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1 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck Objetivos 1- Compreender os processos de fecundação até a nidação; 2- Estudar o desenvolvimento fetal (mudanças ocorridas em cada semana); 3- Diferenciar a idade gestacional da idade embrionária. Fecundação até a Nidação Primeira semana de desenvolvimento humano Uma vez que o ovócito é liberado a partir da ruptura do folículo, ele é levado para dentro da tuba uterina pelos batimentos ciliares. Enquanto isso, os espermatozoides depositados no trato reprodutor feminino devem passar pela etapa de maturação final, a capacitação, que permitirá que o espermatozoide nade rapidamente e fertilize o ovócito. Aparentemente, o processo envolve mudanças na membrana externa da cabeça do espermatozoide (SILVERTHORN, 7ª ed.). ↠ A fertilização do ovócito pelo espermatozoide é o resultado de um encontro ao acaso, possivelmente auxiliado por moléculas químicas de atração produzidas pelo ovócito. Um ovócito pode ser fertilizado durante apenas cerca de 12 a 14 horas após a ovulação. No trato reprodutor feminino, os espermatozoides permanecem viáveis por cerca de 5 a 6 dias. Aparentemente, eles ligam-se ao epitélio das tubas uterinas enquanto aguardam os sinais químicos liberados pelo ovócito recém-ovulado (SILVERTHORN, 7ª ed.). ↠ Depois que o homem ejacula sêmen na vagina da mulher durante a relação sexual, alguns espermatozoides são transportados, de 5 a 10 minutos, na direção ascendente da vagina e através do útero e das trompas uterinas até as ampolas das trompas uterinas, próximas às terminações ovarianas das trompas. Esse transporte dos espermatozoides é auxiliado por contrações do útero e das trompas uterinas, estimuladas por prostaglandinas no líquido seminal masculino e também por ocitocina liberada pela hipófise posterior da mulher durante o seu orgasmo (GUYTON, 13ª ed.). ↠ Dos milhões de espermatozoides oriundos de uma única ejaculação, somente cerca de 100 chegam até a ampola de uma das trompas uterinas (SILVERTHORN, 7ª ed.). PASSAGEM DE UM ESPERMATOZOIDE ATRAVÉS DA CORONA RADIATA E PENETRAÇÃO DA ZONA PELÚCIDA ↠ Para fertilizar o ovócito, o espermatozoide deve penetrar uma camada externa de células frouxamente unidas, chamadas de células da granulosa (a corona radiata), e uma capa protetora de glicoproteínas, chamada de zona pelúcida (SILVERTHORN, 7ª ed.). ↠ Para passar por essas barreiras, o espermatozoide capacitado libera enzimas poderosas a partir do acrossomo da cabeça do espermatozoide, em um processo conhecido como reação acrossômica. As enzimas dissolvem as junções celulares e a zona pelúcida, permitindo que o espermatozoide siga seu caminho em direção ao ovócito (SILVERTHORN, 7ª ed.). As enzimas esterase, acrosina e neuraminidase parecem causar a lise (dissolução) da zona pelúcida, formando assim uma passagem para o espermatozoide penetrar o oócito. A mais importante dessas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica (MOORE, 10ª ed.). REAÇÃO ZONAL OU CORTICAL ↠ O primeiro espermatozoide a encontrar o ovócito encontra receptores ligadores de espermatozoides na membrana do ovócito e liga-se a este. A fusão da membrana do espermatozoide com a membrana do ovócito inicia uma reação química, chamada de reação cortical, que impede que outros espermatozoides fecundem este ovócito. Na reação cortical, os grânulos corticais ligados à membrana na região periférica do citoplasma do ovócito liberam seus conteúdos no espaço imediatamente externo da membrana do ovócito (SILVERTHORN, 7ª ed.). Esses compostos químicos alteram rapidamente a membrana e a zona pelúcida circundante para prevenir a polispermia, em que um ovócito é fertilizado por mais de um espermatozoide (SILVERTHORN, 7ª ed.). FUSÃO DAS MEMBRANAS PLASMÁTICAS DO OÓCITO E DO ESPERMATOZOIDE ↠ As membranas plasmáticas ou celulares do oócito e do espermatozoide se fundem e se rompem na região da fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana celular APG 23 – DEPOIS DE 9 MESES VOCÊ VÊ O RESULTADO 2 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck espermática (membrana plasmática) e as mitocôndrias não entram. A fosfolipase C-zeta do espermatozoide gera mudanças na concentração de cálcio que, por sua vez, reativam o ciclo celular do oócito (MOORE, 10ª ed.). TÉRMINO DA SEGUNDA DIVISÃO MEIÓTICA DO OÓCITO E FORMAÇÃO DO PRONÚCLEO FEMININO ↠ Quando o espermatozoide penetra o oócito, este é ativado e termina a segunda divisão meiótica formando um oócito maduro e um segundo corpo polar. Em seguida, os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino (MOORE, 10ª ed.). FORMAÇÃO DO PRONÚCLEO MASCULINO ↠ Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pronúcleo masculino, e a cauda do espermatozoide degenera. Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são indistinguíveis. Durante o crescimento dos pronúcleos, eles replicam seu DNA-1 n (haploide), 2c (duas cromátides). O oócito contendo os dois pronúcleos haploides é denominado oótide (MOORE, 10ª ed.). A ÓTIDE SE TORNA UM ZIGOTO Logo que os pronúcleos se fundem em um único agregado diploide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto. Os cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem, em preparação para as sucessivas divisões do zigoto (MOORE, 10ª ed.). ↠ O zigoto é geneticamente único porque metade dos cromossomos é materna e a outra metade é paterna. O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos diferente da combinação das células paternas. Esse mecanismo é a base da herança biparental e da variação da espécie humana. A meiose possibilita a distribuição aleatória dos cromossomos paternos e maternos entre as células germinativas. O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos dos cromossomos paterno e materno “embaralha” os genes, produzindo uma recombinação do material genético. O sexo cromossômico do embrião é determinado na fecundação dependendo do tipo de espermatozoide (X ou Y) que fecunde o oócito (MOORE, 10ª ed.). RESUMO DA FECUNDAÇÃO ➢ Estimula o oócito a completar a segunda divisão meiótica. ➢ Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto. ➢ Resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos paternos e maternos. ➢ Determina o sexo cromossômico do embrião. ➢ Causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto. Clivagem do zigoto ↠ A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um aumento rápido do número de células (blastômeros). Essas células embrionárias tornam- se menores a cada divisão. A clivagem ocorre conforme o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero (MOORE, 10ª ed.). ↠ Durante a clivagem, o zigoto continua dentro da zona pelúcida. A divisão do zigoto em blastômeros se inicia 3 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck aproximadamente 30 horas após a fecundação. As divisões subsequentes seguem-se uma após a outra, formando, progressivamente, blastômeros menores. Após o estágio de nove células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola compacta de células (MOORE, 10ª ed.). Esse fenômeno, a compactação, é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão de superfície celular. A compactação possibilita uma maior interação célula-célula e é um pré-requisito para a separação das células internas que formam o embrioblasto (massa celular interna) do blastocisto (MOORE, 10ª ed.). ↠ Quando existem 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento é chamado de mórula. As células internas da mórula são circundadas pelas células trofoblásticas. A mórula se forma aproximadamente 3 diasapós a fecundação e chega ao útero (MOORE, 10ª ed.). Formação do blastocisto O embrião em divisão leva de 4 a 5 dias para se mover da tuba uterina até a cavidade uterina. Sob a influência da progesterona, as células musculares lisas da tuba relaxam, e o transporte ocorre lentamente. Quando o embrião em desenvolvimento chega ao útero, ele consiste em uma bola oca de cerca de 100 células, denominada blastocisto (SILVERTHORN, 7ª ed.). ↠ Logo após a mórula ter alcançado o útero (cerca de 4 dias após a fecundação), surge no interior da mórula um espaço preenchido por líquido, a cavidade blastocística. O líquido passa da cavidade uterina através da zona pelúcida para formar esse espaço. Conforme o líquido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes: (MOORE, 10ª ed.). ➢ Uma delgada camada celular externa, o trofoblasto (Grego trophe, nutrição), que formará a parte embrionária da placenta ➢ Um grupo de blastômeros localizados centralmente, o embrioblasto (massa celular interna), que formará o embrião. Uma proteína