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Data: 30/09/2019 Instituição: Centro Universitário Estácio de Sá São José 1. Informações gerais: Facilitadores: Ana Paula Schunemann, Daniel Westphal, Gabriella Vanderlinde, Marinete Liesenfeld, Miriam Mattos Demanda apresentada: Observamos durante as aulas e através das dinâmicas que foram realizadas em sala, que temos uma turma de 62 alunos, um grupo bem eclético, com idades, personalidade, gostos e estilos que se diferem. De acordo com o observado em sala de aula, percebemos a necessidade que a turma tem de inclusão dos participantes no grupo como um todo, como forma de serem vistas, ouvidas e legitimadas suas emoções ou sentimentos. Neste contexto sentimos a necessidade de trazer para o grupo uma atividade com a proposta de trabalhar com as suas emoções e sentimentos e fazer com que se sintam acolhidos e incluídos no grupo. Desenvolvimento da proposta estabelecida: 1ª –Tema: Embaralhando as emoções 1 2ª – Justificativa: Estar incluído num grupo nos proporciona diversas experiências emocionais. Através da aceitação e reconhecimento, o indivíduo ganha sentido de pertencimento, da solidariedade entre os membros do grupo. Um grupo de alunos universitários assume importância a vários níveis como ajuda na resolução das tarefas, suporte emocional e na construção da identidade grupal. Para que possamos colaborar na integração e identidade grupal da turma de Processos Grupais, propomos, portanto, a realização de uma dinâmica para auxiliar os alunos a elaborar e identificar suas emoções e do grupo em si, através da construção de um baralho da turma que poderá contribuir para a identificação das nossas emoções, sendo essas estimulantes ou inibidoras das nossas reações, portanto, organizadora interna do nosso comportamento. 3ª - Objetivo Geral: (Ementa) – Peso: 0.5 Desenvolver o baralho com intuito de inclusão dos participantes no grupo como um todo, como forma de serem vistas, ouvidas e legitimadas suas emoções ou sentimentos. 2 Parecerista Nota qual é o benefício de identificar as emoções? Como isso afeta o pertencimento? 4ª - Objetivos específicos: (04 objetivos) – Peso: 1.00 Permitir um momento de entrosamento e conhecimento entre os participantes, fazer com que as pessoas se movimentem para se conhecer; Proporcionar a cada indivíduo um lugar para que possa expor seus sentimentos e emoções; Propiciar um momento em que o grupo se desenvolverá como equipe na preparação do baralho e, também, individualmente; Proporcionar momento de reflexão a cada participante acerca da importância do grupo. 5ª - Principais intervenções sugeridas Quebra gelo: divisão de grupos e iniciação das pessoas na intervenção a ser realizada (figuras ou palavras frases que configurem medo, alegria, paz, raiva, tristeza, vergonha, culpa, orgulho, ciúme, gratidão) Construção de um baralho em grupo, através de uma carta feita individualmente e outra carta feita pelo pequeno grupo. Após a conclusão serão juntadas as cartas para fazer um baralho que represente o grande grupo da turma. Para isso serão disponibilizados materiais para montagem como, papel, lápis de cor, canetas, revistas para recorte, tesoura, cola, etc. 3 Parecerista Nota é importante descrever melhor as atividades para que possam ser replicadas Parecerista Nota Como farão isso? A forma como descreveram a atividade não deixou isso claro. 6. Fundamentação da prática: De acordo Jorge e Muller (2003), podemos falar em grupos, pensar em grupo. Dizendo assim, podemos ler de duas maneiras: falar e pensar nos grupos como algo de que não fazemos parte, e, se o fazemos, é como coordenadores, ou falar e pensar em grupo, como que pertencendo a ele, construindo seus conceitos e movimentos. A primeira idéia nos tira o sentido de autoria e identidade grupal, de participantes. A segunda nos coloca como agentes, falando em grupos porque vivemos neles (seja aqui de qualquer tipo, família, trabalho), e pensando em grupo porque é necessário pensar a experiência de/do ser em grupos. As pessoas reunidas em grupos apresentam maior riqueza e complexidade das qualidades da dimensão humana, dentre as quais a comunicação. Quando se propõe dinâmicas em grupo, é possível criar no grupo interação entre os participantes, em que os mesmos se influenciam reciprocamente podendo haver ressignificações e metas. A expressão das emoções é de extrema relevância na interação social. Ao manifestar emoções uma pessoa transmite e comunica a outra o que sente, seja de forma intencional ou não consciente. Essa mensagem poderá ter efeitos nas emoções e comportamentos do receptor, dependendo da sua sensibilidade e precisão no reconhecimento emocional (ADRIANO E ARRIAGA, 2016). Toda emoção é um chamamento à ação ou uma renúncia a ela. Nenhum sentimento pode permanecer indiferente e infrutífero no comportamento. As emoções são esse organizador interno das nossas emoções, que retesam, excitam, estimulam ou inibem essas ou aquelas reações. Desse modo, a emoção mantém seu papel de organizador interno do nosso comportamento. Se fizermos alguma coisa com alegria, as reações emocionais de alegria não significam nada, senão que vamos continuar tentando fazer a mesma coisa. Se fizermos algo com repulsa, isto significa que no futuro procuraremos por todos os meios interromper essas 4 ocupações. Por outras palavras, o novo momento que as emoções inserem no comportamento consiste inteiramente na regulagem das reações pelo organismo (VIGOTSKI, 2001). As emoções dão sentido à vida humana enquanto nos adaptamos, aprendemos, temos sucesso e fazemos amizades, mas igualmente elas também emergem enquanto enfrentamos episódios, eventos e situações que nos esmagam, magoam, ridicularizam e nos frustram e entristecem, por tudo isto, as emoções e as expressões faciais e gestuais fornecem informações adaptativas de enorme relevância para a aprendizagem, elas são fenomenológicas porque são subjetivamente experienciadas e vivenciadas. A emoção ou afeto refere-se a sentimentos que envolvem, perante estímulos ou situações ambientais, não só a avaliação subjetiva dos mesmos ou das mesmas, como também, processos somático-corporais e crenças culturais (FONSECA, 2016). Assim, o grupo formado pela disciplina de Processos Grupais da Estácio de Santa Catarina – apresenta como objetivo do trabalho: contribuir inicialmente com o processo de formação da identidade do grupo, tendo como proposta criar um momento de entrosamento, e de conhecimentos entre os mesmos. Assim, é importante propiciar um momento em que o grupo possa se conhecer e trocar informações, permitir que os participantes tenham compreensões uns dos outros, desde quem eles são, e quais seus papéis sociais,gerando uma certa proximidade e formação de vínculos, o que contribui para que elas se reconheçam enquanto sujeitos pertencentes ao grupo. 5 7. Referências: ADRIANO, T.; ARRIAGA, P. Exaustão emocional e reconhecimento de emoções na face e voz em médicos Psic., Saúde & Doenças vol.17 no.1 Lisboa abr. 2016. p. 97 - 104. FONSECA, V. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica Rev. Psicopedagogia 2016; 33(102): 365-84 JORGE, Z. H.; MULLER, M, C. PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, Vol. 4, nº.2, 2003, pp. 32-35 Psicologia dos grupos: movimentos de grupo para uma psicologia como ciência. VIGOTSKI, L. S. Psicologia Pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 6