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Parasitoses intestinais

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@brunapvilla 
Ancilostomíase 
➥ É causado por nematelmintos: Anylostoma duodenale e 
Necator americanus. 
No Brasil é conhecida como amarelão ou doença do jeca tatu e 
é a verminose importante devido sua prevalência, anemia e 
distúrbios circulatórios e digestivos que pode ocasionar. 
➥ É predominante de área rural. 
➥ Reinfecção nos casos desses moradores de área rural não 
usar calçados, pois os parasitas vivem em solos arenosos. 
Manifestações clínicas 
A ancilostomíase cursa em 2 fases: aguda e crônica, podendo 
elas serem assintomáticas ou ter manifestações clínicas, 
dependendo da espécie infectante do ancilostomídeo infectante. 
– Fase aguda – 
Começa após a penetração das larvas, através da pele, até 
a migração pulmonar e instalação no intestino à 
normalmente assintomática ou apresenta prurido generalizado 
com foco em MMII. 
Nas infecções maciças: podem apresentar prurido intenso, 
sensação de queimação, eritema e edema, além de uma 
erupção vesicular no local. 
➥ Pode ter exantema maculopapular urticariforme. 
➥ Febre baixa ou moderada também pode estar presente 
associado com graus de prostração e síndrome de Löffler 
(doença pulmonar eosinofílica + tosse não produtiva, 
broncoespasmo, eosinofilia e infiltração intersticial no rx). 
– Fase Crônica – 
Se desenvolve lentamente e possui 4 formas clínicas: 
assintomática, digestiva, anemia e circulatória. 
➥ Digestiva: dores abdominais, náuseas, vômitos, anorexia ou 
apetite exagerado, geofagia – em alguns casos, alterações do 
ritmo intestinal – diarreia ou constipação, hipoproteinemia (em 
criança que apresentam elevado parasitismo). 
– Anemia ferropriva: sendo microcitica e hipocrômica, podendo 
ser pela perda sanguínea ou pela carência de ferro na 
alimentação do paciente. As manifestações da anemia são: 
palidez acentuada das mucosas, tonturas, cansaço fácil, 
sonolência, taquicardia, lipotimias, sopros cardíacos. Em casos 
extremos pode ter edema de MMII, anasarca, deficiência de 
desenvolvimento estrutural e comprometimento psíquico e 
intelectual. Cardiomegalia evoluindo para ICC, dor no 
hipocôndrio direito (hepatomegalia) e mal estado geral além da 
aparência amarelada podem ser consequências da doença. 
 
Diagnóstico laboratorial 
– EPF – 
É feito pelo exame parasitológico de fezes usando o método de 
Willis ou de Faust, identificando os ovos do ancilostomídeos. 
Pelo EPF não dá pra identificar a espécie e deve ser feito com 
as fezes recém eliminadas 
– Hemograma e Bioquímica– 
Avalia anemia – hiprocrômica e microcitica. Apresenta eosinofilia 
Pode pedir uma dosagem de albumina por causa do edema de 
MMII (hipoalbuminemia), eletrólitos, ureia e creatinina 
(desidratação). 
– Raio X – 
Na fase aguda o rx de tórax pode apresentar infiltrados 
localizados ou difusos indicativos de pneumonite intersticial. 
 
Diagnóstico diferencial 
Anemias por outras etiologias e outras parasitoses intestinais. 
ICC, doença de chagas 
 
Tratamento 
É utilizado uma combinação de 3 anti-helmínticos específicos da 
ancilostomose; 
➥ Albendazol 400mg 1 comp, VO em dose única. 
➥ Mebendazol (contraindicado para gestantes): 1com de 12x12 por 3 dias 
➥ Nitazoxanida 
Após o tratamento, deve ser feito um EPF para controle do 
tratamento no 7º, 14º e 21º dia. 
Além disso, pacientes com anemia devem fazer suplementação 
de sulfato ferroso à 50 – 100mg/dose durante 3 meses. 
@brunapvilla 
Giardíase 
 
Vetor 
Transmissão direta de água e alimentos contaminados pelo 
cisto de giárdia lamblia, que é um protozoário flagelado. A 
contaminação também pode ocorrer por transmissão de animais 
para humanos ou entre humanos pela via: fecal-oral. 
➥ Os cistos se encontram frequentemente em água pois são 
resistentes a cloração, por isso pode ser transmitido por 
piscinas. 
➥ Também pode ser transmitido por relações sexuais: anal-oral 
ou orogenital. 
➥ Também pode ser encontrada em gatos, cães, gado bovino e 
castores. 
 
