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Artigo Sobre Câncer UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - ICBS SETOR DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR MONITORIA DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR MONITOR: Roosevelt de Mendonça Anacleto REVISTA CIÊNCIA HOJE O câncer é considerado uma doença genética Agentes químicos e físicos do meio ambiente, ou produtos tóxicos da própria célula mutações genéticas transcrição em proteínas que mostram perda ou ganho de sua função biológica carcinogênese em genes que garantem a ordem dos eventos do ciclo de divisão celular em genes que concertam erros na replicação do material genético em genes que promovem e mantêm o estado de diferenciação celular iniciação, promoção e progressão O câncer é considerado uma doença genética É preciso haver 11.000 mutações para que uma célula normal do revestimento interno do cólon intestinal se torne cancerosa; Genes mutados que causam cânceres são chamados de oncogenes; Além do fator genético, a interação célula-célula e célula-matriz extracelular pode atuar diretamente na formação e disseminação de tumores; No ambiente extracelular ocorrem os eventos bioquímicos que levam células tumorais a se desprender e invadir o tecido vizinho, causando a metástase; Células normais e células neoplásicas As células neoplásicas proliferam mesmo sem fatores de crescimento. O câncer maligno é distinguido do tumor benigno pela sua capacidade em invadir outros tecidos e formar novos tumores. essa proliferação é a principal diferença entre uma célula normal e uma neoplásica; Células normais e células neoplásicas Para uma célula ser considerada neoplásica ela precisa apresentar: Perda do controle da proliferação e da divisão celular; Imortalização celular devido à ativação da enzima telomerase; Presença de alterações (de forma e número) nos cromossomos; Perda das propriedades adesivas da membrana plasmática, que permite o reconhecimento célula-célula e a inibição por contato do movimento e crescimento celular; Perda de função e da capacidade de diferenciação ou especialização; Capacidade para invadir o tecido vizinho e formar metástases; Capacidade de induzir a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese). Como genes normais se tornam oncogenes Acredita-se que existam mais de 100 oncogenes em células tumorais; Na maioria dos casos, foram multados genes que codificam fatores de crescimento, receptores da membrana, fatores de transcrição e enzimas quinases; Todos estão envolvidos nas vias de transmissão de sinais biológicos e no controle positivo e negativo do ciclo celular e da apoptose. Todos esses são como o Genes estão envolvidos nas vias de transmissão de sinais biológicos e no controle positivo e negativo do ciclo celular e da apoptose essa proliferação é a principal diferença entre uma célula normal e uma neoplásica; Frases foram multados genes que codificam fatores de crescimento receptores da membrana fatores de transcrição e enzimas quinases Como genes normais se tornam oncogenes O crescimento descontrolado que se verifica nas neoplasias decorre da ativação de proto-oncogenes (como c-Myc, c-Fos e c-Ras) envolvidos no controle positivo do ciclo celular. A ativação pode ser causada por mutações, deleções e translocações cromossômicas. Em certos tipos de células neoplásicas, o crescimento descontrolado devia-se ao aumento no número de cópias, à mutação ou à deleção de proto-oncogenes (como p53, RB, p21, p19, p27, BAX e BCL-2) envolvidos no controle negativo do ciclo celular e na regulação da apoptose. Telomerase e imortalização celular Telômeros: Tipos de nucleotídeos que estabilizam as extremidades dos cromossomos e tem sua síntese coordenada pela enzima telomerase Em Células embrionárias e células-tronco pluripotentes a telomerase está sempre ativa mas a inativada quando as células se diferenciam Em células somáticas diferenciadas a telomerase está desativada; A grande maioria das células neoplásicas apresentam a telomerase na forma ativa o que resulta em uma divisão celular infinita ou seja, resulta na imortalização da célula. A grande maioria das células neoplásicas apresentam a telomerase na forma ativa o que resulta em uma divisão celular infinito ou seja imortalização da célulaCélulas embrionárias e células-tronco pluripotentes a telômerase está sempre ativa mas a inativada quando as células se diferenciam em células somáticas diferenciadas através está desativada fazendo com que após o número determinado limitado divisões as células as células Parem de dividir entrando em repouso