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7º Simulado OAB - GABARITO COMENTADO - Estratégia

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7º Simulado OAB -
Gabarito Comentado
Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame
de Ordem
Autor:
7º Simulado OAB - Gabarito
Comentado
2º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem - 21/03/2020
XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva-Profissional
 
 
7º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva
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62
 
PROVA OBJETIVA 
Informações gerais 
• Essa prova é focada na 1ª fase do XXXII Exame de Ordem da OAB;
• As questões são inéditas e foram elaboradas pelos nossos professores com base no
perfil da banca do certame, a FGV;
• 5 horas é o tempo disponível para a realização da prova, tente realizar este simulado
respeitando este limite de tempo conforme ocorrerá no dia de seu exame.
• Esse simulado não é uma das rodadas de correção de peças e questões
individualizadas, que serão disponibilizadas futuramente somente aos alunos que
efetuaram a compra do nosso curso.
• Esse simulado é uma autoavaliação! Você mesmo (a) vai corrigir, a partir da correção
ao vivo no canal do YouTube do Estratégia OAB, que começa às 14h.
Siga as nossas Redes Sociais
Estratégia OAB no YouTube
instagram.com/estratégia OAB
ATENÇÃO!
Esse caderno de prova é disponibilizado de maneira gratuita, para que os candidatos à 1ª Fase em do
XXXII Exame possam praticar. Por isso, é importante para nós, que você dê o máximo de publicidade a
esse simulado. Envie para os seus amigos, mande em listas de e-mails, WhatsApp, etc. Assim, mais gente
tem acesso a ele! =) O objetivo é difundir esse simulado ao máximo!
O fato de o simulado ser gratuito não significa que ele não seja protegido pela Lei de Direitos Autorais. A
cópia ou distribuição não autorizada, sujeita o infrator às sanções previstas nos arts. 101 e ss. da Lei
9.610/1998.
 
7º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva
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CÓDIGODEÉTICA EESTATUTODAOAB
Rosenval Júnior
Questão 1
Foi instaurado processo disciplinar contra membro do Conselho Federal em função de
conhecimento de fato obtido em virtude de denúncia anônima. De acordo com o disposto no
Código de Ética e Disciplina da OAB:
a) O procedimento está correto, pois o processo disciplinar pode ser instaurado de ofício em razão
de conhecimento do fato, obtido por qualquer meio.
b) O processo disciplinar não pode ser instaurado quando o conhecimento do fato é obtido por
meio de denúncia anônima. Porém, caso tal conhecimento fosse obtido por meio de fonte idônea,
a competência processar e julgar membros do Conselho Federal é do próprio Conselho Federal.
c) A denúncia anônima pode ser aceita desde que contenha a narração dos fatos que a motivam, de
forma que permita verificar a existência, em tese, de infração disciplinar.
d) O processo disciplinar não poderia ser instaurado em decorrência de denúncia anônima. O
interessado deve formular representação ao Presidente do Conselho Federal.
Gabarito: Letra B
Comentários: a) Errado. Conforme dispõem os § § 1º e 2º do art. 55 do Código de Ética e Disciplina
da OAB, a instauração, de ofício, do processo disciplinar, deverá ocorrer em função do
conhecimento do fato, quando obtido por meio de fonte idônea ou em virtude de comunicação da
autoridade competente. Porém, denúncia anônima não é considerada fonte idônea.
b) Certo. De acordo com o § 2º do art. 55 do CED, denúncia anônima não pode ser considerada
fonte idônea. Porém, processo disciplinar regularmente instaurado contra membros do Conselho
Federal e contra Presidentes de Conselho Seccional serão processados e julgados pelo Conselho
Federal, de acordo com o § 5º do art. 55 do CED.
c) Errado. A representação para instauração de processo disciplinar deve conter os seguintes itens,
de acordo com o art. 57, incisos I a IV, do CED:
• a identificação do representante, com a sua qualificação civil e endereço;
• a narração dos fatos que a motivam, de forma que permita verificar a existência, em tese,
de infração disciplinar;
• os documentos que eventualmente a instruam e a indicação de outras provas a ser
produzidas, bem como, se for o caso, o rol de testemunhas, até o máximo de cinco;
• a assinatura do representante ou a certificação de quem a tomou por termo, na
impossibilidade de obtê-la.
Observe que, além de denúncia anônima não ser considerada fonte idônea, a representação deve
conter a identificação do representante.
d) Errado. Conforme dispõe o art. 56 do CED, a representação deve ser formulada ao Presidente do
Conselho Seccional ou ao Presidente da Subseção.
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Questão 2
Sérgio é advogado e foi contratado para fazer a defesa de Gérson, seu cliente. Ao longo do
mandato, aconteceram os seguintes fatos:
I - Gérson pretende contratar mais um advogado para trabalhar com Sérgio em sua causa;
II - Sérgio informou claramente a Gérson a respeito dos possíveis riscos e consequências da
demanda judicial.
III - Gérson tem intenções contrárias à orientação que Sérgio considera mais adequada.
De acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB, é correto afirmar que
a) Sérgio não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros
advogados, agiu corretamente ao informar seu cliente a respeito dos eventuais riscos e possíveis
consequências da demanda, e deve imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada,
sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas esclarecendo-o quanto à estratégia
traçada.
b) Sérgio deve aceitar a imposição do cliente de vê-lo trabalhando com outros advogados, mas agiu
corretamente ao informar seu cliente a respeito dos eventuais riscos e possíveis consequências da
demanda, e deve imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a
intenções contrárias do cliente, mas esclarecendo-o quanto à estratégia traçada.
c) Sérgio não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele atuando outros
advogados, agiu corretamente ao informar seu cliente a respeito dos eventuais riscos e possíveis
consequências da demanda, mas deve imprimir à causa a orientação que seu cliente desejar.
d) Sérgio deve aceitar a imposição do cliente de vê-lo trabalhando com outros advogados, agiu
corretamente ao informar seu cliente a respeito dos eventuais riscos e possíveis consequências da
demanda, devendo imprimir à causa a orientação que seu cliente desejar.
Gabarito: A
Comentários: Dispõe os arts. 9º e 11 CED que o advogado deve informar o cliente, de modo claro e
inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da
demanda. No exercício do mandato, o advogado atua como patrono da causa do cliente. Assim, ele
deve imprimir à causa a orientação que lhe parecer mais adequada, sem se subordinar a intenções
contrárias do cliente, mas procurando esclarecer a estratégia que será traçada.
Por fim, conforme o art. 24 do CED, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda
ver com ele atuando outros advogados.
Questão 3
Valentina é advogada e teve sua correspondência eletrônica violada, correspondência esta relativa
ao exercício da advocacia, mas sem informações a respeito de seus clientes. De acordo com as
disposições do Estatuto da Advocacia e da OAB e do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e
da OAB
a) Como não há informações a respeito de clientes, os direitos de Valentina como advogada não
foram violados.
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b) Na presença de indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a
quebra da inviolabilidade poderá ser decretada pela autoridade judiciária competente, sendo
permitidainclusive a utilização de instrumentos de trabalho que contenham informações sobre
clientes.
c) Valentina teve seus direitos como advogada violados, e ao tomar conhecimento do fato, o
Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção podem atuar em favor da
advogada por meio de desagravo público, somente.
d) A abertura da correspondência de Valentina viola seus direitos como advogada, salvo na
presença de indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado,
situação em que a quebra da inviolabilidade poderá ser decretada pela autoridade judiciária
competente.
