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PORTFÓLIO - SETAC 3 MÓDULO TEMÁTICO Metabolismo NOME COMPLETO Clara Pereira Oliveira Tavares TURMA ORIENTADOR ESTUDOS PRELIMINARES: Data: 8/11/2019 Os estudos preliminares começaram com a leitura do caso clínico. O caso conta a história do paciente que foi à UPA com queixa de dor abdominal intensa há 02 dias, e que ficou pior nas últimas 8 horas. O paciente do caso apresentado, relata dor em abdome superior tipo faixa, com irradiação para dorso, há 02 dias, principalmente ao tentar se alimentar. Iniciou após chegar em domicílio de uma festa, onde ingeriu grande quantidade de álcool. Nas últimas 08 horas, refere que a dor passou a ser contínua e insuportável, o que o levou à emergência. Queixa-se também de náuseas e vômitos. Tem esteatorreia. Nega febre. Relata redução do débito urinário nas últimas 12 horas. Faz uso frequente de dexclorfeniramina e relata xerostomia. Tem histórico de pais hipertensos e Irmão com hipertrigliceridemia. É Etilista crônico desde os 13 anos, sedentário e tem uma dieta rica em carboidratos e têm baixa ingestão hídrica. Após a leitura do caso, foi-se separado os seguintes termos desconhecidos: Esteatorreia- fezes gordurosas, Débito urinário- volume urinário que deve ser gerado em 24 hrs, AM- antecedentes médicos, Hipertrigliceridemia- nível elevado de triglicérides no sangue, HAS- Hipertensão arterial sistêmica, DM2- Diabetes Mellitus tipo 2, IS- Interrogatório sistêmico, Xerostamia - boca anormalmente seca, muitas vezes causada por medicamentos, Dor em faixa- dor no meio do abdome, nos quadrantes superiores, Dexclorfeniramina- medicamento anti-histamínico (para alergias), Hipertimpânico- aumento na presença de conteúdo gasoso no tubo digestório. Após isso foi o momento dos pontos chaves: Dor na barriga há 2 dias; Xerostomia, Uso de dexclorfeniramina, Hipertrigliceridemia, Dor em abdome superior tipo faixa com irradiação para o dorso, Ingestão de grande quantidade de álcool, Esteatorreia, Redução do débito urinário, Etilista crônico, Sedentário, Dieta rica em carboidratos, Baixa ingestão hídrica. Posteriormente foram criadas as seguintes hipóteses: 1. A queixa de dor no abdome de M.S.B, com característica de faixa, é um indicativo de pancreatite. 2. O uso de anti-histamínicos é causa frequente da xerostomia, pois há inibição de secreção como exemplo das glândula salivares. 3. O sedentarismo e a dieta rica em carboidratos influenciam na hipertrigliceridemia apresentada pelo o paciente. 4. O uso de álcool e a baixa ingestão hídrica são causas frequentes da xerostomia, pois o paciente elimina através da diurese um volume maior de líquidos desencadeando uma desidratação. 5. A ingestão alimentar intensifica a dor no paciente M.S.B devido ao estímulo da secreção das glândulas já prejudicadas. 6. O uso frequente de álcool prejudica o fígado, e consequentemente a produção da bile desencadeando a esteatorreia. 7. Como consequências fisiológicas, o paciente M.S.B pode desencadear uma hiperglicemia já que os receptores da insulina localizada no pâncreas, são danificados pelo contínuo uso de álcool. Após isso foram elaboradas os seguintes objetivos de aprendizagem: Compreender as funções das glândulas e a secreção; Compreender a morfofisiologia do sistema digestório; Entender as funções metabólicas do fígado e do pâncreas; Conhecer os receptores responsáveis pela captação da insulina. TEORIZAÇÃO: Data: 8/11/2019 No trato gastrointestinal as glândulas secretoras servem a duas funções primárias: Primeiro tem as enzimas digestivas que são secretadas desde a boca até a parte distal do íleo. E em segundo lugar, as glândulas da mucosa da boca até o ânus que prove em muco para lubrificar e proteger as partes do trato alimentar. Vários tipos de glândulas produzem diferentes tipos de secreções no trato alimentar. Primeiro as glândulas mucosas da célula única ou células caliciformes atuam secretando o muco diretamente na superfície epitelial agindo como lubrificante para proteger a superfície da escoriação e digestão. E em segundo lugar, muitas áreas do trato gastrointestinal contém depressões que representam invaginações do epitélio na submucosa. No intestino delgado, essas invaginações denominadas criptas