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SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS www.esab.edu.br 3 Sumário 1. Apresentação I.......................................................................07 2. Classificação Das Redes.......................................................08 3. Distribuição Geográfica..........................................................16 4. Modelos De Rede..................................................................25 5. Transmissão De Sinais Eletromagnéticos..............................37 6. Cabos De Transmissão..........................................................52 7. Resumo I................................................................................64 8. Apresentação II......................................................................65 9. Redes Sem Fio......................................................................66 10. Arquitetura Ethernet e Token Ring........................................79 11. Arquitetura SONET/SDH e Rede ATM..................................90 12. Arquitetura X.25 e Protocolo Frame Relay ...........................98 13. Arquitetura ISDN e xDSL ....................................................106 14. Resumo II.............................................................................115 15. Apresentação III...................................................................116 16. Comunicação Via Satélite e arquitetura WiMAX..................117 17. Arquitetura Wi-Fi e Bluetooth...............................................125 18. Telefonia 3G e Modelo OSI..................................................133 19. TCP/IP versão 4 e protocolo IPv6.........................................146 20. Componentes de Rede........................................................159 21. Resumo III............................................................................169 22. GLOSSÁRIO........................................................................170 23. BIBLIOGRAFIA....................................................................172 www.esab.edu.br 4 Palavras do Tutor Sobre o Autor Olá, estudante, Meu nome é Hudson Ramos, sou Mestre em Engenharia de Software pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e tenho Graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atualmente, sou professor tutor da ESAB, professor adjunto da Universidade de Vila Velha e empresário do setor de Tecnologia e Desenvolvimento de Sistemas. Sou sócio da empresa Projeta Sistemas de Informação Ltda que atua na área de desenvolvimento softwares (sistemas customizáveis e sistemas proprietários, sobretudo com aplicação na área Segurança Industrial). Como professor, atuo nos cursos de Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia. Para me conhecer melhor, consulte o meu currículo lattes, que está disponível em <http://lattes.cnpq.br/5595912997070134>. Apresentação Uma rede de comunicação é uma estrutura criada para permitir a troca de informação entre dois ou mais pontos de interesse. Existem várias empresas que possuem uma rede de comunicação: Operadoras de Telefonia Fixa; Operadoras de Telefonia Celular; Operadoras de Comunicação Via Satélite; Operadoras de TV a Cabo; Indústrias, Bancos, e diversas outras. Os pontos de interesse geralmente são chamados de “clientes da rede”, pois são eles que irão utilizar a estrutura da rede de comunicação propriamente dita. São os clientes que fazem as solicitações de envio e recebimento de informação através da rede de comunicação. http://lattes.cnpq.br/5595912997070134 www.esab.edu.br 5 O conjunto de elementos que são utilizados para se construir uma rede de comunicação possui diversos equipamentos: Roteadores; Amplificadores; Terminais de Acesso; Concentradores; Cabos; E vários outros. Estes elementos, e os clientes da rede, são conhecidos como “elementos de rede”, e são eles que irão formar a estrutura da rede de comunicação. Toda rede de comunicação possui um mantenedor, que irá realizar constantemente a avaliação da situação da rede, quanto à utilização pelos clientes e quanto à preservação dos equipamentos de rede disponibilizados na estrutura da rede. O objetivo final de uma rede de comunicação é prover a melhor estrutura de comunicação para seus clientes ao menor custo para o mantenedor da rede. Objetivo O presente módulo tem como objetivo apresentar algumas das técnicas utilizadas na transmissão de informações em uma rede de comunicação e suas funcionalidades. www.esab.edu.br 6 Ementa Demonstrar as diversas maneiras de ser realizar a classificação de uma rede de comunicação; apresentar as topologias de redes; classificar as redes de telecomunicações; visibilidade, funcionamento, técnicas de utilização e transmissão de informações; conceitos básicos de sinais digitais; funcionamento das fibras óticas; comunicação em redes em fio; protocolo de transmissão em meio físico, arquiteturas: Ethernet, Sonet e SDH, ISDEN, Xdsl, WI-FI, WiMAX, Bluetooh, rede ATM, arquitetura X.25; protocolo Frame Relay; rede via satélite; modelo OSI; redes TCP/IP; protocolo Ipv6; espaço de armazenamento para usuário. www.esab.edu.br 7 Introdução Nesse primeiro eixo do nosso curso, iremos mostrar as maneiras de se realizar a classificação de uma rede de comunicação, apresentar as topologias que uma rede pode assumir, Aprender como são classificadas as redes de telecomunicação de acordo com a distribuição dos seus elementos. Além de aprender o que é Visibilidade de uma rede e como são caracterizadas as redes de comunicação quanto à Visibilidade da rede. Iremos analisar algumas técnicas utilizadas na transmissão de informações em uma rede de comunicação e conhecer os problemas relacionados à transmissão de sinais, e algumas técnicas básicas de transmissão de informação. www.esab.edu.br 8 1 – Introdução A classificação de uma rede de comunicação é importante, pois poderá diferenciar os vários tipos de redes existentes, e assim melhorar o entendimento de cada rede específica. As redes de comunicação são divididas pelos seguintes critérios: Distribuição da Rede o Arranjo dos Elementos de Rede o Distribuição Geográfica Visibilidade Modelos de Redes Tecnologia de Transmissão Protocolo de Comunicação Cada critério acima possui uma subclassificação, feita para se ter uma diferenciação entre as redes mais detalhada. 2 – Distribuição Da Rede Em relação à distribuição da rede, elas são classificadas quanto à maneira como os elementos de rede estão distribuídos entre si, e quanto à distância entre estes elementos. www.esab.edu.br 9 2.1 – Arranjo Dos Elementos De Rede Quanto ao arranjo dos elementos de rede, estes geralmente são colocados de acordo com uma configuração que esteja de acordo com o funcionamento da rede. Uma rede de comunicação utilizada em um ambiente onde um computador centralize as operações e informações e tenha restrições quanto ao tempo de resposta das ações desejadas deverá ser feita de modo que este computador literalmente seja o centro da rede e conecte- se a todos os outros computadores. Figura 1: Rede Centralizada Uma rede de comunicação utilizada em uma área de longa distância entre os elementos de rede, e que não realize tráfego intenso de informação, mas tenha restrição quanto ao custo de funcionamento da rede poderá ser feita com os elementos de rede em linha. Figura 2: Rede distribuída em linha 2.2 – Distribuição Geográfica A distribuição geográfica dos elementos de rede também é um critério de classificação das redes. Uma rede onde os elementos estejam a uma pequena distância uns dos outros, como em um escritório, ou em um prédio, é diferente de uma rede de comunicação de uma operadora de telefonia que deve distribuir seus www.esab.edu.br 10 equipamentos por toda uma cidade ou até mesmo portodo um estado. Algumas operadoras de serviços de comunicação possuem uma estrutura que abrange até mesmo as regiões de vários países. A empresa Telefônica S/A possui uma grande área de operação na América do sul, abrangendo os seguintes países: - México; - Guatemala; - Nicarágua; - Panamá; - Colômbia; - Venezuela; - Equador; - Peru; - Chile; - Argentina; - Uruguai; - Brasil. Figura 3: Rede da Telefônica S/A. 3 – Visibilidade Em relação à visibilidade, as redes de comunicação podem ser públicas ou privadas. Uma rede pública permite o acesso de qualquer pessoa à rede, podendo ou não ter algum tipo de controle para o acesso, mas não fazendo nenhuma restrição quanto à distinção de clientes. Uma rede privada permite o acesso de um grupo específico de www.esab.edu.br 11 clientes. Este grupo é gerenciado pelo mantenedor da rede. Um cliente não poderá acessar uma rede privada se não fizer parte do grupo gerenciado pelo mantenedor da rede. 4 – Modelos Das Redes As redes podem ser classificadas quando ao modelo de operação, isto é, a maneira como a informação é trafegada, podendo ser: Rede Circuito; Rede de Pacote. 