Gabarito: D
Comentários: Dispõe o inciso II do art. 7º do EAOAB, que são direitos do advogado:
"Art. 7º, II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática,
desde que relativas ao exercício da advocacia;"
Porém, há exceções. Conforme o § 6º do art. 7º do EAOAB, na presença de indícios de autoridade e
materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente
poderá decretar a quebra da inviolabilidade. Todavia, ainda de acordo com o § 6º, é vedada a
utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado
averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre
clientes.
"Art. 7º, § 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de
advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que
trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e
apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB,
sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos
pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho
que contenham informações sobre clientes."
O § 5º do art. 7º do EAOAB dispõe que caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão
ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo
público do ofendido. Porém, isso não é tudo. De acordo com o art. 15 do RGEAOAB, caso o
advogado tenha seus direitos violados, compete ao Presidente do Conselho Federal, do Conselho
Seccional ou da Subseção, ao tomar conhecimento do fato, adotar as providências judiciais e
extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive
mediante representação administrativa.
"Art. 15. Compete ao Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção, ao
tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já causou, violação de direitos ou
prerrogativas da profissão, adotar as providências judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou
restaurar o império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive mediante representação
administrativa. Parágrafo único. O Presidente pode designar advogado, investido de poderes
bastantes, para as finalidades deste artigo."
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Questão 4
Advogar contra literal disposição de lei, incidir em erros reiterados e abster-se de utilizar influência
indevida, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB e do Código de Ética e Disciplina,
a) São infrações disciplinares que podem ser punidas por censura, suspensão, exclusão ou multa.
b) Advogar contra literal disposição de lei é infração disciplinar, e abster-se de utilizar influência
indevida é dever do advogado. Erros reiterados não consistem em infração disciplinar, desde que o
advogado se empenhe em seu aperfeiçoamento profissional.
c) Advogar contra literal disposição de lei e incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia
profissional são infrações disciplinares, enquanto abster-se de utilizar influência indevida é um
dever do advogado.
d) Abster-se de utilizar influência indevida é dever do advogado, enquanto erros reiterados que
evidenciem inépcia profissional é uma infração disciplinar. Porém, advogar contra literal disposição
de lei é direito do advogado, ainda que sem fundamento na inconstitucionalidade, na injustiça da
lei ou em pronunciamento judicial anterior.
Gabarito: C
Comentários: Conforme a alínea a, inciso VIII, do parágrafo único do art. 2º do CED, abster-se de
utilizar influência indevida é um dever do advogado.
Por sua vez, o art. 34 do EAOAB enumera as infrações disciplinares. Conforme os incisos VI e XXIV
do art. 34, são infrações disciplinares:
• advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na
inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
• incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional.
O empenho permanente no aperfeiçoamento pessoal e profissional é um dever do advogado, de
acordo com o inciso IV do parágrafo único do art. 2º do CED, e não consiste em uma escusa para a
incidência em erros reiterados.
Questão 5
No que se refere ao sigilo profissional e às relações com o cliente previstos no Código de Ética e
Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
a) O sigilo profissional é de ordem pública, e dependendo de solicitação de reserva que lhe seja
feita pelo cliente.
d) O advogado, quando no exercício das funções de árbitro, não se submete às regras de sigilo
profissional.
c) O advogado tem a opção de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da
profissão.
e) O sigilo profissional poderá ser relativizado em circunstâncias excepcionais que configurem justa
causa.
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Gabarito: D
Comentários: A única assertiva que se revela correta é a “d”, em razão dos seguintes aspectos: 
A: Errada - O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe
seja feita pelo cliente (Art. 36 do CED);
B: Errada – O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se
submete às regras de sigilo profissional (Art. 36 do CED);
C: Errada – O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no
exercício da profissão (Art. 35 do CED);
D: Correta - O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem
justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa
própria (Art. 37 do CED).
Questão 6
O advogado, Neymar, inscrito na OAB-SP, foi escolhido em lista tríplice pelo Conselho Seccional, de
forma a ser nomeado e empossado como Desembargador do Tribunal de Justiça deste Estado
(quinto constitucional). Nesta situação, o advogado
a) ficará licenciado da advocacia, até o término de seu mandato no TJ-SP.
b) continuará inscrito na OAB-SP e exercendo a advocacia, porém ficando impedido de advogar
contra a fazenda que o remunera.
c) terá suspensa a sua inscrição na OAB-SP.
d) terá cancelada a sua inscrição na OAB-SP.
Gabarito: D
Comentários: Nos termos do artigo 11, IV do EAOAB, cancela-se a inscrição do profissional que
passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia.
Neste sentido, a advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com a atividade dos membros
de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos
juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função
de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta (artigo
28, II do EAOAB).
Questão 7
Priscilinha ajuizou ação indenizatória em face de Vanessa Arns no dia 26/01/2019. Após a devida
instrução processual, Priscilinha obteve completo êxito na demanda proposta, o que alegrou
imensamentea sua advogada, recém-formada, Tereza Cristina.
No entanto, mesmo após o trânsito em julgado da ação, Priscilinha ainda não realizou o pagamento
dos honorários advocatícios de sua advogada.
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Assim, caso Tereza tenha a intenção de propor ação de cobrança de honorários, o prazo
prescricional para tal demanda será de
a) 01 ano.
b) 02 anos.
c) 03 anos.
d) 05 anos.
Gabarito: D
Comentários: Nos termos do artigo 25 do EAOAB, prescreve em cinco anos a ação de cobrança de
honorários de advogado, contado o prazo: I - do vencimento do contrato, se houver; II - do trânsito
em julgado da decisão que os fixar; III - da ultimação do serviço extrajudicial; IV - da desistência ou
transação; e V - da renúncia ou revogação do mandato.
Questão 8
Paulo Sousa, bacharel em direito, sempre teve grande destaque como aluno da graduação, apesar
de não ter obtido êxito na prova do exame de ordem. Inconformado com os seus resultados frente
ao exame, Paulo decide participar de um processo seletivo em um grande escritório de advocacia
para se candidatar a uma das vagas existentes, sendo uma vaga para consultoria e outra para
assessoria jurídica.
Diante do caso narrado, assinale a alternativa correta:
a) Paulo não poderá ocupar a função de consultor jurídico, mas tão somente de assessor jurídico, já
que este não exige inscrição na OAB como advogado.
b) Paulo Sousa poderá ocupar qualquer das funções por ele pretendidas, já que o único requisito
legal é a condição de bacharel em direito.
c) Paulo Sousa poderá ocupar qualquer das funções por ele pretendidas, caso tenha autorização do
Conselho Seccional.
d) Paulo não poderá ocupar a função de assessoria e tampouco de consultoria, já que estas são
privativas dos advogados inscritos na OAB.
Gabarito: D
Comentário: Nos termos do artigo 1º, inciso II, do EAOAB, observa-se que as atividades de
consultoria, assessoria e direção jurídicas são privativas de advogados. Logo, Paulo apenas poderá
exercer a função de consultou ou assessor jurídico, quando aprovado no exame de ordem.
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FILOSOFIADODIREITO
Jean Vilbert
Questão 9
“Pode dizer-se não que há tantos pareceres como homens, mas tantos como associações. […] É 
portanto essencial, se a vontade geral pode exprimir-se, que não haja sociedades parciais dentro do
Estado” (Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social).
Quanto aos conceitos de sociedade, povo e “vontade geral” na obra em apreço, elementos 
fundamentais do regime democrático, é CORRETO afirmar:
a) A “vontade geral” se exprime pela vontade do corpo político, intérprete da vontade do povo.
b) A sociedade civil deve ser entendida como um conjunto de indivíduos organizados.
c) A existência de “associações subordinadas” não interfere na expressão da vontade geral.
d) A vontade geral é a soma das vontades individuais e dos grupos sociais, prevalecendo a vontade
da maioria como expressão do regime democrático.
