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Direitos Humanos O que são Direitos Humanos? Primeira teoria: Direitos Humanos são produtos naturais, ou seja, temos Direitos Humanos pelo simples fato de termos nascido. Nascemos e temos Direitos Humanos, esses direitos seriam da nossa essência, decorrerem diretamente do fato de sermos humanos. Eles também seriam garantidos independente de qualquer contexto, não importa o lugar em que nasci o fato de nascer humano garante os Direitos Humanos. Seria o caminho de garantir a dignidade da pessoa humana. Direitos decorrem da própria essência. Essência dos seres humanos e são reconhecidos, já estavam na natureza e vamos apenas reconhecendo eles gradativamente. São essenciais. Para reconhecer usam os lemas da Revolução Francesa: -Liberdade → direitos de primeira geração, decorrentes da liberdade dos seres humanos -Igualdade → segunda geração, equidade -Fraternidade → terceira geração, fraternidade Alguns autores falam de uma quarta geração a democracia. E a quinta geração seria paz. Uma nova geração surgir não quer dizer que os direitos da anterior foram atendidos, comtemplados. Luta diária por todos os direitos. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) falava apenas dos HOMENS e dos cidadãos, não estava incluído MULHERES e cidadãs. Mulher ainda era objeto de direito e não titular de direitos. Pós Segunda Guerra Mundial - seres humanos, homens e mulheres. Segunda teoria: teoria crítica dos Direitos Humanos, eles são resultados de um processo de luta. Não existem na natureza e foram consagrados, descobertos, eles têm sido conquistados a partir de processos de luta. Garantir a dignidade humana! Conceito material de dignidade da pessoa humana “dignidade da pessoa humana é o acesso igualitário não previamente hierarquizado aos bens necessários para uma vida digna”, premissa os direitos humanos como produtos culturais (resultados de processos de luta) se não lutarmos não temos direito e se pararmos de lutar corremos o risco de perdê-los. Teoria de gerações Conquistados a partir de um processo histórico. “Já não se fala em direitos universais, são direitos que podem ser universalizados” Permite que nos vivamos em situações diversas de conquistas de Direitos Humanos, significa que se uma sociedade lutou mais a tendência é que ela tenha mais direitos garantidos. Final: dignidade da pessoa humana. Permite a existência de sistemas regionais de direitos humanos. Não é dado é conquistado. O fim maior é que o cidadão seja empoderado pra que possa participar desse processo de luta. O direito é um caminho para conquistar o bem. Direito de ter moradia para um fim de ter a moradia. São caminhos para atendermos o final e o final é o acesso a um bem. Que todo cidadão tenha plena consciência de quais são seus direitos e a partir daí lute por eles. Etica Eros e Ananke: amor e necessidade. Totens e tabus: religião e limitação (contrato social tem como horrorosas). Cultura é responsável pela nossa miséria e infelicidade, mal-estar. Precisamos de outros homens pra estar enquanto espécie, mas com outros homens no sentimos mal. Cultura tem caráter ambíguo. A sociedade capitalista alimenta a ideologia do individualismo, cinismo, fragmentação da subjetividade e centralidade da mercadoria. Crise ética, a respeito da consciência de si, de classe, qualidade de reflexão e de autorreflexão, crise austeridade. O que fazer no mundo em que o outro não existe? Centrados no fundamentalismo: pautada em uma visão de mudo fixa. Um indivíduo é capaz de dizer que tem em si toda gama de complexidade. Sociedade ideológica Não se trata da culpabilização do indivíduo Ideologia é o roubo da nossa condição do entendimento dos processos Apresenta uma parte só como se fosse a parte total Incita o fundamentalismo como discriminadora. Esvaziamento do sentido, roubo do processo, chamando qualquer coisa de qualquer coisa. Eliane Brum: a tragédia brasileira é que a as palavras existem, mas não dizem. Se não há escuta, não há dizer. Num país em que as palavras deixam de dizer, resta o sangue. Genocídio dos negros, indígenas, LGBT. Crise de identidade. Crise de esvaziamento de sentido. Uma parte do processo é apresentado como o processo todo. Para os Guarani palavra tem sentido de alma. Ela é o que nos humaniza. Se