Buscar

Ética e direitos humanos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Direitos Humanos 
 O que são Direitos Humanos? 
 Primeira teoria: Direitos Humanos são produtos 
naturais, ou seja, temos Direitos Humanos pelo simples 
fato de termos nascido. Nascemos e temos Direitos 
Humanos, esses direitos seriam da nossa essência, 
decorrerem diretamente do fato de sermos humanos. Eles 
também seriam garantidos independente de qualquer 
contexto, não importa o lugar em que nasci o fato de 
nascer humano garante os Direitos Humanos. Seria o 
caminho de garantir a dignidade da pessoa humana. 
Direitos decorrem da própria essência. Essência dos seres 
humanos e são reconhecidos, já estavam na natureza e 
vamos apenas reconhecendo eles gradativamente. São 
essenciais. 
 Para reconhecer usam os lemas da Revolução Francesa: 
-Liberdade → direitos de primeira geração, decorrentes 
da liberdade dos seres humanos 
-Igualdade → segunda geração, equidade 
-Fraternidade → terceira geração, fraternidade 
Alguns autores falam de uma quarta geração a 
democracia. E a quinta geração seria paz. 
 Uma nova geração surgir não quer dizer que os direitos 
da anterior foram atendidos, comtemplados. 
 Luta diária por todos os direitos. 
 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) 
falava apenas dos HOMENS e dos cidadãos, não estava 
incluído MULHERES e cidadãs. Mulher ainda era objeto de 
direito e não titular de direitos. 
Pós Segunda Guerra Mundial - seres humanos, homens e 
mulheres. 
 
Segunda teoria: teoria crítica dos Direitos Humanos, eles 
são resultados de um processo de luta. Não existem na 
natureza e foram consagrados, descobertos, eles têm sido 
conquistados a partir de processos de luta. Garantir a 
dignidade humana! Conceito material de dignidade da 
pessoa humana “dignidade da pessoa humana é o acesso 
igualitário não previamente hierarquizado aos bens 
necessários para uma vida digna”, premissa os direitos 
humanos como produtos culturais (resultados de 
processos de luta) se não lutarmos não temos direito e se 
pararmos de lutar corremos o risco de perdê-los. 
 Teoria de gerações 
 Conquistados a partir de um processo histórico. 
“Já não se fala em direitos universais, são direitos que 
podem ser universalizados” 
 Permite que nos vivamos em situações diversas de 
conquistas de Direitos Humanos, significa que se uma 
sociedade lutou mais a tendência é que ela tenha mais 
direitos garantidos. Final: dignidade da pessoa 
humana. Permite a existência de sistemas regionais de 
direitos humanos. Não é dado é conquistado. 
O fim maior é que o cidadão seja empoderado pra que 
possa participar desse processo de luta. 
 O direito é um caminho para conquistar o bem. Direito 
de ter moradia para um fim de ter a moradia. São 
caminhos para atendermos o final e o final é o acesso a 
um bem. 
 
 
 Que todo cidadão tenha plena consciência de quais são 
seus direitos e a partir daí lute por eles. 
Etica 
 Eros e Ananke: amor e necessidade. 
 Totens e tabus: religião e limitação (contrato social tem 
como horrorosas). 
 Cultura é responsável pela nossa miséria e infelicidade, 
mal-estar. 
 Precisamos de outros homens pra estar enquanto 
espécie, mas com outros homens no sentimos mal. 
Cultura tem caráter ambíguo. 
 A sociedade capitalista alimenta a ideologia do 
individualismo, cinismo, fragmentação da subjetividade e 
centralidade da mercadoria. 
 Crise ética, a respeito da consciência de si, de classe, 
qualidade de reflexão e de autorreflexão, crise 
austeridade. 
 O que fazer no mundo em que o outro não existe? 
Centrados no fundamentalismo: pautada em uma visão de 
mudo fixa. Um indivíduo é capaz de dizer que tem em si 
toda gama de complexidade. 
 Sociedade ideológica 
 Não se trata da culpabilização do indivíduo 
 Ideologia é o roubo da nossa condição do entendimento 
dos processos 
 Apresenta uma parte só como se fosse a parte total 
 Incita o fundamentalismo como discriminadora. 
Esvaziamento do sentido, roubo do processo, chamando 
qualquer coisa de qualquer coisa. 
Eliane Brum: a tragédia brasileira é que a as palavras 
existem, mas não dizem. Se não há escuta, não há dizer. 
Num país em que as palavras deixam de dizer, resta o 
sangue. 
Genocídio dos negros, indígenas, LGBT. 
Crise de identidade. 
Crise de esvaziamento de sentido. 
 Uma parte do processo é apresentado como o processo 
todo. 
 Para os Guarani palavra tem sentido de alma. Ela é o 
que nos humaniza. 
Se falar abranda o sintoma é porque o problema tem a 
ver com a palavra!! 
 A palavra tem a ver com o silêncio. 
O sintoma é a verdade singular do ser. 
 