imunossupressora, o fator de gestação inicial, é secretada pelas células trofoblásticas e aparece no soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação. O fator de gestação inicial é a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento (MOORE, 10ª ed.). ↠ Durante esse estágio de desenvolvimento, ou blastogênese, o concepto (embrião e suas membranas) é chamado de blastocisto. O embrioblasto agora se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. Depois que o blastocisto flutuou pelas secreções uterinas por aproximadamente 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece (MOORE, 10ª ed.). A degeneração da zona pelúcida permite o rápido crescimento do blastocisto. Enquanto está flutuando no útero, o blastocisto obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas (MOORE, 10ª ed.). ↠ Aproximadamente 6 dias após a fecundação (dia 20 de um ciclo menstrual de 28 dias), o blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao polo embrionário. Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas: (MOORE, 10ª ed.). ➢ Uma camada interna, o citotrofoblasto. ➢ Uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que consiste em uma massa protoplasmática 4 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck multinucleada na qual nenhum limite celular pode ser observado. ↠ Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem pelo epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo. No final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtém a sua nutrição dos tecidos maternos erodidos (MOORE, 10ª ed.). ↠ O sinciciotrofoblasto, altamente invasivo, se expande rapidamente em uma área conhecida como polo embrionário, adjacente ao embrioblasto. O sinciciotrofoblasto produz enzimas que erodem os tecidos maternos, possibilitando ao blastocisto se “entocar”, ou seja, se implantar, no endométrio. As células endometriais também participam controlando a profundidade da penetração do sinciciotrofoblasto (MOORE, 10ª ed.). ↠ Por volta de 7 dias, uma camada de células, o hipoblasto (endoderma primário), aparece na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística (MOORE, 10ª ed.). Segunda semana do desenvolvimento humano Término da implantação do blastocisto ↠ A implantação do blastocisto termina durante a segunda semana. Ela ocorre durante um período restrito entre 6 e 10 dias após a ovulação e a fecundação. Conforme o blastocisto se implanta, mais o trofoblasto entra em contato com o endométrio e se diferencia em duas camadas: (MOORE, 10ª ed.). ➢ Uma camada interna, o citotrofoblasto, que é mitoticamente ativa (isto é, figuras mitóticas são visíveis) e forma novas células que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem as membranas celulares. ➢ O sinciciotrofoblasto, uma massa multinucleada que se expande rapidamente, na qual nenhum limite celular é visível. ↠ O sinciciotrofoblasto é erosivo e invade o tecido conjuntivo endometrial enquanto o blastocisto vagarosamente vai se incorporando ao endométrio. As células sinciciotrofoblásticas deslocam as células endometriais no local de implantação. As células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a invasão (MOORE, 10ª ed.). ↠ As células do tecido conjuntivo ao redor do local da implantação acumulam glicogênio e lipídios e assumem um aspecto poliédrico (muitos lados). Algumas dessas células, as células deciduais, se degeneram nas proximidades do sinciciotrofoblasto invasor. O sinciciotrofoblasto engolfa essas células que servem como uma rica fonte de nutrientes para o embrião. O 5 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea materna através de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto (MOORE, 10ª ed.). O hCG mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário, durante a gestação. O corpo lúteo é uma estrutura glandular endócrina que secreta estrogênio e progesterona para manter a gestação (MOORE, 10ª ed.). A implantação do blastocisto normalmente ocorre no endométrio da região superior do corpo do útero, um pouco mais frequente na parede posterior do que na parede anterior do útero (MOORE, 10ª ed.). ↠ À medida que a implantação do blastocisto ocorre, mudanças morfológicas no embrioblasto produzem um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto e pelo