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SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 2 0-LIVRO_Eletricista2.indb 3 30/07/14 17:14 CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações 0-LIVRO_Eletricista2.indb 4 30/07/14 17:14 SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 2 0-LIVRO_Eletricista2.indb 5 30/07/14 17:14 SENAI - DN Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br © 2014. SENAI – Departamento Nacional © 2014. SENAI – Departamento Regional da Bahia A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me- cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional da Bahia Núcleo de Educação à Distância - NEAD FICHA CATALOGRÁFICA S491i Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Instalações elétricas / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional da Bahia. - Brasília: SENAI/DN, 2014. 116 p.: il. - (Série construção Civil, v.2) ISBN 978-85-7519-762-2 1. Instalações elétricas. 2. Curso. 3. Eletricista instalador residencial. 4. Construção Civil. I. Serviço de Aprendizagem Industrial. II. Departamento Nacional. III. Serviço Nacional de Aprendizagem de Industrial. Departamento Regional da Bahia. IV. Instalações Elétricas. IV. Série Construção Civil, v.2 CDU: 696 0-LIVRO_Eletricista2.indb 6 30/07/14 17:14 Lista de Ilustrações Figura 1 - Diagrama .........................................................................................................................................................20 Figura 2 - Esquema elétrico de interruptor simples com lâmpada ................................................................21 Figura 3 - Esquema elétrico de interruptor simples com lâmpada com eletrodutos ..............................21 Figura 4 - Multifilar...........................................................................................................................................................22 Figura 5 - Unifilar ..............................................................................................................................................................23 Figura 6 - Diagrama Funcional ....................................................................................................................................24 Figura 7 - Alicate universal ............................................................................................................................................30 Figura 8 - Alicate de corte diagonal ..........................................................................................................................31 Figura 9 - Alicate de bico ...............................................................................................................................................31 Figura 10 - Olhal ...............................................................................................................................................................31 Figura 11 - Alicate decapador ......................................................................................................................................32 Figura 12 - Alicate bomba d’água ..............................................................................................................................32 Figura 13 - Alicate de crimpagem ..............................................................................................................................32 Figura 14 - Chave de fenda e philips ..........................................................................................................................33 Figura 15 - Chave de fenda ...........................................................................................................................................33 Figura 16 - Arco de serra ................................................................................................................................................34 Figura 17 - Serras ..............................................................................................................................................................35 Figura 18 - Corte ...............................................................................................................................................................35 Figura 19 - Furadeiras elétricas ...................................................................................................................................36 Figura 20 - Eletroduto de PVC rígido.........................................................................................................................36 Figura 21 - Soprador térmico .......................................................................................................................................37 Figura 22 - Metro articulado (à esquerda), trena (no centro) e trena laser (à direita) ..............................37 Figura 23 - Passa-fio de nylon ......................................................................................................................................38 Figura 24 - Utilização do passa fio de nylon ...........................................................................................................38 Figura 25 - Curvador de Conduíte parede fina ......................................................................................................39 Figura 26 - Chave teste ...................................................................................................................................................39 Figura 27 - Caneta teste .................................................................................................................................................39 Figura 29 - Tarraxa ............................................................................................................................................................40 Figura 28 - Tarraxa universal .........................................................................................................................................40 Figura 30 - Amperímetro ...............................................................................................................................................46 Figura 31 - Voltímetro .....................................................................................................................................................46 Figura 32 - Ohmímetro ...................................................................................................................................................47 Figura 33 - Multímetro 1 ................................................................................................................................................48 Figura 34 - Multímetros analógico e digital............................................................................................................49Figura 35 - Alicate amperímetro .................................................................................................................................50 Figura 36 - Fios ..................................................................................................................................................................56 Figura 37 - Cabos ..............................................................................................................................................................57 Figura 38 - Barramento ..................................................................................................................................................57 Figura 39 - Eletroduto .....................................................................................................................................................60 Figura 40 - Eletroduto rígido metálico .....................................................................................................................60 0-LIVRO_Eletricista2.indb 7 30/07/14 17:14 Figura 41 - Eletroduto PVC rígido ...............................................................................................................................61 Figura 42 - Eletroduto metálico flexível ...................................................................................................................62 Figura 43 - Conduite .......................................................................................................................................................62 Figura 44 - Eletroduto PVC flexível ............................................................................................................................63 Figura 45 - Rosca externa ..............................................................................................................................................64 Figura 46 - Arruelas e buchas roscadas ....................................................................................................................64 Figura 47 - Fixação com arruelas, buchas roscadas .............................................................................................65 Figura 48 - Emenda .........................................................................................................................................................70 Figura 49 - Emenda de derivação conector sindal ...............................................................................................70 Figura 50 - Emenda derivação e emenda prolongamento ...............................................................................71 Figura 51 - Conector sindal ...........................................................................................................................................71 Figura 52 - Conector tipo régua de Bornes .............................................................................................................72 Figura 53 - Conectores ...................................................................................................................................................72 Figura 54 - Solda estanho-chumbo ...........................................................................................................................73 Figura 55 - Ferro de soldar ............................................................................................................................................73 Figura 56 - Fita isolante ..................................................................................................................................................74 Figura 57 - Fita isolante plástica..................................................................................................................................74 Figura 58 - Fita isolante ..................................................................................................................................................75 Figura 59 - Fita elétrica de alta tensão ......................................................................................................................75 Figura 60 - Lâmpada incandescente .........................................................................................................................80 Figura 61 - Conjunto para iluminação ......................................................................................................................81 Figura 62 - Luminárias fluorescentes ........................................................................................................................81 Figura 63 - Calha ...............................................................................................................................................................82 Figura 64 - Reator .............................................................................................................................................................82 Figura 65 - Reator para uma lâmpada ......................................................................................................................83 Figura 66 - Starter .............................................................................................................................................................83 Figura 67 - Receptáculo .................................................................................................................................................84 Figura 68 - Partes da lâmpada .....................................................................................................................................85 Figura 69 - Base de lâmpada fluorescente ..............................................................................................................86 Figura 70 - Pino de lâmpada fluorescente ..............................................................................................................86 Figura 71 - Esquema de ligação lâmpada fluorescente .....................................................................................87 Figura 72 - Funcionamento de lâmpada fluorescente .......................................................................................87 Figura 73 - Lâmpada de descarga ..............................................................................................................................88 Figura 74 - Partes da lâmpada .....................................................................................................................................89 Figura 75 - Lâmpada PL .................................................................................................................................................90 Figura 76 - Interruptores................................................................................................................................................92 Figura 77 - Interruptores................................................................................................................................................92 Figura 78 - Interruptor intermediário .......................................................................................................................93 Figura 79 - Ligação de interruptor paralelo – three way ....................................................................................94 Figura 80 - Acionamento three way ...........................................................................................................................94 Figura 81 - Esquema ligação four way ......................................................................................................................95 Figura 82 - Ligação four way1 ......................................................................................................................................95 Figura 83 - Ligação four way 2 .....................................................................................................................................960-LIVRO_Eletricista2.indb 8 30/07/14 17:14 Figura 84 - Dimmer ..........................................................................................................................................................96 Figura 85 - Ligação de dimmer ....................................................................................................................................96 Figura 86 - Controle da intensidade da luz fluorescente: dimmer eletrônico ............................................97 Figura 87 - Esquema de ligação da minuteria .......................................................................................................98 Figura 88 - Pulsador.........................................................................................................................................................98 Figura 89 - Sensor de presença ...................................................................................................................................99 Figura 91 - Diagrama de um foto-sensor .............................................................................................................. 100 Figura 90 - Relé fotoelétrico ...................................................................................................................................... 100 Tabela 1 - Substância fluorescente ..............................................................................................................................85 Tabela 2 - Potência de lâmpada PL .............................................................................................................................91 0-LIVRO_Eletricista2.indb 9 30/07/14 17:14 0-LIVRO_Eletricista2.indb 10 30/07/14 17:14 Sumário 1 Introdução ........................................................................................................................................................................15 2 Leitura e interpretação de diagramas ....................................................................................................................19 2.1 Simbologia .....................................................................................................................................................20 2.2 Tipos .................................................................................................................................................................20 2.2.1 Diagrama multifilar ..................................................................................................................22 2.2.2 Diagrama unifilar.......................................................................................................................22 2.2.3 Diagrama de distribuição ou funcional ............................................................................23 2.3 Aplicação ........................................................................................................................................................25 3 Materiais, ferramentas, equipamentos e instrumentos ...................................................................................29 3.1 Ferramentas ...................................................................................................................................................30 3.2 Equipamentos e ferramentas ..................................................................................................................35 4 Instrumentos de medição...........................................................................................................................................45 4.1 Características gerais ..................................................................................................................................46 4.2 Multímetro digital .......................................................................................................................................47 4.2.1 Seletor de função ......................................................................................................................47 4.2.2 Seletor de alcance .....................................................................................................................48 4.2.3 Indicações do display ..............................................................................................................48 4.3 Recomendações de uso e de segurança .............................................................................................49 4.4 Volt/alicate amperímetro ..........................................................................................................................49 5 Fatores que influenciam no dimensionamento .................................................................................................55 5.1 Fios, cabos elétricos e barramento........................................................................................................56 