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TECIDO OSSEO


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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2-Fernanda Daumas 
 
FUNÇÃO 
• O tecido ósseo é uma variedade do tecido conjun-
tivo e possui matriz óssea calcificada; 
• Do suporte as partes moles do corpo; 
• Protege órgãos vitais; 
• Fornece apoio aos músculos esqueléticos; 
• Sustenta o corpo uma vez que é o principal com-
ponente do esqueleto. 
CARACTERÍSTICAS 
• Super especializado e estrutural; 
• Formado a partir das células mesenquimais; 
• Possuem basicamente as mesmas características 
que o tecido conjuntivo. 
ESTRUTURA BÁSICA 
 
• A parte externa de osso é chamada de osso com-
pacto e parte interna, de osso esponjoso ou trabe-
cular. 
• Sua estrutura é constituída pelas células tendo re-
lação com a parte esponjosa ou compacta, ou seja, 
a região se caracteriza devido ao tipo de célula 
presente nessa parte. 
• O tecido hematopoiético ou sanguíneo é produ-
zido na medula óssea que está presente na parte 
esponjosa do osso. 
• Ossos longos especialmente as pontas são chama-
das de epífises e a parte do meio diáfise. 
• Em volta do osso temos um periósteo que ajuda na 
manutenção e nutrição do osso e também é um 
tecido conjuntivo propriamente dito. 
• A epífise possui cartilagem. 
OSSO COMPACTO 
• Primeiramente um tecido não mineralizado co-
meça a se enrijecer acumulando mineral na matriz 
e ficando com a forma mais compacta. Logo após 
ele será desfeito e construído em estruturas mais 
fortes (será remodelado) em uma forma mais lon-
gitudinal que confere mais resistência. O osso vai 
crescer de forma lamelar, ou seja, em camadas e 
longitudinalmente. 
 
 
TECIDO ÓSSEO 
Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2-Fernanda Daumas 
 
 
ÓSTEON 
 
• É o pilar formado pelos canais lamelares. 
• Possui um canal central onde passa artérias veias e 
nervos e o osso vai se construindo de forma lame-
lar. 
• Presença de células chamadas osteócito que pos-
suem ramificações que se conectam com os osteó-
citos do lado e os próximos aos canais possuem 
contato com os vasos sanguíneos. 
• Presença de 2 canais: Havers e Volkman. 
• Presença de canais que fazem o ósteon se comuni-
car com periósteo. 
• Temos também o endósteo que será o revesti-
mento interno com camada única. 
 O periósteo possui duas camadas e reveste a parte de 
fora do osso. A parte mais externa é fibrosa e auxilia na an-
coragem de tendões. As células do periósteo podem ser 
consumidas em momento de baixa calórica sendo transfor-
madas em nutrientes. 
• O osso é altamente irrigado e tem uma matriz bem 
rígida. Suas células estão encapsuladas por lacunas 
conectadas por canalículos que se conectam com o 
canal de volkman. 
MECANOTRANSDUÇÃO 
• Ao engordarmos colocamos mais pressão nesses 
canais e as células percebem e mineralizam mais 
esses canais ao mesmo tempo que aliviar essa 
pressão aumenta o espaço entre as células consu-
mindo esse osso pois não precisa de tanto peso na 
estrutura óssea (isso é uma forma de regulagem 
óssea). 
O OSSO NÃO PODE SER COMO UMA PEDRA TOTAL-
MENTE RÍGIDO 
• Pois ele se quebraria muito fácil. Antes de se for-
mar ele possui muito colágeno tipo 1 que permite 
que a matriz não seja totalmente mineralizada e 
quebradiça. O colágeno guia a mineralização do 
osso. 
OSSO ESPONJOSO 
• Presença de osteoclasto: faz destruição controlada 
do osso fazendo sua desmilitarização regulado ou 
não como no processo de controle da calcemia. 
• No osso esponjoso não tem canal central 
• Nosso esqueleto é um grande reservatório de cál-
cio. Mineraliza, absorve e joga para a corrente san-
guínea. 
• Na parte interna (osso esponjoso) também temos 
a estrutura lamelar, mas não tem todos os canais 
centrais e são irrigados pela medula óssea. 
 