hipoblasto. O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. As estruturas extraembrionárias que se formam durante a segunda semana são a cavidade amniótica, o âmnio, a vesícula umbilical conectada ao pedículo e o saco coriônico (MOORE, 10ª ed.). FORMAÇÃO DA CAVIDADE AMNIÓTICA, DO DISCO EMBRIONÁRIO E DA VESÍCULA UMBILICAL ↠ Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no embrioblasto; o primórdio da cavidade amniótica. Logo, as células amniogênicas (formadoras do âmnio), os amnioblastos, se separam do epiblasto e formam o âmnio, que reveste a cavidade amniótica. Concomitantemente, ocorrem mudanças morfológicas no embrioblasto (massa celular da qual se desenvolve o embrião) que resultam na formação de uma placa bilaminar, quase circular, de células achatadas (MOORE, 10ª ed.). ↠ O disco embrionário, que é formado por duas camadas: (MOORE, 10ª ed.). ➢ O epiblasto, uma camada mais espessa, constituída de células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade amniótica. ➢ O hipoblasto, composto de células cuboides pequenas adjacentes à cavidade exocelômica. ↠ O hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica e é contínuo à delgada membrana exocelômica. Essa membrana, juntamente com o hipoblasto, reveste a vesícula umbilical primitiva. O disco embrionário agora situa-se entre a cavidade amniótica e a vesícula (MOORE, 10ª ed.). ↠ Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e a vesícula umbilical aparecem lacunas (pequenos espaços) no sinciciotrofoblasto. As lacunas são preenchidas por uma mistura de sangue materno proveniente dos capilares endometriais rompidos e os restos celulares das glândulas uterinas erodidas (MOORE, 10ª ed.). ↠ Esse fluido dos espaços lacunares, o embriotrofo, chega ao disco embrionário por difusão e fornece material nutritivo para o embrião. A comunicação dos 6 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck capilares endometriais rompidos com as lacunas no sinciciotrofoblasto estabelece a circulação uteroplacentáriaprimitiva. Quando o sangue materno flui para rede lacunar, o oxigênio e as substâncias nutritivas passam para o embrião. O sangue oxigenado passa para as lacunas a partir das artérias endometriais espiraladas, e o sangue pouco oxigenado é removido das lacunas pelas veias endometriais (MOORE, 10ª ed.). ↠ No décimo dia, o concepto (embrião e membranas) está completamente implantado no endométrio uterino. O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias (MOORE, 10ª ed.). IMPORTANTE TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ↠ O rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário trilaminar durante a terceira semana é caracterizado por: (MOORE, 10ª ed.). ➢ Aparecimento da linha primitiva. ➢ Desenvolvimento da notocorda. ➢ Diferenciação das três camadas germinativas. ↠ A terceira semana do desenvolvimento coincide com a semana seguinte à primeira ausência do período menstrual, isto é, 5 semanas após o primeiro dia do último período menstrual normal (MOORE, 10ª ed.). ↠ A gastrulação é o processo pelo qual as três camadas germinativas - que são as precursoras de todos os tecidos embrionários e a orientação axial - são estabelecidos nos embriões. Durante a gastrulação, o disco embrionário bilaminar é convertido em um disco embrionário trilaminar (MOORE, 10ª ed.). ↠ Cada uma das três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a tecidos e órgãos específicos: (MOORE, 10ª ed.). ➢ O ectoderma embrionário dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da crista neural e a muitos tecidos conjuntivos da cabeça. ➢ O endoderma embrionário é a fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem no trato digestório e as células glandulares de órgãos associados ao trato digestório, como o fígado e o pâncreas. ➢ O mesoderma embrionário dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos sistemas genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular. No tronco, ele é a fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, 7 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos. DA QUARTA À OITAVA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO ↠ Todas as principais estruturas internas e externas são estabelecidas durante a quarta à oitava semana. Ao final do período embrionário, os principais sistemas de órgãos iniciaram seu desenvolvimento. Os