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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE PSICOLOGIA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL RELATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL TERESINA-PI MAIO-2021 MARIA EDUARDA LIMA DA SILVA THAÍS GABRIELLE RIBEIRO DA SILVA RELATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL Relatório referente à segunda avaliação da disciplina de Psicologia Experimental sob a orientação da professora Ana Alves de Sousa Costa TERESINA-PI MAIO-2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..............................................................................................04 2. MÉTODO...................................................................................................... 07 2.1 Sujeito.................................................................................................... 07 2.2 Instrumentos...........................................................................................07 2.3 Procedimento......................................................................................... 07 2.3.1 Nível operante................................................................................ 07 2.3.2 Treino ao Comedouro.............................................................. ......07 2.3.3 Modelagem.....................................................................................08 2.3.4 Reforçamento contínuo (CRF) .................................. ....................09 2.3.5 Extinção......................................................................................... 10 3. RESULTADOS..............................................................................................11 3.1 Nível operante................................................ ..........................................11 3.2 Treino ao Comedouro ..............................................................................11 3.3 Modelagem...............................................................................................11 3.4 Reforçamento contínuo (CRF) .................................................................12 3.5 Extinção...................................................................................................14 4. DISCURSÕES .............................................................................................16 4.1 Prática 1.............................................................................................................16 4.2 Prática 2.............................................................................................................16 4.3 Prática 3............................................................................................................16 4.4 Prática 4............................................................................................................17 4.5 Prática5.............................................................................................................17 5. REFERENCIAS.....................................................................................................19 6. ANEXOS.................................................................................................................20 6.1 Prática 1.........................................................................................................20 6.2 Prática 2.........................................................................................................21 6.3 Prática 3.........................................................................................................22 6.4 Prática 4.........................................................................................................24 6.5 Prática 5.........................................................................................................26 . 