de LieberKuhn, são profundas e contém células secretoras especializadas. Em terceiro lugar, no estômago e no duodeno superior, existes grande número de glândulas tubulares profundas. Há também diversas glândulas complexas associados ao trato alimentar que produzem secreções para a digestão e emulsificação dos alimentos. Existe uma estimulação epitelial do sistema nervoso entérico da parede do trato intestinal. Os tipos de estímulos que ativam esse sistema são a 1. Estimulação tátil; 2. Irritação química; 3. Distensão da parede do trato gastrointestinal. Os reflexos nervosos resultantes estimulam as células mucosas da superfícies epitelial e as glândulas profundas da parede do trato gastrointestinal para aumentar sua secreção. A estimulação parassimpática aumenta a taxa de secreção glandular do trato alimentar também. No estômago e no intestino por exemplo vários hormônios gastrointestinais regulam o volume e características químicas das secreções. Esses hormônios são liberados pela mucosa gastrointestinal em resposta a presença de alimento no lúmen do trato intestinal. Os hormônios são secretados no sangue e transportados para as glândulas onde estimulam a secreção. Esse tipo de estimulação é importante para aumentar a produção de suco gástrico e pancreático quando o alimento entra no estômago ou no duodeno. Esses hormônios são polipeptídeos em termos químicos. A saliva contém uma secreção serosa e uma secreção de muco. Na secreção gástrica, além das células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estômago, a mucosa gástrica tem dois tipos importantes de glândulas tubulares: Glândulas oxínticas ( glândulas gástricas ) e glândulas pilóricas. As glândulas oxínticas secretam acido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. As glândulas pilóricas secretam sobretudo muco para proteger a mucosa pilórica do ácido gástrico, e secretam também gastrina. As glândulas oxínticas ficam localizadas nas superfícies internas do corpo e fundo do estômago , já as pilóricas fica localizadas na parte antral do estômago que corresponde aos vinte por centro distais do estômago. A secreção pancreática, tem suas enzimas secretadas pelos ácinos pancreáticos. As substâncias secretadas pelo pâncreas, são as enzimas pancreáticas como a tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase, protease, amilase pancreática, lipase pancreática. O pâncreas apresenta duas porções, a exócrina e a endócrina, cada uma delas possui funções diferenciadas. A porção exócrina secreta as enzimas digestivas, como por exemplo a tripsina e amilase, durante o processo de digestão. Já a porção endócrina é responsável por secretar os hormônios insulina e glucagon. O pâncreas secreta a insulina direto para o sangue pelas ilhotas de Langerhans dispersa por todo o pâncreas. Ainda são encontrados tipos de células na porção endócrina do pâncreas: As células Alfa que secretam o glucagon e as células Beta que secretam a insulina. Sabe-se que a insulina exerce um papel central na regulação da homeostase da glicose e atua de maneira coordenada em eventos celulares que regulam os efeitos metabólicos. Por fim, as principais glândulas salivares são, glândulas parótidas (produzem secreção do tipo serosa que contém ptialina, responsável pela digestão de amido), as glândulas submandibulares e glândulas sublinguais (produzem secreção serosa e mucosa, sendo que a secreção mucosa contém mucina, uma proteína responsável pela lubrificação e proteção das superfícies gastrointestinais). Referências: HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS Data: 8/11/2019 Referência: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN,P. