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Simulado Fuvest 1

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TIPO B-1PROVA GERAL - P • 1 - ALFA
NÚMERONOME
ANGLO VESTIBULARES
INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA PROVA
LEIA COM MUITA ATENÇÃO
1. Esta prova contém 105 questões, cada uma com 5 alternativas, das quais so-
mente uma é correta.
 ATENÇÃO:
 As questões 1 a 6 são relativas à Literatura – Obras Fuvest e Literatura – Alfa. Você 
deverá responder somente a um dos tipos e assinalar no cartão de respostas a 
opção escolhida.
 As questões 91 a 105 são relativas às Disciplinas Complementares. Essas ques-
tões somente deverão ser respondidas caso o material tenha sido trabalhado em 
sala de aula.
2. O cartão de respostas será entregue com o caderno de questões. Ele deve ser 
preenchido e devolvido ao examinador ao término da prova.
3. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que 
estiver em branco.
4. Assinale a resposta preenchendo totalmente, com caneta preta, o respectivo 
alvéolo, com o cuidado de não ultrapassar o limite dele. 
5. Não assina le as respostas com “X”, pois essa sinalização não será considerada.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO
6. Preencha os campos “nome” e “número” cuidadosamente para não ultrapassá-los.
7. Não rasure, não dobre nem amasse a folha de respostas. 
8. Não escreva nada no cartão de respostas fora dos campos reservados.
9. É terminantemente proibido retirar-se do local da prova antes de decorridos 90 
minutos (1 h e 30 min) após o início, qualquer que seja o motivo.
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– 3 –
LITERATURA – OBRAS FUVEST
1. Construção
Um grito pula no ar como foguete.
Vem da paisagem de barro úmido, caliça e andaimes hirtos.
O sol cai sobre as coisas em placa fervendo.
O sorveteiro corta a rua.
E o vento brinca nos bigodes do construtor.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 
Rio de Janeiro: Record, 1999, p. 18.
A característica que demonstra a identidade do poema 
Construção, da obra Alguma poesia, com as propostas 
do Modernismo de 1922 é o(a)
A) valorização do rigor formal.
B) afastamento da temática social.
C) ironia em relação às classes populares.
D) caráter sintético e fragmentário das imagens.
E) denúncia das condições aviltantes de trabalho urbano.
2. O infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma.
E a orla 1 branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
PESSOA, Fernando. Mensagem. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 53.
1. bainha resistente que contorna as velas de uma embarcação.
Ao resgatar a figura histórica do infante Dom Henrique 
(1394-1460), Fernando Pessoa põe em evidência uma 
dramaticidade centrada na
A) expressão lírica de angústias pessoais.
B) representação melancólica da decadência do reino.
C) insinuação de que Portugal nunca alcançou prestígio 
imperial.
D) acusação de que o infante causara a ruína do império 
lusitano.
E) relação conflituosa entre as intenções imperialistas e 
a força da Igreja.
3. Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos 
caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre 
cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas 
nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram 
cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a leveza, 
esquecidas da ousadia de levantar asas pelo azul. Aqui, o 
céu se tornara impossível. E os viventes se acostumaram 
ao chão, em resignada aprendizagem da morte. 
A estrada que agora se abre a nossos olhos nãose 
entrecruza com outra nenhuma. Está mais deitada que 
os séculos, suportando sozinha toda a distância. Pelas 
bermas apodrecem carros incendiados, restos de pilha-
gens. Na savana em volta, apenas os embondeiros con-
templam o mundo a desflorir. 
Um velho e um miúdo vão seguindo pela estrada. 
Andam bambolentos como se caminhar fosse seu único 
serviço desde que nasceram. Vão para lá de nenhuma 
parte, dando o vindo por não ido, à espera do adiante. 
Fogem da guerra, dessa guerra que contaminara toda a 
sua terra. Vão na ilusão de, mais além, haver um refúgio 
tranquilo. Avançam descalços, suas vestes têm a mes-
ma cor do caminho. O velho se chama Tuahir. É magro, 
parece ter perdido toda a substância. O jovem se chama 
Muidinga. Caminha à frente desde que saíra do campo 
de refugiados.
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 09.
Traçando aspectos da paisagem e da ação de dois perso-
nagens, o narrador de Terra sonâmbula confere ao texto 
características estéticas baseadas no(a)
A) rigor histórico e no formalismo da linguagem.
B) perspectiva caricata e na invenção de palavras.
C) exploração do exotismo e no preciosismo linguístico.
D) destaque aos horrores da guerra e na linguagem ino-
vadora.
E) denúncia das causas políticas da guerra e no uso de 
vocábulos eruditos.
4. — Então afinal o homem espichou a canela? — disse 
ele, enquanto Rubião abria a carta, corria à assinatura e 
lia Brás Cubas. Era um simples bilhete:
O meu pobre amigo Quincas Borba faleceu ontem 
em minha casa, onde apareceu há tempos esfrangalhado 
e sórdido: frutos da doença. Antes de morrer pediu-me 
que lhe escrevesse, que lhe desse particularmente esta 
notícia, e muitos agradecimentos; que o resto se faria, 
segundo as praxes do foro 1.
Os agradecimentos fizeram empalidecer o profes-
sor; mas as praxes do foro restituíram-lhe o sangue. Ru-
bião fechou a carta sem dizer nada; o agente falou de 
uma cousa e outra, depois saiu.
ASSIS, Machado de. Quincas Borba. 
São Paulo: Moderna, 2016, p. 45.
1. praxes do foro: normas legais da Justiça
No trecho, Rubião recebe informações sobre a morte de 
Quincas Borba, seu amigo milionário. A cena revela típi-
cas características da obra machadiana, na medida em 
que
A) apresenta, em estilo realista, o aumento dos índices 
de insanidade no Rio de Janeiro.
B) denuncia, por meio de adjetivação impactante, a con-
dição dos alienados na sociedade carioca.
C) sugere, nas reações de Rubião ao ler o bilhete, que as 
relações sociais escondem ambições egoístas.
D) demonstra, nas interpelações do narrador ao leitor, o 
jogo de interesses da sociedade imperial brasileira.
E) registra, no emprego de expressões populares e de 
gírias, a maneira de falar dos estratos mais humildes 
da sociedade.
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ANGLO VESTIBULARES ✉
– 4 –
5. A N. Senhor Jesus Cristo com atos de arrependido 
e suspiros de amor
Ofendi-vos, Meu Deus, é bem verdade,
É verdade, meu Deus, que hei delinquido,
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
Maldade, que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todo me há vencido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.
Arrependido estou de coração,
De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços, que me rendem vossa luz.
Luz, que claro me mostra a salvação,
A salvação pretendo em tais abraços,
Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.
MATOS, Gregório de. 
Poemas escolhidos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2010, p. 315.
No soneto, a busca do enunciador pelo perdão divino é marcada pela
A) progressão temática, com efeitos de sinuosidade.
B) ironia corrosiva, que revela traços anticlericais.
C) contenção linguística, baseada em modelos greco-latinos.
D) intenção política, revelada na auto caracterização elogiosa.
E) feição documental, ao registrar a imoralidade da cidade de Salvador.
6. O guarda-civil do relógio oficial veio para a cidade e arranjou emprego. É um sujeito magro como eu, civilizado como eu. 
Se houver barulho na rua, ele apita. Se houver greve nas fábricas e lhe mandarem atirar contra os grevistas, atira tremendo. 
As greves acabam. E ele voltará para a chateação do ponto, magro, triste. É pouco mais ou menos como eu.
— Escreva um artigo a respeito de salários, seu Luís.
Bocejo e sapeco uma literatura ordinária, constrangido. Sei que estou praticando safadeza. Penso no que acontecerá de-
pois. Quando houver uma reviravolta, utilizarão as minhas habilidades de escrevedor? E o guarda-civil? Continuará junto ao 
relógio, olhando os automóveis, apitando em caso de necessidade? E Julião Tavares, patriota e versejador? Para que serviria 
Julião Tavares? Agora era uma figura importante demais. Tavares & Cia., negociantes de secos e molhados na Rua do Comér-
cio, eram uns ratos. A personagem oficial que visitava d. Mercedes, alta noite, devia muito a Tavares & Cia. E Julião Tavares 
era importante. Fazia receio matar um sujeito importante como Julião Tavares.
RAMOS, Graciliano. Angústia. São Paulo: Record, p. 158.
No relato de Luís da Silva, a consideração a respeito dos papéis sociais de diferentes indivíduos deixa transparecer a
A) satisfação com o estabelecimento de uma sociedade pautada por valores apreciáveis.
B) valorização do compromisso dos policiais civis com a corporação a que pertencem.
C) intenção de esquecer suas origens e contentar-se com sua situação atual.
D) dúvida em relação à sua capacidade de produzir bons textos jornalísticos.
E) angústia decorrente da hipocrisia que atinge a si e a sociedade.
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LITERATURA — ALFA
1. Observe a imagem e leia o texto.
TEXTO 1
Guernica, de Pablo Picasso, 1937.
TEXTO 2
Guernica, 26 de Abril de 1937
Em Abril de 1937, os republicanos estavam a per-
der terreno a olhos vistos no País Basco e os naciona-
listas avançavam para Bilbao, o principal porto de abas-
tecimento dos republicanos. Guernica (Gernika para os 
bascos) estava dez quilômetros atrás da linha da frente, 
era um nó relevante na estrutura de abastecimento repu-
blicana e nela estavam momentaneamente estacionados 
dois batalhões republicanos, o que poderá ter legitimado 
o ataque na perspectiva de Richthofen.
