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PORTFÓLIO - SETAC 2 MÓDULO TEMÁTICO Metabolismo NOME COMPLETO Clara Pereira Oliveira Tavares TURMA ORIENTADOR ESTUDOS PRELIMINARES: Data: 04/11/2019 Os estudos preliminares começou com a leitura do caso. O caso clínico conta a história de uma paciente do sexo feminino, de 34 anos que vai à UPA com queixa de dor em hipocôndrio direito há 06 horas. Após esse momento de leitura do caso, houve a seleção dos termos desconhecidos que foram: Acolia fecal (Fezes claras); Gastrectomia ( Ressecção parcial ou total do estômago); Ileocolectomia (Remoção parcial ou total do íleo e Colo); REG (Regular estado geral); Fácies de dor (Aspectos ou expressão da fácie provocado por uma doença); AR – MVBD S RA (Ausculta respiratória – Murmúrios vesiculares bem distribuído sem ruídos adventícios); ACV – BRNF EM 2T ( Ausculta cardiovascular – bolhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos); Sinal de Murphy (Indicativo de colecistite aguda e que consiste em provocar dor pela palpação da vesícula biliar durante a inspiração profunda.); EXT (Extremidade); Hb (Hemoglobina); VCM (Volume corpuscular médio); HT ( Hematócrito); Leuco (Leucócito); Segm ( Neutrófilos segmentados); Bt (Bastão); Plq (plaquetas); PCR (Proteína C reativa); VHS (Velocidade de hemossedimentação); Colúria (Coloração escura da urina devido a eliminação da bilirrubina). Depois foi o momento de realizar os pontos chaves, que foram: Dor no hipocôndrio direito; Vômitos e náuseas; Febre; Dor constante; Não cedeu com buscopan composto; Refere dor moderada durante o último ano; Gastrectomia parcial há 5 anos (obesidade); Uso de omeprazol recorrente; Ileocolectomia parcial devido a tumores; Intolerância à lactose; Pais hipertensos; Etilismo social; Dieta zero lactose; Sedentária; REG; Fácies de dor; Anemia (hb – 9,6g/dL); Sinais de infecção (leuco, PCR e VHS alto); O médico prescreveu analgésico venoso; Dor abdominal; Colúria; Acolia fecal; Febre há 2 dias; Dor intensa e Ictérica. A partir disso, foi-se elaborado os seguintes questionamentos/Hipóteses: 1. Quais as consequências para as funções do trato gastrointestinal da gastrectomia e ileocolectomia? 2. Qual a relação da acolia fecal com a colúria? 3. Qual a relação da dor abdominal com a intolerância a lactose? 4. Qual a relação entre os sintomas apresentados no início (Dor no hipocôndrio direito, vômitos e náuseas, febre e dor constante) e depois (Dor abdominal, colúria, acolia fecal, febre há 2 dias, dor intensa, abd em tábua, ictérica)? 5. Como a evasão da paciente de P.C.A pode ter contribuído nos agravos do seu quadro clínico? 6. O frequente uso do omeprazol interfere na dor referida por P.C.A? . Por fim , foram criados os seguintes objetivos de aprendizagem: Identificar os impactos na digestão após a retirada total ou parcial dos órgãos gastrointestinais; Entender o mecanismo de intolerância à lactose; Entender a relação do uso de omeprazol e anemia. TEORIZAÇÃO: Data: 04/11/2019 O sistema digestório inicia com a cavidade oral ( boca e faringe ) , que servem de receptáculo para a comida. O alimento ingerido entra no trato gastrointestinal ( Trato GI), que consiste em esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. A porção do trato GI que vai do estômago até o ânus também é chamada de intestino. A digestão é a quebra química e mecânica do alimento, ocorre principalmente no lúmen do intestino. Ao longo do caminho, secreções são adicionadas ao alimento por células secretoras epiteliais e por órgãos glandulares acessórios, que incluem as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. A mistura pastosa de alimento e secreções é conhecida como quimo. O trato GI é um longo tubo com paredes musculares alinhadas por um epitélio secretor e transportador. Em intervalos ao longo do trato, anéis musculares funcionam como esfíncteres para separar o tubo em segmentos com funções distintas. O alimento move-se pelo trato, sendo propelido por ondas de contrações musculares. Os produtos da digestão são absorvidos através do epitélio intestinal e passam para o líquido intersticial. De lá eles vão para o sangue ou linfa e