5 - Tecnologia De Transmissão O meio de transmissão utilizado por uma rede também é um critério de classificação de redes de comunicação. O meio de comunicação utilizado geralmente recebe uma divisão inicial: “com fio” e “sem fio”. Exemplos de meio de transmissão com fio são: Fio de cobre com um Par Trançado (telefone fixo); Cabo Ethernet; Cabo de Coaxial; Fibra Ótica. Exemplos de meio de transmissão sem fio são: Ondas de Rádio (bluetooth); Satélite; Infra-Vermelho. www.esab.edu.br 12 6 - Protocolo De Comunicação Um protocolo é um conjunto de regras que deve ser obedecido para que a comunicação entre os elementos de rede seja realizada. Alguns dos protocolos mais utilizados em infraestruturas de rede são: Ethernet; Tokken Ring; SONET; ATM; Wi-Fi Bluetooth; Em uma única rede de comunicação pode-se ter a utilização de diversos protocolos de comunicação. Figura 4: Rede de Comunicação com vários protocolos www.esab.edu.br 13 Nas próximas unidades serão estudadas com mais detalhes as características apresentadas nesta unidade, e muitas outras. Arranjo Dos Elementos De Rede Uma Topologia é o estudo da distribuição de um conjunto de elementos. As redes de comunicação possuem diversos elementos, e estes elementos estão distribuídos de acordo com um determinado arranjo. A maneira como os elementos da rede são distribuídos define a topologia da rede. Distribuição Dos Elementos De Rede Nesta classificação é considerada a maneira como os elementos que compõem a rede estão distribuídos: Rede Em Barramento Em uma Rede em Barramento os elementos da rede são conectados através de um enlace não cíclico: Figura 1: Topologia em Barramento Rede Estrela Em uma rede Estrela os elementos da rede estão conectados a um elemento central, que funciona como elemento de conexão da rede: www.esab.edu.br 14 Figura 2: Topologia em Estrela Rede Em Anel Uma rede em anel possui todos os elementos conectados através de um enlace cíclico: Figura 3: Topologia em Anel Rede Em Malha Em uma Rede em Malha cada um dos elementos da rede pode ter uma conexão a mais de outro elemento através de um enlace entre os dois: www.esab.edu.br 15 Figura 4: Topologia em Malha Rede Híbrida Uma rede híbrida é formada por mais de um tipo de rede: Figura 5: Topologia Híbrida www.esab.edu.br 16 1 – Introdução O parâmetro “Escala” aplica-se a algo que queremos medir comparando-se seu tamanho a partir de um plano geográfico. Queremos medir o alcance métrico, ou geográfico de uma determinada entidade. Neste caso, as redes de comunicação são divididas levando-se em consideração apenas a distância geográfica entre os elementos da rede. Existem três tipos de redes geográficas: LAN, MAN e WAN. A rede mundial de computadores, que atualmente tem muito mais que computadores, é uma rede especial, uma junção de várias redes, e será abordada na Unidade 3. 2 – LAN A sigla LAN significa Local Area Network, Rede de Região Local, ou simplesmente Rede Local. Nesta rede os elementos que trocam informação de fato estão fisicamente próximos uns dos outros, e a conexão entre eles é direta, ou seja, não existe um elemento intermediário para realizar a conexão entre dois pontos. www.esab.edu.br 17 Figura 1: Rede Local 3 – MAN A sigla MAN significa Metropolitan Area Network, Rede de Região Metropolitana, ou Rede Metropolitana. Neste caso, os elementos da rede estão parcialmente conectados. Alguns elementos podem até ter uma conexão direta, mas a rede como um todo necessita de uma Rede Auxiliar, também chamada de Rede de Interconexão, para conectar todos os elementos. Figura 2: Rede Metropolitana www.esab.edu.br 18 Esta rede de interconexão geralmente é fornecida por uma empresa de telecomunicação externa à organização que possui a Rede Metropolitana. Além dessas características, uma Rede Metropolitana ocupa um espaço geográfico limitado a um bairro ou mais bairros, mas sempre em um único Município. 4 – WAN A sigla WAN significa Wide Area Network, Rede de Região Ampla. Nesta rede, os elementos que compõem a rede estão distribuídos em uma área muito grande, abrangendo vários Municípios, e até Estados diferentes. Um exemplo de rede WAN é a rede de comunicação de grandes bancos, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco Itaú- Unibanco. Redes WAN geralmente fazem uso de serviços de telecomunicação de empresas especializadas, como a Embratel Telecom. ou a Oi Telecom. A Embratel era praticamente a única fornecedora de soluções WAN até o final da década de 1990. Figura 3: Rede Ampla www.esab.edu.br 19 5 – PAN Existe atualmente um novo conceito, chamado de PAN Personal Area Network, Rede de Região Pessoal. Esta rede surgiu com o desenvolvimento de equipamentos sem fio, que criam uma rede de comunicação de dados em uma área de poucos metros quadrados, limitando-se praticamente ao uso de uma única pessoa. Por ser de uso de apenas uma pessoa, ela não pode ser considerada uma “rede geográfica”. Esta rede será abordada mais a frente, quando estudarmos os tópicos referentes aos equipamentos e protocolos para redes sem fio. Visibilidade Da Rede Introdução Uma rede de comunicação também pode ser classificada quanto à visibilidade da própria rede em relação a outras redes. A Visibilidade é uma característica que representa o quanto podemos ver de “algo”. Em se tratando de redes de comunicação, refere-se ao que podemos ver da rede. Existem redes que são visíveis apenas a um grupo de pessoas, e outras redes que são visíveis a todas as pessoas. Intranet Uma Intranet é uma rede formada exclusivamente para uma determinada empresa ou organização, sendo que esta organização detém o controle total sobre todos os componentes da rede, e, além disso, a Intranet é fechada para acessos externos. Uma rede fechada para acessos externos não www.esab.edu.br 20 permite a inclusão de novos elementos à rede, sem que a rede (os administradores da rede) autorize. Até a década de 1980 muitos bancos possuíam uma Intranet para a comunicação, totalmente própria, entre as diversas agências de atendimento. Não só os bancos, mas algumas empresas e órgãos do governo possuíam sua própria rede de telecomunicação para troca de dados. Com a popularização da Internet, que será vista mais adiante, as Intranet’s passaram a utilizar as mesmas tecnologias disponíveis para a Internet, diminuindo os custos de operação da rede interna de uma organização. Na Figura 1 vemos um complexo industrial da Petrobras. Este complexo possui uma Intranet dedicada ao gerenciamento dos seus processos internos e de funcionários: Figura 1: Complexo industrial da Petrobras As Intranet’s continuam sendo um componente vital nas grandes empresas, e em muitas pequenas e médias empresas. Atualmente as Intranet’s sãoutilizadas para troca de informação, gerenciamento de processos, controle de funcionários, e uma série de serviços controlados internamente por uma empresa ou instituição. Atualmente o conceito de Intranet é definido para uma rede de www.esab.edu.br 21 comunicação fechada, onde não é permitido que pessoas de fora da empresa ou da instituição possam utilizar a rede, e, além disso, a Intranet é localizada em um único lugar, em um escritório, prédio ou complexo industrial. Se a rede de comunicação de uma empresa ou instituição se estender por vários pontos geográficos, então se tem a Extranet. Extranet Uma empresa ou organização que possua uma rede de comunicação distribuída em vários pontos geográficos, e que para conectar estes pontos faz uso de uma rede auxiliar (contratada de uma operadora de telecomunicação), possui uma Extranet. Um detalhe importante: a rede auxiliar contratada para a Extranet irá atender apenas a comunicação interna da organização. Uma Extranet é então a interconexão de Intranet’s espalhadas por uma região geográfica. As antigas redes bancárias, proprietárias, que se estendiam por diversos municípios, são atualmente consideradas Extranet’s. Na Figura 2 podemos ver um exemplo de uma Extranet, no caso, da empresa Vale do Rio Doce, que conecta as cidades de Vitória, Rio de Janeiro e Itabira: Figura 2: Extranet da empresa Vale do Rio Doce Além disso, o conceito de Extranet se aplica a uma organização que permita que sua rede de comunicação receba a adição, www.esab.edu.br 22 mesmo que temporária, de novos elementos de rede, como: computadores, pontos de comunicação, entre outros, obedecendo a regras estabelecidas na rede (pelos administradores da rede), não havendo a necessidade de uma autorização, desde que as regras sejam cumpridas. A regra básica para o acesso a uma Extranet na maioria das organizações é a inclusão de um elemento de rede feita por um usuário da rede autorizado. Atualmente um recurso utilizado em diversas organizações é a criação de uma Extranet Virtual, ou VPN (Virtual Private Network). Uma Extranet Virtual é uma rede extranet distribuída pela Internet. Neste caso, não existe uma rede de comunicação contratada com exclusividade para a Extranet, são programas de computador que são utilizados para restringir o acesso à Extranet Virtual, e não a deixe “pública”, mesmo estando em uma rede pública. Internet Várias organizações, durante as décadas de 1970 e 1980, foram transformando suas Intranets em Extranets. Além disso, foram diminuindo a quantidade de regras que eram necessárias para que um novo elemento fosse autorizado a entrar na rede. Universidades, Bibliotecas e Empresas permitiam que várias pessoas tivessem acesso à suas redes, e às informações e recursos disponíveis. Essas redes foram inicialmente chamadas de Redes Públicas. Em meados da década de 1980 começaram a surgir empresas de comunicação dedicadas a fornecer acesso às Redes Públicas. Esse acesso era gratuito ou pago, dependendo de quem fornecia www.esab.edu.br 23 o acesso. As primeiras empresas a oferecerem esse tipo de serviço foram chamadas de Provedoras de Acesso. Com o tempo algumas empresas foram adicionando mais serviços às Redes Públicas: Correio Eletrônico, Notícias, Arquivos, Jogos, Serviços Bancários, dentre outros. Mas em 1990 começou a surgir uma categoria de serviços que permitia a leitura de informação de maneira “encadeada”, isto é, à medida que você ia lendo um tópico de seu interesse, dentro do texto havia marcações para outros tópicos de possível interesse. Esse tipo de texto é chamado de hipertexto, e a partir de um único texto inicial poderia chegar a qualquer outro tipo de conteúdo, disponibilizado em qualquer computador em qualquer rede pública. Desta maneira, todas as redes públicas espalhadas pelo mundo passaram a ficar virtualmente conectadas, bastando que as pessoas fossem encontrando tópicos de interesse. Figura 3: Redes Públicas em todo mundo interconectadas www.esab.edu.br 24 Todos os diagramas que mostravam o funcionamento deste novo serviço, e as possibilidades que ele permitia, eram comparados a uma “teia de conexão”, e isso motivou que o novo serviço ofe- recido recebesse o nome de “Teia de Alcance Global” ou “World Wide Web”. www.esab.edu.br 25 1 – Introdução O objetivo de toda rede de comunicação é permitir que dois elementos quaisquer da rede consigam trocar informações. Para realizar essa troca de informações, esses dois pontos necessitam de uma conexão entre eles. Para realizar essa conexão entre dois elementos, a infraestrutura de comunicação poderá realizar duas tarefas: Encontrar um caminho de comunicação entre os dois elementos, e manter este caminho durante todo o tempo de comunicação; Encontrar um caminho de comunicação entre dois elementos apenas quando um dos dois enviar uma informação para o outro. Se uma rede trabalha de acordo com o primeiro caso, ela é chamada de Rede de Circuito. Caso a rede trabalhe do modo apresentado no segundo caso, a rede será uma Rede de Pacotes. 