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 MORFOFUNCIONAL: Data: 12/11/2019 Em morfofuncional voltou-se a falar das glândulas. No trato gastrointestinal as glândulas secretoras servem a duas funções: Primeiro tem as enzimas digestivas que são secretadas desde a boca até a parte distal do íleo. E em segundo lugar, as glândulas da mucosa da boca até o ânus que prove em muco para lubrificar e proteger as partes do trato alimentar. Vários tipos de glândulas produzem diferentes tipos de secreções no trato alimentar. Primeiro as glândulas mucosas da célula única ou células caliciformes atuam secretando o muco diretamente na superfície epitelial agindo como lubrificante para proteger a superfície da escoriação e digestão. E em segundo lugar, muitas áreas do trato gastrointestinal contém depressões que representam invaginações do epitélio na submucosa. As glândulas salivares que funcionam mal ou que incham podem provocar a diminuição da produção de saliva.Existem três glândulas salivares: As glândulas parótidas, o maior par de glândulas salivares, situam-se logo atrás do ângulo do maxilar, abaixo e à frente dos ouvidos. As glândulas sublinguais e as glândulas submandibulares, os dois pares menores, estão situados profundamente no assoalho bucal.A saliva contém uma secreção serosa e uma secreção de muco. Na secreção gástrica, além das células secretoras de muco que revestem toda a superfície do estômago, a mucosa gástrica tem dois tipos importantes de glândulas tubulares: Glândulas oxínticas e glândulas pilóricas. As glândulas oxínticas secretam ácido clorídrico, pepsinogênio, fator intrínseco e muco. As glândulas pilóricas secretam sobretudo muco para proteger a mucosa pilórica do ácido gástrico, e secretam também gastrina. As glândulas oxínticas ficam localizadas nas superfícies internas do corpo e fundo do estômago , já as pilóricas fica localizadas na parte antral do estômago que corresponde aos vinte por centro distais do estômago. A secreção pancreática, tem suas enzimas secretadas pelos ácinos pancreáticos. As substâncias secretadas pelo pâncreas, são as enzimas pancreáticas como a tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase, protease, amilase pancreática, lipase pancreática. O pâncreas apresenta duas porções, a exócrina e a endócrina, cada uma delas possui funções diferenciadas. A porção exócrina secreta as enzimas digestivas, como por exemplo a tripsina e amilase, durante o processo de digestão. Já a porção endócrina é responsável por secretar os hormônios insulina e glucagon. O pâncreas secreta a insulina direto para o sangue pelas ilhotas de Langerhans dispersa por todo o pâncreas. Ainda são encontrados tipos de células na porção endócrina do pâncreas: As células Alfa que secretam o glucagon e as células Beta que secretam a insulina. Sabe-se que a insulina exerce um papel central na regulação da homeostase da glicose e atua de maneira coordenada em eventos celulares que regulam os efeitos metabólicos. Referências: HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 HABILIDADES CLÍNICAS E BIOÉTICA: Em HCB foi trabalhado a comunicação e o saber lidar com as adversidades em medicina. A comunicação é o principal elemento para uma consulta ser realizada com sucesso. Na primeira consulta onde se tem um contato inicial com o paciente, a comunicação ou a falta desta irá influenciar o rumo de todo o processo de tratamento/acompanhamento. Um das queixas mais relatadas sobre o atendimento dizem respeito a falhas de comunicação com o profissional, como não saber escutar o suficientes, utilizar jargão excessivamente técnico e de pouca compreensão ao ouvinte, não demonstração de empatia, etc. Em um contexto da Estratégia Saúde da Família, a comunicação possui importância ainda maior. É de extrema importância conquistar e manter vínculo com as diversas famílias do território de saúde, visando à realização do cuidado em acordo com os princípios da universalidade e da integralidade do SUS. Um dos maiores desafios no desenvolvimento de habilidades de comunicação, se traduz na capacidade dos profissionais serem mais assertivos nas intenções de tratamento. O primeiro passo para que ocorra uma melhor comunicação entre paciente e profissional, é substituir a tradicional relação distanciada, aparentemente neutra e livre de afetos com o paciente, por níveis mais profundos de acolhimento e vínculo com as famílias. Para que a relação se torne mais humanizada e horizontal, é preciso que ocorra por meio de diálogos, posturas e gestos capazes de gerar empatia e acolhimento, minimizando os lugares de poder historicamente instituídos no relacionamento entre profissionais de saúde e pacientes. Na comunicação existem ruídos e interferências. Os ruídos são elementos físicos externos aos participantes da comunicação, por exemplo, sala