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MÉTODOS E O DESIGN 6

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ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E 
MÉTODOS E O DESIGN 
ORGANIZACIONAL 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Julio Cezar Bernardelli 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá, pessoal. Sejam bem-vindos à última aula de OSM e o Design 
Organizacional. Neste encontro, vamos conversar sobre os seguintes temas: 
 aplicação e análise de técnicas: construção de organogramas 
 aplicação e análise de técnicas: formulários e manuais 
 aplicação e análise de técnicas: construção de fluxogramas. 
 aplicação e análise de técnicas: construção de cronogramas 
 aplicação e análise de técnicas: construção de Gráfico Gantt 
Na rota anterior, estudamos OSM e a estratégia organizacional, vimos o 
que é eficiência e eficácia, conhecemos as vantagens e desvantagens de 
centralizar ou descentralizar o poder de decisão nas organizações, entendemos 
o que é uma organização virtual e descobrimos algumas novas formas 
organizacionais e organizações não convencionais. 
Nesta aula, estudaremos aplicações e análise de técnicas na construção 
de organogramas, formulários e manuais, fluxogramas, cronogramas e gráfico 
de Gantt. 
“A educação é o nosso passaporte para o futuro, pois o amanhã pertence 
às pessoas que se preparam hoje” (Malcolm X). 
Já tirou seu passaporte? O futuro te espera! 
CONTEXTUALIZANDO 
Administrar uma empresa não é tarefa fácil. 
Definir cargos e funções, desenhar fluxo de operações, capacitar pessoas 
para suas atividades diárias, determinar regras e padrões, estipular datas e 
prazos para realizações, acompanhar se tudo está transcorrendo como 
planejado e ser hábil para corrigir desvios quando necessário, garantindo que o 
resultado final, a data de entrega e a qualidade do produto ou serviço atenderão 
às expectativas do cliente são tarefas inerentes ao administrador de empresas. 
Tomar decisões sem ter dados e informações confiáveis pode levar a 
situações desagradáveis, com resultados catastróficos para uma empresa. 
A utilização de ferramentas de gestão e gráficos de representação pode 
ajudar nessa tarefa gratificante, mas não muito fácil. 
 
 
3 
Para um colaborador que está começando na empresa, saber como 
funciona a hierarquia, os processos, as normas, seus direitos e deveres pode 
criar um clima de mais segurança e confiabilidade, permitindo melhor adaptação 
e desenvolvimento de suas tarefas. 
Existem diversas formas de representar a estrutura formal da empresa, 
com seus cargos e funções, de representar as tarefas desenvolvidas no dia a 
dia, com seus fluxos, de demonstrar como, quando, quem faz e como se faz 
alguma tarefa por meio de representações gráficas que facilitam a visualização 
e o entendimento das pessoas envolvidas. 
Mas para que essas representações gráficas, manuais e formulários 
possam surtir efeito positivo na organização, é preciso que as pessoas saibam 
interpretar corretamente as informações ali apresentadas. 
TEMA 1 – APLICAÇÃO E ANÁLISE DE TÉCNICAS: CONSTRUÇÃO DE 
ORGANOGRAMAS 
Em 1856, Daniel C. McCallum, um superintendente da York and Erie 
Railroad Company (EUA), usou organogramas para mostrar a aplicação da 
administração sistemática em ferrovias. Conforme registros históricos, McCallum 
foi o criador do primeiro organograma de que se tem notícia. 
De acordo com Llatas (2010), organograma é uma fotografia da hierarquia 
empresarial, capaz de facilitar a visualização das relações de autoridade e 
subordinação. 
Simcsik (2001) define organograma como sendo a representação gráfica, 
e portanto estática, dos recursos humanos da empresa, num determinado tempo 
e espaço passados, tentando representar as linhas de comunicação e a 
amplitude de controle e hierarquia do poder e da autoridade. 
Llatas (2010), citando Ballestero-Alvarez (2006), diz que há quatro tipos 
principais de organograma: 
1) organograma em linha; 
2) organograma de assessoria; 
3) organograma funcional; 
4) organograma matricial. 
Já Andreoli (2015), com base em Oliveira (2014), aponta três formas mais 
comumente usadas: 
 