Gabarito: A
Comentários: a) ISSO! Rousseau entende a “vontade geral” como a vontade do corpo político que 
se assume arbitrariamente como intérprete da vontade do povo.
b) Mentira! A sociedade civil não é (ou não deve ser) um conjunto de indivíduos organizados, mas
sim uma pessoa coletiva, com personalidade própria.
c) Nada disso! A existência de “associações subordinadas” (grupos de interesse) dentro do Estado
faz com que cada um desses grupos queira ter sua própria vontade geral, que pode ser oposta à da
comunidade como um todo. Logo, essas associações interferem na expressão da “vontade geral”.
d) Negativo! A “vontade geral” de Rousseau não se identifica com a vontade da maioria e nem
mesmo é idêntica à vontade da totalidade dos cidadãos. Essa vontade geral (um conceito abstrato e
de difícil compreensão prática) é a vontade da sociedade civil, que é vista como uma pessoa
separada das pessoas que a constituem, tendo atributos de personalidade própria.
Questão 10
Segundo o artigo 1.521 do Código Civil, “Não podem casar: [...] IV - os irmãos, unilaterais ou
bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive”. Porém, o artigo 2º do Decreto nº
3.200/1941, estabelece que “os colaterais do terceiro grau, que pretendam casar-se, ou seus
representantes legais, se forem menores, requererão ao juiz competente para a habilitação que
nomeie dois médicos de reconhecida capacidade, isentos de suspensão, para examiná-los e atestar-
lhes a sanidade, afirmando não haver inconveniente, sob o ponto de vista da sanidade, afirmando
não haver inconveniente, sob o ponto de vista da saúde de qualquer deles e da prole, na realização
do matrimônio”. 
Para que seja admitido o casamento entre tios e sobrinhos, qual critério de resolução de
antinomias pode ser utilizado:
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a) Cronologia.
b) Especialidade.
c) Hierarquia.
d) Subsunção.
Gabarito: B
Comentários: a) Nops! Se fôssemos adotar a cronologia, o Código Civil de 2002 (norma mais
recente) teria prevalência e tios e sobrinhos (colaterais de terceiro grau) não poderiam se casar.
b) EXATO! Segundo a jurisprudência, o Decreto nº 3.200/1941 é lei especial em relação ao Código
Civil (norma geral) e, portanto, prevalente. É por isso que tios e sobrinhos podem casar-se, desde
que laudo médico ateste que não haverá problemas para a prole (compatibilidade genética).
c) Não! Aqui não há hierarquia. O Código Civil é lei ordinária. O Decreto 3.200/41 foi recepcionado
pela Constituição de 1988 com status de lei ordinária (compatibilidade material com a Constituição,
independentemente da compatibilidade formal).
d) Que é isso? Subsunção é critério para resolução de antinomia (conflito aparente entre normas)
dentro do Direito Penal (princípio específico), mas aqui não se aplica, por evidente (estamos na
seara dos critérios gerais).
DIREITO CONSTITUCIONAL
Diego Cerqueira
Questão 11
Em sessão plenária recente realizada pelo STF, houve julgamento em que os Ministros entenderam
ser dispensável a atuação do Senado Federal para suspender a validade, no todo ou em parte, de
lei declarada inconstitucional por meio do controle difuso de constitucionalidade, alterando-se a
interpretação originária dada ao art. 52, inciso X da Lei Maior. Nesse sentido, é correto afirmar que
a matéria em exame passou por:
a) controle preventivo de constitucionalidade.
b) desconstitucionalização superveniente.
c) mutação constitucional.
d) inconstitucionalidade por atração.
Gabarito: C
Comentários: De acordo com recente entendimento do Supremo, o inciso X do art. 52 da CRFB/88
sofreu uma mutação constitucional, que é a reforma da Constituição sem expressa modificação do
seu texto. Trata-se de uma alteração do significado do texto, ou seja, há uma nova compreensão do
dispositivo o adaptando a nova realidade na qual a Constituição está inserida.
O enunciado deixa claro que ocorreu uma interpretação da Corte. Sendo assim, temos um caso
de mutação constitucional, uma vez que há uma alteração do sentido sem que haja alteração da
letra da lei.
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Questão 12
Igor, Presidente da República no ano de 2019, apresentou Proposta de Emenda Constitucional com
a finalidade de prever que toda desapropriação praticada pelo Estado fosse precedida de
indenização em dinheiro. Devidamente processada, a PEC foi aprovada por três quintos dos
deputados, em dois turnos de votação, bem como por três quintos dos senadores, igualmente em
dois turnos de votação, seguindo, ato contínuo, para o Presidenteda República, que a
promulgou. Diante do caso hipotético e com base no sistema jurídico vigente, assinale a alternativa
correta:
a) o Presidente da República não pode apresentar Proposta de Emenda Constitucional.
b) a Constituição já prevê indenização justa e prévia, em dinheiro, em todos os casos de
desapropriação, logo, a PEC deveria ter sido arquivada.
c) não é possível alterar matéria relacionada ao direito de propriedade, por se tratar de direito
fundamental.
d) o Presidente da República não pode promulgar Emenda Constitucional.
Gabarito: D
Comentários: Pessoal, atenção ao art. 60, §3º da CF/88: A emenda à Constituição será promulgada
pelasMesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Questão 13
Em um jornal de grande circulação, uma conceituada jornalista publicou uma nota utilizando
também os meios eletrônicos, afirmando que uma famosa atriz deixou de estrear um programa de
televisão por estar acima do peso e com celulites, conforme um importante empresário teria
revelado à repórter, em sigilo. Indignada, a atriz processou a jornalista, exigindo que ela
esclarecesse onde havia obtido a informação. De acordo com o que dispõe a Constituição Federal, e
considerando o pedido da atriz na ação judicial, a referida jornalista:
a) deverá ser obrigada a atendê-lo, em função de a CRF/88 estabelecer que é livre a manifestação
do pensamento, sendo vedado o anonimato.
b) não será obrigada a atendê-lo, pois a Constituição Federal estabelece que é inviolável a liberdade
de consciência e de crença, devendo a ofendida pleitear o direito de resposta, proporcional ao
agravo.
c) não será obrigada a atendê-lo, pois a Constituição Federal resguarda o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
d) deverá ser obrigada a atendê-lo, em razão de a Constituição Federal assegurar a todos o acesso à
informação.
Gabarito: C
Comentários: Pessoal, a questão exigiu prévio conhecimento a respeito do inciso XIV do art. 5º da
Constituição, no qual dispõe que “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”. A CF resguarda os jornalistas,
possibilitando que obtenham informações sem terem que revelar sua fonte.
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Questão 14
A Assembleia Legislativa do Estado Gama apurou no exercício de sua função de fiscalização que,
contrariamente ao informado pelo Executivo (em prestação de contas), o Estado teria deixado de
observar o percentual mínimo exigido na aplicação de recursos em ações e serviços públicos de
saúde. A oposição ao governo estadual alegou haver no caso razões para intervenção da União no
referido Estado. Nesse sentido, de acordo com o caso acima, a decretação da intervenção é em
tese:
a) cabível, devendo o decreto ser submetido à apreciação da Assembleia Legislativa no prazo de 24
horas, salvo se a suspensão do ato impugnado bastar ao restabelecimento da normalidade.
b) cabível, e dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do
Procurador-Geral da República.
c) descabida, uma vez que, embora o Estado não tenha observado a aplicação do mínimo exigido
da receita estadual nas ações e serviços públicos de saúde, essa hipótese não enseja a decretação
de intervenção federal.
d) cabível, e dependerá de solicitação do Poder Legislativo do referido Estado ao Presidente da
República.
