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Introdução à patologia/ imunologia tutoria UCT V- SP1 Agentes agress�es As causas de lesões e doenças são divididas inicialmente em dois grandes grupos: exógenas (do meio ambiente) e endógenas (do próprio organismo). As causas exógenas são representadas por agentes físicos, químicos e biológicos e pelos desvios da nutrição; as endógenas estão relacionadas com o patrimônio genético, os desvios do metabolismo, os mecanismos de defesa do organismo contra agressões e os fatores emocionais, estes influenciados também pelo ambiente social. Os agentes físicos incluem força mecânica (traumatismo), radiações, variações de temperatura e alterações da pressão atmosférica; Os agentes químicos englobam uma enorme variedade de tóxicos, como defensivos agrícolas, poluentes ambientais, contaminantes alimentares e numerosas outras substâncias, incluindo medicamentos e drogas ilícitas de uso abusivo, Os agentes biológicos são representados por micoplasmas, riquétsias, vírus, bactérias, protozoários e metazoários. Os distúrbios da nutrição envolvem tanto a deficiência como o excesso de nutrientes. Em todas essas condições, é indiscutível o papel do patrimônio genético no aparecimento de doenças, pois cada indivíduo reage ao ambiente de modo particular, propriedade essa relacionada com a sua constituição genética. Por essa razão, os médicos afirmam que não há doenças, mas sim doentes, já que um mesmo agente etiológico pode causar lesões e evoluir de modo distinto em diferentes pessoas Reações Imunológicas: embora o sistema imune defenda o corpo contra micróbios patogênicos, as reações imunes podem também resultar em lesão à célula ou ao tecido. Os exemplos incluem as reações autoimunes contra os próprios tecidos e as reações alérgicas contra substâncias ambientais, em indivíduos geneticamente suscetíveis Envelhecimento: a senescência celular leva a alterações nas habilidades replicativas e de reparo das células e tecidos. Essas alterações levam à diminuição da capacidade de responder ao dano e, finalmente, à morte das células e do organismo. Mecanismos de defesa Os mecanismos de defesa contra agentes externos são muito numerosos. Ao lado de barreiras mecânicas e químicas existentes no revestimento externo e interno (pele e mucosas), o organismo conta com diversos mecanismos defensivos: (1) contra agentes infecciosos, atuam a fagocitose, o sistema complemento e, sobretudo, a reação inflamatória, que é a expressão morfológica da resposta imunitária; esta tem dois componentes: (a) resposta inata, que surge imediatamente após agressões; (b) resposta adaptativa; (2) contra agentes genotóxicos (que agridem o genoma), existe o sistema de reparo do DNA; (3) contra compostos químicos tóxicos, incluindo radicais livres, as células dispõem de sistemas enzimáticos de destoxificação e antioxidantes. É importante salientar que, com certa frequência, os próprios mecanismos defensivos podem se tornar agressores. Gabriela O. 2º período Mecanismos inespecíficos ● Inflamação Toda lesão causa inflamação, ela tem como função parcial, encaminhar certos mecanismos de defesa até o ponto danificado. Com a inflamação, aumenta-se o débito cardíaco e os glóbulos brancos podem atravessar a parede do vaso sanguíneo e encaminhar a zona inflamada com facilidade, o número de glóbulos brancos na corrente sanguínea também aumenta (liberação pela medula óssea) ● Febre Definida como elevação da temperatura corporal acima de 37.7 graus celsius, mas se trata de uma resposta a infecção ou lesão, elevar a temperatura estimula mecanismos de defesa e causa mal estar relativamente pequeno. as substâncias causadoras da febre recebem o nome de pirogênios. infecção não e a única causa de febre, ela pode ser consequência de inflamação, cancro ou alergia. Mecanismos específicos A imunidade específica é desencadeada sempre que o sistema reconhece um antígeno, ou seja atua de forma diferente ao agente patogênico e possui um efeito de memória, gravando-o em uma primeira infecção, nas subsequentes responderá de forma mais rápida e forte. Caso a infecção se desenvolva, entra em ação todo sistema imunitário , produzindo substâncias para atacar diretamente o invasor, os anticorpos aderem e imobilizam,podendo destruí-lo ou auxiliando os glóbulos brancos a encontrá-lo, além disso o sistema imunológico pode encaminhar um tipo de célula denominada células T citotóxica, que ataca diretamente os