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Ação indenizatória (1)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 
XX JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DO FORÚM REGIONAL DA 
BARRA DA TIJUCA 
 
 
Maria de Oliveira, Brasileira, Solteira , da lar, inscrita no CPF 
sob o n. 890426450-00, e no RG: 98765-0 residente e domiciliada à 
Rua das Flores 89- RJ - Cep.: 23460-001 , por seus procuradores 
legalmente com escritório profissional à Estrada dos 
Bandeirantes 5768, RJ endereço 
eletrônico Filippe.martins1@hotmail.com – vem respeitosamente 
à presença de Vossa Excelência com fulcro no art. 389, 
do CC propor: 
 
 
 
AÇÃO INDENIZATÓRIA CUMULADO COM PEDIDO DE DANOS 
MORAIS 
em face de Supermercado Mundial, pessoa jurídica de direito 
privado, inscrita no CNPJ sob o nº 60.701.190/0001-04 , com 
sede à , XXXXX São Paulo - SP, com endereço de 
correspondência na AV das Américas 20500 Rio de Janeiro, o que 
faz pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
 
 
Dos Fatos 
 
No dia 19 março, Maria foi ao Supermercado Mundial, na Av. das 
Américas, 20500, CEP.20590-032, fazer suas compras como de 
costume, ao terminar passou na caixa pagou tudo, então na hora da 
saída um segurança do Mundial, aos gritos raivosos falou que tinha 
compras escondida nas roupas de Maria, ou seja lhe atribuiu um delito, 
foi encaminhada então para a gerência onde foi constatado de que não 
tinha nada escondido, e que suas compras foram pagas normalmente. 
Maria chorando muito, arrasada e humilhada, ainda quis tentar 
argumentar que não tinha nada escondido, mesmo assim foi 
constrangida na presença de diversas pessoas. Na hora da abordagem 
Vera da Silva e Luzia Melo, viram todo o ocorrido. E então Maria decidiu 
com ambas que seriam testemunhas sobre o acontecido, passando 
então seus endereços e identificações 
 
 
Da Aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor: 
Trata-se puramente de relação de consumo, devendo, portanto, a 
matéria ser apreciada com fulcro na Lei nº 8.078/90. 
O Código de Defesa do Consumidor define, de maneira bem 
nítida, que o consumidor de produtos e serviços deve ser 
agasalhado pelas suas regras e entendimentos, senão vejamos 
"Art. 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final." 
"Art. 3º: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, 
montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. (...) 
" 
§ 2º. Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de 
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza 
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista." 
Portanto, é evidente o dever do requerido em indenizar o 
requerente, independentemente de culpa. 
Com esse postulado o Código de Defesa do Consumidor consegue 
abarcar todos os fornecedores de produtos ou serviços – sejam 
eles pessoas físicas ou jurídicas – ficando evidente que devem 
responder por quaisquer espécies de danos porventura causados 
aos seus tomadores. 
Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização da 
requerida sob a égide da Lei nº 8.078/90, visto que se trata de 
um fornecedor de serviços que, independentemente de culpa, 
causou danos efetivos a um de seus consumidores. 
 
 
 
 
 
Da inversão do Ônus da Prova: 
Percebe-se, outrossim, que a requerente deve ser beneficiada pela 
inversão do ônus da prova, pelo que reza o inciso VIII do 
artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que 
a narrativa dos fatos encontra respaldo nos documentos anexos, 
que demonstram a verossimilhança do pedido, conforme 
disposição legal: 
"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, 
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for 
ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências;" 
O requerimento ainda encontra respaldo em diversos estatutos 
de nosso ordenamento jurídico, a exemplo do Código Civil, que 
em seus arts. 927 e seguintes evidenciam a pertinência do pedido 
de reparação de danos. 
Além disso, segundo o Princípio da Isonomia, todos devem ser 
tratados de forma igual perante a lei, mas sempre na medida de 
sua desigualdade. Ou seja, no caso ora debatido, o requerente 
realmente deve receber a supracitada inversão. 
 
Do Dano Moral 
A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais 
diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada 
pelo art. 5º, inc. V e Xda Carta Magna/1988: 
“Art. 5º (omissis): 
V “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, 
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;” 
X “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação” 
Outrossim, os artigos 186 e 927, do Código Civil, assim 
estabelecem: 
“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” 
“Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar 
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” 
Também, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, 
protege a integridade moral dos consumidores: 
“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor:” 
(...) 
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos e difusos.” 
No caso em tela, a sensação de impotência ao tentar obter uma 
resolução do problema junto ao banco, sendo tratada por este 
com descaso e negligência mesmo diante da explanação do 
problema, tem atingido de pronto sua alma. 
Independente de todo exposto, é entendimento pacífico na 
doutrina e jurisprudência a responsabilidade objetiva do 
requerido, a qual independe de culpabilidade, vez que incorreu 
em lamentável falha, gerando com isso o dever de indenizar, em 
razão de defeito na prestação de serviços. 
Com relação ao dano moral puro, resta igualmente comprovado 
que o requerido, com sua conduta negligente e irregular, violou 
diretamente direito do requerente, qual seja, de ter sua paz 
interior e exterior inabalada por situações com ao qual não 
concorreu. Trata-se do direito da inviolabilidade à intimidade e à 
vida privada. 
A indenização dos danos puramente morais deve representar 
punição forte e efetiva, bem como, remédio para desestimular a 
prática de atos ilícitos, determinando, não só ao requerido, mas 
principalmente a outras instituições financeiras, a refletirem bem 
antes de causarem prejuízo à outrem. 
 
 
DO REQUERIMENTOS 
Ante o exposto, requer: 
A) A citação do requerido, na pessoa do seu representante legal, 
querendo, oferecer sua defesa na fase processual oportuna, sob 
pena de revelia e confissão ficta da matéria de fato, com o 
consequente julgamento antecipado da lide; 
B) A procedência do pedido, com a condenação do requerido ao 
ressarcimento do dano material em dobro diante da cobrança 
indevida, no valor 40 salários mínimos, acrescido de juros e 
correção monetária desde a data do evento;. 
C) Requer a Vossa Excelência o deferimento das testemunhas 
conforme rol abaixo 
 
D) Requer a produção de todas as provas necessárias por todos 
os meios de prova em direito admitidas e cabíveis à espécie, 
especialmente pelos documentos acostados. Conforme Art. 32, 
Art. 34 da lei 9099/95 
Dá-se à presente o valor de 40 salários mínimos 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Rio de Janeiro, 15 de Abril de 2021 
 
Filippe Martins 
OAB/RJ 2828.28 
 
Rol de testemunhas 
 
Vera da Silva 
CPF 1246985 RG 562186 
Endereço : Av Gilka machado 69 
 
Luzia Melo 
CPF 584545 RG 1245979 
Endereço: Av Gilka machado 78

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