Ciclo 
O ciclo da giárdia tem 2 estágios 
➥ Vida livre: trofozoíta 
➥ Cisto 
Após a ingestão doa cistos, eles entram em contato com a 
mucosa intestinal, consequentemente entrando em contato com 
os ácidos do estômago e os cistos liberam 2 trofozoítos que 
então infectam o intestino delgado (especialmente o duodeno) 
até chegarem no colón onde serão encistados novamente e 
serão liberados nas fezes. 
 
Manifestações clínicas 
Aparecem entre 1 e 3 semanas após a ingestão dos cistos e 
podem ter 3 tipos de manifestações: assintomática, diarreia 
aguda e crônica. 
Os sintomas podem ser: fezes malcheirosas, flatulência, perda 
de peso, cólicas abdominais, náuseas e vômitos, síndrome da 
má absorção, esteatorreia, fadiga e anorexia. 
➥ No início a diarreia se caracteriza por ser líquida e profusa 
(com até 10 dejeções ao dia), porém elas podem se tornar 
gordurosas e flutuantes. 
 
➥ Forma disentérica, as fezes apresentam-se com muco e fezes 
– Complicações da giardíase: síndrome da má absorção 
 
Diagnóstico laboratorial 
– EPF – 
É feito uma pesquisa de cistos e oocitos em exame a fresco ou 
com fixação de formalina a 10%. 
Lembrando que, um EPF negativo não descarta a doença. E 
uma amostra seriada de 3 PEF aumenta a sensibilidade do 
exame. 
– Sorologia – 
ELISA ou uso de Ac monoclonais para a pesquisa de Ag fecais. 
– Endoscopia – 
Usada para a coleta de fluídos e biópsia duodenal, não devendo 
ser usada sempre, apenas em pacientes HIV+ e diarreia crônica 
com EPF negativo à feito raramente 
– Hemograma – 
É inespecífico e não apresenta eosinofilia. 
 
Diagnóstico diferencial 
Outras parasitoses intestinais e gastroenterite viral aguda 
 
Tratamento 
Nitroimidazólicos, são altamente eficazes para o combate a 
parasitas intestinais. 
metronidazol 
secnidazol 2g em dose única VO 
 
 
 
 
 
 
@brunapvilla 
Amebíase 
 
É uma doença infecciosa causada pelo protozoário Entamoeba 
histolytica que causa uma doença aguda – disenteria amebiana, 
ou uma doença crônica – caracterizada pelo abcesso hepático, 
ameboma, amebíase pleuropulmonar, pericardite ou tendo um 
envolvimento do cérebro, pele ou genitais. 
Vetor 
A amebíase é uma doença transmitida de pessoa a pessoa pela 
ingesta de água ou alimentos contaminados. Os cistos são 
resistentes ao cloro e podem ficar por semanas em reservatório 
de água, alimentos. 
➥ Insetos podem veicular os cistos. 
➥ Período de incubação: 2-4 semanas, podendo durar dias, 
meses ou anos. 
Ciclo 
A E. histolytica tem 3 formas de vida: trofozoíta, pré-cistos e 
cistos. 
➥ Trofozoitos: é a forma móvel do parasita 
➥ Cistos: forma infectante e podem estar presente em água, 
alimentos contaminados ou mãos contaminadas por fezes. Ao 
chegar na mucosa intestinal, transformam-se em trofozoitos e 
começam a multiplicar-se, principalmente no ceco. 
– Ao ser eliminada na diarreia ou disenteria, os trofozoíta são 
eliminados nas fezes. 
– Durante o trânsito intestinal normal, são eliminados cistos e 
pré-cistos. 
 
Manifestações clínicas 
Depende da patogenicidade da cepa envolvida e da intensidade 
da infecção, além da extensão doa órgãos atingidos. 
➥ Diarreia com muco e fezes + fezes e calafrios, dor abdominal 
leve ou moderada 
Manifestação assintomática 
➥ Normalmente é feito um EPF ocasional onde se encontra o 
cisto do parasita. 
➥ Podem se tornar sintomáticos além de poderem transmitir a 
doença. 
 