são distribuídos para todo o corpo. Qualquer resíduo remanescente no lúmen ao final do trato GI deixa o corpo através de uma abertura, chamada ânus. Na cavidade oral, os primeiros estágios da digestão iniciam com a mastigação e a secreção da saliva por três pares de glândulas salivares: glândulas sublinguais abaixo da língua, glândulas submandibulares abaixo da mandíbula e glândulas parótidas encontradas perto da articulação da mandíbula. O alimento passa pelo esôfago, um tubo estreito que atravessa o tórax até o abdome. As paredes do esôfago são constituídas de músculo liso nos dois terços inferiores. Logo abaixo do diafragma, o esôfago termina no estômago. O estômago tem: o fundo superior, o corpo central e o antro inferior. O estômago continua a digestão que iniciou na boca, misturando o alimento com ácido e enzimas para criar o quimo. A abertura entre o estômago e o intestino delgado chama-se piloro e é protegida pela válvula pilórica. Essa faixa de músculo liso relaxa para permitir que apenas pequenas quantidades de quimo entrem no intestino delgado simultaneamente. O estômago atua como intermediário entre o ato comportamental de comer e os eventos fisiológicos da digestão e da absorção no intestino. Sinais integrados e alças de retroalimentação entre o intestino e o estômago regulam a velocidade na qual o quimo entra no duodeno. Isso garante que o intestino não seja sobrecarregado com mais do que ele pode digerir e absorver. A maior parte da digestão ocorre no intestino delgado, que possui três partes: o duodeno, jejuno e o íleo. A digestão é realizada por enzimas intestinais auxiliadas por secreções exócrinas de dois órgãos glandulares acessórios: O pâncreas e o fígado. As secreções destes órgãos entram na porção inicial do duodeno por ductos. Um esfíncter tonicamente contraído ( esfíncter de Oddi) impede que o líquido pancreático e a bile entrem no intestino delgado, exceto durante uma refeição. A parede gastrointestinal possui quatro camadas: Uma mucosa interna virada para o lúmen, uma camada conhecida como submucosa, camadas de músculo liso e uma cobertura de tecido conectivo denominado serosa. Por fim, existe uma diferença nos conceitos de motilidade, digestão, absorção e secreção. A secreção é o movimento de material das células para o lúmen; a digestão é a quebra química e mecânica do alimento em unidades para absorção, movimento de material do lúmen GI para o LEC; movimento do material através do trato GI como resultado da contração muscular. Referência: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS Data: 04/11/2019 A maior parte dos carboidratos em nossa dieta são dissacarídeos e carboidratos complexos. Os carboidratos são absorvidos como monossacarídeos. A digestão do amido se inicia na boca com amilase salivar, mas essa enzima é desnaturada pela acidez do estômago. A amilase pancreática então retoma a digestão do amido em maltose. A maltose e outros dissacarídeos são quebrados pelas enzimas dissacaridases. Os produtos finais absorvíveis da digestão de carboidratos são glicose, galactose e frutose. A Absorção intestinal de glicose e galactose usa transportadores idênticos àqueles encontrados nos túbulos renais proximais. Diferentemente dos carboidratos , a maior parte das proteínas ingeridas são polipeptídeos. Contudo, nem todas as proteínas são digeridas por igual pelo ser humano. As enzimas para a digestão de proteínas são classificadas em dois grupos grandes: endopeptidases e exopeptidases. As endopeptidases, mais comumente chamada de proteases, atacam as ligações peptídicas no interior da cadeia de aminoácidos (AA) e quebram uma cadeia peptídica longa em fragmentos menores. As proteases são secretadas como proenzimas inativas (zimogênios) pelascélulas epiteliais do estômago, do intestino e do pâncreas. Elas são ativadas quando alcançam o lúmen do trato GI. Exemplos de proteases incluem a pepsina secretada no estômago, e a tripsina e a quimotripsina, secretada pelo pâncreas. Os produtos da digestão de proteínas são aminoácidos livres, dipeptídeos e tripeptídeos. Já os lipídios, têm cerca de oitenta por cento provenientes da dieta são predominantemente