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1 Atividades CRITÉRIOS PARA A ENTREGA E REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA: a) A resolução das atividades (questões de 1 a 10) deve ser entregue digitado ou manuscrito, postado em diário de bordo por apenas um membro do grupo; b) As atividades podem ser realizadas em grupos (mínimo de 3 e máximo de 6 alunos por grupo); c) A data de entrega das atividades será até 12/12/21 as 23h59min.; d) Devem ser inseridas na resolução das atividades as referências que forem utilizadas como consulta. e) Essa atividade será avaliada em 5 pontos. 2 UNIVERSIDADE DE UBERABA PRÓ-REITORIA DE ENSINO SUPERIOR MATERIAL DIDÁTICO DOS CURSOS SUPERIORES PRESENCIAIS ROTEIRO DE ESTUDO NÃO PRESENCIAL Componente Curricular: A UNIDADE DA VIDA E O DESENVOLVIMENTO BIOLÓGICO Desenvolvimento Embrionário Humano – aspectos fundamentais Elaborado por: Tatiana Reis Vieira1, Giuliana Cristina Marre Bruschi-Thedei2 e Mariana Beatriz Guimarães de Ávila3 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO HUMANO – aspectos fundamentais 1Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Mestrado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Professora dos cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Educação Física e Odontologia na Universidade de Uberaba. 2Graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-USP, Mestrado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP e Doutorado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Professora dos cursos: Farmácia, Odontologia, Educação Física, Enfermagem e Fisioterapia. 3 Graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC Campinas, Especialização em Biologia Molecular e Biotecnologia pela Universidade de Franca – UNIFRAN, Especialização em Reprodução Humana Assistida pela Associação Instituto Sapientiae, SAPIENTIAE, Brasil; Mestrado em Medicina Tropical e Infectologia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM. Professora dos cursos: Farmácia, Odontologia e Biomedicina. 3 Tatiana Reis Vieira, Giuliana Cristina Marre Bruschi-Thedei e Mariana Beatriz Guimarães de Ávila Introdução Este Roteiro foi elaborado com o objetivo de orientar 30 horas de estudos à distância, que irão propiciar o desenvolvimento de atividades relacionadas ao estudo do desenvolvimento humano, visando temas como a formação dos gametas (gametogênese), a fecundação, os aspectos fundamentais dos períodos do desenvolvimento embrionário, que são Período Pré-embrionário formado pelas primeira e segunda semanas; Período Embrionário que compreende da terceira até a oitava semana e o Período Fetal que vai da nona semana até o nascimento, assuntos estes constantes do programa de ensino deste componente curricular. O estudo do desenvolvimento embrionário é de extrema importância para os cursos da área da saúde, uma vez que o conhecimento de como um novo indivíduo se forma do ponto de vista morfológico, a origem dos seus tecidos, estruturas e órgãos é fundamental para a compreensão de situações normais, bem como de patologias decorrentes de alterações que ocorram durante este período. O conhecimento dos eventos que ocorrem neste período também contribui para que se possa compreender os cuidados, as limitações e as necessidades que a gestante apresenta neste período em relação à atuação dos vários profissionais da área da saúde, além do médico. Objetivos Os objetivos deste roteiro são: • Compreender o processo normal de formação dos gametas (espermatogênese e ovogênese); • Conhecer os períodos do desenvolvimento embrionário (pré-embrionário, embrionário e fetal) e os principais eventos que caracterizam cada um deles; • Compreender e relacionar a importância do conhecimento do desenvolvimento embrionário para um profissional da saúde. Esquema 1. Gametogênese (4h) 1.1. Espermatogênese 1.2. Ovogênese 2. Fecundação (2h) 3. Desenvolvimento Humano 3.1. Período Pré-Embrionário (1ª e 2 semanas) (8h) 3.2. Período Embrionário (3ª a 8ª semana) (8h) 3.3. Período Fetal (9ª semana até o nascimento) (8h) 1. Gametogênese A embriologia significa o estudo dos embriões e compreende o período de desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos. De acordo com Moore & Persaud (2008), o 4 desenvolvimento humano divide-se nos seguintes períodos: pré-natal (antes do nascimento) e pós-natal (após o nacimento). O estudo do desenvolvimento embrionário é de suma importância para o entendimento de como funciona a formação de um novo ser humano. O desenvolvimento humano inicia-se com a fecundação, quando um gameta masculino (espermatozóide) se une ao gameta feminino (ovócito) para formar uma célula denominada zigoto. O processo de formação dos gametas é denominado de gametogênese e é um exemplo de ocorrência da meiose, uma vez que a partir de uma célula inicial diploide serão formadas células filhas haploides, ou seja, com a metade do número de cromossomos da célula inicial. A formação dos espermatozoides é a espermatogênese e a formação do ovócito é a ovogênese. 