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1 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 É o órgão da audição e do equilíbrio corporal. Formada por três porções: externa, média e interna. As duas primeiras responsáveis pela transferência do som e a última contém o órgão da audição e do equilíbrio em si. ORELHA EXTERNA É formada por duas partes: Pavilhão da orelha, que capta o som, e pelo meato acústico externo, conduz o som até a memb. timpânica. Pavilhão da Orelha Formado por uma lâmina de cartilagem elástica, de formato irregular. Esta possui inúmeras depressões e elevações, sendo a concha sua depressão mais profunda e a margem elevada, chamada de Hélice. O lóbulo é constituído de um tec. fibroso, gordura e vasos sanguíneos. O trago é a projeção linguiforme superposta á abertura do meato acústico. Irrigação arterial » Artéria auricular posterior » Artéria temporal superficial Inervação » Nervo auricular magno: supre a face cranial (medial) e parte posterior (hélice, antélice e lóbulo) da face lateral. » Nervo auriculotemporal (ramo do NC III): supre pele da orelha (anterior ao meato). » Nervos vago e facial: contribuição embriológica para a concha. Drenagem linfática » Face súperolateral: Drena para os linf. parotídeos superficiais. » Face cranial da metade superior: Drena para os linf. mastoideo e cervicais profundos. » Restante da orelha: drena para linf. Cervicais superficiais. Meato Acústico Externo Canal da orelha que segue, internamente, até a porção timpânica do temporal. Meato acústico externo Cartilagem 2 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Terço lateral: Formato sigmoide, constituído por tec. cartilaginoso e envolto por uma pele continua com a da orelha. Dois terços mediais: Constituidos de tec. ósseo e revestidos por uma pele fina e continua com a camada externa da memb. timpânica. Possui glândulas ceruminosas e sebáceas, as quais produzem o cerume (cera de ouvido). A membrana timpânica localiza-se na parte medial do meato, sendo fina, oval e semitransparente. Coberta por pele fina, na parte externa e pela túnica mucosa da orelha média, internamente. Ela separa o meato da cavidade timpânica da orelha média. Possui uma concavidade voltada para o meato acústico, com uma leve depressão central cônica, cujo pico é umbigo da memb. timpânica. Atravessa perpendicularmente a membrana (em seu eixo central), direcionando-se no sentido anteroinferior e lateral. Acima do processo lateral do martelo, a membrana é fina (parte flácida), a qual forma a parede lateral do recesso superior da cavidade timpânica. O restante da memb. não possui fibras radiais e circulares, sendo denominada de parte tensa. Inervação » Nervo auriculotemporal: Face externa » Ramo auricular do nervo vago: parte da face externa » Nervo glossofaríngeo: Face interna ORELHA MÉDIA Também conhecida como cavidade timpânica, é uma câmara estreita na parte petrosa do temporal. Encontra-se unida na parte anteromedial, pela tuba auditiva, e na parte posterossuperior, pelas céls. mastoideas através do antro mastoideo (cavidade no processo mastoide do temporal). O antro é separado da fossa média do crânio por uma fina lâmina, o tegme timpânico. Essa estrutura forma a parede tegmental e faz parte do assoalho da porção lateral da fossa média do crânio. É revestido pela túnica mucosa e sua parte anteroinferior relaciona-se com o canal do N. facial. Dividida em propriamente dita (espaço interno) e recesso epitimpânico (superior a memb. timpânica) É revestida pela túnica mucosa que é continua com o revestimento da tuba e antro mastoideo. Possui formato de pastilha com 6 paredes côncavas: Tegmental (teto): Constituida por uma lâmina óssea fina, chamada tegme timpânico, a qual separa a cavidade timpânica da dura- máter, no assoalho da fossa média do crânio. (1) Jugular (assoalho): Constituída por uma lâmina óssea que separa a cav. Timpânica do bulbo superior da veia jugular interna. (2) Membranácea (lateral): Formada pela convexidade da memb. timpânica. Superiormente pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico. A cabeça do martelo estende-se até o recesso. (3) Cartilagem 3 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Labiríntica (medial): Formada pela parte inicial da cóclea, janelas oval e redonda, que comunicam-se com a orelha interna. Ela separa a cavidade da orelha interna. (4) Mastóidea (posterior): Na parte