invasores Fármacos anti infecciosos, como antibióticos, agentes antimicóticos ou antivirais podem auxiliar nas defesas naturais do corpo, mas caso o sistema imune esteja enfraquecido, tais medicamentos não serão eficazes. Lesão Produzir lesões reversíveis ou não depende: da natureza do agente agressor, da intensidade da duração da agressão da capacidade do organismo de reagir. → Acontece a partir de mecanismos: - Depleção de ATP; - Danos mitocondriais; - Influxo de cálcio; - Acúmulo de radicais livres; - Danos no DNA; - Defeitos na permeabilidade da membrana. Lesão reversível As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são a tumefação celular e a degeneração gordurosa. A tumefação celular é resultado da falência das bombas de íons dependentes de energia na membrana plasmática, levando a uma incapacidade de manter a homeostasia iônica e líquida. É uma alteração morfológica reversível, de difícil observação na microscopia óptica, podendo ser mais visível ao nível do órgão inteiro. Quando afeta muitas células em um órgão, causa alguma palidez (resultante da compressão dos capilares), aumento do turgor e aumento do peso do órgão. O exame microscópico pode revelar pequenos Gabriela O. 2º período vacúolos claros dentro do citoplasma que representam segmentos distendidos e separados do retículo endoplasmático. Esse padrão de lesão não letal às vezes é chamado de alteração hidrópica ou degeneração vacuolar. A degeneração gordurosa ocorre na lesão hipóxica e em várias formas de lesão metabólica ou tóxica e manifesta-se pelo surgimento de vacúolos lipídicos, grandes ou pequenos, no citoplasma. A degeneração gordurosa é manifestada pela presença de vacúolos lipídicos no citoplasma. Ela é encontrada principalmente em células que participam do metabolismo da gordura (p. ex., hepatócitos e células miocárdicas) e também é reversível. As células lesadas podem exibir também coloração eosinofílica que se torna muito mais pronunciada com a progressão para a necrose. As alterações intracelulares associadas a lesão reversível incluem: (1) alterações na membrana plasmática, como bolhas, apagamento ou distorção das microvilosidades e perda das adesões intercelulares; (2) alterações mitocondriais, como tumefação e presença de densidades amorfas ricas em fosfolipídios; (3) dilatação do RE com destacamento dos ribossomos e dissociação dos polissomos; (4) alterações nucleares, com condensação da cromatina. O citoplasma pode conter massas fosfolipídicas, conhecidas como figuras de mielina, derivadas das membranas celulares lesadas. Lesão irreversível As lesões letais (irreversíveis) são representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise), pela apoptose (morte celular não seguida de autólise) e por outros tipos de morte celular reconhecidos mais recentemente. A lesa ̃o celular é irreversível quando a ce ́lula se torna incapaz de recuperar-se depois de cessada a agressão, caminhando para a morte celular. Apoptose: caracterizado por uma auto-programação de destruição celular (intracelular), não acontece a dissolução nuclear sem perda total da integridade das membranas, as células em apoptose ativam enzimas que degradam o DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas. Esse mecanismo não gera inflamação. As principais condições em que acontece apoptose são: (1) falta de fatores de crescimento, como ocorre em células dependentes de hormônios quando estes não estão disponíveis ou emlinfócitos que não recebem estímulo de citocinas; (2) lesão no DNA, por radiações, medicamentos antineoplásicos, radicais livres etc.; (3) estresse no retículo endoplasmático, por defeitos no dobramento de proteínas; (4) ação de linfócitos T citotóxicos; (5) ativação de receptores que têm o domínio de morte, como acontece na eliminação de linfócitos autorreatores. Redução da apoptose, por outro lado, pode estar envolvida no aparecimento de alguns cânceres. Necrose Necrose significa morte celular em organismo vivo e seguida de autólise. Necrose é o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e extravasamento dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, resultante da ação degradativa de enzimas - hidrolases- nas células lesadas letalmente; as hidrolases lisossômicas digerem todos os substratos celulares. Com a necrose, são liberadas alarminas (HMGB1, uratos e fosfatos) que sempre iniciam uma reação local do hospedeiro, Gabriela O. 2º período conhecida como inflamação, no intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. As enzimas responsáveis pela digestão da célula são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflamatória as células mortas. A necrose é caracterizada por alterações no citoplasma e no núcleo das células lesadas; - o citoplasma torna-se mais eosinofílico. - o núcleo tem 3 diferentes padrões, pode ser: cariólise- dissolução da cromatina; picnose- que é a cromatina extremamente condensada; cariorrexe- núcleo fragmentado - Gangrena A gangrena é uma forma de evolução de necrose secundária à ação de agentes externos. A desidratação da região atingida, especialmente quando em contato com o ar, origina a gangrena seca, ficando a área lesada com aspecto de pergaminho, semelhante aos tecidos de múmias (mumificação). A gangrena seca tem cor escura, azulada ou negra, por impregnação por pigmentos de hemoglobina, com uma linha nítida (reação inflamatória) no limite entre o tecido morto e o não lesado. A gangrena seca ocorre, sobretudo, nas extremidades de dedos, de artelhos e da ponta do nariz, geralmente por lesões vasculares como as que ocorrem no diabetes melito. Gangrena úmida ou pútrida resulta de invasão por microrganismos anaeróbios produtores de enzimas que liquefazem os tecidos mortos e produzem gases fétidos que se acumulam em bolhas juntamente com o material liquefeito. Essa gangrena é comum em necroses do trato digestivo, dos pulmões e da pele, nos quais a umidade a favorece. A absorção de produtos tóxicos da gangrena pode provocar reações sistêmicas fatais, induzindo choque do tipo séptico. A gangrena gasosa é secundária à contaminação com microrganismos do gênero Clostridium que liberam enzimas proteolíticas e lipolíticas e grande quantidade de gás, formando bolhas. A gangrena gasosa é comum em feridas infectadas. Imunidade Imunidade inata A resposta inata inclui mecanismos defensivos que atuam imediatamente após uma agressão, respondendo de modo inespecífico a diferentes agressores ou seja, age igualmente em todos os patógenos. A grande vantagem é a resposta ser acionada imediatamente, com amplo espectro de ação. Por essa razão, tal resposta é inespecífica, porque Gabriela O. 2º período desencadeia respostas semelhantes para enfrentar agressões muito diversas. Embora inata e com pouca especificidade, essa resposta está ligada à resposta adaptativa, interferindo na qualidade e na intensidade desta. Para reconhecer agressões e iniciar a resposta, o sistema imunitário utiliza receptores que, na resposta inata, embora poucos, reconhecem agressões muito diversas. Tais receptores reconhecem grupos de agressões, mas não uma agressão particular: reconhecem PAMP e DAMP, que sinalizam que houve agressão por um patógeno ou que surgiu uma lesão tecidual, sem especificação do patógeno ou do tipo de lesão. A imunidade inata é inespecífica porque o sistema, ao reconhecer PAMP, cria uma resposta que possa eliminar o patógeno, enquanto ao identificar DAMP cria condições para remover e reparar a estrutura lesada, independentemente da natureza do patógeno ou da lesão tecidual. Imunidade adaptativa É direcionada a invasores específicos e por isso a resposta imune é específica do corpo. MEMÓRIA IMUNOLÓGICA: É a capacidade do sistema imunológico de reconhecer um agente invasor pelo fato de já ter acontecido um primeiro contato anteriormente.. Não é uma ativação imediata (1 a 7 dias). Precisa ter ocorrido contato com o invasor antes CÉLULAS: LINFÓCITO T: Coordena uma série de atividades no sistema adaptativo. LINFÓCITO B: É o responsável pela produção de anticorpos específicos para cada doença. FORMA DE AÇÃO: Para cada antígeno haverá uma ação específica. No primeiro contato não haverá ativação do sistema adaptativo, por que ele nao reconhece o invasor e não consegue se defender. No segundo contato haverá a ativação do sistema e expansão clonal (a célula se expande em vários clones, e cada clone terá uma ação diferente, Nesse meio incluem-se as células de memória. INTERAÇÃO DA ADAPTATIVA COM O SISTEMA INATO As células presentadora de Antígeno (dendríticas, neutrófilos e macrógados) apresentam o antígeno para o linfócito T. O reconhecimento do agente invasor demora por conta da célula que irá reconhecê-lo (cada uma tem um tempo diferente). POTENCIALIZAÇÃO DA IMUNIDADE INATA: Os dois apresentam uma comunicação própria em que usam interleucinas (citocinas). O linfócitos T ajuda a potencializar (doar energia) o sistema inato, por meio