e em tratamentos nas internações hospitalares, mas também, as pessoas 
que se encontram em regime prisional. 
Camelucci, um importante jurista italiano, afirmou que a solução para o preso não está nos livros de 
ciência, mas sim no livro de Deus (BÍBLIA). 
Objetivos gerais da Capelania Prisional: 
1. Acompanhar o preso em todas as circunstâncias e atender suas necessidades espirituais, dando 
assistência espiritual também a seus familiares. 
2. Verificar as condições de vida e sobrevivência dos presos. 
3. Priorizar a defesa intransigente da vida, bem como a integridade física e moral dos presos. 
4. Intermediar relações entre presos e familiares. 
5. Educar os presos no Evangelho de Jesus Cristo, levando a salvação até eles. 
6. Acompanhar seu processo de discipulado dentro do Evangelho de Cristo. 
Atividades permanentes praticadas pelos capelães: 
1. Visitar os presos, especialmente quando doentes, nas enfermarias ou nas celas de castigo ou de 
“seguro”. 
2. Celebrações de encontros de reflexão (círculos bíblicos, orações) 
3. Atenção especial às áreas de extrema violência nas prisões. 
4. Sensibilizar as comunidades sobre os problemas dos presos e mostrar o valor da Capelania 
Carcerária. 
5. Fazer parcerias e relacionamento de trabalho com os poderes públicos e com o Ministério 
Público. 
O poder da oração na visita do Capelão ao Presídio: 
O capelão é um Agente de Deus, portanto ele deverá manter-se sempre em oração, pois dentro de um 
presídio encontram-se vários demônios junto aos presos. Demônios que agem na área da mentira, da 
prostituição, de homicídio, de roubo, de estupro, de brigas e da morte, etc... 
 
 
27 
 
Portanto, o Capelão deverá manter-se em oração e consagração total. O poder da oração é muito 
grande e importante para a evangelização. É através da oração que os demônios são expulsos e ospresos são libertados. É neste momento que começa a atuar o Espírito Santo nos corações dos presos, 
fazendo com que se arrependam e aceitem a Cristo Jesus como seu único e suficiente Salvador. 
Relacionamento do Capelão Prisional com Presos e Funcionários: 
O Capelão Prisional sempre deve manter sua ética e postura Cristã com presos e funcionários do 
presídio. O capelão não deve ter exageros nem normas e rotinas com os presos, mas sim, submeter-se 
as normas do presídio e, principalmente, ter flexibilidade quando for ministrar cultos aos detentos. 
O capelão deve estar sempre em harmonia com Agentes Penitenciários, policiais e Autoridades 
Policiais, para que seu trabalho seja eficiente. Para tanto, ele deve manter sua educação e 
comportamento exemplares; saber ouvir e falar na hora certa, pois uma das maiores bases para manter 
esses relacionamentos sólidos, freqüentes, é agir com moderação e caráter formado. 
O capelão deverá policiar-se quando começar a fazer qualquer tipo de trabalho dentro de uma 
penitenciária. Ele deverá se organizar para as suas atividades, pois um presídio é um verdadeiro campo 
de missões e, com certeza, ele faz parte da seara de Jesus Cristo. Portanto, o capelão prisional é um 
ganhador de almas para Cristo. É ele quem proclama o Evangelho aos presos. 
O capelão deverá conter em seu caráter quatro qualidades fundamentais à competência de capelania e 
seu próprio caráter: 
1. Ser uma pessoa de extrema oração e vigilância. (I Ts 5:17) 
2. Consciência de que é um embaixador de Cristo. (II Co 5:20) 
3. Ser uma pessoa dedicada e consagrada a Deus. (Fp.1:21) 
4. Ser sensível ao Espírito Santo de Deus. (II Tm 2:21; Ef 5:18; At 4:31) 
O perfil do preso Brasileiro: 
1. A maioria absoluta é formada por pessoas pobres, de classe baixa. 
2. 70% não completaram o ensino fundamental. 
3. 10,5 % são analfabetos. 
4. 18% somente, desenvolveram o ensino fundamental. 
5. 72% vivem em total ociosidade. 
6. 55% são pessoas de 18 a 29 anos. Quase a metade dos presos é por roubo. 
7. A segunda maior razão das prisões são o tráfico de entorpecentes. 
 