 
4 
1) linear; 
2) funcional 
3) linha-staff. 
Vamos ver cada um deles com base nas definições de Andreoli (2015). 
Organograma linear 
Utilizado para representar estruturas organizacionais formais rígidas, 
demonstrando que a tomada de decisão vem de cima e que os canais de 
comunicação horizontal são quase inexistentes. 
É um organograma simples, de fácil leitura, que foi inspirado nos modelos 
militares e deixa muito clara a distribuição de autoridade na organização. 
Andreoli (2015), citando Chiavenato (2011), diz que a organização linear 
é a forma estrutural mais simples e antiga, tendo sua origem nos exércitos e na 
organização eclesiástica dos tempos medievais. 
As ações e decisões são centralizadas, a comunicação horizontal é 
limitada e a autoridade definida de forma que “subordinados se reportam apenas 
a quem devem e superiores mandam apenas em quem podem”. 
Apresenta um formato piramidal, ou seja, quem está mais próximo do topo 
tem maior poder de decisão, e quem está mais próximo da base tem menor 
poder de decisão e maior responsabilidade na execução. 
Figura 1 –Exemplo de organograma linear 
 
Organograma funcional 
O organograma funcional é utilizado para apresentar as funções que os 
chefes e seus subordinados desempenham na empresa (Llatas, 2010). 
A organização funcional é a forma estrutural baseada na funcionalidade 
ou na especialização das funções (Andreoli, 2015). 
 
 
5 
Ao contrário da organização linear, a organização funcional apresenta 
uma descentralização do poder de decisão, pois é fundamentada de acordo com 
a especialização, e não com o nível hierárquico. 
Nesse modelo, a comunicação é mais direta o que agiliza as tomadas de 
decisão e o fluxo dos processos. A hierarquia torna-se mais flexível. “A 
autoridade também segue esse critério, ou seja, reporta-se a quem detém o 
conhecimento ou a competência técnica para lidar com essa informação e tomar 
as decisões pertinentes ao caso” (Andreoli, 2015) 
Nessa estrutura, algumas vezes os funcionários ficam subordinados a 
mais de uma chefia. 
Figura 2 – Exemplo de organograma funcional 
 
Linha-staff 
Essa forma é uma combinação da organização linear com a organização 
funcional. 
Andreoli (2015) diz que “apesar da junção, a organização linha-staff 
mantém de forma predominante as características da organização linear”. Isso 
quer dizer que continua havendo hierarquia rígida, centralização de autoridade 
e poder, assim como comunicação formal e respeito à hierarquização. 
Apenas nos órgãos de apoio há uma relação diferenciada com 
comunicação mais direta e a relação autoridade poder é baseada na 
especialização. 
 
 
6 
Essa estrutura agrega competência técnica em orientações e 
aconselhamentos, sem que – necessariamente – haja intervenção no 
funcionamento operacional da organização (Andreoli, 2015). 
Conforme a autora citada, essa é a forma mais utilizada e adotada pelas 
organizações, independente do seu tamanho. 
Figura 3 – Exemplo de organograma linha-staff 
 
Os staffs prestam assessoria aos dirigentes a quem estão vinculados, 
mas, apesar dessa ligação direta com pessoas com grande autoridade e poder 
dentro da organização, os staffs não têm poder nem autoridade sobre qualquer 
funcionário. 
Figura 4 – Comparação entre os três tipos de organograma 
 
 
7 
 
Fonte: Reis, 2018. 
Llatas (2010) cita quatro organogramas, os três já vistos e o organograma 
matricial, que, de acordo com a autora, “é certamente o mais complexo”. 
O organograma matricial é uma combinação de duas representações 
estruturais da organização. Geralmente, existeuma departamentalização 
específica combinada com uma divisão por projetos. O exemplo a seguir ajuda 
a entender como é essa estrutura. 
Figura 5 – Exemplo de organograma matricial 
 
Fonte: Ávila, 2015. 
 