1.1. Espermatogênese O processo de espermatogênese inicia-se na puberdade e ocorre até a velhice do homem. A espermatogênese começa a partir da espermatogônia, que está no interior dos túbulos seminíferos dos testículos, esta célula então sofre aumento do volume citoplasmático e duplica seus cromossomos passando a ser chamada de espermatócito primário. Este, por sua vez, sofre a primeira etapa da meiose ou meiose I originando dois espermatócitos secundários. Cada um dos espermatócitos secundários passa pela segunda etapa da meiose ou meiose II resultando em duas espermátides, portanto são formadas quatro espermátides ao final dessa etapa. As espermátides irão a seguir passar por modificações morfológicas durante o processo de Espermiogênese originando quatro espermatozoides. 1.2. Ovogênese A ovogênese inicia-se na vida intra-uterina de uma mulher, quando se formam as ovogônias que, por sua vez, irão originar os ovócitos primários ainda antes do nascimento. Esses ovócitos primários iniciam a primeira etapa da meiose ou meiose I ainda antes do nascimento, etapa esta que somente é retomada quando a mulher atinge a puberdade. Nesse período, alguns ovócitos são estimulados a terminarem a primeira etapa da meiose, porém apenas um completa essa etapa e dá origem a duas células: o ovócito secundário e o primeiro corpo polar. O ovócito secundário inicia a etapa da meiose II (chegando à metáfase II), quando o mesmo é liberado do ovário no momento da ovulação atingindo uma das tubas uterinas. Se o ovócito secundário for fertilizado por um espermatozoide na região da ampola da tuba uterina, ele termina a segunda etapa da meiose originando o óvulo e o segundo corpo polar. O processo de espermatogênese está representado na figura 1 e a ovogênese está mostrada na figura 2. 5 Figura 1. Representação do processo de espermatogênese com todas as células envolvidas. Considere que o espermatócito primário sofre a meiose I originando os espermatócitos secundários e estes, por sua vez, sofrerão a meiose II originando as espermátides. Fonte: Adaptado do Acervo Deposit Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 46132227) espermatogônia espermatócito primário espermatócitos secundários espermátides espermatozóides http://pt.depositphotos.com/search/espermatog%C3%AAnese.html?qview=46132227 6 Figura 2. Representação do processo de ovogênese e as células envolvidas. Considere que o ovócito primário sofre a meiose I originando o ovócito secundário e o primeiro corpo polar. E o ovócito secundário sofreráa meiose II originando o óvulo e o segundo corpo polar. Note também que a figura mostra a divisão do primeiro corpo polar que pode acontecer. Fonte: Adaptado do Acervo Deposit Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 2390211) 2. Fecundação O desenvolvimento embrionário inicia-se com a fecundação, na qual ocorre a união do material genético dos gametas masculino e feminino originando a célula-ovo ou zigoto. Esse processo ocorre na ampola da tuba uterina e a partir dele inicia-se a formação de um novo indivíduo. A fecundação apresenta alguns resultados como: a) Restabelecimento do número de cromossomos da espécie, que com a união dos cromossomos paternos e maternos resulta num zigoto diploide com 46 cromossomos; b) Definição do sexo genético do embrião, sendo que o gameta feminino apresenta ovogônia ovócito primário ovócito secundário primeiro corpo polar corpos polares óvulo http://pt.depositphotos.com/search/oogenesis.html?qview=2390211 7 sempre um cromossomo X que ao se juntar a um cromossomo X do gameta masculino resulta num embrião do sexo feminino, ou se o gameta masculino apresentar um cromossomo Y o resultado é um embrião do sexo masculino; c) Estímulo para o início das clivagens do zigoto; d) Promoção da variação