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Hipertensão arterial - classificação e patogênese (primária e secundária)

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Hipertensão arterial: classificação e patogênese 
(primária e secundária) 
Bibliografia Indicada 
 Bogliolo - capítulo 16 
 Patologia Básica – cap. 10 
 
Pontos Interessantes sobre a Hipertensão arterial 
 A hipertensão arterial é uma das doenças mais importantes no mundo 
todo, por sua elevada prevalência e gravidade. 
 Assintomática → a doença evolui por muito tempo sem ser diagnosticada 
(fase subclínica - doença evolui sem pedir nada) 
 Sem controle ou tratamento → o estado hipertensivo evolui com 
sobrecarga ao coração e aos vasos sanguíneos de vários órgãos → uma 
doença de gravidade variada. 
 Pode chegar a ser letal → AVE 
 Importante causa de morbidade e mortalidade. 
 
 
 
 “Dados norte-americanos de 2015 revelaram que HAS estava presente 
em 69% dos pacientes com primeiro episódio de IAM, 77% de AVE, e 
75% com IC e 60% . A HAS é responsável por 45% das mortes 
cardíacas e 51% das mortes decorrentes de AVE No brasil, HAS atinge 
32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, 
contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença 
cardiovascular”. 
Rev Bras Hipertens 2017; Vol.24(1): 12-7 
 
OBS.: IC (isquêmica coronariana) = DAC (Doença arterial 
coronariana) 
 
 
O que é a hipertensão? 
Doença crônica, não transmissível, de origem multifatorial, freqüentemente 
assintomática, em que hácomprometimento do equilíbrio entre fatores 
vasodilatadores e vasoconstritores, com consequente elevação dos níveis da 
pressão sangüínea nas artérias capaz de, por progressiva alteração da 
perfusão tecidual, provocar danos aos órgãos por elas irrigados. 
 Condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada 
dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. 
 Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações 
funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela 
presença de outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade 
abdominal, intolerância à glicose e DM. 
 
→ A hipertensão ocorre do desequilíbrio entre os componentes de vasodilatação 
e vasoconstrição corporal 
 
CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
Normal <120 <80 
Pré-hipertensão 120–139 80–89 
Estágio 1 140-159 90-99 
Estágio 2 >159 >99 
Crise hipertensiva >180 >120 
 
Fatores de risco 
para HAS (não 
modificáveis): 
● Quanto maior a 
idade, maior a 
prevalência 
Fatores de risco para HAS 
(modificáveis): 
● Excesso de peso (prevalência entre adultos 
aprox. 40%) e obesidade (prevalência aprox. 
17%) 
● Mais prevalente 
na etnia negra 
● 
● Ingestão de sal (consumo recomendado é de 
2g/dia de sódio. Estudos mostram ingesta 
média de 4,7 g/dia de sódio na pop brasileira) 
● Ingestão de álcool (30 ml/dia de etanol, 
consumo limite, já é fator de risco. Consumo 
acima do limite foi observado em aprox. 16% 
adultos) 
● Sedentarismo (aprox. 46% da pop. Brasileira 
é insuficientemente ativa) 
● Diabetes Mellitus 
 
Diabetes Mellitus e HAS 
● Insulina – sensibilização das 
suprarrenais e angiostensina II 
– aumento de aldosterona – 
retenção de água e sal 
● Hiperinsulinemia: 
● Aumento da reabsorção de 
sódio 
● Aumento da contratilidade 
muscular 
● Aumento da atividade simpática 
● Aumento da RVP e volume 
sanguíneo 
Estresse e HAS 
● Liberação constante de 
adrenalina: 
● Aumento da FC 
● Vasoconstrição 
● Aumento da RVP 
● Aumento da PA 
 
Classificação 
 Hipertensão primária (essencial) representa a grande maioria dos casos 
(90 a 95%) 
 Hipertensão secundária (5 a 10%) aparece em grande número de 
doenças 
 
 
Patogênese 
HIPERTENSÃO PRIMARIA / ESSENCIAL / IDIOPÁTICA 
 Mecanismos patogenéticos envolvidos são muito claros, havendo 
aspectos não suficientemente esclarecidos 
o Aumento da atividade do sistema nervoso simpático; 
o Aumento da produção de hormônios retentores de sódio e de 
vasoconstritores; 
o Aumento prolongado da ingestão de sódio durante a vida; 
o Ingestão inadequada de potássio e cálcio; 
o Aumento da secreção ou secreção inapropriada de renina, com 
conseqüente aumento na produção de angiotensina II e 
aldosterona; 
o Deficiência na produção de vasodilatadores como prostaciclinas, 
óxido nítrico (NO) e peptídeos natriuréticos; 
o Alterações na expressão do sistema calicreínacinina; 
o Anormalidades dos vasos de resistência, incluindo lesões seletivas 
da microvasculatura renal; 
o Diabetes mellitus e resistência à insulina; obesidade; 
o Aumento na atividade de fatores de crescimento vascular; 
o Alterações dos receptores adrenérgicos, influenciando a FC, a 
resposta inotrópica do coração e o tônus vascular; e alterações no 
transporte iônico celular. 
 
 Associa-se aos fatores genéticos (associação genética inquestionável) 
o São conhecidos alguns polimorfismos gênicos associados à 
doença (genes do angiotensinogênio, de proteínas G, de 
endotelinas etc.) 
o Defeitos enzimáticos da degradação de aldosterona e mutações 
que favorecem aumento da reabsorção de Na+ e agua, 
hiperatividade dos corpúsculos carotídeos 
o Redução da excreção renal de sódio; 
o Aumento da resistência vascular arterial periférica; 
o Entre outros indicadores como história familiar 
 
 HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA 
 Mecanismos patogenéticos da HA podem ser conhecidos a partir da 
fisiopatologia de cada doença: 
o Doenças dos rins, frequentemente há isquemia renal e aumento da 
produção de renina; 
o Doenças endócrinas, muitas vezes há aumento da volemia por 
retenção de líquidos ou produção de catecolaminas; 
o Lesões encefálicas, o aumento da pressão arterial tem 
mecanismos variados; 
o Hipertensão da gravidez (pré-eclâmpsia), a tensão arterial se eleva 
por aumento de substâncias vasoconstritoras liberadas pela 
placenta

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