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Atividade Peticao Inicial 24052021 (1)-convertido

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ATIVIDADE – 7° PERÍODO
O CASO: CARLOS celebrou com PIERRE, artista plástico de renome internacional, contrato por meio do qual este se comprometia a pintar, pessoalmente, 2 (duas) telas com motivos alusivos à nova mansão campestre por aquele adquirida. Pelo trabalho, PIERRE receberia a quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), dos quais R$ 100.000,00 (cem mil reais) lhe foram adiantados, e as telas deveriam ser entregues no prazo de um ano. Passado o prazo, PIERRE entregou a CARLOS as duas obras de arte, as quais, contudo, foram elaboradas por JACQUE, discípulo de PIERRE. CARLOS negou-se a receber as obras, uma vez que havia especificamente determinado que PIERRE deveria ser seu autor.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado de CARLOS, promova a ação competente para obter de PIERRE o ressarcimento cabível. Considere que CARLOS é domiciliado em Belo Horizonte/MG, ao passo que PIERRE é domiciliado em Juiz de Fora/MG.
Petição Inicial:
Discente: Inacia Santos Fernandes 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE, ESTADO DE MINAS GERAIS.
CARLOS, brasileiro, domiciliado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, ajuizar ajuizar ação de perdas e danos, pelo procedimento comum, com fundamento no Artigo 247 e seguintes do codigo civil em face de PIERRE, Artista plastico, domiciliado na cidade de Juiz de Fora, Minas gerais
I – DOS FATOS
Carlos, realizou contrato de confecção de duas telas, na qual deveriam ser pagos R$ 200.000 (duzentos mil reais), dos quais R$ 100.000 (cem mil reais) foram adiantados.
Passado o prazo dado para a entrega, Pierre cumpriu com a obrigação. Ocorre que, as telas deveriam ter sido confeccionados por ele, mas foram feitos por sua aprendiz, Jacque. Por conta disso, a requerente negou-se a recebê-los.
Diante deste fato, é fácil perceber que a requerido agiu de má-fé, pois foi claro a determinação de quem deveria confeccioná-los.
Em face dos acontecimentos acima relatados, vem o requerente, através da presente ação, buscar o devido ressarcimento e a indenização por perdas e danos, ocasionadas em virtude de má-fé provocada pela requerido.
II – DO DIREITO
Decorrente de uma obrigação personalíssima (infungível), apenas o devedor, em virtude de suas qualidades pessoais, poderia cumprir com a obrigação, não podendo ser substituído.
A) DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Foi acordado entre as partes que as telas deveriam ser exclusivamente feitos pela requerido, sendo, contudo, uma obrigação personalíssima. Devido à natureza da obrigação, apenas Pierre poderia confeccioná-los, porém, não foi o que aconteceu, sendo realizado por sua aprendiz.
A obrigação personalíssima não admite que terceiro a cumpra no lugar do devedor. Por estar, define obrigação de fazer personalíssima como:
“É a prestação relacionada com as qualidades pessoais do devedor, as chamadas obrigações intuitu personae. Exemplo: cirurgião plástico famoso é contratado para realizar uma operação”.
Diante disso, comprova-se a má-fé do requerido, pois este sabia que mais ninguém, além dele, poderia fabricar.
B) DAS PERDAS E DANOS
Devido a obrigação não ter sido cumprida como combinado, a requerente tem direito a perdas e danos.
Art. 247 CC – Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Art. 248 CC – Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 249 CC – Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
No sentido dos artigos, diz Pablo Stolze Gagliano:
”Somente o devedor indicado no título da obrigação pode satisfaze - lá. Pois se trata das chamadas obrigações personalíssimas (intuitu per Sonae), cujo adimplemento não poderá ser realizado por outra pessoa, há não ser o contratado, devido suas qualidades especiais”
Diante disso, por se tratar de obrigação de fazer personalíssima, ou seja, obrigação infungível, é essencial a presença do devedor e como não foi realizado pela requerida, cabe a esta indenizar a requerente pelas perdas e danos, além de restituir o valor de R$ 100.000 (cem mil reais) que lhe foi adiantado.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no artigo 334 do CPC/2015.
b) A citação do réu para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão.
c) Que o pedido seja julgado PROCEDENTE, para que condene o réu ao pagamento de R$ 100.000 (cem mil reais), além de perdas e danos causados, acrescido de juros e correção monetária.
d) Que seja julgado PROCEDENTE o pedido, condenando o réu ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios.
VI – DO PROTESTO POR PROVAS
Protesta provar o legado por todos os meios de prova em direito admitidos, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC/2015.
V – DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se a causa o valor de R$ 100.000 (cem mil reais), com fundamento no artigo 291 CPC/2015.
Nestes termos,
Pede deferimento

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