tecidos e órgãos se formam, a forma do embrião muda e ao final desse período, o embrião possui uma aparência nitidamente humana (MOORE, 10ª ed.). ↠ O desenvolvimento humano é dividido em três fases que, de certa forma, estão inter-relacionadas: (MOORE, 10ª ed.). ➢ A primeira fase é a de crescimento, que envolve divisão celular e a elaboração de produtos celulares. ➢ A segunda fase é a morfogênese, desenvolvimento da forma, tamanho e outras características de um órgão em particular ou parte de todo o corpo. A morfogênese é um processo molecular complexo controlado pela expressão e regulação de genes específicos em uma sequência ordenada. Mudanças no destino celular, na forma da célula e no movimento celular permitem que as células interajam uma com as outras durante a formação dos tecidos e dos órgãos. ➢ A terceira fase é a diferenciação, durante a qual as células são organizadas em um padrão preciso de tecidos e de órgãos capazes de executar funções especializadas. Desenvolvimento fetal ↠ A transformação de um embrião em um feto é gradual, mas a mudança do nome é significativa, pois indica que o embrião se desenvolveu em um ser humano reconhecível e que os primórdios de todos os principais sistemas se formaram (MOORE, 10ª ed.). ↠ O desenvolvimento durante o período fetal é primariamente voltado para o crescimento corporal rápido e para a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas. Uma notável mudança que ocorre durante o período fetal é a relativa redução da velocidade do crescimento da cabeça em comparação com o restante do corpo. A taxa de crescimento corporal durante o período fetal é muito grande e o ganho de peso fetal é fenomenal durante as últimas semanas. Os períodos de crescimento contínuo normal se alternam com intervalos prolongados de ausência de crescimento (MOORE, 10ª ed.). TRIMESTRES DA GESTAÇÃO ↠ Clinicamente, o período gestacional é dividido em três trimestres, cada um durando três meses. Por volta do final do primeiro trimestre, um terço da duração da gravidez, os principais sistemas terão se desenvolvido (MOORE, 10ª ed.). ↠ No segundo trimestre, o feto cresce o suficiente em tamanho de modo que um bom detalhamento anatômico pode ser visualizado durante a ultrassonografia (MOORE, 10ª ed.). ↠ Por volta do início do terceiro trimestre, o feto pode sobreviver se nascer prematuramente. O feto atinge um importante marco do seu desenvolvimento na 35ª semana pesando, aproximadamente, 2.500 g; esses dados são usados para definir o nível de maturidade fetal. Na 35ª semana, os fetos geralmente sobrevivem se nascerem prematuramente (MOORE, 10ª ed.). PRINCIPAIS EVENTOS DO PERÍODO FETAL ↠ Não existe um sistema formal para mensurar o período fetal; todavia, é útil descrever as alterações que ocorrem em períodos de quatro a cinco semanas (MOORE, 10ª ed.). 9ª a 12ª semana ↠ No início do período fetal (nona semana), a cabeça constitui, aproximadamente, a metade da medida do comprimento cabeça-nádegas (CCN) do feto. Subsequentemente, o crescimento no comprimento corporal se acelera rapidamente, de modo que, por volta de 12 semanas, o CCN mais que dobrou. Apesar de o crescimento da cabeça reduzir consideravelmente a sua velocidade nesse período, a cabeça ainda é desproporcionalmente grande em comparação com o restante do corpo (MOORE, 10ª ed.). ↠ Às nove semanas, a face é larga, os olhos estão amplamente separados, as orelhas apresentam uma baixa implantação e as pálpebras estão fusionadas. No início da 8 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck nona semana, as pernas são curtas e as coxas são relativamente pequenas (MOORE, 10ª ed.). ↠ Por volta do final da 12ª semana, os centros de ossificação primária surgem no esqueleto, especialmente no crânio e nos ossos longos. Ademais, os membros superiores quase atingiram os seus comprimentos relativos finais, mas os membros inferiores ainda não estão bem desenvolvidos e são ligeiramente mais curtos do que os seus comprimentos relativos finais (MOORE, 10ª ed.). ↠ As genitálias externas dos sexos masculino e feminino parecem semelhantes até o final da nona semana. A sua forma madura não está estabelecida até a 12ª semana (MOORE, 10ª ed.). ↠ As alças intestinais são claramente visíveis na extremidade proximal do cordão umbilical até a metade da 10ª semana. Por volta