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07/11/2023 1 Farmacologia do Sistema Respiratório Introdução Enfe. do sistema respiratório ↑ incidência na rotina clínica Etiologia variada Infecciosa Parasitária Alérgica Multiifatorial Identificar o agente agressor Melhorando o desconforto respiratório Classificação Expectorantes Antitussígenos (béquicos) Broncodilatadores Descongestionantes (anti-histamínico e Agonista B1 Agrenérgico) Antiinflamatórios Outros: Estimulantes respiratório ou analépticos* 1 2 3 07/11/2023 2 Expectorantes Expectorantes Sistema mucociliar (Defesa dos pulmões) Sistema Respiratório Superior Entrada de ar - delimitado cartilagem cricoide Traqueia – ar filtrado e umidificado Sistema Respiratório Inferior Sistema de defesa: mucociliar e reflexo de tosse Expectorantes • Cels. Caliciformes • Gland. Brôquicas Sistema mucociliar (movimentação dos fluidos mucosas) • 95% (H2O) + 5% (Lipídios, material inorgânico, imunoglobulinas, enzimas, e outras proteínas) Composição: • Parte absorvida pela mucosa • 10% chega na glote (deglutida) Muco projetado para glote: mov. Rápidos e sincrônicos dos cílios. 4 5 6 07/11/2023 3 Expectorantes Condições Patológicas Secreção excessiva Mais viscosos Mudança da proporção água e solutos (mucopolissacarídeos) Catarro ou esputo • Diminuição da viscosidade das secreções • Promover eliminação eficiente → expectorante Interesse clínico do expetorante • Aumentar volume de “catarro” • Diminuir a viscosidade das secreções • Remoção do catarro da árvore respiratória Expectorante Expectorantes Classificação Reflexos Mucolíticos Inalantes 7 8 9 07/11/2023 4 Expectorantes Reflexos Base da utilização de expectorante reflexos Substancias nauseantes (irritativas) ↑ secreções (salivar, nasal, lacrimal, traqueobrônquica) Aumento de produção de muco (Cél. da mucosa resp.) Atua nas terminações nervosas vagais Faringe Esôfago Estomago* Iodeto de potássio (Iodetoss®; Iodoflux®; Iopotoss®) e sua associação (Iodepol® Lasa®) Expectorante salino • ↑ secreções em 150% Latência para efeito: 15 a 30min Efeito adverso: • Irritação gástrica→ náusea e vômito • Uso contínuo (3 semanas) → hipotireoidismo (↓ Fç. Gl. Tireoide) • ↑ Gl. parótidas e submaxilares • Prenhez → barreira placentária • Lactantes deve ser evitado Guaifenesina (Guaiacolato de glicerila) Derivados da degradação da lignina* • Expectorante *↑ relaxante muscular de ação central • Absorvida pelo trato gastrintestinal (irritante) • Duração de efeito: ~ 4 a 6 h Farmacocinética: • Úlceras em TGI • Distúrbios de coagulação (↓ Adesividade plaquetária) Contraindicações: 10 11 12 07/11/2023 5 Ipeca (ipecacuanha) Raiz ou rizoma seco de Cephaelis ipecacuanha Efeito • Estimulação das terminações nervosas vagais • Princípio ativo: emetina (alcaloide ↑ atv emética) • ↓ Doses → expectorante reflexo Efeitos adversos: • Vomito e diarreias Contra-indicações • Cardiacos e/ou idosos • Hipotensão • Taquicardia • Alterações eletrocardiográficas Motivo pelo qual vem sendo menos empregada Expectorantes mucolíticos ↓ viscosidade das secreções pulmonares (facilitando eliminação) Uso recente na veterinária • Bromexina • N-acetilcisteína Representantes Bromexina Dembrexina* Derivado sintético de vasicina (Adhatoda vasica) Mecanismo de ação: Desconhecido • Sugere-se que: ↑ fç lisossômica → hidrolisando fibras de mucopolissacarídeos do catarro→ ↓viscosidade • ↑ Imunoglobulinas no muco Escassez de info. Sobre benefícios x malefícios em animais* Comercialmente • Pode estar associada a antimicrobianos (oxitetraciclina, amoxicilina e cefaloridina) • Dose: Cães:1 mg/kg; Equinos: 0,25 a 1 mg/kg; Bovinos: 0,2 a 0,5 mg/kg; IM, VO • Dembrexina (Sputolysin®vet, não disponível no país** 13 14 15 07/11/2023 6 Expectorantes mucolíticos N-acetilcisteína (VO; Inalação e