4 1. INTRODUÇÃO A análise do comportamento, é uma abordagem da psicologia que tem como objetivo estudar o comportamento humano. A filosofia que conduz a Análise do comportamento, é chamada de Behaviorismo radical. Essa filosofia foi proposta por Frederic Skinner, um psicólogo, inventor e filósofo norte americano. Vale ressaltar aqui, a diferença entre o behaviorismo radical e metodológico. O behaviorismo radical, descreve o comportamento de maneira mais compreensível e coerente (descrição funcional), aqui o comportamento é tudo aquilo que o organismo vivo faz, possui uma descrição funcional do comportamento, identificando consequências, antecedentes ou ambas. No behaviorismo metodológico o comportamento é visto como uma mudança observável no organismo biológico, na busca do comportamento real (descrição topográfica). Possui uma descrição mecânica, topográfica. Dentro dos estudos e pesquisas de Frederic Skinner, pode ser encontrado o termo “comportamento operante”. Operante, é o comportamento que produz consequências que se constituem em alterações no ambiente e cuja probabilidade de ocorrência futura é afetada por tais consequências. Pode ser entendido como a aprendizagem pelas consequências, em que, dependendo da consequência, esse comportamento volta a ocorrer ou não. Se o comportamento é controlado por suas consequências, então, podemos pensar no que leva uma pessoa a fazer o que faz, bem como modificar o comportamento por meio da mudança de suas consequências. Nessa perspectiva, pode-se classificar a consequência de dois tipos: reforço e punição. A consequência reforçadora aumenta a probabilidade de que volte a ocorrer novamente o comportamento que a produziu, ou seja, é necessário observar se o efeito de um determinado estímulo sobre um comportamento é reforçador. Vale ressaltar, que independente do estímulo, se o efeito for aumentar a probabilidade de ocorrência do comportamento, então será considerado reforçador. A consequência reforçadora pode ser: positiva ou negativa. É considerada positiva, quando é acrescentado algo no ambiente, ou seja, o que foi acrescentado no ambiente que fez com que um determinado comportamento voltasse a ocorrer. E negativa quando é retirado algo do ambiente, ou seja, o que foi retirado do ambiente, que fez com que um determinado comportamento voltasse a ocorrer. O reforçamento negativo é subdividido em dois tipos de classes: fuga e esquiva. Na fuga, é observado 5 respostas que vão permitir que uma determinada pessoa fuja de um estímulo aversivo depois que o estímulo estiver presente. Já na esquiva, o indivíduo vai prevenir a ocorrência do estímulo aversivo antes que ele apareça. A consequência punitiva, é um tipo de consequência que diminui a frequência do comportamento, podendo ser: positiva, quando acontece uma adição de estímulo (aversivo) no ambiente, e negativa, quando se tem a retirada de um estímulo (reforçador) do ambiente. A partir desses conceitos, pode ser analisado, que ao longo do desenvolvimento humano novos comportamentos são adicionados a partir daqueles que já existem no repertório comportamental do organismo. A modelagem, é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessiva de um comportamento-alvo. É um procedimento utilizado para se ensinar um novo comportamento. Novos comportamentos são aprendidos a partir de comportamentos anteriores. No final dessas combinações, um novo comportamento será constituído, ou seja, a modelagem é um dos modos pelos quais novos comportamentos passam a fazer parte do repertório comportamental do indivíduo. Por conseguinte, vale ressaltar, que assim como um indivíduo pode aprender um novo comportamento, também pode desaprender um comportamento. A extinção operante consiste na suspensão do reforçamento, que gera uma diminuição gradual da frequência de ocorrência do comportamento até o sei seu nível operante (inicial), ou seja, a frequência do comportamento diminui. Assim, ficaclaro, que quando inserido o reforçamento, a frequência do comportamento aumenta, e quando retirado esse reforçamento, a frequência diminui. Alguns pontos importantes são analisados sobre os efeitos da extinção. É observado um aumento na frequência da resposta no início do procedimento de extinção, ou seja, antes da frequência da resposta começar a diminuir, ela aumenta abruptamente. Também é apresentado um aumento