 
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8. Seguidos de furtos. 
9. E homicídios. 
Medo... 
1. Dos companheiros / traição 
2. Da polícia 
3. De não superar 
4. De fugas / rebeliões 
5. Do advogado abandonar o caso 
6. De perder a família 
7. Do futuro 
8. De sumir papéis (processos) 
9. De dormir 
10. De ficar doente 
11. De morrer 
Ele se torna: 
1. Instável 
2. Inconstante 
3. Indeciso 
4. Ansioso – Nervoso 
5. Angustiado – Deprimido 
6. Desconfiado 
Tem as possibilidades de: 
1. Suicídio 
2. Alienação 
3. Loucura 
4. Conflitos 
5. Sofrimentos 
Fica... 
1. Alienado do mundo exterior 
2. Obediente / Condicionado 
 
 
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3. Robotizado 
 
Perde a identidade... 
1. Apelidos / números 
2. Gíria hábito / Drogas 
3. Inversão de valores 
Auto estima lesada... 
1. Ausência de auto-estima 
2. Pessimismo 
3. Egocentrismo 
4. Auto piedade 
5. Constante lamentações 
6. Complexo de rejeição 
7. Complexo inferior 
8. Dominação / Timidez 
9. Preconceitos 
Aumento de periculosidade... 
1. Sentimentos de vingança 
2. Doenças: Úlceras, erupções na pele, insônia 
3. Rebeliões: Maus tratos, mortes 
4. Neurose (ruídos: TV, rádios, grades, gritos, ratos) 
5. Ausência de sentimentos de culpa em relação à vítima 
6. Agressividade com as pessoas que mais ama 
7. Perda de apetite 
8. Revolta 
9. Perda de esperança 
Dependência generalizada... 
1. Sentimentos de culpa em relação a Deus, a família e a si próprio. 
2. Traumas / Bloqueios 
 
 
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3. Infância / Adolescência 
4. Presídios – cenas de violência 
5. Mortes, torturas, corrupção, humilhações, imediatismo 
Carente... 
1. Amor / amizade / sexo 
2. Toques / masturbação 
3. Pederastia passiva 
Infantilização... 
1. Apreço à família (esposa, filhos) 
2. Vínculo afetivo forte com a mãe (algo sagrado, imaturo, afetivo) 
Visitação prisional 
Na prática devemos observar algumas formas de linguagem que facilitarão a assistência ao preso 
devido à sua condição de estado psicológico. 
1. Não pergunte a um prisioneiro, na frente dos outros presos, sua razão de estar na cadeia. 
2. Evite fazer muitas perguntas pessoais. 
3. Dê sue testemunho cristão (convicção) 
4. Demonstre interesse genuíno no prisioneiro e em seu bem-estar. 
5. Saiba que muitos prisioneiros podem se sentir esquecidos ou abandonados devido à falta de 
visitantes. 
6. Há uma tendência entre eles de não aceitar a responsabilidade de seus atos e de culparem os 
outros pela situação. 
7. Não deixe que a “religião” domine sua visita. 
8. Não dê seu endereço ou telefone a prisioneiro 
9. Demonstre que você está interessado nele como gente (pessoa), e não pelo motivo de sua 
internação. 
10. Aprenda os regulamentos da instituição e obedeça rigorosamente a eles 
11. É recomendável visitar prisões em grupos 
12. É importante que a visita seja: homem para homem e mulher para mulher 
13. Ao aconselhar, seja cuidadoso, prudente e equilibrado 
 
 
31 
 
14. Esteja atento aos sinais de perigo, indicado pelos Agentes Penitenciários ou dos próprios 
sentenciados 
15. Quando abordar um prisioneiro não seja insistente 
16. Esteja sensível ao problema de cada interno, saber ouvir pratica empatia. 
17. Procure usar linguagem clara, com segurança 
18. Evite o máximo, fazer alguma promessa. 
 
