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Agrotóxicos são produtos químicos utilizados para combater pragas. Também são chamados de praguicidas, pesticidas, defensivos agrícolas, agroquímicos ou biocidas. Utilização: • Agricultura: controlar insetos, fungos, ácaros, ervas daninhas, etc; • Pecuária: no controle de carrapatos, pulgas, mosca-do-chifre, etc; • Domicílio: para matar pulgões e larvas em plantas, eliminar cupins, ratos, baratas, algas em piscinas, e carrapatos e pulgas em animais. Todos os agrotóxicos são potencialmente perigosos, podem causar danos à saúde de pessoas, animais e ao meio ambiente. É a classe de produto que mais leva a óbito. Formas de intoxicação: • Contato direto: no preparo, aplicação ou qualquer tipo de manuseio com o produto. • Contato indireto: contaminação de água e alimentos ingeridos. Os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão. Sintomas: • Intoxicação aguda: náuseas, tonturas, vômitos, desorientação, dificuldade respiratória, sudorese e salivação excessiva, diarréia, chegando até coma e morte. • Intoxicação crônica: distúrbios comportamentais como irritabilidade, ansiedade, alteração do sono e da atenção, depressão, cefaléia (dor de cabeça), fadiga (cansaço), parestesias (formigamentos), etc. Primeiros socorros: • Intoxicação cutânea (pele): - retirar as roupas sujas e colocá-las em saco plástico; - lavar bem a pele contaminada com água corrente e sabão por, no mínimo, 10 minutos; - não esquecer de lavar cabelos, axilas, virilhas, barba e dobras do corpo; - no caso de contaminação nos olhos lavar bem com água corrente por 15 minutos. • Intoxicação inalatória (pela respiração): - remover a vítima para local fresco e ventilado; - afrouxar as roupas; - fazer respiração boca a boca se houver dificuldade respiratória. • Oral: - ler o rótulo do produto para ver se é recomendado provocar vômito; - não provocar vômito em pessoas desmaiadas, durante convulsões ou em crianças menores de 3 anos; - quando recomendado, provocar vômito baixando bem a cabeça do intoxicado e pressionando a base da língua com o cabo de uma colher ou objeto similar. - não fazer com que o intoxicado beba leite ou álcool. Após os primeiros socorros deve-se procurar os serviços de saúde mais próximos, levando o rótulo ou embalagem do agrotóxico e o receituário agronômico. Telefone imediatamente para o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) – 0800 722 6001 Prevenção de acidentes com agrotóxicos: • Comprar agrotóxico somente com receita agronômica; • Ler e seguir rigorosamente as recomendações do rótulo; • Não carregar nem armazenar junto com alimentos; • Não utilizar embalagens vazias; • Não utilizar utensílios domésticos na mistura de produtos; • Crianças, gestantes e mulheres que estão amamentando não podem ter contato com agrotóxicos; • Não fumar, beber ou comer enquanto estiver manuseando agrotóxicos; • Após o trabalho, tomar banho com água corrente e sabão; • Lavar as roupas de trabalho e equipamentos de uso diário após o trabalho; • Utilizar equipamento protetor: máscara; óculos; luvas; chapéu; botas; avental; camisa de manga comprida; calça comprida. CLASSIFICAÇÃO a) lnseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas c formigas. Os inseticidas pertencem a quatro grupos químicos distintos: · organofasforados: são compostos orgânicos derivados do ácido fosfórico, do ácido tiofosfórico ou do ácido ditofosfórico. Ex.: Folidol, Azodrin, Malation, Diazinon, Nuvacron, Tantaron, Rhodìatox · carbonatos: são derivados do ácido carbâmico. Ex.: Carbaril, Tentfk, Zeclram, Furadan · organoclorados: são compostos à base de carbono, com radicais de cloro. São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Foram muito utilizados na agricultura, como inseticidas, porém seu emprego tem sido progressivamente restringido ou mesmo proibido. Ex.: Aldrin, Endrin, MtIC, DUr, Endossulfan, Heptacloro, Lindane, Mirex · piretróides: são compostos sintéticos que apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substâncìa