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PEÇA AULA 03 FEITA PRÁTCA CÍVEL I (Recuperação Automática)

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Unesa de São João de Meriti
Disciplina: Prática Simulada Cível I
Professora: Cristiane Rodrigues Dutra Garces Teixeira
Aluna: Ana Maria Victor de Campos de Sá
Matrícula: 201801246734
Peça Processual (Aula 04)
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO – RJ 
(10 linhas)
PAULO DE TAL, brasileiro, viúvo, Militar da Reserva Médico, portador da 
carteira de identidade nº xxxxxx, expedida pelo xxxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxxxx, com endereço eletrônico xxxxxx, residente e 
domiciliado em Vitória/ES, vem por seu advogado, infra-assinado com endereço profissional xxxxxx, 
endereço que indica para os fins do artigo 77, V, do CPC, propor... 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO,
Pelo RITO COMUM, 
em face de BERNARDO DE TAL, brasileiro, viúvo, profissão xxxxxx, portador da carteira de identidade nº xxxxxx, expedida pelo xxxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxxxx, com o endereço eletrônico xxxxxx, e JULIANA DE TAL, REPRESENTADA POR SUA GENITORA JÚLIA DE TAL, brasileira, inscrita no CPF sob o nº xxxxxx, com endereço eletrônico xxxxxx, baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos
DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO – ART. 1048, II, CPC
A parte AUTORA requer a prioridade no trâmite processual, nos termos do art. 1.048, II, do CPC, por ser regulado pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
DOS FATOS
O RÉU, LOGO após o vencimento de uma nota promissória, (10/10/2016), DEVIDA E NÃO PAGA, no valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), DOA seus 2 (dois) imóveis avaliados em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
 A DOAÇÃO, feita para sua filha Janaína, de menor, têm por conteúdo, a CLÁUSULA DE USUFRUTO VITALÍCIO, em favor da parte ré, além de CLÁUSULA DE INCOMUNICABILIDADE, conforme certidão de Ônus Reais;
Outro fator relevante, é que um dos IMÓVEIS DOADOS, encontra-se locado para terceiros;
 Também, cabe dizer, que a soma DAS DÍVIDAS DO RÉU, excedem o valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais). Não deveria, o RÉU, dispor de seus bens, tendo dívidas dessa proporção, fato, que denota desinteresse em cumprir com sua obrigação ante aos seus credores;
DOS FUNDAMENTOS
Com base no dispositivo de lei, ART. 927, C/C 186, Ambos Do CC, fica, a parte RÉ, obrigada a reparar o dano por ela, causado ao AUTOR; 
Haja vista, que o O NEGÓCIO JURÍDICO, objeto da presente ação, se encontra eivado de vício (defeito), como consta do art. 158, CC.
JURISPRUDÊNCIA
A jurisprudência pátria caminha para validar essa mesma tese, de acordo com a ementa descrita:
Procede a ação pauliana se o devedor, sabendo da existência do débito, desfaz-se de seus bens em curto espaço de tempo, sem demonstrar posteriormente sua solvabilidade, ciente de que, assim o fazendo, prejudicaria o credor, frustrando recebimento de seu crédito. Decisão mantida. Apelo improvido (TAPR, Ap. n.37.406-9, 1ª Câm., rel. Juiz Hemilio Prohmano, j.07.04.1992). (RT 698/181);
DOUTRINA
Também por este prisma é o entendimento do respeitável Alvino Lima, que perfilha o mesmo pensar, ao asseverar que: 
É anulável o negócio jurídico praticado em fraude pauliana, que se distingue da fraude decorrente da violação de negócio jurídico pretéritos e da fraude à lei imperativa, esta, acarretando a nulidade absoluta (art. 166, VI).
(...). Alvino Lima, especialmente no tocante à fraude contra credores, diz que consiste “na prática, pelo devedor, de ato ou atos jurídicos, absolutamente legais em si mesmos, mas prejudiciais aos interesses dos credores, frustrando, ciente e conscientemente, a regra jurídica que institui a garantia patrimonial dos credores sobre os bens do devedor” (A fraude no direito civil. São Paulo, Saraiva, 1965, p. 24). Trata-se de um vício social, porquanto prejudicados são os credores e não uma das partes no negócio.
É o dano causado aos credores decorrente da insolvabilidade do devedor, com a participação de terceiro.
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO - CONCILIAÇÃO
Para efeitos legais, declara o demandante o seu INTERESSE em eventual auto composição e, consequentemente, na realização da audiência de conciliação ou de mediação.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
1. a citação do Réu para, querendo, vir contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão;
2. a prioridade de tramitação processual, nos termos do art. 1.048 do CPC;
3. A condenação do réu em honorários advocatícios, custas judiciais e demais cominações legais;
4. Que seja anulado o negócio jurídico (defeituoso), objeto desta ação;
5. Condenação do réu ao pagamento da promissória, com seus juros e correções, desde a data do vencimento;
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 
e seguintes do CPC, em especial (a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o 
depoimento pessoal do Réu).
VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Pede deferimento.
São João de Meriti, 1, de abril de 2021
Advogado(a): _____________________________________
 Ana Maria Victor de Campos de Sá.
 OAB/RJ nº xxxxxxx 
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Marta Maranhão, todos residentes e domiciliados em Nova Friburgo/RJ, procuraram seu escritório, a fim de que promova medida judicial para resguardo de seus interesses, pois seus pais, Manuel Maranhão e Florinda Maranhão, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis , neste caso, representado por um sitio situado na rua Bromelia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$200.000,00 (duzentos mil reais), através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente transcrita no Registro de Imóveis competente, sem que os demais filhos se manifestassem sobe o referido ato jurídico. Os alienantes e ao adquirente residem na cidade de Nova Friburgo /RJ Esclarecem ainda, que não concordam com a mencionada venda, visto que, o valor de mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era de R$350.000,00. Elaborar a peça processual cabível, para invalidar a venda do imóvel e por consequência para resguardar os direitos de seus clientes

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