Manifestações sintomáticas 
– Amebíase intestinal não 
disentérica – 
É a forma mais comum da amebíase e tem os seguintes 
sintomas: diarreia/constipação, flatulência, dores no baixo ventre 
“cólica”, perda de peso, anorexia. 
➥ Comumente confundida com doença intestinal inflamatória. 
– Colite amebiana aguda – 
Tem início súbito, com período de incubação de 7 – 21 dias. A 
diarreia apresenta muco ou sangue visível. 
➥ Outros sintomas envolvidos: tenesmo (espasmo do esfíncter 
anal com desejo urgente de defecar), dor abdominal de forte 
intensidade (podendo simular abdome agudo).➥ Sintomas raros: prostração, distensão abdominal, 
desidratação. 
– Megacolon tóxico – 
➥ Ocorre em menos de 0,5% doa casos, geralmente associado 
ao uso de corticoide 
➥ O tratamento é colectomia 
– Ameboma – 
➥ Pode ser uma lesão anelar, simulando carcinoma de cólon ou 
como massa dolorosa palpável no ceco ou colon ascendente. 
 
Manifestações 
extraintestinais 
➥ Comum em: fígado, pulmão e cérebro 
 
– Abscesso hepático – 
➥ Forma mais comum de amebíase extraintestinal 
➥ É a invasão de trofozoitos no fígado pelo sistema porta 
@brunapvilla 
➥ Sintomas: tem início insidioso ou agudo com febre e dor 
abdominal constante. Pode ter uma dor tipo pleurítica que irradia 
para o ombro. 
– Tríade clássica: febre, dor em hipocôndrio direito e leucocitose. 
➥ Em uma evolução crônica o paciente apresenta pálido, 
toxemiado e emagrecido. O fígado é doloroso a palpação – sinal 
de torres-homem. Não necessariamente apresenta icterícia. 
➥ Exames laboratoriais: anemia normocrômica e normocítica, 
leucocitose e neutrofilia com desvio a esquerca. 
VHS alterado, 
Fosfatase alcanlina alta 
Gama GT alta 
Não há elevação de TGO e TGP 
EPF: frequentemente negativo 
Para o diagnóstico de abcesso hepático se faz a USG ou a TC. 
➥ Diagnóstico diferencial para abcesso hepático: tumores 
hepáticos necróticos, hidatidose (cisto hepático). 
 
– Amebíase pleuroplumonar – 
➥ É uma complicação do abscesso. 
➥ Sintomas: dor torácica, tosse não produtiva ou com esputo 
achocolatado, dispneia, febre com calafrios e leucocitose. 
➥ Pode apresentar também: atelectasia e efusão pleural serosa 
 
Diagnóstico diferencial 
Febre tifoide, gastroenterite bacteriana, rotavírus, outras 
parasitoses intestinais 
 
Diagnóstico laboratorial 
– EPF – 
A presença de cistos ou trofozoitas da entamoeba fecha o 
diagnóstico, porém frequentemente o EPF dá negativo e não é 
muito específico para a E. histolytica. 
➥ Lutz ou Kato-Katz 
➥ É recomendado uma coleta seriada de 3 amostras de fezes 
para aumentar a sensibilidade do exame. 
➥ Os trofozoitas são muito sensíveis ao ambiente e podem não 
estar mais presentes nas fezes após 30 minutos. 
➥ Para os cistos deve ser utilizado o método de Faust + lugol 
– Sorologia – 
➥ O elisa é feito para detectar os antígenos nas fezes. 
➥ Anticorpos séricos 
– Biopsias – 
Trofozoíta em aspirados ou abscessos ou em cortes de tecidos 
atingidos. 
– Imagem – 
Por exemplo: USG em tecidos contaminados (como nos casos 
de abscesso hepático). 
 
Tratamento 
Secnidazol 2g em dose única 
Metronidazol 500mg 1 comp em VO, 8/8h durante 5 dias 
– Para formas graves – 
Metronidazol 750mg, VO, 8/8h durante 10 dias 
Nos casos de abscesso hepático: 750mg, VO, 8/8h durante 21 
dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@brunapvilla 
Esquistossomose 
 
É uma doença sistêmica causada pelo helminto Schistosoma 
mansoni. No Brasil é popularmente chamada de barriga d’agua, 
por causa da ascite em formas graves da doença. 
➥” Nadou, coçou, pegou” 
 
Ciclo 
– Meio biótico – 
É divido entre o homem e o caramujo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➥ Miracídios invadem os caramujos 
➥ Cercaria é a forma de vida livre que é a forma infectiva e 
penetra na pele do humano. 
➥ PI: 30-40 dias 
➥ O homem é hospedeiro definitivo (reprodução sexuada do 
parasita). 
– Meio abiótico – 
O parasita é um veículo obrigatório para a sobrevivência do 
parasita – águas, esgoto, lagoas, córregos e outros. 
 