das interleucinas, as mesmas que fazem a comunicação. Essa forma de comunicação é muito mais rápida. Linhas de defesa do c�po Ao lado de atitudes (reflexivas ou adquiridas) que permitem fugir ou evitar agressões, o organismo humano e os demais vertebrados têm dois mecanismos básicos de defesa: (1) barreiras mecânicas e químicas no revestimento do corpo e de suas cavidades (pele e mucosas); Gabriela O. 2º período A pele protege contra a invasão de microrganismos, variações de temperatura e umidade e substâncias tóxicas exógenas. O epitélio da epiderme é ceratinizado, resistente e impermeável; a secreção sebácea gera aldeídos microbicidas, enquanto a secreção sudorípara contém peptídeos microbicidas do grupo das catelicidinas; a microbiota residente normal compete com patógenos, impedindo a colonização destes. A pele possui ainda componentes do sistema imunitário, como células dendríticas na derme e no epitélio (células de Langerhans) e linfócitos T na derme. As mucosas são uma barreira mecânica mais frágil, mas suas secreções contêm substâncias microbicidas, como lisozima (destrói bactérias), peptídeos microbicidas (defensinas e catelicidinas) e imunoglobulina A (IgA). A principal secreção é o muco, que forma uma camada viscosa na superfície de epitélios que promove a aglutinação ou a aderência de bactérias e favorece a sua eliminação para o exterior. (2) resposta imunitária, que é o mecanismo de defesa mais importante do organismo. A resposta imunitária, que pode ser inata ou adaptativa, é o mecanismo de defesa mais eficaz que o organismo possui. As duas formas de resposta se intercalam e utilizam células e sistemas humorais comuns, além de a resposta adaptativa ter raízes na resposta inata. (1) contra agentes infecciosos, atuam a fagocitose, o sistema complemento e, sobretudo, a reação inflamatória, que é a expressão morfológica da resposta imunitária; esta tem dois componentes: (a) resposta inata, que surge imediatamente após agressões; (b) resposta adaptativa; (2) contra agentes genotóxicos (que agridem o genoma), existe o sistema de reparo do DNA; (3) contra compostos químicos tóxicos, incluindo radicais livres, as células dispõem de sistemas enzimáticos de destoxificação e antioxidantes. É importantesalientar que, com certa frequência, os próprios mecanismos defensivos podem se tornar agressores. A desregulação da reação imunitária, por exemplo, para mais ou para menos, está na base de muitas doenças prevalentes. Inflamação A inflamação é gerada por um estímulo, sendo por infecção, trauma mecânico, temperatura, geladura (normalmente em locais frios), agente químicos, radiação (Ex. UV), doenças autoimunes, isquemia em tecidos e na necrose. Sinais inflamatórios: Calor: vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo no local Rubor (vermelhidão): vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo no local Tumor (edema/ inchaço): permeabilidade capilar Dor Perda de função Substâncias envolvidas: - Bradicinina: faz a vasodilatação, aumentando a permeabilidade vascular e causa dor - Derivados do sistema complemento: algumas de suas substâncias, ajudam na resposta quimiotática - Histamina: vasodilatação - Óxido nítrico: vasodilatação - Citocinas: produzidas, principalmente, pelos macrófagos e são bastante quimiotáticas As células dendríticas e outras células, como células epiteliais, que têm os receptores que Gabriela O. 2º período percebe os patógenos infecciosos e substâncias liberadas das células mortas. Há dois tipos de receptores: 1. Receptores do tipo Toll (TLRs): Reconhecem produtos bacterianos (como endotoxina e DNA bacteriano) e outros patógenos; Estão localizados nas membranas plasmáticas e nos endossomos, e são capazes de detectar microrganismos extra e intracelulares; Ativa fatores de transcrição que estimulam a produção de uma série de proteínas de membrana e secretadas. Essas proteínas incluem mediadores da inflamação, citocinas antivirais (interferons) e proteínas que promovem ativação dos linfócitos e respostas imunológicas mais potentes. 