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Aceitação
Olá! Nesta primeira seção, estudaremos, de modo aprofundado, o instituto da aceitação.  
Elemento Subjetivo dos Contratos
Toda relação contratual necessita, obrigatoriamente, de um mínimo de duas partes, daí se a�rmar que todo
contrato é bilateral em sua gênese – formação – (podendo ser bilateral ou unilateral em sua funcionalidade –
efeitos).  
Elemento objetivo dos Contratos
O objeto imediato de um contrato, por ser este uma espécie de obrigação, envolve um dar, um fazer ou um não
fazer. Mediatamente, os contratos terão por objeto os bens da vida (uma casa em uma compra e venda, um valor
em dinheiro no contrato de seguro etc.).  
Noções gerais
Igualdade formal 
Igualdade material
Campo exclusivo da manifestação privada de vontade x normas de ordem pública 
Direito Civil Constitucional – Libertação dos Formalismos legais excessivos 
Neste sentido é que precisamos adentrar e também retornar em algumas noções que são fundamentais para a
compreensão aprofundada da matéria. Os negócios jurídicos e, assim, os contratos, como atos negociais por
excelência, presume a igualdade formal dos contraentes à luz da lei. No entanto, a igualdade formal não basta
porque as situações da vida prática, do mundo real, mostram, na verdade, discrepâncias que merecem a
adequada tutela jurídica. É aí que se fala na busca pela igualdade material no âmbito contratual, inclusive como
forma de fazer como que a manifestação de vontade e, eventualmente, a aceitação dos negócios, não se
estabeleça de maneira desproporcional. As normas de ordem pública, como, por exemplo, os princípios
contratuais da função social dos contratos e da boa-fé objetiva estão neste contexto, que permitem, ainda à luz da
aplicação dos direitos fundamentais, uma verdadeira leitura constitucional do direito civil, inclusive como
libertação dos formalismos excessivos, os quais podem impedir o equilíbrio contratual.  
Visões sobre o negócio jurídico
O negócio jurídico assim, pode ser caracterizado de diversas maneiras, ora como manifestação de vontade
destinada a produzir efeitos jurídicos, ou como ato de vontade dirigido a �ns essencialmente práticos que são
tutelados pelo direito, ou, ainda, como uma declaração de vontade por meio da qual o agente pretende
atingir determinados efeitos jurídicos não vedados pela legislação. 
Prisma objetivista do negócio jurídico
Negócio jurídico seria antes um meio concedido pelo ordenamento jurídico para a produção de efeitos
jurídicos, que propriamente um ato de vontade (GAGLIANO, FILHO, 2020) 
Sob um prisma objetivista o negócio jurídico seria antes um meio concedido pelo ordenamento jurídico para a
produção de efeitos jurídicos, que propriamente um ato de vontade (GAGLIANO, FILHO, 2020). Aqui a
manifestação de vontade, declarada, de forma livre desimpedida, por encontrar-se a outra, na dinâmica bilateral
básica relativa à formação de consenso para o ato negocial e, assim, contratual.  
Critério estrutural do negócio jurídico
Todo fato jurídico consistente em declaração de vontade, a que o ordenamento jurídico atribui os efeitos
designados como queridos, respeitados os pressupostos de existência, validade e e�cácia, impostos pela
Direito Civil - Contratos 
Formação dos Contratos 
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! 
norma jurídica que sobre ele incide (Junqueira de Azevedo apud GAGLIANO; FILHO, 2020) 
Declaração de vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade e e�cácia, com
o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente. 
Todo fato jurídico consistente em declaração de vontade, a que o ordenamento jurídico atribui os efeitos
designados como queridos, respeitados os pressupostos de existência, validade e e�cácia, impostos pela norma
jurídica que sobre ele incide (Junqueira de Azevedo apud GAGLIANO; FILHO, 2020). Logo, trata-se de declaração de
vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade e e�cácia, com o propósito de
produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente. 
