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ANA PAULA DA SILVA CAMPOS EMANUELY TAYANE DA LUZ MODESTO ELENI VITÓRIA MACIEL MACEDO JÉSSICA DA SILVA RODRIGUES QUEILA FERREIRA DOS ANJOS RENILSON PEREIRA ALVES RAFAELA PRISCILA BORGES JARA VITALLY SAMMEA LEITE DA CRUZ 2ª ATIVIDADE DA DISCIPLINA BIOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA TEMA: DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Atividade complementar entregue como requisito parcial para composição da nota da disciplina de Biologia, Histologia e Embriologia, professor Messias de Nazaré Campos Soares, curso bacharelado em Enfermagem – UNIP. Macapá 2021 2ª ATIVIDADE DA DISCIPLINA BIOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA. TEMA: DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO A embriologia é o ramo da Biologia que estuda o desenvolvimento embrionário, isto é, as etapas pelas quais eles passam desde a fecundação até o nascimento, o nascimento ocorre 266 dias (38 semanas) após a fertilização. O processo desde a fecundação até a nidação dura cerca de uma semana, sendo que a primeira divisão do zigoto ocorre nas primeiras 24 horas a seguir da fertilização. Confira as etapas a seguir: FERTILIZAÇÃO - ocorre quando os gametas masculinos e femininos se encontram e o espermatozoide penetra o óvulo. Quando isto acontece, os nucléolos dessas células haploides fundem-se em uma coisa só para formar um novo ser vivo, o ovo ou zigoto. CLIVAGEM - Quando o zigoto sofre várias divisões mitóticas e resulta num aumento significativo de células, dizemos que este processo denomina- se clivagem. Estas células resultantes são embrionárias, denominadas de blastômeros, e tornam-se menores a cada divisão por clivagem que ocorre. Na ilustração abaixo é possível perceber os vários estágios desta clivagem, o blastômero e outras estruturas também importantes que são formadas neste processo. É um processo que ocorre logo na 1ª semana, em que há repetidas divisões do zigoto, resultado de um rápido aumento do número de células. O zigoto é divido em duas células conhecidas como blastômeros, que então se dividem em quatro blastômeros, oito blastômeros e assim por diante. A clivagem normalmente ocorre quando o zigoto atravessa a tuba uterina rumo ao útero. Essa divisão do zigoto em blastômeros começa cerca de 30 horas após a fertilização e resulta na formação de uma esfera compacta de células conhecida como mórula, um fenômeno também chamado de compactação, que penetra no útero para dar continuidade à gestação. Abaixo, uma microscopia eletrônica que mostra a divisão inicial do zigoto: primeiro em dois blastômeros, em seguida em quatro, depois em oito e assim sucessivamente. Em seguida ao estágio de 9 células, os blastômeros mudam de forma e se compactam, este fenômeno (compactação) é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento atinge o estágio de mórula. As células internas da mórula estão envoltas por uma camada celular externa. A estrutura morular começa se formar 3 dias após a fertilização e então alcança o útero. Ocorrendo isto surge no interior da mórula a cavidade blastocística, um espaço que será preenchido por um fluido. Este fluido aumenta na cavidade, separando os blastômeros em dois tipos: - TROFOBLASTO: é uma camada celular externa delgada, que irá compor a parte embrionária da placenta. - EMBRIOBLASTO: é um grupo de blastômeros, situado no centro da massa celular interna, que originará o embrião. Todo esse processo de desenvolvimento é conhecido como blastogênese, e o concepto neste estágio é chamado de blastocisto. O embrioblasto então se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto, que aumenta rapidamente de tamanho assim que a zona pelúcida se degenera. Por volta de 6 dias após a fertilização o blastocisto adere ao epitélio endometrial. https://www.infoescola.com/embriologia/trofoblasto/ https://www.infoescola.com/embriologia/embriao/ O primeiro estágio da clivagem é a mórula, um maciço celular originado entre o terceiro e quarto dia após a fecundação. Na segunda e última etapa ocorre a blástula, onde as células delimitam uma cavidade interna chamada blastocele, cheia de um líquido produzido pelas próprias células. Até a fase de blástula as células embrionárias são chamadas de células-tronco, que podem originar todos os diferentes tipos de célula do corpo. IMPLANTAÇÃO – A implantação embrionária é o evento que marca o início da gravidez em si. Também chamada de nidação ou fixação, a implantação embrionária deve acontecer entre 5 e 7 dias após a fusão dos pronúcleos dos gametas masculino e feminino, tanto na concepção natural quanto na reprodução assistida. GASTRULAÇÃO