 
8 
Perceba que nessa estrutura o “pessoal de marketing” e os “engenheiros” 
estão subordinados a duas linhas de comando, ao setor de engenharia e ao 
projeto em que está envolvido. 
Quando o projeto “obra” termina, os envolvidos retornam integralmente ao 
seu setor de origem, à subordinação de uma única liderança, até que surjam 
novos projetos que necessitem do envolvimento de especialistas, então, uma 
nova equipe se forma para dar andamento ao projeto e a estrutura matricial volta 
a existir. 
Agora que você já sabe quais são os principais organogramas vamos ver 
como construí-los com base nas orientações e sugestões dadas pelo autor 
Simcsik (2001): “Conforme a situação, o profissional de OSM deve utilizar uma 
ou mais regras mencionadas a seguir, estabelecendo outras ou mesmo seguindo 
sua própria criatividade, tão necessária e empreendedora nesta função de 
analista de OSM”. 
O autor diz que o organograma deve ser: 
 Claro ou transparente, ao informar títulos, nomes, códigos e demais 
convenções. Ao emitir um organograma, informações sobre estes 
assuntos deverão ser anexadas, se necessárias; 
 Estético e equilibrado, na distribuição física dos departamentos e 
semelhantes; 
 Simples e preciso, apresentando o essencial e o atual, necessário para 
compreender a estrutura organizacional. 
Figura 6 – Exemplo de organograma 
 
 
9 
 
Fonte: Mello, 2018. 
Para entender as convenções mais comuns utilizadas em um 
organograma, vamos ver este exemplo. 
Figura 7 – Exemplo de organograma 
 
Segundo Simcsik (2001) as simbologias e informações mais utilizadas 
são: 
 Linhas: representam as vias de comunicação formal, sendo: 
 linhas cheias para ligação hierárquicas; 
 linhas tracejadas para assessorias (staff); 
 
 
10 
 linhas pontilhadas para fiscalização e consultorias. 
 Órgãos: representados por retângulos (clássicos) que podem conter os 
cargos, setores, funções e demais informações pertinentes. 
 Órgãos especiais: representados por figuras diferenciadas. 
 Órgãos a serem criados são representados por linhas tracejadas. 
 Informações dos retângulos ou outras figuras: podem ser as mais 
diversas: 
 nome do ocupante do cargo e possível sigla; 
 cargo do ocupante e possível sigla; 
 nome do departamento ou divisão com possível sigla; 
 número de funcionários do departamento; 
 centro de custo; 
 projeto que atua (matricial); 
 outras informações que sejam relevantes. 
 Densidade das linhas: mais grossas ou finas para ressaltar e melhorar a 
visão geral. 
 Nomes dos setores/grupos e semelhantes: podemos substituir os 
retângulos ou outras figuras pelos próprios nomes nos locais. 
 Figura geral do organograma: deve ser equilibrada e agradável à vista, 
podendo ser apresentada em diferentes cores e formas gerais como em 
bandeira, em lambda, em pirâmide, em retângulo, em nível hierárquico e 
muitas outras maneiras. 
Como disse o próprio autor, e já citamos anteriormente, “o profissional de 
OSM deve utilizar uma ou mais regras [...] ou seguindo sua própria criatividade”. 
Organograma é importante para a organização uma vez que apresenta a 
cadeia de comando e a organização formal de cargos e setores. Como tudo em 
uma organização, o organograma tem suas vantagens e desvantagens. 
Quadro 1 – Vantagens e desvantagens do organograma 
Vantagens Desvantagens 
Visualiza de imediato os 
órgãos de linha e assessoramento. 
É estático, não acompanha as 
mudanças nos órgãos. 
Relaciona quem é quem na 
estrutura existente. 
Não indica todas as relações e 
situações estruturais existentes. 
 
