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ORÇAMENTO EMPRESÁRIAL UMA FERRAMENTA DE CONTROLE E GESTÃO

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Pós-Graduação em Negócios 
_______________________________ 
1 Artigo apresentado como avaliação parcial do curso de Pós-graduação em Negócios (Controladoria, Contabilidade Societária 
E Planejamento Tributário) da UniRitter Laureate International Universities, no ano de 2018, sob orientação do Prof. Dr. 
Alexandre Lerch Franco. 
2 Graduado em Ciências Contábeis. E:mail: tiago@xavier.cnt.br. 
 
ORÇAMENTO EMPRESÁRIAL UMA FERRAMENTA DE CONTROLE E GESTÃO1 
Tiago Deport Xavier2 
RESUMO 
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a utilidade do orçamento empresarial como 
ferramenta de gestão e controle para as empresas. Como objetivos específicos, o estudo verifica 
a importância do orçamento para a empresas, apresentar as premissas para a elaboração do 
orçamento, identificar as vantagens e desvantagens do orçamento empresarial como ferramenta 
de gestão e controle nas empresas e explicar as limitações para a elaboração do orçamento. A 
metodologia de pesquisa adotada foi a pesquisa exploratório-descritiva com aplicação de um 
questionário com perguntas abertas, na qual duas empresas participaram. A conclusão 
apresentada por este trabalho revela que o orçamento de gestão corporativa é utilizado pelos 
gestores das duas empresas como uma ferramenta de apoio para as decisões e controle gerencial 
e que o processo orçamentário adotado atende ao necessário. 
Palavras-chave: Orçamento Empresarial, Importância, Ferramenta de Gestão, Tomada de 
Decisão, Controle. 
ABSTRACT 
This paper aims to demonstrate the usefulness of the business budget as a management and 
control tool for companies. As specific objectives, the study examines the importance of the 
budget for companies, presents the premises for budgeting, identifies the advantages and 
disadvantages of the business budget as a management and control tool in companies and 
explains the limitations to budgeting. The research methodology adopted was the exploratory-
descriptive research with application of a questionnaire with open questions, in which two 
companies participated. The conclusion presented by this work reveals that the corporate 
management budget is used by the managers of the two companies as a support tool for 
management decisions and control and that the budget process adopted meets the necessary. 
 
Keywords: Business Budget, Importance, Management Tool, Decision Making, Control. 
 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Entre muitos controles gerencias, o orçamento empresarial, está sendo uma ferramenta 
de grande importância para monitoramento do desempenho organizacional. 
Como ferramenta de gestão e controle orçamento empresarial é uma importante linha 
de pesquisa da Contabilidade Gerencial. Ele é fortemente atuante em todo o processo 
operacional da empresa, pois envolve todos os setores da companhia, ou seja, é um plano de 
ação que ajuda na coordenação e implementação de um plano, processando dados constantes 
do sistema de informação contábil atual, introduzindo dados previstos para o exercício futuro 
com suas devidas alterações. 
Visto a acirrada concorrência advinda da globalização, as empresas se veem obrigadas 
a melhorarem seus processos decisórios, tornando-se mais competitivas. Desta forma, um maior 
volume de operações e disputa entre empresas, face necessária novas práticas gerenciais para 
um ambiente de maior complexidade. 
Face ao exposto, exige-se do contador uma postura gerencial, ligado diretamente a 
administração, apresentando informações eficientes em tempo hábil para a tomada de decisões 
visando o crescimento da empresa. 
Atualmente, a contabilidade deixou de ser fiscalista, não tendo mais suas atividades 
voltas unicamente para atender as demandas fiscais exigidas no Brasil, surgindo para a 
necessidade de abandonar as análises históricas passadas, mas também projetar e estabelecer 
metas visando o futuro da empresa e tomada de decisão. Um bom planejamento, organização e 
controle empresarial, são variáveis imprescindíveis em seu desempenho organizacional. 
Diversas companhias utilizam orçamento empresarial como meio de controle, através 
da avaliação de resultados e desempenho, comparando o projetado com o realizado. Sendo 
assim, o orçamento empresarial se tornou uma ferramenta necessária à etapa do processo de 
administração denominado planejamento estratégico. Através deste processo são traçadas as 
metas e estratégias para se atingimento dos objetivos. 
A necessidade de mais instrumentos que forneçam informações completas e eficientes 
ao um baixo custo e tempo, sendo que por meio destas informações será possível o 
monitoramento através do orçamento possibilitando avaliar se o planejamento inicialmente vem 
sendo seguido, ou se é necessário adotar mudanças. Permitindo através do orçamento, a 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
realização de projeções financeiras das demonstrações contábeis, transformando-se em metas 
pré-estabelecidas. 
Várias etapas compõem a implantação do orçamento em uma companhia: Uma delas e 
a elaboração das projeções das demonstrações financeiras para os próximos períodos, através 
das expectativas de seus colaboradores e administradores. Tornando-se assim mais real o que a 
empresa espera para o futuro. 
Com intuito de maximizar resultado diversas organizações empresariais utilizam-se da 
ferramenta gerencial denominada orçamento empresarial com o objetivo de planejar, executar 
e controlar suas ações econômicas e financeiras. 
 Desta forma questionamos: qual a utilidade do orçamento empresarial como ferramenta 
de gestão e controle para as empresas? 
O objetivo geral deste trabalho consiste em demonstrar a utilidade do orçamento 
empresarial como ferramenta de gestão e controle para as empresas. 
Para atingir o objetivo geral, propõem-se os seguintes objetivos específicos: 
 
a) Analisar a importância do orçamento para as empresas; 
b) Apresentar as premissas para a elaboração do orçamento; 
c) Identificar as vantagens e desvantagens do orçamento empresarial como ferramenta 
de gestão e controle nas empresas; 
d) Explicitar as limitações para a elaboração do orçamento 
 
 A contabilidade voltada a gestão da empresa apresenta diversos benefícios, dentre eles 
o fornecimento de informações seguras e hábeis, uma vez que o sucesso de uma organização 
ou até mesmo sua própria continuidade depende diretamente da tomada de decisões baseadas 
nestas informações. 
A abordagem ao presente tema pretende contribuir com a sociedade, de forma mais 
direta com a comunidade acadêmica do curso de Ciências Contábeis com sua produção 
científica, podendo ser usado como auxílio para outros trabalhos, colaborando assim, com o 
desenvolvimento econômico e social. Além desta introdução, o presente trabalho vem seguido 
das seguintes seções: referencial teórico, que procura enfatizar os principais referenciais 
relacionados ao tema de pesquisa, a metodologia da pesquisa que serão expostos os 
procedimentos metodológicos, seguido da análise e tratamentos dos dados e por fim serão 
apresentadas as considerações. 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Nesta seção serão abordados os principais assuntos alusivos ao referencial teórico 
relacionados ao Orçamento Empresarial. 
 