Manifestações clínicas 
A esquistossomose tem várias formas de apresentação clínica, 
desde quadros benignos até o desenvolvimento de 
manifestações graves. 
➥ Transmissão de larvas sempre dá lesões pruriginosas em 
MMII. 
– Dermatite cercariana – 
Após a penetração da cercaria na pele, pode ocorrer um prurido 
seguido de erupção macular. Pode desaparecer rapidamente, 
mas em pessoas previamente expostas, a erupção pode ser 
persistente. 
– Esquistossomose aguda – 
Ou síndrome de Katayama, acontece após 3 – 7 semanas é 
caracterizado por linfoadenopatia 
É uma manifestação inaparente ou oligossintomática (diarreia, 
tosse seca, dor abdominal, emagrecimento), em indivíduos que 
habitam áreas endêmicas e quando a doença ocorre em 
crianças. 
A esquistossomose aguda apresenta os seguintes sintomas: 
febre alta acompanhada por calafrios, cefaleia, prostração, 
mialgias, anorexia, mal estar, dor abdominal, diarreia e sintomas 
respiratórios como tosse seca dor torácica e dispneia. 
➥ Histórico de banhos em rios, viagem ao nordeste 
➥ Apresenta abdome distendido e doloroso à palpação, com uma discreta 
hepatoesplenomegalia. 
 
Diagnóstico laboratorial 
– Hemograma – 
Leucocitose com intensa eosinofilia, nas formas agudas da 
doença. 
– EPF – 
Kato-Katz para identificação dos ovos 
 
Diagnóstico diferencial 
Febre tifoide, LVA, e outras geo-helmintíases agudas. Doenças 
exantemáticas como dermatites causadas por helmintos. 
Malária, hepatites virais anictéricas A e B, estrongiloidáise, 
amebíase, mononucleose, TB, ancilostomíase aguda, 
brucelose, doença de chagas. 
 
Tratamento 
Praziquantel, comp de 600mg, VO em dose única. 
@brunapvilla 
Ascaridíase 
É uma doença importante (prevalência e complicações) causada 
pelo helmínto Ascaris lumbricoides, verme cilíndrico que vive no 
tratointestinal de humanos após a infecção. 
A transmissão ocorre por ingestão de ovos infectantes do 
parasita, procedente do solo, água ou alimentos contaminados 
PI: aproximadamente 20 dias. 
O parasita adora um solo quente, úmido e sombreado, onde os 
ovos fertilizados se multiplicam e tornam-se infecciosos em 18 
dias. 
 
Manifestações clínicas 
Na maioria das vezes a infecção é assintomática, mas em 
casos extremos (principalmente em crianças), pode apresentar: 
anemia, desnutrição, retardo do crescimento, distensão 
abdominal, entre outros. 
– Manifestações pulmonares – 
Quando as larvas passam pelos pulmões, pode iniciar um 
quadro de pneumonite à síndrome de Löffler (é similar a uma 
pneumonia) 
➥ Sintomas da síndrome de Löffler: tosse, febre baixa e dispneia 
(lembra uma crise de asma). Na ausculta pode ter presença de 
estertores, roncos e sibilos. No rx de tórax pode ter infiltração 
intersticial difuso ou misto, uni ou bilateral. Hemograma 
apresenta eosinofilia. 
– Manifestações ectópicas – 
➥ Os vermes podem ser eliminados pela boca e pelo ânus. 
➥ Podem fazer obstrução de colédoco e levar a uma colecistite 
e icterícia, além de obstrução do canal pancreático (pancreatite 
aguda), fazer abscesso hepático, pela migração até a veia porta. 
– Oclusão intestinal – 
➥ São frequentes em crianças < 5 anos 
➥ Acontece pela quantidade de vermes que obstruem a luz do 
intestino, provocando uma parada de eliminação de gases e 
fezes. A criança pode apresentar vômito fecaloides, dor intensa, 
distensão abdominal e íleo paralítico. à forma um bolo de 
áscaris. 
 
Diagnóstico laboratorial 
– Hemograma – 
➥ Eosinofilia é a alteração mais frequente. 
➥ Pode ter anemia hipocrômica e microcitica 
– EPF – 
Os ovos de áscaris são mais densos e a metodologia utilizada 
deve ser a de Hoffman e o de Kato-Ketz. 
Também pode ser feito uma lâmina a fresco corada com lugol. 
– RX – 
Infiltrados intersticiais e mistos nos casos pulmonares, mas não 
existe um padrão radiológico. 
Diagnóstico diferencial 
Estrongiloidíase, ambebíase, apendicite, pneumonias 
bacterianas ou outras parasitoses. 
 
