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MACKENZIE, Iain. Política : conceitos-chave em filosofia. Porto Alegre: ArtMed, 2011. Três dimensões do poder, O poder e a normalização, pp. 75-82

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Nome: Gabriel Silva de Oliveira
R.A.: 22101951
Turma: UN / Vespertino
Texto: MACKENZIE, Iain. Política: conceitos-chave em filosofia. Porto Alegre: ArtMed, 2011. “Três dimensões do poder”, “O poder e a normalização”, pp. 75-82
Ian Mackenzie utiliza em seu texto, a visão de quatro importantes autores para fazer suas deliberações sobre o tema, poder. O primeiro cientista político a se atentar sobre o tema “poder” foi Robert Dahl, que deu início ao debate sobre as faces ou dimensões do poder. Foi motivado pelo período após a Segunda Guerra Mundial a pesquisar sobre a distribuição do poder na vida política Americana. (MACKENZIE, 2011, p. 75). 
Após sua pesquisa, Dahl descobriu que não era apenas uma elite que concentrava o poder, mas sim em diversos grupos de elites, chegando à definição de poder, como a capacidade de convencimento de um indivíduo sobre o outro, com a finalidade de que este realize a vontade do primeiro. (MACKENZIE, 2011, pp.75 – 76).
Tanto a visão de Dahl, quanto a de Bacharach e Baratz, são semelhantes, pois, ambas têm como definição principal o exercício do poder por indivíduos sobre outros indivíduos. Já o autor Steven Lukes, traz uma nova concepção poder em sua obra: “Poder: uma visão radical” de 1974. A visão de Lukes diz que o poder é constantemente exercido mediantes estratégias políticas de um povo sobre o outro, através do emprego do consenso sobre a população, de forma que o indivíduo age de maneira solicita sem perceber que está sendo convencido. (MACKENZIE, 2011, pp. 77 – 78).
O autor acaba por apresentar às três dimensões de poder, que são a de Dahl, onde o poder é exercido diretamente e explicitamente. A dimensão de Bacharach e Baratz que tem praticamente a mesma ideia, mas o poder é obtido implicitamente, por meio da manipulação. Por fim a dimensão de Lukes, que é definida como ideológica, ou seja, o poder é exercido por uma massa que impõem suas vontades sobre outros indivíduos, os convencendo de que esses desejos e hábitos são o correto a se fazer. (MACKENZIE, 2011, pp. 77 – 78).
Mackenzie expõe uma nova concepção de poder, essa que foi fundamentada em Foucault, onde sua concepção de poder se diferencia das tradicionais, já que ele via o poder a partir de como ele atua nas diversas relações sociais, com o intuito de construir e organizar as estruturas que promovem o senso da identidade. De acordo com Foucault, nossa identidade é formada pelas estruturas, cujas podem ser mudadas pela própria identidade, originando assim, um ciclo. (MACKENZIE, 2011, p.79).
Foucault dizia o seguinte: “o poder só é exercido através de relacionamentos”, “em toda relação há poder”, “o poder opera de baixo para cima”, “o poder não pode resistir a si mesmo”, “o poder não pode ser visto como algo negativo”. Com base nesses pontos, Foucault tinha a visão de que não se pode dizer onde está o poder, como acreditavam os demais autores, mas sim como ele é utilizado e exercido sobre uma organização. Ele coloca o Estado como opressor de algumas pessoas em favor de outras e, que se o poder vem de baixo para cima, é possível considerar que as atitudes e identidades de cada indivíduo indiretamente influenciam em um determinado grupo, que acaba por se tornar o “pico do poder” através de uma opinião formada por um grupo de pessoas que de alguma forma detém o poder. (MACKENZIE, 2011, pp. 80-82).
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