Rebelião 
Quando em caso de rebelião, recomenda-se manter a calma, geralmente o inicio do motim é o 
momento mais estressante, trata-se da maneira do rebelado se comunicar, expressar seu sentimento de 
raiva e revolta com o sistema prisional, neste instante ele irá fazer de tudo para chamar a atenção das 
autoridades competentes e da mídia. 
 
VOLUNTÁRIADO 
O que é voluntário? 
Segundo definições das Nações Unidas, “O voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu 
interesse pessoal e ao espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a 
diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos...” 
Em síntese, voluntário é a pessoa que, motivada por valores de participação e solidariedade, doa seu 
tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea e não remunerada, para uma causa de interesse social 
e comunitário. 
Cada voluntário contribui na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe fazer. Uns tem mais 
tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde 
ou com quem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais 
urgente. 
O importante é que cada compromisso assumido, no entanto é para ser cumprido. Uma pequena ação 
bem feita tem muito valor. Nada é mais decepcionante do que prometer e não ser capaz de realizar. 
 
 
32 
 
A capelania voluntária é o ministério espiritual de serviço a Jesus que cuida daqueles que, por razões 
distintas, foram retirados do convívio de suas famílias e estão fora da normalidade do convívio da 
sociedade. 
Estão nessa situação os hospitalizados, encarcerados, e pessoas recolhidas em asilos e orfanatos, além 
daquelas abandonadas nas ruas. 
Também os militares das Forças Armadas, policiais e outros que, por força de seu serviço ficam fora 
da convivência e comunhão das suas famílias e estão sob constante pressão pisicológica e stress. 
DIREITOS E DEVERES DO CAPELÃO 
a) São Direitos do Capelão: 
 Ter acesso garantido aos locais, para o desempenho de sua missão. 
 Ser respeitado no exercício de sua função. 
 Não ser discriminado em razão de sexo, raça, cor, idade ou religião que professa. 
b) São Deveres do Capelão: 
 Acatar as determinações legas e normas internas de cada instituição hospitalar ou penal, a fim 
de não por em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar, prisional 
ou outro no qual desempenhe suas atividades. 
 Respeitar as regras de higiene e paramentação do ambiente hospitalar, prisional ou outro no 
qualdesempenhe suas atividades. 
 Zelar pelo cumprimento das leis do país. 
 Executar a capelania sem discriminação de raça, sexo, cor, idade ou religião, tendo em mente 
sua missão de confortar e consolar o aflito, seja ele quem for. 
DIREITOS DO ASSISTIDO 
Constituição Federal, artigo 5º, item X: 
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. 
a) São Direitos do assistido: 
 Ser respeitado no momento de sua dor. 
 Ser tratado com a verdade, sem ferir os princípios de preservação de sua integridade física e 
moral. 
 Ter sua religião e crença respeitada. 
 Ter resguardada sua individualidade e liberdade de pensamento. 
 
 
33 
 
 
ALGUMAS LEIS QUE REGEM A VISITAÇÃO PRISIONAL E HOSPITALAR E 
DO INGRESSO NAS FORÇAS MILITARES. 
Leis Federais 
Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984. 
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, 
permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como 
a posse de livros de instrução religiosa. 
 § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. 
 § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 
 Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e 
dos presos provisórios. 
 Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
 VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
 
Lei nº 9.982 de 14 de julho de 2000 
Dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem 
como nos estabelecimentos prisionais civis e militares 
Art. 1
o
 Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou 
privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso 
aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que 
já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais. 
Art. 2
o
 Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidas no art. 1
o
 deverão, em 
suas atividades, acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou 
penal, a fim de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar ou 
prisional. 
Lei 6.923 de 29 de junho de 1981 
Dispõe sobre o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. 
 