O ataque da Legião Condor, com uma pequena aju-
da da Aviazione Legionaria italiana, designado como 
Operação Rügen, iniciou-se às 16h30 de 26 de Abril, com 
a cidade cheia de gente e animais, pois era dia de mer-
cado, a que se somavam também refugiados, pelo que 
se estima que a cidade de 5.000 habitantes albergasse 
naquele dia mais alguns milhares. Quando os sinos to-
caram a rebate, a população buscou refúgio nas caves, 
mas surgiu apenas um bombardeiro solitário, que lan-
çou as suas bombas e partiu. A população saiu dos abri-
gos e foi então que chegou uma vaga de bombardeiros 
Heinkel He 111, a que se seguiu uma vaga de Junkers Ju 
52. Enquanto os bombardeiros largavam uma combina-
ção de bombas explosivas, incendiárias e de fragmenta-
ção, num total de 40 toneladas, os caças Heinkel He 51 e 
Messerschmitt Bf 109 metralhavam as pessoas que, em 
pânico, fugiam da zona urbana e procuravam abrigo nos 
campos em redor.
Disponível em: <https://observador.pt/especiais/ha-80-anos- 
a-tragedia-de-guernica-foi-a-gloria-de-picasso>. 
Acesso em: 8 nov. 2018.
A obra Guernica (Texto 1), do pintor espanhol Pablo 
Picasso, alude ao episódio relatado no Texto 2. A tela co-
loca em destaque a dimensão
A) estética da arte, reproduzindo a realidade de maneira 
fiel.
B) histórica da arte, ao se referir apenas a um momento 
específico.
C) ritualística da arte, porque conduz o observador a 
uma reflexão espiritual.
D) pedagógica da arte, uma vez que transmite um ensi-
namento sobre o cotidiano.
E) política da arte, na medida em que aponta para os 
efeitos da ação destrutiva do homem.
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2. ODORICO
Masse você não fosse minha mulher e me visse pela 
primeira vez, tomando posse do cargo de prefeito, que 
impressão teria de mim?
LENILDA
Oxente, Odorico. Sei lá!
ODORICO
Acho que o representante do governador saiu muito 
bem impressionado com a minha popularidade. Ele lhe 
disse alguma coisa?
LENILDA
Disse. Que você é um homem de sorte. E que se 
a política é um jogo, o ditado “feliz no jogo, infeliz no 
amor” está errado. Disso aqui no pé do ouvido, quase 
me lambendo a orelha.
ODORICO (solta uma gargalhada forçada)
Boa, boa piada. Mas é muito importante que ele 
tenha ido bem impressionado. O governador é o pre-
sidente do diretório estadual do partido. Nas próximas 
eleições, eu posso ser incluído na chapa de deputados 
estaduais.
GOMES, Dias. Odorico, o bem amado. 
São Paulo: Círculo do livro, 1975, pp. 79-80.
A peça de Dias Gomes, de 1962, traz à cena situações 
que abordam o cenário da política nacional. A perspecti-
va adotada pelo autor centra-se no(na):
A) vínculo entre os valores conjugais e as ambições polí-
ticas.
B) valorização da popularidade angariada pela política 
tradicional.
C) sátira ao arrivismo político, pautado pela ausência de 
escrúpulos.
D) destaque à ação das esposas na trajetória política de 
seus maridos.
E) experimentalismo linguístico, capaz de revelar a bai-
xeza do jogo político.
3. olhar paralisador nº 91
o olhar da cobra para
 dispara
 paralisa o pássaro
 meu olhar
 cai de mim
 laser
 luar
meu despertar despertar
meu amor desesperado do meu olhar
meu mau olhado despertador
 meu olhar
 leitor
LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. 
São Paulo: Companhia das letras, 2013, p. 83.
O texto de Paulo Leminski, publicado em 1983, coloca em 
destaque formas de expressão fundamentais da poesia 
contemporânea, uma vez que
A) revela a fragmentação das relações humanas.
B) integra a visualidade das palavras como forma de 
criar sentido.
C) adota viés ecológico ao denunciar o extermínio de 
animais silvestres.
D) explora o vazio da página para criticar o contexto 
socioeconômico nacional.
E) inverte as posições dos elementos envolvidos no pro-
cesso de escrita/leitura literária.
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4. A escola das facas
O alísio ao chegar ao Nordeste
baixa em coqueirais, canaviais;
cursando as folhas laminadas,
se afia em peixeiras, punhais.
Por isso, sobrevoada a Mata,
suas mãos, antes fêmeas, redondas,
ganham a fome e o dente da faca
com que sobrevoa outras zonas.
O coqueiro e a cana lhe ensinam,
sem pedra-mó, mas faca a faca,
como voar o Agreste e o Sertão:
mão cortante e desembainhada.
NETO, João Cabral de Melo. 
Obra completa. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1994, p. 429.
Ao estabelecer uma correlação de sentidos entre o vento e determinadas paisagens nordestinas, o enunciador configura uma 
postura de
A) reflexão metalinguística, ao relacionar os seus versos com o vento.
B) ironia fina, ao atribuir valores negativos à cultura popular nordestina.
C) exotismo regionalista, ao valorizar o conforto das regiões à beira mar.
D) engajamento vanguardista, ao propor renovação da expressão poética.
E) crítica social, ao abordar a crueza dos espaços marcados pela fome e pela miséria.
5. Timidez
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
— mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
— palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
— que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
— e um dia me acabarei.
MEIRELES, Cecília. Viagem. In: Obra poética. 
Rio de Janeiro: Cia José Aguilar Editora, p. 165.
A poeta Cecília Meireles confere ao enunciador do poema uma identidade 
A) angustiada, devido à sua incapacidade de estabelecer relações intensas.
B) provocativa, pois se vale de subterfúgios para seduzir o seu par amoroso.
C) autoritária, na medida em que impõe ao interlocutor suas regras no jogo amoroso.
D) sensível, ao considerar com simpatia o doentio estado de alma de seu interlocutor.
E) indiferente, ao menosprezar a alegria com seu interlocutor, evoca a história de ambos.
6. O diretor chamou os chefes de seção: “Vejam só, um homem que sabe javanês — que portento!”
Os chefes de seção levaram-me aos oficiais e amanuenses e houve um destes que me olhou mais com ódio do que com 
inveja ou admiração. E todos diziam: “Então sabe javanês? É difícil? Não há quem o saiba aqui!”
O tal amanuense, que me olhou com ódio, acudiu então: “É verdade, mas eu sei canaque. O senhor sabe?” Disse-lhe que 
não e fui à presença do ministro.
A alta autoridade levantou-se, pôs as mãos às cadeiras, concertou o pincenez no nariz e perguntou: “Então, sabe java-
nês?” Respondi-lhe que sim; e, à sua pergunta onde o tinha aprendido, contei-lhe a história do tal pai javanês. “Bem, disse-me 
o ministro, o senhor não deve ir para a diplomacia; o seu físico não se presta... O bom seria um consulado na Ásia ou Oceania. 
Por ora, não há vaga, mas vou fazer uma reforma e o senhor entrará. De hoje em diante, porém, fica adido ao meu ministério 
e quero que, para o ano, parta para Bale, onde vai representar o Brasil no Congresso de Linguística. Estude, leia o Hovelacque, 
o Max Müller, e outros!”
Imagina tu que eu até aí nada sabia de javanês, mas estava empregado e iria representar o Brasil em um congresso de 
sábios.
BARRETO, Lima. O homem que sabia javanês.
O texto de Lima Barreto
A) valoriza o reconhecimento das potencialidades individuais no funcionalismo público.
B) coloca-se contra o envio de diplomatas brasileiros a regiões marcadas pela violência.
C) critica a inveja entre os membros de um mesmo departamento da burocracia estatal.
D) ironiza a intelectualidade brasileira, a quem atribui traços de hipocrisia e dissimulação.
E) exalta a erudição da diplomacia brasileira, capaz de desvendar o conteúdo de obras estrangeiras de Linguística.
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DISCIPLINAS DE NÚCLEO COMUM
 Texto para as questões 7 a 11
O novo coronavírus veio provocar abalos na nossa 
relação com quase tudo em volta, inclusive com uma fer-
ramenta de importância que nem sempre levamos em 
conta — as palavras.
Termos que usávamos raramente, como quaren-
tena e pandemia, se tornaram correntes — já que pela 
primeira vez a nossa geração as vive na pele — e outras 
expressões entraram com o pé na porta no léxico do dia 
a dia, caso de “distanciamento social”, “achatar a curva” 
e, claro, o próprio “coronavírus”.
Já outras palavras renovaram sua relevância, ga-
nhando novos significados. “Vacina” é um anseio co-
letivo para o futuro, “gripe” se tornou um termo quase 
politizado, “peste” veio trotando de tempos antigos para 
se tornar assombrosamente atual.
O jornal britânico The Guardian conta que o dicio-
nário Oxford teve uma atualização extraordinária no mês 
passado para adicionar palavras que tomaram o discurso 
global e entraram de supetão na língua inglesa, como 
“Covid-19”.
Tudo isso planta sementes de mudança no idioma, 
essa entidade inquieta. Como disse o linguista portu-
guês Vergílio Ferreira, “a própria língua, como ser vivo 
que é, decidirá o que lhe importa assimilar ou recusar”, 
cuspindo alguns arranjos novos, engolindo outros. Res-
ta imaginar como será o português depois dessas revi-
ravoltas todas.
Quem lembra a frase do linguista é o professor Pas-
quale Cipro Neto, que reconhece, hoje, a mudança de en-
foque sobre certas palavras — “ninguém mais quer ser 
‘positivo’, por exemplo” — e um aumento do interesse 
por termos científicos.
PORTO, Walter. Entenda como o coronavírus pode mudar 
até nosso jeito de falar português. Folha de São Paulo. 
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/ 
05/entenda-como-o-coronavirus-pode-mudar-ate-nosso-jeito-de-falar-portugues.shtml. Acesso em: 02 out. 2020.
7. No excerto, é citada a seguinte afirmação, atribuída ao 
linguista português Vergílio Ferreira: “a própria língua, 
como ser vivo que é, decidirá o que lhe importa assimilar 
ou recusar”. É coerente com a concepção linguística des-
se enunciado a que está refletida em:
A) “É verdade que a língua se aprende na minuciosa e 
atenta leitura dos textos clássicos de todas as épocas. 
Mas não somente neles, pois as línguas, por serem 
expressões de arte, possuem um arcabouço grama-
tical que precisa ser conhecido.” (Serafim da Silva 
Neto).