Aerossol) Ação mucolítica Grupamento tiólico livre • Interage com as pontes dissulfídricas das mucoproteínas • DNA (catarro) • ↓ Viscosidade • Ação mucolitica em pH 7 a 9 Inalação efeito em 1 min e Instilada imediato Utilizando-se a concentração de N-acetilcisteína a 20%, normalmente associada à isoprenalina • Agonista beta-adrenérgico→ evita o broncoespasmo (efeito da N- acetilcisteína) N-acetilcisteína (VO; Inalação e Aerossol) Necessidade de realizar estudos clínicos nas diferentes espécies animais • Compostos que contêm enxofre • Utilizar com precaução este medicamento em animais hepatopatas Biotransformação • Penicilinas • Tetraciclinas • Peróxido de hidrogênio Promove a inativação de antibióticos Expectorantes inalantes Emprego limitado em Medicina Veterinária • Uso de aparelhos para a produção de vapores • Há necessidade do uso de máscaras e/ou um local apropriado para o confinamento do animal Mais utilizados • Benzoína (Resina Aromática) • Óleo de eucalipto Nebulização de solução fisiológica de NaCl 0,9% • Fluidificar catarro → ↓ viscosidade • Partículas com 5 mm de diâmetro (chegar até os bronquíolos menores Dióxido de carbono 5% (CO2) • Causa hiperemia da mucosa dos bronquíolos • Liberando secreções menos viscosas • Mov. Resp. mais profundos → excreção do catarro 16 17 18 07/11/2023 7 Antitussígenos Antitussígenos • Protegendo a árvore respiratória → eliminando secreções exageradas ou substancias irritantes Reflexo de tosse → defesa e limpeza • Finalidade favorecer a eliminação das secreções, limpando as vias respiratórias (não suprimir)Se a tosse for produtiva • Eliminá-la (Alterações crônicas no parênquima respiratório) • Enfisema • Fibrose Se a tosse se apresentar crônica contínua e não produtiva • Sist. Circulatório • Flx. Card. • ↓ Débito cardiaco Efeitos indesejáveis Considerações sobre o reflexo da tosse Tosse é um reflexo involuntário (suprimido ou iniciado voluntariamente) Vias neurais complexas envolvidas • Receptores sensoriais • Fibras nervosas (cel. epiteliais) • Árvore traqueobrônquica (Receptores irritantes) • Laringe • Bronquiolos Receptores responde aos estímulos químicos e físicos Numerosos: traqueia, brônquios (volta do hilo pulmonar), bifurcação do brônquio Fibras desses receptores chegam ao centro da tosse na bulbo • Fibras aferentes suprem • Músculos das laringe, intercostais, abdominais, árvore traqueobrônquica 19 20 21 07/11/2023 8 Considerações sobre a tosse Sistema nervoso autônomo parassimpático • Libera acetilcolina → manutenção do tônus basal (estimulo vagal) das vias respiratória (broncocronstrição) Sistema nervoso autônomo simpático • Libera norepinefrina → ativa os receptores beta-adrenégicos (broncodilatação) Receptores irritantes são estimulados por deformação mecânica → broncoconstrição (estímulo primário) Substancias brococonstritoras (Reflexo de tosse) • Acetilcolina • Histamina • Serotonina • Leucotrienos • Prostaglandina M ed ic am en to s an tit us sí ge no s (b éq ui co s) Geralmente não são utilizados isoladamente • Preparações= mucolíticos expectorante + substâncias demulcentes (xaropes) Objetivo primário → ↓ gravidade e frequência da tosse • Sem comprometer a o sistema mucociliar Coadjuvantes no tratamento de afecções no sistema respiratório Local de ação → SNC, inibindo resposta do centro da tosse • Agente narcóticos (Codeína e o butorfanol) • Agentes não narcóticos (dextrometorfano e a noscapina) Antitussígenos narcóticos (notificação de receita ou receita de controle especial) - VO Codeína, a hidrocodona e o butorfanol (↓dependência) • Efeito analgésico (mascarar dor associada ao sist. Resp.) Derivados do ópio→ potente a antitussígeno e um analgésico de ação moderada. 