de recepção inadequada à Unidade de Saúde, uma enorme quantidade de pessoas, arquitetura e decoração inapropriadas, interrupções à consulta (como chamadas telefônicas). Já as interferências são internas aos comunicadores, dividindo-se em três classes: as interferências cognitivas, as interferências emocionais e as interferências socioculturais. As interferências cognitivas dizem respeito à incapacidade do paciente de se expressar de maneira compreensível, devido, por exemplo, a fortes crenças sobre o papel do médico, ou convicções sobre aspectos de cuidar ou curar. Por parte dos profissionais de saúde, também há crenças baseadas nos princípios tradicionais, mecanicistas e cartesianos da ciência, além do aspecto supostamente neutro e distanciado da figura do médico. Este profissional também tende a ignorar aspectos psicossociais de seus pacientes, o que também atrapalha a comunicação. As interferências emocionais se apresentam quando os pacientes possuem algum transtorno psiquiátrico como depressão, ansiedade etc., ou emoções extremas como ressentimento e agressividade. Ou ainda, nos casos em que demonstra desinteresse, ou mesmo uma excessiva projeção sobre o paciente (por exemplo, pressupor que adolescentes grávidas são irresponsáveis e imorais, generalizar e tratar todas com sermões moralistas, sem nem sequer escutar as histórias de vida delas). As interferências socioculturais são exacerbadas quando há notável diferença sociocultural entre o paciente e o profissional. Existe também a comunicação não verbal por meio de gestos, mímicas e etc. A entrevista clínica tem que ser centrada no paciente/pessoa, nesse modelo é dar ao paciente tempo para pensar ,não usar excessivamente jargão técnico, exercitar a habilidade da empatia e lembrar-se de sempre fazer uma escuta atenta e ativa para que assim haja uma perfeita harmonia entre o médico e paciente. Referências: CERON, Mariane. Habilidades de Comunicação: Abordagem centrada na pessoa. São Paulo: UNA-SUS, UNIFESP, 2010. APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS Data: 12/11/2019 Para que ocorra mudança nos atendimentos médicos para melhor, é necessário que se mude do modelo tradicional biomédico, onde o profissional é que está no topo da hierarquia então ele deve ser ouvido sem contestações e tem uma relação distanciada, aparentemente neutra e livre de afetos com o paciente, para um modelo centrado no paciente onde a comunicação é horizontal e os dois sujeitos são ativos no processo de tratamento e há um acolhimento e empatia e formação de vínculos. A comunicação é o principal elemento para uma consulta ser realizada com sucesso. Na primeira consulta onde se tem um contato inicial com o paciente, a comunicação ou a falta desta irá influenciar o rumo de todo o processo de tratamento/acompanhamento. Um das queixas mais relatadas sobre o atendimento dizemrespeito a falhas de comunicação com o profissional, como não saber escutar o suficientes, utilizar jargão excessivamente técnico e de pouca compreensão ao ouvinte, não demonstração de empatia, etc. Para que a relação se torne mais humanizada e horizontal, é preciso que ocorra por meio de diálogos, posturas e gestos capazes de gerar empatia e acolhimento, minimizando os lugares de poder historicamente instituídos no relacionamento entre profissionais de saúde e pacientes. Um dos fatores que podem influenciar na comunicação são os ruídos e interferências. Os ruídos são elementos físicos externos aos participantes da comunicação, por exemplo, sala de recepção inadequada, uma enorme quantidade de pessoas, arquitetura e decoração inapropriadas, interrupções à consulta como chamadas telefônicas e outros barulhos. Já as interferências são internas aos comunicadores, dividindo-se em três classes: as interferências cognitivas, as interferências emocionais e as interferências socioculturais. As interferências cognitivas dizem respeito à incapacidade do paciente de se expressar de maneira compreensível, devido, por exemplo, a fortes crenças ‘’mágicas‘ ’sobre o papel do médico, ou convicções sobre aspectos de cuidar ou curar. Por parte dos profissionais de saúde, também há crenças baseadas nos princípios tradicionais e cartesianos da ciência, além do aspecto