2. Inflamossomo Reconhece produtos das células mortas; Citocina inflamatória interleucina 1β: É um importante mediador no recrutamento de leucócitos na resposta inflamatória aguda, onde os leucócitos fagocitam e destroem as células mortas. Ao ocorrer algum estímulo, ocorre uma descarga adrenérgica levando a vasoconstrição evitando a perda de sangue. Logo após, os mastócitos presentes, liberam histamina, ocorrendo a vasodilatação, produzindo calor, rubor e tumor, para que chegue mais O2 e nutrientes, para ajudar repor as células lesadas, diluir toxinas e fibrinogênio. Ao mesmo tempo, está acontecendo uma resposta celular. A vasodilatação facilita a saída do neutrófilo presente no capilar sanguíneo até ao tecido inflamado devido às substâncias quimiotáticas (chamam células imunológicas para o local da inflamação), pronto para eliminar o que esteja causando lesão. Ajudando os neutrófilos na fagocitose, vão estar as células teciduais, como as células dendríticos e histiocito (macrófago). Em torno de 24h do início da inflamação, os monócitos chegam aos tecidos sendo ativados, se tornando macrófagos. Eles podem ser M1 ou M2, o m1 vai ser responsáveis por ajudar os neutrófilos, já o m2 vai agir só no final realizando uma faxina no local, eliminando as células mortas como bactérias e células do nosso próprio corpo (desbridamento fisiológico). Fases da inflamação Fase vascular X Fase celular (ocorrem juntas) Vascular: Vasoconstrição reflexa (evitar perder muito sangue), após mastócitos liberam histamina que causa a vasodilatação* (rubor, calor e tumor/edema). Além desses sinais: - Aumento de oxigênio também ocorre para repor as células lesadas -Maior deposição de nutrientes -Diluição de toxinas -Fibrinogênio (se transforma em fibrina, e forma uma capa, compartimentalização da inflamação), evita que o quadro infeccioso chegue a outros lugares do corpo (tecidos) e realizem uma inflamação sistêmica (grave) *Com a vasodilatação ocorre o afastamento de células endoteliais (buraco), importante para a resposta celular. Celular: (neutrófilo: importante na resposta imune inata, ele vai onde está ocorrendo a lesão). -Como neutrófilo chega no local onde ocorre a lesão? -A vasodilatação ajuda o e algumas mudanças nele e na célula endotelial, eles expressam proteínas que vão fazer o neutrófilo passar perto da parede do vaso sanguíneo (marginação). Gabriela O. 2º período -Neutrófilo se adere a parede do endotélio, ele começa a rolar pela parede (rolamento) -Após parar o rolamento, ele se agarra no endotélio com força. Vai acontecer a diapedese: sai da corrente e passa por dentro do tecido lesado (pelo buraco citado anteriormente pela vasodilatação) -Neutrófilo dentro do tecido pronto para fazer fagocitose e eliminar o que está causando a lesão ( quando ele faz fagocitose, o neutrófilo morre junto com o patógeno) -Após 24 horas o monócito ativado e entra no tecido, vira macrófago (M1 e M2) .M1 : FAGOCITAR E NÃO MORRE .M2 : FAXINA/LIMPEZA DO LOCAL DA INFLAMAÇÃO (CÉLULAS MORTAS): DEBRIDAMENTO FISIOLÓGICO .QUIMIOTAXIA: chama mais células imunológicas no local de lesão Mediadores químicos: São liberados a partir da lesão ou invasão daquele tecido. -Macrófago: reconhece corpos estranhos e secreta mediadores que causam as modificações teciduais que geram a inflamação. -Mastócitos: apresentam em seu interior grânulos carregados de histamina e as libera no local. Ocorre mudanças nos vasos sanguíneos que estão chegando naquele local inflamado. 4 mudanças desencadeadas pelos mediadores: (macrófagos principalmente) - Vasodilatação local: com o maior fluxo sanguíneo haverá maior quantidade de células se locomovendo para o local lesado. Isso causa a vermelhidão/rubor e o calor - Maior permeabilidade dos vasos para que as células, moléculas e líquido saiam mais facilmente dos vasos para o tecido. A saída de líquido dos vasos para o tecido causa o inchaço que comprime as terminações nervosas daquele local, causando a dor. - Microcoagulação do local impede que os vasos transportem do local o agente causador, para outros locais. - Ativação endotelial: o endotélio que forma a parede dos vasos sanguíneos do local inflamado, ativa as moléculas de adesão(selectinas e integrinas), as quais atraem células (monócitos e neutrófilos) para aquele local. O neutrófilo, combate o patógeno e repara o tecido lesado. O estímulo doloroso gera um impulso nervoso que se dirige para a medula e volta para o local lesado. Quando ele volta para aquela terminação nervosa do local que gerou o estímulo, acontecerá a liberação de NEUROPEPTÍDEOS. CASCATA DA INFLAMAÇÃO: eicosanóides → derivados do ácido araquidônico ● Com as mortes celulares devido a inflamação, os fosfolipídios ficam dispersos no fluido do tecido; ● Fosfolipídeos → sofrem interação da fosfolipase a2 → ácido araquidônico ● O ác. araquidônico pode reagir com duas enzimas e ter