falar abranda o sintoma é porque o problema tem a ver com a palavra!! A palavra tem a ver com o silêncio. O sintoma é a verdade singular do ser. Contexto de rua, população vulnerável. Desorganização social, distante do nosso contexto de privilégio. Desorganização urbana Desorganização psíquica Desorganização social (não se relaciona igual quem tem residência, estão sozinha desde o nascimento) Rua complexa, multifatorial. Pessoa em situação de rua: ficar na rua, circunstancialmente. Estar na rua, recentemente. Ser de rua, permanentemente. ÉTICA E DIREITOS HUMANOS etica e direitos humanos Maioria das pessoas em situação de rua são homens, adultos entre 25 e 44 anos e são negros, exercem algum tipo de atividade remunerado e costumam dormir na rua. A rua é solitária, mas a multidão é coletiva. Cidadania Artigo 1 “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição” → máxima Constituição Brasileira / Constituição Cidadã é bastante profícua (generosa) em respeito à direitos. Até a revolução francesa não tinha a ideia de cidadão tinha a lógica de súdito, ou seja, o senhor feudal ou o rei tem o ser humano, mas não como um cidadão ou como um indivíduo que pode ir contra o estado. Nesse momento tem súditos, esse súdito está para o soberano como um bem. Súdito → não é titular de direito, ele é objeto de direito! Rei é mais poderoso quando mais terra ele tiver e nessas terras mais pessoas existirem. Nesse período histórico o soberano poderia exigir que o ser humano morresse por ele ou mesmo matar aquele ser humano, caso ele n comprimisse o que se deseja. Foucault: o Estado tinha o direito de “deixar viver e fazer morrer” Revolução Francesa rompe com essa lógica → surge o cidadão. Aquele que pode pleitear direitos em face do estado. Mudança de paradigma: o estado passa a ser como um prestador de serviços para aquele cidadão. Agora: “fazer viver e deixar morrer” Cidadania: vinculado ao poder daquele cidadão de participar da vida política daquele país (votar e ser votado). Ser votado (cidadania passiva), votar (cidadania ativa). Votar para eleger representantes que exerçam o poder em seu nome. Restrições: nem todo cidadão pode votar e nem todo cidadão pode ser votado. Cidadão é o mesmo que natural? Confusão no Brasil entre cidadania e quem é natural do país. No Brasil não se admite o voto do estrangeiro e que ele seja votado. Papel dos estrangeiros: Direitos brasileiros e estrangeiros. A restrição para os estrangeiros seria no que diz respeito à possibilidade de votar e ser votado. Restrições estão regulamentadas pela lei 13455. Lei da migração: vai estabelecer como os estrangeiros podem usufruir dos direitos garantidos pela constituição. Mobilidade humana: permite que estrangeiros em alguns países tenham direito ao voto. Nessa mobilidade humana cada vez menos restrições são impostas. Mobilidade se dá pelo desejo da pessoa, mas também há um grupo de pessoas que são forçados a se deslocar → refugiadas Refugiados: ingressam em outros países a fim de tentar garantir a própria vida! Situação dos refugiados: dramática cada vez mais. Pessoas que precisam ser tratadas de forma extremamente especial para que seus direitos sejam preservados e reconhecidos Violação dos direitos humanos → paísese cidadãos se unam para garantir os direitos desses refugiados. Desenvolvimentos dos Direitos Humanos Declaração de Virgínia: “todos os homens são, por natureza, igualmente livres e independentes”. Declaração de Virgínia estabeleceu a independência dos EUA e a lógica de DH constitucionalizados (direitos fundamentais). Surge a palavra “direito à vida” e marca a consagração dos direitos constitucionais. Ela vai servir de fonte de inspiração para várias outras constituições modernas, inclusive para a declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na Revolução Francesa. Sistema que visa proteger o cidadão em relação ao arbítrio do Estado. Surge, então, a figura do cidadão que vai se sedimentar com a revolução francesa. Para teórica tradicional os Direitos Humanos são produtos naturais (decorrem da própria essência dos seres humanos) → apenas descobertos com o passar do tempo → Direitos Humanos como sendo consagrados. Para teórica crítica concede-nos Direitos Humanos como produtos culturais (podemos ter Direitos Humanos se lutarmos por