22 23 24 07/11/2023 9 Codeína ou metilmorfina – VO • Derivado fenantrênico do ópio • Potente antitussígeno e um analgésico de ação moderada • ↓ e irregular absorção em cães • Efeitos 3-4h • Dose: 1 a 2 mg/kg • Efeitos colaterais • Vômitos• Constipação intestinal, • Sonolência (em cães) • Excitação (como ocorre em felinos e equinos). Hidrocodona (+ usado em cães) • Derivado fenantrênico do ópio • ↑ potente que a codeína • causando menor depressão respiratória • Dose para cães: 0,25 mg/kg – a casa 6 - 12h – VO • Brasil • Formulações com hidrocodona vêm associadas ao paracetamol • Não empregar em felinos • Efeitos colaterais→ mesmos da codeína Antitussígenos não narcóticos • Dextrometorfano (opioide sintético não narcótico) • Atv antitussígena = codeína | 15 a 20x ↓ butorfanol • Não produz • Depressão respiratória • Efeito analgésico • Tontura • Narcose • Irritação no trato gastrintestinal • Dependência • Doses de 0,5 a 2 mg/kg, até 4 vezes/dia, por via oral • Efeitos colaterais* • Sonolência • Tontura • Gastralgia • Reações cutâneas alérgicas 25 26 28 07/11/2023 10 BRONCODILATADORES Broncodilatares • Amplo uso em Medicina (tto inicial da asma brônquica) • MedVet→ Evitar broncoconstrição (Iniciam com a tosse) • Uso • Doenças das vias aéreas • Bronquite alérgica e afecções semelhantes • “asma” felina • Equinos • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) • Denominada obstrução recorrente das vias áereas, cuja abreviatura é RAO (do inglês recurrent airway obstruction) • Doença inflamatória das vias aéreas (DIVA) Broncodilatadores Classificação Agonistas beta- adrenérgicos Metilxantinas (Teofilina) Anticolinérgicos (Atropina e o glicopirrolato) 29 30 31 07/11/2023 11 Agonistas beta-adrenérgicos • Efeito esperado→ broncodilatador • Receptores beta-adrenérgicos do músculo liso do brônquio • Inibição da liberação de serotonina e histamina pelos mastócitos, já que apresenta atividade estabilizadora de membrana do • Inibem a liberação de um dos principais mediadores da inflamação, o TNF-a, liberado pelos monócitos; também estimulam os cílios e reduzem a viscosidade do muco • Deve-se escolher preferencialmente aqueles com ação direta em receptores β2 Clembuterol* Associações com a guaifenesina Terbutalina Salbutamol (albutamol)Agonistas β2 Metilxantinas 32 33 38 07/11/2023 12 Existem três metilxantinas de ocorrência natural, farmacologicamente ativas: Teofilina (+ utilizada para esse fim) Teobromina Cafeína Metilxantinas Há controvérsias sobre este mecanismo de ação Trabalhos mostram que [ ] de metilxantinas para inibir contrações são ↑ faixa terapêutica Fosfodiesterase apresenta diferentes isoenzimas Hipotese1 → xantinas atuam em determinadas isoenzimas e não em todas Hipótese2 → xantinas antagonitas competitivo da adenosina Hipótese3 → Xantinas alteram o transporte de cálcio (pouco evidencia) ANTICOLINÉRGICOS 39 41 44 07/11/2023 13 Anticolinérgicos A principal inervação do músculo liso brônquico se faz pelo sistema nervoso autônomo parassimpático, produzindo a broncoconstrição. O uso de medicamentos anticolinérgicos tem por finalidade antagonizar este efeito, produzindo a broncodilatação Atropina (Atropa belladonna) • Usado para → broncodilatação • Entretanto • Efeitos indesejáveis • Taquicardia • Midríase • Depressão do SNC Glicopirrolato (não existe produto comercial no Brasil) • Amônio quaternário • apresenta pequena capacidade de atravessar a barreira hematencefálica e nem placentária • portanto, diferentemente do que ocorre com a atropina, não são observados efeitos no nível do SNC. • Este medicamento vem sendo particularmente empregado na clínica de equinos, no tratamento da RAO. Nesta espécie animal, a dose utilizada é de 2 a 3 mg, a cada 8 a 12 h, por via intramuscular. Ipratrópio (princípio ativo único ou associado) • Derivado amônio quaternário • Uso é restrito para equinos • Dose de 2 a 3 mg/kg 45 46 47 07/11/2023 14 Tiotrópio (Spiriva Respimat®) • Semelhantes às do • Ipratrópio, sendo aplicado por inalação • Respimat® • Dispositivo que acompanha o tiotrópio, para inalação em humanos) • Efeitos mais longa • Os estudos apenas em seres humanos* DESCONGESTIONANTES Descongestionantes Uso: Tratamento sintomático • Rinites • Sinusites alérgicas • Virais Os principais medicamentos utilizados como descongestionantes são: • Anti-histamínicos • Agonistas de receptores α1-adrenérgicos. 