na variabilidade topográfica e uma evocação de resposta emocionais. Nesse sentido, como cada indivíduo apresenta suas características individuais, pode-se concluir que nem todos agem da mesma forma em um processo de extinção. Alguns apresentam uma certa resistência, ou seja, o comportamento vai continuar ocorrendo mesmo após a suspensão do reforçamento. Alguns apresentam alta resistência, e outros baixa resistência. Vale salientar, que alguns fatores predispõem 6 essa questão, como o número de extinção à contingencia de reforçamento, o custo da resposta e a intermitência da resposta. A prática em questão, visa trabalhar no ratinho Sniffy cinco aspectos: o nível operante, o treino ao comedouro, a modelagem, o reforçamento contínuo e a extinção. Será observado, analisado e testado cada um desses aspectos, a forma e a mudança do comportamento do ratinho em cada uma dessas situações. 7 METODOLOGIA 2.1 SUJEITO Sniffy, o ratinho virtual. 2.2 MATERIAL As aulas práticas foram realizadas no laboratório de informática. Foi utilizado o programa de computador do ratinho Sniffy Pro (programa de computador que vem acompanhado com um material de laboratório, que tem como objetivo servir de recurso didático para alunos que estão em processo de conhecimento da disciplina de análise experimental do comportamento), materiais de papelaria, protocolos, canetas, papel, relógio, computador, 2.3 PROCEDIMENTOS PRÁTICA 1 – NÍVEL OPERANTE OBJETIVO Determinar a frequência da resposta de pressão a barra, antes da inserção do reforço. Avaliar o efeito do reforço, comparando a frequência da resposta antes e depois da introdução do reforço. MÉTODO Quando iniciou a sessão o rato começou a se comportar. Os experimentadores observaram todos os comportamentos emitidos pelo Sniffy e registraram durante 30 minutos no protocolo de registro 1, informando apenas as iniciais de cada tipo de comportamento e verificando que a anotação deverá ser feita minuto a minuto (foi anotado todos os comportamentos do Sniffy, sendo que cada linha da tabela correspondia a 1 minuto). O Sniffy poderá: andar, limpar-se, erguer-se, farejar, tocar na barra, pressionar a barra e parar. 2.4 PROCEDIMENTOS PRÁTICA 2 – TREINO AO COMEDOURO OBJETIVO Eliminar resposta emocionais do sujeito experimental ao ruído do comedouro. 8 Treinar o sujeito experimental a discriminar o comedouro. MÉTODO Imediatamente após o término do registro do nível operante, foi iniciado o procedimento de treino ao comedouro. No treino foi liberado comida (pressionado à barra do teclado) quando o sujeito experimental estava perto da barra, de forma que que ele aprenda a associar o som da barra com a disponibilidade de alimento. No início pode liberar várias vezes comida (depois que ele comer a última pelota) antes que ele se afaste do comedouro. Depois foi permitido que ele se locomovesse em uma distância curta do comedouro antes de ser liberado comida novamente. Quando a altura da barra SoundFood atingir cerca de ¼ da altura da escala, a mensagem na janela Lab Assintent passará a ser a seguinte: “Sniffy está adquirindo uma associação entre o som do comedouro e a apresentação do alimento. No entanto, essa associação não é suficientemente intensa para treinar Sniffy adequadamente. Foi prosseguido a apresentação do alimento quando o sniffy estivesse perto do comedouro. No término, quando a altura da barra SoundFood na janela da mente Operante Associations alcançar cerca de ¾ da altura da escala, o Lab Assistent indicará a segunte mensagem: “ sniffy parece ter adquirido uma associação entre o som da vasilha e o alimento. Em seguida, foi utilizado o som como reforço para modelar o comportamento de Sniffy. 