eles, resultados provisórios de processos de luta) → foram conquistados → Direitos Humanos como sendo construídos, conquistados. Primeiro documento foi no Egito em 1250 a.C. → 10 mandamentos Impunham regras de conduta com fim de atender Direitos Humanos → regras de caráter geral. China século IV a.C. → teoria do amor universal Trata dessa relação entre os seres humanos. Roma 450 a.C. → lei das doze tábuas Direitos e deveres. Direitos e deveres recíprocos em relação aos cidadãos e com a Revolução Francesa em relação com o cidadão e o estado. Magna Carta 1215 → ela não foi um documento criado para proteger o súdito do rei, ela foi um documento exigido pelos barões das terras e pelo clero para se protegerem do absolutismo do rei. Era uma carta que visava regulamentar/regular a relação de poderosos. Essência da Magna Carta: Tinha como objetivo cessar as hostilidades entre o rei e os barões do reino. Ela traz: O princípio do devido processo legal de ampla defesa e do contraditório. Que a toda pessoa é garantido devido processo legal no que inclui o contraditório e a ampla defesa. A grande lógica da carta é ela começar a esboçar a figura do cidadão ela começa a trazer os detalhes pelos quais os documentos futuros vão reconhecer o ser humano como alguém titular de direitos e não mais objeto de direito. É um rompimento histórico. Justifica essas cartas como instrumento de Direitos Humanos: Naturais → os documentos representaram momentos nos quais aqueles Direitos Humanos que já existiam foram sendo consagrados. Crítica → eles podem ser tidos como aqueles que criaram Direitos Humanos a partir de processos de luta. Como foi incorporado ao Nosso patrimônio, seja ele essencial ao ser humano ou cultural resultado de processos de luta. Revolução Francesa: rompeu com o estado absolutista Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão → muda o paradigma e começa a contemplar o ser humano como titular de direito e não mais objeto de direito. Não existia a mulher como titular de direito, ela ainda era objeto de direito. Durante a revolução francesa Olympe de Gouges lutou pelos direitos das mulheres. Alterou o gênero das palavras da declaração e foi até a assembleia e fez a leitura da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã → não aceitaram essa declaração e ceifaram a vida de Olympe. Começo do movimento pela garantia dos direitos da mulher e da cidadã. Lemas da Revolução Francesa: Liberdade Igualdade Fraternidade Esse lema é usado para definir as gerações dos Direitos Humanos. Ir para outra geração não significa que a anterior foi realizada! Cenário pós guerra é aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos - seres humanos (homens e mulheres). Marco no sistema internacional dos Direitos Humanos. Partem da premissa que os seres humanos já nascem com Direitos Humanos. DIREITOS HUMANOS SÃO DIREITOS DE TODOS INDEPENDENTE DE RAÇA, COR, GÊNERO. Abolição da escravatura Criação da Cruz vermelha Revolução de não violência de Mahatma Gandhi Discurso “Eu tenho um sonho...” Verifica-se que a distinção precípua entre Direitos Humanos e Direitos Fundamentais é no plano de consagração. O primeiro, universal, reconhecido a todos os seres humanos, embora nem sempre positivado; o segundo, nacional, reconhecido pela Constituição ou leis de cada país. Os Direitos Humanos têm como uma de suas principais funções proteger o cidadão em relação ao Estado. Estamos diante da “eficácia vertical” dos direitos humanos. “Eficácia horizontal” a aplicação destes direitos previstos na Constituição da República nas relações entre os indivíduos. Pela eficácia horizontal dos Direitos Fundamentais, as relações contratuais, de Direito de Família, associativas, ou seja, particulares em geral, também devem ser limitadas pelos Direitos Fundamentais. Os Direitos Fundamentais têm eficácia vertical, por serem oponíveis contra o Estado, como direitos de defesa individual perante o arbítrio de poder que este eventualmente possa exercer. Podemos afirmar que a eficácia vertical é a observância dos Direitos Fundamentais nas relações entre o Estado e o particular. Sistemas Regionais de Protecao dos Direitos Humanos Sistema Europeu, o Sistema Interamericano, o Sistema Africano e Sistema Islamo-Árabe de Direitos Humanos. Sistema regional → adaptar o geral