triacilgliceróis ou triglicerídeos. Começa com as gorduras sendo emulsificadas no intestino delgado pelos sais biliares formando micelas mistas de triacilgliceróis. As Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis . Depois, os ácidos graxos são absorvidos na mucosa intestinal e reconvertidos em triacilgliceróis. Posteriormente os Triacilgliceróis juntamente com o colesterol e as apolipoproteínas formam o quilomícron. Os quilomícrons migram para o sistema linfático, depois para a corrente sanguínea e seguem para os tecidos. Referência: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. MORFOFUNCIONAL: Data: 05/11/2019 Em morfofuncional , continuou-se a discussão sobre o sistema digestório. A função primária do sistema é levar nutrientes, água e eletrólitos do ambiente externo para o ambiente interno corporal. Para isso, o sistema usa tais processos básicos: digestão, absorção, degradação e motilidade. A digestão é a quebra química e mecânicas dos alimentos em unidades menores que podem ser levadas através do epitélio intestinal para dentro do corpo. A absorção é o movimento de substâncias do lúmen do trato GI para o líquido extracelular. A secreção o trato GI possui dois significados. Ela pode significar o movimento de água e íons para o lúmen do trato digestivo mas também pode significar a liberação de substâncias sintetizadas pelas células epiteliais do GI. O sistema digestório inicia com a cavidade oral (boca e faringe) , que servem de receptáculo para a comida. O alimento ingerido entra no trato gastrointestinal , que consiste em esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. A porção do trato GI que vai do estômago até o ânus também é chamada de intestino. A digestão é a quebra química e mecânica do alimento, ocorre principalmente no lúmen do intestino. Ao longo do caminho, secreções são adicionadas ao alimento por células secretoras epiteliais e por órgãos glandulares acessórios, que incluem as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. A mistura pastosa de alimento e secreções é conhecida como quimo. O trato GI é um longo tubo com paredes musculares alinhadas por um epitélio secretor e transportador. Em intervalos ao longo do trato, anéis musculares funcionam como esfíncteres para separar o tubo em segmentos com funções distintas. O alimento move-se pelo trato, sendo propelido por ondas de contrações musculares. Os produtos da digestão são absorvidos através do epitélio intestinal e passam para o líquido intersticial. De lá eles vão para o sangue ou linfa e são distribuídos para todo o corpo. Qualquer resíduo remanescente no lúmen ao final do trato GI deixa o corpo através de uma abertura, chamada ânus. Na cavidade oral, os primeiros estágios da digestão iniciam com a mastigação e a secreção da saliva por três pares de glândulas salivares: glândulas sublinguais abaixo da língua, glândulas submandibulares abaixo da mandíbula e glândulas parótidas encontradas perto da articulação da mandíbula. O alimento passa pelo esôfago, um tubo estreito que atravessa o tórax até o abdome. As paredes do esôfago são constituídas de músculo liso nos dois terços inferiores. Logo abaixo do diafragma, o esôfago termina no estômago. O estômago tem: o fundo superior, o corpo central e o antro inferior. O estômago continua a digestão que iniciou na boca, misturando o alimento com ácido e enzimas para criar o quimo. A abertura entre o estômago e o intestino delgado chama-se piloro e é protegida pela válvula pilórica. Essa faixa de músculo liso relaxa para permitir que apenas pequenas quantidades de quimo entrem no intestino delgado simultaneamente. O estômago atua como intermediário entre o ato comportamental de comer e os eventos fisiológicos da digestão e da absorção no intestino. Sinais integrados e alças de retroalimentação entre o intestino e o estômago regulam a velocidade na qual o quimo entra no duodeno. Isso garante que o intestino não seja sobrecarregado com mais do que ele pode digerir e absorver. A maior parte da digestão ocorre no intestino delgado, que possui três partes: o duodeno, jejuno e o íleo. A digestão é realizada por enzimas intestinais