da 11ª semana, os intestinos retornaram para o abdome (MOORE, 10ª ed.). ↠ Na nona semana, início do período fetal, o fígado é o principal local de eritropoiese (formação de hemácias). Por volta do final de 12ª semana, essa atividade é reduzida no fígado e começa no baço (MOORE, 10ª ed.). ↠ A formação de urina começa entre a nona e a 12ª semanas e esta é eliminada através da uretra para o líquido amniótico na cavidade amniótica. O feto reabsorve (absorve de novo) algum líquido amniótico após degluti-lo. Os produtos residuais fetais são transferidos para a circulação materna por meio da passagem através da membrana placentária (MOORE, 10ª ed.). 13ª à 16ª semana ↠ O crescimento é muito rápidodurante esse período. Por volta da 16ª semana, a cabeça é relativamente menor do que a cabeça do feto de 12 semanas e os membros inferiores cresceram (MOORE, 10ª ed.). ↠ Os movimentos dos membros, que ocorrem primeiramente ao final do período embrionário, tornam- se coordenados por volta da 14ª semana, mas são muito leves para serem percebidos pela mãe. Todavia, esses movimentos são visíveis durante os exames ultrassonográficos (MOORE, 10ª ed.). ↠ A ossificação do esqueleto fetal é ativa durante esse período e os ossos em desenvolvimento são claramente visíveis nas imagens de ultrassom por volta do início da 16ª semana. Movimentos lentos dos olhos ocorrem na 14ª semana (MOORE, 10ª ed.). ↠ O padrão dos cabelos no couro cabeludo também é determinado durante esse período. Por volta da 16ª semana, os ovários estão diferenciados e contêm os folículos ovarianos primordiais, que contêm oogônias, ou células germinativas primordiais (MOORE, 10ª ed.). ↠ A genitália dos fetos masculinos e femininos pode ser identificada por volta da 12ª à 14ª semanas. Por volta da 16ª semana, os olhos miram anteriormente e não Um feto de 11 semanas (1,5x). Observe a sua cabeça relativamente grande e que os intestinos não estão mais no cordão umbilical. 9 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck anterolateralmente. Além disso, as orelhas externas estão próximas às suas posições definitivas nos lados da cabeça (MOORE, 10ª ed.). 17ª à 20ª semana ↠ O crescimento desacelera durante esse período, mas o feto ainda aumenta seu CCN em, aproximadamente, 50 mm. Os movimentos fetais (pontapés) são comumente sentidos pela mãe (MOORE, 10ª ed.). ↠ A pele é agora coberta por um material gorduroso, semelhante a queijo, o verniz caseoso. Ela consiste em uma mistura de células epiteliais mortas e uma substância gordurosa proveniente das glândulas sebáceas fetais. O verniz protege a delicada pele fetal de abrasões, rachaduras e endurecimento que resultam da exposição ao líquido amniótico (MOORE, 10ª ed.). ↠ Os fetos são cobertos por um pelo fino, aveludado, o lanugo, que ajuda o verniz a aderir à pele. O pelo das sobrancelhas e os cabelos são visíveis na 20ª semana. A gordura marrom se forma durante esse período e é o local de produção de calor. Essa gordura especializada, o tecido adiposo, é um tecido conjuntivo que consiste principalmente em células gordurosas; ele é principalmente encontrado na base do pescoço, posterior ao esterno e na área perirrenal. A gordura marrom produz calor por meio da oxidação dos ácidos graxos (MOORE, 10ª ed.). ↠ Por volta da 18ª semana, o útero fetal é formado e a canalização da vagina se inicia. Muitos folículos ovarianos primários contendo oogônias também são visíveis (MOORE, 10ª ed.). ↠ Por volta da 20ª semana, os testículos começam a sua descida, mas ainda estão localizados na parede abdominal posterior, assim como os ovários (MOORE, 10ª ed.). 21ª à 25ª semana ↠ Um substancial ganho de peso ocorre durante esse período e o feto já está mais proporcional. A pele geralmente está enrugada e mais translúcida, particularmente durante a parte inicial desse período. A pele é rósea a avermelhada porque os capilares sanguíneos são visíveis (MOORE, 10ª ed.). ↠ Na 21ª semana, os movimentos oculares rápidos se iniciam e as repostas de piscar ao sobressalto foram descritas na 22ª e na 23ª semanas (MOORE, 10ª ed.). ↠ As células epiteliais secretórias (pneumócitos do tipo II) nas paredes interalveolares do pulmão começam a secretar surfactante, um lipídio tensoativo que mantém abertos os alvéolos pulmonares em desenvolvimento (MOORE, 10ª ed.). A, Um feto de 17 