Gabarito: B
Comentários: A intervenção é cabível, e dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal,
de representação do Procurador-Geral da República. Isso porque, a decretação da intervenção está
de acordo com o disposto no art. 34, VII c/c art. 36, III, CF/88:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII - assegurar a
observância dos seguintes princípios constitucionais: e) aplicação do mínimo exigido da receita
resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III - de provimento, pelo Supremo Tribunal
Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso
de recusa à execução de lei federal.
Questão 15
A Empresa Beta ajuizou ação visando à anulação de penalidade que lhe havia sido imposta por
órgão da Administração federal, sob a alegação de que a lei em que tal penalidade foi prevista
resultara de projeto que, após aprovado com alterações substanciais pela Casa legislativa revisora,
teria seguido diretamente à sanção presidencial, sem antes retornar à Casa inicial, razão pela qual
seria formalmente inconstitucional. A ação foi julgada procedente em primeira instância, com
fundamento na inconstitucionalidade da lei em que prevista a penalidade. Tendo sido interposto
recurso, o processo aguarda julgamento por órgão fracionário do Tribunal Regional Federal (TRF)
respectivo. Com base no caso apresentado assinale a alternativa correta:
a) houve, de fato, irregularidade no trâmite do projeto de lei, possuindo os órgãos judiciais
competência para reconhecer incidentalmente a inconstitucionalidade da lei, embora no âmbito do
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TRF a declaração de inconstitucionalidade dependa como regra de decisão da maioria absoluta dos
membros do Tribunal ou de seu órgão especial.
b) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, a sanção presidencial teria
o condão de convalidá-la, não havendo que se falar por esse motivo em inconstitucionalidade da
lei, possuindo o TRF competência para reconhecer sua constitucionalidade, desde que observada a
cláusula de reserva de plenário.
c) embora tenha havido irregularidade no trâmite do projeto legislativo, não compete aos órgãos
judiciais declarar em caráter incidental a inconstitucionalidade formal da lei, o que somente se
admite em sede de controle concentrado, exercido por meio de ação direta de competência
originária do STF.
d) houve, de fato, irregularidade no trâmite do projeto de lei, possuindo os órgãos judiciais
competência para afastar a aplicação da lei ao caso concreto, inclusive órgão fracionário do TRF,
desde que não declare sua inconstitucionalidade.
Gabarito: A
Comentários: Houve irregularidade no trâmite do projeto de lei pela inobservância ao parágrafo
único do art. 65, CF/88 e é possível que a inconstitucionalidade, no âmbito do TRF, seja declarada
pela maioria absoluta dos membros do Tribunal ou de seu órgão especial (art.97, CF/88).
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de
discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou
arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.
Questão 16
Um grupo de estudos sobre a liberação total do aborto tem encontros semanais numa praça do
município X, no qual constroem debates e discussões acerca do assunto. Certo dia, decidiram fazer
uma manifestação no local e cientificaram as autoridades sobre a realização desta. No mesmo dia,
um grupo conhecido na cidade por ser radicalmente contra o aborto, resolveu ir ao local para
também se manifestar, sem informar as autoridades, numa clara tentativa de frustrar o livre
manifesto do outro grupo. Assim, segundo o entendimento, assinale a alternativa correta:
a) O grupo pró aborto tem o direito à livre manifestação, pois houve o comunicado prévio às
autoridades. Por outro lado, o grupo que é contrário aoaborto está desrespeitando a Constituição,
uma vez que não fez tal comunicado e ainda busca frustrar manifestação anteriormente convocada
para o mesmo local.
b) O grupo que busca se manifestar a favor do aborto deverá ter em mãos a autorização do órgão
responsável para garantir seu direito de se manifestar de maneira pacífica.
c) Os dois grupos não terão direito de se manifestar, pois a inércia ou o mero comunicado às
autoridades não gera o direito de se manifestar, sendo necessária uma autorização prévia do órgão
competente.
7º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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d) O grupo contrário ao aborto poderá aparecer de qualquer forma na praça, pois a manifestação
de opiniões e vontades é livre, de acordo com a Constituição Federal.
Gabarito: A
Comentários: O grupo pró aborto tem o direito de livre manifestação, pois houve o comunicado
prévio às autoridades. Já o grupo que é contrário ao aborto não poderá se manifestar, uma vez que
não fez tal comunicado e ainda busca frustrar manifestação previamente organizada.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Questão 17
Fernando, Promotor de Justiça há sete anos, desde criança sempre sonhou em ser magistrado. Com
relação à participação dos membros do Ministério Público na composição dos tribunais, conforme
previsão constitucional, em especial no que diz respeito ao possível caminho a ser percorrido para
que seu sonho se concretize, é correto afirmar que:
a) Fernando poderá, através do quinto constitucional, concorrer à vaga reservada ao Ministério
Público para ocupar o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal após completar cinco anos de
carreira ministerial.
b) Fernando poderá, através do terço constitucional, após completar dez anos de carreira
ministerial, concorrer à vaga reservada ao Ministério Público para ocupar o cargo de Ministro do
Superior Tribunal de Justiça.
c) Fernando poderá, através do quinto constitucional, concorrer à vaga reservada ao Ministério
Público para ocupar o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça, independentemente do
tempo de carreira ministerial.
d) Fernando poderá, através do terço constitucional, concorrer à vaga reservada ao Ministério
Público para ocupar o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça, mesmo exercendo o cargo
de Promotor de Justiça, desde que tenha mais de cinco anos de carreira.
Gabarito: B
Comentários: Atenção ao art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta
e três Ministros. Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo
Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco
anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal, sendo:
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
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DIREITOSHUMANOS
Ricardo Torques
Questão 18
O Dia Internacional de Apoio às vítimas de Tortura é celebrado no dia 26 de junho, tendo sido
criado pela ONU para combater a violência praticada pelos órgãos repressivos do poder público.
Apesar da data ser comemorada há pouco mais de 20 anos, a vedação à tortura remonta desde
muito tempo, havendo, inclusive, a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas
Cruéis, Desumanos ou Degradantes. Sobre este relevante instrumento, é correto afirmar que:
a) A Convenção contra a Tortura permite que determinadas situações, a exemplo de ameaça ou
guerra, possam ser justificadoras de sua prática.
b) Os Estados devem adotar medidas eficazes a fim de impedir a prática de atos de tortura em
qualquer território sob sua jurisdição; tais medidas devem ser de caráter legislativo, administrativo
judicial ou de qualquer outra natureza.
c) Se João, hierarquicamente subordinado a Rubens, praticar atos de tortura em estrito
cumprimento às ordens recebidas, estará isento de pena.
d) A tortura restará configurada ainda que as dores e sofrimentos sejam consequência de sanções
legítimas ou que sejam inerentes a tais sanções.
Gabarito: B
Comentários: A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Os Estados devem buscar
coibir a prática de tortura por todos os meios possíveis, como bem prevê o §1º do art. 2º da
Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes:
"Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de
outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer território sob sua
jurisdição."
A alternativa A está errada. O §2º do art. 2º da Convenção é claro quanto à impossibilidade de
alegar qualquer motivo para justificar a tortura: "Em nenhum caso poderão invocar-se
circunstâncias excepcionais tais como ameaça ou estado de guerra, instabilidade política interna ou
qualquer outra emergência pública como justificação para tortura."
A alternativa C está errada. De acordo com o §3º do art. 1º da Convenção contra a Tortura, a
ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invocada como
justificação para a tortura.