auxiliadas por secreções exócrinas de dois órgãos glandulares acessórios: O pâncreas e o fígado. As secreções destes órgãos entram na porção inicial do duodeno por ductos. Um esfíncter tonicamente contraído - esfíncter de Oddi - impede que o líquido pancreático e a bile entrem no intestino delgado, exceto durante uma refeição. A parede gastrointestinal possui quatro camadas: Uma mucosa interna virada para o lúmen, uma camada conhecida como submucosa, camadas de músculo liso e uma cobertura de tecido conectivo denominado serosa. Existem também os hormônios do trato gastrointestinal, que são resumidamente: A gastrina ( Células G); A colecistocinina ( CCK); Secretina; Motilina; Peptídeo inibidor gástrico ( GIP); peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1). Referência: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. HABILIDADES CLÍNICAS E BIOÉTICA: Data: 06/11/2019 Em HCB foi-se visto sobre exames. O exame clínico tem um papel essencial na prática médica que engloba o estabelecimento de uma boa relação médico paciente; a formulação de hipóteses diagnósticas (raciocínio clínico) e a tomada de decisões. A iniciação ao exame clínico tem suas bases em alguns procedimentos da seguinte ordem: A anamnese, inspeção, ausculta, percussão, palpação superficial e profunda. A anamnese (entrevista) é o momento em que se inicia a busca por informações sobre o paciente. É importante, tentar deixar ao máximo o paciente confortável, e isso pode ser realizado com abordagens de por exemplo: cumprimentar o paciente com aperto de mão e contato visual, apresentar-se ao paciente antes de tudo caso não esteja em consultório , chamar o paciente pelo nome ao longo da consulta, transmitir interesse e calma. A anamnese começa com a identificação do paciente como nome, idade, local de residência , sexo, etnia, estado civil, profissão, ocupação atual/local de trabalho, naturalidade, nome dos responsáveis, religião. Depois desse momento de identificação do perfil sociodemográfico, passa-se para a queixa principal (QP) que são os sintomas ou problemas que motivaram o paciente a procurar o atendimento médico. Após isso vem o registro da história da doença atual (HDA), interrogatório sintomatológico (IS), perguntar e documentar sobre os antecedentes pessoais e familiares como histórico de doenças na família, avaliação do estado de saúde do passado. Além disso, saber sobre os hábitos de vida (HV) do paciente, se faz consumo de bebidas alcoólicas, usa tabaco, se faz uso de outras drogas ilícitas e lícita, alimentação e exercício físico. Ademais tem de ser avaliar as condições socioeconômicas e culturais como condições de habitação do paciente, sobre os vínculos familiares, condições financeiras, atividades de lazer, filiação religiosa e crenças espirituais, bem como escolaridade. Partindo para o exame físico, começa com a inspeção onde observa-se se há marcas, estrias , manchas , no abdômen do paciente, e pode ser feita a olho nu ou com a lupa. O segundo passo é a ausculta que por meio do estetoscópio. A partir disso, é a hora de examinar por meio da percussão onde ocorre da seguinte forma: ao se golpear em um ponto do corpo, origina-se vibrações, que tem características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade. A percussãopode ser feita da seguinte forma: Na mão que vai golpear todos os dedos, exceto o médio, ficam estendidos. O dedo médio da mão esquerda é o único a tocar na região a ser percutida. Ao dedo que golpeia designa- se plexor e o que recebe o golpe é o plexímetro. Existem alguns tipos de sons obtidos na percussão, que são: Som maciço, som submaciço, som timpânico e som claro pulmonar. Por fim , a palpação que por meio do tato ocorre a palpação do abdome do paciente nos quatro quadrantes do corpo, ocorrendo primeiramente uma palpação superficial e posteriormente uma mais aprofundada. Referências: BICKLEY, Lynn S. Bates, propedêutica médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. (Técnicas de exame físico e alterações do exame do abdome) APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS Data: 05/11/2019 O exame físico deve ser realizado da seguinte forma: Após a anamnese o médico deve se posicionar ao lado direito do paciente e em seguida começar a realização de fato do exame que é iniciado com a inspeção onde os seguintes parâmetros devem ser observados: como está a forma e o volume do abdome, se há cicatriz, veias superficiais. A forma e volume do abdome variam de acordo com a idade, sexo e o estado de nutrição do paciente. Podem ser encontrados os seguintes tipos de abdômen: Normal, globoso, ventre de batráquio, pendular, ventral e escavado (côncavo). O segundo passo é a ausculta que por meio do estetoscópio nos quatro quadrantes do abdome. A partir disso, é a hora de examinar por meio da percussão onde ocorre da seguinte forma: ao se golpear em um ponto do corpo, origina-se vibrações, que tem características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade. A percussão pode ser feita da seguinte forma: Na mão que vai golpear todos os dedos, exceto o médio, ficam estendidos. O dedo médio da mão esquerda é o único a tocar na região a ser percutida. Ao dedo que golpeia designa-se plexor e o que recebe o golpe é o plexímetro. Existem alguns tipos de sons obtidos na percussão, que são: Som maciço que é que se obtém ao percutir em regiões desprovidas de ar (coxa, no nível do fígado, coração e do baço), som submaciço é uma variação do som maciço, som timpânico é o que se consegue percutindo sobre intestino ou no espaço de traube( fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, e o som claro pulmonar é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Por fim , a palpação que por meio do tato ocorre a palpação do abdômen do paciente nos quatro quadrantes do corpo, ocorrendo primeiramente uma palpação superficial e posteriormente uma mais aprofundada. Referências: BICKLEY, Lynn S. Bates, propedêutica médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. (Técnicas de exame físico e alterações do exame do abdome) FECHAMENTO DE CASO: Data: 06/11/2019 No fechamento do caso, se deu pelas apresentações dos grupos tutoriais. Os grupos tutoriais apresentaram basicamente as mesmas hipóteses. No fechamento ocorreu a discussão dos termos desconhecidos: : Acolia fecal (Fezes claras); Gastrectomia ( Ressecção parcial ou total do estômago); Ileocolectomia (Remoção parcial ou total do íleo e Colo); REG (Regular estado geral); Fácies de dor (Aspectos ou expressão da fácie provocado por uma doença); AR – MVBD S RA (Ausculta respiratória – Murmúrios vesiculares bem distribuído sem ruídos adventícios); ACV – BRNF EM 2T ( Ausculta cardiovascular – bolhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos); Sinal de Murphy (Indicativo de colecistite aguda e que consiste em provocar dor pela palpação da vesícula biliar durante a inspiração profunda.); EXT (Extremidade); Hb (Hemoglobina); VCM (Volume corpuscular médio); HT ( Hematócrito); Leuco (Leucócito); Segm ( Neutrófilos segmentados); Bt (Bastão); Plq (plaquetas); PCR (Proteína C reativa); VHS (Velocidade de hemossedimentação); Colúria (Coloração escura da urina devido a eliminação da bilirrubina).Depois foi o momento do confronto das hipóteses. A primeira hipótese do GT19 a ser confrontada dizia sobre a gastrectomia e a ileocolectomia comprometem a absorção de de nutrientes pelo trato gastrointestinal na paciente P.C.A., causando anemia. Foi aceita, pois após a teorização viu-se que os pacientes com gastrectomia podem desenvolver, ao longo do tempo, anemia decorrente da ressecção gástrica. Esta pode ser ferropriva ou megaloblástica. A anemia ferropriva é consequente à diminuição da produção de HCl, responsável por favorecer a absorção de ferro, mantendo-o na forma ferrosa, que é melhor absorvido. A absorção pode também ser prejudicada na gastrectomia Billroth II, visto que o ferro é absorvido no duodeno. A diminuição de a ingestão alimentar, com consequente diminuição da ingestão de ferro, também contribui para o desenvolvimento da anemia ferropriva. A anemia megaloblástica pode ser consequente à retirada da mucosa gástrica responsável pela produção do fator intrínseco, fundamental à absorção de vitamina B12 no íleo terminal. A segunda hipótese falava que a acolia fecal apresentada 