2 – Rede De Circuito Em uma Rede de Circuito, a comunicação entre dois elementos de rede será realizada em uma conexão dedicada, isto é, uma conexão que foi criada para a realização da comunicação entre os dois elementos de rede e que será mantida durante todo o tempo www.esab.edu.br 26 de troca de informações com todos os seus recursos reservados para o atendimento daquela comunicação. Apenas quando a comunicação entre os dois elementos terminar, os recursos utilizados serão liberados para outra comunicação. Por exemplo, se dois elementos de rede precisam realizar alguma troca de informações, a primeira tarefa a ser realizada é encontrar um caminho de comunicação entre estes dois elementos. Figura 1: Solicitação de Caminho Quando um caminho entre os dois elementos é encontrado, os recursos disponíveis neste caminho ficarão reservados durante todo o período de comunicação. Figura 2: Caminho reservado Quando o elemento verde enviar alguma informação para o elemento azul, esta infor,mação obrigatoriamente passará pelo caminho reservado para a comunicação. Figura 3: Envio de Informação www.esab.edu.br 27 O mesmo acontece quando o elemento azul envia uma informação para o elemento verde. Caso acontece alguma falha no caminho, que interrompa a sua utilização, a comunicação entre os dois elementos será automaticamente cancelada. Figura 4: Envio de Informação Um exemplo de rede de circuito é a Rede Telefônica Residencial. 3 – Rede De Pacote Em uma Rede de Pacote, a comunicação entre dois elementos de rede será realizada em uma conexão temporária, isto é, uma conexão que foi criada para a realização da troca momentânea de informação os dois elementos de rede e que será mantida apenas durante a troca desta informação. A informação completa será dividida em várias partes menores, e será juntada quando chegar ao destino. Cada parte menor da informação é chamada de Pacote de Informação. São os pacotes que serão juntados, de maneira ordenada, no destino, para se ter a informação completa novamente. Quando a informação tiver chegado ao destino, os recursos reservados no caminho utilizado serão liberados para outra comunicação. www.esab.edu.br 28 Quando o elemento verde enviar alguma informação para o elemento azul, esta informação será dividida em vários pacotes, e cada pacote utilizará um caminho, não sendo nece- ssariamente o mesmo caminho utilizado por algum pacote. Figura 5: Solicitação de Caminho Quando um caminho entre os dois elementos é encontrado, os recursos disponíveis neste caminho ficarão reservados temporariamente, apenas para que seja enviado um pacote de informação Figura 6: Caminho reservado O primeiro pacote será enviado, e percorrerá o caminho reservado. Ao receber a informação, o elemento azul envia um sinal de confirmação, avisando o elemento verde que pode enviar outro pacote,e liberando os recursos utilizados Figura 7: Envio de Pacote na rede. www.esab.edu.br 29 Como os recursos disponíveis no caminho estão liberados, eles podem ser utilizados paraoutras comunicações de outros elementos da rede. Figura 8: Caminho liberado Quando o elemento verde enviar outro pacote para o elemento azul, um novo caminho deverá ser reservado para o envio deste pacote. Figura 9: Envio de Pacote por novo caminho O segundo pacote irá percorrer o novo caminho reservado, e após o envio, o caminho utilizado será liberado. Figura 10: Solicitação de Caminho Essas operações de “Reserva de Caminho” e “Envio de Pacote” continuarão até que todos os pacotes sejam enviados. Caso haja alguma interrupção em um caminho, outro caminho será escolhido. Figura 11: Caminho reservado www.esab.edu.br 30 Como a rede neste caso é dinâmica, isto é, altera o caminho utilizado para a comunicação a cada instante, a utilização dos recursos disponíveis é melhor aproveitada. Um exemplo de Rede de Pacote é a Rede Ethernet. Tecnologias De Transmissão Uma rede de comunicação pode utilizar diversas tecnologias para realizar a transmissão da informação entre os elementos da rede. Nesta unidade veremos como são realizadas as transmissões em algumas das tecnologias disponíveis. O principal método de transmissão de informação atualmente é através de ondas eletromagnéticas. Apesar de todas as ondas em sua natureza básica serem consideradas Ondas Eletromagnéticas, nesta unidade será feita uma distinção entre: Emissão de ondas eletromagnéticas “clássicas”: rádio, TV, telefone, e outras; Emissão de ondas fotônicas: infra-vermelho e LASER; Ondas Eletromagnéticas As ondas eletromagnéticas que veremos nesta seção são as ondas “clássicas”, utilizadas para transmissões de rádio FM e AM, televisão, telefonia, redes de computadores, e outras. Alguns cuidados devem ser tomados nestas transmissões eletromagnéticas, pois elas são facilmente modificadas por fatores externos, causando degradação do sinal. Entre os fatores que degradam o sinal transmitido estão: Ruído, Atenuação e Atraso, que serão vistos na próxima unidade. www.esab.edu.br 31 Sinal Analógico Um Sinal é dito analógico quando em sua leitura toda a onda eletromagnética deve ser analisada para se recuperar a informação. Um exemplo clássico são as transmissões de televisão. O sinal que é recebido pelos aparelhos de TV será lido por completo para ter-se a informação necessária a ser exibida. As redes de telefonia também utilizam este tipo de transmissão, mas algumas redes começam a adotar o sistema digital. Sinal Digital Um Sinal é dito digital quando a sua leitura é realizada em momentos discretizados, isto é, em espaço de tempo extremamente curto. Informações trafegadas em uma rede de computadores geralmente são digitais, pois a leitura é realizada de maneira discretizada. Na Unidade 07 estudaremos com mais detalhes as diferenças entre os sinais analógicos e digitais. Cabo Quando se utilizam cabos metálicos para a transmissão de ondas eletromagnéticas, geralmente utilizam-se cabos de cobre, mas outros tipos de metais podem ser utilizados também. Os cabos metálicos são chamados de “Guias de Ondas”, pois conduzem a onda eletromagnética de um ponto a outro. A onda conduzida no interior do cabo pode sofrer interferências externas, e para diminuir essas interferências, duas técnicas são utilizadas: Proteção e Entrelaçamento. A Proteção do cabo tem como objetivo proteger o sinal eletromagnético que está sendo guiado das interferências externas que podem existir no caminho, como Transformadores www.esab.edu.br 32 de Eletricidade, Tempestades, Ondas Eletromagnéticas Atmosféricas Naturais, dentre várias outras, como pode ser visto nas figuras 1 e 2: Figura 1: Sinal transmitido em cabo sem proteção sofrendo interferência Figura 2: Sinal transmitido em cabo com proteção A utilização de cabos com proteção dependerá das condições do ambiente onde serão instalados os cabos, e não da velocidade de operação ou largura de banda interna do próprio cabo. www.esab.edu.br 33 Inicialmente utilizava-se um cabo simples para a transmissão de informação, onde ele era conectado em uma ponta no transmissor, e a outra ponta era conectada ao receptor. Esta técnica foi utilizada por muitas décadas, desde a invenção do telégrafo, que foi o primeiro método eficiente de transmissão de informação para locais distantes. Descobriu-se que a utilização de cabos duplos entrelaçados aumentava a eficiência na transmissão da informação, em relação aos cabos comuns, pois se conseguia diminuir as interferências externas (inclusive dos próprios cabos), e também diminuía-se as perdas de atenuação. Estes cabos são chamados de “Cabos de Par Trançado”. Figura 3: Cabo de Par Trançado Como as redes de comunicação começaram a ocupar espaços em empresas, prédios e escritórios na década de 1950, esta foi uma escolha natural para a utilização em ambientes pequenos ou fechados. Nestes locais, as interferências externas eram muito pequenas, e as falhas por atraso ou atenuação eram insignificantes. Para a utilização em longas distâncias, utilizava-se um conjunto maior de cabos de par trançado, e também uma proteção externa, como pode ser visto na figura 4: Figura 4: Cabos para longa distância Na figura 4 estão presentes 3 cabos duplos, mas em redes de comunicação podem existir dezenas de cabos duplos em conexões de longa distância. Para evitar interferências mútuas entre os cabos, os pares recebem um entrelaçamento diferenciado. www.esab.edu.br 34 Rádio As ondas de rádio são semelhantes às ondas eletromagnéticas, exceto pela maneira como são guiadas do transmissor ao receptor. Neste caso o “Guia de Onda” é o ar, e as ondas eletromagnéticas são enviadas para todas as direções a partir do transmissor. As rádios AM e FM utilizam este tipo de transmissão, e do mesmo modo que as emissoras de TV Aberta. A utilização deste tipo de transmissão em redes de comunicação é feita quando se deseja dar maior flexibilidade aos