 
34 
 
Art . 4º - O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados 
entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente 
contra a disciplina, a moral e as leis em vigor. 
Constituição Federal, Art. 5º, Inciso VII 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares 
de internação coletiva; 
 
 
 
Leis Estaduais (Estado do Pará) 
Lei nº 7.253 de 02 de abril de 2009 (DOE nº 31391) 
Art. 1º Fica autorizado o acesso aos ministros de cultos religiosos, diáconos, obreiros e outros 
prepostos nas dependências dos hospitais públicos e privados do Estado do Pará. 
§ 1º A visitação poderá ser feita em qualquer horário, dependendo apenas da autorização do paciente 
desde que em comum acordo com este, ou com seus familiares no caso de doentes que já não estejam 
no gozo de suas faculdades mentais. 
§ 3º As entidades a que se refere esta Lei darão autorização imediata, especificando o número de 
pessoas que podem ter acesso as suas dependências. 
Portaria Nº. 1386/2018-GAB.SUSIPE de 24 de dezembro de 2018. 
Regulamento da Entrada de Grupos Religiosos e de Apoio nos Estabelecimentos Prisionais da 
Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará. 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
ANEXOS 
 
 
Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984. 
Lei nº 9.982 de 14 de julho de 2000 
Lei 6.923 de 29 de junho de 1981 
Constituição Federal, Art. 5º, Inciso VII 
Lei nº 7.253 de 02 de abril de 2009 (DOE/PA nº 31391) 
Portaria Nº. 1386/2018-GAB.SUSIPE de 24 de dezembro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. 
Texto compilado Institui a Lei de Execução Penal. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
TÍTULO I 
Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal 
 Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
 Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será 
exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
 Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça 
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
 Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou 
pela lei. 
 Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política. 
 Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e da 
medida de segurança. 
TÍTULO II 
Do Condenado e do Internado 
CAPÍTULO II 
Da Assistência 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
 Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o 
retorno à convivência em sociedade. 
 Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
 Art. 11. A assistência será: 
 I - material; 
 II - à saúde; 
 III - jurídica; 
 IV - educacional; 
 V - social; 
 VI - religiosa. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%207.210-1984?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210compilado.htm
 
 
37 
 
CAPÍTULO II 
Da Assistência 
SEÇÃO VII 
Da Assistência Religiosa 
 Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, 
permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a 
posse de livros de instrução religiosa. 
 § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. 
 § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 
CAPÍTULO IV 
Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina 
SEÇÃO II 
Dos Direitos 
 Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos 
presos provisórios. 
 Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI N
o
 9.982, DE 14 DE JULHO DE 2000. 
Mensagem de Veto 
Dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas 
entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos 
estabelecimentos prisionais civis e militares. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Art. 1
o
 Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública 
ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento 
religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de 
doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais. 
Parágrafo único. (VETADO) 
Art. 2
o
 Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidasno art. 1
o
 deverão, 
em suas atividades, acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição hospitalar ou 
penal, a fim de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do ambiente hospitalar ou 
prisional. 
Art. 3
o
 (VETADO) 
Art. 4
o
 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias. 
Art. 5
o
 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 14 de julho de 2000; 179
o
 da Independência e 112
o
 da República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
José Gregori 
Geraldo Magela da Cruz Quintão 
José Serra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.982-2000?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/Mv0960-00.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/Mv0960-00.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/Mensagem_Veto/2000/Mv0960-00.htm
 