da espécie devido ao “crossing over” que ocorre durante a formação dos gametas, uma vez que esse processo trata-se de uma meiose. A figura 3 mostra uma representação simples do processo de fecundação com a formação do zigoto. Figura 3. Representação do processo de fertilização com a união dos gametas masculino e feminino, bem como os processos de formação dos mesmos. Fonte: Adaptado do Acervo Deposit Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 72345431) espermátides espermatozóides espermatócito secundário espermatócito primário ESPERMATOGÊNESE OVOGÊNESE ovócito primário óvulo ovócito secundário primeiro corpo polar segundo corpo polar fertilização zigoto ovulação 8 3. Desenvolvimento Humano 3.1. Período Pré-Embrionário (1ª e 2 semanas) Na primeira semana do desenvolvimento embrionário, o zigoto passa por várias divisões mitóticas chamadas de clivagem, originando células denominadas de blastômeros, durante o seu percurso ao longo da tuba uterina em direção ao útero. Com as clivagens do zigoto então é originada uma nova estrutura chamada Mórula, que é formada por um aglomerado compacto de blastômeros, ainda na tuba uterina. A partir da mórula, que irá adentrar no útero forma-se o Blastocisto, que será composto por: embrioblasto que corresponde a um aglomerado de células localizado em dos pólos do blastocisto; trofoblasto, que é composto pelas células da parede do blastocisto e; cavidade blastocística ou blastocele, que é uma cavidade no interior do blastocisto. Parte das modificações descritas acima podem ser observadas nas figuras 4 e 5. Figura 4. Representação do processo de formação do zigoto (fecundação) e o seu trajeto ao longo da tuba uterina até o útero, mostrando as modificações que ocorrem durante este período, que corresponde à primeira semana do desenvolvimento embrionário. ovócito secundário fertilização Núcleo do espermatozóide Núcleo do óvulo ZIGOTO Estágio de 2 células Estágio de 4 células Estágio de 8 células CLIVAGEM MÓRULA BLASTOCISTO BLASTOCISTO EM IMPLANTAÇÃO 9 Fonte: Adaptada do Acervo Deposit Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 5486044) Figura 5. Representação do processo de clivagem do zigoto até a formação da mórula e do blastocisto. Fonte: Adaptado do Acervo Deposit Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 22794836) O blastocisto, por sua vez, irá se implantar no endométrio uterino, dando prosseguimento ao desenvolvimento embrionário. O processo de implantação inicia-se no final da primeira semana e termina no final da segunda semana do desenvolvimento. Segundo Filho et al. (2014), na segunda semana de desenvolvimento embrionário começam a surgir estruturas que darão origem aos chamados anexos embrionários como, por exemplo, a cavidade amniótica e o saco coriônico. Ainda na segunda semana, o embrioblasto se diferencia para formar um disco bilaminar composto pelo epiblasto e pelo hipoblasto. 3.2. Período Embrionário (3ª a 8ª semana) O período embrionário é fundamental para o estabelecimento da forma do embrião, bem como para o início da formação de todas as estruturas e órgãos do corpo humano. A terceira semana está dividida em fases que se caracterizam pela formação de novas estruturas que irão contribuir de forma significativa para o desenvolvimento embrionário. ZIGOTO Estágio de 2 células Estágio de 4 células Estágio de 8 células MÓRULA BLASTOCISTO 10 A primeira fase é a Gastrulação que inicia-se com o surgimento da linha primitiva e é caracterizada especialmente pelo surgimento dos folhetos germinativos (ectoderme, mesoderme e endoderme) a partir das células do epiblasto. A segunda fase da terceira semana é a formação da notocorda, que forma-se a partir da migração de células do mesoderme em direção cefálica, formando um bastão celular que irá indicar o local da coluna vertebral. A notocorda funciona como um eixo primitivo para o embrião e é fundamental para os eventos seguintes. Com a formação da notocorda, esta induz as células da ectoderme a formarem a placa neural que por sua vez irá evoluir originando duas estruturas essenciais que são o tubo e a crista neural. Esse processo é chamado de Neurulação. É do tubo neural que irão se formar a medula espinhal e o encéfalo, que são os componentes do Sistema Nervoso Central. É na terceira semana ainda que inicia-se a formação dos somitos na mesoderme, os quais irão originar a coluna vertebral; a formação