superior, possui uma abertura, o ádito do antro mastoideo, o qual une a cav. timpânica às céls. mastoideas. (5) O canal para o n. facial desce entre a parede posterior e o antro (situa-se medialmente ao ádito). Carótica (anterior): Superiormente tem a abertura da tuba auditiva e canal para o músculo tensor timpânico. Separa a cav. timpânica do canal carótico. Tuba Auditiva Une a cavidade timpânica com a parte nasal da faringe, onde abre-se posteriormente ao meato nasal inferior. Terço posterolateral: Formado por tec. ósseo Restante: Formado por cartilagem É revestida pela túnica mucosa, continua posteriormente com a túnica da cav. Timpânica, e anteriormente com a túnica da parte nasal. Tem como função igualar a pressão na orelha media com a pressão atmosférica pela passagem de ar, o que permite o movimento livre da memb. timpânica. A tuba deve estar sempre aberta, que ocorre pela expansão da circunferência do ventre do musc. levantador do véu palatino. Este quando se contrai, empurra uma parede, 1 2 3 4 5 4 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 enquanto o musc. tensor do véu palatino traciona outra (são músculos do palato mole). Irrigação arterial » Artéria faríngea ascendente (ramo da carótida externa e meníngea media). » Artéria do canal pterigoideo (ramo da maxilar). Inervação » Originam-se do plexo timpânico. » Formado por fibras do Nervo Glossofaríngeo (NC IX). » Recebe fibras do Gânglio Pterigopalatino (anteriormente). Drenagem linfática e venosa » Veias drenam para o plexo venoso pterigoideo. » Drenagem para os linf. Cervicais profundos. Ossículos da Audição Formam uma cadeia móvel de pequenos ossos, os quais situam-se desde a memb. timpânica até a janela do vestíbulo, uma abertura oval na parede labiríntica que direciona-se ao vestíbulo do labirinto ósseo. São cobertos pela túnica mucosa que reveste a cavidade, porém não possuem periósteo. Aumentam a força, mas diminuem a amplitude das vibrações para orelha interna. Martelo: Fixado na membrana timpânica. Cabeça (arredondada e superior), localiza-se no recesso timpânico e articula-se com a bigorna Colo situa-se contra a parede flácida da membrana. O nervo corda do tímpano atravessa sua face medial. Cabo insere-se na memb. e sua extremidade no umbigo da memb. (move-se com a membrana). O músc. Tensor do tímpano, insere-se nele (perto do colo). Possui um processo lateral e um lenticular, e um dente que o une à bigorna. Bigorna: Situa-se entre o martelo e o estribo e articula-se com eles. Corpo encontra-se no recesso epitimpânico, no qual se articula com a cabeça do martelo. Ramo longo é paralelo ao cabo do martelo, e a extremidade interna articula-se ao estribo pelo processo lenticular (projeção medial). Ramo curto une-se a parede posterior da cavidade por um ligamento. 5 ANATOMIANatasha Ferreira ATM 25 Estribo: É o menor dos ossículos. Cabeça, voltada lateralmente, articula-se com a bigorna. Base se encaixa na janela do vestíbulo na parede medial da cav. Timpânica (base oval). A base é menor que a memb. timpânica, acarretando em uma força vibratória nesse ossículo, maior que na própria membrana. MÚSCULOS RELACIONADOS AOS OSSÍCULOS ↠ Tensor do tímpano: É curto e origina-se: » Face sup. da cartilagem da tuba; » Asa menor do Esfenoide; » Parte petrosa do temporal; E insere-se » Cabo do martelo. Esse musculo puxa o cabo medialmente, tensionando a memb. timpânica e reduzindo a amplitude das oscilações para evitar lesões. É inervado pelo n. mandibular (NC V) ↠ Estapédio: pequeno músculo localizado no interior da eminência piramidal (proeminência cônica na parede posterior da cav.). Possui origem: » Forame puntiforme no ápice da eminencia (tendão). E insere-se: » Colo do estribo Ele traciona o estribo posteriormente e inclina sua base na janela do vestíbulo. Isso tensiona o ligamento anular e reduzindo a amplitude oscilatória. É inervado pelo n. facial (NC VII). 