2.1 Orçamento Empresarial: Conceitos e funções 
 
O orçamento é a etapa do processo do planejamento estratégico no qual é estimada e 
determinada a melhor relação entre resultados e gastos para atender às necessidades, às 
características e aos objetivos da empresa em determinado período (TAVARES, 2000). 
 “O orçamento é o plano financeiro para implementar a estratégia da empresa para 
determinado exercício. É maisdo que uma simples estimativa, pois deve estar baseado no 
compromisso dos gestores em termos de metas a serem alcançadas”, segundo Frezatti (2009). 
A técnica orçamental foi introduzida no Brasil em 1950, mas foi a partir dos anos de 
1970 que as empresas nacionais se conscientizaram da importância do planejamento e do 
controle de suas principais atividades. A globalização e a concorrência obrigaram as empresas 
dos países desenvolvidos a estabelecer rotinas para suas atividades, para que pudessem fazer 
uma previsão dos resultados a serem alcançados (ZDANOWICZ, 1984). 
A definição de orçamento conforme Padoveze e Taranto (2009) é: “o orçamento é o ato 
de colocar à frente aquilo que está acontecendo hoje. Mais especificamente, é a expressão 
quantitativa de um plano de ação, que se caracteriza como um modelo de programação de 
atividades”. 
De acordo com Welsch (2012) “o orçamento é um instrumento, que pode ser resumido 
como um plano de ação detalhado, de alta relevância para acionistas, presidentes, diretores e 
gerentes de áreas específicas”. 
Já para Horngren, Sundem e Stratton (2004) “o orçamento é um método pelo qual os 
gestores utilizam como apoio para suas funções de planejamento e controle. O orçamento ajuda 
os gestores a traçar os objetivos”. 
Os orçamentos também prevêem meios para comunicar as metas a curto prazo da 
empresa a seus membros. Orçar as atividades das organizações é também refletir aos gerentes 
que entendem as metas da empresa e proporcionar oportunidade para seus planejadores seniores 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
corrigirem distorções nas metas da organização. Também serve para coordenar muitas 
atividades de uma empresa, mostra o efeito dos níveis de vendas sobre as atividades de compras, 
de produção e administrativas e sobre o número de funcionários que precisam ser contratados 
para atender aos clientes, então o orçamento é uma ferramenta que força a coordenação das 
atividades da organização e ajuda a identificar problemas de coordenação. (ATKINSON, 2000). 
Conforme o Autor para melhor comparabilidade os orçamentos devem ser preparados 
por períodos específicos, propiciando resultados efetivos para o período frente aos resultados 
planejados. Requer três tipos de recursos para períodos diferentes: 
 
1- Recursos flexíveis, que resultam em custos variáveis. Estes podem ser obtidos 
ou podem ser descartados no curto prazo; 
2- Recursos comprometidos a médio prazo, que resultam em custos fixos; 
3- Recursos comprometidos a longo prazo, que resultam em custos fixos. 
(ATKINSON, 2000, p. 467) 
 
Os orçamentos garantem uma estrutura dentro da qual funcionários, departamentos e a 
empresa toda podem trabalhar. Estimulam as pessoas a pensar no futuro e planejar com 
antecedência. Comparar diferentes orçamentos pode ajudar a coordenar e motivar os 
funcionários. Também fornece uma maneira de avaliar detalhadamente diferentes aspectos da 
empresa. (BROOKSON, 2000) 
“O orçamento obedece rigidamente à estrutura informacional contábil, seja do plano de 
contas, seja do plano de departamentalização” (PADOVEZE, 2005, p.189). 
Em uma empresa, o orçamento pode ser global, no sentido de abranger todas as suas 
unidades e atividades em um período. Também é possível que uma empresa faça uso de 
orçamentos parciais, previsões e programas apenas para certos aspectos das suas atividades, 
como por exemplo, vendas por produto, região ou cliente. (SANVICENTE,1977). 
Uma das principais funções dos orçamentos consiste na coordenação dos esforços que 
serão desenvolvidos pelas diversas áreas e gestores, para a realização dos objetivos da empresa 
em sua totalidade, que tornam obrigatória uma coordenação entre eles, conciliando os seus 
resultados ao interesse maior da empresa. (CATELLI, 2001). 
Para Oliveira, Perez Jr e Silva (2002) o papel do orçamento na gestão de uma empresa 
é bem compreendido se for relacionado às funções administrativas, que podem ser resumidas 
em três funções básicas: planejamento, organização e controle. 
 
Planejar: representa a forma como ele e sua empresa pretendem atingir os objetivos 
propostos; 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
Organizar: representa a melhor disposição dos recursos da empresa. Suas 
atividades, as de seus subordinados e todos os recursos disponíveis deverão estar 
dispostos de maneira a alcançar os objetivos propostos de forma mais eficiente e 
eficaz; 
Controlar: representa a segurança de que sua própria energia e ações, bem como a 
de seus subordinados, estejam coordenadas com a implementação dos objetivos da 
organização. (OLIVEIRA, PEREZ JR e SILVA, 2002, p. 116). 
 
 
Como toda ferramenta de controle, o orçamento se utiliza de técnicas para ser elaborado 
e de informações previamente determinadas, sendo um balizador para empresa na execução dos 
objetivos pré-estabelecidos dentro das metas do planejamento estratégico. 
 
2.2 Premissas para elaboração do Orçamento 
 
Entende-se por premissa aquela na qual é elaborada a fim de balizar todo o processo de 
planejamento da empresa, devendo estar alinhada as metas e a realidade da entidade. Para 
Padoveze (2005) as premissas são “dados de ordem geral e que tendem a afetar, direta ou 
indiretamente, toda a empresa e que, depois de assumidas, devem ser rigorosamente respeitadas 
sem discussão”. 
As premissas devem ser elaboradas segundo Passarelli e Bomfim (2003) com o intuito 
de alinhar quais a previsões que deverão ser feitas, evitando orçamentos desordenados, em 
relação a estratégia definida pela diretoria para com os objetivos parciais de cada gerência 
operacional da companhia, comunicando então a cada um, orientações básicas sobre o 
orçamento que está sendo realizado. Portanto estas servem de base para o planejamento 
orçamentário, e por consequência influenciam a elaboração de suas peças orçamentárias, pois 
são elas que apontam qual a realidade da entidade no momento da elaboração do orçamento, 
bem como, qual deverá ser a forma de realização do mesmo, a fim de alcançar o objetivo 
estipulado pela organização. 
As "Premissas" ou "Pressupostos" são definidos pela empresa "antes" do "Processo de 
Planejamento" e do Orçamento, sendo utilizados no Orçamento. (FREZATTI, 2009) 
 
2.3 Limitações do Orçamento 
 
O sistema orçamentário também apresenta como qualquer outra ferramenta gerencial e 
administrativa, suas limitações que devem ser consideradas pelos gestores. 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
Para os autores Oliveira, Perez Jr e Silva (2002) entre essas restrições, podem elencar 
as seguintes: 
a) Os dados contidos no orçamento são estimados, sujeitos, portanto a erros conforme a 
sofisticação do processo de estimativa e a própria incerteza inerente ao ramo em que a 
empresa atua; 
b) O custo do sistema cresce à medida que aumenta a sofisticação em seu processo. É 
preciso estabelecer um ponto em que o sistema apresente vantagens na relação custo x 
benefício; 
c) O orçamento não deve tomar o lugar da Administração. Ele deve ser um instrumento de 
apoio à tomada de decisões e não deve substituir a flexibilidade, a criatividade e o bom 
senso dos gestores. 
 