A alternativa D está errada. A dor ou o sofrimento decorrentes de sanção legítima não são
considerados como tortura. Nesse sentido é a previsão do §1º do art. 1º da Convenção: ""Para os
fins da presente Convenção, o termo "tortura" designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos
agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de
uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou uma terceira
pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou
outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando
tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício de
funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não se
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considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de sanções
legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram."
Questão 19
Em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi assinada pela Princesa Isabel, acabando com a escravidão
no Brasil. A Lei completou recentemente 132 anos e a advogada Maria Júlia, descendente de
escravos, decidiu escrever um artigo de opinião para o jornal de sua cidade. Antes de apresentar os
dados mais recentes, a advogada decidiu fazer um histórico sobre a proteção à liberdade individual,
fazendo menção, inclusive, ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP). Desse
modo, é correto que:
a) O PIDCP proíbe tanto a escravidão quanto o tráfico de escravos em todas as suas formas.
b) Embora ninguém possa ser submetido à escravidão, o PIDCP permite a submissão à servidão.
c) Caso alguém fosse compelido a exercer um serviço em caso de emergência ou de calamidade,
que ameacem o bem-estar da comunidade, estaria passando por uma forma de escravidãomoderna.
d) É considerado como trabalho forçado ou obrigatório aquele exigido de um indivíduo que tenha
sido encarcerado em cumprimento de decisão judicial.
Gabarito: A
Comentários: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Trata-se da previsão do §1º do
art. 8º do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (PIDCP): "Ninguém poderá ser submetido
à escravidão; a escravidão e o tráfico de escravos, em todos as suas formas, ficam proibidos."
A alternativa B está incorreta. O §2º do art. 8º do PIDCP prevê que ninguém poderá ser submetido
à servidão.
As alternativas C e D estão incorretas. A alínea "c" do §3º do art. 8º prevê situações que não são
consideradas como trabalhos forçados ou obrigatórios:
c) Para os efeitos do presente parágrafo, não serão considerados "trabalhos forçados ou
obrigatórios":
i) qualquer trabalho ou serviço, não previsto na alínea b) normalmente exigido de um indivíduo que
tenha sido encarcerado em cumprimento de decisão judicial ou que, tendo sido objeto de tal
decisão, ache-se em liberdade condicional;
ii) qualquer serviço de caráter militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de
consciência, qualquer serviço nacional que a lei venha a exigir daqueles que se oponham ao serviço
militar por motivo de consciência;
iii) qualquer serviço exigido em casos de emergência ou de calamidade que ameacem o bem-estar
da comunidade;
iv) qualquer trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
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DIREITO INTERNACIONAL
Vanessa Arns
Questão 20
Sobre o auxílio direto na cooperação internacional, é incorreto afirmar:
a) O auxílio direto pode ser utilizado para obtenção e prestação de informações sobre o
ordenamento jurídico e sobre processos administrativos, inclusive os finalizados
b) Por meio do pedido de auxílio direto é possível realizar a colheita de provas, salvo se a
medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de
autoridade judiciária brasileira.
c) A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à
autoridade central, cabendo ao Estado requerido assegurar a autenticidade e a clareza do
pedido.
d) O Ministério Público poderá requerer em juízo a medida solicitada pela via do auxílio
direto passivo, nos casos em que for autoridade central.
Resposta: C
Comentários: De acordo com o Código de Processo Civil:
A letra A está CORRETA. Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz
parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: I - obtenção e prestação de informações
sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou
em curso;
A letra B está CORRETA. Art. 30. II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em
processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária
brasileira;
A letra C está INCORRETA. Art. 29 A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo
órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente
assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
A letra D está CORRETA. Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade
central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida
solicitada. Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada
quando for autoridade central.
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Questão 21
Em 14 de dezembro de 2009 foi promulgada a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de
1969, por meio do Decreto nº 7.030.
Tendo por base os dispositivos da Convenção, assinale a afirmativa incorreta:
a) Uma parte pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento
de um tratado.
b) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são
considerados representantes do seu Estado os os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os
Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um
tratado.
c) Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, formular
uma reserva, a não ser que a reserva seja proibida pelo tratado;
d) Um tratado não cria obrigações nem direitos para um terceiro Estado sem o seu consentimento.
Resposta: A
Comentário: De acordo com a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969,
promulgada no Brasil por meio do Decreto nº 7.030 de 14 de Dezembro de 2009:
A letra A está INCORRETA. Art. 27. Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito
interno para justificar o inadimplemento de um tratado.
A letra B está CORRETA. Art. 7º . Em virtude de suas funções e independentemente da
apresentação de plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado:
a)os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a
realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado;
b)os Chefes de missão diplomática, para a adoção do texto de um tratado entre o Estado
acreditante e o Estado junto ao qual estão acreditados;
c)os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferência ou organização
internacional ou um de seus órgãos, para a adoção do texto de um tratado em tal conferência,
organização ou órgão
A letra C está CORRETA. Art. 19 Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um
tratado, ou a ele aderir, formular uma reserva, a não ser que:
a)a reserva seja proibida pelo tratado;
b)o tratado disponha que só possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não
figure a reserva em questão; ou
c)nos casos não previstos nas alíneas a e b, a reserva seja incompatível com o objeto e a finalidade
do tratado.
A letra D está CORRETA. Art. 34. Um tratado não cria obrigações nem direitos para um terceiro
Estado sem o seu consentimento.
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DIREITOTRIBUTÁRIO
Rodrigo Martins
Questão 22
O Estado B, novo Estado da Federação, resultante de desmembramento do Estado A, tem
dificuldade de instituir, cobrar e fiscalizar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
(IPVA) em todos os seus 300 municípios. Por isso decidiu delegar poder a esses seus Municípios
para que o instituíssem, realizassem a cobrança e promovessem a fiscalização e administração do
referido tributo, impondo a tais Municípios o dever de repassar 50% das quantias arrecadadas ao
Estado. Sobre a hipótese, é correto afimar que:
a) Trata-se de delegação de competência tributária, somente, expressamente autorizada pelo
Código Tributário Nacional.
b) Trata-se de delegação de capacidade tributária ativa, somente, expressamente autorizada pelo
Código Tributário Nacional.
c) De acordo com o Código Tributário Nacional, o Estado poderia ter delegado somente o poder de
realizar atos de fiscalização e arrecadação do tributo.
d) Somente os poderes de instituir e de realizar atos de fiscalização e arrecadação de tributo são
delegáveis.
Gabarito: C
Comentários: Encontra-se correta a alternativa "C".
Nos termos dos artigos 6º e 7º do CTN, a atribuição constitucional de competência tributária é
plena e indelegável. Portanto, quem a recebeu da CF/88 não pode delegá-la. Nesse sentido, tendo
o Estado recebido competência tributária para instituir o IPVA, mostra-se ilegal (por afronta ao CTN
e até mesmo à CF/88) o ato de delegação de tal poder a um Município. Contudo, muito embora o
referido art. 7º do CTN vede a delegação de competência tributária, o mesmo dispositivo faz
ressalva expressa à delegação das atividades de arrecadação e de fiscalização do tributo(capacidade tributária ativa), que pode ser delegada. Logo, o Estado poderia ter delegado somente
o poder de fiscalizar e arrecadar o tributo (já que a capacidade tributária ativa é delegável), mas
não o poder de instituir (pois a competência tributária é indelegável). Portanto, mostra-se como
única correta a alternativa "C".