supostamente neutro e distanciado da figura do médico. Este profissional também tende a ignorar aspectos psicossociais de seus pacientes, o que também atrapalha a comunicação. As interferências emocionais se apresentam quando os pacientes possuem algum transtorno psiquiátrico como depressão, ansiedade etc., ou emoções extremas como ressentimento e agressividade. Ou ainda, nos casos em que demonstra desinteresse, ou mesmo uma excessiva projeção sobre o paciente como por exemplo, pressupor que adolescentes grávidas são irresponsáveis e imorais, generalizar e tratar todas com sermões ‘moralistas’. As interferências socioculturais são exacerbadas quando há notável diferença sociocultural entre o paciente e o profissional. Existe também a comunicação não verbal por meio de gestos, mímicas e etc. Por fim é preciso que o médico exercite a empatia, junto com a disciplina emocional de não ter de dar soluções a tudo; escute o paciente em todas as dimensões (verbais e não verbais); diferencie a demanda aparente (queixa) da demanda real (causa dos problemas) buscando formular um plano terapêutico ampliado juntamente com o paciente e fazer uma escuta ativa. Referências: CERON, Mariane. Habilidades de Comunicação: Abordagem centrada na pessoa. São Paulo: UNA-SUS, UNIFESP, 2010. FECHAMENTO DE CASO: Data: 13/11/2019 No fechamento do caso, se deu pelas apresentações dos grupos tutoriais. Os grupos tutoriais apresentaram basicamente as mesmas hipóteses. No fechamento ocorreu a discussão dos termos desconhecidos: Esteatorreia, Débito urinário, AM, Hipertrigliceridemia, HAS, DM2, IS, Xerostamia, Dor em faixa, Dexclorfeniramina, Hipertimpânico. Após isso foi o momento dos pontos chaves apresentados pelo GT19: Dor na barriga há 2 dias; Xerostomia, Uso de dexclorfeniramina, Hipertrigliceridemia, Dor em abdome superior tipo faixa com irradiação para o dorso, Ingestão de grande quantidade de álcool, Esteatorreia, Redução do débito urinário, Etilista crônico, Sedentário, Dieta rica em carboidratos, Baixa ingestão hídrica. Após isso ocorreu o debate dos confrontos das hipóteses: 1. A queixa de dor no abdome de M.S.B, com característica de faixa, é um indicativo de pancreatite. Essa primeira hipótese foi aceita, pois após teorização, conclui-se que o paciente do caso, M.S.B relata dor em abdome superior tipo faixa, com irradiação para o dorso, em meio é um indicativo de pancreatite, pois os sintomas da pancreatite é a dor abdominal intensa, quase sempre de início abrupto, na região superior do abdome, que se irradia em faixa para o dorso, náuseas, vômitos, icterícia ( amarelamento dos olhos e da pele). 2. O uso de anti-histamínicos é causa frequente da xerostomia, pois há inibição de secreções, como exemplo das glândulas salivares. Essa hipótese foi confrontada com a seguinte lógica: As glândulas salivares são controladas principalmente por sinais nervosos parassimpáticos. Um fator secundário é o suprimento de sangue para as glândulas, sendo que a própria saliva promove a vasodilatação dos vasos, através da calicreína (proteína que forma a bradicinina, potente vasodilatador), que irá aumentar o aporte vascular para a produção de saliva. A partir disso, a histamina exerce seus efeitos nas doenças alérgicas interagindo principalmente com os receptores H1 presentes nos diferentes órgãos. Dessa forma, a maioria dos anti-histamínicos anti-H1 de primeira geração, a exemplo da dexclorfeniramina utilizada por M.S.B, apresentam efeito anticolinérgico, por sua capacidade de ligar-se a receptores muscarínicos, ocasionando a xerostomia. Essa hipótese foi aceita pelo grupo. 3. O sedentarismo e a dieta rica em carboidratos influenciaram na hipertrigliceridemia apresentada pelo paciente M.S.B. Após a teorização conclui-se que a hipertrigliceridemia (HTG) resulta da elevação das lipoproteínas responsáveis pelo transporte de triglicérides (TG). É mais frequentemente secundária à elevada ingestão de álcool, obesidade, diabetes não controlada, ou como um efeito adverso de medicamento. Nesse contexto, a hipertrigliceridemia está intimamente relacionada com uma alimentação inadequada e sedentarismo .Sob esse viés, dietas muito ricas em carboidratos, especialmente os carboidratos refinados, os quais acabam sendo principalmente aqueles provenientes de alimentos processados e com alto índice glicêmico, e podem apresentar efeitos adversos que agravam a saúde, entre os quais está o aumento na trigliceridemia (chamado geralmente de hipertrigliceridemia induzida por carboidratos). 