Os orçamentos trazem numerosos benefícios para a empresa, mas também podem 
apresentar inconvenientes. Orçamentos aumentam a papelada e podem drenar muita força de 
trabalho em seus estágios iniciais. Os resultados do orçamento aparecem lentamente, já que os 
benefícios serão vistos no ano seguinte, exigem certa padronização o que pode levar à falta de 
flexibilidade. (BROOKSON,2000). 
É um instrumento que se presta a múltiplas funções, e várias dessas funções podem ser 
conflitantes. Os conflitos são inerentes a qualquer sistema de gestão que envolve delegação de 
responsabilidades. Cabe ao controller e aosexecutivos principais da empresa a administração e 
coordenação das múltiplas funções do orçamento e seus conflitos. (PADOVEZE, 2005). 
Segundo o autor um consórcio britânico de 20 grandes empresas investiga a vida 
empresarial sem o plano orçamentário. 
As limitações centram-se basicamente nos seguintes pontos abordado por Padoveze 
(2010): 
 
• Ferramental ineficiente para o processo de gestão e frustração com os resultados obtidos 
no processo; 
• O orçamento engessa em demasia a empresa, impedindo a criatividade e o 
empreendimento dos gestores setoriais, provocando conformismo, medo ou 
insatisfação; 
• Impossibilidade de utilização deste ferramental em situações de crônica variação de 
preços; 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
• Extrema dificuldade de obtenção dos dados quantitativos para as previsões e 
volatilidade do futuro; 
• Altamente consumidor de tempo e recursos e criador em excesso de rotinas contábeis; 
• Falta de cultura orçamentária; 
• Utilização de tecnologias de informação inadequadas. 
 
O plano orçamentário, como qualquer outra ferramenta de controladoria, é um exercício 
de aprendizado permanente e só pode ser desenvolvido e atingir um grau de utilização eficaz, 
se praticado. Os problemas ou as dificuldades que surgem do processo devem ser analisados se 
encontradas as soluções, ainda que sejam em curto prazo (PADOVEZE, 2010). 
 
2.4 Vantagens e desvantagens do orçamento 
 
Para Oliveira, Perez Jr e Silva, (2002) as vantagens do desenvolvimento de um 
planejamento orçamentário estão principalmente no estabelecimento de metas claras a serem 
atingidas, e na definição de responsabilidade dos diversos departamentos. Essa ferramenta 
gerencial obriga os envolvidos a trabalharem em sintonia, comprometidos com o resultado 
global e não individual. 
Para os autores o orçamento tem como objetivo controlar o patrimônio de qualquer 
entidade, independente do seu porte e de suas incertezas. Os principais benefícios são: 
 
a- Formaliza as responsabilidades pelo planejamento, obrigando os administradores 
a pensar à frente e encorajando o estabelecimento de objetivos de lucros; 
b- Estabelece expectativas definidas, o que o torna a melhor base de avaliação do 
desempenho superior; 
c- Auxilia os administradores a coordenar seus esforços, de forma que os objetivos 
da organização em sua totalidade se harmonizem com os objetivos de suas partes, 
permitindo a integração das atividades, departamentos e funções dentro da empresa; 
d- Formaliza um instrumento de comunicação. Cada funcionário deve observar 
como suas atividades contribuem para as metas internas diárias e para o objetivo 
global da empresa; 
e- Dota a organização de um instrumento de controle operacional, permitindo a 
comparação dos resultados alcançados com as metas preestabelecidas. (OLIVEIRA, 
PERES JR e SILVA, 2002, p. 122-123). 
 
 
As empresas se beneficiam muito de um programa orçamentário. De acordo com 
Garrison e Horeen (2001) foram elencadas as seguintes vantagens: 
 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
• os orçamentos fornecem um meio de transmitir os planos da administração a toda 
organização; 
• o processo orçamentário proporciona um meio de alocação dos recursos às partes da 
organização para que eles possam ser empregados de maneira mais eficaz; 
• os orçamentos forçam os gerentes a pensar no futuro e planejá-lo; 
• o processo orçamentário pode revelar potenciais gargalos antes que eles ocorram; 
• os orçamentos coordenam as atividades de toda a organização, por meio da integração 
dos planos das diversas partes. Sua elaboração ajuda a assegurar que todos estão 
trabalhando na mesma direção; e 
• os orçamentos definem as metas e objetivos que podem servir de referência para uma 
posterior avaliação de desempenho. 
 
Welsch (2010) apresenta algumas desvantagens que devem ser levadas em consideração 
no uso do orçamento: a) os resultados podem apresentar variações por se tratarem de projeções 
ou estimativas; b) necessidade constante de aperfeiçoamento do processo e suas técnicas; c) a 
eficácia da execução depende dos esforços contínuos dos gestores; e d) o orçamento não pode 
ser analisado isoladamente para a gestão. 
Segundo Padoveze (2005) as maiores vantagens do orçamento são resumidas em: 
 
1. A orçamentação compele os administradores a pensar à frente pela formalização de suas 
responsabilidades para planejamento; 
2. A orçamentação fornece expectativas definidas que representam a melhor estrutura para 
julgamento de desempenho subsequente. 
3. A orçamentação ajuda os administradores na coordenação de seus esforços, de tal forma 
que os objetivos da organização como um todo sejam confrontados com os objetivos de 
suas partes. 
 
O orçamento possibilita muitas vantagens para as empresas que o adotam, tais como: a 
redução de incertezas perante uma economia instável, a melhoria do desempenho das pessoas 
envolvidas no plano orçamentário, decisões mais coesas e próximas da realidade, maior 
segurança para decisões futuras, sempre se tendo em vista a maximização dos resultados. 
Como desvantagens Padoveze (2005) explica que em algumas vezes na elaboração, 
como também durante a aplicação do orçamento, pode ocorrer a possibilidade de os desejos, 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
necessidades ou metas de determinado setor estejam em desacordo com outro determinado 
setor, prejudicando o objetivo maior da companhia, gerando informações conflitantes, que 
conforme o autor citado estes conflitos estão inerentes a qualquer tipo e modelo de gestão, por 
envolver delegação de responsabilidade e liberdade de ação. 
Já para Hope e Fraser (2003), “as empresas modernas rejeitam centralização, 
planejamento inflexível, a comando e controle”. Estes autores enumeram uma série de 
desvantagens ou problemas proporcionados pelo processo orçamentário, dos quais se destacam: 
 