 
11 
Indica a relação entre os 
órgãos. 
É altamente formal. 
Informa as relações diretas e 
indiretas (subordinação & chefia) 
Não representa o poder, 
indicando apenas a posição. 
Possibilita um conhecimento 
formal das comunicações. 
Permite interpretações 
errôneas e incompletas. 
Demonstra a importância dos 
órgãos em termos de hierarquia. 
Não acompanha as mudanças 
nas atividades importantes dos 
órgãos. 
Deve ser claro, simples, 
preciso e ter estética e equilíbrio. 
Não pode ser complexo, 
impreciso, com informações 
desnecessárias. 
Fonte: Simcsik, 2001, p. 140. 
Saiba mais 
Existem diversos softwares que auxiliam na construção de organogramas. 
Veja como elaborar organogramas utilizando recursos disponíveis em seu 
computador, por exemplo, os seguintes: 
Excel: acesse o link e aprenda como elaborar seu organograma. 
COMO fazer um organograma no Excel. Disponível em: 
<http://ptcomputador.com/Software/microsoft-access/139992.html>. Acesso em: 14 fev. 
2018. 
Word: acesse o link e veja como é fácil. 
COMO criar um organograma no Word 2013. Disponível em: 
<https://blog.npibrasil.com/como-criar-um-organograma-no-word-2013/>. Acesso em: 14 
fev. 2018. 
TEMA 2 – APLICAÇÃO E ANÁLISE DE TÉCNICAS: FORMULÁRIOS E MANUAIS 
Preencha esse formulário e vá ao guichê três. 
Agora, é só preencher o formulário e o prêmio será seu. 
Assim que preencher esse formulário, você estará matriculado no curso. 
Você já deve ter ouvido alguma dessas frases ou algo semelhante, mas 
já parou para pensar o que é esse tal de formulário e qual sua importância para 
as organizações? 
 
 
12 
“Formulários são documentos padronizados que contém campos pré-
impressos para o preenchimento de informações. [...] facilitam o intercâmbio de 
dados entre departamentos e a comunicação com agentes externos, como 
clientes e fornecedores” (Llatas, 2010). 
Llatas (2010), citando Cury (2007, p. 371), diz que formulários “servem 
para registrar dados indispensáveis para o planejamento, execução e controle 
das diferentes atividades desenvolvidas”. 
Formulário é, também, uma ferramenta de apoio ao analista de OSM. 
Llatas (2010) diz que, de acordo com D’Ascenção (2007), o uso de 
formulários permite atingir cinco objetivos principais: 
1) Registrar as informações que circulam durante um processo. 
2) Conferir maior agilidade às trocas de informações, desenhando seu 
percurso da maneira mais lógica e eficiente possível. 
3) Padronizar os procedimentos de coleta de dados. 
4) Facilitar a visualização e o tratamento dos dados gerados. 
5) Atender a exigências legais. 
Já se vai algum tempo em que os formulários eram preenchidos em três 
vias porque precisavam ser distribuídos em diversos setores e departamentos. 
Hoje a tecnologia permite trabalhar com formulários eletrônicos e 
encaminhá-los instantaneamente aos departamentos, clientes, fornecedores e 
qualquer pessoa envolvida no processo. 
O uso de papel físico está se tornando cada dia mais obsoleto. 
Figura 8 – Exemplo de formulário de CAT 
 
 
13 
 
A popularização da internet difundiu o uso do formulário eletrônico e 
muitas organizações adotaram essa prática para agilizar e melhorar seus 
processos de venda, atendimento ao público, levantamento da necessidade de 
seus clientes, renovação de cadastros entre tantas outras utilidades que o 
formulário pode ter. 
Vamos destacar alguns pontos relevantes, segundo Llatas (2010), quando 
falamos de formulários. Nas palavras da autora: 
 A criação de formulários desdobra-se em três etapas: estudo das 
necessidades, desenho do formulário (incluindo escolha do conteúdo e 
escolha da forma) e avaliação dos custos com impressão. 
 