Questão 23
O Governo Federal publicou, no ano de 2019, um Decreto que aumentou a alíquota da
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico relativa às atividades de comercialização de
petróleo e seus derivados (CIDE/Combustíveis). O referido Decreto previu que o aumento já valeria
para aquele mesmo exercício financeiro. Sobre a hipótese, é correto afirmar que:
a) A majoração da alíquota da CIDE/Combustíveis não pode se dar por meio de Decreto e não pode
ser exigida no mesmo exercício financeiro em que publicado o aumento.
b) A majoração da alíquota da CIDE/Combustíveis não pode se dar por meio de Decreto e pode ser
exigida no mesmo exercício financeiro em que publicado o aumento.
7º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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c) A majoração da alíquota da CIDE/Combustíveis pode se dar por meio de Decreto e pode ser
exigida no mesmo exercício financeiro em que publicado o aumento.
d) A majoração da alíquota da CIDE/Combustíveis pode se dar por meio de Decreto e não pode ser
exigida no mesmo exercício financeiro em que publicado o aumento.
Gabarito: C
Comentários: Encontra-se correta a alternativa "C".
A CIDE/Combustíveis é exceção ao princípio da legalidade quanto à alteração das suas alíquotas,
que podem, portanto, ser majoradas por meio de Decreto (ato do Poder Executivo), conforme
dispõe o art. 177, § 4º, I, "b", da CF/88. Paralelamente, também é exceção ao princípio da
anterioridade anual ou de exercício, podendo ser alterada e cobrada ao tempo conveniente,
inclusive no mesmo exercício financeiro, conforme dispõe o mesmo artigo. Portanto, mostra-se
como única correta a alternativa "C".
Questão 24
Por força de lei estadual, uma fábrica montadora de automóveis recolheu, em lugar de uma
concessionária de automóveis, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) devido na venda dos veículos ao consumidor final, incluindo o valor total do ICMS
recolhido na nota fiscal emitida para a concessionária, sendo tais valores repassados ao
consumidor no preço final dos automóveis. Sobre a hipótese, é correto afirmar que:
a) A fábrica montadora de automóveis é responsável tributária por transferência.
b) A fábrica montadora de automóveis é responsável tributária por substituição.
c) O consumidor final é contribuinte de direito do ICMS.
d) A substituída é contribuinte de fato do ICMS.
Gabarito: B
Comentários: Encontra-se correta a alternativa "B".
A montadora é responsável tributária por substituição (substituição tributária), nos termos
do art. 128 do CTN: "Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação". Não é responsável por transferência porque não se enquadra nas diferentes
hipóteses previstas no CTN quanto à esta modalidade (arts. 130 a 137 do CTN). O
consumidor final não é contribuinte de direito do ICMS, pois, juridicamente, não está
obrigado ao recolhimento do imposto (por isso ele é, em verdade, o contribuinte de fato, e
não a substituída, que é a contribuinte, posto ter praticado o fato gerador, muito embora a
responsabilidade pelo recolhimento temha sido atribuída, por lei, à montadora substituta).
Portanto, mostra-se como única correta a alternativa "B".
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==155b51==
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Questão 25
Determinado Município concedeu, por meio de lei, anistia tributária quanto às infrações
relacionadas ao Imposto sobre Serviços (ISS) de sua competência. Sobre a anistia comcedida
limitadamente, encontram-se corretas as afirmativas abaixo, exceto:
a) É hipótese de exclusão do crédito tributário.
b) Pode ser instituída relativamente às infrações punidas com penalidades pecuniárias até
determinado montante.
c) Pode ser instituída relativamente a determinada região do território da entidade tributante, em
função de condições a ela peculiares.
d) Não pode ser instituída sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a
conceder.
Gabarito: D
Comentários: Encontra-se correta a alternativa "D".
De acordo com o art. 175 do CTN, excluem o crédito tributário a isenção e a anistia. Portanto, a
anistia é hipótese de exclusão do crédito tributário. Paralelamente, as alíneas do inciso II do artigo
181 do CTN prescrevem que a anistia PODE SER concedida limitadamente em relação: (i) às
infrações da legislação relativa a determinado tributo; (ii) às infrações punidas com penalidades
pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; (iii)
a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
e (iv) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja
fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. Portanto, nos termos do item
"iv" retro, mostra-se como única correta a alternativa "D".
Questão 26
Objetivando diminuir os impactos sociais da grave crise econômica decorrente da pandemia pela
COVID-19, o Congresso Nacional votou e aprovou e o Presidente da República sancionou lei
concedendo isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a venda
de gêneros alimentícios de primeira necessidade, como arroz, feijão, macarrão etc. Sobre a
hipótese, é correto afirmar que a União:
a) Não pode instituir isenção relativa a esse tributo.
b) Pode instituir isenção relativa a esse tributo.
c) Pode instituir isenção relativa a esse tributo até mesmo por meio de Medida Provisória.
d) Pode instituir isenção relativa a esse tributo desde que autorizada pelo CONFAZ - Comselho
Fazendário.
Gabarito: A
Comentários: Encontra-se correta a alternativa "A".
O ICMS é um imposto da competência dos Estados e do Distrito Federal (art. 155, II, da CF/88). Pois
bem: de acordo com o inciso III do art. 151 da CF/88, é vedado à União instituir isenções de tributos
7º Simulado OAB - Gabarito Comentado
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22
62
da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Portanto, mostra-se como
única correta a alternativa "A".
DIREITO ADMINISTRATIVO
Igor Maciel
Questão 27
Sobre as diretrizes constitucionais da política de desenvolvimento urbano, assinale a alternativa
correta:
a) Todas as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas mediante prévia e justa indenização
em dinheiro, sem ressalvas, por expressa determinação constitucional.
b) Jamais haverá qualquer desapropriação pelo Poder Público cuja indenização não seja em
dinheiro.
c) A desapropriação urbanística poderá ser realizada pelo Município em razão do não atendimento
da função social da propriedade urbana.
d) O cumprimento da função social da propriedade urbana dependerá do atendimento às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor do Município,
aprovado pelo Senado Federal e obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes.
Gabarito: C
Comentários: Disposição do art. 182, parágrafo 4º, da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantiro bem- estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Letra A e Letra B: Há possibilidade de pagamento em títulos da dívida pública, conforme art. 182,
§4º, inciso III da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
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III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Letra D: A aprovação do Plano Diretor depende da Câmara Municipal, conforme o art. 182, §§1º e
2º da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Questão 28
Durante rebelião em um presídio, Charles, condenado a vinte e oito anos de prisão por diversos
crimes, decidiu fugir e, para tanto, matou o presidiário Valmir e o agente penitenciário Vicente.
Com referência a essa situação hipotética e à responsabilização da administração, assinale a
alternativa correta.
a) Se a família de Valmir decidir pleitear indenização ao Estado, terá de provar, além do nexo de
causalidade, a existência de culpa da administração, pois, neste caso, a responsabilidade do Estado
é subjetiva.
b) O Estado não responde pelos danos causados a presidiários, haja vista a situação periclitante
ocasionada pelos próprios detentos.
c) A família de Valmir poderá pleitear indenização em face do Estado devendo a responsabilização
do ente público nestes casos ocorrer de forma objetiva, em razão da falha no dever de guarda do
presidiário.
d) Charles não responderá por quaisquer dos crimes cometidos durante sua fuga porque exerceu
seu direito de lutar por sua liberdade.
Gabarito: C
Comentários: A responsabilidade civil do Estado nestes casos é objetiva.
Em razão dos riscos inerentes ao meio em que os indivíduos foram inseridos pelo próprio Estado,
no caso de custódia, e, sobretudo, em razão de seu dever de zelar pela integridade física e moral
desses indivíduos (art. 5.º, XLIX, da CF), o Estado deve responder objetivamente pelos danos
causados a sua integridade física e moral.