usuários da rede no aspecto da locomoção. Também pode-se utilizar esta rede quando se deseja alcançar uma área geograficamente grande, onde a instalação de cabos seria muito custosa. Um problema nestas redes é que a interferência é um fator altamente impactante na rede, pois como as ondas transmitidas trafegam sem proteção, qualquer fator externo pode ser um causador de interferência e degradador de qualidade dos sinais transmitidos. Veremos com mais detalhes as transmissões via rádio na Unidade 22. Ondas Fotônicas As ondas fotônicas também são ondas eletromagnéticas, mas estão separadas das ondas “clássicas”, pois o índice de interferências de ondas fotônicas é bem menor. Estas ondas são dificilmente degradadas por fatores externos, inclusive por fatores de mesmo tipo. Infra-Vermelho As ondas infravermelhas são utilizadas em diversos tipos de equipamentos, desde controle-remotos a computadores. Não são utilizadas em redes de comunicação complexas, a maioria das utilizações é feita para comunicação entre dois aparelhos apenas. www.esab.edu.br 35 Figura 5: Troca de Informação por Infravermelho A velocidade de operação das comunicações é baixa, da ordem de 100 KBit/s, e atualmente são pouco utilizadas para a troca de informação entre computadores. Laser O raio laser atualmente é o maior alvo de investimentos na área de telecomunicações. Seu uso tem-se mostrado extremamente benéfico em redes de longa e média distância, diminuindo-se custos e aumentando a capacidade da rede. As operações de comunicação com raio laser iniciaram comercialmente na década de 1970, com o desenvolvimento dos primeiros equipamentos de transmissão e recepção de laser. As vantagens de utilização do raio laser são inúmeras: Maior velocidade de operação; Maior largura de banda de transmissão; Menor degradação por interferências. www.esab.edu.br36 As redes de comunicação por laser utilizam fibras óticas para a transmissão do sinal, mas já existem projetos de pesquisa para a utilização de raios laser sem a utilização de fibras óticas. A ideia é disparar o laser para um satélite, e assim aumentar ainda mais o alcance das comunicações. Maiores detalhes sobre a utilização de laser e fibra ótica serão vistos nas Unidades 10 e 15. Satélite A comunicação por satélite iniciou praticamente com o lançamento do primeiro satélite, o Sputinik em 1956. Neste evento, o satélite transmitiu por algumas horas um sinal que qualquer pessoa na Terra poderia captar. Na mesma década os Russos iniciaram a construção de uma rede de satélites para comunicação, com o objetivo de permitir que todos os cidadãos (principalmente militares) na Rússia pudessem realizar uma comunicação de qualquer ponto. Atualmente as redes de comunicação são altamente beneficiadas pelas redes de satélites, pois com os satélites é possível interligar localizações extremamente distantes entre si. Mas para a utilização de satélites de comunicação, duas tecnologias devem estar desenvolvidas: a construção de satélites e o lançamento de foguetes. O Brasil desenvolve ambos os projetos, principalmente no Instituto de Tecnologia da Aeronáutica, sendo o programa VLS, Veículo Lançador de Satélites o mais adiantado, justamente para sair da dependência de outros países, e poder construir sua própria rede de comunicação via satélite. www.esab.edu.br 37 1 – Introdução Como foi visto na Unidade 06, as ondas eletromagnéticas podem ser separadas em dois tipos de sinais: Sinal Analógico; Sinal Digital. Nesta Unidade, veremos alguns efeitos que acontecem durante as transmissões, e algumas técnicas de transmissão. 2 – Problemas Na Transmissão De Ondas Eletromagnéticas Durante a transmissão de ondas eletromagnéticas, uma onda senoidal é gerada, e esta onda representa uma determinada informação. A maneira como a onda é gerada sempre será analógica, ou seja, a onda completa será gerada, como pode ser visto na Figura 1. Mas a maneira como a onda será lida se diferencia em: Analógica ou Digital. Figura 1: Informação transmitida em uma Onda Eletromagnética www.esab.edu.br 38 Antes de caracterizarmos as ondas analógicas e digitais, veremos que existem três problemas que podem acontecer, isoladamente ou em conjunto: Ruído, Atenuação e Atraso, durante as transmissões eletromagnéticas. 2.1 - Ruído O Ruído é um tipo de degradação que altera a forma senóide da onda, tornando-a uma onda não uniforme, como pode ser visto na figura 2. As causas do surgimento de ruído durante a transmissão são várias, desde chuvas até linhas cruzadas. Figura 2: Sinal recebido com ruído 2.2 – Atenuação A Atenuação é um tipo de degradação que surge basicamente pela perda de potência no sinal transmitido, como pode ser visto na figura 3. A principal causa da perda de potência em um sinal é a distância existente entre o elemento transmissor e o elemento receptor. www.esab.edu.br 39 Figura 3: Sinal recebido com Atenuação 2.3 - Atraso O Atraso é um tipo de degradação que surge por duas razões: distância entre o transmissor e o receptor, e por questões de processamento de dados na rede de transmissão. O primeiro caso é chamado de “delay”, e o segundo caso é chamado de “jitter”. Figura 4: Sinal recebido com Atraso No pior caso, um sinal transmitido poderá chegar ao destino final com Ruído, Atenuação e Atraso, e isso geralmente acontece. Por isso que, em alguns momentos, nas transmissões de TV Aberta a imagem fica distorcida e o som apresenta “chiados”. www.esab.edu.br 40 (a) Transmissão (b) Recepção Figura 5: Sinal Transmitido e Recebido com várias interferências 3 - Sinal Analógico Um Sinal é dito analógico quando em sua leitura toda a onda eletromagnética deve ser analisada para se recuperar a informação. Um exemplo clássico são as transmissões de televisão. O sinal que é recebido pelos aparelhos de TV será lido por completo para ter-se a informação necessária a ser exibida. As redes de telefonia também utilizam este tipo de transmissão, mas algumas redes começam a adotar o sistema Digital. (a) Transmissão (b) Leitura Figura 6: Transmissão e Leitura Analógica do Sinal Um exemplo típico de transmissão analógica é a transmissão televisiva. Neste caso, as informações referentes à imagem e ao áudio são lidas diretamente na onda eletromagnética transmitida. www.esab.edu.br 41 Nas transmissões de televisão, quando acontecem os problemas de ruído, atenuação e atraso, nitidamente percebemos isso, como pode ser visto na figura 7: (a) (b) Figura 7: Televisão com recepção normal (a) e com problemas (b) Nas transmissões analógicas, as diferenças entre as informações transmitidas são representadas na onda de diversas maneiras, as principais são: através da amplitude da onda, da frequência ou da fase em que a onda se encontra. Essa diferenciação é chamada de Modulação da Onda. 3.1 – Modulação Por Amplitude A modulação em amplitude irá atuar na amplitude da onda, variando sua altura para diferenciar as informações que necessitam ser transmitidas. Se houver uma quantidade reduzida de informação para ser transmitida, haverá poucas amplitudes. Se houver uma quantidade muito grande de informação a ser transmitida, as amplitudes serão bastante variadas. www.esab.edu.br 42 Figura 8: Modulação em Amplitude para transmissão telefônica As transmissões de rádio AM utilizam este tipo de modulação para o tratamento das ondas sonoras transmitidas pelas frequências eletromagnéticas. 3.2 – Modulação Por Frequência Na modulação em frequência, o sinal receberá uma variação em sua frequência de ocorrência, para se distinguir as diferentes informações contidas nele. Figura 9: Modulação em Frequência As transmissões de rádio FM e TV Aberta atualmente utilizam este tipo de modulação para o tratamento das ondas sonoras e imagens. www.esab.edu.br 43 3.3 – Modulação Por Fase Na modulação por fase, a fase da onda será alterada a cada instante que se queira alterar uma informação. Figura 10: Modulação por Fase 4 - Sinal Digital Um Sinal é dito digital quando a sua leitura é realizada em momentos discretizados, isto é, em espaço de tempo extremamente curto. Informações trafegadas em uma rede de computadores geralmente são digitais, pois a leitura é realizada de maneira discretizada. (a) (b) Figura 8: Transmissão e Leitura Digital do Sinal As transmissões de dados geralmente utilizam Sinais Digitais, pois os problemas de ruído, atenuação e atraso, são facilmente contornados. Pois não é mais a onda inteira que será analisada, apenas alguns pontos discretos da onda. Existem várias técnicas para o tratamento digital das ondas eletromagnéticas, estas técnicas são semelhantes às técnicas utilizadas na transmissão analógica, a diferença principal é que ao invés de se chamar modulação, aqui as técnicas são chamadas de Chaveamento. www.esab.edu.br 44 Os Sinais Digitais serão tratados com maiores detalhes na próxima Unidade. Sinal Digital Na Unidade anterior foram demonstrados os problemas e técnicas da transmissão de sinais analógicos. Os efeitos de interferência também podem acontecer na transmissão de sinais digitais, mas as consequências são bastante reduzidas, e na maioria dos casos o sinal original pode ser recuperado completamente. Toda transmissão é analógica, e os Sinais Digitais são formados em ondas analógicas, mas a sua construção e posterior leitura obedecem três regras: Amostragem: Discretização do sinal analógico original no tempo; Quantização: Discretização da amplitude do sinal amostrado; Codificação: Atribuição de códigos (geralmente binários) às amplitudes do sinal quantizado. Transmissão De Sinais Digitais A transmissão do Sinal Digital começará com o recebimento do sinal analógico. Será o Sinal Analógico que passará pelas etapas de Amostragem, Quantização e Codificação.www.esab.edu.br 45 Figura 1: Sinal Analógico Original Amostragem A fase de amostragem consiste em um processo onde são retiradas