 
14 
 Existem seis itens indispensáveis em um formulário: o título, as instruçõesde preenchimento, o logotipo e o endereço da empresa, a numeração 
individual e a codificação do documento. 
 Existem dois tipos principais de codificação de formulários: por 
departamento emissor e por processo. 
 A escolha da forma deve abranger quatro características físicas dos 
formulários: formato, gramatura, cor e tipo do papel. 
 O controle dos formulários deve perseguir quatro objetivos: padronização, 
combinação, eliminação e simplificação. 
 A numeração individual é uma sequência numérica única, que diferencia 
um determinado formulário dos demais documentos da empresa. O 
código permite classificar os formulários, agrupando-os de acordo com o 
departamento que os emite ou o tipo de processo que integram. 
Quando as organizações buscam a formalização de seus processos, um 
grande aliado para essa tarefa é o manual organizacional. 
Llatas (2010) cita a definição de manual dada por Cury (2007, p. 425): 
Os manuais são documentos elaborados dentro de uma empresa com 
a finalidade de uniformizar os procedimentos que devem ser 
observados nas diversas áreas de atividades, sendo, portanto um 
ótimo instrumento de racionalização de métodos, de aperfeiçoamento 
do sistema de comunicações, favorecendo, finalmente, a integração 
dos diversos subsistemas organizacionais. 
Andreoli (2015) lembra que Maximiano (2000) definiu manual como sendo 
“um conjunto de procedimentos, normas, atividades, funções, instruções, entre 
outras coisas, que tem um tempo de duração relativamente longo e serve como 
obra de referência para todos os colaboradores em sua área de competência”. 
Saiba mais 
Que tal uma breve leitura para começar a entender a importância do 
manual na organização? 
RIKARD, F. V. Manuais organizacionais: instrumentos de gestão e 
competitividade. Adminsitradores.com, 1 nov. 2008. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/manuais-organizacionais-
instrumentos-de-gestao-e-competitividade/26070/>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
Existem diversos tipos de manuais que podem ser criados para fins 
específicos, com objetivos diferentes e para as mais diversas situações. 
 
 
15 
Alguns exemplos desses manuais, segundo Andreoli (2015), são: 
 Manual de organização: apresenta a forma como a empresa está 
organizada. Seus níveis hierárquicos, organograma, grau de autoridade, 
unidades organizacionais e como interagem e os objetivos gerais da 
empresa. 
 Manual de normas e procedimentos: são os mais comuns nas 
organizações. Apresentam as atividades desenvolvidas e como devem 
ser realizadas. Trazem procedimentos e como realizá-los, formulários e 
fluxogramas. 
 Manual de políticas ou diretrizes: define a política da empresa para cada 
departamento (logística, RH, produção, finanças). É voltado 
principalmente para executivos e tomadores de decisão. 
 Manual de instruções especializadas: é muito parecido com o manual de 
normas e procedimentos, mas voltado para um público específico, como 
“Manual do vendedor”, “Manual do encarregado de produção”, “Manual da 
secretária executiva”, entre outros. 
 Manual do empregado: conhecido também como manual de integração. 
Cada funcionário recebe esse manual no primeiro dia de trabalho para 
que conheça a empresa e saiba de seus direitos e deveres, benefícios, 
incentivos, sanções, enfim, normas gerais da organização. 
 Manual de finalidade múltipla: pouco usado, é um manual único que 
engloba todas as informações dos diversos manuais da organização. É 
volumoso, genérico e pouco prático. 
O manual pode ser de grande utilidade para orientar os funcionários 
quanto ao comportamento esperado, para divulgar os objetivos da empresa e 
como proceder nas mais diversas situações. 
Manual é uma ferramenta de gestão que facilita a divulgação das normas 
da organização e a integração de novos colaboradores, mas pode se tornar 
obsoleto rapidamente se não for bem elaborado. 
Veja, no quadro a seguir, alguns pontos favoráveis e outros nem tanto, 
em relação aos manuais. 
Quadro 2 – Vantagens e desvantagens dos manuais 
 
 
16 
 
 
Figura 9 – Manuais eletrônicos 
 
 Fonte: Silva, 2018. 
Para Llatas (2010), os manuais organizacionais têm como objetivo: 
 Fixar critérios e procedimentos padronizados. 
 Facilitar a avaliação e a revisão das práticas. 
 Facilitar treinamento de funcionários. 
 Eliminar improvisos inadequados. 
Andreoli (2015) diz que a elaboração de um manual não é processo 
simples, pois é necessário conhecer bem a empresa e como ela funciona. O 
 