B) “[Camões] libertou-o [o português moderno] de al-
guns arcaísmos e foi um artista consumado e sem 
rival em burilar a frase portuguesa, descobrindo e 
aproveitando todos os recursos de que dispunha o 
idioma para representar as ideias de modo elegante, 
enérgico e expressivo.” (Said Ali).
C) “Quando se corrompe a linguagem, se corrompe logo 
em seguida o pensamento.” (Doris Lessing).
D) “A primeira reação foi a que comparava mudança à 
‘ruína’ e à ‘corrupção da língua’. [...] Mas já faz um 
bom tempo que a pesquisa científica acerca da mu-
dança linguística abandonou essas concepções e tem 
oferecido respostas mais racionais e interessantes 
para a pergunta sobre como e por que as línguas mu-
dam.” (Marcos Bagno).
E) “[...] podemos adotar a dicotomia nível culto/ nível in-
cuto, tomando por critério o fato cultural da leitura: os 
falantes que leem (escolarizados, etc.), de um lado, e 
os que não leem, os analfabetos.” (Celso Pedro Luft).
8. O articulista menciona palavras ou expressões que as-
sumiram novos significados em um passado recente, 
configurando casos de variação linguística associados ao 
momento histórico. Alguns dos termos citados por ele, 
porém, não chegam realmente a exemplificar alguma 
inovação linguística, tal como:
A) distanciamento social (2o parágrafo).
B) achatar a curva (2o parágrafo).
C) coronavírus (2o parágrafo).
D) vacina (3o parágrafo).
E) Covid-19 (4o parágrafo).
9. Sobre as expressões que “entraram com o pé na porta 
no léxico do dia a dia, caso de ‘distanciamento social’, 
‘achatar a curva’ e, claro, o próprio ‘coronavírus’”, pode-
-se dizer que elas
A) eram comuns apenas no discurso especializado dos 
linguistas.
B) foram empregadas de maneira equivocada pelas pes-
soas.
C) passaram a ser usadas de maneira frequente e gene-
ralizada.
D) sofreram mudanças de sentido ao longo dos últimos 
meses.
E) deveriam ser empregadas apenas por médicos e en-
fermeiros.
10. No trecho “‘peste’ veio trotando de tempos antigos para 
se tornar assombrosamente atual”, o termo destacado 
está desempenhando a função de:
A) adjunto adverbial de modo.
B) adjunto adnominal.
C) predicativo.
D) complemento nominal.
E) aposto.
11. A hipótese de que “ninguém mais quer ser ‘positivo”, 
que aparece no último parágrafo, faz referência 
A) à pouca quantidade de testes de coronavírus feitos na 
América Latina. 
B) ao deslizamento de sentido da palavra “positivo”, que 
deixou de ser usada.
C) ao preconceito que as pessoas têm com palavras que 
se tornam muito comuns.
D) à conotação que o termo “positivo” adquiriu durante 
a pandemia.
E) aos resultados mais comuns nos exames de detecção 
da Covid-19. 
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 Texto para as questões 12 a 14
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático conta-
to com a eternidade. Quando eu era muito pequena ain-
da não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-
-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de 
bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu 
tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu 
lucraria não sei quantas balas. 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao 
sairmos de casa para a escola me explicou: 
— Tome cuidado para não perder, porque esta bala 
nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
— Como não acaba? — Parei um instante na rua, 
perplexa. 
— Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada 
para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a 
pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir 
do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar 
no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava 
da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só 
para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-
-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível 
o mundo impossível do qual eu já começara a me dar 
conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na 
boca. 
— E agora que é que eu faço? — Perguntei para não 
errar no ritual que certamente deveria haver.
 — Agora chupe o chicle para ir gostando do doci-
nho dele, e só depois que passar o gosto você começa a 
mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você 
perca, eu já perdi vários. 
Perder a eternidade? Nunca.
LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. Disponível em: 
https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/5889/ 
medo-da-eternidade. Acesso em: 02 out. 2020.
12. Entre os termos destacados, assinale o que retoma uma 
ideia já mencionada no texto:
A) eternidade.
B) chicles.
C) dinheiro.
D) milagre.
E) ritual.
13. Quanto ao modo de composição, pode-se afirmar que o 
fragmento é predominantemente:
A) expositivo.
B) descritivo.
C) narrativo.
D) dissertativo.
E) argumentativo.
14. Nas falas “Tome cuidado para não perder, porque esta 
bala nunca se acaba. Dura a vida inteira” e “Agora chupe 
o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois 
que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga 
a vida inteira.”, a função conativa se manifesta pelo em-
prego de
A) pronomes de segunda pessoa.
B) expressões de caráter valorativo.
C) comandos com sujeito explícito.
D) linguagem sobretudo coloquial.
E) formas verbais no imperativo.
 Texto para as questões 15 e 16
15. A conversa de Mafalda com seu ursinho de pelúcia pode 
ser considerada um caso de
A) prosopopeia.
B) sinestesia.
C) hipérbole.
D) metonímia.
E) zoomorfização.
16. O efeito de humor no último quadrinho é gerado pelo(a):
A) duplo sentido que o substantivo “original” adquire no 
contexto.
B) surpresa provocada pela referência a desastres me-
teorológicos recentes.
C) sentido da expressão “modelo reduzido”, que funcio-
na como ironia.
D) quebra da expectativa produzida pela oposição entre 
“modelo” e “original”.
E) polissemia de “mundo”, que pode se referir ao pe-
queno globo ou ao planeta.
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17. Os cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia da 
Coreia (KIST) desenvolveram uma liga de magnésio bio-
degradável e bioabsorvível. Essa liga pode ser utilizada 
no tratamento de fraturas, dispensando cirurgias adicio-
nais para a retirada de parafusos e suportes. A liga em 
questão é absorvida pelo corpo humano em um período 
que varia de 6 meses a 2 anos, dependendo da dimensão 
do implante.
A respeito dessa liga são feitas as seguintes afirmações:
 I. O átomo do metal citado como componente dessa 
liga apresenta dois elétrons no seu nível de valência.
 II. Essa liga é constituída, no mínimo, por dois elementos.
 III. A fórmula de uma base do metal mencionado pode 
ser representada pela fórmula Mn(OH)2.
 IV. A liga mencionada pode sofrer decomposição pela 
ação de um agente biológico.
São corretas apenas as afirmações:
A) I, III e IV.
B) III e IV.
C) I e III.
D) II, III e IV.
E) I, II e IV.
18. Feromônios são substâncias químicas secretadas por 
um indivíduo (por exemplo, um inseto) que permitem 
a comunicação com outro indivíduo da mesma espécie. 
É uma linguagem intraespecífica. Assim, formigas-lava-
-pés não irão entender a linguagem de formigas-limão e 
vice-versa. Muito menos uma abelha entenderá a lingua-
gem de um marimbondo ou de uma barata. Cada espécie 
possui o seu próprio “código” de comunicação baseado 
nasdiferenças estruturais dos compostos.
O primeiro feromônio de inseto foi isolado e identifi-
cado em 1959, por um pesquisador alemão chamado 
Butenandt, tendo sido o resultado de mais de 20 anos de 
pesquisas. O inseto empregado foi a mariposa do bicho-
-da-seda Bombyx mori, e a estrutura química atribuída 
ao feromônio sexual dessa espécie, conhecida como 
bombicol.
As moléculas de bombicol produzidas pela fêmea espa-
lham-se no ar, e quando atingem os machos, difundem-se 
através de poros abertos nos pelos de suas antenas e che-
gam a uma proteína receptora na membrana. Isso produz 
uma “mudança elétrica”, levando a um impulso nervoso 
que é enviado para o cérebro. A mariposa voadora macho 
pode mudar o caminho e seguir o rastro da fêmea. Uma 
vez que o macho encontra a fêmea, eles se acasalam.
Considere as quatro afirmações a seguir sobre o uso de 
feromônios e sobre a molécula de bombicol.
 I. Feromônios são substâncias perigosas, pois seu uso 
pode aumentar muito a população de insetos, já que 
aumenta a fertilidade desses animais.
 II. Apresenta o grupo funcional álcool, porém é predo-
minantemente lipossolúvel.
 III. Na sua estrutura são verificadas disposições cis e 
trans.
 IV. A hidrogenação completa de 1 mol de bombicol con-
some 2,0 gramas de gás hidrogênio.
Estão corretas apenas as afirmações:
A) I, II e III.
B) II e III.
C) I e IV.
D) III e IV.
E) I, II e IV.
OH
Bombicol
19. Leia o texto a seguir.
Os nucleotídeos são compostos por uma base nitroge-
nada, um grupo fosfato e uma ribose ou desoxirribose.
Quando na ausência do grupo fosfato, são chamados 
de nucleosídeos. A base nitrogenada, juntamente com a 
pentose, forma compostos heterocíclicos, sendo que a 
primeira pode ser derivada de compostos de purina ou 
pirimidina.
São tidas como purinas a adenina (A) e a guanina (G), e 
as pirimidinas são constituídas pela citosina (C), uracila 
(U) e timina (T).
Os nucleotídeos estão presentes em vários processos 
metabólicos e são tidos como subunidades dos ácidos 
nucleicos, participam do transporte e na conservação de 
energia (ATP, por exemplo), são encontrados como com-
ponentes de alguns cofatores enzimáticos e alguns apre-
sentam a função de mensageiros químicos celulares, co-
mo é o caso do cAMP, um segundo mensageiro que atua 
fosforilando diversas outras moléculas, desencadeando 
uma cascata de reações em um determinado processo, 
como ocorre na liberação de histaminas quando de uma 
reação alérgica.
Considere as seguintes afirmações:
 I. Pela análise da estrutura apresentada do nucleotí-
deo, pode-se afirmar que ele se interage com a água.
 II. Considerando a estrutura básica de um desoxirribo-
nucleotídeo, pode-se afirmar que na estrutura repre-
sentada existem três carbonos quirais.
 III. Na transformação de ATP em ADP, ocorre liberação 
de energia.
 IV. Analisando a estrutura representada do fosfato, po-
de-se afirmar que o número de elétrons compartilha-
dos por fórmula é igual a 4 elétrons.