amostras do sinal original que serão utilizadas para a reconstituição deste sinal original no lado do receptor. Nyquist, através do Teorema da Amostragem, demonstrou que um sinal pode ser perfeitamente reconstituído, se deste forem extraídas amostras com no mínimo o dobro da frequência deste sinal. Para aplicações em telefonia (4.000 Hz), a frequência de amostragem adotada internacionalmente é de 8.000 amostras por segundo. Isto significa que o Sinal de Voz transmitido será lida 8.000 vezes por segundo ao ser recebido, quando transmitido Digitalmente (Se a leitura fosse analógica, então a quantidade de leituras seria “infinita”, pois toda a onda seria lida). www.esab.edu.br 46 Figura 2: Amostragem do Sinal, em 6 amostras por segundo Quantização Agora que temos o sinal analógico Amostrado, em forma de amostras ou pulsos PAM, ainda analógicos, precisamos quantizar estes valores possíveis em um conjunto de valores que possam ser representados por uma quantidade finita de bits, para obter um sinal digital. Esta conversão é feita por um circuito chamado Conversor Analógico-Digital A/D. Na Amostragem é definida a quantidade de leituras do sinal, na Quantização é definida a maneira como o sinal será interpretado, por exemplo, na Modulação por Amplitude, esta etapa define as amplitudes que serão consideradas. www.esab.edu.br 47 Figura 3: Quantização com 16 níveis de diferenciação de amplitude Codificação Os valores quantizados anteriormente precisam ser codificados em sequências de bits, pois um sinal digital binário só pode ter dois valores diferentes, “0” ou “1”. Podemos ter 2n níveis de valores quantizados. Por exemplo, se for definido que na Modulação por Amplitude, serão diferenciados 256 níveis de leitura da amplitude do sinal, então será necessário um código de 8 bits, que permita que sejam quantizados até 256 níveis distintos. Figura 4: Codificação dos níveis da Quantização www.esab.edu.br 48 Resultado Final Fazendo-se uma conta simples, em uma transmissão digital de voz, utilizando Modulação por Amplitude, teríamos: Amostragem: 8.000 vezes por segundo; Quantização: 256 níveis de amplitude; Codificação: 8 bits; Resultado: 64.000 bits por segundo = 64 KBit/s. Este procedimento é chamado PCM, Pulse Code Modulation. O PCM é a técnica mais utilizada dentro de um processo de digitalização de áudio, pois produz uma aproximação razoável da voz humana. Porém, para se reproduzir adequadamente sons mais complexos, como músicas, por exemplo, devem-se utilizar técnicas mais sofisticadas. Após a codificação do sinal analógico será gerada uma onda “quadrada”, que representará a informação original. Esta onda pode ser representada de diversas formas: NRZ, NRZ Bipolar, RZ, Manchester, AMI e várias outras. NRZ: Quando o bit é 0 o valor da Amplitude é zero, quando o bit é 1 o valor da Amplitude é positivo; www.esab.edu.br 49 NRZ Bipolar: Quando o bit é 0 a Amplitude é negativa, quando o bit é 1 a Amplitude é positiva; RZ: Quando o bit é 0 a Amplitude é zero, quando o bit é 1 a amplitude é positiva em metade da frequência, depois retorna à zero; Manchester: Altera a Fase da Onda quando o bit é alterado; AMI: Altera a Amplitude da Onda quando encontra o bit 1, e mantém a Amplitude em zero para o bit 0; www.esab.edu.br 50 A figura abaixo demonstra as diferenças nas transmissões: Se uma transmissão digital utiliza Codificação Manchester, isto significa que o sinal é: Amostrado, Quantizado, Codificado e enviado em uma Onda Quadrada do tipo Manchester. www.esab.edu.br 51 www.esab.edu.br 52 1 – Introdução Nesta unidade serão abordadas algumas características de alguns tipos de cabos de comunicação. Não serão abordadas todas as características, pois algumas delas estão relacionadas a fenômenos físicos. A comunicação em rede pode ser feita tanto por cabo, quanto sem cabo. As comunicações que utilizam cabo podem utilizar uma grande variedade de opções de cabos, e veremos agora os principais cabos de cobre utilizados em redes de comunicações. 2 – Cabo Coaxial Os cabos coaxiais foram utilizados nas comunicações de diversas operadoras de redes de comunicação, e algumas continuam a utilizá-lo atualmente, principalmente as operadoras de TV à Cabo. O nome “coaxial” refere-se ao fato de o cabo ser feito de vários revestimentos, todos compartilhando o mesmo eixo central, ou seja, co-eixo, que é o significado da palavra coaxial. Um exemplo de cabo coaxial pode ser visto na figura 1: Figura 1: Cabo Coaxial www.esab.edu.br 53 As camadas deste cabo possuem cada uma, uma utilização diferente: Condutor Interno: utilizado para transmitir as informações pelo cabo coaxial; Isolante: separador entre o condutor interno e o condutor externo; Condutor Externo: utilizado como escudo de proteção para o condutor interno; Proteção: feita de plástico ou borracha, protege o interior do cabo coaxial. O condutor externo não é utilizado para transmitir informações, a sua função é conduzir os sinais eletromagnéticos externos, não deixando que os mesmos afetem o sinal eletromagnético que está sendo transmitido pelo condutor interno. Os cabos coaxiais foram grandemente utilizados em comunicações de longa distância, mas atualmente estão sendo substituídos pelos cabos de fibra ótica, que possuem uma velocidade de comunicação extremamente mais elevada. Um cabo coaxial opera em velocidades da ordem de 10 MBit/s, com largura de banda de no máximo 20 MHz. As fibras óticas, que serão discutidas na próxima unidade, operam com velocidades milhares de vezes superiores. 3 – Tipos De Cabos Os cabos descritos nesta seção são todos formados por dois fios de cobre, entrelaçados. O entrelaçamento é utilizado, pois se verificou que com ele é possível melhorar a qualidade do sinal transmitido pelo cabo. Como foi visto na Unidade 6, alguns cabos possuem ainda uma proteção metálica, esta proteção é utilizada como um escudo, da mesma maneira que no cabo coaxial, ou seja, para proteger o sinal dentro do fio de cobre interno de interferências externas. www.esab.edu.br 54 Figura 2: Conjunto com vários cabos entrelaçados Os cabos entrelaçados são classificados em Categorias, de 1 a 7. 3.1 – Categoria 1 Os cabos Categoria 1 são os mais simples e estão entre os primeiros a serem utilizados em redes de telecomunicação padronizadas, ou seja, com um conjunto específico de regras que definiam a rede de comunicação e a maneira como as informações trafegariam na rede. Estes cabos são os cabos de telefone comum, formados por um par de fios de cobre, sem proteção, e que operam com largura de banda de 8 Khz. Os cabos de Categoria 1 começaram a ser utilizados na década de 1950 para a comunicação entre computadores, e em alguns locais são utilizados até hoje para comunicação de computadores (protocolo ISDN). Este cabo não é mais padronizado pelos órgãos ANSI, TIA, EIA e ABNT. O fato de não ser padronizados por esses órgãos significa que seu uso não é mais indicado, não necessariamente proibido. 3.2 – Categoria 2 Os cabos Categoria 2 surgiram na década de 1970, e permitiam a comunicação à velocidade de operação de até 4 MBit/s. Estes cabos foram utilizados em várias arquiteturas de rede que surgiram na mesma década, sendo a arquitetura Token Ring a mais conhecida, utilizando 2 pares de fios Categoria 2, ou seja, 4 fios de cobre. www.esab.edu.br 55 Este cabo não é mais padronizado pelos órgãos ANSI, TIA, EIA e ABNT. 3.3 – Categoria 3 Os cabos Categoria 3 também surgiram no final da década de 1970, e foram escolhidos para a versão 10BaseT da arquitetura Ethernet. Quando a arquitetura Ethernet se tornou um padrão de fato, este tipo de cabo também se tornou padrão. Esses cabos operam com uma largura de banda de até 16 MHz, e operam com velocidade de até 10 MBit/s. Atualmente os cabos de telefoniacomum utilizam 1 par de cabos Categoria 3, e algumas redes de computadores mais antigas também utilizam esse tipo de cabeamento. Os cabos de rede Ethernet Categoria 3 utilizam 4 pares de cabos, totalizando 8 fios. Este cabo ainda é padronizado pelos órgãos ANSI, TIA, EIA e ABNT. 3.4 – Categoria 4 Os cabos Categoria 4 surgiram no final da década de 1980, e são cabos que operam com uma largura de banda de 20 MHz e velocidade de operação de 16 MBit/s. Estes cabos foram utilizados na segunda versão das redes Token Ring, e em algumas implementações das redes Ethernet 10BaseT. Este tipo de cabo praticamente não foi utilizado, pois pouco tempo depois de seu lançamento comercial foram lançados os cabos Categoria 5. Este cabo não é mais padronizado pelos órgãos ANSI, TIA, EIA e ABNT. 3.5 – Categoria 5 Os cabos Categoria 5 surgiram no início da década de 1990, e foram amplamente utilizados nas redes Ethernet 100BaseT e www.esab.edu.br 56 redes ATM. Estes cabos tornaram-se padrão na indústria de comunicação, sendo utilizados até hoje. A primeira versão dos cabos Categoria 5 operavam com largura de banda de 100 MHz, e poderia ser utilizado para comunicações de dados e também de voz. Outras versões foram lançadas para utilizarem larguras de banda diferentes, mas não foram padronizadas pelos órgãos ANSI, TIA, EIA ou ABNT. Um tipo de cabo Categoria 5 padronizado em 2001, que permitia seu uso em redes 1000BaseT em distâncias de até 100 metros, foi padronizado pelos órgãos ANSI, TIA, EIA e ABNT, e recebeu a nomenclatura Categoria 5e, e o cabo Categoria 5 inicial não é mais padronizado. 