destinos diferentes ● Ácido araquidônico → lipoxigenases (lox) → leucotrienos (fazem contração muscular e são quimiotáticos ajudando na diapedese) ● Ácido araquidônico →cicloxigenases (cox-1 / cox-2) → prostaglandinas (dor e febre porque agem diretamente no hipotálamo/ ação anti inflamatória) prostaglandinas → tx sintase → tromboxano a2 (coagulação) Gabriela O. 2º período Gabriela O. 2º período Cicatrização Visa restabelecer a integridade morfológica e funcional de um tecido danificado este processo depende de muitos fatores, como o tipo de pele, o local do tecido, a idade, estado de saúde, estado nutricional, tipo de ferida, ressecamento ou não as fases do processo são interdependentes e ocorrem simultaneamente. Fase inflamatória: Inicia no momento da lesão e tem duração de 24 a 48h, caracteriza-se por calor, rubor, edema e dor, podendo haver perda parcial ou ou total das funções, deve se fazer a limpeza da área nesta etapa. Fase proliferativa: Após a fase inflamatória, surge o aparecimento de tecidos de granulação, ocorre de 3 dias a 3 semanas, nesta etapa ocorre o preenchimento da lesao por macrofagos, fibroblastos, novos vasos, tecido de granulação e células epiteliais. ocorre contraçãoda ferida, reduzindo sua área, nesta fase o colágeno e imaturo e tem baixa resistência. Fase de remodelamento: Maior fase do processo, podendo durar anos, caracterizado pelo realinhamento das fibras de colágeno que compõe o tecido, de acordo com a tensão que o tecido e submetido. gradualmente assume aparência mais próxima ao normal Os fibroblastos são as principais células envolvidas no reparo tecidual e a sua função e a manutenção da integridade do tecido conjuntivo, utilizando matriz extracelular, são sujeitos a mudança de acordo com forca mecânica submetida durante a cicatrização alem de colágeno, produz elastina, fibronectina, glicosaminoglicanos e proteases, responsavel pelo remodelamento. Os fibrócitos (inativos), são importantes por contribuírem com formação de granuloma, na atividade antigênica, na produção de colágeno e na matriz proteica, atuam na remodelagem e na inflamação como fonte de citocinas. Durante a cicatrização, fibrócitos pode ser recrutados por tecidos adjacentes não lesados e convertidos em fibroblastos, recuperando sua função. Adaptações celulares ● Hipertrofia: é quando as células aumentam seu tamanho, para se adaptar ao ambiente. O aumento da massa muscular do halterofilista (fisiológico), ou do coração em hipertensos ou com valvopatias (patológico) são bons exemplos. Seu aumento é dado pela grande síntese de proteínas e aumento de organelas por estímulo de fatores de crescimento e hormonal. ● Hiperplasia: Crescimento de um tecido ou órgão pelo aumento do número de células. Ocorre em células com capacidade de mitose, quando estimuladas para maior atividade. ex: colo do útero, provocado pelo HPV ● Hiperplasia hormonal: Proliferação do epitélio glandular da mama na puberdade e gravidez. Proliferação e hipertrofia das células musculares lisas ocorrem concomitantemente no útero grávido. Na gravidez também há maior produção de TSH, resultando em hiperplasia da tireóide. No ciclo menstrual há hiperplasia das glândulas do endométrio. ● Hiperplasia compensatória: Como na regeneração hepática que ocorre após a hepatectomia parcial. Quando há remoção de um rim, o outro sofre hiperplasia. ● Hiperplasia nodular: A hiperplasia geralmente afeta o órgão como um todo, entretanto pode ocorrer em nódulos, podendo ser considerado como processo patológico, e se necessário pode ser removido cirurgicamente. Ocorre na próstata, tireóide, adrenal e mama. ● Hipoplasia: redução da população celular em um tecido, órgão ou parte do corpo, (como a Gabriela O. 2º período involução do timo, ou patológica como hipoplasia linfóide na AIDS) ● Atrofia: Diminuição do volume celular e diminuição de sua função. Também ocorre a diminuição de síntese proteica, com redução do número de organelas (autofagia -mecanismo de adaptação de organelas-). Juntamente ocorre o aumento da degradação de proteínas ● Metaplasia: alteração reversível onde um tipo de célula adulta, epitelial ou mesenquimal é substituída por outro tipo de célula adulta ( substituição do epitélio pulmonar dos fumantes, epitélio pseudo estratificado cilíndrico ciliado para epitélio estratificado escamoso). Resposta a um estímulo crônico que causa a metaplasia. Gabriela O. 2º período
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