semanas. Uma vez que há pouco tecido subcutâneo e a pele é fina, os vasos sanguíneos do couro cabeludo são visíveis. Os fetos dessa idade são incapazes de sobreviver quando nascem prematuramente. B, Uma visão frontal de um feto de 17 semanas. Observe que os olhos estão fechados nesse estágio Recém-nascido normal do sexo feminino, nascido com 25 semanas e pesando 725 g. 10 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck ↠ As unhas dos dedos das mãos estão presentes por volta da 24ª semana. Embora um feto de 22 a 25 semanas nascido prematuramente possa sobreviver se receber cuidados intensivos, ainda há uma chance de que possa vir a falecer porque o seu sistema respiratório é imaturo até aquele momento. O risco de comprometimento do desenvolvimento nervoso (p. ex., deficiência mental) é alto nos fetos nascidos antes de 26 semanas (MOORE, 10ª ed.). 26ª à 29ª semana ↠ Durante esse período, os fetos geralmente sobrevivem se nascerem prematuramente e receberem cuidados intensivos. Os pulmões e a vasculatura pulmonar se desenvolveram suficientemente para proporcionar uma troca gasosa adequada. Além disso, o sistema nervoso central amadureceu para um estágio no qual pode comandar movimentos respiratórios ritmados e controlar a temperatura corporal (MOORE, 10ª ed.). A taxa mais alta de mortalidade neonatal ocorre em recém-nascidos classificados como de baixo peso ao nascimento (= 2.500 g) e de peso muito baixo ao nascimento (=1.500 g) (MOORE, 10ª ed.). ↠ As pálpebras estão abertas na 26ª semana e o lanugo (pelo fino e aveludado), assim como o cabelo estão bem desenvolvidos. As unhas dos pés são visíveis e uma quantidade considerável de gordura subcutânea é encontrada sob a pele, suavizando muitas das rugas (MOORE, 10ª ed.). ↠ Durante esse período, a quantidade de gordura amarela aumenta para, aproximadamente, 3,5% do peso corporal. O baço fetal tem se constituído em um importante sítio de eritropoiese (formação de hemácias). Isso termina na 28ª semana, momento no qual a medula óssea se torna o principal local de eritropoiese (MOORE, 10ª ed.). 30ª à 34ª semana ↠ O reflexo pupilar (alteração do diâmetro da pupila em resposta a um estímulo provocado pela luz) pode ser evocado na 30ª semana (MOORE, 10ª ed.). ↠ Geralmente, por volta do final desse período, a pele é rosada e lisa e os membros superiores e inferiores possuem um aspecto rechonchudo. Nessa idade, a quantidade de gordura amarela é de, aproximadamente, 8% do peso corporal. Fetos com 32 semanas ou mais geralmente sobrevivem se nascidos prematuramente (MOORE, 10ª ed.). 35ª à 38ª semana ↠ Os fetos nascidos com 35 semanas apresentam uma preensão firme e exibem uma orientação espontânea em relação à luz. À medida que o termo se aproxima, o sistema nervoso está suficientemente maduro para realizar algumas funções integrativas (MOORE, 10ª ed.). ↠ Por volta da 36ª semana, as circunferências da cabeça e do abdome são aproximadamente iguais. Após isso, a circunferência do abdome pode ser maior do que a da cabeça. O comprimento do pé dos fetos costuma ser ligeiramente maior do que o comprimento femoral (osso longo da coxa) na 37ª semana e constitui um parâmetro alternativo para a conformação da idade fetal. Há uma redução da velocidade do crescimento à medida que o momento do parto se aproxima (MOORE, 10ª ed.). ↠ A termo (38 semanas), a maior parte dos fetos geralmente atinge um CCN de 360 mm e um peso de, aproximadamente, 3.400 g (MOORE, 10ª ed.). ↠A quantidade de gordura amarela é de, aproximadamente, 16% do peso corporal. Um feto ganha cerca de 14 g de gordura por dia durante essas últimas semanas (MOORE, 10ª ed.). ↠ O tórax é proeminente e as mamas frequentemente se projetam ligeiramente em ambos os sexos. Os testículos geralmente estão na bolsa escrotal no recém- nascido a termo do sexo masculino; os neonatos prematuros do sexo masculino comumente exibem ausência da descida testicular (MOORE, 10ª ed.). ↠ Embora no recém-nascido a termo a cabeça seja menor em relação ao restante do corpo do que o era anteriormente na vida fetal, ela ainda é uma das maiores regiões do feto.Em geral, os fetos do sexo masculino são maiores e pesam mais ao nascer do que os femininos (MOORE, 10ª ed.). Idade gestacional X Idade embrionária As medidas ultrassonográficas do comprimento cabeça-nádegas (CCN) do feto podem ser usadas para determinar o seu tamanho e a idade provável e oferecer uma previsão da data provável do parto. As medidas da cabeça fetal e do comprimento do fêmur também são usadas para avaliar a idade (MOORE, 10ª ed.). Recém-nascidos saudáveis. A, Com 34 semanas. B, Com 38 semanas. 