• o processo orçamentário começa pelo menos quatro meses antes do início do ano fiscal, 
ou seja, é demorado e com ênfase em curto prazo, geralmente um ano; 
• apesar da capacidade de possantes computadores de trabalhar os números, o processo 
orçamentário continua sendo arrastado e oneroso, absorvendo até 30%do tempo da 
gerência; 
• num sistema de processo orçamentário tradicional, metas de custo inflexíveis podem ter 
o efeito de limitar o volume de negócios assumido por uma unidade; 
• o orçamento vislumbra uma “linha de chegada” fixa no fim do ano fiscal, quando lucros, 
custos e outros elementos são medidos em relação às metas do orçamento, àquela altura, 
ultrapassadas; 
• orçamentos e mesmo “atualizações” de orçamentos convencionais envolvem 
recompilações detalhadas de dados e exigem vários escalões de aprovação; 
• o uso do orçamento, em casos extremos, no intuito de alcançar um melhor desempenho, 
pode levar ao colapso da ética corporativa; 
• o orçamento desautoriza a linha de frente, desencoraja a partilha de informações e 
retarda a resposta à evolução do mercado até que seja tarde demais. 
 
Welsch (2010) apresenta algumas desvantagens que devem ser levadas em consideração 
no uso do orçamento: a) os resultados podem apresentar variações por se tratarem de projeções 
ou estimativas; b) necessidade constante de aperfeiçoamento do processo e suas técnicas; c) a 
eficácia da execução depende dos esforços contínuos dos gestores; e d) o orçamento não pode 
ser analisado isoladamente para a gestão. 
Souza (2007) defende que grande parte das empresas falha na utilização do orçamento 
para a melhoria do desempenho organizacional por não utilizar essa ferramenta para melhorar 
a comunicação e a coordenação entre os vários níveis funcionais da organização, e ainda no 
 
 
 Pós-Graduação em Negóciosdesalinhamento do orçamento com as estratégias organizacionais. Soares e Neves Júnior (2004) 
apontam como principais problemas a demora e o elevado custo para elaboração e avaliação de 
desempenho com base nos objetivos e nas metas propostas. 
Apesar das desvantagens, pode-se dizer que as vantagens se sobressaem, pois a maioria 
das limitações é fruto da má aplicação do processo orçamentário e de interesses pessoais da alta 
administração. É possível dizer que as vantagens da utilização do plano orçamentário envolvem 
a fixação concreta dos objetivos e das políticas para a empresa, uma integração na fixação dos 
objetivos, uma redução de tempo gasto pela alta administração mediante a delegação de poderes 
e autoridade, além de permitir uma correta identificação dos pontos de eficiência e ineficiência 
no desempenho das atividades. 
 
2.5 Tipos de Orçamento 
 
Alguns diferentes tipos de orçamento foram verificados, conforme citamos abaixo: 
 
Orçamento Base Zero 
Neste processo orçamentário os gestores prepararam o orçamento a partir de uma base 
zero no qual não permite incluir atividades ou funções, a menos que os gestores justifiquem 
suas necessidades. Geralmente neste tipo de orçamento é comum cortes e reduções. O gestor 
ao adotar este orçamento deve justificar detalhadamente todas suas dotações solicitadas 
cabendo-lhe explicar o porquê do gasto desse investimento. Há ainda a preparação de um pacote 
de decisões para cada atividade operacional incluindo análise de custo, finalidade, alternativas, 
medidas de desempenho, risco, retorno do investimento e consequências da não execução. O 
orçamento base zero busca a garantia da eficiência, economia e financeira das atividades. 
(PYHN, 2007) 
Segundo Lunkes (2008, p. 88), “o orçamento de base zero propõe reexaminar todas as 
suas atividades e prioridades, recursos financeiros a partir da estaca Zero, ao se projetar um 
novo exercício social”. Segue Lunkes (2008), afirmando que no OBZ os responsáveis pela 
gestão possuem a obrigação de justificar para apropriações dos recursos, levando-se em 
consideração a relação de custo/benefício ou a análise evolutiva dos acontecimentos. 
 Conforme Raza (2016, p.1), “o orçamento base zero é um meio prático de os gestores 
empresariais não cair na zona de conforto; é uma ferramenta que avalia as reais necessidades 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
ou os excessos nas empresas sem repetir os mesmos números do ano anterior com pequenos 
acréscimos de 5% ou 10%”. 
Segundo Schmidt, Santos e Pinheiro (2007), o Orçamento Base Zero apresenta as 
seguintes vantagens: 
• é baseada no exame detalhado dos gastos, definindo metas de redução específicas para 
cada gerência de acordo com seu desempenho; 
• justa em propor desafios realistas; • sistemática eficaz de controle e acompanhamento 
dos gastos; 
• envolvimento de todos os níveis da organização; • decisões baseadas em resultados; • 
exige dos setores clareza e detalhamento na justificativa das solicitações de verbas e o 
porquê de cada verba solicitada; 
• sua implantação pode ocorrer em qualquer tipo de organização; 
• força os gestores a refletir sobre as operações e procurar oportunidades de melhoria; 
• coloca em evidência excessos ou duplicidades. 
 
Para Costa, Moritz e Machado (2007) o método OBZ necessita de bastante tempo desde 
o início até a aprovação do orçamento final, pois requer um detalhamento aprofundado das 
atividades e seus respectivos custos. Além disso, requer muito tempo para a gestão, pois os 
custos realizados são analisados e questionados o tempo todo com foco em certificar que 
realmente a organização teve o menor custo possível para determinada atividade. 
Orçamento Flexível 
Este orçamento tem como função auxiliar os gestores a entender por que os orçamentos 
não foram cumpridos, pois através dele os administradores podem obter uma base de melhor 
análise baseando-se no conhecimento padrão de comportamentos dos custos e receitas e, assim, 
preparando o orçamento para uma faixa de nível e não apenas para um nível de atividades. É 
com o orçamento flexível conhecido também como orçamento variável que os padrões e 
orçamentos são estabelecidos representando o que deve ser conseguido. Este tipo de orçamento 
é adaptável as alterações dos níveis de atividade e não a um só nível estático. Sua avaliação de 
desempenho é facilitada pela comparação de feedback aos resultados efetivos com as 
expectativas do orçamento. (ZEUSRIO, 2010) 
 