Contexto de rua, população vulnerável. 
Desorganização social, distante do nosso contexto de 
privilégio. 
 
Desorganização urbana 
Desorganização psíquica 
Desorganização social (não se relaciona igual quem tem 
residência, estão sozinha desde o nascimento) 
 
Rua complexa, multifatorial. 
Pessoa em situação de rua: ficar na rua, 
circunstancialmente. 
Estar na rua, recentemente. 
Ser de rua, permanentemente. 
ÉTICA E DIREITOS HUMANOS etica e direitos humanos 
Maioria das pessoas em situação de rua são homens, 
adultos entre 25 e 44 anos e são negros, exercem algum 
tipo de atividade remunerado e costumam dormir na rua. 
A rua é solitária, mas a multidão é coletiva. 
Cidadania 
 Artigo 1 “Todo o poder emana do povo, que o exerce por 
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta constituição” → máxima 
 Constituição Brasileira / Constituição Cidadã é bastante 
profícua (generosa) em respeito à direitos. 
 Até a revolução francesa não tinha a ideia de cidadão 
tinha a lógica de súdito, ou seja, o senhor feudal ou o rei 
tem o ser humano, mas não como um cidadão ou como um 
indivíduo que pode ir contra o estado. Nesse momento tem 
súditos, esse súdito está para o soberano como um bem. 
 Súdito → não é titular de direito, ele é objeto de direito! 
 Rei é mais poderoso quando mais terra ele tiver e nessas 
terras mais pessoas existirem. Nesse período histórico o 
soberano poderia exigir que o ser humano morresse por ele 
ou mesmo matar aquele ser humano, caso ele n 
comprimisse o que se deseja. 
 Foucault: o Estado tinha o direito de “deixar viver e 
fazer morrer” 
 Revolução Francesa rompe com essa lógica → surge o 
cidadão. 
 Aquele que pode pleitear direitos em face do estado. 
 Mudança de paradigma: o estado passa a ser como um 
prestador de serviços para aquele cidadão. 
 Agora: “fazer viver e deixar morrer” 
 Cidadania: vinculado ao poder daquele cidadão de 
participar da vida política daquele país (votar e ser 
votado). Ser votado (cidadania passiva), votar (cidadania 
ativa). 
 Votar para eleger representantes que exerçam o poder 
em seu nome. 
 Restrições: nem todo cidadão pode votar e nem todo 
cidadão pode ser votado. 
Cidadão é o mesmo que natural? 
Confusão no Brasil entre cidadania e quem é natural do 
país. No Brasil não se admite o voto do estrangeiro e que 
ele seja votado. 
 Papel dos estrangeiros: 
 Direitos brasileiros e estrangeiros. 
 A restrição para os estrangeiros seria no que diz 
respeito à possibilidade de votar e ser votado. 
 Restrições estão regulamentadas pela lei 13455. 
Lei da migração: vai estabelecer como os estrangeiros 
podem usufruir dos direitos garantidos pela constituição. 
 Mobilidade humana: permite que estrangeiros em alguns 
países tenham direito ao voto. Nessa mobilidade humana 
cada vez menos restrições são impostas. 
 Mobilidade se dá pelo desejo da pessoa, mas também há 
um grupo de pessoas que são forçados a se deslocar → 
refugiadas 
Refugiados: ingressam em outros países a fim de tentar 
garantir a própria vida! 
Situação dos refugiados: dramática cada vez mais. 
 Pessoas que precisam ser tratadas de forma 
extremamente especial para que seus direitos sejam 
preservados e reconhecidos 
 Violação dos direitos humanos → paísese cidadãos se 
unam para garantir os direitos desses refugiados. 
Desenvolvimentos dos Direitos Humanos 
 Declaração de Virgínia: “todos os homens são, por 
natureza, igualmente livres e independentes”. 
 Declaração de Virgínia estabeleceu a independência dos 
EUA e a lógica de DH constitucionalizados (direitos 
fundamentais). Surge a palavra “direito à vida” e marca 
a consagração dos direitos constitucionais. 
 Ela vai servir de fonte de inspiração para várias outras 
constituições modernas, inclusive para a declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão na Revolução Francesa. 
Sistema que visa proteger o cidadão em relação ao 
arbítrio do Estado. Surge, então, a figura do cidadão que 
vai se sedimentar com a revolução francesa. 
 Para teórica tradicional os Direitos Humanos são 
produtos naturais (decorrem da própria essência dos 
seres humanos) → apenas descobertos com o passar do 
tempo → Direitos Humanos como sendo consagrados. 
 Para teórica crítica concede-nos Direitos Humanos como 
produtos culturais (podemos ter Direitos Humanos se 
lutarmos por eles, resultados provisórios de processos de 
luta) → foram conquistados → Direitos Humanos como 
sendo construídos, conquistados. 
 