existente nas flores do Chrysanthmum (pyrethrum) cinenariaefolium. Alguns desses compostos são: aletrina, resmetrina, decametrina, cipermetrina e b) Fungicidas: combatem fungos. Existem muitos fungicidas no mercado.Os principais grupos químicos são: · etileno-bis-ditiocarbonatos: Maneb, Mancozeb, Dithane, Zineb,Tiram · trifenil estânico: Duter e Brestan · captan:Ortocide a Merpan · hexaclorobenzeno. c) Herbicidas: combatem ervas daninhas. Nas últimas duas décadas, este grupo tem tido uma utilização crescente na agricultura. Seus principais representantes são: paraguat (Gramoxone), glifosato, pentacloofeno, dinitrofenóis. Outros grupos importantes: raticidas (combate a roedores), acaricidas (combate ácaros), nematicidas (combate a nematóides), molusquicidas (moluscos), fundgantes (insetos), bactérias: fosfetos metálicos (fosfina) e brometo de metila. AGUDA x CRÔNICA INTOXICAÇÃO AGUDA: é uma alteração no estado de saúde de um indivíduo ou de um grupo de pessoas, que resulta da interação nociva de uma substância com o organismo vivo. Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, a depender da quantidade de veneno absorvido, do tempo de absorção, da toxicidade do produto e do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento médico. Manifesta-se através de um conjunto de sinais e sintomas, que se apresenta de forma súbita, alguns minutos ou algumas horas após a exposição excessiva de um indivíduo ou de um grupo de pessoas a um toxicante, entre eles os agrotóxicos. Tal exposição geralmente é única e ocorre num período de até 24 horas, acarretando efeitos rápidos sobre a saúde. Neste contexto o estabelecimento da associação causa/efeito encontra-se facilitada INTOXICAÇÃO AGUDA LEVE. Quadro clínico caracterizado por cefaléia, irritação cutâneo-mucosa, dermatite de contato irritativa ou por hipersensibilização, náusea e discreta tontura. INTOXICAÇÃO AGUDA MODERADA. Quadro clínico caracterizado por cefaléia intensa, náusea, vômitos, cólicas abdominais, tontura mais intensa, fraqueza generalizada, parestesia, dispnéia, salivação e sudorese aumentadas. INTOXICAÇÃO AGUDA GRAVE. Quadro clínico grave, caracterizado por miose, hipotensão, arritmias cardíacas, insuficiência respiratória, edema agudo de pulmão, pneumonite química, convulsões, alterações da consciência, choque, coma, podendo evoluir para óbito. INTOXICAÇÃO CRÔNICA: são alterações no estado de saúde de um indivíduo ou de um grupo de pessoas que também resultam da interação nociva de uma substância com o organismo vivo. Aqui, porém, os efeitos danosos sobre a saúde humana, incluindo a acumulação de danos genéticos, surgem no decorrer de repetidas exposições ao toxicante, que normalmente ocorrem durante longos períodos de tempo. Nestas condições os quadros clínicos são indefinidos, confusos e muitas vezes irreversíveis. Os diagnósticos são difíceis de serem estabelecidos e há uma maior dificuldade na associação causa/efeito, principalmente quando há exposição a múltiplos produtos, situação muito comum na agricultura brasileira. A intoxicação crônica manifesta-se através de inúmeras patologias, que atingem vários órgãos e sistemas, com destaque para os problemas imunológicos, hematológicos, hepáticos, neurológicos, malformações congênitas e tumores. INSETICIDAS ORGANOFOSFORADOS (OF) E CARBAMATOS (CARB) MECANISMOS DE AÇÃO: Os inseticidas OF ligam-se ao centro esterásico da acetilcolinesterase (AChe), impossibilitando-a de exercer sua função de hidrolisar o neurotransmissor acetilcolina em colina e ácido acético. (inibição de enzimas colinesterases, especialmente a acetilcolinesterase, levando a um acúmulo de acetilcolina nas sinapses nervosas, desencadeando uma série de efeitos parassimpaticomiméticos) Os inseticidas CARB agem de modo semelhante aos OF, mas formam um complexo menos estável com a colinesterase (inibidores reversíveis das colineslerases), permitindo a recuperação da enzima mais rapidamente. A AChe está presente no sistema nervoso central (SNC), sistema nervoso periférico (SNP) e também nos