dos primeiros vasos sanguíneos, do sangue e também do coração primitivo. Na quarta semana, a forma do embrião muda significativamente, uma vez que ele passa de um embrião discoidal para um embrião cilíndrico devido aos dobramentos que ocorrem nessa semana. Na quinta semana inicia-se um rápido desenvolvimento e crescimento da região cefálica, devido a um grande desenvolvimento do encéfalo e das estruturas da face. Em relação à forma da corpo poucas são as mudanças, valendo destacar que os brotos dos membros superiores e inferiores já estão em desenvolvimento. Na sexta semana, os brotos dos membros superiores continuam seu desenvolvimento, sendo os cotovelos, placas da mãos e raios digitais começam a ser notados. O desenvolvimento da região do meato acústico externo e da região dos olhos também já estão evidentes. Na sétima semana o desenvolvimento dos membros já está bastante adiantado sobretudo dos membros superiores, sendo que no fim desta semana inicia-se o processo de ossificação dos membros superiores. Durante a oitava semana, o desenvolvimento dos membros superiores é bastante significativo, sendo que os dedos iniciam a semana ainda unidos e no final desta semana já se encontram separados. Inicia-se a ossificação dos membros inferiores. No final desta semana, o embrião já possui características nitidamente humanas, embora a cabeça e o corpo ainda estejam muito desproporcionais; as pálpebras estão se fechando, e no topo da cabeça está presente o plexo vascular do couro cabeludo. A genitália externa ainda não permite a distinção entre os sexos. 3.3. Período Fetal (9ª semana até o nascimento) 11 A partir da nona semana o embrião passa a ser chamado de feto, uma vez que neste período todos os sistemas já estão totalmente formados e o embrião tornou-se um ser humano reconhecível. A partir deste momento, o então feto começa ganhar peso de forma considerável, ocorre também uma notável diminuição relativado crescimento da cabeça comparada ao tamanho do corpo, uma vez que a taxa de crescimento neste momento é intermitente, sendo maior em algumas semanas e quase nula em outras (MOORE & PERSAUD, 2004). 9ª a 12ª Semana: Até este momento, o fígado era o principal órgão responsável pela eritropoese, entretanto a partir de então a produção de glóbulos vermelhos passa a ser realizada pelo baço que desempenha esta função até a 28ª semana, quando a medula óssea assume este processo, o qual se manterá para o resto da vida. A urina começa a ser produzida pelos rins e eliminada da cavidade amniótica e são transferidos por meio da membrana placentária para a circulação sanguínea materna, entretanto o feto ainda é capaz de reabsorver parte do liquido amniótico por meio de deglutição. Alças intestinais visíveis localizadas na extremidade proximal do cordão umbilical até a metade da décima semana, ao entrar na 11ª semana o intestina já retornou ao abdome. As genitálias masculina e feminina ainda são semelhantes a sua forma madura não estará estabelecida até a 12ª semana. Aparecem centros primários de ossificação no esqueleto, com predominância nos ossos largos e crânio. A cabeça ainda se mantem de tamanho desproporcionalmente grande até a 12ª, a face é larga apresentando orelhas com implantação baixa, as pálpebras são fundidas, as unhas das mãos e pés começam a aparecer. As pernas são curtas e as coxas relativamente pequenas, os membros inferiores estão no seu tamanho final, mas os membros inferiores ainda são pequenos. Pode começar a sugar os dedos. 13ª a 16ª Semana: Período de crescimento fetal acelerado a cabeça aparenta ser menor quando comparada ao feto com 12 semanas, o movimento dos membros inferiores (já em tamanhos bem estabelecidos) e superiores ficam coordenados e possíveis de serem notados no ultrassom, entretanto a mãe ainda não pode senti-los. É possível notar a diferenciação dos sexos durante este período onde os ovários se diferenciam apresentando folículos primordiais e ovogônias. Ossificação do esqueleto do feto é muito ativa e os ossos tornam-se facilmente visíveis com o auxilio de ultrassom. Os fetos possuem entre 9 e 14 centímetros, o cabelo começa a crescer e os pelos pelo corpo também, as orelhas já estão posicionadas em seu local definitivo e o olhos ocupam uma posição anterior a face e não mais ântero-lateral, começam a “brincar” com as mãos e mexer a boca. 17ª a 20ª semana: O crescimento é lento, os membros alcançam seu tamanho definitivo. Já são observadas muitas ovogônias e folículos nas meninas e o testículo tende a ser exteriorizado nos meninos. O tecido adiposo multilocular de cor parda responsável pela produção de calor já são visíveis, no pescoço, posterior interno e esterno e região perirrenal. A mãe já nota os movimentos do feto e o mesmo apresenta a pele coberta por um material gorduroso (vérnix caseosa) que protege a pele do feto à exposição ao liquido amniótico. Observam-se cabelos, sobrancelhas pelos pelo corpo. 