Primeiro documento foi no Egito em 1250 a.C. → 10 
mandamentos 
Impunham regras de conduta com fim de atender 
Direitos Humanos → regras de caráter geral. 
 
China século IV a.C. → teoria do amor universal 
Trata dessa relação entre os seres humanos. 
 
Roma 450 a.C. → lei das doze tábuas 
Direitos e deveres. 
 
Direitos e deveres recíprocos em relação aos cidadãos e 
com a Revolução Francesa em relação com o cidadão e o 
estado. 
 
Magna Carta 1215 → ela não foi um documento criado 
para proteger o súdito do rei, ela foi um documento 
exigido pelos barões das terras e pelo clero para se 
protegerem do absolutismo do rei. Era uma carta que 
visava regulamentar/regular a relação de poderosos. 
 Essência da Magna Carta: Tinha como objetivo cessar as 
hostilidades entre o rei e os barões do reino. 
 Ela traz: 
O princípio do devido processo legal de ampla defesa e do 
contraditório. 
Que a toda pessoa é garantido devido processo legal no 
que inclui o contraditório e a ampla defesa. 
A grande lógica da carta é ela começar a esboçar a figura 
do cidadão ela começa a trazer os detalhes pelos quais os 
documentos futuros vão reconhecer o ser humano como 
alguém titular de direitos e não mais objeto de direito. É 
um rompimento histórico. 
 Justifica essas cartas como instrumento de Direitos 
Humanos: 
Naturais → os documentos representaram momentos nos 
quais aqueles Direitos Humanos que já existiam foram 
sendo consagrados. 
Crítica → eles podem ser tidos como aqueles que criaram 
Direitos Humanos a partir de processos de luta. 
 Como foi incorporado ao Nosso patrimônio, seja ele 
essencial ao ser humano ou cultural resultado de processos 
de luta. 
 Revolução Francesa: rompeu com o estado absolutista 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão → muda o 
paradigma e começa a contemplar o ser humano como 
titular de direito e não mais objeto de direito. 
 Não existia a mulher como titular de direito, ela ainda 
era objeto de direito. 
 Durante a revolução francesa Olympe de Gouges lutou 
pelos direitos das mulheres. Alterou o gênero das 
palavras da declaração e foi até a assembleia e fez a 
leitura da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã 
→ não aceitaram essa declaração e ceifaram a vida de 
Olympe. 
 Começo do movimento pela garantia dos direitos da 
mulher e da cidadã. 
Lemas da Revolução Francesa: 
Liberdade 
Igualdade 
Fraternidade 
 Esse lema é usado para definir as gerações dos Direitos 
Humanos. 
Ir para outra geração não significa que a anterior foi 
realizada! 
 Cenário pós guerra é aprovada a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos - seres humanos (homens e 
mulheres). Marco no sistema internacional dos Direitos 
Humanos. 
Partem da premissa que os seres humanos já nascem com 
Direitos Humanos. 
DIREITOS HUMANOS SÃO DIREITOS DE TODOS 
INDEPENDENTE DE RAÇA, COR, GÊNERO. 
Abolição da escravatura 
Criação da Cruz vermelha 
Revolução de não violência de Mahatma Gandhi 
Discurso “Eu tenho um sonho...” 
 