São corretas apenas as afirmações:
A) I, III e IV.
B) III e IV.
C) I, II e III.
D) II, III e IV.
E) I, II e IV.
O2
O
P O CH2
C
O
H
H
C
OH
O2
H
H
C
H
C
base (purina
ou pirimidina)
Estrutura básica de um nucleotídeo
fosfato
em desoxirribonucleotídeos
em ribonucleotídeos
OH
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– 10 –
20. O vanádio é um elemento químico descoberto em 1801, 
no México. Esse elemento pode ser encontrado em di-
versos minerais, no carvão e no petróleo. Ele é o 22o 
mais abundante elemento na crosta terrestre. O vanádio 
forma numerosos compostos existentes na natureza, co-
mo o Brometo de vanádio (VBr3), o Pentóxido de vanádio 
(V2O5), o Sulfato de vanádio (V2(SO4)3) e o Cloreto de Va-
nádio (VCℓ3).
Nos compostos citados, o vanádio possui NOx, respecti-
vamente, igual a
A) 23, 15, 23 e 23.
B) 23, 15, 13 e 23.
C) 23, 25, 23 e 13.
D) 13, 15, 13 e 13.
E) 13, 15, 23 e 23.
21. Durante a limpeza do almoxarifado de um prédio, foi 
encontrado um frasco contendo um sólido branco em 
seu interior. No rótulo do frasco, havia as seguintes in-
formações:
AgNO3
100g
Não inflamável
Com a finalidade de descobrir a pureza desse composto, 
foi realizado um processo de identificação. O procedi-
mento consistiu em adicionar uma alíquota de 5g do ma-
terial do frasco em um recipiente com água e adicionar 
uma solução de 0,5 mol/L de HCℓ para precipitar a prata 
contida na alíquota em forma de AgCℓ que é insolúvel 
em água.
Considerando que foram utilizados 50 mL da solução 
de HCℓ para a total precipitação do composto em sal 
de prata, é correto afirmar que, a quantidade em massa 
do AgNO3 puro, contido no frasco, é aproximadamente 
igual a:
Note e adote:
• MMAgNO3 5 169,9 g/mol
A) 4,25 g
B) 24,3 g
C) 48,2 g
D) 85,0 g
E) 97,6 g
22. O avanço tecnológico trouxe consigo inúmeros be-
nefícios e novos desafios no ramo da nanotecnologia. 
Entre esses desafios, está a criação de eletrodos cada 
vez mais eficientes a serem utilizados em sensores e dis-
positivos de armazenamento de energia em geral. Com 
isso, os eletrodos metálicos com elevada porosidade, 
têm chamado atenção dos pesquisadores por possuírem 
altos valores de condutividade elétrica e área superficial.
O eletrodo poroso de prata, é um material que pode 
ser sintetizado a partir de uma liga de prata com outro 
metal que seja susceptível à corrosão ácida, para reagir 
com os íons H1 do meio.
LU, Z. L. X.; QIN, Z. Formation of Nanoporous Silver by 
Dealloying Ag22Zn78 Alloy at Low Temperature in H2SO4. 
Int. J. Electrochem. Sci., v.8, p.3564 – 3571, 2013.
A tabela abaixo apresenta os valores de potencial padrão 
de redução de alguns metais e do hidrogênio:
Semirreação E0(V)
H2 1 2 H2O ↔ 2 H3O1 1 2 e2 0,000
Cu ↔ Cu21 1 2 e2 10,337
Zn ↔ Zn21 1 2 e2 20,76
Fe ↔ Fe31 1 3 e2 20,036
Aℓ ↔ Aℓ31 1 3 e2 21,66
Mn ↔ Mn21 1 2 e2 21,18
Com base nas informações apresentadas no texto e na 
tabela, nota-se que o único metal a compor a liga com 
prata que impossibilitaria o procedimento descrito é o:
A) Zn
B) Cu
C) Fe
D) Aℓ
E) Mn
23. O tetróxido nitrogênio (N2O4) é utilizado como um im-
portante oxidante em propelentes de foguetes, pois pode 
ser armazenado como líquido em temperatura ambiente. 
A reação que simplifica a produção do N2O4 é: 
2 NO 1 O2 → N2O4
Para a produção de 92 g de N2O4, são utilizados 60 g de 
NO. Desta forma, a produção de 184 g de N2O4, necessita 
de uma quantidade de O2, em massa, igual a:
A) 32 g
B) 64 g
C) 88 g
D) 102 g
E) 116 g
24. No ano passado, um grave acidente envolvendo o nitrato 
de amônio ocorreu em Beirute, capital do Líbano. Nesse 
acidente, um local próximo do depósito onde o sal esta-
va armazenado sofreu um incêndio e, embora o nitrato 
de amônio seja um composto estável à temperatura am-
biente, quando exposto a temperaturas acima de 250 ºC 
ele pode se decompor rapidamente produzindo monó-
xido de nitrogênio e água, em uma reação explosiva de 
acordo com a equação dada a seguir:
NH4NO3(s) → N2O(g) 1 2 H2O(g)
Considerando que a principal utilidade desse sal é seu 
uso como fertilizante na agricultura, pode-se afirmar, 
corretamente, que sua aplicação aumenta o teor de
A) nitrogênio e aumenta o pH do solo, sendo segura sua 
utilização para esse fim.
B) nitrogênio e diminui o pH do solo, sendo segura sua 
utilização para esse fim.
C) nitrogênio sem alterar o pH do solo, sendo segura sua 
utilização para esse fim.
D) nitrogênio, sem alterar o pH do solo, sendo sua utili-
zação perigosa devido ao risco de explosão.
E) NPK do solo, sem alterar o seu pH, sendo sua utiliza-
ção perigosa devido ao risco de explosão.
25. Pode-se dizer que o tratamento de água para torná-la 
potável é um dos principais avanços da sociedade mo-
derna, visto que inúmeras doenças foram evitadas a par-
tir de sua adoção. Embora o processo seja constituído 
por várias etapas, é principalmente na floculação e na 
desinfecção da água que são utilizados conhecimentos 
químicos mais recentes. Na floculação, há a reação entreíons alumínio e íons hidroxila e na desinfecção, há uma 
reação entre o cloro gasoso e a água.
Sobre essas duas etapas, pode-se afirmar que, na reação 
entre os íons, e na reação entre as moléculas, ocorrem, 
do ponto de vista químico:
A) precipitação na primeira e aumento de pH na segunda.
B) precipitação na primeira e diminuição de pH na se-
gunda.
C) precipitação na primeira e na segunda.
D) aumento de pH na primeira e precipitação na segunda.
E) diminuição de pH na primeira e precipitação na se-
gunda.
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26. O dióxido de nitrogênio é um gás de coloração casta-
nho avermelhada que reage com monóxido de carbono 
produzindo monóxido de nitrogênio e gás carbônico, de 
acordo com a equação a seguir.
NO2(g) 1 CO(g) → NO(g) 1 CO2(g)
Essa reação foi realizada em duas temperaturas distintas, 
a 200 ºC e a 600 ºC, mantendo-se iguais as quantidades 
de reagentes colocadas para reagir. O gráfico que me-
lhor representa a variação da concentração do óxido do 
elemento carbono que possui caráter ácido, nesses dois 
experimentos é:
A) 
600 ºC
Tempo
C
o
n
ce
n
tr
aç
ão 200 ºC
B) 
200 ºC
Tempo
C
o
n
ce
n
tr
aç
ão 600 ºC
C) 
600 ºC
Tempo
C
o
n
ce
n
tr
aç
ão
200 ºC
D) 
200 ºC
Tempo
C
o
n
ce
n
tr
aç
ão
600 ºC
E) 
600 ºC
Tempo
C
o
n
ce
n
tr
aç
ão
200 ºC
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– 12 –
27. A amônia é uma das substâncias mais produzidas no 
mundo e sua síntese ocorre por meio da reação rever-
sível envolvendo gás nitrogênio e hidrogênio, de acordo 
com a equação a seguir:
N2(g) 1 3 H2(g) 2 NH3(g)
A tabela a seguir mostra a constante de equilíbrio dessa 
reação em duas temperaturas distintas.
Temperatura Constante de equilíbrio
25 ºC 3 ? 108
350 ºC 5 ? 104
Sobre a reação de síntese da amônia considere as afir-
mações.
 I. É uma reação exotérmica, visto que o aquecimento 
diminui o valor de Kc.
 II. A velocidade da reação diminui com o aquecimento.
 III. O aquecimento faz a reação ficar mais rápida, porém, 
com um menor rendimento no estado de equilíbrio.
Dessas afirmações, estão corretas apenas:
A) I.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
E) I, II e III.
28. As variáveis positivas x, y e z são tais que z é diretamente 
proporcional ao quadrado de x e inversamente propor-
cional a y. A tabela apresenta alguns ternos de valores 
de x, y e z.
x y z
6 3 6
18 6 27
20 5 r
Nessas condições, qual é o valor de r?
A) 32
B) 33
C) 38
D) 40
E) 43
29. Nas lojas de um certo país, os preços dos artigos à venda 
são anunciados sem o imposto devido. Esse é acrescen-
tado na ocasião do pagamento. Em uma dessas lojas, 
Ana comprou um perfume e o vendedor concedeu-lhe 
um desconto de 20% sobre o preço anunciado. No caixa, 
ela pagou o valor total P, incluso nisto o imposto de 8% 
sobre o preço combinado com o vendedor.
Em função de P, qual é o valor do preço anunciado do 
perfume?
A) 
P
0,8 ? 1,08
B) 
P ? 0,8
1,08
C) 
P ? 1,08
0,8
D) 
P ? 0,08
0,2
E) P ? 0,8 ? 1,08
30. Dado que x, y e z são variáveis reais, tais que
1
2
3
x 1 2y 1 3z 5 9
3x 1 2y 1 z 5 7
então x 1 y 1 z é igual a:
A) 3
B) 4
C) 7
D) 9
E) 16
31. Se (a1, a2, a3) é uma progressão geométrica de razão q, 
com q > 0, tal que a3 5 q, então, a2 é necessariamente 
igual a:
A) 
1
q
B) 1
C) q
D) 2q
E) q2
32. A ilustração seguir mostra dois retângulos congruentes 
tais que HA 5 12 cm e AL 5 5 cm. O ponto S é o vértice 
de um dos retângulos, e pertence também, ao lado TL do 
outro. Os pontos G, E e L são colineares.
