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Imunologia e nutrição - Doenças autoimunes

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
ANA CLARA RODRIGUES DA SILVA
DOENÇAS AUTOIMUNES E NUTRIÇÃO
 Imunologia aplicada à nutrição
RIO DE JANEIRO
2021
 O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune em que as células de defesa do organismo atacam as células saudáveis do organismo, resultando em inflamação nas articulações, olhos, rins, pele, trato gastrointestinal entre outros órgãos e tecido, inclusive pode afetar o sistema neurológico, dependendo da evolução da doença. Os sintomas de lúpus surgem em surtos, ou seja, a pessoa possui períodos sem sintomas e outros com sintomas . O lúpus pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém afeta mais comumente mulheres durante seus anos reprodutivos, especialmente entre 15 e 45 anos. Nesta faixa etária a razão de mulheres acometidas com relação aos homens se situa entre 6:1 e 9:1. Pessoas da raça negra têm quatro vezes mais chances de desenvolver a doença quando comparados com pessoas da raça branca.
 Uma doença autoimune é um mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos, dentre várias doenças autoimunes que resulta da falha imunológica, temos o lúpus eritematoso sistêmico, doença crônica, inflamatória, multissistêmica, de etiologia desconhecida, com um período de exacerbação e estabilidade. 
 Os pacientes com LES apresentam uma variedade de manifestações clínicas, porém as articulações, a pele e o sangue são as áreas mais afetadas nos indivíduos acometidos com o LES. Os anticorpos anti reativos (linfócitos B) são coordenados contra o DNA, com isso esses anti corpos formam imunocomplexos que são anticorpos ligados ao antígeno, esses imunocomplexos são responsáveis por muitas das manifestações clínicas observadas em pacientes com o LES. 
 A autoimunidade e o processo inflamatório do LES estão relacionados à presença de dislipidemias, obesidade, hipertensão arterial sistêmica e síndrome metabólica, o estado nutricional é extremamente importante no equilíbrio do sistema imunológico, com isso a dietoterapia é indispensável para manter uma vida estável, uma alimentação com moderado teor energético e proteico, rica em vitaminas, minerais e ácidos graxos pode promover ação benéfica protetora contra danos. O ideal é evitar frituras, embutidos, alimentos muito condimentados e processados, bebidas alcoólicas, refrigerantes em excesso e açúcar em geral. 
 Alguns estudos explicam que alguns metais pesados como mercúrioe cádmio (geralmente encontrado em frutos do mar) pioram a doença. 
 O Lúpus ainda é uma doença autoimune com poucas explicações, no entanto, a teoria mais aceita envolve a exposição de pessoas geneticamente suscetíveis a agentes ambientais como vírus e drogas. Os pacientes com lúpus podem alternar fases de crises e fases de remissão, alguns paciente conseguem ficar anos sem sintomas da doença.. Atualmente, 80% das pessoas com Lúpus permanecem vivas após 15 anos de doença.
BIBLIOGRAFIA: 
 KLACK Karin - Dieta e aspectos nutricionais no lúpus eritematoso sistêmico – 2012- Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbr/a/GdDn9cjL4gLTYghMXYMBjQn/?lang=pt#> acesso em: 27 mai 2021. 
Apoio ao tratamento- O que é Lúpus Eritematoso – 2015 – Disponível em: <https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/1937/1/SOF%20lupus%202015.pdf> 
acesso em 27 mai 2021
Silva, Elaine Cristina Santos - MECANISMOS IMUNOLÓGICOS DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO – 2013 – Disponível em: <http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R1092-1.pdf> 
acesso em 27 mai 2021

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