Verifica-se que a distinção precípua entre Direitos 
Humanos e Direitos Fundamentais é no plano de 
consagração. O primeiro, universal, reconhecido a todos os 
seres humanos, embora nem sempre positivado; o 
segundo, nacional, reconhecido pela Constituição ou leis de 
cada país. 
 
Os Direitos Humanos têm como uma de suas principais 
funções proteger o cidadão em relação ao Estado. 
Estamos diante da “eficácia vertical” dos direitos 
humanos. 
 “Eficácia horizontal” a aplicação destes direitos 
previstos na Constituição da República nas relações entre 
os indivíduos. 
 Pela eficácia horizontal dos Direitos Fundamentais, as 
relações contratuais, de Direito de Família, associativas, 
ou seja, particulares em geral, também devem ser 
limitadas pelos Direitos Fundamentais. 
 Os Direitos Fundamentais têm eficácia vertical, por 
serem oponíveis contra o Estado, como direitos de defesa 
individual perante o arbítrio de poder que este 
eventualmente possa exercer. Podemos afirmar que a 
eficácia vertical é a observância dos Direitos 
Fundamentais nas relações entre o Estado e o 
particular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistemas Regionais de Protecao dos Direitos 
Humanos 
Sistema Europeu, o Sistema Interamericano, o Sistema 
Africano e Sistema Islamo-Árabe de Direitos Humanos. 
 Sistema regional → adaptar o geral para a realidade 
local. 
 
Sistema Europeu de Direitos Humanos 
 Após a Segunda Guerra Mundial. 
 Conselho da Europa → Sistema Europeu de Direitos 
humanos. 
 Corte Europeia → cidadão levar demandas até essa 
corte. Faz papel jurisdicional. 
 Foi um mecanismo para impedir que os horrores da 
Guerra voltassem a ocorrer e buscar a unificação da 
Europa (reafirmar a importância dos direitos humanos). 
 Mais importante → Corte Europeia de Direitos Humano 
(por meio do Protocolo n⁰ 11) → direito de petição para 
indivíduos, passaram a ter a possibilidade de demandar 
diretamente perante a Corte no caso de violações de 
direitos humanos. 
 
Sistema Interamericano de Direitos Humanos 
 Três temas → a Convenção Americana, a Comissão 
Interamericana e a Corte Interamericana de Direitos 
Humanos. 
 Comissão → garante a aplicação da Convenção. Não é 
jurisdicional. Cidadãos apresentam petições. 
 Corte → jurisdicional. 7 juízes eleitos a título pessoal. 
Consultiva e Contenciosa (cidadão pode buscar). 
 Garante vários direitos e tem como atribuições: prever 
a adoção de medidas adequadas à proteção desses 
direitos; preparar estudos e relatórios; solicitar aos 
governos informações relativas; e submeter um relatório 
anual. 
 Petição → Comissão → verifica se preenche os 
requisitos da Convenção → Comissão toma uma decisão → 
arquiva ou não a petição → envia para Corte 
Interamericana de Direitos Humanos. 
 Corte → atribuições consultivas → emite uma Opinião 
Consultiva sobre algum tema→ atribuição contenciosa, 
quando decide sobre alguma denúncia de violação de 
direitos humanos. 
 
Sistema Africano de Direitos Humanos 
 Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos → 
quatro particularidades: atenção às tradições históricas e 
aos valores da civilização africana; gramática dos 
“direitos dos povos” (preocupação com a comunidade que 
está inserido); direitos civis e políticos (primeira geração: 
liberdade), direitos econômicos, sociais e culturais 
(segunda geração: igualdade); deveres ao lado dos 
direitos. 
 Comissão. 
 