 
17 
manual deve antecipar os possíveis problemas que possam surgir e tentar 
mitigá-los ou até eliminá-los, quando possível. 
Nas palavras de Llatas (2010), para a elaboração de um manual: 
 A elaboração do manual deve ser antecedida por seis preparativos: 
estabelecer a finalidade e o tipo do manual, definir o público-alvo, levantar 
informações sobre o público-alvo, definir o conteúdo e o estilo do manual, 
escolher a equipe responsável e planejar a elaboração. 
 O analista de OSM deve segmentar a elaboração de um manual 
organizacional em sete etapas principais: redação, diagramação, 
formatação, codificação, impressão, encadernação e teste-piloto. 
 Todo manual organizacional deve conter, pelo menos, sete componentes 
fundamentais: sumário, apresentação, instruções, conteúdo propriamente 
dito, apêndice, glossário e bibliografia. 
 É importante planejar com cuidado a distribuição dos manuais 
organizacionais e estabelecer, sem exageros, a quantidade necessária de 
exemplares. Uma vez distribuídos os manuais, o analista de OSM precisa 
criar mecanismos para sua avaliação periódica, a fim de detectar uma 
necessidade de revisão ou mesmo substituição total. 
TEMA 3 – APLICAÇÃO E ANÁLISE DE TÉCNICAS: CONSTRUÇÃO DE 
FLUXOGRAMAS 
Tudo o que fazemos tem uma sequência lógica. Por mais que não 
notemos, nossas atividades rotineiras são realizadas da maneira mais simples e 
objetiva possível. 
Escovar os dentes, tomar banho, preparar uma comida, vestir uma roupa, 
tudo tem uma sequência que criamos e repetimos, às vezes, de forma 
automática e sem perceber, ou seja, criamos um fluxo de pequenas atividades 
que ao final de sua realização atingimos o objetivo proposto. 
Se parássemos para escrever cada uma dessas tarefas em pequenos 
retângulos e os colocássemos em ordem de acontecimento, teríamos construído 
um fluxograma. 
Vejamos como ficaria a sequência de tarefas, de forma bem simplificada, 
de uma venda de automóvel só para você começar a entender um fluxograma. 
Figura 10 – Exemplo de fluxograma de venda de automóvel 
 
 
18 
 
 
 
 É claro que, para representarmos o fluxo de processos em uma 
organização, precisamos de mais símbolos e de uma forma mais detalhada de 
apresentação. Já vimos isso na aula 4, volte lá e dê uma olhada para relembrar. 
Segundo Simcsik (2001), fluxograma “é um método gráfico que procura 
facilitar a análise de dados, informações e sistemas completos e que possui alto 
grau de detalhamento visual, pondo em evidência os inúmeros fatores que 
intervêm num processo produtivo ou administrativo qualquer. É conhecido 
também como flow-chart”. 
Llatas (2010) apresenta a definição de Rebouças (2009, p. 260) para 
fluxograma: “é a representação gráfica que apresenta a sequência de um 
trabalho de forma analítica, caracterizando as operações, os responsáveis e/ou 
unidades organizacionais envolvidos no processo”. 
Figura 11 – Símbolos utilizados na elaboração de fluxogramas 
 
 
 
 
19 
 
Dica 
Veja algumas dicas de como elaborar um fluxograma neste artigo: 
COMO desenhar um fluxograma. Disponível em: 
<http://www.venki.com.br/blog/como-desenhar-um-fluxograma/>.Acesso em: 14 fev. 
2018. 
O uso de software confere mais rapidez à elaboração de fluxogramas e 
não deixa dúvidas acerca dos símbolos e seus significados (Llatas, 2010). 
Veja mais esse exemplo de fluxograma. O primeiro é linear, com as 
tarefas distribuídas de forma contínua sem especificação clara do responsável, 
já o segundo que é funcional, apresenta a divisão por setores indicando onde 
ocorre cada tarefa e quem é o responsável por executá-las. 
Figura 12 – Exemplos de fluxograma linear e funcional 
 
 
 
 
20 
TEMA 4 – APLICAÇÃO E ANÁLISE DE TÉCNICAS: CONSTRUÇÃO DE 
CRONOGRAMAS 
Cronograma é um tipo de “mapa do tempo” em que está representado o 
tempo necessário estimado para a realização das tarefas do projeto e o prazo 
definido para o seu encerramento. 
Figura 13 – Exemplo de Cronograma 
 
 
O cronograma deve ser simples, claro e de fácil leitura para que todos os 
envolvidos possam acompanhar o andamento do projeto. 
Para começar a construir um cronograma sugerimos que siga alguns 
passos que podem facilitar seu trabalho: 
1) Relacione todas as tarefas que deverão ser realizadas. 
2) Crie uma lista de prioridades para cada tarefa. 
3) Monte sua tabela com a lista de tarefas na primeira coluna disponível na 
tabela e distribua as datas na primeira linha disponível na tabela. 
4) Assinale em cada linha o tempo previsto para execução da tarefa ali 
descrita. 
5) Acompanhe e atualize sempre que necessário seu cronograma. 
 