 
 Pós-Graduação em Negócios 
 
 
Para Padoveze (2010), para solucionar o problema do orçamento estático, surgiu o 
conceito de orçamento flexível, Nesse caso em vez de um único número determinado de volume 
de produção ou vendas, ou volume de atividade setorial a empresa admite uma faixa de nível 
de atividades, onde tendencialmente se situarão tais volumes de produção ou vendas. 
“Orçamento Flexível é um conjunto de orçamentos que podem ser ajustados a qualquer 
nível de atividades” (PADOVEZE, 2010, p.523). 
Para Marion e Ribeiro (2011) orçamentos flexíveis são aqueles que, uma vez 
elaborados, permitem modificações ou ajustes de suas previsões em decorrência dos desvios 
observados durante a sua execução entre o que foi fixado e o que foi realizado. 
Para Padoveze (2010) apesar de ser um conceito com alguma aplicação, foge ao 
fundamento do orçamento que é prever o que vai acontecer. Esse conceito dificulta bastante a 
continuidade do processo orçamentário, que são as projeções dos demonstrativos contábeis. 
Orçamento Estático ou Fixo 
É elaborado o orçamento a partir da fixação de determinado volume de produção ou 
vendas o que, por consequência, estes volumes determinam o volume das demais atividades e 
setores da empresa. Este tipo de orçamento não está sujeito a mudanças ou alterações durante 
o período orçado. Este orçamento se baseia em um nível de planejamento de produção no início 
do período do orçamento, não havendo mudanças no decorrer do tempo. A empresa apenas 
corrige o orçamento em pelo menos dois pontos: o custo de uma atividade e o volume de 
produção. (REFERENCE FOURBUSINESS, 2010) 
Conforme Padoveze e Taranto (2009, p. 33), “[...] este orçamento é o mais comum e 
mais utilizado pelas empresas” e normalmente é desenvolvido no início de um período e 
somente revisto e realizado no final deste período. 
O orçamento consolidado é vital para que a organização tenha uma visão geral de seus 
negócios e dos resultados econômicos esperados [...]. Nesse sentido, o orçamento estático é 
importante, já que eventuais alterações de volume em alguma de suas divisões não 
necessariamente impactarão de forma significativa no total dos orçamentos. (PADOVEZE, 
2009, p. 507). 
 
 
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“O orçamento fixo é raramente utilizado, pois não considera a influência de mudanças 
ambientais, como um volume de vendas menor ou maior do que o previsto”. (BOWERSOX; 
CLOSS; COOPER apud SOUZA; BORINELLI, 2012, p. 39). 
Orçamento Ajustado 
Este modelo de orçamento é derivado do orçamento flexível na qual passa a ser vigorado 
quando se modifica um volume ou nível de atividades que inicialmente foi planejado para outro 
nível decorrente de um ajuste de plano. O que se pode dizer é que o orçamento ajustado é o 
ajuste efetuado nos volumes planejados dentro do conceito de orçamento estático. Neste caso é 
possível fazer ajustes nos volumes planejados para outro nível ou até para com novas 
quantidades obtendo um novo orçamento, no qual permite modificar quantas vezes for 
necessário o orçamento original. (KEEPANDSHARE, 2010) 
Para Souza e Borelli (2012), o orçamento ajustado reflete as alterações no planejamento 
original, de acordo com os valores atualizados à execução do orçamento. 
Assim, Padoveze(2009, p. 509) explica que: 
[...] as variações entre o orçamento e o real, dos meses já acontecidos, são 
desprezadas, prevalecendo os dados reais, que são, então, somados aos meses 
restantes para cumprir o período orçamentário, funcionando esses dados como a 
melhor projeção para todo o período em questão. 
 
 
Apesar de não ter um limite de alterações no orçamento original, Padoveze e Taranto 
(2009) recomendam que sejam desenvolvidos orçamentos ajustados somente quando ocorrerem 
variações realmente significativas, para que não se perca a essência de comparação entre o 
orçado e realizado, que é a justificativa das diferenças. Para a análise dos resultados da 
ferramenta com os valores ajustados, podem ser consideradas duas formas: realizado padrão e 
realizado real. Para o primeiro, a comparação é realizada com base nos valores que deveriam 
ocorrer e a segunda com base nos valores ajustados (SOUZA; BORELLI, 2012). 
Orçamento Matricial 
Os orçamentos, na opinião de Hansen e Mowen (2001), exercem um papel fundamental 
no planejamento e controle organizacional. Dentro os modelos disponíveis no mercado e que 
se inserem em um contexto próximo ao Orçamento Base Zero está o Orçamento Matricial. 
 
 
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Segundo Wanzuit (2009), é uma metodologia gerencial que serve de apoio ao 
planejamento e controle orçamentário e que pode ser implementado por qualquer empresa, 
independente do porte e perfil. 
Conforme Zdanowicz (2005), é um dos métodos de gestão empresarial que está sendo 
utilizado por empresas de vanguarda do terceiro milênio, pois apresenta regras claras e controle 
permanente das atividades por diretoria, gerência, departamento e setor. 
Ele tem por base uma matriz, formada por linhas, representadas pelas contas contábeis, 
e por colunas, representadas por entidades e centro de custos. As linhas, ou contas contábeis, 
são agrupadas por afinidades em conjuntos chamados de pacotes. Nesse liame, existe o gestor 
do pacote, e o gestor da entidade. Por isso, a responsabilidade é cruzada entre ambos os gestores 
para cada conta contábil. O controle matricial torna mais rígida a condução do processo 
orçamentário, pois exige que os gestores tenham mais atenção ao que foi proposto pelo 
orçamento, já que devem prestar contas de todas as despesas geradas pelo seu setor. Este tipo 
de orçamento sugere um exame minucioso dos gastos, com acompanhamento e controle de 
gastos por setor. (PADOVEZE E TARANTO, 2009). 
Na opinião de Souza (2010), o Orçamento Matricial tem como desvantagens o 
comportamento disfuncional, diversos chefes e confusão de posições hierárquicas. 
 
Orçamento Beyond Budgeting 
O objetivo principal deste orçamento é criar ambientes de trabalho favoráveis em 
fabricas e bancos, com sólida cultura organizacional e um auto gerenciamento tudo isso 
vinculado a responsabilidade. Este orçamento deve ser capaz de fornecer aos colaboradores 
motivação e aos clientes da empresa, para isso é fundamental visão. O Beyond Budgeting é 
projetado a médio e longo prazo, em torno de 18 meses. (FREZATTI, 2007). 
Segundo Padoveze (2009, p. 82) o beyond budget é “um conjunto de processos 
alternativos que apoiam objetivos, reconhecimento, planejamento contínuo [...] e um 
significativo grupo de controle nos vários níveis da administração”. Esse tipo de orçamento 
desestimula o uso do orçamento tradicional, devido a possibilidade de manipulação de dados, 
alto custo e a falta de conexão do orçamento com o ambiente. 
Conforme Espejo e Pereira (2012) uma das vantagens desse orçamento é que esse 
método possibilita estimar os recursos de acordo com os objetivos e políticas da empresa. 
 Esse tipo de orçamento conforme Padoveze (2009) propõe a descentralização da gestão, 
a tomada de decisão e o compromisso com o desempenho são tomados pelos gerentes 
 
 
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operacionais, o que permite que o foco do planejamento estratégico não esteja apenas na alta 
administração. Dessa forma, os gestores estão a frente da tomada de decisões, o que agiliza o 
processo. 
 