12 21ª a 25ª semana: Neste período há um ganho de peso considerável, o que faz o feto aparentar estar mais proporcional. O sistema respiratório ainda se apresenta imaturo. As células epiteliais secretoras denominadas pneumocitos do tipo II presente nos septos intralveolares começam a produzir surfactante, substância responsável pela maturação do pulmão. Os olhos começam a se movimentar e o feto está se mexendo cada vez mais quando estimulado por ruídos exteriores, brincam com as mãos, a cor da pele varia de rosa a vermelho. O feto deve pesar entre 250 a 450 gramas e medir cerca de 15 a 19 cm da cabeça aos pés. 26ª a 29ª semana: Caso o feto nasça neste período, o mesmo poderá sobreviver se receber cuidados intensivos, isso se dá, pois os pulmões e vasos sanguíneos já apresentam capacidade de realizar respiração e trocas gasosas uma vez que o sistema nervoso central está maduro o bastante para ser capaz de dirigir movimentos respiratórios ritmados e controlar a temperatura corporal. A quantidade de tecido adiposo multilocular aumenta consideravelmente (3,5 % do peso corporal). 30ª a 34ª semana: Tecido adiposo multilocular representando 8% do peso corporal, o feto apresenta pele rosada e lisa, e os fetos nascidos durante este período mesmo sendo considerados prematuros ainda assim conseguem sobreviver sem a necessidade de cuidados intensivos especiais. 35ª a 38ª semanas: Crescimento lento, o feto neste período se orienta espontaneamente a luz, apresenta a circunferência da cabeça e do abdome praticamente igual, o tamanho do pé é um pouco maior do que o fêmur, sendo um paramento importante a fim de confirmação de idade fetal. Este é um período significativo para o preparo e amadurecimento dos sistemas relacionados com a transição do ambiente intrauterino para o ambiente extrauterino, sendo principalmente os sistemas respiratório e cardiovascular. O feto apresenta em média 3.400 gramas com uma quantidade de gordura amarela de 16%, sendo o feto capaz de ganhar 14 gramas de peso por dia. A cabeça mesmo sendo grande já aparenta o seu tamanho definitivo. A 38ª semana marca o final do período normal de gestação. Na figura 6 pode ser observada uma representação simples das modificações morfológicas sofridas pelo embrião e pelo feto durante o desenvolvimento embrionário. SEMANA S 13 Figura 6. Representação das modificações morfológicas sofridas pelo embrião e pelo feto durante o desenvolvimento embrionário, com destaque para determinadas semanas desses períodos. Fonte: Adaptado do Acervo Deposit Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 51992875) Resumo O desenvolvimento embrionário humano inicia-se no processo de formação dos gametas que ocorre nos aparelhos reprodutores masculino e feminino. Com a união dos gametas na fecundação forma-se o zigoto, a partir do qual irá se formar um novo indivíduo. O desenvolvimento embrionário humano leva cerca de 38 semanas e pode ser dividido em três períodos que são denominados: Pré-embrionário, Embrionário e Fetal. No período Pré- Embrionário, que compreende as 2 primeiras semanas do desenvolvimento, o zigoto sofre várias modificações ao longo da tuba uterina, originando primeiramente a mórula e, em seguida, o blastocisto já no interior do útero. O blastocisto então, durante a 2ª semana do desenvolvimento, irá implantar-se no endométrio uterino e ao mesmo tempo parte de suas células darão origem às primeiras células do corpo do embrião. Ao final deste período, o embrião é composto por duas camadas de células chamadas de epiblasto e hipoblasto, sendo assim um disco embrionário bilaminar. No Período Embrionário, que compreende da 3ª até a 8ª semana, o embrião que tinha a forma de um disco passa por muitas modificações tornando-se primeiramente um disco embrionário trilaminar e, em seguida, um embrião cilíndrico na 4ª semana. Até o final do Período Embrionário, o embrião