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VACINAÇÃO EM CÃES E GATOS Importância da vacinação A vacinação, hoje em dia, é o melhor método de prevenção contra diversas doenças infecciosas. Por isso, é de suma importância manter a carteirinha de vacinação do seu pet sempre atualizada. Cães e gatos são sucetíveis a doenças contagiosas muito comuns e que, se não evitadas, podem ser até fatais. Os animais podem ser expostos aos agentes infecciosos pelo contato com animais doentes, portadores assintomáticos ou contaminantes ambientais. Tipos de vacinas As vacinas são fabricadas a partir de vírus e/ou bactérias. Podem ser de natureza "infecciosa" ou "não infecciosa”. As vacinas não infecciosas, conhecidas como vacinas mortas ou inativadas, são formadas por organismos inativados, ou ainda um antígeno natural ou sintético. Esses agentes são incapazes de infectar, replicar-se ou induzir patologia, mas preparam o sistema imunológico do organismo para se defender. São mais propensas a causar reações adversas, ja que requerem um adjuvante para aumentar sua potência e usualmente requerem múltiplas doses. As vacinas infecciosas são formadas por organismos infeccioso vivo e atenuado. Esses organismos estão intactos, são viáveis e induzem imunidade causando um baixo nível de infecção ao se replicar dentro do animal, sem induzir a patologia. Essas vacinas ainda têm a vantagem de induzir mais efetivamente a imunidade em locais anatômicos relevantes quando administradas na forma parenteral. Algumas vacinas infecciosas são administradas diretamente nos locais de mucosa (isto é, vacinas intranasais ou orais) onde são ainda mais eficazes (gripe). Com a vacinação, o sistema de defesa dos cães e gatos se torna habilitado a produzir anticorpos de maneira mais rápida e combater os vírus e/ou bactérias invasoras. O sistema de defesa mantém por um tempo a habilidade de produzir rapidamente os anticorpos. Com o passar do tempo, esta habilidade vai diminuindo havendo a necessidade da revacinação anual. Protocolo vacinal O protocolo dos animais devem começar quando filhotes, até 2 meses (45-60 dias) para que consigam formar o seu próprio sistema imunológico de forma eficaz e garantam a proteção completa contra as principais doenças infecciosas. São necessárias varias aplicações vacinais, durante o primeiro ano de vida para que a imunidade seja ideal. Nem todos os animais vacinados respondem da mesma forma e alguns não desenvolvem resposta imune à vacina. Felizmente, o número de animais não responsivos é baixo. O fator que mais interfere com a resposta vacinai é a proteção associada à presença de anticorpos maternos. Os anticorpos maternos podem interferir com a capacidade da vacina em produzir resposta imune. Esse tipo de problema pode ser evitado das seguintes formas: • Fornecendo-se uma terceira dose de vacina quando o animal estiver com mais de 12 semanas de idade, período em que o título de anticorpos maternos declina na maioria dos animais. • Aumentando-se os títulos virais na vacina. • Estabelecendo-se os níveis séricos de anticorpos para garantir que não exista proteção materna, antes da vacinação (ver adiante). PROTOCOLO VACINAL CÃES Idade Vacina O que previne? 6 a 8 semanas (45-60 dias de vida) 1ª dose da V8 ou V10 cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa, adenovirose, coronavirose, parainfluenza, leptospirose 12 semanas (3 meses) 2ª dose da V8 ou V10 Dose reforço 16 semanas (4 meses) 3ª dose da V8 ou V10 Anti-rábica Ultima dose reforço Raiva -> Importante lembrar que, os animais que não mamaram o colostro devem ser vacinados antes dos animais normais. -> O tutor deve ser cuidadoso em seguir o protocolo vacinal recomendado pelo veterinário. Caso as orientações não sejam seguidas à risca, pode ser necessário recomeçar o protocolo vacinal do zero. Todas as vacinas citadas nos protocolos devem ter sua dose repetida anualmente, para que a imunidade se mantenha efetiva durante a vida do pet. Revacinação anual As vacinas precisam de reforços durante a vida adulta, para que a imunidade se mantenha efetiva durante toda a vida do pet. Alternativas de proteção para animais não vacinados Alguns animais demonstram sinais decorrentes de reação adversa a vacina, e isso normalmente faz com que seus proprietários tornam-se relutantes a ideia de revacina-los, mas buscam maneiras alternativas para protege-los de infecções. Também existem os que, por razões éticas ou econômicas, não desejam vacinar os seus animais, e neste caso, recomenda-se incentivar o proprietário a realizar pelo menos a primovacinação. Há 4 alternativas para animais não vacinados: isolamento, controle de vetores e hospedeiros reservaatórios, tratamento, e monitoração sorológica • O isolamento de animais evita que eles adquiram a infecção. Desde que realizado de forma correta, o isolamento pode ser considerado excelente método de controle. • Doenças transmitidas por carrapatos e insetos podem ser prevenidas pela redução da exposição aos vetores. • Tratamento das doenças caso ocorra. • Para os proprietários de animais que estão preocupados com possível reação adversa, ou que não desejam que os seus animais sejam “supervacinados”, pode ser feito a sorologia/titulação de anticorpos. Esta prática mostrará se o animal está provavelmente imune e, portanto, não necessita ser vacinado. Determinar os níveis de anticorpos no soro para diversas doenças que afetam os cães e gatos permite supor, com grande eficácia, que o animal está protegido (desde que o teste empregado seja apropriado). REFERÊNCIAS - Zoetis - Virbac - Livro Doenças infecciosas na rotina de cães e gatos no Brasil MedVep - Livro Manual de doenças infecciosas em cães e gatos ROCA PROTOCOLO VACINAL GATOS Idade Vacina O que previne? 8 semanas (2 meses) 1ª dose da V4 ou V5 V4: panleucopenia, calicivirose, rinotraqueite, clamidiose V5: Todas + FeLV 12 semanas (3 meses) 2ª dose da V4 ou V5 Dose reforço 16 semanas (4 meses) 3ª dose da V4 ou V5 Anti-rábica Ultima dose reforço Raiva