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Resenha Critica Divertida Mente - Adão Vitor Santos Brito

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC - VITÓRIA DA 
CONQUISTA 
Graduando em Psicologia 
 
Discente: Adão Vitor Santos Brito - 2° Semestre 
Docente: Marcus Vinicius Costa Alves; Disciplina: Fenômenos e Processos 
Psicológicos. 
Resenha Critica do Filme Divertida Mente 
Introdução: 
Este trabalho é uma resenha crítica acerca do filme cinematográfico Divertida 
Mente (Inside Out) solicitada como requisito avaliativo para a disciplina de 
Fenômenos e Processos Psicológicos administrada pelo professor Marcus Vinicius 
Costa Alves no segundo semestre de graduação em Psicologia. A animação tem 
como diretor Peter Docter, produzida pela Pixar Animation Studios e lançada pela 
Walt Disney Pictures em 2015. O filme conta a história da Riley, uma menina de 11 
anos que têm suas emoções instáveis ao se mudar com a família para uma nova 
cidade, São Francisco. Isto acaba desencadeando outros problemas a serem 
resolvidos, como a ausência da Alegria e Tristeza na sala de controle e o fato de as 
emoções acreditarem que a Tristeza não é uma emoção importante. O longa se passa 
dentro da cabeça da Riley, com os personagens (as emoções bases - exceto a 
surpresa - ocupando a sala de comando), e fora (o cotidiano da vida dela). 
Desenvolvimento: 
O filme retrata que possuímos cinco emoções básicas que nos controla – 
Alegria, Tristeza, Medo, Nojo e Raiva, porém a literatura cita seis emoções básicas, 
alegria, tristeza, repugnância, medo, raiva e interesse. A Alegria, no filme, é a 
comandante da sala de controle, foi a primeira emoção a aparecer no filme - no 
momento quando Riley nasceu. Sempre motivada a ficar contente e sociável; oposto 
à Tristeza. Um dos pontos negativos que o filme destaca é a sua necessidade de se 
manter positiva o tempo todo. O Medo é retratado como sinônimo de segurança, é 
ele que lista e se preocupa com todos os possíveis conflitos, situações de riscos ou 
desastres que possam acontecer com a garotinha. O medo é visto como sentido 
evolutivo; por quê antigamente era o que mantínhamos seguros, como manutenção 
à vida. Na literatura, o medo é posto como uma reação emocional à algum perigo 
físico ou psicológico. O Nojo evita que a pessoa se envenene fisicamente e 
socialmente, rejeitando situações ou comidas que possa fazê-la mal, isso faz com 
que nos tornemos mais saudáveis, como a Riley sentir nojo pela casa nova em São 
Francisco. A literatura cita o nojo com outro nome, repugnância. A Raiva é posta como 
uma emoção que se preocupa muito com as injustiças, a mais passional por sentir 
mais energia e força, porém a mais perigosa. Sua forma negativa é a impulsividade, 
tendo como situação exemplo agressão a alguém ou a algo. A Tristeza é pouco 
decifrada no filme, muitas vezes censurada pelas outras emoções presentes por 
acharem que por ser uma emoção negativa, não teria benefícios para a menina Riley. 
Uma situação que deixa isto claro é quando a Alegria desenha um círculo na sala de 
controle e pede que a Tristeza permaneça naquele pequeno círculo durante todo o 
dia para que a Tristeza não contagie as memórias bases da Riley. A Tristeza motiva 
a pessoa a tomar todas as medidas necessárias para aliviar a situação dolorosa, a 
fim dela não acontecer novamente, além de facilitar coesão de grupos sociais (Averill, 
1968). 
Após a mudança para São Francisco, a sala de comando vira uma verdadeira 
bagunça, isso porque um conflito entre Alegria e Tristeza sobre as memórias bases 
resulta nas duas emoções fora da sala junto com todas as memórias bases que eram 
objeto de sustentação para as ilhas das personalidades (família, amizade, 
sinceridade). Com apenas Raiva, Nojo e Medo no comando e sem as ilhas das 
personalidades, Riley fica irreconhecível; começa a tratar antigos amigos de forma 
ignorante e cogita na ideia de fugir para a antiga cidade escondido dos pais. Fica 
evidente como uma mudança radical e inesperada pode afetar drasticamente nossas 
emoções e nos fazer tomar decisões irracionais. 
Ao se apresentar para a nova turma da escola, Riley se emociona por lembrar-
se de como era divertida a vida dela em Minnesota e este momento vira uma memória 
base triste, indicando que a emoção está diretamente relacionada com a memória, 
podendo influenciar e modelar como memorizamos as coisas. Ao longo do dia, 
memórias de curto prazo são selecionadas a partir de cada emoção para serem 
gravadas, no fim do dia, nas memórias de longo prazo. O filme também retrata o Lixão 
das memórias, lugar onde ficam as memórias esquecidas, aquelas que não são mais 
usadas com o tempo (como números de telefones, quatro anos de aula de piano que 
a Riley teve e nomes de princesas). Já as outras que não são esquecidas, pelo ao 
contrário, são lembradas porque são reforçadas (como a música do comercial), ficam 
nas prateleiras das memórias de longo prazo, representada no filme como um 
labirinto/biblioteca. 
Conclusão: 
É perceptível a crítica que o filme faz da repressão que temos sobre a Tristeza, 
emoção vista como negativa, muitas vezes de forma automática porque assim que é 
posto para nós quando nascemos. Percebe-se uma necessidade de 
compreendermos melhor nossas emoções, o que causa, o que elas podem causar e 
o que podemos fazer com o que sabemos sobre elas a fim de termos uma vida mais 
equilibrada e feliz. O filme transmite muitos aprendizados sobre emoção que podemos 
trazer para nosso cotidiano. 
Referências: 
ALVES, Marcus Vinicius Costa. Assuntos ministrados em sala de aula. 2º 
Semestre de Psicologia, UniFTC, 2021. 
REEVE, Johnmarshall. Motivação e emoção. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 
Divertida Mente (Inside Out). Produção: Jonas Rivera. Direção: Peter Docter, 
Distribuído: Walt Disney Pictures. País de Origem: Estados Unidos da América, 2015. 
Duração: 94 minutos.

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