já apresentará uma forma humana e possuirá os primórdios de todas as estruturas e órgãos. No Período Fetal, que vai da 9ª semana até o nascimento, o embrião passa a ser denominado de feto, ganhará peso, seu comprimento atingirá os valores médios da espécie e todas as estruturas, órgãos e sistemas finalizam sua formação. Leitura(s) OBRIGATÓRIAS MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA, 2008. Capítulo 2: Início do desenvolvimento Humano: Primeira Semana. Comentário: Os autores descrevem de forma sintética partes do sistema reprodutor feminino e masculino, os hormônios envolvidos na formação dos gametas e mostra esquemas com todas as células presentes na ovogênese e na espermatogênese. Ainda aborda detalhes do ciclo ovariano e da ovulação. Em relação a fertilização, os autores descrevem as fases e resultados do processo. Em seguida descrevem e evidenciam através de figuras os eventos da primeira semana do desenvolvimentohumano. Ao final da primeira semana a estrutura denominada blastocisto encontra-se parcialmente implantada no endométrio uterino. As ilustrações auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, pois facilitam o entendimento dos conceitos descritos. 14 MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA, 2008. Capítulo 3: Formação do disco embrionário bilaminar: Segunda semana. Comentário: Na segunda semana acontecem eventos como a formação do epiblasto, hipoblasto, citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, cavidades amnióticas e saco vitelino. No final da segunda semana o blastocisto encontra-se completamente implantado no endométrio. Os autores descrevem os eventos e inserem muitas ilustrações facilitando o entendimento do leitor. MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA, 2008. Capítulo 4: Formação das camadas germinativas e início da diferenciação dos tecidos e órgãos: Terceira Semana. Comentário: Neste capítulo, os autores descrevem o processo de gastrulação, a formação da notocorda, a neurulação, bem como a formação dos somitos, o desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular. As ilustrações auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, pois facilitam o entendimento dos conceitos descritos. MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA, 2008. Capítulo 5: Período da Organogênese: da quarta à oitava semana. Comentário: Neste capítulo, os autores descrevem os dobramentos sofridos pelo embrião neste período, os derivados das camadas germinativas e, também, os principais eventos da quarta, quinta, sexta, sétima e oitava semanas. MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA, 2008. Capítulo 6: Período Fetal: da nona semana ao nascimento. Comentário: Neste capítulo, estão presentes itens que descrevem os pontos importantes desse período do desenvolvimento embrionário, o qual é dividido em grupos de semanas e também os fatores que influenciam o desenvolvimento fetal. COMPLEMENTAR SADLER, T. W. Langman Embriologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. CRITÉRIOS PARA A ENTREGA E REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA: 15 a) A resolução das atividades deve ser entregue digitado ou manuscrito, postado em diário de bordo por apenas um membro do grupo; b) As atividades podem ser realizadas em grupos (mínimo de 3 e máximo de 6 alunos por grupo); c) A data de entrega das atividades será até 12/12/21 as 23h59min.; d) Devem ser inseridas na resolução das atividades as referências que forem utilizadas como consulta. e) Essa atividade será avaliada em 5 pontos. ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1. O processo de gametogênese é fundamental para a reprodução humana, uma vez que através do mesmo são formados os gametas. A formação do gameta masculino é denominada Espermatogênese e a formação do gameta feminino é a Ovogênese. Com base no texto estudado e em pesquisa em outras leituras, faça o esquema da Espermatogênese e da Ovogênese, indicando as células envolvidas e as etapas da meiose que ocorrem em cada momento desses processos. 2. A fertilização ou fecundação é o encontro dos gametas masculino e feminino que resulta numa célula-ovo ou zigoto, a qual irá originar todas as células do corpo de um novo indivíduo. Sendo assim, pergunta-se: a) Em qual local do aparelho reprodutor feminino ocorre a fertilização? b) Mencione duas consequências ou resultados do processo de fertilização. 