para a realidade local. Sistema Europeu de Direitos Humanos Após a Segunda Guerra Mundial. Conselho da Europa → Sistema Europeu de Direitos humanos. Corte Europeia → cidadão levar demandas até essa corte. Faz papel jurisdicional. Foi um mecanismo para impedir que os horrores da Guerra voltassem a ocorrer e buscar a unificação da Europa (reafirmar a importância dos direitos humanos). Mais importante → Corte Europeia de Direitos Humano (por meio do Protocolo n⁰ 11) → direito de petição para indivíduos, passaram a ter a possibilidade de demandar diretamente perante a Corte no caso de violações de direitos humanos. Sistema Interamericano de Direitos Humanos Três temas → a Convenção Americana, a Comissão Interamericana e a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Comissão → garante a aplicação da Convenção. Não é jurisdicional. Cidadãos apresentam petições. Corte → jurisdicional. 7 juízes eleitos a título pessoal. Consultiva e Contenciosa (cidadão pode buscar). Garante vários direitos e tem como atribuições: prever a adoção de medidas adequadas à proteção desses direitos; preparar estudos e relatórios; solicitar aos governos informações relativas; e submeter um relatório anual. Petição → Comissão → verifica se preenche os requisitos da Convenção → Comissão toma uma decisão → arquiva ou não a petição → envia para Corte Interamericana de Direitos Humanos. Corte → atribuições consultivas → emite uma Opinião Consultiva sobre algum tema→ atribuição contenciosa, quando decide sobre alguma denúncia de violação de direitos humanos. Sistema Africano de Direitos Humanos Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos → quatro particularidades: atenção às tradições históricas e aos valores da civilização africana; gramática dos “direitos dos povos” (preocupação com a comunidade que está inserido); direitos civis e políticos (primeira geração: liberdade), direitos econômicos, sociais e culturais (segunda geração: igualdade); deveres ao lado dos direitos. Comissão. Corte → consultiva e contenciosa. O particular só pode demandar se o Estado concordar. SistemaIslamo-Árabe de Direitos Humanos Traço religioso. Contexto social local. Declaração Islâmica Universal dos Direitos Humanos, a Declaração do Cairo de Direitos Humanos no Islã e a Carta Árabe de Direitos Humanos. Quais são os sistemas regionais de Direitos Humanos? Diversidade Cultural e Direitos Humanos A globalização cultural → debate sobre a homogeneização cultural, localismo e transculturação. Se estende para os direitos humanos, são concebidos como produtos culturais. Direitos Humanos → universais e devem ser garantidos a todos os seres humanos, desde o nascimento (naturais). Comparato → não têm efeito vinculante, trata-se de uma “recomendação”. Respeitar a diversidade cultural e o direito dos povos. O absolutismo e o relativismo cultural Direitos Humanos → inatos, homogêneo, aplicável e exigível em todo o planeta. Absolutismo cultural → todos estaremos sujeitos aos mesmos direitos e deveres. Absolutismo rígido → supremacia de uns em relação a outros. Garantir que a diversidade cultural não seja usada para limitar os Direitos Humanos. Embate entre as correntes universalistas e relativistas. Buscar um diálogo. Relativistas → Direitos Humanos são produtos culturais. Consideração o contexto social local e o anseio de seus integrantes. Não se pode adotar um localismo puro → universalismo de retas paralelas (realidades locais que não interagem). Universalismo de retas paralelas deve ser desprezados → construído interação humana e cultural: universalismo de chegada (diálogo e busca uma generalização que busca potencializar ambos os sistemas). Não se pode ter concepções pré-concebidas → ignorar o contexto social. Os debates devem ser realizados dentro de seus contextos sociais e sem preconceitos. O direito à vida não possui a validade universal que a priori lhe é atribuída, ele depende do contexto no qual os seres humanos estão inseridos. Teoria Tradicional → universalismo é ponto de partida. Teoria Crítica → universalismo é ponto de chegada. A diversidade cultural deve conviver de forma harmônica com os direitos humanos consagrados em nível internacional PORQUE A diversidade cultural não pode ser invocada para impedir a garantia ou mesmo justificar a ÉTICA E DIREITOS