3.6 – Categoria 6 A versão seguinte à Categoria 5 é a Categoria 6, que pode ser utilizada para substituir os cabos Categoria 3/5/5e. Os cabos Categoria 6 possuem capacidade para operarem com largura de banda máxima de 250 MHz, podendo ser utilizados tanto em redes 100BaseT quanto em redes 1000BaseT, mas operando em uma distância máxima de 100 metros. Quanto utilizados em redes Ethernet, são utilizados 4 pares de cabos Categoria 6, formando os 8 pares necessários para um cabo Ethernet. Um novo tipo de cabo Categoria 6 foi desenvolvido em 2008, recebendo a nomenclatura Categoria 6a. Este novo cabo pode operar com largura de banda máxima de 500 Mhz e com velocidade de operação de 10 Gbit/s, tornando-o apto a ser utilizado em redes 10GBaseT em distâncias inferiores a 100 metros. www.esab.edu.br 57 Figura 3: Cabo 1000BaseT Categoria 6 com escudo de proteção individual Tanto a versão de 250 MHz quanto a versão de 500 MHz são padronizadas pelos órgãos ANSI, TIA, EIA e ABNT. 3.7 – Categoria 7 O cabo que está em desenvolvimento atualmente é chamado de Categoria 7. Este cabo terá uma largura de banda mínima de 600 MHz, e deverá alcançar a velocidade de operação de 100 GBit/s em uma distância de 100 metros. O desenvolvimento atual atingiu as metas de largura de banda e taxa de dados, mas ainda não alcançou a meta da distância de 100 metros. O lançamento comercial deste tipo de cabo está previsto para 2013. 3.8 – Diferenciação Entre Os Tipos Categoria 1 À 7 A diferenciação entre os tipos de cabo deste capítulo é muito simples, por exemplo, para conseguir diferenciar um cabo Categoria 5 de um cabo Categoria 6, basta olhar a descrição do tipo de cabo no próprio cabo, como pode ser visto na figura 4: www.esab.edu.br 58 Figura 4: Cabos Categoria 5 e Categoria 6 Fibra Ótica Fibras Ópticas são fabricadas com fios de vidro puro, com o diâmetro aproximado de um fio de cabelo humano. A transmissão da informação dentro da fibra é feita utilizando-se raios LASER. Uma única fibra é suficiente para substituir um conjunto de dezenas de milhares de cabos coaxiais. Figura 1: Fibra Ótica e Cabos de Cobre www.esab.edu.br 59 Os cabos de fibra ótica são feitos basicamente em 3 partes: Figura 2: Partes de um cabo de fibra ótica Núcleo: tubo de vibra de vidro; Refletor: material externo que envolve o núcleo e reflete o LASER, mantendo-o dentro do núcleo; Protetor: revestimento plástico que protege a fibra de danos externos. Transmissão Da Informação A informação trafega na fibra ótica utilizando-se raios LASER, que também são ondas eletromagnéticas, mas possuem algumas características que as diferenciam das ondas de radiofrequência. Os transmissores disparam o LASER de acordo com a informação que será enviada, e o LASER trafegará dentro do Núcleo do cabo, sendo mantido preso pela camada do Refletor. www.esab.edu.br 60 Existem basicamente 3 tipos (comprimentos de onda) de LASER que são utilizados, e que são identificados como “Janelas de Transmissão”: 1ª Janela: 850 nanômetros; 2ª Janela: 1300 nanômetros; 3ª Janela: 1550 nanômetros. Os LASER’s que são fabricados para operar na primeira janela de transmissão irão utilizar um comprimento de onda com um valor próximo de 850 nM. Por exemplo: um transmissor pode operar com LASER de 847 nM. As fibras óticas são utilizadas em redes com sinais digitais, pois como é utilizado o LASER, este “piscará” de acordo com os sinais digitais. Figura 4: Transmissão de bits utilizando LASER A grande vantagem de utilização da fibra ótica, é que o LASER percorrerá o caminho interno da fibra, o Núcleo, sem sofrer alteração em seu caminho, e com mínimas interferências externas relacionadas a Ruído e Atraso. Existem dois tipos de fibra, as fibras mono-modo e as fibras multi- modo. As características destas fibras são as seguintes: Mono-Modo: fibra com núcleo fino, isto é, diâmetro do núcleo reduzido, cerca de 8 micrômetros. Multi-Modo: fibra com núcleo grosso, isto é, diâmetro do núcleo maior, cerca de 60 micrômetros. www.esab.edu.br 61 As primeiras fibras eram Multi-Modo, pois eram as únicas que podiam ser fabricadas. O problema com essas fibras era a interferência interna causada pela propagação da luz dentro da fibra. Como o diâmetro da fibra é “grande” a luz refletia de maneira desorganizada dentro da fibra, demonstrado na figura 5, e isso causava interferência no sinal transmitido. Figura 5: Fibra Multi-Modo Com o desenvolvimento de tecnologias que permitiam criar fibras com diâmetro do núcleo menor, conseguiu-se construir uma fibra com diâmetro proporcional ao comprimento de onda utilizado na transmissão, e com isso reduziu-se a quantidade de reflexões internas na fibra, reduzindo as interferências internas, e melhorando a qualidade do sinal transmitido. Figura 6: Fibra Mono-Modo As ondas transmitidas dentro da fibra praticamente não sofrem interferência externa, devido a sua natureza, e com isso as fibras www.esab.edu.br 62 óticas são atualmente utilizadas em grande escala nas transmissões em longa distância, tanto em cabos terrestres, quanto em cabos oceânicos. Figura 7: Cabos Oceânicos As redes de fibra ótica operam em velocidades altíssimas, graças a novas tecnologias que são desenvolvidas a cada dia. A principal delas é a utilização de mais de um comprimento de onda dentro da mesma fibra, permitindo a transmissão simultânea de vários sinais digitais. Figura 8: Transmissão de vários sinais na mesma fibra Para realizar esta tarefa são utilizados equipamentos chamados Multiplexadores e Demultiplexadores. São eles que agrupam e separam os diversos sinais dentro da fibra ótica. www.esab.edu.br 63 Atualmente as fibras alcançam velocidade da ordem de GBit/s, e algumas empresas desenvolveram fibras que alcançaram taxas de transmissão da ordem TBit/s. Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES. ATIVIDADES www.esab.edu.br 64 Nesse primeiro eixo do nosso curso, estudamos as maneiras de se realizar a classificação de uma rede de comunicação, analisamos as topologias que uma rede pode assumir, Aprendemos como são classificadas as redes de telecomunicação de acordo com a distribuição dos seus elementos. Além disso aprendemos o que é Visibilidade de uma rede e como são caracterizadasas redes de comunicação quanto à Visibilidade da rede. Analisamos algumas técnicas utilizadas na transmissão de informações em uma rede de comunicação e conhecer os problemas relacionados à transmissão de sinais, e algumas técnicas básicas de transmissão de informação. www.esab.edu.br 65 Arquitetura de comunicação Nesse segundo eixo do nosso curso, iremos aprender como são realizadas as comunicações nas redes sem fio. Conhecer as características gerais dos protocolos de transmissão, em meio físico, de uma rede de comunicação. Vamos aprender como é definida uma arquitetura Ethernet, quais são seus componentes e como está o seu desenvolvimento atual. Vamos a partir da Unidade 07, conhecer as características da arquitetura Token Ring, SONET e SDH, como elas funcionam e quais as características comuns. Vamos aprender na Unidade 08, o funcionamento de uma rede ATM, qual foi o seu propósito de criação e como ela é utilizada nos dias atuais. No fim da unidade, vamos conhecer os conceitos básicos da arquitetura ISDN e como funcionam os equipamentos pertencentes a ela. www.esab.edu.br 66 As redes sem fio possuem a característica de realizarem a transmissão dos sinais eletromagnéticos no próprio ar. Esta característica permite que os elementos que formam a rede possam mudar de posição (com certas restrições), sem haver a necessidade de uma realocação de outros equipamentos. As redes sem fio têm sua comunicação baseadas em Antenas de Transmissão e Recepção. São as antenas que emitem o sinal eletromagnético e enviam (ou recebem) a informação. Figura 1: Transmissão sem fio Para o funcionamento da rede sem fio, uma determinada frequência de operação será utilizada. E todos os elementos da rede utilizarão a mesma frequência de operação. Cada país define um conjunto de frequências radiofônicas, e autoriza empresas a utilizarem essas frequências e fabricarem equipamentos eletrônicos que operam nessas frequências. www.esab.edu.br 67 2 – Frequências De Operação Existem 2 tipos de frequências de operação radiofônica: Licenciada e Não Licenciada. As frequências oficialmente regulamentadas em um país são ditas Licenciadas. Estas frequências possuem regras definidas para a sua utilização, e para o tipo de conteúdo que será transmitido nelas. No Brasil, por exemplo, é definido que as frequências entre 48 e 216 MHz serão utilizadas para transmissão de TV Aberta. A diferença básica entre as frequências licenciadas e a não licenciadas não é a liberação da autorização pelo governo federal, pois todas as frequências devem ser autorizadas, o que irá diferenciar é o conteúdo que é transmitido na frequência. Se o tipo de conteúdo é definido pelo governo, então a frequência é licenciada. 