Sabendo que a medida do ângulo SL̂E é de 30º, a distân-
cia do ponto H a reta GL é de:
A) 10√3
B) 
5√3
2
 1 6
C) 6√3 1 5
D) 5√3 1 6
E) 6√3 1 6
33. Seja ABCD um quadrilátero tal que AD 5 BD 5 CD e 
m(AD̂B) 5 m(DĈA), m(CB̂D) 5 m(BÂC). Qual é a medida 
do menor ângulo do quadrilátero ABCD?
A) 30º
B) 45º
C) 60º
D) 75º
E) 90º
34. Roberto estava contando o número de arestas de um 
prisma específico. Esse prisma continha mais do que 
310 arestas e menos do que 320 arestas. Sabendo que 
o número de arestas era ímpar, quantas arestas tem o 
sólido que Roberto observava?
A) 311
B) 313
C) 315
D) 317
E) 319
G
G
E L
H
A
30º
T
S
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35. A diagonal AC, do quadrado ABCD a seguir, de lado uni-
tário, intersecta o lado AE do triângulo equilátero AED no 
ponto P. Qual a distância de P ao lado AD?
A) 
1
2
B) 
2√3
3
C) 
√3
3
D) 
3 2 √3
2
E) 3 2 2√3
36. Em uma faculdade de Medicina, uma turma de 100 alu-
nos foi dividida em dois grandes grupos, 1 e 2, para a 
realização de aula nos laboratórios de Anatomia, já que 
estes não comportam todos os alunos da turma de uma 
só vez. Para estimular o intercâmbio de ideias, o profes-
sor do laboratório estipula que, após cada sessão, deve 
ser entregue um relatório feito, obrigatoriamente, por 
uma dupla formada com alunos de grupos diferentes, 
sendo proibido confeccionar tal relatório com um colega 
do próprio grupo e também com algum colega do outro 
grupo com o qual já se tenha feito dupla anteriormente.
Sabe-se que, ao final da disciplina, os dois grupos fize-
ram a mesma quantidade de relatórios, sendo que cada 
aluno do grupo 1 fez relatório com 18 alunos do grupo 
2, e cada aluno do grupo 2 fez relatório com 7 alunos do 
grupo 1.
Dessa forma, o número de alunos no grupo 2 é igual a:
A) 8
B) 27
C) 28
D) 63
E) 72
37. Considere as 3 afirmações a seguir, sendo a, b e c 
números reais.
 I. Se a < b, então a2 < b2.
 II. Se a < b < 0, então a2 > ab.
 III. Se a < b e a ? b Þ 0, então 
1
b
 < 
1
a
.
É(São) verdadeira(s) apenas a(s) afirmação(ões):
A) I.
B) II.
C) I e II.
D) I e III.
E) II e III.
A B
D C
E
P
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– 14 –
38. Dados dois números reais a e b, é dito que mín(a, b) 5 a, se a ⩽ b, e que mín(a, b) 5 b, caso b ⩽ a.
Se a função f: ® → ® é dada pela lei
f(x) 5 mín(4 2 2x, x 1 1),
das alternativas abaixo, aquela que melhor representa o gráfico de f é dada por:
A) 
24 23 22 21
21
1
2
3
4
5
6
22
23
1 2 3 4 5 6 x
y
B) 
24 23 22 21
21
1
2
3
4
5
6
22
23
1 2 3 4 5 6 x
y
C) 
24 23 22 21
21
1
2
3
4
5
6
22
23
1 2 3 4 5 6 x
y
D) 
24 23 22 21
21
1
2
3
4
5
6
22
23
1 2 3 4 5 6 x
y
E) 
24 23 22 21
21
1
2
3
4
5
6
22
23
1 2 3 4 5 6 x
y
39. Smoking is the leading cause of preventable death
Worldwide, tobacco use causes more than 7 million deaths per year. If the pattern of smoking all over the globe doesn’t 
change, more than 8 million people a year will die from diseases related to tobacco use by 2030.
Cigarette smoking is responsible for more than 480,000 deaths per year in the United States, including more than 41,000 
deaths resulting from secondhand smoke exposure. This is about one in five deaths annually, or 1,300 deaths every day.
On average, smokers die 10 years earlier than nonsmokers.
If smoking continues at the current rate among U.S. youth, 5.6 million of today’s Americans younger than 18 years of age 
are expected to die prematurely from a smoking-related illness. This represents about one in every 13 Americans aged 17 years 
or younger who are alive today.
Disponível em: https://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/fact_sheets/fast_facts/index.htm. Acesso em: 16 out. 2020.
De acordo com o texto, é possível concluir corretamente que 
A) até 2030, haverá no mundo um aumento de 12% no número anual de mortos por causas relacionadas ao cigarro.
B) mais de 15% das mortes causadas pelo cigarro nos EUA ocorrem devido à exposição indireta de pessoas. 
C) a quantidade de mortes em fumantes é 10 vezes a quantidade de mortes em não fumantes.
D) hoje, o total de norte-americanos com menos de 18 anos é próximo de 73 milhões de pessoas.
E) o total de mortes anuais nos EUA, por quaisquer razões, não superam os 2 milhões de pessoas.
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40. O gráfico 1 representa a variação do número médio de 
insetos da espécie A encontrados em cada planta de uma 
região. Já o gráfico 2, representa o que aconteceu com o 
número médio de insetos da espécie A por planta quan-
do conviveu com a espécie B.
A análise comparativa desses gráficos nos permite afir-
mar que a relação ecológica entre A e B pode ser do tipo:
A) canibalismo.
B) comensalismo.
C) mutualismo.
D) competição. 
E) inquilinismo.
41. 
Dados numéricos referentes aos níveis tróficos de uma 
cadeia alimentar podem ser apresentados em diagramas 
do tipo pirâmide, como o que está representado acima, 
que pode ser uma pirâmide de:
A) números, iniciando com plantas herbáceas do Pampa.
B) energia em uma floresta pluvial tropical.
C) biomassa, iniciando com árvores do Cerrado.
D) energia em ecossistema aquático.
E) números, iniciando com seringueiras da Amazônia.
7
8
N
ú
m
er
o
 m
éd
io
d
e 
in
se
to
s 
p
o
r 
p
la
n
ta
5
6
3
4
1
0
1 2 3 4 5 6
Semanas
Grá�co 1 – Espécie A isolada
2
7
8
N
ú
m
er
o
 m
éd
io
d
e 
in
se
to
s 
p
o
r 
p
la
n
ta
5
6
3
4
1
0
1 2 3 4 5 6
Semanas
Grá�co 2 – Espécie A na presença da espécie B
2
2
3
4
1
42. Um coral azulado de espécie ainda não identificada, sen-
do provavelmente um coral xênia azul, tem sido encon-
trado em recifes do litoral de Salvador. Esse coral, nativo 
do oceano Pacífico e do Mar Vermelho, tem se prolifera-
do rapidamente na região e pode chegar a representar 
uma ameaça à biodiversidade. A descoberta é bastante 
recente e ainda há poucos estudos.
A partir do enunciado, é possível afirmar que, no Brasil, 
esta espécie é
A) endêmica, pois se adaptou bem às condições do lito-
ral baiano.
B) exótica, pois não está em sua área de distribuição na-
tural.
C) nativa, pois está causando danos à biodiversidade.
D) invasora, pois está causando problemas à saúde pú-
blica.
E) nativa, pois se desenvolve na sua região de origem.
43. A utilização de queimadas como forma de limpeza de 
áreas para plantio pode provocar incêndios e a destrui-
ção de áreas naturais, como ocorreu nos biomas Panta-
nal e Amazônia, no ano de 2020. Além disso, é gerado 
óxido nitroso (N2O), importante gás de efeito estufa, e 
compostos que, combinados com o vapor d’água, geram 
ácidos nitroso e nítrico, que se precipitam juntamente 
com a chuva. Pode-se afirmar que os impactos ambien-
tais causados pelas queimadas, são respectivamente:
A) aumento da biodiversidade, aumento do aquecimen-
to global e chuva ácida.
B) diminuição da biodiversidade, aumento do aqueci-
mento global e inversão térmica.
C) diminuição da biodiversidade, aumento do aqueci-
mento global e chuva ácida.
D) diminuição da biodiversidade, diminuição do aqueci-
mento global e chuva ácida.
E) aumento da biodiversidade, diminuição do aqueci-
mento global e inversão térmica.
44. 
A figura mostra um processo de permeabilidade da 
membrana realizado por uma proteína canal. Nesse pro-
cesso ocorre
A) transporte ativo sem gasto de energia contra um gra-
diente de concentração osmótica.
B) endocitose por alteração conformacional da parte 
proteica da membrana celular.
C) difusão facilitada sem gasto de energia a favor de um 
gradiente de concentração.
D) exocitose por modificações estruturais da bicamada 
fosfolipídica que move a proteína.
E) difusão simples com gasto de energia a favor de um 
gradiente de concentração.
proteína canal substância
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45. Em uma espécie animal diploide, um determinado locus 
gênico apresenta quatro tipos de alelos (polialelia), com 
a relação de dominância
alelo 1 > alelo 2 > alelo 3 > alelo 4
(o sinal > indica dominância). Qual será, respectivamen-
te, o número possível de fenótipos e de genótipos encon-
trados em uma população dessa espécie?
A) 4 e 10.
B) 2 e 4.
C) 6 e 12.
D) 2 e 10.
E) 4 e 8.
46. Leia o texto a seguir.
Por muito tempo julgou-se que as mitocôndrias per-
maneciam estáticas e imutáveis no interior das células. 