HUMANOS etica e direitos humanos violação de direitos humanos. → verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Os direitos fundamentais na constituicao de 1988 Povo tem o poder de eleger quais os direitos eles querem que sejam contemplados. Direitos sociais → trabalho. Nacionalidade → natural do país. Políticos → votar e ser votado. Partidos políticos. Todos esses direitos são tidos como Direitos Fundamentais. Núcleo imodificável da Constituição → cláusulas pétreas. Não pode ser alterado. Reserva de justiça daquela Constituição. Cláusulas pétreas do Brasil → A forma federativa de Estado; O voto direto, secreto, universal e periódico; A separação dos Poderes; Os direitos e garantias individuais. Impossíveis de serem modificados os direitos e garantias fundamentais constantes dos seguintes tratados e convenções: - Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. - Tratado de Marraqueche. Para que um tratado ou convenção internacional passe a ter validade no Brasil, ele precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, por meio de um Decreto Legislativo, e, posteriormente, promulgado por meio de um Decreto do Presidente da República. Anteriormente à Emenda Constitucional têm hierarquia constitucional. Esse entendimento decorre de quatro argumentos: a) a interpretação sistemática da Constituição b) a lógica e racionalidade material que devem orientar a hermenêutica dos direitos humanos; c) a necessidade de evitar interpretações que apontem a agudos anacronismos da ordem jurídica; e d) a teoria geral da recepção do Direito brasileiro. Os preceitos previstos no art. 60, §4°, da Constituição Federal → não podem ser alterados, sequer por Emenda Constitucional. Solucao para a colisao de principios Princípios (abstração maior, depende de um processo de concretização, até chegar em regras) ao lado das regras (abstração menor, concreta) são normas. Normas → razões para se agir desta ou daquela forma. Conflito entre as regras poderá ser solucionado: 1. Pela inclusão de uma cláusula de exceção em uma das regras; 2. Pelo reconhecimento de invalidade de uma das regras; 3. Pela conclusão de inaplicabilidade de uma das regras ao caso. Sem cláusula → outros métodos. Métodos → regra mais nova em face da anterior, a regra especial em face da geral e adotando aquela exarada pela autoridade competente ou hierarquicamente superior. Os conflitos entre regras devem ser solucionados numa perspectiva de tudo ou nada. Colisões de princípios (processo de ponderação): Não existe princípio absoluto, todos os princípios são relativos. Não existe princípios nulos. Não existe uma hierarquia fixa entre os princípios. Colisões de princípios → um princípio prevalece sobre outro em uma condição. Não quer dizer que ele irá prevalecer sempre (ponderação). Relação de precedência condicionada para decidir qual princípio prevalece. Não deixam de existir, se conformam de acordo com determinadas condições. Quando se depara com um conflito de regras, no qual a aplicação de uma regra exclui a possibilidade de aplicação da outra, cabe ao intérprete solucionar tal conflito: I) pela inclusão de uma cláusula de exceção em uma das regras; II) pelo reconhecimento de invalidade de uma das regras, eliminando-a do ordenamento jurídico; ou III) pela conclusão de inaplicabilidade de uma das regras ao caso. Todas estão certas. Igualdade na ordem constitucional Todos são iguais perante a lei. Princípio da igualdade deve ser concretizado na prática. Igualdade material → todos os seres humanos, de acordo com as suas características pessoais. As pessoas são desiguais, tomar cuidado para que a aplicação da lei não gere mais desigualdades. Seria uma equidade! Igualdade material → buscar por meio da aplicação da lei superar eventuais desigualdades que são naturais dos seres humanos. Igualdade formal (plena) → isonomia. Todos são iguais perante a lei. Não é um simples aplicar da lei. Não se pode garantir tratamento igual para todos porque algumas pessoas merecem o tratamento desigual. Cotas → igualdade de acesso e desigualdade de nota. Casais homoafetivos → não tem os seus direitos reconhecidos por leis, mas tiveram seus direitos reconhecidos e garantidos a partir de decisões judiciais, por meio da aplicação do princípio da igualdade. O preceito constitucional