E NEURULAÇÃO – A partir da blástula, inicia a fase de gastrulação, onde o embrião começa a aumentar de tamanho e surge o intestino primitivo ou arquêntero e ocorre a diferenciação dos folhetos germinativos ou embrionários. Os folhetos darão origem aos diferentes tecidos do corpo e se dividem em ectoderme, endoderme e mesoderme. Ectoderme: epiderme, unhas, pelos, córnea, cartilagem e ossos da face, tecidos conjuntivos das glândulas salivares, lacrimais, timo, tireóidea e hipófise, sistema nervoso, encéfalo e neurônios, entre outros. Endoderme: pâncreas, sistema respiratório (exceto cavidades nasais), pulmões, fígado e epitélio da bexiga urinária, entre outros. Mesoderme: derme da pele, músculos, cartilagens e ossos (exceto da face), medula óssea, rim, útero, coração, sangue, entre outros. Ao final da gastrulação, o embrião é chamado de gástrula. A última fase do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a diferenciação dos tecidos e órgãos. O primeiro estágio dela é a neurulação, quando há formação do tubo neural, que se diferenciará no sistema nervoso central. Durante a neurulação, o embrião recebe o nome de nêurula. A organogênese termina até a oitava semana de gestação, por volta do 56º dia. Nesse período, o embrião mede cerca de 3 cm de comprimento. Depois da nona semana até o nascimento, o indivíduo em formação passa a ser chamado de feto. GÊMEOS – Gestação múltipla gemelar ocorre um caso a cada 85 gravidezes. Os gêmeos chamados de monozigóticos são também conhecidos como univitelinos ou idênticos, pois se formam de um único óvulo (ovócito II) fecundado de um único espermatozoide originando dois ou mais embriões. Os gêmeos univitelinos são geneticamente idênticos e por esse motivo são sempre do mesmo sexo. Perceba o momento em que ocorre a formação do tubo neural G1 G2 Geralmente, durante a fase inicial do desenvolvimento embrionário, por volta do 8º dia, as células se separam tornando-os grupos independentes sendo que cada grupo forma um embrião completo. Na imagem ao lado, ilustra gestação gemelar Monocoriônica e Monoamniótica, ou seja, os gêmeos compartilham uma única placenta e uma única bolsa amniótica, quando isso ocorre os gêmeos serão obrigatoriamente idênticos. Quando essa separação se dá mais tarde, ocorre a formação de duas massas celulares que têm em comum o mesmo trofoblasto, sendo assim, os gêmeos compartilham o mesmo córion e placenta, mas não a mesma cavidade amniótica. Na imagem ao lado, ilustra gestação gemelar Monocoriônica e Diaminiótica, ou seja, os gêmeos compartilham a mesma placenta, mas não compartilham o líquido aminiótico, nesse caso os gêmeos terão o mesmo sexo, geneticamente idênticos e muito semelhantes no aspecto físico. Dois embriões cada um em seu saco amniótico compartilham a mesma plascenta. Em casos raros, quando ocorre a separação tardiamente, os embriões compartilham o mesmo âmnio, córion e placenta geralmente estes não sobrevivem ou podem surgir gêmeos chamados de irmãos siameses que ficam presos por umaparte em comum. Os gêmeos fraternos ou dizigóticos são originados por apresentarem dois ou mais ovócitos II na tuba uterina, sendo que cada um foi fecundado por um espermatozoide. Neste caso, os gêmeos se desenvolvem em células-ovo distintas, e por isso não são tão parecidos quanto os gêmeos univitelinos, podendo ter ou não o mesmo sexo. Os gêmeos fraternos podem ou não ser idênticos, podem não ter o mesmo sexo, eis que são formados por óvulos diferentes, espermatozoides diferentes, formando embriões diferentes, e cada um se desenvolve em placentas diferentes com bolsa amnióticas diferentes, na foto abaixo ilustra gêmeos fraternos, placenta dicoriônica e diamniótica, BERNARDO e BENÍCIO, que apresentam características físicas distintas. SINDROME DA RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO SELETIVA Por vezes a divisão da placenta pode ser desigual, o que faz com que um bebê seja nutrido por um pedaço grande de placenta enquanto o seu irmão é nutrido por um pedaço pequeno de placenta. Essa diferença de tamanho do pedaço de placenta que nutre cada bebê pode provocar um crescimento assimétrico entre os gêmeos. A placenta é dividida de maneira desigual entre os bebês isso pode fazer com que crescem em velocidade diferente. Um bebê irá ter o peso adequado para a idade gestacional enquanto que seu co-irmão é pequeno. Legenda – Ilustração de um caso de restrição de crescimento seletiva. Um bebê é menor do que o outro, apesar de serem gêmeos idênticos. INTERVENÇÃO CIRURGICA PARA SEPARAÇÃO DE GÊMEOS SIAMESES NO BRASIL No Brasil, em 2013 ocorreu a separação de gêmeos siameses ligados pelo fígado e abdômen, Bryan