 
 Corte → consultiva e contenciosa. O particular só pode 
demandar se o Estado concordar. 
 
SistemaIslamo-Árabe de Direitos Humanos 
 Traço religioso. Contexto social local. 
 Declaração Islâmica Universal dos Direitos Humanos, a 
Declaração do Cairo de Direitos Humanos no Islã e a 
Carta Árabe de Direitos Humanos. 
 
Quais são os sistemas regionais de Direitos Humanos? 
 
Diversidade Cultural e Direitos Humanos 
 A globalização cultural → debate sobre a 
homogeneização cultural, localismo e transculturação. Se 
estende para os direitos humanos, são concebidos como 
produtos culturais. 
 Direitos Humanos → universais e devem ser garantidos 
a todos os seres humanos, desde o nascimento (naturais). 
 Comparato → não têm efeito vinculante, trata-se de 
uma “recomendação”. 
 Respeitar a diversidade cultural e o direito dos povos. 
 
O absolutismo e o relativismo cultural 
 Direitos Humanos → inatos, homogêneo, aplicável e 
exigível em todo o planeta. 
 Absolutismo cultural → todos estaremos sujeitos aos 
mesmos direitos e deveres. 
 Absolutismo rígido → supremacia de uns em relação a 
outros. 
 Garantir que a diversidade cultural não seja usada para 
limitar os Direitos Humanos. 
 Embate entre as correntes universalistas e 
relativistas. Buscar um diálogo. 
 Relativistas → Direitos Humanos são produtos 
culturais. Consideração o contexto social local e o anseio de 
seus integrantes. 
 Não se pode adotar um localismo puro → universalismo 
de retas paralelas (realidades locais que não interagem). 
 Universalismo de retas paralelas deve ser desprezados 
→ construído interação humana e cultural: universalismo 
de chegada (diálogo e busca uma generalização que busca 
potencializar ambos os sistemas). 
 Não se pode ter concepções pré-concebidas → ignorar o 
contexto social. 
 Os debates devem ser realizados dentro de seus 
contextos sociais e sem preconceitos. 
 O direito à vida não possui a validade universal que a 
priori lhe é atribuída, ele depende do contexto no qual os 
seres humanos estão inseridos. 
 Teoria Tradicional → universalismo é ponto de partida. 
 Teoria Crítica → universalismo é ponto de chegada. 
A diversidade cultural deve conviver de forma harmônica 
com os direitos humanos consagrados em nível 
internacional PORQUE A diversidade cultural não pode ser 
invocada para impedir a garantia ou mesmo justificar a 
ÉTICA E DIREITOS HUMANOS etica e direitos humanos 
violação de direitos humanos. → verdadeiras, e a II é 
uma justificativa correta da I. 
 
Os direitos fundamentais na constituicao de 1988 
 Povo tem o poder de eleger quais os direitos eles querem 
que sejam contemplados. 
 Direitos sociais → trabalho. 
 Nacionalidade → natural do país. 
 Políticos → votar e ser votado. 
 Partidos políticos. 
 Todos esses direitos são tidos como Direitos 
Fundamentais. 
 Núcleo imodificável da Constituição → cláusulas pétreas. 
Não pode ser alterado. Reserva de justiça daquela 
Constituição. 
 Cláusulas pétreas do Brasil → A forma federativa de 
Estado; O voto direto, secreto, universal e periódico; A 
separação dos Poderes; Os direitos e garantias 
individuais. 
 Impossíveis de serem modificados os direitos e 
garantias fundamentais constantes dos seguintes 
tratados e convenções: 
- Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 
- Tratado de Marraqueche. 
 Para que um tratado ou convenção internacional passe a 
ter validade no Brasil, ele precisa ser aprovado pelo 
Congresso Nacional, por meio de um Decreto Legislativo, e, 
posteriormente, promulgado por meio de um Decreto do 
Presidente da República. 
 Anteriormente à Emenda Constitucional têm hierarquia 
constitucional. 
 Esse entendimento decorre de quatro argumentos: a) a 
interpretação sistemática da Constituição b) a lógica e 
racionalidade material que devem orientar a hermenêutica 
dos direitos humanos; c) a necessidade de evitar 
interpretações que apontem a agudos anacronismos da 
ordem jurídica; e d) a teoria geral da recepção do Direito 
brasileiro. 
 