Na última década, no entanto, estudos diversos mostra-
ram que elas são bastante dinâmicas. As mitocôndrias 
podem se fundir umas com as outras e gerar mitocôn-
drias maiores e mais alongadas. Podem ainda se dividir e 
originar mitocôndrias menores e de formato arredonda-
do. Várias proteínas coordenam essa dinâmica mitocon-
drial. Uma delas, a mitofusina 2, ajuda essas organelas a 
se unirem e se alongarem. Já a proteína DRP1 é funda-
mental para as mitocôndrias se dividirem e originarem 
organelas menores. Mitocôndrias mais longas produzem 
proporcionalmente mais energia na forma de trifosfato 
de adenosina (ATP), uma molécula que acumula muita 
energia em suas ligações químicas. As menores são me-
nos eficientes na produção de ATP.
Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/12/15/ 
o-destino-das-celulas/. Acesso em: 20 out. 2020. 
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos so-
bre as mitocôndrias, é correto afirmar que
A) a produção de ATP nas mitocôndrias ocorre durante a 
fermentação.
B) mitocôndrias menores são mais numerosas nas célu-
las musculares.
C) células eucariontes têm mitocôndrias maiores e pro-
cariontes possuem as menores.
D) as mitocôndrias permanecem estáticas e imutáveis 
durante a vida celular.
E) o DNA mitocondrial permite a síntese de algumas 
proteínas respiratórias.
47. O fígado é uma glândula anexa ao tubo digestório. Além 
de atuar nos processos digestivos, possui outras funções 
importantes no organismo. Sobre esse órgão é correto 
afirmar que
A) secreta bile, uma enzima que, juntamente com a lipa-
se pancreática, auxilia a hidrólise de lipídios.
B) metaboliza substâncias tóxicas com auxílio do retícu-
lo endoplasmático agranular de suas células.
C) sob ação da insulina, absorve moléculas de glicose do 
sangue e as armazena na forma de amido.
D) secreta bicarbonato de sódio, tornando o pH do intes-
tino delgado alcalino, depois de receber o quimo.
E) por possuir diversas funções, é considerado uma 
glândula mista, como o pâncreas e a tireoide.
48. Considerando-se a concentração de gás oxigênio presen-
te no sangue contido nas cavidades A, B, C e D, assinale 
a alternativa correta:
A) B 5 C < A 5 D
B) B 5 C > A 5 D
C) B 5 A > C 5 D
D) B > C 5 A > D
E) B < C 5 A < D
49. A ascídia é o principal representante do grupo dos Uro-
cordatas (também conhecidos como Tunicata). É, em 
geral, um animal séssil que apresenta as características 
dos cordados apenas na fase larval. Já o anfioxo, é um 
animal que durante a fase adulta mantém todas as estru-
turas características dos cordados.
Assinale a alternativa que indica, corretamente e respec-
tivamente, os números 1, 2, 3 e 4 indicados no esquema 
do anfioxo.
A) Mandíbula, notocorda, crânio e tubo nervoso dorsal.
B) Notocorda, tubo nervoso dorsal, cauda pós-anal e 
fendas faringianas. 
C) Tubo nervoso dorsal, notocorda, fendas faringianas e 
cauda pós-anal.
D) Crânio, tubo nervoso dorsal, pulmões foliáceos e 
musculatura segmentada.
E) Arquêntero, tubo nervoso dorsal, celoma e cauda 
pós-anal.
A
D
C
B
tubo digestório
gânglio
átrio
coração
Ascídia
1
2
3
tubo digestório
ânus
cirrus
An�oxo
boca
4
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50. Leia o texto a seguir sobre as novas formas de mineração 
de menor impacto ambiental.
A mina de ouro Zé do Vermelho, em atividade desde 
2015 em Paranaíta, no norte de Mato Grosso, programa 
instalar até abril de 2021 um sistema de bio-oxidação 
que utiliza microrganismos no processo de tratamento 
do material extraído da jazida. [...]. “O biotratamento per-
mitirá uma economia significativa de insumos químicos 
e resultará numa mitigação enorme do risco ambiental”, 
prevê o empresário André Vienna, gestor da Tório Mine-
ração [...]
A separação do ouro do material mineral extraído 
de uma jazida é realizada primeiro por peneiramento e, 
depois, por moagem por meio de métodosgravimétri-
cos, utilizando centrífugas ou mesas vibratórias. Muitas 
vezes, porém, o ouro está envolto por enxofre, sulfetos 
e outras impurezas. É o chamado ouro refratário. A ex-
tração então exige um processo de lixiviação, isto é, a 
dissolução das impurezas em solução química.
A bio-oxidação é realizada com a incorporação de 
uma etapa prévia à lixiviação. O processo é simples. “As 
bactérias dispostas em reatores, grandes tanques de 
aço revestidos de polipropileno, alimentam-se do enxo-
fre contido no minério. Seu metabolismo produz ácido 
sulfúrico. As impurezas são separadas e dissolvidas na 
solução corrosiva”, explica Rafael Vicente de Pádua Fer-
reira, cofundador da Itatijuca Biotech. [...] As bactérias 
utilizadas, inofensivas aos seres humanos, são das es-
pécies Acidithiobacillus ferrooxidans e Acidithiobacillus 
thiooxidans. [...]
Após o biotratamento, diz Vienna, a lixiviação de-
manda uma menor quantidade de material químico. 
Segundo ele, testes em escala-piloto realizados pela Ita-
tijuca indicam um potencial de redução em 70% na uti-
lização de ácido e cianeto e uma diminuição de 50% no 
tempo de lixiviação. O custo total da lixiviação deverá ser 
reduzido em 35%. [...]
A menor utilização de produtos químicos no proces-
so e a total eliminação do enxofre consumido das bacté-
rias resultam em menor quantidade de rejeitos líquidos 
ácidos na lixiviação, que precisam ser drenados e trata-
dos. Reduzem também o risco de liberação dos resíduos 
químicos no lençol freático, em caso de acidentes ou de 
incidência extraordinária de chuvas. Os resíduos sólidos 
também carregam quantidade menor de químicos e im-
purezas minerais, permitindo uma disposição final mais 
segura. [...]
Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/ 
mineracao-biotech-2/. Acesso em: 03 out. 2020.
Sobre os processos biológicos e químicos descritos no 
texto, pode-se afirmar que:
A) São apresentados métodos físicos de separação de 
misturas homogêneas, como peneiramento, moagem 
e lixiviação.
B) As bactérias dispostas em reatores realizam a bio-oxi-
dação, produzindo ácido sulfúrico durante o processo 
de lixiviação. 
C) A Acidithiobacillus ferrooxidans é uma bactéria qui-
miolitotrófica, pois obtém energia pela oxidação de 
compostos de enxofre.
D) Após a bio-oxidação, a lixiviação será mais eficiente, 
pois as bactérias fornecem maior quantidade de ouro 
refratário.
E) As bactérias quimiolitotróficas do texto metabolizam 
os compostos de enxofre nos rejeitos após a lixiviação.
51. Em um recipiente é colocado 1 L de água, que é mantida 
a 25 ºC. Depois, é acrescentado 500 g de sal de cozinha 
(NaCℓ) e o sistema composto pelo sal e pela água é mis-
turado.
O sal não se dissolve completamente, pois a solubilidade 
do sal a essa temperatura é 350 g/L. Admitindo que a 
densidade do sal de cozinha e da água são, respectiva-
mente, 2 g/cm3 e 1 g/cm3, qual é a densidade aproxima-
da, em g/ml, da fase líquida da mistura?
A) 0,50
B) 0,80
C) 1,00
D) 1,15
E) 2,30
52. Duas pessoas jogam bilhar sobre uma mesa na qual o 
atrito pode ser considerado desprezível. Todas as bolas 
apresentam mesmo raio e massa, isto é, a não ser pela 
cor, são idênticas. A figura a seguir representa duas bo-
las antes e depois de colidirem. Antes de colidirem, a bo-
la 1 desenvolve velocidade de 5 m/s e a bola 2 encontra-
-se em repouso. Após a colisão, as velocidades das bolas 
1 e 2 são V1 e V2 respectivamente.
Os eixos x e y são perpendiculares entre si.
(Figura fora de escala)
Qual o tipo de colisão que os corpos executaram?
Note e adote:
• sen θ 5 0,6
• cos θ 5 0,8
A) Perfeitamente elástica, pois a energia mecânica as-
sociada ao sistema (constituído pelas duas bolas) é 
constante.
B) Perfeitamente elástica, pois a velocidade de cada um 
dos corpos não varia.
C) Perfeitamente anelástica, pois as bolas se afastam 
após o choque.
D) Parcialmente elástica, pois a quantidade de movimen-
to do sistema (constituído pelas duas bolas) varia.
E) Parcialmente elástica, pois a energia mecânica do sis-
tema (constituído pelas duas bolas) varia.
V
1
2
Antes da colisão
θ
y
x
V2
V1
Depois da colisão
y
x
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53. Uma caixa de 20 kg está sobre a carroceria de um ca-
minhão, como indicado na figura. O caminhão está se 
movimentando para a esquerda e, caso seja medida, 
verifica-se que a intensidade da sua velocidade está di-
minuindo à taxa de 
3
4
 m/s a cada segundo. A intensidade 
do campo gravitacional local é 10 N/kg.
O ângulo entre a plataforma e o plano horizontal é θ, sen-
do que seu seno é 0,6 e seu cosseno 0,8.
Sobre esse sistema, pode-se afirmar que:
A) o menor valor do coeficiente de atrito estático para 
que o bloco não inicie escorregamento é aproximada-
mente 0,87.
B) o menor valor do coeficiente de atrito estático para 
que o bloco não inicie escorregamento é aproximada-
mente 0,75.
C) o maior valor do coeficiente de atrito estático para 
que o bloco não inicie escorregamento é aproximada-
mente 0,87.
D) o único valor do coeficiente de atrito estático para que 
o bloco não inicie escorregamento é aproximadamen-
te 0,87.
E) o único valor do coeficiente de atrito estático para que 
o bloco não inicie escorregamento é aproximadamen-
te 0,75.