e Ryan, foram operados com dois meses de idade no Hospital de Clínicas de Minas Gerais. Em 09 de dezembro de 2020, São PAULO cirurgia de separação de gêmeas siamesas (Sara e Eloá), que nasceram no dia 23 de setembro de 2020, de 35 semanas, unidas do tórax ao umbigo e compartilhavam o fígado e uma válvula do coração. A intervenção médica, que ocorreu em dezembro do ano passado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, durou aproximadamente 8 horas. Foi um desafio muito grande a toda equipe médica formada por mais de 40 profissionais comandada pelo cardiologista Marcelo Jatene devido à complexidade do caso, a cirurgia foi realizada quando as meninas já tinham 2 meses de vida. FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO O desenvolvimento e crescimento humano podem ser afetados por diversos fatores e/ou condições. Este comprometimento pode ocorrer tanto no período pré quanto pós-natal e são oriundos de fatores internos e externos. Entre os fatores internos estão as influências genéticas e as condições maternais como desnutrição e anemia maternal, infecções gastrintestinais e respiratórias, malária, doenças sexualmente transmissíveis,na fase do pré-natal. Entre os fatores externos estão: a nutrição, a prática de atividades físicas, a ingestão de drogas, doenças maternas, a idade da mãe, a incompatibilidade de tipos sangüíneos, a exposição à radiação e substâncias químicas, tabagismo, alcoolismo e uso de outras drogas durante a gestação são alguns dos muitos fatores determinantes de crescimento intra-uterino retardado (má nutrição fetal). A QUAIS SINAIS DEVEMOS PRESTAR ATENÇÃO DURANTE O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO É importante que a gestante procure profissional de Saúde diante do aparecimento de qualquer dos seguintes sintomas: • Visão turva, pontos ou rajadas de luz, com ou sem dor de cabeça. • Uma área dolorida quente e avermelhada na panturrilha ou atrás do joelho. • Dor ou queimação na hora de urinar ou urina com frequência incomum. • Febre de 38º Celsius ou mais alta por mais de vinte e quatro horas. • Uma súbita dor forte e contínua ou cólicas na parte inferior do abdômen. • Sangramento ou vagina manchada. • Lesão no seu estômago. • Um súbito inchaço grave das mãos, dos pés ou do rosto. • Chagas ou bolhas na região vaginal (possivelmente herpes). • Sintomas de infecção vaginal, coceira, ardência e aumento anormal da evacuação. • Ter se envolvido em um acidente de carro. • Fluxo contínuo de pequena quantidade de líquido proveniente da vagina, ou água continuamente jorrando da vagina. • Náuseas, diarreia ou vômitos por mais de vinte e quatro horas. AS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS - São as células chamadas de pluripotentes, pois têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta. São encontradas no interior do embrião, quando ele está no estágio conhecido como blastocisto (4 a 5 dias após a fecundação). CÉLULAS TRONCO ADULTAS: Na fase adulta, as células-tronco encontram-se, principalmente, na medula óssea e no sangue do cordão umbilical, mas cada órgão do nosso corpo possui um pouco de células-tronco para poder renovar as células ao longo da nossa vida, como mostra a figura. Elas podem se dividir para gerar uma célula nova ou outra diferenciada. As células-tronco adultas são chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias. INTERATIVIDADE (UFV – 2009) A figura abaixo representa alguns estágios em ordem do desenvolvimento embrionário humano: Fases embrionárias (Foto: Colégio Qi) Em relação a esta figura, é INCORRETO afirmar que: (a) os estágios de I a III representam a sequência inicial de desenvolvimento embrionário que ocorre na tuba uterina. (b) até o estágio IV os blastômeros ficam unidos frouxamente e a partir daí estabelecem contato mais íntimo, formando a mórula (V). (c) a blástula, estágio VI, é delimitada por uma camada de células que normalmente se dividem para formar os gêmeos dizigóticos. (d) a segmentação é holoblástica e igual, ou seja, o zigoto divide-se totalmente, e a primeira clivagem, indicada em III, é meridional. RESPOSTA: C Os gêmeos dizigóticos (gêmeos falsos; bivitelinos ou fraternos) se formam a partir de dois zigotos. São provenientes de gametas diferentes e, portanto, não têm o mesmo patrimônio genético. Cerca de 65% dos casos de gêmeos univitelinos se originam pelo fato do blastocisto apresentar dois botões germinativos, e não a partir da camada que reveste o blastocisto. Fonte: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented embryology. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003.
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