que prevê que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” consagra a → Igualdade formal. Liberdade na Ordem Constitucional Quatro liberdades essenciais: a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a liberdade de viver sem penúria e a liberdade de viver sem medo. Liberdade geral (legalidade). Abusar do direito de liberdade pode trazer punições. Liberdade de cátedra → professor tem direito de se expressar. Liberdade de expressão É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. O direito de expressar-se livremente é fundamental, mas tal liberdade não é absoluta e inconsequente. Relativizada em relações a outros direitos. Meu direito de expressar-me livremente soma-se o direito do outro tambémexpressar-se livremente. Discurso de ódio → abuso do direito de liberdade de expressão. Liberdade religiosa Liberdade de crença e não crença (mais amplo do que liberdade religiosa). Assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Acaba sendo o contraponto pra laicidade do Estado. Segundo o Presidente Franklin D. Roosevelt, dos Estados Unidos, os seres humanos necessitam de quatro liberdades essenciais para viverem → a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a liberdade de viver sem penúria e a liberdade de viver sem medo. Fraternidade na Ordem Constitucional Homens não são inimigos, são amigos. Solidariedade quase sinônimo de fraternidade. O meu direito vai até onde vai o do outro. Solidariedade consiste na preocupação com a situação alheia, passa pela empatia. Coloca no lugar do outro e percebe que ele merece um tratamento desigual. Solidariedade → transgeracional. Meio ambiente. Contrato de justiça social. Solidariedade intergeracional → geração tem obrigações em relação a outras gerações. Vantagens e onerosidades. Planos de saúde e Previdência: Não é uma capitalização (deposita depois saca). É solidariedade, todos contribuem e todos sacam de acordo com sua necessidade. Uma opção para o sistema baseado na solidariedade é o chamado de sistema de capitalização. O art. 225 da Constituição (BRASIL, 1988) prevê: “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. I- A obrigatoriedade de se preocupar com as futuras gerações decorre do princípio da solidariedade intergeracional. II- O princípio da solidariedade impõe ao Poder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes gerações. III- O referido preceito constitucional não está relacionado ao princípio da solidariedade. I e II, apenas. A solidariedade tem grande importância no Sistema da Saúde Suplementar, ou seja, nos Planos de Saúde, PORQUE c ada segurado do Plano de Saúde contribui para os próprios procedimentos, num sistema de capitalização. → I verdadeira, II é falsa. Temos Direitos Humanos! E os nossos deveres? Muitos dos direitos vigentes não se aplicam às pessoas que não preenchem os pré-requisitos dos seus criadores. Duas espécies de deveres: os conexos, com direitos fundamentais (ou deveres fundamentais correlativos a direitos) e os deveres autônomos. Deveres conexos com direitos fundamentais → estão ligados aos direitos fundamentais (Ex.: meio ambiente. Direito ao meio ambiente e dever de proteger). Direito que traz um dever. Deveres autônomos → não estão diretamente relacionados a direitos fundamentais (Ex.: pagar impostos). Inter-relação indireta. “Administração Pública dialógica” → construída a partir do diálogo constante com os cidadãos. Defender Direitos Humanos não é uma questão de ideologia é uma questão de fraternidade. Da leitura do texto da Constituição de 1988 é possível extrair, além de direitos fundamentais, também deveres humanos que devem ser observados por todos. I- Votar para escolher nossos governantes, cumprir as leis e respeitar os direitos sociais de outras pessoas. II- Educar e proteger nossos semelhantes e proteger a natureza. III- Proteger o patrimônio público e social do País, colaborar com as autoridades e levar vantagem em todos os momentos. I e II, apenas. No caso dos deveres conexos com direitos fundamentais a sua observância é obrigatória PORQUE Somente assim podem ser garantidos os direitos fundamentais de todos, razão pela qual a todos são impostos deveres fundamentais → I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
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