2.5 PROCEDIMENTOS PRÁTICA 3 – MODELAGEM OBJETIVO Aplicar corretamente a técnica da modelagem por aproximações sucessivas. Modelar a resposta de pressão à barra (RPB), fazendo com que o sujeito experimental obtenha reforço sem interferência do experimentado. Diminuir a frequência de outras respostas que não se relacionam com a obtenção do reforço. MÉTODO O procedimento foi iniciado listando respostas intermediárias à resposta de pressão à barra, (RBP) organizando-as em uma “hierarquia’, exemplo: olhar em direção a barra, aproximar-se da barra, farejar a barra, tocar a barra, pressionar a barra. Foi iniciado o processo reforçando qualquer comportamento que seja 9 compatível coma resposta final desejada, a resposta de pressão a barra. Nessa fase, é necessária muita atenção, pois, o experimentador precisará selecionar e reforçar uma resposta depois da outra, conduzindo o animal até a barra para pressioná-la. Foi iniciado a modelagem, fazendo funcionar o comedouro sempre que o sujeito emitir uma resposta próxima ao desempenho final (reforçar cerca de 4 a 5 vezes cada resposta e depois passar para outra resposta de sua hierarquia). Para que o estímulo reforçador adquira a eficácia máxima, deve ser apresentado imediatamente depois que o comportamento desejado tenha ocorrido. Vale ressaltar que não se deve modificar bruscamente sua exigência, dando grandes saltos em seu critério, isso pode extinguir uma resposta mais complexa. Foi anotado os comportamentos do sujeito e os reforços que recebe no protocolo registro. Quando a coluna acima de Bar- Sound alcançou cerca de ¼ de altura máxima, a mensagem na janela Lab Assistent mudou para “Sniffy está desenvolvendo uma associação entre a barra e o som. Continuando assim, logo o Sniffy estará treinado. (a barra começa subir quando o sujeito começar a pressionar a barra). A partir desse ponto foi observado que o sujeito experimental pressionou a barra sozinho, ou seja, sem que o experimentador precise liberar comida para ele. A partir disso, será necessário apenas registrar todas as vezes que o ratinho pressionar a barra. 2.6 PROCEDIMENTOS PRÁTICA 4 – Reforçamento Contínuo (CRF) OBJETIVO Aplicar corretamente o esquema de reforçamento contínuo. Estabilizar o comportamento de pressão à barra, emitido pelo sujeito experimental. Comparar as frequências dos comportamentos dessa prática (pós ensino do comportamento de pressionar a barra) com as frequências dos comportamentos na prática 1 – nível operante (sem o ensino do novo comportamento). MÉTODO O experimento teve uma duração de 30 minutos. Foi aberto o programa salvo “modelagem” e depois configurado o programa. No início quando o rato começou a se comportar, os experimentadores observaram todos os comportamentos emitidos 10 pelo Sniffy e registraram durante 30 minutos no protocolo de registro 4. Foi registrado na coluna de RPB, a frequência de resposta de pressão a barra (com um traço /); na coluna seguinte, foi assinalado a frequência das outras resposta (L,A,E,F,P E TB). O registro foi feito em intervalos de 1 minuto. Após 30 minutos o experimento foi encerrado. 2.7 PROCEDIMENTOS PRÁTICA 5 - EXTINÇÃO OBJETIVO Romper a relação de contingência entre a RPB e o reforço. Observar o efeito da retirada do reforço sobre a frequência da RPB. Confirmar, por meio da operação de extinção, se a RPB é mantida por sua consequência reforçadora. MÉTODO O experimento teve duração de aproximadamente 50 minutos. Quando iniciou a sessão o rato começou a se comportar.Os experimentadores observaram todos os comportamentos emitidos pelo Sniffy e registraram no protocolo de registro 4. Foi registrado todas as RPBs com um traço (/) e as respostas de contato com a barra com a letra “C”. Foi registrado também, a frequência de respostas no nível operante (A,L,E,F), e outras possíveis respostas. Esse registro foi feito com intervalos de 1 minuto. O experimento foi encerrado quando o sujeito permaneceu 5 minutos sem pressionar a barra, não mais que duas vezes. Se, por exemplo, após 4 minutos o ratinho pressionar a barra, deverá reiniciar a contagem dos 5 minutos. 11 3. RESULTADOS 3.1 PRÁTICA 1 – NÍVEL OPERANTE A prática de nível operante começou no dia 03/05/2021 e terminou no dia 03/05/2021. Teve duração de 15 minutos. Foi observado que o ratinho teve algumas frequências de comportamentos. Quadro 1 – Nível Operante Comportamentos Frequência do comportamento Andar 29 vezes Erguer-se 44 vezes Limpar-se 54 vezes Parar 8 vezes Tocar na barra 2 vezes Fonte: Silva, Thais Gabrielle Ribeiro,2021. Pode-se observar que o Sniffy teve uma maior frequência nos comportamentos de se limpar, de se erguer e andar. E uma menor frequência nos comportamentos de parar e tocar a barra. 