Aberrações cromossômicas e aneuploidias Uma característica marcante de células neoplásicas é a presença de núcleos de formatos aberrantes e irregulares; É comum a observação de translocações, quebras e cópias extras de braços de cromossomos em cariótipos de células neoplásicas; Já se sabe que a formação de células com aneuploidia se dá devido a uma mitose irregular; uma característica marcante de células neoplásicas é a presença de núcleos de formatos aberrantes e regulares é comum a observação de translocações e quebras e cópias extras de braços de cromossomos em cariótipos de células neoplásicas; Já se sabe que a formação de células quando eu podia se dá a uma mitose e regular no caso das células neoplásicas também se tem evidências de que quando há a presença dos oncogene myc Foz ou raiz há também alterações na mitose levando a uma separação anormal das cópias dos cromossomos No organismo adulto durante a renovação constante de células envelhecidas por novas ocorrem erros e defeitos no DNA um a cada 20 milhões de divisões celulares as falhas são identificadas e corrigidas por genes de reparo msh1 mlh pms1 e outros chamados em conjunto de nmr Aberrações cromossômicas e aneuploidias No caso das células neoplásicas também se tem evidências de que quando há a presença dos oncogene Myc, Fos ou Ras, há também alterações na mitose que levam a uma separação anormal das cópias dos cromossomos; No organismo adulto, durante a renovação tecidual, ocorrem erros e defeitos no DNA - um a cada 20 milhões de divisões celulares; As falhas são identificadas e corrigidas por genes de reparo: MSH1, MLH, PMS1 e outros. O microambiente celular e a malignidade Em torno de 90% dos tumores têm origem epitelial. Para que o tecido epitelial mantenha sua arquitetura e sua função, é necessária uma interação complexa entre as células epiteliais, as células do estroma, as terminações nervosas e os componentes da matriz extracelular. Um grande número de moléculas - produzidas no local ou a distância e capazes de atuar sobre células do estroma ou do epitélio - interfere no fenótipo ou na funcionalidade da célula. Em torno de 90% dos tumores têm origem epitelial. Tá que o tecido epitelial mantém a sua arquitetura e sua função é necessária uma interação complexa entre as células epiteliais as células do estroma as terminações nervosas e os componentes da Matriz extracelular. um grande número de moléculas produzidas no local ou a distância e capaz de atuar sobre as células do estroma ou do epitélio interfere no fenótipo ou na funcionalidade da célula. a decisão celular sobre crescimento morte ou diferenciação depende da Integração de sinais enviados ao núcleo através dos diferentes receptores de membrana ativados por esses componentes insolúveis e fatores circulantes O microambiente celular e a malignidade A decisão celular sobre crescimento, morte ou diferenciação depende da integração de sinais enviados ao núcleo através dos diferentes receptores de membrana ativados por esses componentes insolúveis e fatores circulantes. As integrinas e as cadeirinhas são dois receptores de membrana responsáveis pela interação entre as células ou a interação da célula com Matriz extracelular; Quando interagem com os componentes da matriz extracelular essas proteínas promovem a motilidade e a proliferação celular no tecido; Ensaios in vitro e in vivocom células epiteliais isoladas verificaram a influência no crescimento de tumores na retirada de componentes de um micro ambiente e de células do estroma; O microambiente celular e a malignidade Experimentos com queratinócitos e melanócitos: Se as duas células são cultivadas juntas, os queratinócitos inibem o crescimento dos melanócitos, mas essa inibição não existe quando os primeiros são cultivados junto com melanócitos malignos (melanomas). trocam caderinas E por caderinas N fixam-se no estroma e interagem com fibroblastos e células endoteliais influenciam essas células a produzirem fatores de crescimento, que podem também, evitar a resposta inmunológica mediada por células-T citotóxicas e macrófagos. O microambiente celular e a malignidade O TGF-beta1 é um hormônio que age como fator de transformação e crescimento, atuando como promotor ou como inibidor da proliferação celular; Quando há isquemia, cicatrização pós trauma, inflamação ou após irradiação, esse hormônio se acumula em grande quantidade, de modo que, ao ser ativado, estimula a produção dos componentes da ME; A alteração das células do estroma pelo TGF-beta1 auxilia o desenvolvimento de tumores induzidos pela radiação ionizante; Os tumores epiteliais tornam-se