11 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck ↠ Na prática clínica, a idade gestacional geralmente é cronometrada a partir do início do último período menstrual normal (UPMN). Em embriologia, a idade gestacional baseada no UPMN é supérflua porque a gestação (momento da fecundação) não se inicia até que o oócito seja fecundado, o que ocorre por volta da metade do ciclo menstrual (MOORE, 10ª ed.). Essa diferença no emprego do termo idade gestacional pode provocar confusão; portanto, é importante que a pessoa que esteja solicitando o exame ultrassonográfico empregue a terminologia embriológica (MOORE, 10ª ed.). ↠O período intrauterino pode ser dividido em dias, semanas ou meses, mas a confusão surge quando não se afirma se a idade é calculada a partir do início do UPMN ou do dia estimado da fecundação do oócito. As dúvidas sobre a idade surgem quando meses são usados, particularmente quando não é estabelecido se o período indica meses do calendário (28 a 31 dias) ou meses lunares (28 dias) (MOORE, 10ª ed.). ↠ A menos que seja afirmado de outro modo, a idade embriológica ou fetal neste livro é calculada a partir do momento estimado da fecundação (MOORE, 10ª ed.). CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL ↠ Os métodos para esta estimativa dependem da data da última menstruação (DUM), que corresponde ao primeiro dia de sangramento do último período menstrual referido pela mulher (MS, 2005). ↠ Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e de certeza, é o método de escolha para se calcular a idade gestacional em mulheres com ciclos menstruais regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais hormonais: (MS, 2005). ➢ Uso do calendário: somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas); ➢ Uso de disco (gestograma): colocar a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. ↠ Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu: (MS, 2005). ➢ Se o período foi no início, meio ou final do mês, considerar como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente. Proceder, então, à utilização de um dos métodos acima descritos. DATA PROVÁVEL DO PARTO ↠ A data provável do parto de um feto é de 266 dias ou 38 semanas após a fecundação, ou seja, 280 dias ou 40 semanas após o UPMN. Aproximadamente 12% dos fetos nascem uma ou duas semanas após a data provável do parto (MOORE, 10ª ed.). ↠ Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas a partir da DUM), mediante a utilização de calendário (MS, 2005). ↠ Com o disco (gestograma), colocar a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da última menstruação e observar a seta na data (dia e mês) indicada como data provável do parto (MS, 2005). REGRA DE NAGELE ↠ Uma outra forma de cálculo é somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março) – Regra de Näegele (MS, 2005). Exemplos: Data da última menstruação: 13/9/01 Data provável do parto: 20/6/02 (13+7=20 / 9-3=6) Data da última menstruação: 27/1/01 Data provável do parto: 3/11/02 (27+7=34 / 34-31=3 / 1+9+1=11) IMPORTANTE: É consensual que o cálculo da idade gestacional e da data provável do parto baseado na DUM não é fidedigno já que vários problemas podem interferir com a validade deste método. Tal acontece quando uma mulher refere ciclos irregulares, ou abandonou a contracepção oral há menos de três meses ou após um período de amenorreia subsequente, por exemplo, à amamentação (MATIAS et. al., 2002). 12 Júlia Morbeck – 2º período de medicina @jumorbeck Referências SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição). Grupo A, 2017 GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica, 13ª ed. Editora Elsevier Ltda., 2017 MOORE. Embriologia Clínica, 10ª ed.. Elsevier, RJ, 2016. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Pré-natal e puerpério – Atenção qualificada e humanizada. Manual Técnico, Brasília, DF, 2005. MATIAS et. al. Cálculo da idade gestacional: métodos e problemas. Acta Médica Portuguesa, 2002.
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