3.2 PRÁTICA 2 – TREINO AO COMEDOURO A prática de treino ao comedouro iniciou no dia 03/05/2021 e terminou no dia 03/05/2021. Teve duração de 1h e 15 minutos. No decorrer dessa prática o rato conseguiu fazer uma associação entre o som e a comida, a dupla se revesou para clicar na barra liberando comida sempre que o rato estava próximo à barra, dando várias pelotas sucessivas enquanto ele ainda estava perto e liberando também quando ele estava a uma curta distância do comedouro, e a prática foi encerrada quando a barra SoundFood alcançou ¾ da altura da escala. 3.3 PRÁTICA 3 – MODELAGEM A prática de modelagem iniciou no dia 03/05/5021 e terminou no dia 14/05/2021. A mesma não foi concluída no mesmo dia, ou seja, teve duas etapas. Iniciou-se no dia 03/05 no horário de 12:20h às 13:20h, e foi concluída no dia 14/05 no horário de 11:00h às 14:30h. inicialmente foi feio uma hierarquia do 12 comportamento: olhar em direção a barra, aproximar-se da barra, farejar a barra e tocar a barra. Foi observado as seguintes frequências de comportamentos: Quadro 3 - Modelagem Comportamentos Frequência do comportamento Olhar a barra 33 vezes Aproximar-se da barra 35 vezes Farejar a barra 5 vezes Tocar a barra 18 vezes Pressionar a barra 1035 vezes Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021. Pode-se perceber que cada comportamento foi reforçado em quantidades de vezes diferentes. Na medida que o ratinho aprendia um determinado comportamento, aumentava a hierarquia, até chegar no objetivo final, que era pressionar a barra. Um ponto interessante, é que no momento de reforçar “farejar a barra”, ele praticamente pulou de hierarquia e começou a querer tocar a barra, logo, o experimentador começou a reforçar tocar a barra. E, após 18 repetições de reforçamento de tocar a barra, ele aprendeu a pressionar a barra sozinho, sem precisar da ajuda do experimentador. 3.4 PRÁTICA 4: REFORÇAMENTO CONTÍNUO - CRF A prática de reforçamento contínuo iniciou no dia 17/05/2021 e terminou no dia 17/05/2021. Teve duração de 30 minutos. Nessa prática, o rato tende a repetir com mais frequência o comportamento de pressionar a barra, enquanto diminui a frequência de outros comportamentos. Isso, mediante ao fato de que o Sniffy aprendeu um novo comportamento, e toda pressão a barra será reforçada, ao contrário dos outros comportamentos que não serão. Assim, sempre que emitir o comportamento de pressionar a barra terá como consequência reforçadora a comida. É possível constatar, que a prática 4, comparada a prática 1, (nível operante) o rato Sniffy diminuiu mais da metade de seus outros comportamentos como: farejar, andar, limpar-se e etc. Ao passo, que o comportamento de pressão a barra ganhou assiduidade, chegando a pressionar a barra cerca de 16 vezes por minuto. 13 Quadro 4 - CRF Resposta de pressão à barra (Por min) Outras respostas (L,A,E,F,P,TB) 20 L-2, A-3 14 L-2, A-3, F-1 16 0 11 A-4, F-1, E,1 18 A-1, F-2 15 A-2, E 16 F, A 14 A-5, E-2, L, F 12 A, L 15 A-2, L 15 A-2, F 13 A-2, F-2 12 F-2, A, L 15 A-3, F, L 18 A-3 17 A-3, F-2, E 13 A-2, L-2, F-2, E-2 22 L-3, E-2, A-5, P 20 A-3, F, L 13 A-2, F, L 10 A-3, L-2, F-2 15 E-3, L-4, A-3 13 A-3, L-2, F 16 L-2, F-2, A 11 A-2, F 10 F-3, A-2, L-3, E 8 L, A-4, F-2 15 A-4, F 16 A-3, F, L, E 12 A-3, L Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 14 3.5 PRÁTICA 5- EXTINÇÃO A prática iniciou no dia 17/05/2021 e terminou no dia 17/05/2021. Teve duração de 11:37h às 11:53h (vale ressaltar que ela pode durar em alguns casos até 50 minutos). Tendo o rato aprendido um novo comportamento, a última prática tinha como função a retirada do reforço e sua implicação com a frequência da resposta de pressão a barra. Durante a prática de nível operante, que consistia em observar o comportamento do Sniffy, constatou-se que ele não pressionou a barra nenhuma vez, diferente da última prática onde ele já estava condicionado, e iria passar pelo processo de extinção. Logo no início da pratica 