Tratamento 
Levamisol 
Mebendazol 100mg 2x/dia 3 dias 
Albendazol 400mg, VO em dose única 
Nitazoxanida 
Para os casos que apresentam obstrução intestinal: piperazina 
100mg/kg/dia + óleo mineral 40 – 60 ml/dia + antiespasmódicos 
+ hidratação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@brunapvilla 
Estrongiloidíase 
 
É causado pelo helminto Strongyloides stercoralis que completa 
seu ciclo no humano (e pode levar a autoinfecção). 
 
Ciclo 
A infecção começa com a penetração da larva na pele, ela 
migra até os pulmões onde vai ser deglutida. A larva chegaao 
TGI onde vai amadurecer e vai para o duodeno e jejuno onde 
pode viver por até 5 anos. 
PI: 2 a 4 semanas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestações clínicas 
➥ Normalmente é uma infecção assintomática, mas quando 
apresentam sintomas vai depender em qual estágio do ciclo o 
parasita se encontra. 
➥ Pode fazer a síndrome de Löffler 
Sintomas: febre, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos e 
diarreias profusas 
– Manifestações pulmonares – 
Tosse, dispneia e broncoespasmos, hemoptise e angústia 
respiratória 
 
 
Diagnóstico laboratorial 
– EPF – 
Fezes, escarro ou lavado gástrico por meio de Baermann-Morais 
– Sorologia – 
Para casos graves: elisa, hemaglutinação indireta, IFI 
 
Diagnóstico diferencial 
➥ Ascaridíase, giardíase, ancilostomíase, pneumonia, urticária, 
colecistite, pancreatite, eosinofilia pulmonar tropical, 
esquistossomose. 
 
Tratamento 
Cambendazol 5mg/kg em dose única VO 
Tiabendazol VO, 25mg/kg/dia durante 5-7dias 
Albendazol, 40mg/dia durante 3 dias 
Ivermectina em dose única VO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@brunapvilla 
Teníase 
 
Causada pela forma adulta de 2 helmíntos: Taenia Solium 
(porco) e Taenia Saginata (gado), que crescem no TGI do 
homem. Também é conhecida como solitária ou lombriga. 
 
Ciclo 
O hospedeiro definitivo é o homem. 
Para a Taenia solium os suínos são os hospedeiros 
intermediários. Para a Taenia Saginata o hospedeiro 
intermediário é o gado bovino. Ambos apresentam a forma 
larvária em seus tecidos. 
A transmissão da teníase é adquirida pela ingesta de carne de 
boi ou de porco mal cozida, que contém as larvas. 
Período de incubação tem uma média de 15 dias e a teníase 
demora 3 meses, pois normalmente o verme é encontrado na 
sua forma adulta nos infectados. 
 
Manifestações clínicas 
Dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, 
flatulência, diarreia ou constipação e letargia. 
Quando o parasita permanece apenas na luz do intestino não 
causa muitos problemas, só quando ele cresce muito que pode 
requerer uma intervenção. 
Em crianças pode causas problemas no crescimento. 
A Taenia solium pode causar problemas neurológicos – a 
neurocisticercose – ou outros problemas no sistema nervoso 
central e oftálmico. 
 
Diagnóstico 
– EPF – 
Presença de proglotes nas fezes ou em roupas de cama e uso 
pessoal. 
Pode-se fazer também swab anal. 
 
 
– Sorologia – 
Fixação do complemento, imunofluorescência e hemaglutinação 
no LCR para os casos de neurocisticercose. 
– Exames de imagem – 
Raio X, TC e RMM para identificar os cisticercos nos órgãos alvo 
e suas respectivas fases de crescimento. Pode-se fazer a 
biopsia de tecidos também. 
 
Diagnóstico diferencial 
➥ Nos casos de neurocisticercose fazer diferencial com 
distúrbios psiquiátricos e neurológicos, como a epilepsia. 
Tratamento 
– Para teníase – 
Mebendazol 200mg, 2x/dia durante 3 dias por VO. 
Niclosamida 
Clorossalicilamida 
 
– Para neurocisticercose – 
Praziquantel 50mg/kg/dia por 21 dias associado com 
dexametazona. 
Albendazol 15mg/kg/dia durante 30 dias associado com 
metilpredinisolona. 
Pacientes também podem fazer o uso de anticonvulsivos, nos 
casos que apresentam convulsão.

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