54. Um pequeno bloco pode executar dois tipos de movi-
mentos diferentes em uma pista lisa e com forma de 
semiesfera oca, de raio r. São eles: 
1) Movimento circular com velocidade escalar constante 
de intensidade V1. Ele descreve uma trajetória circular 
de centro C, contida em um plano horizontal determi-
nado pelo ângulo α (sen α 5 0,6; cos α 5 0,8) indicado 
na figura. 
plano horizontal
θ
C
r
eixo
vertical
α
2) Corpo é abandonado no ponto A e desce a pista. Ao 
passar pelo ponto B, desenvolve velocidade V2.
Desprezando todos os atritos e adotando g 5 10 m/s2, 
quanto é a razão 
V1
V2
?
A) √1332
B) √1532
C) √1533
D) √1732
E) √1932
55. Em uma viagem de São Paulo (SP) a Campinas (SP), 
uma família partiu de sua residência, às 9 horas, e, após 
percorrem 100 km, chegam em seu destino às 11 horas. 
Sabendo-se que durante o percurso foi feita uma parada 
de 30 minutos para fazerem uma refeição leve, a veloci-
dade média desenvolvida durante a viagem foi igual a:
A) 50,00 km/h
B) 53,33 km/h
C) 40,00 km/h
D) 20,00 km/h
E) 36,67 km/h
56. Três partículas A, B e C, feitas de material condutor, e ele-
trizadas com cargas elétricas iguais a Q, 2Q e 3Q, são co-
locadas nos vértices de um triangulo equilátero de lado 
L. As partículas A e C são, então, colocadas em contato 
e reposicionadas nos vértices do triângulo. A razão R en-
tre as energias potências elétricas antes e depois dessas 
partículas terem sido colocadas em contato é igual a:
A) 
12
11
B) 
6
5
C) 
11
12
D) 
5
6
E) 1
C
B
A
r
eixo
vertical
α
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57. Durante um dia na usina de Angra 2, uma amostra de 
aproximadamente 5 kg de urânio 235 é utilizada em seu 
reator, onde ocorre uma reação de fissão nuclear. Consi-
derando que nessa reação, cerca de 0,08% dessa massa 
é aniquilada, dando lugar à energia radiante, determine 
a potência elétrica média da usina de Angra 2, em GW, 
desenvolvida nesse dia.
Note e adote:
• A equivalência massa energia: E 5 m ? c2
• Considere que em um dia há, aproximadamente, 
9 ? 104 s.
• Considere que o rendimento de Angra 2 seja de apro-
ximadamente 32%.
A) 3,14 GW
B) 2,06 GW
C) 1,86 GW
D) 1,28 GW
E) 0,94 GW
58. Stephen Hawking, considerado um dos maiores físicos 
da história, sofria de uma doença chamada esclerose la-
teral amiotrófica (ELA). Essa doença, cuja causa ainda é 
desconhecida, é caracterizada por atrofia muscular devi-
do à perda de neurônios motores na medula. Os sinto-
mas iniciais são caracterizados por fraqueza assimétrica 
de mãos, levando a perda de habilidades motoras refina-
das, e fazendo com que os pacientes derrubem objetos 
com facilidade. Com o avanço da doença, a massae a 
força muscular diminuem, além de ocorrerem contra-
ções involuntárias. A fala e a deglutição são afetadas, e 
a musculatura pulmonar é atingida, levando a diversas 
infecções pulmonares recorrentes. Em 2014, diversos 
vídeos foram publicados na internet, chamados de Desa-
fio do Balde de Gelo, visando a conscientização da ELA. 
Já em dias de pandemia de COVID-19, os cuidados com 
esses pacientes devem ser redobrados.
A respeito da contração muscular, são feitas as seguintes 
afirmações:
 I. Em uma contração muscular concêntrica, ocorre o 
deslizamento de miofilamentos de actina sobre os de 
miosina, levando ao encurtamento das fibras muscu-
lares estriadas esqueléticas.
 II. Os impulsos nervosos que partem do cérebro, atin-
gem os músculos estriados através das placas neu-
romotoras, levando à liberação de acetilcolina, pro-
vocando a contração muscular.
 III. Uma pessoa segurando um pacote de massa igual 
a 4 kg, contrai sua musculatura do braço, erguendo 
verticalmente esse pacote em 30 cm, com velocidade 
constante. O trabalho realizado pela força aplicada 
pela pessoa é igual a 25 J. Considere g 5 10 m/s2.
Em relação às afirmativas, verifica-se que:
A) Apenas I está correta.
B) Apenas II está correta.
C) Estão corretas I e III.
D) Estão corretas I e II.
E) Todas as afirmativas estão corretas.
59. Cláudia está discursando, sem o uso do microfone, para 
seus colegas de escola, de maneira que sua voz pode ser 
ouvida a uma distância de até 10 m a partir dela. Sabe-
-se que o limiar de audição tem intensidade dada por 
10212 W/m2 e que as ondas sonoras provenientes da fala 
de Cláudia se propagam igualmente em todas as dire-
ções.
Note e adote:
• Nível de intensidade sonora β, em dB, é de:
 β 5 10 ? log( II0), para I0 5 10212 W/m2
Nessas circunstâncias, o nível de intensidade sonora pa-
ra uma pessoa situada a 1 m de Cláudia vale:
A) 10 dB
B) 20 dB
C) 40 dB
D) 80 dB
E) 100 dB
60. Os termômetros que utilizam o mercúrio como substân-
cia termométrica estão proibidos de serem fabricados. 
Entretanto, ainda é possível encontrar nas casas de di-
versas famílias brasileiras esse tipo de termômetro.
Considere um termômetro clínico contendo 1,0 cm3 de 
mercúrio em seu interior quando a temperatura indica-
da é 0 ºC. Suponha ainda que a área da seção transver-
sal do capilar do termômetro seja 1,2 ? 1023 cm2 e que 
o coeficiente de dilatação volumétrica do mercúrio seja 
1,8 ? 1024 ºC21.
Desprezando-se a dilatação do vidro que contém esse 
mercúrio, a distância d, entre as indicações 0 ºC e 20 ºC 
nesse termômetro, vale: 
A) 1 cm
B) 2 cm
C) 3 cm
D) 4 cm
E) 5 cm
61. Por meio de seus conhecimentos de óptica, João Carlos 
decidiu determinar a altura de um muro construído pró-
ximo à lateral de sua casa. Ele utilizou como referência a 
sombra gerada por uma haste vertical de 80 cm de altu-
ra. Como não era possível obter uma sombra completa 
do muro, João Carlos providenciou um pequeno espelho 
plano que prendeu paralelamente à lateral da casa. Con-
sidere que a casa, o muro e a haste estavam sobre o mes-
mo piso horizontal. A figura a seguir ilustra as medidas 
obtidas nesse experimento.
Nessas circunstâncias, a altura do muro calculada por 
João Carlos vale:
A) 2,2 m
B) 2,7 m
C) 3,0 m
D) 4,0 m
E) 4,4 m
0 20
d
100 ºC
60 cm
80 cm
Luz solar Luz solar
100 cm 100 cm
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62. Regiões africanas de embarque dos escravos exportados para o Brasil (1801-1856), dados porcentuais
Maranhão 
e Amazônia
Pernambuco Bahia
Rio de Janeiro 
e Sudeste
Brasil (total)
África Centro Ocidental 50,2 83,2 42,3 77,4 69,5
África Oriental 1,4 6,8 3,2 19,9 14,1
Senegâmbia 45,1 0,9 0,3 0,1 2
África Ocidental 3,3 9,1 54,4 2,6 14,4
Golfo de Benin 0,1 2,1 46,6 0,9 10,7
Golfo de Biafra 3,2 6,9 7 1,5 3,3
Serra Leoa 0 0 0,5 0,1 0,2
Costa do Ouro 0 0,1 0,3 0,1 0,1
Total 100 100 100 100 100
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em: 20 out. 2020.
Utilizando os dados da tabela, pode-se afirmar que:
A) Pernambuco foi a região do Brasil que mais recebeu escravos no período considerado.
B) Moçambique foi a principal região de embarque de escravos na África Ocidental.
C) Angola encontra-se na região de onde vieram a maior parte dos escravos para o Brasil.
D) A maioria dos escravos provenientes da África Centro-Ocidental dirigiu-se para Maranhão e Amazônia.
E) O número de escravos provenientes da Senegâmbia e do Golfo de Benin foi similar.
63. Na sábia proporção é que consiste
A boa perfeição das nossas obras.
Não pede, Doroteu, a pobre aldeia
Os soberbos palácios, nem a corte
Pode, também, sofrer as toscas choças.
Para haver de suprir o nosso chefe
Das obras meditadas as despesas,
Consome do senado os rendimentos
E passa a maltratar ao triste povo,
Com estas nunca usadas violências:
Quer cópia de forçados que trabalhem
Sem outro algum jornal, mais que o sustento
E manda a um bom cabo que lhe traga
A quantos quilombotas se apanharem
Em duras gargalheiras. Voa o cabo,
Agarra a um e outro e num instante
Enche a cadeia de alentados negros.
GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas, Carta 3a.
A partir do excerto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que no século XVIII, na região mineradora,
A) houve o crescimento do trabalho livre, o que minimizou a importância do tráfico negreiro para o abastecimento de mão de 
obra naquela região, obrigando o governo colonial a estimular a captura de quilombolas.
B) a existência de um texto com o conteúdo do excerto acima, demonstra que, apesar do domínio colonial, os escritores ti-
nham garantidas as liberdades de expressão e pensamento.
C) a opulência das casas e palácios derivava do considerável aumento da renda média da população na região, estando a 
pobreza relegada exclusivamente aos escravizados.
D) o governo colonial era visto como explorador e gerador de desigualdades não só pela população mais pobre, mas também 
por intelectuais oriundos da elite na sociedade mineradora.
E) o texto denuncia a escravidão como uma mazela social, o que revela a intensa defesa do abolicionismo na elite mineradora.