 
21 
Figura 14 – Exemplo de Cronograma 
 
 
Observe que alguma atividades iniciam antes da anterior ter terminado, 
por exemplo, “Arrumar material a ser utilizado” inicia no mês 7, mas “formação 
de equipe a serem treinados” ainda está no prazo para execução no mesmo mês 
7. 
Contudo, algumas atividades só podem iniciar se a atividade anterior for 
concluída, como é o caso de “Limpar o local”, que só terá início após finalizar 
“Arrumar material a ser utilizado”. 
Para deixar seu cronograma mais fácil de ser lido, você pode utilizar de 
diversos recursos, como linhas mais grossas, cores variadas nas atividades e 
datas, pode colocar nomes dos responsáveis por cada tarefa, ou seja, pode usar 
da imaginação e criatividade de administrador. 
Saiba mais 
Existem diversos tipos de cronogramas. Dê uma olhada neste artigo e 
descubra alguns: 
ITM Platform. O que é um cronograma? 31 mar. 2016. Disponível em: 
<http://www.itmplatform.com/br/blog/o-que-e-um-cronograma/>. Acesso em: 14 fev. 
2018. 
Entre os diversos modelos de cronograma, talvez a representação gráfica 
mais frequentemente utilizada seja o diagrama ou Gráfico de Gantt, que é o 
nosso próximo tema. 
 
 
22 
TEMA 5 – APLICAÇÃO E ANÁLISE DE TÉCNICAS: CONSTRUÇÃO DE GRÁFICO 
GANTT 
Por volta do ano de 1800, Karol Adamiecki, um engenheiro polonês, 
desenvolveu um documento para visualizar de maneira fácil o fluxo de trabalho. 
Deu a esse documento o nome de harmonogram. Em 1910, Henry Gantt 
desenvolveu uma ferramenta para monitorar o trabalho desenvolvido por 
supervisores e evitar atrasos; essa ferramenta ficou conhecida como Gráfico de 
Gantt, que mostra de maneira visual e de fácil compreensão o cronograma de 
trabalho. 
São utilizadas barras para mostrar a linha do tempo e organizar as 
atividades propostas e necessárias buscando uma gestão eficiente de tempo e 
recursos. 
A ideia é dividir as tarefas a serem realizadas em subtarefas e determinar 
prioridades, quem faz e quando faz. 
O Gráfico de Gantt apresenta as tarefas, suas ligações e 
interdependências, ou seja, quais tarefas precisam ser concluídas para que a 
próxima possa ser iniciada. 
Figura 15 – Exemplo de Gráfico de Gantt 
 
 
 
 
23 
De acordo com Rocha (1995), o Gráfico de Gantt tem como características 
“demonstrar o trabalho planejado e o executado, em suas relações mútuas e sua 
relação com o tempo. Desse modo, enfatizam que o tempo é o elemento mais 
importante no processo de produção”. 
Saiba mais 
Leia este artigo para saber um pouco mais sobre Gráfico de Gantt: 
DIAGRAMA de Gantt. fev. 2018. Disponível em: 
<http://br.ccm.net/contents/581-diagrama-de-gantt>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
Atualmente existem diversos softwares para elaboração do Gráfico de 
Gantt. Mas é necessário saber como e o que colocar no gráfico para poder ser 
monitorado e acompanhado, obsevando se as etapas estão sendo cumpridas 
conforme planejado. 
Para iniciar um Gráfico de Gantt, faça a lista das atividades a serem 
desenvolvidas durante o projeto. Anote também o tempo previsto para cada uma 
delas. Cada atividade pode ser dividida em subatividade e, novamente, 
identifique o tempo de execução de cada uma delas. 
Na hora de alinhar os prazos para entrega de cada atividade, é preciso 
verificar a interdependência de cada atividade está distribuída corretamente. 
Existem três situações principais que podem ocorrer: 
1) Tarefas que precisam ser concluídas para que outras se iniciem. 
2) Tarefas que não podem ser iniciadas antes de outras. 
3) Tarefas que não podem ser concluídas antes das outras. 
Mas se existem tarefas que não são interdependentes, elas podem ser 
executadas paralelamente as demais. 
O grande segredo é monitorar, acompanhar e ajustar quando necessário 
o andamento das atividades, para que o projeto seja concluído no prazo 
proposto. 
Saiba mais 
E aí? Quer tentar construir seu Gráfico de Gantt? Acesse este link e 
divirta-se: 
INSTRUÇÕES passo a passo para criar um Gráfico de Gantt em Excel. 
Smartsheet. Disponível em: <https://pt.smartsheet.com/blog/como-criar-um-
gr%C3%A1fico-de-gantt-no-excel>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
 