CONCEPÇÃO NO DIREITO POSITIVO E PELOS PLANOS DA EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA
Livro III – DOS FATOS JURÍDICOS 
Título I – Do Negócio Jurídico  
CC/02, arts. 104 e ss. 
Título II – Dos Atos Jurídicos Lícitos 
Título III – Dos Atos Ilícitos 
Título IV – Da prescrição e da Decadência 
Título V – Da Prova 
No Código Civil esta é a maneira pela qual se apresentam os institutos que mais interessam à disciplina dos
negócios jurídicos e, em particular, ao direito contratual. São dispositivos que condicionam os limites das
manifestações de vontade, prevendo-se limites legais para o que pode ser pactuado e mesmo quando, do ponto
de vista da prescrição.  
Planos da Existência, Validade e E�cácia
Existência: um negócio jurídico não surge do nada, exigindo-se, para que seja considerado como tal, o
atendimento a certos requisitos mínimos; 
Validade: o fato de um negócio jurídico ser considerado existente não quer dizer que ele seja considerado
perfeito, ou seja, com aptidão legal para produzir efeitos;  
E�cácia: ainda que um negócio jurídico existente seja considerado válido, ou seja, perfeito para o sistema que
o concebeu, isto não importa em produção imediata de efeitos, pois estes podem estar limitados por
elementos acidentais da declaração.  
É fundamental compreender que o instituto da aceitação está intimamente ligado ao plano da existência dos
negócios jurídicos. Essa classi�cação, já clássica na doutrina, foi elaborada pelo jurista Pontes de Miranda e é
muito interessante para compreender como se forma, de fato, o negócio jurídico e o contrato, de uma perspectiva
cientí�ca. Assim, no plano da existência: um negócio jurídico não surge do nada, exigindo-se, para que seja
considerado como tal, o atendimento a certos requisitos mínimos. No plano da validade: o fato de um negócio
jurídico ser considerado existente não quer dizer que ele seja considerado perfeito, ou seja, com aptidão legal
para produzir efeitos. E, no plano da e�cácia: ainda que um negócio jurídico existente seja considerado válido, ou
seja, perfeito para o sistema que o concebeu, isto não importa em produção imediata de efeitos, pois estes
podem estar limitados por elementos acidentais da declaração.  
Elementos constitutivos do Negócio Jurídico
A. manifestação de vontade; 
B. agente emissor de vontade; 
C. objeto; 
D. forma. 
Interessa-nos neste campo de estudo, sobretudo as questões relativas ao plano da existência, que consiste nos
elementos então listados, como a manifestação de vontade, a presença de um agente emissor e um receptor da
vontade, bem como o objeto contratual e a forma pela qual se deverá perfazer a avença.  
A aceitação em si
Desta maneira, o instituto da aceitação, embora já comentado quanto à sua disciplina no Código Civil brasileiro,
retrata basicamente o encontro pleno de vontades, dentro das características e condições exaradas quando da
oportunidade da oferta ou da negociação preliminar. 
Lugar da Celebração do Contrato
CC/02, art. 435 – “Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto”. 
Trata-se, como sabido, do local que a proposta foi feita. Inicialmente, deve vigorar a ressalva de que a regra em
comento tem sentido meramente dispositivo, isto é, não é regra cogente, de modo que prevalece o que vier a ser
estipulado por expresso no contrato. 
A maior importância da determinação do local de celebração do contrato diz respeito às situações em que este
seja o foto de eleição. A princípio, o lugar onde a proposta foi expedida é aquele que se considera celebrado o
contrato, sendo irrelevante o local da expedição da aceitação. O legislador valoriza, assim, o local onde se deu a
criaçãodo contrato. A regra se aplica, com efeito, apenas aos contratos entre ausentes, pois entre presentes
prevalece o lugar em que ambos se encontrarem.  
Local da expedição / domicílio
Não se pode confundir o local expedição com o domicílio do proponente, pois este poderá efetuar a proposta em
local distinto, em que eventualmente se encontre, sendo tal local o que servirá para determinar os efeitos da
obrigação. Trata-se, com efeito, de uma regra que favorece a vontade das partes em acordo, favorecendo assim o
tráfego jurídico.  