Orçamento Rolling Budgeting ou Contínuo 
Este orçamento difere dos anteriores, pois, este analisa os resultados em determinado 
período projetando um novo orçamento quando necessário a fim de diferenciar o que deu 
errado, contudo a análise detalhada das receitas e despesas orientarão a elaboração do 
orçamento para outro período, desta forma, assim que o primeiro mês for realizado, é 
desenvolvido o orçamento para o próximo período. Em outras palavras, Padoveze (2009, p. 
509) explica que “[...] a cada período em que o orçamento ou projeção é realizado, orça-se ou 
projeta-se mais um período futuro, sempre mantendo em orçamento ou projeção uma 
quantidade igual de períodos.” 
Contudo, Atkinson et al. (2008, p. 493) salienta que: 
 
A duração do período orçamentário usada no orçamento contínuo reflete as forças 
competitivas, as exigências de habilidades e as mudanças de tecnologia com que se 
defronta a empresa. O período orçamentário deve ser longo o bastante para a 
empresa antecipar-se as mudanças ambientais importantes e adaptar-se a elas e, 
ainda, curto o bastante para assegurar que as estimativas para o fim do período sejam 
razoáveis e realistas. 
 
 
Padoveze e Taranto (2009) salientam que este conceito também é utilizado como forma 
de ajustes contínuos no orçamento, caracterizando o orçamento ajustado. Neste caso, o 
orçamento passa a ser descaracterizado, pois pelos ajustes periódicos não é possível obter 
justificativas dos gestores sobre as variações ocorridas nos períodos. “O conceito é válido como 
modelo de planejamento contínuo, mas não vislumbra o comprometimento dos gestores, já que 
torna desnecessária a justificação da análise das variações.” (PADOVEZE, 2009, p.511). 
 
 Ele acompanha as atividades de até um ano, sendo que pode ser revisado mensalmente, 
trimestralmente e semestralmente, resultando em um orçamento mais claro e detalhado. Este 
orçamento pode ser utilizado por empresas cujo ramo não prevê situações futuras, adotando o 
orçamento continuo onde a previsão gira em torno de três a seis meses, mesmo que ocorra uma 
atualização mensal. (FREZATTI, 2007). 
 
 
 
 
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3 METODOLOGIA 
 
Nesta seção será tratado o tipo de pesquisa, o delineamento, a população e amostra, os 
instrumentos de coleta dos dados e a análise e apresentação dos dados. 
3.1 Tipos de Pesquisa 
 
A pesquisa em pauta é dotada de procedimentos metodológicos onde se específica como 
uma “[...] etapa que dará início à pesquisa propriamente dita, com a busca exaustiva dos dados, 
recorrendo-se aos tipos de pesquisa mais adequados ao tratamento científico do tema 
escolhido.” (MARTINS, 2008). São passos dados para que o trabalho colocado com seus 
objetivos seja alcançado, realizados de forma científica. 
Quanto aos procedimentos, será utilizado o estudo de caso. O estudo de caso contribui 
para compreendermos melhor os fenômenos individuais, os processos organizacionais e 
políticos da sociedade. É uma ferramenta utilizada para entendermos a forma e os motivos que 
levaram a determinada decisão. Conforme Yin (2001) o estudo de caso é uma estratégia de 
pesquisa que compreende um método que abrange tudo em abordagens especificas de coletas e 
análise de dados. 
Este método é útil quando o fenômeno a ser estudado é amplo e complexo e não pode 
ser estudado fora do contexto onde ocorre naturalmente. Ele é um estudo empírico que busca 
determinar ou testar uma teoria, e tem como uma das fontes de informações mais importantes, 
as entrevistas. Através delas o entrevistado vai expressar sua opinião sobre determinado 
assunto, utilizando suas próprias interpretações. 
Quanto aosobjetivos, a pesquisa caracteriza-se como descritiva, pois os fatos serão 
analisados sem interferência do pesquisador. O processo descritivo visa à identificação, registro 
e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou 
processo. 
De acordo com Sampieri, Collado, Lucio (2006), as pesquisas descritivas “[...] 
pretendem medir ou coletar informações de maneira independente ou conjunta sobre os 
conceitos ou as variáveis a que se referem.” Objetivos realizados com características de buscar 
dados no estabelecimento. 
Quanto à tipologia da pesquisa em relação à abordagem do problema, será à qualitativa. 
De acordo com Martins (2008) a metodologia qualitativa desenvolve estudos que trazem o 
problema de forma ampla na sua complexidade. Analisando, compreendendo e classificando 
http://www.infoescola.com/sociedade/estudo-de-caso/
 
 
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processos no desenvolvimento dos dados coletados, busca-se atingir os conceitos e ações no 
controle abordado. 
 
3.2 População e Amostra 
 
Foram enviados por e-mail 04 questionários, obtendo retorno de 04 respondentes. 
As empresas respondentes são de diversas localidades do estado do Rio Grande do Sul e ramos 
conforme segue: 
 
• Na cidade de Caxias do Sul o questionário foi aplicado em uma Indústria de 
Componentes Hidráulicos; 
• Em Cachoeirinha foi aplicado em uma Metalúrgica e Industria de Autopeças. 
• Em Porto Alegre foi aplicado o questionário em uma Indústria de Máquinas para 
movimentação de granéis sólidos; 
• Em Cachoeirinha foi aplicado em uma Indústria de Produtos Alimentícios. 
 
3.3 Instrumentos de Coleta dos dados 
 
Para alcançar o propósito desta pesquisa, foi utilizado um questionário contendo cinco 
(05) perguntas como instrumento para a coleta de dados. 
Segundo Parasuraman (1991), um questionário é tão somente um conjunto de questões, 
feito para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto. Embora o mesmo 
autor afirme que nem todos os projetos de pesquisa utilizam essa forma de instrumento de coleta 
de dados, o questionário é muito importante na pesquisa científica, especialmente nas ciências 
sociais. 
Parasuraman afirma também que construir questionários não é uma tarefa fácil e que 
aplicar tempo e esforço adequados para a construção do questionário é uma necessidade, um 
fator de diferenciação favorável. Não existe uma metodologia padrão para o projeto de 
questionários, porém existem recomendações de diversos autores com relação a essa importante 
tarefa no processo de pesquisa científica. 
Buscando atingir os objetivos deste trabalho foram elaboradas as seguintes perguntas: 
 
1) Qual a importância do orçamento para a gestão e controle de sua empresa? 
 
 
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2) Quais são as premissas utilizadas pela empresa na elaboração do orçamento? 
3) Quais são as vantagens e desvantagens do orçamento empresarial? 
4) Quais são as limitações identificadas pela empresa para a elaboração do orçamento 
empresarial? 
5) Qual é o tipo de orçamento adotado pela empresa? 
 