Assim, em razão desta especial relação de supremacia entre o Estado e o indivíduo, é dever do
Estado garantir a incolumidade física dos indivíduos custodiados, seja contra atos de terceiro, seja
contra ato do próprio indivíduo, a exemplo do suicídio referido na questão.
Portanto, deve o Estado responder objetivamente pela morte de detento, ocorrida no interior do
estabelecimento prisional ou de hospital psiquiátrico. Neste sentido, pacífica a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal:
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EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO POR MORTE DE DETENTO. ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL(...)4.
O dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a
atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável
para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da
Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos em que não é
possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse
em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público,
sob pena de adotar-se contra legem e a opinio doctorum a teoria do risco integral, ao arrepio do
texto constitucional. 6. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como, v. g., homicídio,
suicídio, acidente ou morte natural, sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por
mais que adote as precauções exigíveis. 7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas
hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do
detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado danoso. 8.
Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu
dever específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado
é responsável pela morte do detento. 9. In casu, o tribunal a quo assentou que inocorreu a
comprovação do suicídio do detento, nem outra causa capaz de romper o nexo de causalidade da
sua omissão com o óbito ocorrido, restando escorreita a decisão impositiva de responsabilidade
civil estatal. 10. Recurso extraordinário DESPROVIDO.
(RE 841526, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/2016, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-159 DIVULG 29-07-2016 PUBLIC 01-08-2016)
Questão 29
Em tempos de pandemia, houve temporária permissão legal, por meio de medida provisória, para
que as prefeituras realizassem contratações sem a necessidade de prévia licitação, visto a urgência
das medidas para atendimento à população.
Em pesquisa feita no portal da transparência do Município T, descobriu-se que um elevado valor foi
pago a um escritório de advocacia situado nos Estados Unidos, tendo tal valor supostamente
custeado 100 respiradores para atendimento em UTI, sem dar quaisquer explicações sobre o
parâmetro dos valores efetivamente pagos.
Em relação a esse fato, é correto afirmar:
a) a temporária desnecessidade de licitação pública desobriga o gestor a prestar contas, não
havendo irregularidade na situação;
b) a inexigibilidade de licitação pública no ato da compra afasta a aplicação da lei nº 8.666/93;
c) a grave perturbação da ordem, como é o caso da pandemia, autoriza a dispensa de licitação, já
reforçada pela medida provisória, desobrigando o gestor de explicar o preço efetivamente pago no
item;
d) a grave perturbação da ordem, como é o caso da pandemia, autoriza a dispensa de licitação, já
reforçada pela medida provisória, mas não afasta a observância à moralidade administrativa.
Gabarito: D
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Comentários: Mesmo que a situação de grave perturbação da ordem autorize a dispensa de
licitação, o que também foi reforçado pela medida provisória citada, o gestorainda está obrigado a
observar os princípios que regem a administração pública. Neste sentido, temos o artigo 24, IV, da
Lei 8.666/93.
A alternativa C ainda poderia causar alguma dúvida. Porém, se explicações não fossem necessárias
ou cabíveis, haveria um risco grande de compras superfaturadas ou mesmo com desvio de
finalidade, feitas em fornecedores questionáveis, em proveito próprio ou de familiares.
No caso da questão, fica claro que a compra, independentemente do valor, deveria ser feita de
fábricas, hospitais e afins, mas não de um escritório de advocacia, o que levanta suspeitas também
sobre o valor pago.
Questão 30
Em uma repartição pública municipal são feitas, periodicamente, contratações regulares de
estagiários, atendendo ao interesse público e também permitindo que o Poder Público contribua
para a capacitação dos universitários. Constatou-se, certa vez, que um dos estagiários que atuava
em determinado setor vinha cobrando pelo fornecimento de informações e certidões cuja
gratuidade é garantida por lei. Os valores coletados, apurou-se, destinavam- se ao uso particular do
referido estagiário. Considerando o que dispõe a Lei nº 8.429/1992, o estagiário:
a) pode ser processado por ato de improbidade, não sendo exigida comprovação de prejuízo ao
erário, mas sim da conduta dolosa do autor do ato.
b) somente poderá ser incurso nas disposições da lei de improbidade se ficar comprovado dolo, o
que confere maior rigor para enquadramento como sujeito passivo.
c) pode ser punido por ato de improbidade, visto que está abrangido pelo conceito de agente
público para aquela finalidade, sendo necessária a comprovação de dolo e de prejuízo ao erário.
d) pode ser punido por ato de improbidade caso tenha ingressado na Administração pública por
meio de concurso público e já tenha decorrido o período de estágio probatório, o que lhe conferirá
o status de servidor público.
Gabarito: A
Comentários: Destaca-se importante julgado do STJ sobre a possibilidade de enquadramento do
estagiário como agente público (art. 2º da lei nº 8.429/92) para fins de aplicação da lei de
improbidade administrativa:
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ESTAGIÁRIA. ENQUADRAMENTO NO CONCEITO DE AGENTE
PÚBLICO PRECONIZADO PELA LEI 8.429/92. PRECEDENTES. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. (...)
4. Contudo, o conceito de agente público, constante dos artigos 2º e 3º da Lei 8.429/1992, abrange
não apenas os servidores públicos, mas todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública.
5. Assim, o estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, remunerado ou não,
se enquadra no conceito legal de agente público preconizado pela Lei 8.429/1992. Nesse sentido:
Resp 495.933-RS, Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 19/4/2004, MC 21.122/CE, Rel. Ministro
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Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Acórdão Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe
13/3/2014.
6. Ademais, as disposições da Lei 8.429/1992 são aplicáveis também àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma, direta ou indireta, pois o objetivo da Lei de Improbidade é não apenas punir, mas
também afastar do serviço público os que praticam atos incompatíveis com o exercício da função
pública.
7. Recurso Especial provido.
(REsp 1352035/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/08/2015,
DJe 08/09/2015)
Ademais, o ato cometido pelo estagiário é disposto pelo art. 9º inciso I da referida lei e não
necessita da comprovação da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público.
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir
qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função,
emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público;
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento;
Questão 31
Murilo estacionou seu carro em cima de uma calçada exatamente no rebaixamento que permite a
passagem de cadeirantes. O poder público competente, na realização da operação “Motorista 
Correto” rebocou o veículo deMurilo.
Em relação à narrativa, o ato do poder público é fundamentado na:
a) discricionariedade, que obriga o agente público a promover o reboque de todos os veículos em
igual situação;
b) autoexecutoriedade, que independe de prévia autorização judicial e participação do particular;
c) imperatividade, que obriga o poder público a entregar prévia intimação do ato de infração ao
particular antes do reboque;
d) presunção de legitimidade, que não admite prova em sentido contrário, uma vez que o ato foi
regularmente documentado.
Gabarito: B
Comentários: São atributos do Poder de Polícia:
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a) a discricionariedade, segundo a qual o administrador público poderá escolher, dentro de um
juízo de conveniência e oportunidade, a alternativa mais adequada dentre as várias sanções
previstas na norma;
b) a autoexecutoriedade das medidas, não sendo necessária a intervenção do Poder Judiciário para
a execução dos atos materiais de polícia, a exemplo da interdição de estabelecimento.
Ressalte-se que na cobrança de multas, não há a característica de autoexecutoriedade do poder
de polícia, devendo a administração pública buscar o Poder Judiciário para executar as multas
aplicadas (execução fiscal, por exemplo).
c) a coercibilidade, segundo a qual o ato decorrente do poder de polícia é imposto ao particular,
independentemente de sua concordância.