6 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 ORELHA INTERNA Contém o órgão vestíbulococlear que é responsável pela recepção do som e manutenção do equilíbrio. É formada por sacos e ductos do labirinto membranáceo e possui líquidos (endolinfa e perilinfa), os quais estimulam os órgãos de equilíbrio e audição, respectivamente. Labirinto Ósseo Formado por uma série de cavidades (cóclea, vestíbulo e canais semicirculares), contidas na Cápsula ótica, situada na parte petrosa do temporal (constituída por ossos densos). É um espaço cheio de líquido, perilinfa (semelhante ao liquido extracelular), circundado pela cápsula. Cóclea: Possui formato de concha e contém o ducto coclear, e está associada a audição. É constituída por um canal espiral que tem início no vestíbulo e faz duas voltas e meia ao redor do centro ósseo, o modíolo. Este contém canais para os vasos sanguíneos e para os ramos do n. coclear. A volta basal da cóclea forma o promontório da parede labiríntica da cav. timpânica. Nela, o labirinto ósseo comunica-se com o espaço subaracnóideo (sup. ao forame jugular), através do aqueduto da cóclea Também apresenta a janela da cóclea, a qual é fechada pela memb. timpânica secundária. 7 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Vestíbulo: Pequena câmara oval, e possui o utrículo e sáculo, e partes do labirinto vestibular. Apresenta a janela do vestíbulo (lateral), ocupada pela base do estribo. Ele é continuo com a cóclea, anteriormente, os canais semicirculares posteriormente e a fossa posterior do crânio pelo aqueduto do vestíbulo. Aqueduto: Estende-se até a face posterior da porção petrosa do temporal, a qual abre-se posterolateralmente ao meato acústico interno. Ele dá passagem ao ducto endolinfático e dois vasos sanguíneos pequenos. Canais semicirculares: Comunicam-se com o vestíbulo do lab. Ósseo, situando-se posterossuperiormente a ele, no qual formam aberturas (5) Estes canais encontram-se posicionados formando ângulos retos entre si. Cada canal forma cerca de 2/3 de um círculo de 1,5 mm de diâmetro. Entretanto na extremidade existe um alargamento, a ampola óssea. Alojados nos canais encontram-se os ductos semicirculares. Labirinto Membranáceo Constituído por uma serie de sacos e ductos comunicantes que estão suspensos no lab. Ósseo. Contém endolinfa, um líquido aquoso semelhante ao líq. intracelular. Ele é dividido em: Lab. Vestibular (utrículo e sácuolo, sacos comunicantes no lab.ósseo) e coclear (ducto coclear na cóclea). Ligamento espiral: estiramento do revestimento periosteal do canal da cóclea. Tem como função fixar o ducto coclear ao canal espiral da cóclea. Ductos semicirculares: 5 aberturas para o utrículo. Cada um possui, em sua extremidade, uma ampola, a qual contém uma área sensitiva, crista ampular. Elas registram o movimento da endolinfa decorrente da rotação da cabeça no plano do ducto. Ducto utricossacular: faz a comunicação entre utrículo e sáculo. Também da origem ao ducto endolinfático. Nervo vestibulococlear 8 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Ducto de união (Reuniens): Conecta o sáculo ao ducto coclear. O utrículo e o sáculo possuem áreas especializadas de ep. sensitivo, as máculas. A mácula do utrículo encontra-se no assoalho do mesmo, paralela à base do crânio. Já a mácula do sáculo, situa-se na parede medial do mesmo, verticalmente. As células da mácula são inervadas por fibras do n. vestibulococlear. Ducto endolinfático: atravessa o aqueduto do vestíbulo e emerge através do osso da fossa superior do crânio. Expande-se em uma bolsa cega, o saco endolinfático. Esse está localizado na face posterior da porção petrosa do temporal (sob a dura-máter), e é um reservatório para o excesso de endolinfa. Ducto coclear: Tubo em espiral, fechado. Encontra-se firmemente suspenso, pelo canal coclear, entre o ligamento espiral (parede externa do c. coclear) e a lâm. espiral óssea do modíolo. Ele divide o canal espiral (presença de perilinfa) em dois canais contínuos no Helicotrema (comunicação semilunar no ápice da cóclea). O teto do ducto é constituído pela memb. vestibular e o assoalho é formado por parte do ducto, a lâmina basilar e margem externa da lam. espiral óssea. Órgão espiral (de Corti): Receptor dos estímulos auditivos, situado sobre a lâmina basilar e coberto pela memb. tectória (gelatinosa). Ele é estimulado pela deformação do ducto coclear. 9 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25 Transmissão do som na orelha interna Ondas de pressão, geradas pelo estribo na perilinfa do vestíbulo, ascendem até o ápice da cóclea, pela rampa do vestíbulo. Essas ondas atravessam o helicotrema e descendem até a volta basal da cóclea, pela rampa do tímpano. A membrana timpânica secundária, situada na janela da cóclea, recebe as vibrações e as dissipa até o ar da cav. Timpânica. 10 ANATOMIA Natasha Ferreira ATM 25
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