4. O uso de álcool e a baixa ingestão hídrica são causas frequentes da xerostomia, pois o paciente elimina através da diurese um volume maior de líquidos desencadeando uma desidratação. Após a teorização conclui-se que a xerostomia (‘’boca seca’’) é uma sensação de secura na cavidade oral resultante de diminuição ou até interrupção do fluxo salivar. Diversos fatores podem influenciar no fluxo salivar, os principais são: hidratação, jejum, tabagismo, uso de álcool, doenças sistêmicas (como diabetes mellitus, hipotireoidismo, infecção pelo HIV, etc) , doença autoimune como a síndrome de Sjogren, medicações, alimentação e idade (nos idosos a produção de saliva é menor). Contudo, o uso específico de álcool com a baixa ingestão hídrica não são causas frequentes da xerostomia por si só. 5. A ingestão alimentar intensifica a dor no paciente M.S.B devido ao estímulo da secreção das glândulas já prejudicadas. Após a teorização entendeu-se que a dor com instalação súbita na porção superior do abdome e com irradiação dorsal tem uma piora com a alimentação ou uso de álcool. Além disso, M.S.B também apresenta náuseas e vômitos que acompanham a dor e são compatíveis à maioria dos casos. 6. O uso frequente de álcool prejudica o fígado, e consequentemente a produção da bile desencadeando a esteatorreia. Essa hipótese foi contestada com a lógica de que O uso constante de álcool, lesa diretamente a célula hepática do fígado, alterando seu metabolismo e provocando sua morte. Nesse sentido, as células hepáticas são responsáveis pela a produção de bile, que tem função na digestão de gorduras e na contribuição da absorção de nutrientes ingeridos na alimentação, desse modo, a apoptose hepática reduz a produção de bile o que causa a esteatorreia, qual resulta da falta de sais biliares derivados de problemas hepáticos. 7. Como consequências fisiológicas, o paciente M.S.B pode desencadear uma hiperglicemia já que os receptores da insulina localizada no pâncreas, são danificados pelo contínuo uso de álcool. Após ateorização viu-se que Um dos mais importantes de todos os efeitos da insulina é o de fazer com que a maioria da glicose absorvida após a refeição, seja armazenada no fígado sob a forma de glicogênio, que depois é convertido em glicose. Quando o alimento não está disponível os níveis de glicose no sangue começam a cair e, consequentemente, os de insulina também. No alcoólico que bebe durante muitas horas seguidas, geralmente sem ingestão alimentar, prevalece o consumo de glicogênio hepático para metabolizar do álcool, o que contribui para a ocorrência de hipoglicemia nestes indivíduos. Consequentemente, o glucagon, produzido no pâncreas, vai ser secretado, elevando o nível de glicose de M.S.B. Sendo assim, a hipótese foi refutada, pois a hiperglicemia não é causada pelo defeito nos receptores de insulina do pâncreas, mas por outros mecanismos metabólicos. Essa hipótese foi refutada. Por fim os objetivos de aprendizagem foram alcançados. Referências: FERREIRA, Alexandre de Figueiredo; BARTELEGA, Janaina Alves; URBANO, Hugo Corrêa de Andrade. FATORES PREDITIVOS DE GRAVIDADE DA PANCREATITE AGUDA: QUAIS E QUANDO UTILIZAR? 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abcd/v28n3/pt_0102-6720-abcd-28-03-00207.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2019. HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Capítulo 65 | NUNES, Inês Cristina. “Novos anti-histamínicos: uma visão crítica”. J. Pediatr. (Rio J.) vol.82 no.5 suppl.0 Porto Alegre Nov. 2006. BORTOLI, Celiana et al. Ingestão Dietética de Gordura Saturada e Carboidratos em Adultos e Idosos com Dislipidemias Oriundos do Projeto Veranópolis. 2011. Disponível em: <http://www.onlineijcs.org/sumario/24/pdf/v24n1a05.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2019. BRITO, Dulce et al. Hipertrigliceridemia: há um papel para a aferese profilática? 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbn/v38n3/pt_0101-2800-jbn-38-03-0366.