No que se refere à competência para o exercício do Poder de Polícia, esta é, em regra, da Pessoa
Federativa a qual a Constituição conferiu o poder de regulamentar a matéria. Por se tratar de
competência concorrente, em certos casos haverá o exercício do Poder de Polícia
concomitantemente em diferentes níveis federativos.
Questão 32
Em relação às empresas públicas e ao regime de precatórios, assinado a alternativa correta:
a) nos termos de posicionamento do STF, empresas públicas não podem gozar da possibilidade de
pagar débitos judiciais por meio de precatórios, em razão de serem pessoas jurídicas de direito
privado.
b) nos termos de posicionamento do STF, a possibilidade de pagamento por meio de precatório é
possibilidade exclusiva das sociedades de economia mista.
c) nos termos de posicionamento do STF, o regime de precatórios deve ser aplicado às sociedades
de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não
concorrencial.
d) somente é cabível o pagamento por meio de precatório no caso de créditos com valor superior a
dez vezes o teto do RPV.
Gabarito: C
Comentários: As estatais, ao atuar sob a égide do direito privado, não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado, conforme parágrafo 2º, do artigo 173, da Constituição
Federal:
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Contudo, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal fora construída no sentido se diferenciar as
empresas estatais que prestam serviçopúblico das que exercem atividade econômica em regime
concorrencial.
Na opinião da Corte Suprema, existem três tipos de empresas estatais: as que prestam serviço
público, as que exercem atividade econômica em regime de monopólio (ex: Correios) e as que
atuam no mercado em regime concorrencial.
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Nos dois primeiros casos, as regras de direito público devem ser aplicadas com maior ênfase, dado
o interesse público que circunda a atuação estatal. Assim, o STF já reconheceu imunidade tributária
aos Correios:
Recurso extraordinário com repercussão geral. 2. Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos. 3. Distinção, para fins de tratamento normativo, entre empresas públicas
prestadoras de serviço público e empresas públicas exploradoras de atividade. Precedentes. 4.
Exercício simultâneo de atividades em regime de exclusividade e em concorrência com a iniciativa
privada. Irrelevância. Existência de peculiaridades no serviço postal. Incidência da imunidade
prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal. 5. Recurso extraordinário conhecido e 
provido.
(RE 601392, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES,
Tribunal Pleno, julgado em 28/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO
DJe-105 DIVULG 04-06-2013 PUBLIC 05-06-2013)
Ademais, em recente decisão, o Supremo Tribunal Federal (Informativo 812) estabeleceu que se
aplica às sociedades de econômica mista prestadoras de serviços públicos de natureza não
concorrencial o regime de precatório próprio dos entes públicos. Impenhoráveis, portanto, os bens
de tais companhias.
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Sociedade de economia
mista. Regime de precatório. Possibilidade. Prestação de serviço público próprio do Estado.
Natureza não concorrencial. Precedentes. 1. A jurisprudência da Suprema Corte é no sentido da
aplicabilidade do regime de precatório às sociedades de economia mista prestadoras de serviço
público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. 2. A CASAL, sociedade de economia
mista prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento no Estado do Alagoas, presta
serviço público primário e em regime de exclusividade, o qual corresponde à própria atuação do
estado, haja vista não visar à obtenção de lucro e deter capital social majoritariamente estatal.
Precedentes. 3. Agravo regimental não provido.
(RE 852302 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 15/12/2015,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-037 DIVULG 26-02-2016 PUBLIC 29-02-2016)
É grande, portanto, a tendência de se aplicar regras de direito público a determinadas companhias
estatais e este ponto seguramente será objeto de cobrança em provas.
DIREITOAMBIENTAL
Rosenval Júnior
Questão 33
Flávio Moreira, morador do município de Boas Águas, possui uma propriedade rural localizada no
bioma cerrado, dentro dos limites da Amazônia Legal, com uma área total de 100 hectares.
Preocupado com a cobertura vegetal de sua propriedade, ele decide procurar orientações na
Secretaria de Agricultura de seu município para tirar dúvidas sobre a instituição da reserva legal.
A partir da situação hipotética apresentada acima, qual das alternativas abaixo apresenta uma
orientação correta a ser seguida por Flávio, com base na Lei Nº 12.651/12 (Novo Código Florestal),
acerca da Reserva Legal.
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a) Flávio deverá manter, a título de Reserva Legal, 45% do seu imóvel.
b) por se tratar de um imóvel rural, prescinde da instituição da Reserva Legal, bastando apenas
delimitar, nos termos da lei, as Áreas de Preservação Permanente.
c) o registro da Reserva Legal no CAR, por parte de Flávio, obriga a averbação no Cartório de
Registro de Imóveis.
d) Flávio deverá manter, a título de Reserva Legal, 35% do seu imóvel.
Gabarito: D
Comentários: a) Item errado.
Consoante o art. 12, Lei Nº 12.651/12, todo imóvel rural deve manter área com cobertura de
vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas
de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do
imóvel:
• Localizado na Amazônia Legal:
➢ 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
➢ 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
➢ 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais.
• Localizado nas demais regiões do País:
➢ 20% (vinte por cento).
Portanto, como o imóvel de Flávio está localizado no bioma cerrado, dentro da Amazônia Legal, o
percentual mínimo destinado a Reserva Legal será de 35%.
b) Item errado.
De acordo com o art. 3º, III, Lei Nº 12.651/12, entende-se por Reserva Legal uma área localizada no
interior de uma propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos
processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a
proteção de fauna silvestre e da flora nativa.
Logo, por se tratar de uma propriedade rural, Flávio deverá manter, a título de Reserva Legal, um
percentual mínimo em relação à área do imóvel.
c) Item errado.
Expressa o art. 18, §4º, Lei Nº 12.651/12, que o registro da Reserva Legal no CAR desobriga a
averbação no Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação
desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá
direito à gratuidade deste ato.
d) Item certo.
Consoante o art. 12, Lei Nº 12.651/12, todo imóvel rural deve manter área com cobertura de
vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas
de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do
imóvel:
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• Localizado na Amazônia Legal:
➢ 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;
➢ 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;
➢ 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais.
• Localizado nas demais regiões do País:
➢ 20% (vinte por cento).
Portanto, como o imóvel de Flávio está localizado no bioma cerrado, dentro da Amazônia Legal, o
percentual mínimo destinado a Reserva Legal será de 35%.
Questão 34
Asdrúbal é um militante das causas ambientais e biólogo. Preocupado com as questões ambientais
de seu município, ele realiza palestras para a comunidade explicando os reais objetivos das
Unidades de Conservação e a importância que as mesmas apresentam para o meio ambiente e para
a sociedade.
Um dia, ao conceder uma entrevista a um programa de TV, o apresentador fez uma pergunta sobre
as Unidades de Conservação integrantes do grupo de proteção integral.
A partir da situação acima, julgue os itens a seguir, e marque a opção que apresenta uma assertiva
correta:
a) a Reserva Extrativista é uma Unidade de Conservação pertencente ao grupo de preservação
permanente.
b) a Área de Relevante Interesse Ecológico é uma Unidade de Conservação pertencente ao grupo
de proteção integral.
c) a Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma Unidade de Conservação pertencente ao grupo
de proteção permanente.
d) o Monumento Natural é uma Unidade de Conservação pertencente ao grupo de proteção
integral.
Gabarito: D
Comentários: De acordo com o art. 7º, Lei Nº 9.985/00, as unidades de conservação integrantes do
SNUC dividem-se em dois grupos:
• Unidades de Proteção Integral;
• Unidades de Uso Sustentável.
Conforme expressa os arts. 8º

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