3.4 Análise e apresentação dos dados 
 
Conforme Roesch (2007), os pesquisadores ao realizarem uma pesquisa qualitativa, 
buscam maneiras de efetuar a análise dos dados quando se deparam com uma quantidade 
numerosa de dados, notas de pesquisa e depoimentos, que devem ser organizados para 
interpretações posteriores. 
 A pesquisa qualitativa pode descrever a complexidade de determinado problema, fazendo 
com que o leitor compreenda e classifique os processos dinâmicos vividos por grupos sociais e 
possibilita o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (DIEHL E 
TATIM, 2004). 
 Face a coleta das respostas aos questionários desta pesquisa, elencamos abaixo o nome 
das empresas, o cargo dos responsáveis que as responderam, bem como a apresentação dos 
dados coletados. 
1) Empresa: BP Componentes Hidráulicos e Mecânicos Ltda 
Cargo: Controller 
2) Empresa: Bleistahl Brasil Metalúrgica Ltda 
Cargo: Controller 
3) Empresa: Máquinas Condor S/A 
Cargo: Gerente Contábil 
4) Empresa: Ritter Alimentos S/A 
Cargo: Gerente de Controladoria 
 
1) Qual a importância do orçamento para a gestão e controle de sua empresa? 
 
“O orçamento tem uma missão muito importante, pois é um plano que onde esta contida 
as quantidade de recursos (materiais, horas trabalhadas ou recursos financeiros) capazes de 
conduzir a empresa aos seus objetivos. 
 
 
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Esta importante ferramenta de gestão deve acompanhar a estratégia da empresa, o seu 
acompanhamento e controle devem ser constantes para que se possam atingir os objetivos 
planejados para o período” (2018, q.1) 
“Atualmente é indispensável para a companhia a ferramenta do orçamento 
empresarial, visto as salvaguardas nas decisões estratégicas por parte de seus 
administradores. 
Indiferente a sua atividade, natureza ou porte, o orçamento demonstra com razoável 
segurança, de como se comportará os negócios da empresa, em um prazo de cinco 
anos geralmente, mas principalmente para o ano seguinte, proporciona uma visão bem 
aproximada da situação futura. É através do orçamento que se estabelece metas para 
equipe, dando, assim, uma visão clara de onde a empresa quer chegar.” (2018,q.2) 
 
“No nosso caso tem ajudado no controle dasdespesas, receitas e resultados. Além disto, 
utilizamos também para controle de investimentos, como por exemplo, aquisições de maquinas, 
reformas e substituições.” (2018, q.3) 
“O orçamento é de extrema importância, pois antecipa a visão de futuro do resultado 
esperado, detalhando as operações, prevendo cenários diversos possíveis, podendo a 
partir desses cenários, adotar medidas para que o resultado e as metas sejam 
alcançadas, e também através da divulgação do orçamento aos responsáveis, gerentes 
e supervisores, todos tenham uma visão clara do que a alta administração espera 
alcançar no período orçado.” (2018, q.4) 
 
Face as respostas transcritas acima atentamos à importância do orçamento para as 
empresas, visto que mesmo serve de apoio nas decisões estratégicas, bem como uma ferramenta 
que aproxima da realizada as expectativas de resultados futuros da empresa. 
 
Esta conclusão sintoniza-se as definições abordadas por Padozeve e Fernando Cesar 
(2012) “o orçamento é o ato de colocar à frente aquilo que está acontecendo hoje. Mais 
especificamente, é a expressão quantitativa de um plano de ação que se caracteriza com um 
modelo de programação de atividades.” e por Frezatti (2009) “o orçamento é o plano financeiro 
para implementar a estratégia da empresa para determinado exercício. É mais do que uma 
simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores em termos de metas 
a serem alcançadas.” 
 
2) Quais são as premissas utilizadas pela empresa na elaboração do orçamento? 
 
“- Dados Históricos (Vendas e Compras) 
- Perspectivas Econômicas (Juros, Inflação e Cambio) 
- Cenário Mercadológico dos clientes (Dados do mercado de cada setor que vendemos) 
- Decisões de Investimento que irão impactar no resultado econômico da empresa. 
- Algumas premissas do Grupo.” (2018, q.1) 
 
 
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“Vendas (volumes, preços); impostos; compras (nível de estoques e previsão de 
compras); custo das mercadorias vendidas; recursos humanos (pessoal necessário à 
operação); despesas operacionais; custos financeiros; novos negócios e 
investimentos.”(2018, q.2) 
 
“Iniciamos pelo orçamento de vendas com mapeamento das propostas e consultas em 
andamento, refletindo sobre as perspectivas de negócios em cada uma delas.Para as despesas o 
orçamentoparte dos valores do passado e reflete as possíveis mudanças futuras.”(2018, q.3) 
 
“O Plano de Vendas anual, desdobrado mensalmente, definido pelos gerentes 
comerciais, onde são definidas as quantidades, os valores unitários e o mix dos 
produtos; a capacidade produtiva disponível; as taxas de câmbio; a quantidade de 
pessoas diretas e indiretas; o custo minuto e os limites em % dos custos variáveis de 
produção e comercialização.” (2018, q.4) 
 
 Observa-se que as empresas iniciam a elaboração de seus orçamentos com base em uma 
previsão de vendas; seguido dos custos e das despesas passadas (refletidas a possíveis mudanças 
futuras. 
 Tal procedimento alinha-se com Padoveze (2003) as premissas replicadas pelos 
entrevistados são “dados de ordem geral e que tendem a afetar, direta ou indiretamente, toda a 
empresa (...).” 
 
3) Quais são as vantagens e desvantagens do orçamento empresarial? 
 
“Vantagens: Um orçamento requer uma discussão dos objetivos que a empresa possui 
em todos os níveis hierárquicos. Dessa forma, é possível gerar um vínculo maior, uma maior 
integração entre os colaboradores, além disso, mais comprometimento por parte dos mesmos; 
uma vez que eles se envolvem cada vez mais com os resultados planejados. 
Outra Vantagem é o detalhamento por meio de metas, ou seja, através desse 
detalhamento será possível prever o que deverá ser feito, como, quando e por quem. 
 Desvantagens: os custos que são gerados em todas as suas etapas, por isso, é 
indispensável que a empresa tenha seus objetivos muito bem definidos, desde a alta direção até 
a área operacional. 
Outra desvantagem pode ser citada, é que as informações descritas no orçamento 
empresarial, são estimativas, ou seja, a empresa está sujeita a erros maiores ou menores.” (2018, 
q.1) 
 
“Somente vejo vantagens, pois é o mapa do caminho a ser seguido por todos na 
empresa e na nossa organização o orçamento é conhecido pelos vários níveis da 
 
 
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empresa e todos estão imbuídos em cumpri-lo e atingir os resultados previstos.” 
(2018, q.2) 
 
“Inicialmente proporciona uma reflexão antecipada, obrigando a todos quantificar e 
estabelecer o período de realização dos gastos. Na sequência o acompanhamento realizado, 
temos importante aprendizado, criando ambiente próprio para uma autoanálise.”(2018, q.3) 
“Vantagens: controle de gastos; acompanhamento da situação financeira; 
identificação pontos fortes/fracos; conhecimento das gerências dos rumos desejados 
pela administração e Desvantagens: necessidade de pessoal qualificado para 
elaboração do orçamento; conflitos entre setores: vendas x produção (por exemplo); 
pressão nas equipes para atingimento das metas.” (2018, q.4) 
 