 
39 
 
 
Presidência da República 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI N
o
 6.923, DE 29 DE JUNHO DE 1981. 
Texto compilado 
Dispõe sobre o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças 
Armadas. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
Da Finalidade e da Organização 
Art . 1º - O Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas - SARFA será regido pela presente Lei. 
Art . 2º - O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência Religiosa e espiritual 
aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos 
relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas. 
Art . 3º - O Serviço de Assistência Religiosa funcionará: 
I - em tempo de paz: nas unidades, navios, bases, hospitais e outras organizações militares em que, pela 
localização ou situação especial, seja recomendada a assistência religiosa; 
II - em tempo de guerra: junto às Forças em operações, e na forma prescrita no inciso anterior. 
Art . 4º - O Serviço de Assistência Religiosa será constituído de Capelães Militares, selecionados 
entre sacerdotes, ministros religiosos ou pastores, pertencentes a qualquer religião que não atente 
contra a disciplina, a moral e as leis em vigor. 
Parágrafo único - Em cada Força Singular será instituído um Quadro de Capelães Militares, observado o 
efetivo de que trata o art. 8º desta Lei. 
Art . 10 - Cada Ministério Militar atentará para que, no posto inicial de Capelão Militar, seja mantida a devida 
proporcionalidade entre os Capelães das diversas regiões e as religiões professadas na respectiva Força. 
SEçãO II 
Do Ingresso no Quadro 
de Capelães Militares 
Art . 18 Para o ingresso no Quadro de Capelães Militares será condição o prescrito no art. 4º desta Lei, 
bem como: 
I - ser brasileiro nato; 
II - ser voluntário; 
Ill - ter entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.923-1981?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6923compilado.htm
 
 
40 
 
IV - ter uso de formação teológica regular de nível universitário, reconhecido pela autoridade 
eclesiástica de sua religião; 
V - possuir, pelo menos, 3 (três)anos de atividades pastorais; 
VI - ter consentimento expresso da autoridade eclesiástica da respectiva religião; 
VII - ser julgado apto em inspeção de saúde; e 
VIII - receber conceito favorável, atestado por 2 (dois) oficiais superiores da ativa das Forças Armadas. 
Art . 19 - Os candidatos que satisfizerem às condições do artigo anterior serão submetidos a um estágio 
de instrução e de adaptação com duração de até 10 (dez) meses, durante o qual serão equiparados a Guarda-
Marinha ou a Aspirante-Oficial, fazendo jus somente à remuneração correspondente. 
Parágrafo único - O estágio de instrução e adaptação deverá, obrigatoriamente, constar de: 
a) um período de instrução militar geral na Escola de Formação de Oficiais da Ativa da Força Singular 
respectiva; 
b) um período como observador em uma Escola de Formação de Sargentos da Ativa, da Força Singular; 
c) um período de adaptação em navio, corpo de tropa ou base aérea, no desempenho de atividade 
pastoral, devendo ainda colaborar nas atividades de educação moral. 
Art . 20 - Findo o estágio a que se refere o artigo anterior, os que forem declarados aptos por ato do 
Ministro da respectiva Força serão incluídos no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto de 2º Tenente. 
Art . 21 - O estágio a que se refere o art. 19 desta Lei poderá ser interrompido nos seguintes casos: 
I - a pedido, mediante requerimento do interessado; 
Il - no interesse do serviço; 
III - por incapacidade física comprovada em inspeção de saúde; e 
IV - por privação do uso da Ordem ou do exercício da atividade religiosa, pela autoridade eclesiástica da 
religião a que pertencer o estagiário. 
Brasília, em 29 de junho de 1981; 160º da Independência e 93º da República. 
JOÃO FIGUEIREDO 
José Ferraz da Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares 
de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer; 
 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; 
 
Brasília, 5 de outubro de 1988. 
Ulysses Guimarães 
Presidente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
 
 
42 
 
 
 
Diário Oficial Nº. 31391 de 02/04/2009 
 
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO 
 
LEI N° 7.253, DE 1º DE ABRIL DE 2009 
 
Altera dispositivos da Lei nº 6.347, de 28 de 
dezembro de 2000. 
 