Os preceitos previstos no art. 60, §4°, da Constituição 
Federal → não podem ser alterados, sequer por Emenda 
Constitucional. 
 
Solucao para a colisao de principios 
 Princípios (abstração maior, depende de um processo de 
concretização, até chegar em regras) ao lado das regras 
(abstração menor, concreta) são normas. 
 Normas → razões para se agir desta ou daquela forma. 
 Conflito entre as regras poderá ser solucionado: 
1. Pela inclusão de uma cláusula de exceção em uma das 
regras; 
2. Pelo reconhecimento de invalidade de uma das regras; 
3. Pela conclusão de inaplicabilidade de uma das regras ao 
caso. 
 Sem cláusula → outros métodos. 
 Métodos → regra mais nova em face da anterior, a 
regra especial em face da geral e adotando aquela 
exarada pela autoridade competente ou hierarquicamente 
superior. 
Os conflitos entre regras devem ser solucionados numa 
perspectiva de tudo ou nada. 
 Colisões de princípios (processo de ponderação): 
 Não existe princípio absoluto, todos os princípios são 
relativos. 
 Não existe princípios nulos. 
 Não existe uma hierarquia fixa entre os princípios. 
 Colisões de princípios → um princípio prevalece sobre 
outro em uma condição. Não quer dizer que ele irá 
prevalecer sempre (ponderação). Relação de precedência 
condicionada para decidir qual princípio prevalece. 
 Não deixam de existir, se conformam de acordo com 
determinadas condições. 
 
Quando se depara com um conflito de regras, no qual a 
aplicação de uma regra exclui a possibilidade de aplicação 
da outra, cabe ao intérprete solucionar tal conflito: 
I) pela inclusão de uma cláusula de exceção em uma das 
regras; 
II) pelo reconhecimento de invalidade de uma das regras, 
eliminando-a do ordenamento jurídico; ou 
III) pela conclusão de inaplicabilidade de uma das regras 
ao caso. 
Todas estão certas. 
 
Igualdade na ordem constitucional 
 Todos são iguais perante a lei. 
 Princípio da igualdade deve ser concretizado na prática. 
 Igualdade material → todos os seres humanos, de 
acordo com as suas características pessoais. As pessoas 
são desiguais, tomar cuidado para que a aplicação da lei 
não gere mais desigualdades. Seria uma equidade! 
 Igualdade material → buscar por meio da aplicação da 
lei superar eventuais desigualdades que são naturais dos 
seres humanos. 
 Igualdade formal (plena) → isonomia. Todos são iguais 
perante a lei. Não é um simples aplicar da lei. Não se pode 
garantir tratamento igual para todos porque algumas 
pessoas merecem o tratamento desigual. 
 Cotas → igualdade de acesso e desigualdade de nota. 
 Casais homoafetivos → não tem os seus direitos 
reconhecidos por leis, mas tiveram seus direitos 
reconhecidos e garantidos a partir de decisões judiciais, 
por meio da aplicação do princípio da igualdade. 
 
O preceito constitucional que prevê que: “Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” 
consagra a → Igualdade formal. 
 
 
 
Liberdade na Ordem Constitucional 
 Quatro liberdades essenciais: a liberdade de expressão, a 
liberdade religiosa, a liberdade de viver sem penúria e a 
liberdade de viver sem medo. 
 Liberdade geral (legalidade). 
 Abusar do direito de liberdade pode trazer punições. 
 Liberdade de cátedra → professor tem direito de se 
expressar. 
 
Liberdade de expressão 
 É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato. É livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença. 
 O direito de expressar-se livremente é fundamental, 
mas tal liberdade não é absoluta e inconsequente. 
Relativizada em relações a outros direitos. 
 Meu direito de expressar-me livremente soma-se o 
direito do outro tambémexpressar-se livremente. 
 Discurso de ódio → abuso do direito de liberdade de 
expressão. 
 