5.2 Constituição ..................................................................................................................................................56 5.3 Nomenclatura ...............................................................................................................................................57 5.4 Normas para utilização ..............................................................................................................................58 5.5 Capacidades de condução de corrente ...............................................................................................59 5.6 Eletrodutos ....................................................................................................................................................59 5.6.1 Utilização ....................................................................................................................................63 5.7 Normas para utilização .............................................................................................................................65 6 Emenda em condutores ..............................................................................................................................................69 6.1 Emenda de prolongamento ou linha ...................................................................................................70 6.2 Emendas em derivação .............................................................................................................................70 6.3 Emendas em caixa de passagem ...........................................................................................................71 6.4 Conectores .....................................................................................................................................................71 6.5 Soldar emendas de condutores .............................................................................................................73 6.6 Isolar emendas de condutores ...............................................................................................................74 6.6.1 Fita isolante plástica .................................................................................................................74 6.6.2 Fita elétrica de alta tensão – fita elétrica autofusão .....................................................75 0-LIVRO_Eletricista2.indb 11 30/07/14 17:14 7 Sistemas de iluminação ou direto com lâmpadas .............................................................................................79 7.1. Incandescente .............................................................................................................................................80 7.2 Luminária fluorescente ..............................................................................................................................81 7.3 Lâmpada de descarga fluorescente ......................................................................................................847.4 Lâmpadas de descarga (mista e vapor de mercúrio) .....................................................................88 7.5 Características das lâmpadas dicroicas (GE) ......................................................................................91 7.6 Acessórios - Interruptores ........................................................................................................................91 7.6.1 Interruptores - Paralelos e Intermediários (comando de consumidores) .............93 7.6.2 Controle de Iluminação por “DIMMER” ou dimerizados .............................................96 7.6.3 Controle de iluminação fluorescente ................................................................................97 7.6.4 Minuteria ......................................................................................................................................97 7.6.5 Sensor de presença ..................................................................................................................98 7.6.6 Comando de iluminação por célula fotoelétrica ........................................................ 100 7.7 Normas aplicáveis .................................................................................................................................... 101 Referências Minicurrículo do autor Índice 0-LIVRO_Eletricista2.indb 12 30/07/14 17:14 0-LIVRO_Eletricista2.indb 13 30/07/14 17:14 0-LIVRO_Eletricista2.indb 14 30/07/14 17:14 Introdução 1 Sejam bem-vindos ao universo das Instalações Elétricas com o curso de Qualificação Eletri- cista Instalador Residencial, que tem como objetivo executar e manter as instalações elétricas em edificações conforme projetos, normas técnicas vigentes e procedimentos específicos, pla- nejando o trabalho de forma limpa e organizada, assegurando o desenvolvimento do processo de execução das obras dentro dos prazos, com segurança, qualidade, economia e respeito ao meio ambiente. Durante o processo de aprendizagem, o aluno será capacitado para interpretar projetos, utilizar de maneira adequada as ferramentas e instrumentos de medição, bem como avaliar os fatores que influenciam as instalações elétricas, e conhecer e determinar os sistemas de ilumi- nação, julgando o melhor uso nos ambientes. O nosso curso se dará pelo estudo do livro Instalações Elétricas, que é divido em 04 volu- mes. Neste segundo volume, abordaremos leitura e interpretação de diagramas, ferramentas, instrumentos de medição, fatores que influenciam no dimensionamento, emendas e sistema de iluminação.De forma integrada, desenvolveremos também as capacidades sociais, organi- zativas e metodológicas necessárias, adequadas a diferentes situações profissionais, favore- cendo uma base consistente para a construção das competências específicas, conforme des- critas abaixo: CAPACIDADES TÉCNICAS: a) identificar os sistemas de fornecimentos e distribuição de energia elétrica; b) identificar os princípios de organização do trabalho, qualidade e meio ambiente; c) identificar as normas técnicas e regulamentadoras; d) interpretar projetos elétricos de baixa tensão residenciais; e) dimensionar condutores e dispositivos de segurança de redes elétricas; f) medir grandezas: tensão, resistência, corrente, potencias, frequência, luminância e capa- citância elétrica, utilizando instrumentos específicos; g) instalar dispositivos e componentes elétricos e eletroeletrônicos de iluminação, empre- gados em instalações elétricas de baixa tensão residenciais; 0-LIVRO_Eletricista2.indb 15 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 216 h) montar circuitos auxiliares segundo projeto; i) manusear instrumentos e ferramentas típicas da área de instalações elétricas de baixa tensão residenciais; j) utilizar equipamentos de proteção individual; k) descartar materiais de acordo com normas ambientais; l) transportar materiais, considerando normas de segurança, de saúde e reco- mendações do fabricante; m) locar as instalações elétricas a serem executadas; n) realizar manutenção em instalações elétricas residenciais. CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS: a) desenvolver consciência prevencionista em relação a saúde, segurança e meio ambiente; b) trabalhar em equipe; c) ser metódico; d) ser detalhista; e) ser organizado; f) manter relacionamento interpessoal; g) ter visão sistêmica; h) ser analítico; i) ser responsável. Os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessárias, para o alcance do objetivo desta qualificação, serão apreendidos através dos conteúdos apresenta- dos nos capítulos. Siga em frente e bons estudos! 0-LIVRO_Eletricista2.indb 16 30/07/14 17:14 Anotações: 1 INTRODUÇÃO 17 0-LIVRO_Eletricista2.indb 17 30/07/14 17:14 0-LIVRO_Eletricista2.indb 18 30/07/14 17:14 Leitura e interpretação de diagramas 2 Vamos começar este estudo abordando uma ferramenta que facilita e colabora com o tra- balho do eletricista. Os diagramas ajudam na visualização dos trabalhos elétricos, auxiliando o profissional até a antever possíveis soluções de problemas futuros. Antes de executar qualquer tipo de instalação, deve-se pensar na funcionalidade, nas neces- sidades do usuário, nos equipamentos e componentes, na disposição física e, principalmente, no custo. Definidos os aspectos abordados, agora é hora de transferir todas as informações para o papel de forma clara e objetiva, pois a função do projetista é transportar as necessidades do cliente para um projeto e então torná-las realidade, certo? Este planejamento, que poste- riormente permitirá alterações futuras como forma de ajuste às adaptações e necessidades encontradas ou trazidas pelo eletricista, é apenas uma etapa intermediária entre o cliente e o eletricista. Uma instalação elétrica é definida pelo conjunto de equipamentos e componentes elétri- cos indispensáveis ao funcionamento de um circuito ou sistema elétrico. É nesse momento que surge a necessidade de melhorar o fluxo de comunicação entre quem projetou, quem vai fazer cotação de material e quem vai montar, considerando as regulamentações normativas definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, neste caso a NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão. Quanto à simbologia empregada nas instalações elétricas residenciais, pode-se mostrar o diagrama de três maneiras distintas: diagramas multifilar, unifilar e de funcionamento. No de- correr do curso, você será apresentado gradativamente aos símbolos dos equipamentos das instalações, e quanto à sua execução será precedida de um dos três diagramas. SAIBA MAIS O livro de Instalações Elétricas, de Hélio Creder, 14ª edição,Editora LTC, 2008, é uma boa sugestão de comple- mento das informações sobre projeto em instalações elétri- cas. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 19 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 220 2.1 SIMBOLOGIA De um modo geral, todas as instalações elétricas residenciais devem ser pre- cedidas de um diagrama e/ou projeto. À medida que você for avançando os es- tudos, gradativamente, serão apresentados os equipamentos e suas respectivas representações gráficas. No conteúdo a ser trabalhado em projetos elétricos, que será abordado mais adiante, serão apresentados todos os símbolos normatizados conforme a norma da ABNT NBR 5444:1989 - Símbolos Gráficos Instalações Elétri- cas Prediais. 2.2 TIPOS A representação gráfica é a melhor maneira de universalizar a informação, pois o diagrama por meio de símbolos ajuda a interpretar o funcionamento dos circui- tos e as interligações dos condutores. Conjunto de símbolos elétricos representando circuitos DIAGRAMA MULTIFILAR FUNCIONAL UNIFILAR Figura 1 - Diagrama Fonte: SENAI, 2013. Um diagrama pode apresentar as diversas possibilidades e representação exis- tentes de um sistema elétrico, identificando os elementos e a quantidade de con- dutores, componentes e dispositivos. Observe na figura acima que elencamos os diagramasmultifilar, funcional e unifilar, mas não abordaremos o funcional, pois ele é utilizado preferencialmente na indústria. O desenho permite facilitar a visualização daquilo que se imagina executar. Para fazer uma instalação elétrica, o eletricista não precisa saber desenhar todos os componentes do circuito em suas formas e detalhes, basta entender os símbo- los elétricos, que é uma linguagem universal nos projetos de instalações elétricas. Para realizar a ligação de uma lâmpada através de um interruptor simples, por exemplo, o eletricista deverá fazer a instalação conforme o desenho abaixo. Ob- serve: 0-LIVRO_Eletricista2.indb 20 30/07/14 17:14 2 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIAGRAMAS 21 Fase Rede Elétrica Neutro Figura 2 - Esquema elétrico de interruptor simples com lâmpada Fonte: SENAI, 2013. FIQUE ALERTA Toda instalação elétrica deve ter um projeto elétrico. Nele, devem conter o diagrama elétrico e seus aspectos de se- gurança, evitando-se assim custos adicionais, acidentes e retrabalho. No entanto, ao utilizar esquemas elétricos ou diagramas elétricos padroniza- dos este mesmo desenho acima, será representado desta maneira: 1 a a - 1- 1a 200 VA Número do circuitoCondutor fase Quadro de distribuição - QD Condutor neutro Eletroduto Condutor retorno Ponto de luz com indicação de potência, número do circuito e interruptor que comanda Interruptor de uma tecla com indicação do ponto de luz que comanda Figura 3 - Esquema elétrico de interruptor simples com lâmpada com eletrodutos Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 21 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 222 2.2.1 DIAGRAMA MULTIFILAR São representados todos os condutores do circuito e os detalhes das ligações. Nesta situação, há necessidades de informações mais pormenorizadas para me- lhorar o entendimento e execução da atividade. O tipo de esquema multifilar não é usual quando as instalações são grandes, por dificultar a análise devido a quan- tidade de elementos existentes. Representa as partes principais de um sistema elétrico, identificando seus ele- mentos, número de condutores, mas não requer um acompanhamento comple- to. Esta forma de representação facilita a leitura durante a execução e manuten- ção, operação e montagem, quando não há necessidades de maiores detalhes ou informações. F N 1~+N 127 ou 220V lâmpada incandescente interruptor simples Figura 4 - Multifilar Fonte: SENAI, 2013. 2.2.2 DIAGRAMA UNIFILAR O diagrama unifilar serve para facilitar e visualizar circuitos de maneira simpli- ficada, não servindo para informações mais detalhadas. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 22 30/07/14 17:14 2 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIAGRAMAS 23 P Caixa de passagem Potencia da lâmpada Indicação do ponto que comanda Indicação do número do circuito 1 a Figura 5 - Unifilar Fonte: SENAI, 2013. 2.2.3 DIAGRAMA DE DISTRIBUIÇÃO OU FUNCIONAL SAIBA MAIS Para saber mais sobre diagramas você pode consultar apos- tilas de instalações elétricas do fabricante de condutores Prysmian. Basicamente, um diagrama é representado com seus componentes de coman- do na posição desligada. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 23 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 224 Chave Lâmpada Condutor Retorno Condutor Neutro Condutor Fase Fusível Figura 6 - Diagrama Funcional Fonte: SENAI, 2013. O diagrama de distribuição é um diagrama unifilar que permite interpretar com extrema rapidez a distribuição dos circuitos e dispositivos, ou seja, o funcio- namento. Para a execução de uma instalação, dois aspectos são fundamentais para o eletricista: a) localização dos elementos na planta, quantos fios passarão em determina- do eletroduto e qual o trajeto da instalação; b) funcionamento e distribuição dos circuitos e dos dispositivos. Como não é possível representar ao mesmo tempo esses dois aspectos em um único diagrama sem prejudicar a clareza da interpretação de um deles (posição física, ou seja, posição em que se encontra, ou funcionamento), a instalação é representada por três diagramas: diagrama multifilar, diagrama funcional e dia- grama unifilar. VOCÊ SABIA? O diagrama multifilar, por possuir detalhes da insta- lação, ou seja, todas as informações possíveis da ins- talação, dispositivos e locais, é usado para entender o funcionamento de circuitos e também facilitar sua ma- nutenção. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 24 30/07/14 17:14 2 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIAGRAMAS 25 2.3 APLICAÇÃO Foram apresentadas as possíveis maneiras de se representar os circuitos elétri- cos residenciais, onde existem particularidades quanto à aplicação. a) Diagrama multifilar normalmente é usado quando há a necessidade de representação de todos os condutores e componentes, exemplo: reator de lâmpada fluorescente, sensores de presença, relé fotoelétrico; b) Diagramas unifilares é representação simplificada do diagrama multifilar, sendo mais utilizada em projetos elétricos em residências devido facilidade para a leitura; c) Diagrama funcional tem apenas a preocupação com a representação do funcionamento do circuito, muito utilizado em diagramas elétricos indus- triais. Agora você é convidado a conhecer um relato que trata de projeto elétrico e sua importância. Acompanhe. CASOS E RELATOS Planejamento é importante! Mestre Joel, como era conhecido, resolveu comprar um terreno e construir sua própria casa. Era seu sonho, e sendo mestre de obras dos bons,decidiu, apóso recebimento de um dinheiro,realizar.Logo reuniu uma equipe e ini- ciou a obra, pois o desenho da construção já havia feito baseado numa obra anterior em que trabalhou. Passados três meses a casa estava levantada e coberta, faltavam apenas acabamento e instalação elétrica. Seu problema iniciaria agora, pois não conhecia muito eletricidade, além de ter medo de choque. Procurou Antô- nio, indicação de um amigo da empresa em que trabalhara. Conversaram bastante sobre a obra, e, consequentemente, o bastante para Joel desco- brir que instalação elétrica era muito importante, porque envolvia seguran- ça da sua família e dos equipamentos que seriam usados. Passadas duas semanas, Antônio entregou um desenho contendo o proje- to da instalação elétrica da residência de Joel. Ao observar o projeto elétri- co, Joel percebeu que Antônio pensou em diversas soluções para garantir o conforto da família, pois havia previsto pontos de tomada e luz em toda a casa, e suficientes para não precisar de benjamins ou abajur para comple- mentar. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 25 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 226 RECAPITULANDO Neste capítulo, você identificou que os temas abordados até aqui têm im- portância primordial para o desenvolvimento das atividades na instalação. Através deste estudo, você entendeu que os temas apresentados aqui tra- tam da linguagem existente entre o eletricista e o projetista, ou seja, o pro- fissional que elaborou a instalação e o executante. Este conteúdo mostrou que o fluxo de informações que existe é grande, por isso sempre haverá dúvidas durante a montagem e manutenção.Para resolver essa dificuldade, você viu que a leitura é importante para melhorar ou minimizar problemas. Conhecer os tipos de desenhos, formas de apre- sentação, estrutura e objetivos, facilita o desenvolvimento das atividades laborais e o eletricista não corre o risco de se distanciar do que foi projetado e imaginado pelo cliente. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 26 30/07/14 17:14 Anotações: 2 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIAGRAMAS 27 0-LIVRO_Eletricista2.indb 27 30/07/14 17:14 0-LIVRO_Eletricista2.indb 28 30/07/14 17:14 Materiais, ferramentas, equipamentos e instrumentos 3 Para a execução das várias atividades realizadas nas instalações elétricas, seja de manuten- ção, montagem ou construção, a utilização de ferramentas, equipamentos, materiais e instru- mentos são importantes, pois estes cuidados estão diretamente associados à qualidade do serviço. É nesta hora que a habilidadee os cuidados com o manuseio influenciam na qualidade da atividade, isso porque a escolha certa associada a habilidade em manusear as ferramentas adequadas, representa uma redução de tempo durante a execução do serviço, além de reduzir a possibilidade de prejuízo tanto material quanto acidental. É importante lembrar que existem ferramentas e equipamentos para as mais variadas ativi- dades. Essas atividades devem ser executadas de maneira segura e confortável pelo eletricista, considerando que este não deve se expor a condições de riscos por adaptações ou improvisos desnecessários. Um aspecto importante que não deve ser esquecido é o conhecimento das ferramentas quanto ao uso, ou seja, suas limitações, suas características técnicas e ainda seu dimensiona- mento, pois isso evita os improvisos que podem gerar consequências indesejáveis aos traba- lhos, podendo assim resultar em insatisfação do cliente. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 29 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 230 3.1 FERRAMENTAS Nos tópicos a seguir, serão abordadas as ferramentas mais comuns no cotidia- no do eletricista no momento da realização de atividades de instalações residen- ciais. Alicate é uma ferramenta de aço composta de dois braços articulados por um pino ou eixo que permite abri-los e fechá-los. Em uma das extremidades se encontram suas mandíbulas. Esta é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista. Entre suas funções estão: prender, cortar ou dobrar e ainda decapar condutores; a) Alicate universal: possui mandíbulas e corte, e ainda tem o cabo isolante que deve ser dimensionado em função da tensão da instalação. Esta ferra- menta serve para apertar, dobrar e cortar condutores. Os alicates universais são encontrados nos comprimentos de 6” , 7”e 8”. Perceba que as dimensões das ferramentas são dadas em polegadas (1” equivale a 2,54 cm).Veja a figu- ra abaixo: ÁREAS DE CORTE CABEÇA ARTICULAÇÃO CABOS DENTES/ RANHURAS/ MORDENTE ANTIDERRAPANTE Figura 7 - Alicate universal Fonte: SENAI, 2013. A cabeça do alicate é a parte que serve, além de cortar, para fixação de peças. É nesta parte que são encontradas as maiores diferenças entre os diversos alica- tes existentes, sendo o design adaptado ao tipo de necessidade do usuário. Na sua grande maioria,a cabeça do alicate é composta por mordedores e lâminas de corte. A articulação é o ponto que une as duas partes que formam o alicate. É neste ponto que a força é transferida para a cabeça através do movimento de alavanca, pois são duas alavancas recebendo força de direções opostas, garantindo assim a melhor fixação. Já os cabos transmitem a força através da alavanca formada pela articulação. Podem ser encontrados de tamanhos diversos adaptados às necessidades da for- ça, essa parte possui isolamento elétrico e ainda conforto e fixação no manuseio. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 30 30/07/14 17:14 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 31 b) Alicate de corte diagonal: esta ferramenta possui apenas a função de cor- te. Assim, serve para cortar condutores. Os alicates de corte diagonal são encontrados nos comprimentos de 5” e 6”; Figura 8 - Alicate de corte diagonal Fonte: SENAI, 2013. c) Alicate de bico: apresenta a mesma função do universal, mas o formato da cabeça se adapta às necessidades da função a que se vai utilizá-lo. Existem vários tipos e podem apresentar desde bicos arredondados, tortos, achata- dos, ou ainda sem ranhuras para não marcar o material. Esta ferramenta é muito útil em trabalhos que pedem precisão e firmeza; Figura 9 - Alicate de bico Fonte: SENAI, 2013. O bico redondo possui mandíbulas cônicas com cabos isolados. Ele serve para fazer olhal (ver figura abaixo) em condutores com diâmetros diferentes de acordo com os parafusos de fixação. Podem ser encontrados de vários tamanhos; Figura 10 - Olhal Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 31 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 232 d) Alicate decapador: possui mandíbulas reguláveis para cortar e desencapar a isolação com rapidez sem danificar o condutor.Os cabos são isolados. Esta ferramenta prende, corta e retira o isolante simultaneamente. O comprimen- to é padronizado, conforme o diâmetro do condutor; Figura 11 - Alicate decapador Fonte: SENAI, 2013. Existem diversos tipos de alicate decapador no mercado. Os modelos vão va- riar conforme o serviço e o custo; e) Alicate bomba d’água: possui várias regulagens de tamanho final na fixa- ção, sendo adequados para manusear eletrodutos rígidos, pois sua regula- gem se adapta a vários tamanhos de PVC, ferro ou cobre e mangueiras, bem como terminais. Sua principal vantagem é a facilidade e rapidez de ajuste ao objeto sendo conhecido também com o nome de alicate bico de papagaio; Figura 12 - Alicate bomba d'água Fonte: SENAI, 2013. f) Alicate de crimpagem: são próprios para colocação de terminais nos ca- bos. Esta ferramenta descasca os finíssimos fios com precisão, realiza a co- locação do terminal nestes fios e, por meio de pressão, esmaga parte do terminal com pequenas facas que furam a cobertura do fio, assim fixando firmemente o terminal; Figura 13 - Alicate de crimpagem Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 32 30/07/14 17:14 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 33 FIQUE ALERTA Existem no mercado vários fabricantes de ferramentas. Na hora de adquiri-las, procure orientação de profissionais que indiquem marcas confiáveis. g) Chave de fenda e philips: Entre as ferramentas usadas pelo eletricista ins- talador, a chave de fenda é sem dúvida a mais importante.O principal ob- jetivo desta ferramenta é acionar um elemento de fixação, que neste caso é o parafuso. Contudo, o parafuso varia quanto ao tamanho, rosca, aciona- mento e material.Neste caso, nos concentraremos apenas aos acionamentos tipo fenda e philips, também chamada de estrela, pois são mais comumente utilizados pelo eletricista. Utilizada para apertar e afrouxar parafusos, pos- sui uma haste de aço com uma de suas extremidades forjada em forma de cunha e a outra, encravada solidamente em um cabo de material isolante. Observe na figura abaixo, de cima para baixo: chave philips e fenda. Durante o uso, deve ser mantida no mesmo eixo do parafuso; Chave de fenda Chave philips Figura 14 - Chave de fenda e philips Fonte: STOCK, XCHNG, 2005. As partes componentes das chaves de fenda são designadas de acordo com a figura abaixo: GUME PONTA CABEÇA DA HASTE HASTE ESPIGA CABO COMPRIMENTO DA CABEÇA HASTE COMPRIMENTO DA ESPIGA Figura 15 - Chave de fenda Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 33 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 234 VOCÊ SABIA? O tamanho do parafuso determina o tamanho da chave. Ela também se diferencia quanto ao tamanho, existem tabelas que dão as várias medidas para esses tamanhos segundo Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT). Na confecção dos cabos destas chaves, são usados diversos materiais termo- plásticos, considerando os seguintes fatores: resistência mecânica, elétrica e fixa- ção; SAIBA MAIS Existem diversas chaves de acionamento.Aqui só foram cita- das as principais. Existem chaves de acionamento tipo allen, torx, combinada, fixa, entre outras. Ficou interessado em conhecer outras opções? Então pesquise mais nos sites dos principais fabricantes de ferramentas. h) Arcos de serra: É uma ferramenta composta de um arco de aço e uma lâ- mina de aço ou carbono dentada e temperada. É usada para cortar ou abrir fendas em materiais metálicos. ARCO AJUSTÁVEL LÂMINA BORBOLETA DE APERTO CABO Figura 16 - Arco de serra Fonte: SENAI, 2013. FIQUE ALERTA Ao utilizar o arco de serra, você deve movimentar apenas os braços e atentar para a postura. Lembre-se de utilizar os óculos de proteção. A lâmina de serra possui um lado dentado com trava que pode ser alternada ou ondulada. Assim, permite a execução de um corte com largura da espessura da lâmina. 0-LIVRO_Eletricista2.indb34 30/07/14 17:14 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 35 Figura 17 - Serras Fonte: SENAI, 2014. Detalhe dos dentes das serras trava ondulada e trava alternada (vistas inferio- res). Trava alternada Trava ondulada Figura 18 - Corte Fonte: SENAI, 2013. Existem diversos tamanhos de lâminas de serra com comprimentos que va- riam de 8, 10 e 12 polegadas. Peças finas, tais como chapas e tubos, devem ser serradas com serras de den- tes finos. Material muito macio ou blocos inteiriços podem ser serrados com ser- ras de dentes relativamente mais grossos. 3.2 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS Nos próximos tópicos, serão abordados os equipamentos mais comuns no cotidiano do eletricista no momento da realização de atividades de instalações residenciais. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 35 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 236 a) Furadeira: este equipamento tem muita importância em uma montagem em instalações elétricas, pois permite abrir furos cilíndricos de diversos ta- manhos em materiais sólidos com objetivo de fixar peças. Atualmente, exis- tem no mercado furadeiras com fio para ligar a rede elétrica ou a bateria, que podem funcionar também como parafusadeira, com a vantagem de não haver limitação de distância do ponto da rede. Quanto ao uso, deve-se sempre seguir as instruções do manual, garantindo com isso o respeito as características do equipamento; Figura 19 - Furadeiras elétricas Fonte: SENAI, 2013. b) Sopradores térmicos: são equipamentos com as mais variadas aplicações, contudo para o eletricista a sua principal função é executar curvas em eletro- dutos de PVC rígidos(veja figura abaixo). Sua temperatura de funcionamen- to é regulável entre a maioria dos diversos fabricantes até 500ºC, contudo, durante o uso,o eletricista deve tomar cuidado para não danificar o eletro- duto ao aquecer demais. Ainda hoje se utiliza o maçarico a gás GLP, porém esta alternativa é bastante perigosa além do difícil manuseio ao transportar botijões, ao contrário do soprador que possui transporte fácil e o manuseio é bem prático; Figura 20 - Eletroduto de PVC rígido Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 36 30/07/14 17:14 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 37 Figura 21 - Soprador térmico Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2007. c) Metro Articulado e Trena: estes instrumentos são muito utilizados pelo eletricista em seus serviços cotidianamente, pois eles servem para determi- nar o posicionamento de caixas de passagens, sua altura, distanciamento entre elas. É importante considerar que o metro é encontrado com mais fre- quência pela praticidade