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e seu Presidente, nos termos 
do § 7º do art. 108 da Constituição do Estado promulga a seguinte Lei: 
 Art. 1° Fica alterado o art. 1º e os §§ 1º e 3º da Lei nº 6.347, de 28 de dezembro de 2000, que 
passam a vigorar com a seguinte redação: 
 “Art. 1° Fica autorizado o acesso aos ministros de cultos religiosos, diáconos, obreiros e 
outros prepostos nas dependências dos hospitais públicos e privados do Estado do Pará. 
§ 1º A visitação poderá ser feita em qualquer horário, dependendo apenas da autorizaçãodo paciente desde que em comum acordo com este, ou com seus familiares no caso de doentes que já 
não estejam no gozo de suas faculdades mentais. 
§ 2º .......................................................................................................... 
 § 3º As entidades a que se refere esta Lei darão autorização imediata, especificando o 
número de pessoas que podem ter acesso as suas dependências”. 
 Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 PALÁCIO CABANAGEM, GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO 
ESTADO DO PARÁ, EM 1º DE ABRIL DE 2009. 
 
 
DEPUTADO DOMINGOS JUVENIL 
Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Pará 
 
 
 
 
43 
 
 
Regulamento da Entrada de Grupos Religiosos e de Apoio nos Estabelecimentos 
Prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará. 
 Portaria Nº. 1386/2018-GAB.SUSIPE de 24 de dezembro de 2018. 
 
 
 O Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado do Pará, 
no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 1º da Lei nº 8.322, 14 dezembro de 2015. 
 
Considerando a importância de regular a Assistência Religiosa no âmbito do Sistema Penitenciário, 
bem como assegura as pessoas privadas de liberdade o direito de exercerem suas crenças; 
Considerando o previsto no Art.5, inciso VI, da Constituição Federal/88; 
Considerando o Art. 24, §§ 1º e 2º, da Lei nº 7.210, de 11.07.1984 – Lei de Execução Penal; 
Considerando a Resolução nº 8 de 09 de novembro de 2011 do Conselho Nacional de Política 
Criminal e Penitenciária (CNPCP); 
Considerando a Resolução nº 7 de 13 de dezembro de 2018 que define regras gerais para o ingresso 
de autoridades e agentes de organizações sociais em atividades de inspeção nos estabelecimentos 
prisionais, estaduais, distritais e da outras providências, esta Superintendência do Sistema 
Penitenciário do Estado do Pará. 
 
R E S O L V E: 
 
Art. 1º. Fica homologado o Regulamento de Serviço de Assistência Religiosa e de Grupos de Apoio nos 
Estabelecimentos Penitenciários da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará, na forma do 
anexo desta Portaria. 
 
Art. 2º. Este Portaria entra em vigor na data da sua publicação. 
 
MICHELL DURANS MENDES DA SILVA 
Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado do Pará 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará 
Diretoria de Assistência Biopsicossocial 
Coordenadoria de Assistência Social 
 
 
44 
 
ANEXO 
 
REGULAMENTO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA 
DE GRUPOS RELIGIOSOS OU DE APOIO 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, bem como assegurado o livre exercício de 
culto religioso (...). Art. 5, inciso VI Constituição Federal/88. É assegurado o direito de profecia de 
todas as religiões, e o de consciência aos agnósticos e adeptos de filosofias não religiosas- (Resolução 
nº 8 de 09/11/2011 - Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária - CNPCP/2011). Para 
efeito deste regulamento, consideram-se entidades religiosas o conjunto de pessoas que 
comprovadamente estejam representando determinada religião, crença ou manifestação religiosa, 
assim reconhecida pelas suas práticas, rituais ou doutrina e como grupos de apoio aqueles que 
desenvolvem atividades, terapêuticas ou não, dirigidas a dependentes químicos, visando à melhoria da 
qualidade de vida e da saúde física e psíquica das pessoas privadas de liberdade. 
Art. 2º. Os direitos constitucionais de liberdade de consciência, de crença e de expressão serão 
garantidos à pessoa privada de liberdade, observados os seguintes princípios: 
I. É assegurada a atuação de diferentes confissões religiosas em igualdades de condições, 
majoritárias ou minoritárias vedadas o proselitismo religioso e qualquer forma de discriminação ou 
estigmatização; 
II. A assistência religiosa não será instrumentalizada para fins de disciplina, correcionais ou para 
estabelecer qualquer tipo de regalia, benefício ou privilégio; 
III. A pessoa privada de liberdade é assegurado o direito à expressão de sua consciência, filosofia ou 
prática de sua religião de forma individual ou coletiva, devendo ser respeitada a sua vontade de 
participação, ou de abster-se de participar de atividades de cunho religioso; 
IV. É garantido à pessoa privada de liberdade o direito de mudar de religião, consciência ou 
filosofia, a qualquer tempo, sem prejuízo da sua situação prisional; 
V. O conteúdo da prática religiosa deverá ser definido pelo grupo religioso sob a supervisão da 
direção da Unidade Penitenciária. 
Art. 3º. O cronograma das atividades religiosas deverá ser definido pela Direção das Unidades 
Penitenciárias, observando os dias e horários de cada grupo a fim de evitar que representantes 
religiosos distintos atuem de forma concomitante. 
§ 1º - As atividades religiosas poderão ocorrer também nos dias de visitas. 
§ 2º - A Assistência Religiosa ou de Apoio tem por objetivo promover a evangelização espiritual, e 
apoiar na reintegração social das pessoas privadas de liberdade, podendo ainda, sem qualquer 
imperativo, prestar ajuda material, sob ciência e anuência prévia da Direção da Unidade Penitenciária. 
§ 3º - Os membros das denominações religiosas e/ou de apoio deverão entregar seus telefones 
celulares no Pórtico do Complexo de Americano e nas demais Unidades Penitenciárias nas recepções 
de entrada de cada Unidade 
 