insensíveis aos efeitos inibitórios do TGF-beta1 e esse promove a angiogênese e inibem a inflamação e a resposta imunológica O beta-1 tgf-beta 1 é um hormônio que age como fator de transformação e crescimento atuando como promotor ou como inibidor da proliferação celular; Em processos de isquemia cicatrização pós trauma inflamação ou após e radiação esse hormônio se acumula em grande quantidade; que ao ser ativado estimula a produção dos componentes da Matriz extracelular; estudos indicam que a alteração das células do estroma pelo tgf-beta um auxílio ao desenvolvimento de tumores induzidos pela radiação ionizante; os tumores epiteliais tornam-se insensíveis aos efeitos inibitórios do tgf-beta um e esse promove a angiogênese e inibem a inflamação e a resposta imunológica Diferenciação celular e reprogramação gênica Células neoplásicas são consideradas tipos diferentes de células diferenciadas; A especificidade de cada tipo celular depende tanto da atividade de genes como da interação das células com outras e também com as substâncias do seu microambiente, como hormônios e fatores de crescimento; A diferenciação pode ser Irreversível mas em algumas situações o câncer pode ser reversível. Por exemplo, em alguns tipos de leucemia, as células sanguíneas neoplásicas voltaram a ser normais em doentes tratados com ácido retinóico e interferon Alfa, que estimulam o retorno da capacidade de diferenciação celular Diferenciação celular e reprogramação gênica A metilação de DNA é uma reação bioquímica que tem papel determinante na ativação ou na inibição de um grande número de genes; Se ocorrida de forma correta é crucial para que o embrião de um organismo se desenvolva normalmente; Já se ocorrer de forma inadequada, a metilação do DNA pode inativar os chamados genes supressores de tumor, o que também pode induzir o câncer. Metástase e angiogênese Para entrar nos tecidos, as célula cancerosa que viaja no sangue precisa: Para crescer e se dividir, os tumores metastáticos têm especial preferência por tecidos em cicatrização, já que, nesses locais de lesão ou infecção há presença de enzimas proteolíticas e de fatores de crescimento. expressar genes que aumentam a capacidade de aderência à parede dos vasos expressar genes que promovam a degradação da matriz extracelular expressar genes que acelerem o crescimento e a divisão celular Para crescer e se dividir os tumores metastáticos tem especial preferência por tecidos em cicatrização, já que, nesses locais de lesão ou infecção há presença de enzimas proteolíticas e de fatores de crescimento. estimula que fibroblastos e células endoteliais migram e se proliferem levando a formação das novas carteiras e vezes Essas enzimas proteolíticas são produzidas por células tumorais e por células normais e vão atuar na degradação da matriz extracelular; Além disso, essas células também produzem fatores angiogênicos estimulam a formação de mais vasos Metástase e angiogênese Essas enzimas proteolíticas são produzidas por células tumorais e por células normais e vão atuar na degradação da matriz extracelular; Além disso, essas células também produzem fatores angiogênicos que estimulam a formação de mais vasos; As proteínas angiostatina e endostatina inibem o crescimento de células endoteliais, o que dificulta a formação de novos vasos. Sua principal função é induzir células endoteliais à apoptose. As proteínas angiostatina e endostatina inibem o crescimento de células endoteliais, o que dificulta a formação de novos vasos. sua principal função é induzir células endoteliais a apoptose O desafio de reverter a malignidade Em relação ao diagnóstico de tumores, acredita-se que, com o auxílio de computadores e programas de bioinformática, os cientistas conseguirão enumerar e ordenar todos os genes e eventos químicos e biológicos envolvidos em uma massa tumoral. Tais dados permitirão elaborar modelos matemáticos que estimem graus de malignidade e padrões de comportamento de tumores em diferentes estágios, o que levará à escolha de métodos profiláticos e terapêuticos específicos para cada paciente. Quanto ao tratamento pode-se imaginar uma terapia com a combinação de várias drogas. Elas teriam que atuar em diferentes alvos, bloqueando e restabelecendo dezenas de vias bioquímicas das células neoplásicas e das células do estroma. A ação desses medicamentos reverteria o fenótipo maligno do tecido, restabelecendo funções celulares e mecanismos de reconhecimento e eliminação de células alteradas. Perspectivas de futuros diagnósticos Perspectivas de futuros tratamentos
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