5, o rato pressionou a barra várias vezes por minuto, ao passo que realizava outros comportamentos com menor regularidade. Pressionando a barra no total de 15 vezes no primeiro minuto da prática e realizando apenas 5 outros comportamentos diferentes, sendo esses: andar e farejar duas vezes cada, e limpa-se. Ao contrário do último minuto da prática, que o rato agora sem pressionar a barra realizou 22 outros comportamentos. Desta maneira 11 minutos depois do início da prática o rato não pressionou mais a barra, e seus outros comportamentos como limpar-se, andar, farejar ou ergue-se ganharam maior frequência. Com isso ele passou os próximos cinco minutos sem tocar a barra, e assim a pratica 5 foi encerrada com 17 minutos. 15 Quadro 5 - Extinção Resposta de pressão à barra (por min) Outras respostas (L,A,E,F,P,TB) 15 A-2, F-2, L 16 L-2, A-2, F-3 14 F-3, L-3, A 1 F-3, A, L-2, E-2 2 F-2, L-3, E-2, A 2 E-2, L-2, F, A 1 A-2, L-3, F-2, E-2 0 F-4, L-3, E-2 6 F-3, L-3, A, E 1 L-3, E, F2, A 1 L-4, F-2, E-2 0 E-4, L-6, F-3 0 F-3, L-6, A-3, E-2 0 A-3, E-3, L-3, F 0 E-3, L-3, A-2, F-2 0 A-2, L-7, E-5, F-8 Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 16 1. DISCUSSÕES PRÁTICA 1 Quando se fala em condicionamento operante de Pavlov, é entendido que o mesmo é influenciado por suas consequências. As consequências dos comportamentos do passado, influenciam sua ocorrência no futuro, ou seja, dizer que as consequências do comportamento o controlam, de forma geral, quer dizer que elas determinarão se os comportamentos que a produziram, ocorrerão com maior ou menor frequência. Nesse experimento foi observado durante 30 minutos os comportamentos do ratinho antes de ser reforçado, com o objetivo de identificar oscomportamentos que ele produziu antes da aprendizagem. O comportamento de se limpar foi mais repetido, e o de tocas a barra, o menos repetido pelo Sniffy. PRÁTICA 2 Por conseguinte, na segunda prática, o rato conseguiu associar o som a comida. Convém ressaltar, o fisiologista Ivan Pavlov no condicionamento Pavloviano, que é um processo da aprendizagem de novos comportamentos, utilizando cães como sujeitos em seu experimento, carne e o som da sineta, tendo como resposta a salivação. Como a carne já motivava a salivação, mas a sineta não, Pavlov utilizou a sineta antes de dispor a carne e observou à salivação dos cães, esse procedimento foi denominado emparelhamento de estímulos. Pavlov, constatou depois de várias repetições, que o cachorro começava a salivar quando ouvia o som da sineta, e não só ao ver a carne. Passando a ter um reflexo condicionado, ou seja, quando o estimulo neutro e o condicionado são os mesmos. Nessa pratica de treino ao comedouro, o Sniffy associou o som da barra com o alimento, já que o som se tornou um reflexo condicionado. Assim o som tornou- se um reforçador para moldar o comportamento do rato. PRATICA 3 A modelagem é processo de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento alvo. O resultado final desse procedimento é a aprendizagem de um novo comportamento. O reforço diferencial tem como objetivo 17 reforçar alguns comportamentos que obedecem certos critérios, e não reforçar aqueles que não atendem tal critério. Nessa prática, pode-se observar que foi utilizado basicamente o reforço diferencial e as aproximações sucessivas para ensinar um novo comportamento (pressionar a barra). Uma característica muito importante é a imediaticidade do reforço em relação a resposta, ou seja, quanto mais próximo da resposta o reforço estiver, mais preciso ele será. Sempre que o Sniffy estiver erguido próximo a barra, ele será refoçado com comida, e, mais tarde, somente quando ficar em pé frente a barra. Assim, após vários condicionamentos, ele conseguiu aprendeu a pressionar a barra sozinho. PRATICA 4- CRF O comportamento operante que é um termo criado pelo psicólogo B. F. Skinner, é um comportamento que provoca consequências que se misturam com as alterações do ambiente, e sua ocorrência é motivada por essas consequências. Assim, essas consequências causaram mudanças ao meio que o engloba, como por exemplo: o ato de ligar