2.1 - Frequências Licenciadas Como foi dito, as frequências licenciadas são as frequências regulamentadas pelo governo de um país. No Brasil, algumas das frequências licenciadas são: Canais de TV Aberta em VHF: o Faixas: 48 a 72 MHz, 76 a 87,5 MHz, 174 a 216 MHz; Canais de TV Aberta em UHF: o Faixas: 470 a 806 MHz; Rádio Difusão: o FM: 87,5 a 108 MHz; www.esab.edu.br 68 o AM: 520 a 1.610 KHz. Aviação: o Faixas: 108 a 137 MHz; Radio Amador: o Faixas: 144 a 148 MHz Telefonia Celular: o 850: 824 a 849 MHz e 869 a 894 MHz; o 900: 898,5 a 915 MHz e 943,5 a 960 MHz; o 1800: 1.710 a 1.785 MHz e 1.805 a 1.880 MHz; o 1900: 1.895 a 1.900 MHz e 1.975 a 1.980 MHz; o 2100: 1.920 a 1.975 MHz e 2.110 a 2.165 MHz; Em quase todos os Estados brasileiros, a emissora de TV no canal 6 também pode ser ouvida na sintonização do aparelho de rádio. Isso acontece devido à proximidade da frequência de operação do canal 6 com as operações das emissoras de rádio FM. 2.2 - Frequências Não Licenciadas Qualquer frequência não licenciada pode ser utilizada, desde que se receba autorização do governo para isso. www.esab.edu.br 69 A frequência de 2.400 MHz não é licenciada em praticamente todos os países, e uma série de aparelhos eletrônicos utiliza essa frequência: Telefones Sem-Fio, Controles Remotos, Redes Bluetooth, Wi-Fi, WiMAX, e várias outras. O conjunto de frequências entre 2.400 MHz e 10.000 MHz possui uma grande quantidade de “espaços” não licenciados. Para utilizar uma determinada faixa de frequência, uma empresa deve pedir autorização para os governos dos países em que atuarão, e estes governos irão autorizar ou não a utilização de frequências, e será a empresa que definirá como o conteúdo será controlado. Por exemplo, os Telefones Sem-Fio utilizam a frequência de 2.400 MHz para a troca de informações entre o Fone e a Base. Cada fabricante de aparelho de telefone sem-fio pode tratar a informação com suas próprias regras, só deve obedecer 2 regras definidas pelos governos: A frequência de operação deverá ser sempre de 2.400 MHz e o alcance da comunicação não poderá ser maior que 10 metros. A limitação do alcance de uma rede sem fio está relacionada com a Potência de Saída da antena de transmissão. Se a antena tiver uma grande potência de saída, então a rede terá um grande alcance, mas se tiver uma pequena potência de saída, a rede terá um alcance reduzido. É esta característica que se utiliza para definir os tipos de redes sem fio: PAN, WLAN, WMAN e WWAN. 3 – Tipos De Redes De Comunicação As redes sem fio são classificadas em PAN, WLAN, WMAN e WWAN, e cada uma tem as seguintes características: www.esab.edu.br 70 PAN: Personal Area Network, ou Rede de Região Pessoal. Este tipo de rede existe quase exclusivamente em ambientes sem fio, e o termo surgiu para a definição de redes Bluetooth. Estas redes possuem um alcance muito pequeno, inferior a 10 metros, e por causa disso são utilizadas para a conexão de aparelhos pessoais de uma única pessoa. Eventualmente duas redes PAN se conectam; WLAN: Wireless LAN, ou LAN Sem Fio. Tem o mesmo tipo de definição das LAN’s, a diferença é que não utilizam fios para a comunicação entre os elementos de rede. As redes Wi-Fi são um exemplo de WLAN; WMAN: Wireless MAN, ou MAN Sem Fio. Também são semelhantes às redes WAN, com a diferença de não terem cabos conectando os elementos da rede. As Internet’s via Rádio são o melhor exemplo de redes WMAN, e as redes WiMAX são uma promessa, ainda não totalmente concretizada; WWAN: Wireless WAM, que é o mesmo que WAN Sem Fio. Essas redes utilizam transmissões sem fio para cobrirem grandes espaços geográficos. São utilizadas em algumas áreas rurais, e o principal elemento na rede de comunicação é o Satélite Espacial. Maiores detalhes sobre as redes sem fio serão estudados nas Unidades 21, 22, 23, 24 e 25. Protocolos De Transmissão Os protocolos de transmissão são a última (ou primeira) fronteira da informação em uma rede de comunicação. São eles que irão www.esab.edu.br 71 transformar a informação em um sinal eletromagnético, e enviá-lo de um ponto a outro da rede. Para realizar esta tarefa, os protocolos de comunicação devem ser feitos considerando as características do sinal que será transmitido e recebido, e também devem considerar a ocorrência de interferências no sinal durante sua transmissão. Ou seja, existem 2 características que devem ser analisadas na elaboração de um protocolo de transmissão: Características do sinal; Interferências no sinal. 2 – Características Do Sinal Como foi visto em Unidades anteriores, existem sinais analógicos e sinais digitais. Ao se desenvolver um protocolo de comunicação, deve-se saber se o sinal na rede de comunicação será analógico ou digital. Uma rede que possua um sinal analógico terá um funcionamento ligeiramente diferente de uma rede que possua um sinal digital. 2.1 – Rede Com Sinal Analógico As redes tipicamente com sinais analógicos são: Rádio AM/FM, Televisão Aberta, e Telefonia. O sinal analógico foi escolhido para estas redes, não apenas por questões de custo, mas também pelo fato do tipo de informação que é trafegada na rede de comunicação: voz e imagens. Estas informações sãoanalógicas por natureza, pois não se pode fracioná-las sem que haja perda de parte da informação original. www.esab.edu.br 72 Como a informação trafegada na rede é analógica, a utilização de sinais analógicos torna o “tratamento da informação” mais fácil e mais barato, pois não há necessidade de se aplicar técnicas de conversão, ou transformação, do sinal complexas. Existe apenas a necessidade de uma sincronização do sinal com a informação. A informação será convertida em um sinal eletromagnético, chamado de Banda Base, e este sinal será enviado através de outro sinal. O sinal utilizado para transmitir a Banda Base é chamado de Sinal Portador ou Portadora do Sinal. Este sinal será transmitido pela rede de comunicação, e ao chegar ao destinatário, será então removido para que seja feita a leitura do sinal da informação. As estações de rádio, por exemplo, possuem uma portadora facilmente identificável, pois as portadoras são as próprias frequências de operação das rádios: 89.1 MHz, 92.5 MHz, 95.4 MHz, e várias outras. As frequências regulamentadas para a operação de Rádios FM são: 87,5 e 108 MHz. Já no caso das emissoras de TV aberta, as frequências regulamentadas para a transmissão são: Canal Frequência (MHz) 1 48 a 54 2 54 a 60 3 60 a 66 4 66 a 72 5 76 a 82 6 82 a 88 7 174 a 180 8 180 a 186 9 186 a 192 10 192 a 198 www.esab.edu.br 73 11 198 a 204 12 204 a 210 13 210 a 216 Inicialmente foram definidos 4 canais de operação, sendo o Canal 1 pertencente ao Governo Federal. A concessão de canais era feita para operarem em uma determinada região, geralmente limitados a um Estado. Mais tarde foram definidos mais 2 canais, 5 e 6. E depois foram definidos os outros canais: 7 a 13. Os intervalos existentes entre os grupos de canais são utilizados para outras operações (rádio amador, aviação, rádio policial, etc). O Canal 1 foi separado originalmente para ser um canal nacional, pertencente ao Governo Federal Brasileiro. Este canal jamais chegou a ser utilizado na prática, pois a maioria dos Estados possuía a licença do Canal 2, e com o tempo foram integrando suas programações e criando uma “rede nacional”, que agora começa a ter participação maior do Governo Federal com a criação da TV Brasil. 2.2 – Rede Com Sinal Digital As redes digitais começaram a ser utilizadas para a transmissão de dados entre computadores. Com o desenvolvimento das primeiras redes de computadores na década de 1950, surgiu a necessidade de se criar um mecanismo específico para o tratamento de dados, pois a utilização de sinais analógicos não estava garantindo um pleno funcionamento das primeiras redes de computadores. Com isso foi desenvolvido o Sinal Digital. A diferença básica entre o sinal digital e o sinal analógico é a maneira como ele será lido ao ser recebido: discretizado. E a partir disso, também foram feitas alterações na maneira como ele será transmitido: ao invés de se www.esab.edu.br 74 utilizar uma onda senoidal é utilizada uma “onda quadrada”. Na prática a onda quadrada é formada por diminutas ondas senoidais. Figura 2: Transmissão Digital da Informação A onda transmitida continua sendo analógica, pois é gerada uma onda completa, a diferença está no seu formato e na sua leitura. E da mesma maneira que a transmissão de sinal analógico acontece em uma Portadora, aqui também haverá uma Portadora para a transmissão do sinal digital. As transmissões digitais utilizam várias técnicas auxiliares para melhorar ainda mais alguma característica na transmissão. Estas técnicas foram abordadas na Unidade 8. 3 – Interferências No Sinal As transmissões analógicas e digitais estão sujeitas a ocorrência de interferências. E nos dois casos existem estratégias para a correção do sinal. Nas duas transmissões, as interferências irão afetar tanto o sinal da informação quanto o sinal da portadora. Para remover as interferências são utilizados “filtros” na rede de comunicação. Estes filtros farão a leitura do sinal, removerão as interferências, e encaminharão novamente o sinal para o destinatário. Estes filtros são geralmente chamados de Regeneradores de Sinal. Figura 3: Transmissão com Filtros www.esab.edu.br 75 Nas transmissões com sinal analógico é possível realizar a recuperação do sinal da portadora, remover as interferências e enviar a informação. Mas no sinal da informação não é possível realizar qualquer tipo de filtragem, pois não se tem como saber qual porção do sinal é ruído e qual é informação. No sinal da portadora é possível saber isso, pois as portadoras sempre possuem um sinal característico, com uma frequência e amplitude definida. 