49 50 51 07/11/2023 15 • Anti-histamínicos • Histamina→broncoconstri ção→tosse • Antagonista de H1 → descongestionantes • Clemastina (Agasten®) • Dimenidrinato (Dramin®) • Clorfeniramina (Polaramine®) • Hidroxizina (Prurizin®, cloridrato de hidroxizina) Anti-histamínicos segunda geração • Cetirizina (Cetrizin®, Zyrtec®, cloridrato de cetirizina – genérico) • Loratadina (Atinac®, Claritin® e loratadina – genérico) Agonistas α1- adrenérgicos Causa vasoconstrição → redução do fluido exsudato • Efedrina (Abbot Efedrina®, Efedrin®, Hosphedrin®, Unifedrine®, sulfato de efedrina – genérico) • Em associação (Franol®, Marax®) • Pseudoefedrina Medicamentos utilizados • Estimulação do SNC • Hipertensão • Alterações cardíacas • Alteração na drenagem do humor aquoso • Retenção urinária Efeitos 52 53 54 07/11/2023 16 OUTROS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Anti-inflamatórios Os AINES e não esteroidais → ↓ edema de mucosa nos brônquios e bronquíolos • Prostaglandinas (broncoconstrição) • Alívio da tosse Inibição de alguns efeitos dos mediadores da inflamação Nos animais, fluticasona (Avamis®, Flixonase aquoso®, Flutican®), que possui potência anti-inflamatória quase 20 vezes maior que a dexametasona. ESTIMULANTES RESPIRATÓRIOS 56 58 61 07/11/2023 17 ESTIMULANTES RESPIRATÓRIOS ANALÉPTICOS Usados para reverter a depressão respiratória de origem central, por estímulo do centro respiratório bulbar ↑ volume respiratório e frequência respiratória Doxapram (potencializa toxicidade do paracetamol) 65 Slide 1: Farmacologia do Sistema Respiratório Slide 2: Introdução Slide 3: Classificação Slide 4: Expectorantes Slide 5: Expectorantes Slide 6: Expectorantes Slide 7: Expectorantes Slide 8 Slide 9: Expectorantes Slide 10: Expectorantes Reflexos Slide 11: Iodeto de potássio (Iodetoss®; Iodoflux®; Iopotoss®) e sua associação (Iodepol® Lasa®) Slide 12: Guaifenesina (Guaiacolato de glicerila) Slide 13: Ipeca (ipecacuanha) Slide 14: Expectorantes mucolíticos Slide 15: Bromexina Dembrexina* Slide 16: Expectorantes mucolíticos Slide 17: N-acetilcisteína (VO; Inalação e Aerossol) Slide 18: Expectorantes inalantes Slide 19: Antitussígenos Slide 20: Antitussígenos Slide 21: Considerações sobre o reflexo da tosse Slide 22: Considerações sobre a tosse Slide 23: Medicamentos antitussígenos (béquicos) Slide 24 Slide 25: Codeína ou metilmorfina – VO Slide 26: Hidrocodona (+ usado em cães) Slide 28: Antitussígenos não narcóticos Slide 29: BRONCODILATADORES Slide 30: Broncodilatares Slide 31: Broncodilatadores Slide 32: Agonistas beta-adrenérgicos Slide 33 Slide 38: Metilxantinas Slide 39: Existem três metilxantinas de ocorrência natural, farmacologicamente ativas: Slide 41: Metilxantinas Slide 44: ANTICOLINÉRGICOS Slide 45: Anticolinérgicos Slide 46: Glicopirrolato (não existe produto comercial no Brasil) Slide 47: Ipratrópio (princípio ativo único ou associado) Slide 49: Tiotrópio (Spiriva Respimat®) Slide 50: DESCONGESTIONANTES Slide 51: Descongestionantes Slide 52 Slide 53: Anti-histamínicos segunda geração Slide 54: Agonistas α1-adrenérgicos Slide 56: OUTROS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Slide 58: Anti-inflamatórios Slide 61: ESTIMULANTES RESPIRATÓRIOS Slide 65: ESTIMULANTES RESPIRATÓRIOS
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