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2019. Miziara, Ivan Dieb. Mahmoud, Ali. Síndrome da Boca Seca. Revista Hupe. Rio de Janeiro, v. 11, n. 3 (2012). Disponível em: <https://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/8977/6872 />. Acesso em: 11 de nov. de 2019. Filho, Marco et al., Pancreatite Aguda: etiologia, apresentação clínica tratamento. Junho, 2009. Bove, Plinio. Pancreatite Aguda. Revista de Medicina. Silva, Ferreira Abgail. Efeitos Nocivos do Álcool: Simulação. 2015 Bucho, Cruz da Ribeiro Correia Sofia Maria. Fisiopatologia da Doença Hepática Alcoólica. Porto,2012 Luca, de Silva Marina; Pereira, Torres Eveline e Lima, Moreira Luciana. Interações entre exercício físico, álcool e fígado. 2016-2017. Centro de Informação sobre Saúde e Álcool(CISA). Álcool e Sistema Hepático. 2019 HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. ETANOL E MEMBRANAS CELULARES Actas Bioq. 2007, 8: 133-136. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1119/16/18125_ulsd_17_Actas_Bioquimica_8_Seminario_ XII.pdf. Acesso: 13 de novembro de 2019. IESC: Data: 14/11/2019 Em IESC foi-se também trabalhado comunicação verbal e não verbal entre paciente e profissional. Há uma necessidade de mudança nos atendimentos/consultas médicos onde é necessário que se mude do modelo tradicional biomédico, onde o médico tem uma relação distanciada, aparentemente neutra e livre de afetos com o paciente, para um modelo centrado no paciente onde a comunicação é horizontal e os dois sujeitos são ativos no processo de tratamento e há um acolhimento e empatia e formação de vínculos. A comunicação é o principal elemento para uma consulta ser realizada com sucesso. Na primeira consulta onde se tem um contato inicial com o paciente, a comunicação ou a falta desta irá influenciar o rumo de todo o processo de tratamento/acompanhamento. Um das queixas mais relatadas sobre o atendimento dizem respeito a falhas de comunicação com o profissional, como não saber escutar o suficientes, utilizar jargão excessivamente técnico e de pouca compreensão ao ouvinte, não demonstração de empatia, entre outros fatores. Para que a relação se torne mais humanizada e horizontal, é preciso que ocorra por meio de diálogos, posturas e gestos capazes de gerar empatia e acolhimento, minimizando os lugares de poder historicamente instituídos no relacionamento entre profissionais de saúde e pacientes. O termo comunicar é proveniente do latim – communicare – e significa “colocar em comum”. Entende-se, a partir dessa definição, que comunicação é o intercâmbio compreensivo de significação por meio de símbolos, havendo ou devendo haver reciprocidade na interpretação da mensagem verbal ou não-verbal. A comunicação como já dito, é um instrumento importante da prática médica e em especial da medicina geral e familiar. Por fim, a abordagem biopsicossocial para ser eficaz necessita de uma forte componente comunicacional nas diversas fases da relação médico-paciente, seja na consulta, seja nas atividades de prevenção da doença e de educação para a saúde, seja na relação com os familiares do paciente. Referências: SILVA, Pedro Ribeiro da. A comunicação na prática médica: seu papel como componente terapêutico. Revista Portuguesa de Clínica Geral, p.505-512. 2012 RAMOS, Ana Paula; BORTAGARAI, Francine Manara. A comunicação não-verbal na área da saúde. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 164-170, Feb. 2012 APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS: Data: 14/11/2019 https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1119/16/18125_ulsd_17_Actas_Bioquimica_8_Seminario_XII.pdf https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1119/16/18125_ulsd_17_Actas_Bioquimica_8_Seminario_XII.pdf https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1119/16/18125_ulsd_17_Actas_Bioquimica_8_Seminario_XII.pdf Referências: SILVA, Pedro Ribeiro da. A comunicação na prática médica: seu papel como componente terapêutico. Revista Portuguesa de Clínica Geral, p.505-512. 2012 RAMOS, Ana Paula; BORTAGARAI, Francine Manara. A comunicação não-verbal na área da saúde. Rev. CEFAC, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 164-170, Feb. 2012
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