64. O jovem estudante de direito Rui Barbosa, por exemplo, ainda nos idos de 1869, chegou à conclusão de que muitos dos 
escravos existentes no Brasil eram na verdade pessoas livres. O jovem Rui acreditava que a manutenção do tráfico após a lei 
de 1831 determinava a liberdade não só dos africanos forçados a fazer a travessia o Atlântico, mas também de todos os seus 
descendentes.
COTA, L. G. S. Não só “para inglês ver”: justiça, escravidão e abolicionismo em Minas Gerais. História Social, 2(21), 2012, p. 81.
O argumento de Rui Barbosa, que ganhou força posteriormente na campanha legalista abolicionista, baseava-se no(a)
A) ideia de que todos os escravos que entraram no Brasil após a lei de abolição do tráfico negreiro em 1831 haviam sido tra-
ficados ilegalmente e deveriam ser considerados livres.
B) impossibilidade de se adquirir um escravo no Brasil após a promulgação da Lei Eusébio de Queiróz de 1850, que extinguiu 
o tráfico negreiro no Segundo Reinado.
C) busca por uma saída diplomática para a abolição da escravidão, uma vez que a lei anti-tráfico de 1831 foi elaborada sob 
pressão da Inglaterra e não respeitada pelas elites brasileiras.
D) incentivo dos escravos a assumirem a luta pela sua liberdade por meio de rebeliões, fugas e formação de quilombos, já que 
a Lei de 1831 garantia o direito de manifestação aos cativos.
E) tentativa de buscar uma abolição que libertasse primeiramente os escravos idosos concretizada na Lei dos Sexagenários, 
também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe, de 1885.
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65. Euclides da Cunha [...] contou a história da campa-
nha de Canudos a partir de suas inquietações sobre a for-
mação da nação brasileira e dos entraves que impediam 
a concretização dos pressupostos positivistas que alia-
vam ordem e progresso. Canudos era a representação 
do paroxismo aque o atraso poderia levar o país, caso o 
Brasil não assumisse o claro compromisso de se unir ao 
mundo civilizado. [...]
No Brasil [...], uma das questões a enfrentar era a 
disseminação do [...] catolicismo popular, eivado de “ig-
norância, superstição e fanatismo”, aspectos que preci-
savam ser arduamente combatidos.
HERMANN, Jaqueline. Canudos Destruído em Nome da 
República Uma reflexão sobre as causas políticas do massacre 
de 1897. Tempo, Rio de Janeiro, vol. 2, no 3, 1996, p. 81-105.
A repressão sobre Canudos assimilou causas de ordem 
econômica e aspectos socioculturais da Primeira Repúbli-
ca. Por esse viés, a existência da comunidade sertaneja li-
derada por Antonio Conselheiro representou uma ameaça
A) aos ideais de Ordem e Progresso dos republicanos 
positivistas, embora os sertanejos tenham sido apoia-
dos por republicanos liberais.
B) tanto às oligarquias rurais, voltadas a assegurar a con-
centração fundiária, quanto às elites urbanas, almejan-
do estabelecer padrões da belle époque ao Brasil.
C) aos prefeitos e vereadores do sertão, sendo que Ca-
nudos teve como principal fator de mobilização a opo-
sição ao voto de cabresto e às fraudes eleitorais da 
época.
D) ao exército brasileiro, uma vez que a população de 
Canudos invadiu quartéis e saqueou arsenais defen-
dendo a implantação de uma revolução socialista no 
Brasil.
E) aos fazendeiros da Bahia, pois grande parte da popu-
lação litorânea iniciou revoltas armadas em apoio ao 
movimento social sertanejo.
66. Há a necessidade de justificar a revolução paulista e 
de convencer a todos de que não se está lutando contra o 
resto do Brasil, mas sim pelo bem da nação. [...] O estado 
de São Paulo é alçado como o grande defensor do Brasil. 
A preocupação em mostrar que o interesse maior não 
são as particularidades do sofrimento de São Paulo, mas 
o bem geral da nação e do Brasil inteiro, deixa escapar 
o ar de superioridade com que é tido o próprio estado 
de São Paulo. Como locomotiva que arrasta os vagões 
vazios dos estados restantes, São Paulo é o grande cam-
peão que dá o exemplo aos demais [...].
BEZERRA, Holien Gonçalves. O jogo poder: Revolução 
Paulista de 32. São Paulo: Moderna, 1988, p. 80. 
Na Guerra Civil Constitucionalista de 1932, São Paulo 
valeu-se de seu poder econômico fomentando a ideia de 
que os interesses políticos dos paulistas seriam os mais 
adequados a todo o país. Nesse contexto
A) Getúlio Vargas acatou às exigências dos paulistas e 
convocou novas eleições presidenciais já para o ano 
seguinte.
B) os impactos da crise econômica global disseminaram 
revoltas em diferentes estados que acabaram com a 
presidência de Vargas.
C) o coronelismo e a política do café com leite foram 
utilizados pelo presidente para isolar a cidade de São 
Paulo e manter o interior do estado fiel ao governo 
federal.
D) apesar da imagem propagandeada sobre si mesmo, o 
estado de São Paulo não obteve força militar nem apoio 
político para derrubar o governo de Getúlio Vargas.
E) a economia cafeeira foi completamente substituída 
pela industrialização, concentrada no Rio de Janeiro 
para enfraquecer São Paulo.
67. 
A imagem mostra um fragmento de mapa encomenda-
do pelo imperador romano Sétimo Severo, por volta do 
ano de 203. Foi entalhado em mármore, na escala 1 : 240. 
Apesar de os romanos não terem sido grandes cartógra-
fos, este mapa expressa o(a)
A) interesse em conhecer os territórios conquistados, 
como forma de manter a dominação republicana.
B) necessidade de delimitar as propriedades rurais, ten-
do em vista a realização do projeto de reforma agrá-
ria.
C) grandeza do império, exibindo vasto espaço geográfi-
co e territórios obedientes ao imperador.
D) preocupação com a administração urbana, através do 
conhecimento detalhado de ruas e plantas de imó-
veis.
E) importância comercial de indicar com clareza os itine-
rários entre cidades, mostrando distâncias e estradas.
68. Leia abaixo a opinião do dominicano Juan Ginés de 
Sepúlveda (1489-1573) sobre a forma de tratar os indíge-
nas na América:
É justo e útil que [os índios] sejam servos, e vemos 
que isso é sancionado pela própria lei divina, pois está 
escrito no livro dos provérbios: ‘o tolo servirá aos sá-
bios’. [...] E se recusam esse império, é permissível impô-
-lo por meio das armas e tal guerra será justa [...].
SEPÚLVEDA, J. G. apud. PIRES, Sérgio Luiz Fernandes. 
“O aspecto jurídico da conquista da América pelos espanhóis e 
a inconformidade de Bartolomé de Las Casas”. 
In: Wolkmer, Antonio Carlos (org.). Direito e justiça 
na América indígena: da conquista à colonização. 
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998. p. 70.
A “guerra justa” proposta por Sepúlveda, refere-se à(ao)
A) dominação dos indígenas por meio da criação de mis-
sões religiosas de caráter militar.
B) submissão dos indígenas por intermédio da enco-
mienda, com o propósito de cristianizá-los.
C) uso contínuo da mita como forma de garantir o traba-
lho e a salvação da alma dos ameríndios.
D) direito dos europeus de submeterem os índios, vistos 
como tolos, para impor os costumes cristãos.
E) determinação da Igreja em financiar guerras de reli-
gião na América para impor a fé cristã.
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– 22 –
69. 
No contexto da Revolução Francesa, a charge de 1789 
mostra um padre e um nobre montados nas costas de 
um camponês. O título da charge, Você deve esperar que 
este jogo acabe em breve, relacionava-se à(ao)
A) contexto de superação do Antigo Regime e afirmação 
do campesinato liberal.
B) uma situação de aliança entre o clero e a nobreza na 
dominação do campesinato.
C) manutenção dos privilégios aristocráticos e clericais 
em meio ao Antigo Regime.
D) superação dos privilégios do primeiro e do segundo 
estados no contexto revolucionário.
E) tributos pagos pelos camponeses na França do regi-
me absolutista.
70. Uma observação comparada da situação e posiciona-
mento de EUA e URSS no imediato pós 2a Guerra Mun-
dial permite afirmar corretamente que
A) ambos os países saíram da guerra em profunda crise 
econômica e muito desgastados militarmente, sem 
condições de expandirem sua influência para além de 
seus próprios territórios e provocarem um novo con-
flito de proporções mundiais.
B) ao passo que para os russos a única estratégia pos-
sível para defender sua nova condição de potência 
mundial era estimular uma política expansionista 
agressiva, para os norte-americanos as vias de con-
solidação de seu poder eram a diplomacia e acordos 
econômicos.
C) os dois lados viram-se comprometidos a respeitar 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pro-
mulgada pela ONU em 1948, retardando a escalada 
armamentista nuclear e rompendo este acordo tácito 
apenas com a eclosão da Guerra da Coreia, em 1950.
D) cientes da precariedade socioeconômica vigente na 
Europa ocidental, os russos estimularam movimen-
tos revolucionários na região, provocando imediata 
reação dos norte-americanos que, por sua vez, anun-
ciaram a Doutrina Truman, iniciando oficialmente a 
Guerra Fria.
E) enquanto Washington se preocupava com o perigo de 
uma possível supremacia mundial soviética num mo-
mento futuro, Moscou se preocupava com a hegemo-
nia de fato dos EUA, então exercida sobre todas as par-
tes do planeta não ocupadas pelo Exército Vermelho.
R
E
P
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U
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A
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A
L,
 P
A
R
IS
, F
R
A
N
Ç
A 71. Luta de classes, umas classes triunfam e outras são 
eliminadas. Assim é a história, assim é a história da ci-
vilização, desde há milhares de anos. Interpretar a partir 
desse ponto de vista é materialismo histórico; sustentar 
o ponto de vista contrário é idealismo histórico.
O inimigo não morrerá por si só. Nem os reacioná-
rios chineses nem as forças agressivas do imperialismo 
norte-americano na China se retirarão por si mesmos da 
cena histórica. [...]
Todas as ideias errôneas, todas as ervas venenosas, 
todos

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