Liberdade religiosa 
 Liberdade de crença e não crença (mais amplo do que 
liberdade religiosa). 
 Assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e 
garantida a proteção aos locais de culto e a suas 
liturgias. 
 Acaba sendo o contraponto pra laicidade do Estado. 
 
Segundo o Presidente Franklin D. Roosevelt, dos Estados 
Unidos, os seres humanos necessitam de quatro liberdades 
essenciais para viverem → a liberdade de expressão, a 
liberdade religiosa, a liberdade de viver sem penúria e a 
liberdade de viver sem medo. 
 
Fraternidade na Ordem Constitucional 
 Homens não são inimigos, são amigos. 
 Solidariedade quase sinônimo de fraternidade. 
 O meu direito vai até onde vai o do outro. 
 Solidariedade consiste na preocupação com a situação 
alheia, passa pela empatia. Coloca no lugar do outro e 
percebe que ele merece um tratamento desigual. 
 Solidariedade → transgeracional. Meio ambiente. 
Contrato de justiça social. 
 Solidariedade intergeracional → geração tem obrigações 
em relação a outras gerações. Vantagens e onerosidades. 
 Planos de saúde e Previdência: Não é uma capitalização 
(deposita depois saca). É solidariedade, todos contribuem 
e todos sacam de acordo com sua necessidade. 
 Uma opção para o sistema baseado na solidariedade é o 
chamado de sistema de capitalização. 
 
O art. 225 da Constituição (BRASIL, 1988) prevê: 
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo 
para as presentes e futuras gerações”. 
I- A obrigatoriedade de se preocupar com as futuras 
gerações decorre do princípio da solidariedade 
intergeracional. 
II- O princípio da solidariedade impõe ao Poder Público e 
à coletividade o dever de defender e preservar o meio 
ambiente para as presentes gerações. 
III- O referido preceito constitucional não está 
relacionado ao princípio da solidariedade. 
I e II, apenas. 
 
A solidariedade tem grande importância no Sistema da 
Saúde Suplementar, ou seja, nos Planos de Saúde, 
PORQUE c ada segurado do Plano de Saúde contribui para 
os próprios procedimentos, num sistema de capitalização. 
→ I verdadeira, II é falsa. 
 
Temos Direitos Humanos! E os nossos deveres? 
 Muitos dos direitos vigentes não se aplicam às pessoas 
que não preenchem os pré-requisitos dos seus criadores. 
 Duas espécies de deveres: os conexos, com direitos 
fundamentais (ou deveres fundamentais correlativos a 
direitos) e os deveres autônomos. 
 Deveres conexos com direitos fundamentais → estão 
ligados aos direitos fundamentais (Ex.: meio ambiente. 
Direito ao meio ambiente e dever de proteger). Direito 
que traz um dever. 
 Deveres autônomos → não estão diretamente 
relacionados a direitos fundamentais (Ex.: pagar 
impostos). Inter-relação indireta. 
 “Administração Pública dialógica” → construída a partir 
do diálogo constante com os cidadãos. 
 Defender Direitos Humanos não é uma questão de 
ideologia é uma questão de fraternidade. 
 
Da leitura do texto da Constituição de 1988 é possível 
extrair, além de direitos fundamentais, também deveres 
humanos que devem ser observados por todos. 
I- Votar para escolher nossos governantes, cumprir as 
leis e respeitar os direitos sociais de outras pessoas. 
II- Educar e proteger nossos semelhantes e proteger a 
natureza. 
III- Proteger o patrimônio público e social do País, 
colaborar com as autoridades e levar vantagem em todos 
os momentos. 
I e II, apenas. 
 
No caso dos deveres conexos com direitos fundamentais a 
sua observância é obrigatória PORQUE Somente assim 
podem ser garantidos os direitos fundamentais de todos, 
razão pela qual a todos são impostos deveres 
fundamentais → I e II são proposições verdadeiras, e a 
II é uma justificativa correta da I.

Continue navegando