TIPOS CELULARES DO TECIDO ÓSSEO 
 
 
 
 
CÉLULAS OSTEOPROGENITORAS 
Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2-Fernanda Daumas 
 
• Derivam de células troncos mesenquimais e é o 
primeiro formato das células ósseas e depois se 
transformam em osteoblasto. Ou seja, é uma cé-
lula inativa que depois fica ativada. Elas respon-
dem ao estímulo para formação de osso. 
OSTEOBLASTO 
• Secreta matriz que será mineralizada e fica mais 
externamente ao osso. 
• Essa matriz antes da mineralização é chamada de 
osteóide. 
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO TECIDO ÓSSEO 
• As células daquele tecido secretam matriz. Essa 
matriz possui proteínas que irão guiar o processo 
de ossificação: osteomectina e osteocalcina além 
de facilitam o acúmulo de minerais o que diferen-
cia o processo de construção desse tecido para um 
outro qualquer. 
• Primeiro há indução ao acúmulo de cálcio e fosfato 
e depois eles se acumulam no colágeno formando-
os cristais de fosfato e cálcio. 
• Os osteoblastos estão em forma de linha em volta 
do osso e são mais roxos na microscopia. 
• A parte bem rosa é o osso, já a parte rosa averme-
lhada é célula sanguínea. 
• O aporte sanguíneo é importante para carregar cé-
lulas mesenquimais para esse tecido. 
OSTEOCLASTO 
• Célula grande e moveis com microvilosidade que 
secreta hidrolase para realizar sua função de ab-
sorção de minerais por exemplo. 
• É uma célula polarizada e multinucleada. 
• Possuem também especialização que ajuda na sua 
ancoragem em células. 
• Suas células precursoras são chamadas de mieloi-
des. 
CÉLULAS DE REVESTIMENTO 
• São células derivadas do osteoclastos que perdem 
o citoplasma e adquirem forma plana. 
• Reveste os ossos que não estão em remodela-
mento. 
• Função de suporte nutricional e regulação do mo-
vimento de cálcio e fosfato. 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DO OSSO 
Ha dois tipos: intramembranosa e endocondral 
INTRAMEMBRANOSA 
 
 
 
 
• Como definir que aquele tecido vai virar osso? As 
células mesenquimais formam as células progeni-
toras e essas viram osteoblastos. Ou seja, precisa 
haver migração dessas células para a região onde 
deve haver formação de osso. 
• Há aglomeração de células progenitoras nesse lo-
cal formando um núcleo de ossificação que co-
meça a formar as espiculas que vão crescendo e 
acabam se encontrando e é isso que dá o aspecto 
esponjoso (formação de espiculas). 
 
• Os osteoblastos já prontos secretam osteoides 
apenas para um lado que é o interno fazendo um 
círculo interior aos osteoblastos externos. Os oste-
oides fazem um círculo e aí vão secretando o os-
teon para dentro. Os osteoblastos que foram fi-
cando internamente viram os osteócitos já que re-
alizaram sua função e acabam se tornando “células 
velhas”. 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2-Fernanda Daumas 
 
• Base de cartilagem que servirá de formação de 
osso. 
• Essa cartilagem é hialina e em geral em ossos lon-
gos. No fim essa cartilagem será substituída por 
osso. Ocorre por exemplo no fêmur. 
 
1. Primeiramente ocorre a ossificação intramembra-
nosa na região lateral e logo após ocorre a en-
docondral 
2. Essa parte óssea lateral será quebrada para en-
trada de vasos sanguíneos possibilitando a forma-
ção de osso no lugar de cartilagem. Isso ocorre na 
diáfise e da mesma forma na epífise. 
3. Na ponta da diáfise é mantido uma placa de carti-
lagem chamada de disco hipofisário e possibilita o 
crescimento do osso longitudinalmente. Dessa car-
tilagem as células se proliferam fazendo o canal 
que será substituído por osso 
PROCESSO DE TRANSFORMAR OSSO EM CARTILA-
GEM 
1. O grupo exógeno após se proliferar é alongado, ou 
seja, há multiplicação do número de células cres-
cendo longitudinalmente. 
2. Logo após há morte desse tecido com proliferação 
de células osteoprogenitoras no local onde estava 
o tecido cartilaginoso(canal) formando pelo disco 
hipofisário quando aumenta de tamanho deixando 
túneis. 
PROCESSO 
1. Proliferação 
2. Crescimento 
3. Calcificação (formação de um túnel com espaço 
dentro) 
4. Morte (reabsorção) 
FRATURA1. Estímulo de angiogênese (acúmulo de vasos sanguíneos) 
2. Logo após o osso precisa manter a estrutura então há 
formação de tecido granular 
3. Tecido cartilaginoso 
4. Osso esponjoso 
5. Osso compacto