 
24 
TROCANDO IDEIAS 
Agora, acesse o fórum da disciplina que está disponível no AVA e debata 
com seus colegas de UTA sobre a importância da utilização de diagramas na 
gestão de uma organização. 
Participe e veja o que seus colegas pensam sobre esse tema. 
NA PRÁTICA 
Vamos resolver uma questão para fixarmos bem o que foi visto nesta aula. 
1) Para Llatas (2010) os manuais organizacionais têm como objetivo: 
i. Fixar critérios e procedimentos padronizados. 
ii. Facilitar a compra e a revisão dos produtos utilizados. 
iii. Facilitar treinamento de funcionários. 
iv. Eliminar fornecedores inadequados. 
Com base nas afirmativas acima, assinale a alternativa abaixo que 
apresenta as assertivas corretas: 
a) ( ) Somente I 
b) ( ) Somente I e II 
c) ( ) Somente II e III 
d) ( ) Somente I e III 
e) ( ) Somente III e IV 
2) Leia as sentenças e marque “O” se estiver se referindo a Organograma e 
“F” se estiver se referindo a Fluxograma: 
( ) Representa a estrutura formal da empresa. 
( ) Mostra as etapas de um processo. 
( ) Pode ser linear, funcional ou matricial. 
( ) Ajuda a identificar pontos críticos e gargalos no processo. 
( ) Mostra a relação de subordinação e o nível de poder na empresa. 
FINALIZANDO 
Finalizamos nossa última aula. Nesta aula, estudamos aplicações e 
análise de técnicas na construção de organogramas, formulários e manuais, 
fluxogramas, cronogramas e gráfico de Gantt. 
 
 
REFERÊNCIAS 
ANDREOLI, T. P. OSM: organização sistemas e métodos. Curitiba: Intersaberes, 
2015. 
ÁVILA, R. Tipos de departamentalização. Luz – Planilhas Empresariais, 27 jul. 
2015. Disponível em: <https://blog.luz.vc/o-que-e/tipos-de-
departamentalizacao/>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: 8. ed. São 
Paulo: Elsevier; Campus, 2011. 
LLATAS, M. V. OSM: uma visão contemporânea. São Paulo: Pearson, 2010. 
MELLO, G. S. de. Consultor executivo, empreendedor, empresário: trajetóriasalternativas e complementares. Disponível em: 
<http://slideplayer.com.br/slide/3787205/>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
REIS, C. Organização linear. Disponível em: 
<http://slideplayer.com.br/slide/7294765/>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
ROCHA, L. O. L. da. Organização e métodos: uma abordagem prática. 6. ed. 
São Paulo: Atlas, 1995. 
SILVA, D. Manualização: elaboração e uso de manuais. Disponível em: 
<http://slideplayer.com.br/slide/297598/>. Acesso em: 14 fev. 2018. 
SIMCSIK, T. OSM: organização, sistemas e métodos. 2. ed. São Paulo: Futura, 
2001. 
 
 
 
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RESPOSTAS 
Gabarito: 
Resposta correta: Alternativa D – Somente alternativas I e III são corretas. 
Resposta correta: a sequência correta é: O, F, O, F, O 
O professor poderá gravar a seu critério, um vídeo de 7 a 10 minutos 
apresentando o problema ou então apresentando a solução.

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