no manuseio. Já quando há necessidade de maior precisão, a trena apresenta melhor resultado; LASER M1 M2 M3 FEET METER AREA VOL ALL MEMORY CLEAR STORE DISTANCE MEASURER MEASURE Figura 22 - Metro articulado (à esquerda), trena (no centro) e trena laser (à direita) Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 37 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 238 A trena laser não é encontrada com tanta frequência, mas em obras grandes elas podem ser vistas. O seu alto custo e cuidados com manuseio fazem com que ela não seja usada constantemente; d) Fitas e cabos de aço para enfiação: mais conhecido no mercado como passafio, eles servem para facilitar a passagem dos condutores da instala- ção nos eletrodutos. Existem no comércio diversos tamanhos e de materiais variados, contudo o melhor é o de nylon. Bastante flexível e resistente, este modelo ainda possui rigidez nas extremidades, o que permite que ultrapas- se os obstáculos internos; Figura 23 - Passa-fio de nylon Fonte: SENAI, 2013. Figura 24 - Utilização do passa fio de nylon Fonte: SENAI, 2014. e) Ferramentas de curvar eletroduto metálico rígido: nas construções, du- rante a instalação elétrica feita com eletroduto rígido, existe a necessidade de adaptar o eletroduto às formas dos ambientes. Para isso, utilizamos este tipo de ferramenta como você pode observar na figura abaixo; 0-LIVRO_Eletricista2.indb 38 30/07/14 17:14 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 39 Figura 25 - Curvador de Conduíte parede fina Fonte: SENAI, 2013. f) Chave teste: conhecido também como chave neon, tem uma importância devido ao baixo custo e a facilidade na utilização, contudo não é um equipa- mento que deve ser utilizado como principal instrumento de identificação de tensão; Figura 26 - Chave teste Fonte: SENAI, 2013. Existe atualmente a caneta teste que é produzida com material não metálico, o que evita o risco de choque. Esta detecta a tensão da rede por aproximação; Figura 27 - Caneta teste Fonte: SENAI, 2013. g) Tarraxa: é a ferramenta destinada a fazer roscas nos tubos metálicos e plásticos.A tarraxa ilustrada abaixo é chamada universal, em virtude de per- mitir, com apenas dois jogos de cossinetes, fazer roscas em todos os tubos, cujos diâmetros estejam compreendidos entre ½” e 2”. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 39 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 240 Figura 28 - Tarraxa universal Fonte: SENAI, 2013. Em virtude do sistema mecânico dessas tarraxas, é necessário que cada cossi- nete tenha o seu lugar próprio, não sendo possível trocá-los de posição. Para isso, eles são numerados, bem como seus alojamentos no corpo da tarraxa. Parafusos de �xação dos cossinetes Braço Braço Parafuso de �xação do guia Guia Corpo da tarraxa Parafuso de ajustes dos cassinetes Cossinetes Figura 29 - Tarraxa Fonte: SENAI, 2013. Toda vez que tiver necessidade de montar cossinetes em tarraxa universal, ve- rifique se o número gravado no cossinete corresponde ao gravado no corpo da tarraxa, ao lado do alojamento de cada cossinete. Com exceção da tarraxa universal, todos os outros tipos de tarraxa utilizam um jogo de cossinetes para cada diâmetro a ser roscado. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 40 30/07/14 17:14 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 41 CASOS E RELATOS Medir bem significa não ter prejuízo Da última vez que André foi ampliar uma instalação elétrica em uma resi- dência, deparou-se com a seguinte situação: na residência existiam apare- lhos que funcionavam com duas fases (bifásico), e outros que funcionavam com 110 volts (monofásico). Meio perdido com a situação, pois não sabia medir tensões com um multímetro, ligou vários aparelhos que eram de 110V em 220 V, danificando-os. Aflito, pediu ajuda a Luíz, eletricista de vasta experiência e que tinha toma- do o curso de Eletricista Instalador Residencial a distância pelo SENAI. Luiz foi ao socorro do amigo e lhe deu várias instruções de como medir tensões em circuitos monofásicos e bifásicos. André ficou muito grato, porém teve que arcar com todo o prejuízo causa- do ao cliente. Uma forma de evitar este tipo de transtorno é deixar identifi- cado em qual fase cada aparelho funciona. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 41 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 242 RECAPITULANDO Neste capítulo, você percebeu que as ferramentas são as extensões das mãos e braços do eletricista. Através do conteúdo apresentado aqui, você identificou que as ferramentas garantem a execução de atividades de ma- neira segura e com o mínimo de esforço físico, considerando a boa ergo- nomia. Você ainda aprendeu que é papel do eletricista conhecer cada tipo de ferra- menta e ainda saber escolher a opção que irá se adequar a atividade exer- cida. Para enriquecer ainda mais o seu estudo, este capítulo também abordou as principais ferramentas e dispositivos utilizados pelo eletricista residencial. Por fim, você ainda compreendeu que cabe ao eletricista, como qualquer outro profissional, pesquisar, observar e se manter atualizado em relação às novas soluções encontradas, novas ferramentas, dispositivos e equipa- mentos. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 42 30/07/14 17:14 Anotações: 3 MATERIAIS, FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS 43 0-LIVRO_Eletricista2.indb 43 30/07/14 17:14 0-LIVRO_Eletricista2.indb 44 30/07/1417:14 Instrumentos de medição 4 Neste capítulo, você vai aprender sobre os instrumentos que auxiliam o trabalho do eletri- cista ao fazer medições. Isso mesmo! Aqui vamos abordar os equipamentos específicos para isso, falar sobre suas vantagens, ver cada tipo de instrumento e você ainda vai ver em que situação deve ser usado cada equipamento. As grandezas precisam ser medidas e comparadas, isso auxilia o eletricista a saber se o que foi definido teoricamente está dentro dos padrões aceitáveis. Além disso, é recomendado sa- ber manusear os principais instrumentos de medição. Mesmo assim, é muito importante ler o manual de instruções para ter um entendimento e assim obter um rendimento maior do aparelho e utilizá-lo da maneira mais adequada. Essas atitudes colaboram para não haver dis- torções na medida e nem danificar o aparelho. Nos tópicos a seguir, você vai ver os aparelhos mais usuais em instalações elétricas. Embar- que nessa viagem pelos instrumentos de medição e desfrute das possibilidades de aprendiza- do que este capítulo lhe oferece. SAIBA MAIS Uma boa opção de aprofundar seus conhecimentos sobre instrumentos de medição é consultar o livro do autor Solon Medeiros Filho, Fundamentos de Medidas Elétricas. Os multímetros, também chamados de multiteste, são importantes para o desenvolvimen- to do trabalho em eletricidade, pois sabemos que não há como visualizar a existência da ener- gia elétrica a olho nu. Portanto, o multímetro e o alicate amperímetro consegue num único instrumento executar diversas medições. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 45 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 246 4.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Amperímetro: instrumento utilizado para medir corrente elétrica. É ligado em série com o circuito. Existe amperímetro para corrente contínua e ampe- rímetro para corrente alternada; Figura 30 - Amperímetro Fonte: SENAI, 2013. b) Voltímetro: instrumento utilizado para medir tensão elétrica. É ligado em paralelo com o circuito. Existe voltímetro para tensão contínua e voltímetro para tensão alternada; Figura 31 - Voltímetro Fonte: SENAI, 2013. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 46 30/07/14 17:14 4 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 47 c) Ohmímetro: aparelho destinado a medições de resistência elétrica. Para sua utilização, o circuito deve estar desligado, caso contrário queimará o ins- trumento. Figura 32 - Ohmímetro Fonte: SENAI, 2013. 4.2 MULTÍMETRO DIGITAL Reúne em um só aparelho as medições das principais grandezas utilizadas em instalações elétricas. Existem diversos modelos no mercado atualmente, contu- do para o uso em instalações residenciais os multímetros de categoria I (os mais simples) atendem as atividades cotidianas. A figura abaixo ilustra um modelo de multímetro digital. O multímetro apresenta as seguintes características: 4.2.1 SELETOR DE FUNÇÃO Seleciona a grandeza a ser medida, em sua maioria a tensão alternada e contí- nua, corrente contínua e resistência. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 47 30/07/14 17:14 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 248 4.2.2 SELETOR DE ALCANCE Indica o valor máximo que se pode medir, neste caso depende do fabricante, do modelo, contudo a regra é alcançar valores mais comuns que ao do dia a dia do eletricista. 4.2.3 INDICAÇÕES DO DISPLAY Apresenta os valores medidos, neste caso ao selecionar a escala desejada o instrumento já faz a conversão e apresenta os valores direto. Visor Digital (Display) Escala Seletor de função Terminal de entrada Figura 33 - Multímetro 1 Fonte: STOCK XCHNG, 2006 (Adaptado). A vantagem do uso de multímetro digital é seu custo e a facilidade em manu- seio. Considerando que as medidas mais comuns para o eletricista são as de resis- tência e tensão, este aparelho atende muito bem a necessidade. O cuidado que se deve ter é quanto à escolha das escalas, pois normalmente eles têm medição de corrente contínua (ACV), tensão alternada (DCA) e contínua (DCV) e resistência. FIQUE ALERTA As medições em instalações elétricas residenciais são sem- pre em grandezas alternadas, se escolher escala em VDC poderá queimar o instrumento e o operador. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 48 30/07/14 17:14 4 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 49 4.3 RECOMENDAÇÕES DE USO E DE SEGURANÇA Além do cuidado durante o manuseio, não se deve esquecer também do cui- dado ao armazenar o instrumento. Atenção para não colocar em sacolas ou caixas junto com ferramentas. Além disso, lembre-se de não deixar exposto ao calor ou locais úmidos e ainda cuide das pontas de prova, pois são elas que permitem o contato da medição com o instrumento. Figura 34 - Multímetros analógico e digital Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2009; STOCK XCHNG, 2006. 4.4 VOLT/ALICATE AMPERÍMETRO Assim como o multímetro, que reúne em um só aparelho as principais medi- ções, o alicate amperímetro também tem a mesma função, sendo mais indicado para o trabalho de campo. Para a medição de tensão e resistência com o volt- -amperímetro alicate, devem-se seguir os mesmos procedimentos empregados na utilização do multímetro. Na medição de corrente elétrica, o manuseio do volt-amperímetro alicate di- fere do manuseio do multímetro, pois com ele não é necessário interromper o circuito para colocá-lo em série, basta abraçar o condutor a ser medido com a garra do alicate. VOCÊ SABIA? A desvantagem do multímetro digital é que periodica- mente você deve medir a tensão da bateria, pois caso contrário ocorre erros de medição. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 49 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 250 O volt-amperímetro alicate é indispensável em instalações elétricas para me- dições da corrente elétrica de motores, transformadores e cabos alimentadores de painéis. Antes de utilizar qualquer instrumento de medida, é necessário que se consulte o manual do instrumento, no qual são descritas particularidades e formas de utilização, pois de um instrumento para outro ocorrem diferenças sig- nificativas. Figura 35 - Alicate amperímetro Fonte:WIKIMEDIA COMMONS, 2006. As regras de segurança abaixo devem ser seguidas para garantir a segurança do operador e evitar danos ao multímetro e alicate amperímetro. a) Assegure-se que a bateria esteja corretamente colocada e conectada ao multímetro. b) Verifique se a chave seletora de função está posicionada na função adequa- da à medição que deseja efetuar. c) Remova as pontas de prova do circuito que está testando quando for mudar a posição da chave seletora de função. d) Nunca ultrapasse os limites de tensão ou corrente de cada escala, pois po- derá danificar seriamente o multímetro. e) Nunca se deve medir resistência e capacitância em um circuito que esteja energizado, ou antes, que os capacitores do mesmo estejam descarregados. f) Ao utilizar o modo de seleção manual, escolha a escala mais alta e vá pro- gressivamente decrescendo de escala até obter uma leitura mais exata. g) Quando não for usar o MD-6150 por um período prolongado, remova a ba- teria para evitar que em caso de vazamento da mesma o multímetro seja danificado. h) Antes de usar o multímetro, examine-o juntamente com as pontas de prova, para ver se apresentam alguma anormalidade ou dano. Em caso afirmativo. i) Sempre conecte o pino banana preto da ponta de prova no borne “COM”. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 50 30/07/14 17:15 4 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 51 j) Não coloque próximo a fontes de calor, pois poderá deformar o seu gabi- nete. k) Quando estiver trabalhando com eletricidade, nunca fique em contato dire- to com o solo ou estruturas que estejam aterradas, pois em caso de acidente poderá levar um choque elétrico e dependendo da intensidade do choque elétrico pode até ocorrer a morte do usuário. Utilize de preferência calçados com solade borracha. l) Ao medir tensões alternadas acima de30V e contínuas acima de 60V, seja extremamente cuidadoso, pois essas tensões podem causar um forte cho- que elétrico. m) Correntes muito baixas são o suficiente para provocar a desagradável sen- saçãodo choque elétrico. E acima de 20A pode ocorrer parada cardio- res- piratória. CASOS E RELATOS Instrumentos de medição e a instalação elétrica Sr. Feliciano ao executar um serviço em eletricidade como autônomo na re- sidência de Carlos, que o contratou com a indicação de amigo, fez algumas exigências, entre elas a principal era que Carlos não comprasse material de qualidade duvidosa, pois não teria como garantir seu serviço. Feliciano era um eletricista daqueles tradicionais, tinha todas as ferramen- tas e equipamentos necessários para qualquer serviço, não gostava de im- provisos porque sabia que em primeiro lugar sua segurança e das pessoas a sua volta eram mais importante. O serviço que Carlos queria era apenas a troca de um disjuntor, pois estaria desarmando de vez em quando. Sr. Feliciano explicou para Carlos que não é bem assim, que nestas situações o procedimento não era este, e, portan- to, teria que fazer uma avaliação bastante criteriosa. Pegou sua sacola de ferramentas onde havia diversos materiais, entre eles multímetro, alicate amperímetro, mas precisaria apenas do alicate amperímetro para fazer as medições de consumo para cada circuito. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 51 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 252 RECAPITULANDO Neste capítulo, você compreendeu que a eletricidade não apresenta ne- nhuma forma visível para qualquer pessoa, assim ela não nos permite tocar, pois assim saberíamos onde ela estaria, e ainda não tem cheiro, pois assim poderíamos saber se está por perto. A única forma de saber da existência da eletricidade em um determinado ponto na instalação é usando instru- mentos de medição. Para fazer a medição, você aprendeu que é preciso em primeiro lugar saber o que se quer, ou seja, que grandeza elétrica é neces- sária para, só depois disso, escolher o instrumento adequado à medição. Através do conteúdo apresentado neste capítulo, você percebeu que co- nhecer o instrumento e suas limitações,assim como sua capacidade de medição, é importante porque evita exposição a riscos de acidentes des- necessários. Além disso, este material ainda mostrou que conhecer e saber buscar informações das grandezas elétricas permite ao eletricista definir melhor os dispositivos de proteção ou ainda confirmar o que foi previsto em projeto, permitindo assim desenvolver o serviço com maior segurança para ele e para outros que possam estar expostos a riscos da eletricidade. Por fim, você viu que cabe ao eletricista avaliar qual a melhor forma de bus- car informação sobre as grandezas elétricas e assim encontrar o instrumen- to adequado. Pois existem diversas maneiras de medir uma mesma gran- deza e uma variedade de instrumentos no mercado. Estudar cada tipo e conhecer os modelos é um diferencial neste segmento. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 52 30/07/14 17:15 Anotações: 4 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 53 0-LIVRO_Eletricista2.indb 53 30/07/14 17:15 0-LIVRO_Eletricista2.indb 54 30/07/14 17:15 Fatores que influenciam no dimensionamento 5 O dimensionamento das instalações elétricas é de extrema importância porque garante o perfeito funcionamento do sistema, ou seja, iluminação, tomadas e equipamentos existentes na instalação. Para que o dimensionamento seja feito de maneira correta, devem ser consideradas as ca- racterísticas de uso, tempo, disponibilidade, entre outros fatores que podem influenciar na segurança da instalação ou dos equipamentos. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 55 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 256 5.1 FIOS, CABOS ELÉTRICOS E BARRAMENTO Garantir que a eletricidade disponível na entrada da instalação, feita pela con- cessionária1, chegue até o interior da instalação é a função do eletricista. Neste momento, o profissional precisa considerar a forma segura e adequada de exe- cutar esta atividade, tendo como referência a Norma NBR 5410:2004. Logo, os condutores elétricos são quem vão transportar eletricidade para o interior da ins- talação, assim garantido o funcionamento de todo o sistema. 5.2 CONSTITUIÇÃO Existem diversos tipos de condutores elétricos no mercado, adequado a todas as variações existentes. A escolha adequada do condutor é de extrema impor- tância. Basicamente, podemos considerar três tipos de condutores elétricos. Veja abaixo: a) fios: usados diretamente no transporte de eletricidade. Podem ser nus (sem isolação) ou com isolantes (PVC, XLPE, entre outros); Figura 36 - Fios Fonte: STOCK XCHNG, 2007. b) cabos: são conjuntos de fios encordoados, podendo ser isolados ou não entre si; 1 CONCESSIONÁRIA: Empresa que administra a distribuição de energia elétrica. 2 TERMOPLÁSTICO: Plástico que em determinada temperatura pode ser moldado. 3 TERMOFIXO: Pplástico que a rigidez não altera com a temperatura. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 56 30/07/14 17:15 5 FATORES QUE INFLUENCIAM NO DIMENSIONAMENTO 57 Figura 37 - Cabos Fonte: STOCK XCHNG, 2006. c) barramento: condutor rígido, em forma de tubo ou de seção perfilada. São utilizados diretamente em equipamentos, tais como quadros de distribui- ção. Figura 38 - Barramento Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2009. Existem diversos tipos de condutores para as mais diversas necessidades, onde devem ser consideradas as características do local e a potência dos equipamen- tos que serão alimentados. Estas definições são determinadas pelo fabricante ou pelo projetista. 5.3 NOMENCLATURA Deve-se considerar que para atender as necessidades da instalação e do usuá- rio, os condutores existentes no mercado são categorizados na forma de isolação, definida pela capacidade de suportar calor e propagação de chamas, além da iso- lação elétrica. Podem ser termoplásticos2 ou termofixos3. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 57 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 258 A camada isolante (também designada por “isolação”) é constituída por com- postos dielétricos sólidos, na maioria dos casos aplicados por extrusão. Aspectos como a espessura, marcação dos condutores ou cores de fabricação, são determi- nados por normas próprias. Atualmente, tem utilizado apenas isolantes sintéticos, ou seja, isolantes secos; no entanto, no passado, era utilizado o “papel impregnado a óleo”, para as ten- sões mais elevadas. Os diversos isolantes sintéticos, de maneira adequada,podem ser agrupados em duas grandes famílias: a) materiais termoplásticos; b) elastómeros4 e polímeros reticuláveis. No entanto, nos materiais termoplásticos a temperatura produz, de maneira reversível, uma variação na plasticidade. Os mais usados são: - policloreto de vinilo – conhecido pela sigla PVC; - Polietileno – conhecido pela sigla PE. Os Elastómeros e Polímeros reticuláveis têm grande capacidade para a defor- mação. Estes, depois de produzidos numa operação de vulcanização5 ou de reti- culação, com o objetivo de garantir os aspectos de resistência e isolação. Alguns exemplos deste tipo de materiais: - polietileno reticulado – conhecido pela sigla PEX; - borracha etil-propílica6 conhecida pela sigla EPM; - borracha de silicone. 5.4 NORMAS PARA UTILIZAÇÃO Os cabos de alta tensão são um pouco diferentes comparados com os de baixa tensão, por conta das condições de utilização que são muito mais complexas do que os de baixa tensão. A isolação dos condutores unipolares é identificada pelo valor nominal da ten- são das fases que suportam, padronizados pela NBR NM 247-3:2002 em 750 V. Já a isolação dos condutores unipolares para tensões maiores são padronizados pela NBR 6251:2012 Versão corrigida: 2013 em 0,6 / 1 kV, para fios e cabos de baixa tensão e em 3,6 / 6 kV – 6 / 10 – 8,7 / 15 e 12 / 20 kV. 5 VULCANIZAÇÃO: Tratamento que se dá à borracha natural adicionando-se enxofre à sua composição para torná- la mais resistente e flexível. Dicionário Aulete. 6 ETIL-PROPILICO: De copolímeros de etileno e de propileno vulcanizáveis por via química. 4 ELASTRÔMETROS: São polímeros, que na temperatura ambiente podem ser alongados e retornam aseu comprimento original ao se retirar a pressão. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 58 30/07/14 17:15 5 FATORES QUE INFLUENCIAM NO DIMENSIONAMENTO 59 SAIBA MAIS Isolantes sólidos são classificados como termoplásticos e ter- mofixos. Para saber qual o mais adequado, o recomendado é avaliar as características atualmente fornecidas pelo fabri- cante em seus catálogos. 5.5 CAPACIDADES DE CONDUÇÃO DE CORRENTE Os condutores elétricos são dimensionados em função da capacidade de cor- rente elétrica, contudo o eletricista deve observar nos equipamentos sua corrente de alimentação, para daí definir o cabo adequado, considerando tipo de isolação, rigidez, ambiente e sua seção transversal, neste caso abordaremos mais adiante. Ao definir o condutor ideal, devem ser considerados diversos fatores confor- me comentamos acima, contudo existem várias tabelas de condução de corrente em que os fabricantes disponibilizam para facilitar o uso. VOCÊ SABIA? As primeiras instalações elétricas foram feitas com fio de ferro nos Estados Unidos, só depois os de cobre e, final- mente, em 1850 iniciaram fabricação de fios. Ficou claro até aqui? Então continue concentrado nos estudos porque ainda há muito conteúdo pela frente! 5.6 ELETRODUTOS Os eletrodutos são componentes de uma instalação que oferecem proteção contra ações do tempo e mecânicas por meio envoltório aos condutores elétri- cos. Podem ser encontrados em diversos tipos. a) metálico rígido; b) PVC (plástico) rígidos; c) metálicos flexíveis; d) PVC (plástico) flexíveis. As principais funções dos eletrodutos são, além das citadas anteriormente, de oferecer proteção do meio contra incêndios resultantes de superaquecimento ou arcos elétricos. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 59 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 260 Os eletrodutos empregam-se em instalações elétricas embutidas e em instala- ções expostas. Veja os modelos: Figura 39 - Eletroduto Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2012 (Adaptada). a) eletroduto metálico rígido: são tubos em aço ou galvanizados, pintados externo e internamente e fabricados em diversas espessuras e diâmetros.No entanto, esse modelo é pouco utilizado em instalações residenciais devido ao alto custo e dificuldade no manuseio; Figura 40 - Eletroduto rígido metálico Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2012. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 60 30/07/14 17:15 5 FATORES QUE INFLUENCIAM NO DIMENSIONAMENTO 61 FIQUE ALERTA Os eletrodutos metálicos não devem ser usados em locais muito úmidos ou mesmo próximos de material corrosivo. Havendo necessidade de curvar, este deve ser feito a frio, pois o calor compromete a proteção esmaltada. b) eletroduto PVC rígido: é mais comumente utilizado de forma aparente, o que facilita a montagem da instalação, contudo compromete a estética. Sua vantagem é ser feito de material isolante e além de não sofrer corrosão, po- dem ser de rosca ou soldado. No caso de soldado, a extremidade vem com diâmetro expandido para fazer a emenda com outro eletroduto; Figura 41 - Eletroduto PVC rígido Fonte WIKIMEDIA COMMONS, 2007. A fixação dos eletrodutos às caixas de passagem são feitas com buchas e ar- ruelas. No caso de instalações aparentes, são utilizadas braçadeiras, consideran- do a norma NBR 5410:2004 que deve garantir a perfeita ancoragem destes nas superfícies de apoio; VOCÊ SABIA? Os eletrodutos devem trazer marcado, de forma visível, a marca do fabricante, o diâmetro nominal, a classe (pressão mínima de ruptura) e a indicação de “eletrodu- to PVC rígido”, conforme NBR 6150:1980, 3.5 e 4.2.1. c) eletroduto metálico flexível: este modelo é formado por uma cinta de aço galvanizado, enrolado por meio de espiras sobrepostas e encaixadas de for- ma a proporcionar resistência mecânica e bastante flexibilidade. Além disso, possui ainda um revestimento em PVC com o objetivo de melhorar a resis- tência e consequentemente a sua durabilidade; 0-LIVRO_Eletricista2.indb 61 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 262 Figura 42 - Eletroduto metálico flexível Fonte: SENAI, 2013. Este tipo de eletroduto é recomendado quando os equipamentos vibram du- rante o funcionamento e necessitam de boa resistência mecânica, como é o caso de motores, transformadores, entre outros; Figura 43 - Conduite Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2010. d) eletroduto de PVC flexível: estes eletrodutos fabricados em PVC são auto- extinguíveis, ou seja, não propagam a chama. A grande vantagem deste mo- delo é o custo seguido de boa resistência mecânica ao amassamento mesmo quando utilizados em lajes de concreto. Este modelo é usado em qualquer tipo de instalação, seja residencial, predial ou ainda industrial. A praticidade é evidenciada no peso, o que facilita a instalação tanto em pisos, concretos ou paredes de tijolos. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 62 30/07/14 17:15 5 FATORES QUE INFLUENCIAM NO DIMENSIONAMENTO 63 Figura 44 - Eletroduto PVC flexível Fonte: SENAI, 2013. Existem diversos fabricantes deste modelo. As colorações existentes no mer- cado são amarelo, azul ou cinza. A diferença de cor está relacionada com o esforço mecânico. Por fim, também existem no mercado os eletrodutos PEAD (Polietileno de Alta Densidade), considerados de última geração. Esses modelos são usados por empresas de distribuição de energia e telecomunicações e ainda por grandes construções, pois apresentam boa resistência mecânica e flexibilidade. Os eletrodutos são interligados a caixas de derivação, caixas de passagem, ou ainda podem ser emendados, contudo precisam de acessórios para atender estas necessidades, como por exemplo: luvas, buchas, arruelas, curvas, braçadeiras, co- nectores ou adaptadores. É importante lembrar que no caso dos eletrodutos de PVC flexíveis, mais usados em instalações residenciais, não são necessários estes acessórios. 5.6.1 UTILIZAÇÃO Não menos importante, para realizar a instalação dos eletrodutos é necessário ainda utilizar alguns tipos de acessórios que visam contribuir e auxiliar nesta tare- fa que integra o trabalho de eletricista. Nos próximos tópicos você vai conhecer cada um deles. Acompanhe: a) roscas em eletrodutos rígidos: as roscas são necessárias em instalações elétricas externas devido às conexões com caixas de passagens e emendas existentes, além de curvaturas encontradas nos ambientes. Elas são necessá- rias, pois permitem a perfeita conexão e sua fixação na parede, onde sofrerá esforços no momento da passagem dos condutores elétricos; 0-LIVRO_Eletricista2.indb 63 30/07/14 17:15 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS VOLUME 264 Figura 45 - Rosca externa Fonte: SENAI, 2013. As roscas podem ser externas ou internas, contudo as externas são mais co- muns em instalações elétricas em que os acessórios como luvas, buchas e arruelas já possuem roscas internas. Isso facilita no momento da montagem da instalação ou na hora de fazer a rosca, caso seja necessário; SAIBA MAIS Os eletrodutos compõem itens de uma instalação elétrica. O eletricista pode encontrar todas as referências em Normas Técnicas – NBR 5410:2004 – Instalações em baixa tensão. b) acessórios: são materiais que complementam as instalações de rede de ele- trodutos, tendo um tipo mais conveniente a cada necessidade. Para fixar os eletrodutos com arruelas e buchas para eletrodutos roscados, as mais co- muns são as fabricadas em aço, alumínio ou plástico. Veja: ARRUELAS BUCHA Figura 46 - Arruelas e buchas roscadas Fonte: SENAI, 2013. As conexões de tubos roscados às caixas pela arruela e a bucha são indispen- sáveis para a proteção da isolação dos condutores. 0-LIVRO_Eletricista2.indb 64 30/07/14 17:15 5 FATORES QUE INFLUENCIAM NO DIMENSIONAMENTO 65 Figura 47 - Fixação com arruelas, buchas roscadas Fonte: SENAI, 2004. 5.7 NORMAS PARA UTILIZAÇÃO Dos vários eletrodutos existentes no mercado, abordamos os que mais inte- ressam para as instalações elétricas residenciais. Você, sempre que possível, deve consultar as Normas referentes a eletrodutos que são:
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