uma torneira e ter como consequência a liberação de água. As consequências são classificadas como reforçadoras. As consequências reforçadoras controlam o comportamento e aumentam a probabilidade dele se repetir, criando uma relação do organismo com o ambiente, onde o organismo manda uma resposta que produzirá mudanças no ambiente, alterando a probabilidade desse comportamento se repetir. No reforçamento contínuo, toda vez que o rato realizava o comportamento de pressionar a barra, tinha como consequência reforçadora a comida, e enquanto essa atividade continuava sendo reforçada, ele seguia pressionando a barra, sendo controlado por essa consequência. Já seus outros comportamentos não eram reforçados, e por esse motivo diminuíam a chance de se repetirem. Por essa razão, o rato pressionava a barra frequentemente, conforme diminuía os outros comportamentos. PRÁTICA 5- EXTIÇÃO De acordo com A. Charles Catania, a retirada do reforço está relacionada com o procedimento de extinção. Sabe-se que quanto mais uma resposta for reforçada, 18 maior é a possibilidade dela se repetir. Entretanto, isso não é permanente, bastando apenas que esse reforço seja suspenso para regressar a seus padrões anteriores, e esse procedimento é chamado de extinção. Nesse ínterim, tem-se a resistência à extinção que se refere à quantidade de vezes, ou o tempo que a resposta era executada sem reforçamento, até que esse comportamento volte ao seu nível operante. No começo dessa pratica (os primeiros cinco minutos), depois de o reforço ser suspenso, o rato continuava pressionando a barra frequentemente, realizando poucos de seus outros comportamentos, demonstrando resistência a extinção. Porém, com o passar de alguns minutos essa frequência foi cessando, enquanto seus demais comportamentos iam ganhando certa regularidade. Desta forma, a resposta de pressão a barra teve sua consequência mudada, antes as pelotas eram distribuídas a cada pressão, mas agora com essa ação não sendo mais reforçada, ou seja, sem a presença das pelotas, a tendência era que esse comportamento diminuísse sua frequência, e os comportamentos restantes ganhassem periocidade, voltando assim a seu nível anterior (prática 1). 19 REFERÊNCIAS a) MOREIRA, Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto. Princípios Básicos da Análise do Comportamento. 2°Edição. Porto Alegre: Artmed,2019,219. b) CRUVINEL, Adriana Cunha et al. Bases Fisiológicas e Noção de Ciência em análise do comportamento. In: HUBNER, Maria Marta Costa. Temas Clássicos da Psicologia Sob Ótica da Análise do Comportamento. Guanabara Koogan,2012. 1. c) SHULTZ, D.P.; SHULTZ, R. E. História da Psicologia Moderna. 10ed. São Paulo: Cengage Leaning, 2012. d) ECKERMAN, D.A.; TOMANARI, G.Y. O Rato Sniffy Vai à Escola. Brasilia. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol. 19, N. 2, 2003. e) CATANIA, A. Charles. Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição. 4ª Edição. ARTMED Editora, 1999, 470 páginas. 20 ANEXOS Prática 1 – Nível operante Figura 1 – Nível Operante Fonte: Silva, Eduarda lima,2021 Figura 2 – Nível Operante Fonte: Silva, Eduarda Lima,2021 21 Prática 2 – Treino ao Comedouro Figura 3 – Treino ao Comedouro Fonte: Silva, Eduarda Lima,2021 Figura 4 – Treino ao Comedouro Fonte: Silva, Eduarda Lima,2021 22 Prática 3 – Modelagem Figura 5 - Modelagem Fonte: Silva, Eduarda Lima,2021 Figura 6 – Modelagem Fonte: Silva, Eduarda Lima,2021 23 Figura 7 – Modelagem Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 Figura 8 – Modelagem Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 24 Figura 9 – Modelagem Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 Prática 4 – Reforçamento Contínuo (CRF) Figura 10 – CRF Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 25 Figura 11 – CRF Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 Figura 12 – CRF Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 26 Prática 5 – Extinção Figura 13 – Extinção Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 Figura 14 – Extinção Fonte: Silva, Thaís Gabrielle Ribeiro,2021 27
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