 Face a respostas obtidas, constata-se que a principal vantagem do orçamento é permitir 
anteceder ações a serem executadas e proporciona uma reflexão antecipada. Já as desvantagens 
enumeradas observam-se o tempo para elaboração e os conflitos entre os setores foram 
abordados. 
A partir dessas enumerações, as vantagens vão ao encontro das elencadas por Noreen e 
Garrison (2001) como por exemplo: “os orçamentos forçam os gerentes a pensar no futuro e 
planejá-lo, coordenam as atividades de toda a organização, por meio da integração dos planos 
das diversas partes. Sua elaboração assegura que todos trabalhem na mesma direção.” Já as 
desvantagens seguem segundo especificadas por Hope e Fraser (2003): 
 
• o processo orçamentário começa pelo menos quatro meses antes do início do ano fiscal, 
ou seja, é demorado e com ênfase em curto prazo, geralmente um ano; 
• apesar da capacidade de possantes computadores de trabalhar os números, o processo 
orçamentário continua sendo arrastado e oneroso, absorvendo até 30% do tempo da 
gerência; 
• o uso do orçamento, em casos extremos, no intuito de alcançar um melhor desempenho, 
pode levar ao colapso da ética corporativa; 
 
4) Quais são as limitações identificadas pela empresa para a elaboração do 
orçamento empresarial? 
 
 “- Conhecimento do conceito de Orçamento pelos envolvidos 
- Comprometimento com as premissas e informações disponibilizadas para o Orçamento 
- Falta de cultura de acompanhamento dos orçamentos.”(2018, q.1) 
“Dificuldade do envolvimento de toda equipe na elaboração do orçamento; receio da 
equipe de estabelecer metas arrojadas; variação de preços/custos, dificuldade de 
 
 
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previsões de longo prazo, principalmente se envolver variação cambial e instabilidade 
econômica.” (2018, q.2) 
 
“O Orçamento exige conhecimento técnico apropriado em nosso caso realizamos várias 
adaptações para o perfil da empresa e em função disso criamos dificuldades para o correto 
planejamento e controle.” (2018, q.3) 
“A nossa principal limitação é a definição do mix dos produtos, como trabalhamos 
com produto de moda, é difícil definir com muita antecedência o que o mercado vai 
consumir.”(2018, q.4) 
 
 Frente as respostas em modo geral as limitações identificadas são: conhecimento técnico 
e envolvimento da equipe e projeções de longo prazo. 
 Tais proposições vão ao encontro do exposto por Padoveze (2010) na qual as limitações 
centram-se e alguns pontos como: 
• Ferramental ineficiente para o processo de gestão e frustração com os resultados obtidos 
no processo; 
• Extrema dificuldade de obtenção dos dados quantitativo para as previsões e volatilidade 
do futuro e 
• Falta de cultura orçamentária. 
 
5) Qual é o tipo de orçamento adotado pela empresa? 
 
 “Uma mescla entre o Orçamento Estático e Contínuo.”(2018, q.1). 
 “Orçamento Contínuo.” (2018, q.2) 
“Matricial, pela facilidade na elaboração e objetividade que proporciona para controlar 
gastos da empresa.”(2018, q.3) 
“Trabalhamos com o orçamento contínuo (resultados) e complementado com 
o Planejamento Estratégico e com indicadores financeiros específicos de cada 
negócio.” (2018, q.4) 
 
 Verifica-se que para ambas as empresas o tipo de orçamento adotado é o Orçamento 
Contínuo. 
Concatenando ao citado por Frezatti (2007) o orçamento contínuo, ele acompanha as 
atividades de até um ano, sendo revisado mensalmente, trimestralmente e semestralmente, 
resultando em um orçamento mais claro e detalhado. 
 
 
 
 
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 
A utilização do orçamento dentro das empresas que era usado apenas para verificar a 
movimentação financeira virou hoje una das principais ferramentas usadas pelas organizações 
para obter uma vantagem competitiva, tentar se prevenir de eventuais acontecimentos, 
aplicação de investimento em mercados ainda não explorados, mudança de tecnologias, 
pesquisas para novos produtos e inovação. O que faz do orçamento uma ferramenta de base 
para elaboração e aplicação da estratégia da empresa. 
Diante desse contexto, esse artigo teve como objetivo demonstrar a utilidade do 
orçamento empresarial como ferramenta de gestão e controle para as empresas, sendo a 
abordagem a esse tema um meio de contribuir de forma direta com a comunidade acadêmica 
do curso de Ciências Contábeis. 
Como metodologia aplicada nesse artigo utilizou-se como procedimento o Estudo de 
Caso, que contribuiu para uma melhor compreensão dos processos organizacionais e uma 
abordagem mais específica através da coleta e análise de dados. Para a pesquisa, caracterizou-
se a descritiva e o tipo de pesquisa aplicada foi a qualitativa, com o objetivo de desenvolver 
estudos e trazer o problema de forma ampla. 
Para esse artigo foram aplicados 04 questionários, a quatro empresas de ramos diferentes 
e de diversas localidades do estado do Rio Grande do Sul. Com base nas respostas dos 
entrevistados chegamos as seguintes conclusões: 
• Acerca da importânciado orçamento para as empresas, verificou-se que o orçamento é 
uma ferramenta de apoio nas decisões estratégicas e um instrumento que proporciona 
uma antecipação da visão de futuro dos resultados da empresa. 
• Nas premissas utilizadas pelas empresas na elaboração dos orçamentos, observou-se 
que elas partem de uma previsão de vendas; seguido dos custos e das despesas passadas 
(refletidas a possíveis mudanças futuras). 
• Dentro das vantagens do orçamento de forma geral especificou-se que ele permite 
anteceder ações a serem executadas e que proporciona uma reflexão antecipada. Já para 
as desvantagens foram enumeradas o tempo para elaboração e os conflitos entre os 
setores foram abordados. 
• Nas limitações do orçamento de modo geral identificadas teve como objetivo o 
conhecimento técnico, o envolvimento da equipe e projeções de longo prazo. 
 
 
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• Para essas empresas os orçamentos adotados não seguem uma constância, sendo o 
Orçamento Contínuo mais utilizado. 
Podemos verificar que as empresas estão adotando o orçamento empresarial como 
mecanismo de controle, pois ele se tornou uma ferramenta indispensável para o planejamento 
estratégico, uma peça importante na gestão e uma informação necessária para o desempenho da 
organização. Como forma de contribuição, este trabalho aponta e destaca a importância do 
Orçamento Empresarial como ferramenta de controle para as empresas. 
A limitação deste trabalho foi o tempo para a realização e o universo de aplicação. O 
presente artigo não é conclusivo e não pretende esgotar este assunto, sugere um aprofundamento 
da questão com novas pesquisas e uma análise num universo mais amplo e maior número de 
empresas. 
 
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