3. Após a fertilização, o zigoto começa a sofrer sucessivas divisões conhecidas como clivagens originando estruturas como a mórula e depois o blastocisto, ao longo da formação de um novo indivíduo. Pede-se: Descreva o processo de clivagem do zigoto até a formação da mórula e do blastocisto, mencionando em quais regiões do aparelho reprodutor feminino se formam o zigoto, a mórula e o blastocisto. 16 4. Analise os itens abaixo, os quais se referem a eventos que ocorrem durante a segunda semana do desenvolvimento embrionário, a qual faz parte do Período Pré- Embrionário: I – O embrioblasto forma o sinciciotrofoblasto. II – O embrioblasto forma o epiblasto e o hipoblasto. III – O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica. Sendo assim, as informações corretas estão contidas em: a) I; b) II; c) III; d) I e II; e) II e III. 5. Nos itens abaixo estão mencionados alguns acontecimentos do desenvolvimento embrionário, os quais estão colocados de forma aleatória. Pede-se: numerar estes acontecimentos de 1 a 5, colocando-os na ordem em que acontecem: ( ) clivagem dos blastômeros ( ) formação do zigoto ( ) início da implantação do blastocisto ( ) formação do blastocisto ( ) formação da mórula 17 6. Durante o Período Pré-Embrionário, mais precisamente na segunda semana, inicia-se a implantação do blastocisto no endométrio uterino, a qual pode ser visualizada na figura abaixo no seu início (A) e num momento mais adiantado (B). O processo de implantação se prolonga pela segunda semana, sendo que nesse período o blastocisto sofre várias modificações. Pede-se: Explique quais são as modificações sofridas pelo blastocisto durante o processo de sua implantação no endométrio uterino, destacando como se forma o disco embrionário bilaminar. Fonte: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. TORCHIA M. G. Embriologia clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 7. O processo de gastrulação é fundamental para a formação de determinadas estruturas do embrião e ocorre durante o Período Embrionário. Pede-se: Explique o que é o processo de gastrulação e em qual semana do desenvolvimento embrionário ele ocorre. 8. Ainda durante o período embrionário, ocorre a formação de estruturas fundamentais como o tubo neural, a notocorda e os somitos. Pede-se: Explique brevemente a formação das seguintes estruturas e o que elas irão originar: a) Tubo neural 18 b) Notocorda c) Somitos 9. A figura abaixo mostra as mudanças nas proporções do corpo durante o Período Fetal, sobretudo em relação ao corpo como um todo e à cabeça. Dessa forma, analise a figura explicando o que está ocorrendo com as proporções entre o corpo e a cabeça durante o período mostrado (Período Fetal), referindo-se às semanas que são mencionadas na figura e destacando como são essas proporções no início desse período e no final dele. Fonte: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. TORCHIA M. G. Embriologia clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 10. “Apesar de o embrião humano estar bem protegido no útero, alguns agentes ambientais, chamados de teratógenos, podem causar perturbações do desenvolvimento após a exposição da mãe a eles. Fatores ambientais causam de 7 a 10% das anomalias congênitas.” (Moore, K. L.& Persaud, T. V. N. Embriologia Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA. 2008. p. 175). 19 O gráfico abaixo mostra o risco de ocorrência de anomalias congênitas em relação aos períodos do desenvolvimento embrionário (Período Pré-Embrionário, Embrionário e Fetal). Considerando estas informações, pede-se: a) Defina o que é um agente teratogênico ou teratógeno e dê dois exemplos. b) Analise o gráfico mostrado e explique como é o risco de ocorrência de anomalias congênitas ao longo do desenvolvimento embrionário, mencionado também qual desses períodos é o mais crítico em relação à ocorrência dessas anomalias. Fonte: MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. TORCHIA M. G. Embriologia clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Referências FILHO, ABS; VERAS, DM, CAMINHA, HB, DIAS, ICR. Terceira Semana do desenvolvimento embrionário: Folhetos embrionários e desenvolvimento de novas estruturas. Disponível em: <http://www.institutododelta.com.br>. Acesso em: maio de2014 MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. USA, 2008.
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