4 – Definições Características Dos Protocolos De Transmissão As definições características dos protocolos de transmissão são basicamente as seguintes: Sinal da Portadora; Sinal da Informação. O sinal da portadora é essencial, pois ele será o principal fator de conexão entre os elementos da rede. Não será possível dois elementos de rede se comunicarem, se o sinal da portadora em ambos for diferente. Outra característica importante é a definição do conteúdo que estará no sinal da informação, não apenas de como ele será representado, mas quais informações estarão contidas no sinal: se a modulação (ou chaveamento) for em amplitude, qual altura será considerada, haverá informação diferente para níveis de altura diferentes, dentre outras questões. Para que a transmissão aconteça perfeitamente na rede de comunicação, todos os elementos da rede devem transmitir as informações seguindo as mesmas regras, ou seja, obedecendo ao mesmo protocolo. www.esab.edu.br 76 Figura 4: Transmissão em Rede Os protocolos que trabalham em Redes de Pacotes (Unidade 5) precisam dividir a informação em vários pacotes, para transmiti-la na rede de comunicação. Os pacotes possuem características básicas, independentes do protocolo utilizado, que são as seguintes: Marcação do Pacote: no início do pacote existe um campo que caracterizará o sinal na rede como sendo um pacote de informação. Em alguns protocolos também há um campo semelhante marcando o final do pacote; Cabeçalho de Identificação: todos os pacotes possuem um cabeçalho informando como é a informação que está sendo enviada, na verdade este cabeçalho geralmente identifica o próprio protocolo; Informação: no próprio pacote estará contida uma parte da informação, em um campo específico. A marcação do início do pacote é feita, pois estes protocolos irão realizar a transformação e encaminhamento da informação em um meio eletromagnético. O campo de marcação de início de pacote é utilizado para que cada elemento da rede, ao receber um pacote, consiga reconhecer que é um pacote de informação. www.esab.edu.br 77 Um detalhe importante é o seguinte: em uma mesma rede de comunicação não poderão ser utilizados dois protocolos de transmissão diferentes simultaneamente. Seria o mesmo que um brasileiro e um japonês tentarem conversar, falando cada um o próprio idioma. Figura 5: Tentativa de comunicação com protocolos diferentes Caso seja necessário utilizar mais de um protocolo de transmissão, a técnica utilizada para permitir isso é o “tunelamento” ou “encapsulamento”. Se dois protocolos são utilizados em um elemento da rede, então os mesmos dois protocolos serão utilizados em outro elemento da rede para que a transmissão da informação aconteça de maneira correta. Figura 6: Tunelamento de Protocolos www.esab.edu.br 78 Nas próximas Unidades serão vistos alguns dos principais protocolos de transmissão utilizados atualmente. FÓRUM I A comunicação via cabos é atualmente de grande importância para o setor de telecomunicações. Existe um esforço muito grande para diminuir a dependência das redes em relação aos cabos, pois isso permitirá reduzir custos e melhorar o atendimento aos usuários. Mas os cabos ainda oferecem grandes vantagens em relação às redes sem fio. Discuta quais as principais vantagens dos cabos em relação às redessem fio no Fórum deste Módulo. www.esab.edu.br 79 1 – Introdução A Arquitetura Ethernet foi originalmente desenvolvida como uma tecnologia para conexão de redes locais. Esta arquitetura define um protocolo para o cabeamento utilizado, o formato dos sinais elétricos, o formato dos pacotes de dados e o meio de acesso (MAC). A instituição IEEE delegou a nomenclatura 802.3 para a arquitetura Ethernet. Atualmente a Arquitetura Ethernet se tornou padrão em ambientes de rede local, e tem estendido sua arquitetura para redes metropolitanas. 2 – Definição Da Arquitetura Ethernet A principal motivação para o desenvolvimento da Ethernet foi a criação de um mecanismo que permitisse a comunicação em rede através de mensagens. O nome ethernet é a junção de duas palavras: ether (éter) e net (rede), que significaria algo como “rede universal”, pois antigamente os físicos diziam que o éter era uma forma de matéria existente em todo o universo (posteriormente descobriram que “existe” o Vacuum, que é o vácuo, que não é matéria!). O desenvolvimento desta arquitetura teve início da década de 1970, nos laboratórios PARC da Xerox, onde foi criado um sistema para “Comunicação de Dados Multiponto com Detecção de Colisão”. Os engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento da arquitetura saíram da Xerox no final da década de 1970 e criaram www.esab.edu.br 80 uma empresa, a 3Com, e formaram uma aliança junto com a Xerox, Intel e DEC para promoverem a arquitetura Ethernet como opção às arquiteturas Tokken Ring (IBM) e ARCnet (Datapoint). 2.1 – Ethernet 1base5 A primeira versão da arquitetura Ethernet foi denominada 1Base5, e definia que a velocidade de comunicação entre os elementos da rede seria de 1MBit/s através de um cabo de no máximo 500 metros, utilizando cabos coaxiais, como pode ser visto na figura 1. Figura 1: Arquitetura Ethernet 1Base5 A primeira versão não foi um sucesso, por dois motivos: o primeiro foi o fato de ser uma nova arquitetura de comunicação lançada por uma nova empresa, o segundo motivo foi o custo de operação, uma rede 1Base5 precisava de transmissores potentes e receptores com alta capacidade de reconhecimento dos sinais, pois depois de 500 metros os sinais tinham muito ruído e eram de difícil detecção. 2.2 – Ethernet 10Base5, 10Base2 E 10baset A segunda versão da arquitetura Ethernet foi chamada de 10Base5, e definia que a velocidade de comunicação entre os elementos da rede seria de 10MBit/s através de um cabo de no máximo 500 metros. Novamente os custos de utilização não viabilizaram a utilização desta arquitetura, e então foi lançada outra versão, www.esab.edu.br 81 chamada de 10Base2, com a mesma velocidade mas com alcance máximo de 200 metros, exemplificado na figura 2. Figura 2: Arquitetura Ethernet 10Base2 No final da década de 1980 foi lançada mais uma versão da arquitetura Ethernet, que tinha como objetivo reduzir os custos operacionais da rede, a nova arquitetura foi chamada de 10BaseT, e definia uma velocidade de comunicação de 10 MBit/s em um cabo de no máximo 100 metros, demonstrado na figura 3. Figura 3: Arquitetura Ethernet 10BaseT As definições da versão 10BaseT também incluíam o formato e modo de operação do cabo de comunicação e o formato do conector ao meio de acesso. O cabo de comunicação, chamado de Cabo Categoria 3, era formado por 4 pares de fios de cobre, sendo cada par entrelaçado, e possuía uma largura de banda de até 16MHz com taxa de transmissão máxima em 10MBit/s. Já o conector poderia ser tanto o Cabo Coaxial, quanto um novo conector, formado por 8 contatos dispostos em linha, sendo denominado TIA-568A ou TIA-568B (conexão crossover), mas conhecido popularmente como RJ-45. Algumas placas tinham os dois conectores, mas apenas 1 poderia ser utilizado. www.esab.edu.br 82 (a) (b) Figura 4: (a) Cabo Categoria 3 e (b) Conector TIA-568A A versão Ethernet 10BaseT rapidamente tornou-se padrão de fato nas redes da maioria das pequenas e médias empresas em todo mundo, possuindo também uma versão para operação com fibra ótica denominada 10BaseF, operando à mesma velocidade mas com um limite de distância de 2 quilômetros. 2.3 – Ethernet 100baset Em meados da década de 1990 foi lançado seu sucessor, o 100BaseT, que definia a velocidade de comunicação em 100MBit/s com alcance máximo de 100 metros. A versão 100BaseT utiliza os mesmos conectores da versão anterior, diferenciando no cabo de comunicação, sendo utilizado o Cabo Categoria 5, que possui uma largura de banda de 100MHz e taxa de transmissão de 100MBit/s. Foi desenvolvida uma versão para ser utilizada com cabos de fibra ótica, denominada 100BaseFX, com alcance má- ximo de 2 quilômetros. E pos- teriormente veio a versão 100BaseBX, que foi www.esab.edu.br 83 desenvolvida para comunicações à longa distância, de no máximo 10 quilômetros, permitindo que dentro de uma mesma cidade, como Vitória-ES, tenha-se uma conexão Ethernet. 2.4 – Ethernet 1000baset A versão seguinte da arquitetura Ethernet foi denominada 1000BaseT, que utiliza cabos Categoria 5e, e permite a comunicação entre os elementos da rede a uma velocidade de 1 GBit/s. Possui variações para curta distância, média distância com o 1000BaseLX alcançando 10 quilômetros, e longa distância, alcançando até 100 quilômetros na versão 1000BaseZX, permitindo conectar uma grande região metropolitana como Grande São Paulo. 2.5 – Ethernet 10GBaseT A versão seguinte da arquitetura Ethernet foi desenvolvida primeiramente para utilizar cabos de fibra ótica para a conexão dos elementos de rede foi a 10GBaseR, mas em pouco tempo houve uma versão para cabos de cobre denominada 10GBaseT, sendo a principal diferença o aumento da velocidade para 10 GBit/s, utilizando cabos de cobre Categoria 7. Também opera utilizando cabos de cobre, Categoria 6a, mas em distâncias inferiores a 15 metros. Também possui versões para médias distâncias, 10GBaseL que alcança 10 quilômetros, e para longas distâncias com o 10GBase E, alcançando 40 quilômetros. 2.6 – 100 Gigabit Ethernet e 40 Gigabit Ethernet Existem duas versões em desenvolvimento da arquitetura Ethernet, conhecida, como 40GBaseT e 100GBaseT, ou 40GigE e 100GigE, e possibilitarão a comunicação na rede em velocidades de 40 à www.esab.edu.br 84 100 GBit/s. Estas versões permitirão a comunicação em distâncias de 10 quilômetros utilizando cabos de fibra ótica, mas apenas 10 metros através de cabos de cobre. 3 – Pacote de Transmissão O pacote de transmissão Ethernet é organizado e acordo com a figura 6: Figura 6: Pacote de transmissão Ethernet Os campos possuem os seguintes conteúdos: Marcador Inicial: 1 byte, indica o início do pacote, sendo preenchido os primeiros 6 bits com 0 e 1 alternados seguidos de dois bits 1. Destino: informação de 6 bytes indicando o endereço MAC de destino da informação. Origem: informação de 6 bytes indicando o endereço MAC de origem da informação. Tipo: 2 bytes indicando o tipo de informação que está sendo enviada, podendo variar entre: Ipv4, IPX, Novell, MPLS, PPPoE, AppleTalk, dentre outros. Cada tipo possui um código específico. www.esab.edu.br 85 Uma lista completa dos tipos de informação pode ser vista em: http://www.iana.org/assignments/ ethernet-numbers Dados: varia de 46 a 1500 bytes, e armazena a informação que de fato está sendo enviada no pacote. CRC32: 4 bytes para controle de transmissão, são gerados pelo transmissor e verificados pelo receptor. Arquitetura Token Ring A arquitetura Token Ring foi inicialmente desenvolvida pela em- presa IBM, no final da década de 1970, e utilizada comercial- mente no início da década seguinte, e tinha como objetivo criar um protocolo de comunicação em ambientes de rede local for- mado por microcomputadores e minicomputadores. Esta arquite- tura recebeu o código 802.5 pelo IEEE. A arquitetura Token Ring ficou praticamente restrita aos equipamentos para redes locais feitos pela IBM, sendo poucas as empresas
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