 
45 
 
Art. 4º. As autoridades religiosas serão submetidas à revista pessoal, não vexatória, preferencialmente 
por método mecânico. 
Parágrafo Único: Quando a Unidade Penitenciária dispuser de scanner corporal e detectores de 
metais, a revista será realizada pelo equipamento além de outras técnicas similares para à revista 
corporal. 
CAPÍTULO II 
DOS ESPAÇOS FÍSICOS 
 
Art. 5º. Os espaços próprios de assistência religiosa devem ser isentos de objetos, arquitetura, 
desenhos ou outros tipos de meios de identificação de religião específica, além de atender de forma 
igualitária a todas as religiões. 
§ 1° - É permitido o uso de símbolos e objetos religiosos durante a atividade de cada segmento 
religioso, salvo itens que comprovadamente oferecem risco à segurança; 
§ 2º - É assegurado o ingresso dos representantes religiosos em espaços determinados pela Direção da 
Unidade. 
I. Caso o estabelecimento penitenciário não tenha local adequado para prática religiosa, as atividades 
deverão ocorrer em local a ser deliberado pela direção da U.P, priorizando a segurança da atividade. 
 
CAPÍTULO III 
 
DOS PROCEDIMENTOS DE CREDENCIAMENTO 
 
Art. 6º. O credenciamento das instituições religiosas e de apoio será realizado da seguinte forma: 
a) Nas Unidades Penitenciárias da Região Metropolitana de Belém, o credenciamento deverá ser 
realizado pela Coordenadoria de Assistência Social-CAS. 
b) Nas Unidades Penitenciárias da Região do Interior do Estado, a Direção receberá a 
documentação (completa), da entidade interessada e enviará a CAS para pesquisa. 
c) As documentações dos representantes religiosos serão encaminhadas pela CAS à Assessoria de 
Segurança Institucional - ASI para análise. Após análise, a CAS comunicará aos interessados sobre o 
deferimento ou não do pedido de cadastro para a realização da atividade religiosa. 
d) O Credenciamento dos Grupos Religiosos e de Apoio ocorrerá nos primeiros dez dias úteis de 
cada mês. 
e) O prazo para resposta e a possível entrega da credencial, ocorrerá em até 20 (vinte) dias úteis, a 
contar do décimo dia útil. 
f) O recadastramento de grupos religiosos e de apoio e seus respectivos membros, ocorrerão 
conforme o vencimento da validade da credencial, apresentando novamente a relação de documentos 
descritos no CAPÍTULO V, art. 10º, alíneas “a,b,c,d,e,f,g” deste Regulamento, para efetivar a 
renovação

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