15 dias depois pela paciente P.C.A, é causado pela obstrução do ducto colédoco de modo que a bilirrubina é diretamente reabsorvida pelo sangue. Dessa forma, a paciente apresenta-se ictérica e com colúria. Essa hipótese foi aceita pois após a teorização viu-se que a hiperbilirrubinemia direta pode ser causada por lesão hepatocelular ou por colestase, definida como uma condição patológica onde há uma diminuição na capacidade do fígado secretar a bile, ou um impedimento à chegada da bile no duodeno secundário à obstrução das vias biliares intra e/ou extra-hepáticas – a chamada icterícia obstrutiva. Nesse caso, a obstrução do ducto colédoco de P.C.A causaria a icterícia obstrutiva, bem como a apresentação de sintomas como cólica biliar, icterícia, colúria, acolia e prurido. A terceira hipótese falava da dor relatada pela paciente não tem relação com a intolerância à lactose, devido a sua dieta zero lactose, após a teorização, foi observado que a dor relatada por P.C.A no hipocôndrio direito realmente não tem relação com a intolerância à lactose, uma vez que, as dores associadas à esse quadrante em geral ocorrem por afecções do fígado, vesícula biliar, flexura hepática do cólon, distúrbios no hemitórax direito, hemidiafrágma direito, doenças musculoesqueléticas ou do sistema nervoso. Enquanto a dor abdominal ocasionada pela IL é frequentemente localizada na região periumbilical ou quadrante inferior. Dessa forma, considera-se a hipótese parcialmente aceita, pois embora a dieta zero lactose leve ao desaparecimento dos sintomas da IL, ela não justifica a moderação da dor sentida por P.C.A. A quarta hipótese falava da não permanência de P.C.A no hospital e, portanto, o não tratamento do seu quadro clínico inibiu a descoberta de outros agravos, além de intensificar os já existentes. Após a teorização viu-se que, o primeiro exame físico, realizado na paciente, trouxe o sinal de Murphy positivo que indica colecistite (inflamação da vesícula biliar), o que ratifica os sinais e sintomas apresentados pela paciente: dor em hipocôndrio direito, náuseas e êmese, por exemplo. Desse modo, a evasão da paciente não inibiu a descoberta de outros agravos, pois possivelmente o médico já suspeitava de colecistite. No entanto, a evasão da paciente intensificou a sintomatologia da paciente, pois ela apresentou acolia fecal (fezes despigmentadas) e, ao mesmo tempo, colúria (urina escura), o que significa que o ducto colédoco ficou obstruído, o que fez a bilirrubina não ser ejetada no duodeno e, ao mesmo tempo, ser metabolizada em excesso no rim. A quinta hipótese falava que considerando o sinal de Murphy positivo, a dor no hipocôndrio direito apresenta por P.C.A é uma evidência da colecistite, que também provocou as náuseas, o vômito e a febre manifestada pela paciente. Após a teorização viu-se que a vesícula biliar, órgão responsável pelo armazenamento da bile, está localizada no hipocôndrio direito, região em que a paciente P.C.Arefere dor. Dessa forma, sendo o Sinal de Murphy um indicativo de colecistite aguda por meio da percepção de dor após a palpação da vesícula biliar durante a inspiração profunda, é bem provável que a dor relatada pela paciente seja resultado da inflamação da vesícula biliar. A dor causada pela colecistite aguda apresenta qualidade e localização similares a da cólica biliar, sendo acompanhada, muitas vezes, por outros sintomas como: febre, calafrios, náuseas e vômitos. A última hipótese relatava que o omeprazol não tem interferência com a dor no hipocôndrio direito relatada por P.C.A, pois este está relacionado com estruturas da região epigástrica e do hipocôndrio esquerdo. Após a teorização ficou claro que, a secreção de ácido gástrico é feita pelas células parietais do estômago, através de uma estrutura chamada de bomba de prótons. O fármaco omeprazol, atua inibindo essa bomba de prótons, impedindo que ela libere o ácido gástrico. Por esse motivo, a dor referida pela paciente P.C.A não tem relação com relação com a ingestão do omeprazol, pois este age na região epigástrica e a dor se encontra na região do hipocôndrio. Por fim , os objetivos de aprendizagem foram atingidos. Referências: BICKLEY, Lynn S. Bates, propedêutica médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015 PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014 GUERRA, Gilda; CORBELLINI, Lucas; LUCCHESE, Angélica; BAÚ, Plínio. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA ICTERÍCIA OBSTRUTIVA NA EMERGÊNCIA. Disponível em: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882609/diagnostico-diferencial-da-ictericia-obstrutiva.pdf. Acesso em: 05 de nov. de 2019. BERNER RM, LEVY MN, KOEPPEN BM, STANTON BA. Fisiologia. 5 ed. Editora Elsevier, Rio de Janeiro: 2004. COSTANZO LS. Fisiologia. 3 ed. Editora Elsevier, Rio de Janeiro: 2007. GUYTON AC,HALL JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Editora Elsevier, Rio de Janeiro: 2006. SILVERTHORN DU. Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada. 2 ed., Editora Manole, São Paulo: 2003 Sílvia Justina PAPINI-BERTO1 e Roberto Carlos BURINI2. Causas da desnutrição. v. 38. Causas da desnutrição. Arquivo gastroenterol, Botucatu: 2001. IESC: Data: 07/11/2019 Em iesc, nessa setac, foi-se trabalhada e discutida a questão do trabalho em equipe. O conceito de trabalho em equipe pode ser definido como um conjunto de pessoas com conhecimentos diversos que se unem para alcançar objetivos comuns. Eles elaboram um plano de ação conjunto, para assim trabalhar em consonância e harmonia e com comprometimento mútuo, complementando o trabalho com as habilidades variadas, aumentando a chance de sucesso no resultado final. Para que o trabalho em grupo obtenha êxito é necessário serem desenvolvidas algumas habilidades, como comunicação, negociação, mediação, discussão, o saber ouvir e ser curioso. Uma equipe deve ter um líder participativo e entusiasta que estimule todos os envolvidos a manifestarem suas ideias e habilidade, com disposição a oferecerem o melhor de si. Contudo, a permanência por muito tempo de uma pessoa na liderança de uma equipe pode contribuir para passividade dos outros, ou para acomodação deste, o ideal é haver um rodízio na liderança para evitar posicionamentos estáticos. Um líder deve saber ouvir, se comunicar, ter flexibilidade, transmitir confiança, ser honesto e estar comprometido com a proposta e com a equipe, ser respeitoso com todos, encorajar as pessoas, saber pôr de lado suas vontades e necessidades em prol de um bem maior para a equipe e para o projeto, saber delegar funções e ser um bom administrador de conflitos. Quando uma equipe é composta por mais de uma disciplina, com pessoas de áreas de conhecimentos diferentes, existem tais classificações: 1. Multidisciplinaridade, na qual é a justaposição dos saberes de várias disciplinas diferentes de um mesmo nível, que não estão necessariamente trabalhando em um projeto único, nem de forma integrada ou coordenada. 2. A pluridisciplinaridade, na qual é a justaposição dos saberes de várias disciplinas diferentes de um mesmo nível, trabalhando com objetivos em comuns que podem cooperar entre si , porém de forma descoordenada. 3. A transdisciplinaridade que indica uma integração das disciplinas de um campo particular para uma premissa geral compartilhada, estruturas em sistemas de vários níveis e com objetivos diversificados, há tendência de horizontalização das relações interdisciplinares. Implica a criação de um novo campo que idealmente desenvolverá uma autonomia tanto teórica quanto metodológica perante as disciplinas que o compõem. A interdisciplinaridade, implica em várias disciplinas diferentes e níveis diversos, trocando experiências de forma integrada e coordenada com um objetivo comum. Por fim, no meio acadêmico da saúde, o profissional deve ter essas características acima para trabalhar em conjunto harmonicamente. Referências: DIAS, R. B; NOGUEIRA, F.P.S. Trabalho em equipe In: GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. v. 1. (p. 288 - 297). APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS: Data: 07/11/2019 Referências: DIAS, R. B; NOGUEIRA, F.P.S. Trabalho em equipe In: GUSSO G.; LOPES, J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. v. 1. (p. 288 - 297
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