Autonomia privada e foro de eleição
O princípio da autonomia privada permite que as partes escolham o foro competente para a execução das
obrigações, conforme previsto no art. 78 do CC. A eleição de domicílio será mitigada nos contratos de adesão que
envolvam relações de consumo, à medida que se veri�que a abusividade de cláusulas que possam importe
excessiva onerosidade ao consumidor, inserindo-o em situação de desvantagem, como preceituado pelo art. 51,
IV, do Código de Defesa do Consumidor e art. 64 do Código de Processo Civil.  
Local da oferta / Local do pagamento
O local do contrato, como aquele em que se realiza a oferta, não sem confunde, ainda, com o local do pagamento,
a que se refere o art. 327 do CC. O adimplemento é o efeito normal da perfeita execução do contrato, sendo
razoável a formulação de regras especí�cas e disponíveis que permitam que a relação obrigacional seja cumprida
da melhor forma.  
Regramento de direito internacional privado
Em sede de direito internacional privado, o art. 9º, §2º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, indica
que, caso seja incerto o local de constituição da obrigação contratual, reputa-se constituída no lugar em que
residir o proponente. Em matéria de contratos internacionais, essa será a solução nas hipóteses em que a
convenção possua elementos de conexão em mais de um ordenamento jurídico.  
Arbitragem
Atualmente, as partes podem resolver seus con�itos pela arbitragem, prevalecendo a liberdade de escolha pela lei
aplicável. De acordo com o art. 2º, §1º, da Lei nº 9.307/96, as partes poderão escolher livremente as regras de
direito que serão determinadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem
pública.  
Local da celebração / internet / consumo
Vale ressaltar que as contratações pela internet provocaram um abalo nas tradicionais regras quanto ao local da
contratação. As ofertas que se encontram na rede possuem caráter global, não se identi�cando uma nação ou
limites territoriais.  
Assim, não haverá outra saída a não ser considerar a aplicação imediata do CDC em matéria de direito
internacional privado, nas hipóteses em que o contratante negocia pelo comércio eletrônico, derrogando-se o art.
9º da LINDB.  
Manifestação de Vontade
A concepção
Elementos constitutivos do negócio jurídico 
Importa a realidade da existência 
Trata-se de se pensar sobre o suporte fático, se é su�ciente ou não, para a incidência 
A manifestação de vontade está intrinsecamente conectada à concepção que enxerga os planos da existência,
validade e e�cácia, no que se refere à formação dos negócios jurídicos e dos contratos, em particular.
Especialmente, no plano da existência, que demanda a presença da realidade, para que somente após se possa
perscrutar sobre condições de validade e mesmo de e�cácia da avença. Trata-se de se pensar sobre o suporte
fático, se é su�ciente ou não, para a incidência (ex. casamento celebrado perante delegado de polícia; escritura
pública elaborada por chefe de repartição administrativa). Assim, investigamos os elementos constitutivos para se
caracterizar os fatores existências do negócio jurídico. E quais seriam eles? 
Elementos constitutivos do Negócio Jurídico
A. manifestação de vontade; 
B. agente emissor de vontade; 
C. objeto; 
D. forma. 
São elementos constitutivos dos negócios jurídicos – no plano da existência: A) manifestação de vontade; B)
agente emissor de vontade; C) objeto; e D) forma. 
1ª elemento: Manifestação de vontade
Manifestação ou declaração de vontade 
Pode ser:
Expressa- palavra escrita ou falada, gestos e sinais; 
Tácita – que resulta de um comportamento do agente. 
Inicialmente, a manifestação de vontade em si, que poderá ser expressa ou tácita. Expressa- palavra escrita ou
falada, gestos e sinais. Tácita – que resulta de um comportamento do agente. 
Há exteriorizações de vontade que, para surtirem efeitos, necessitam chegar à esfera de conhecimento da
outra parte – são as chamadas declarações receptícias de vontade 
Obs. O emprego de meios que neutralizam a manifestação volitiva, como a violência física (vis absoluta),
estupefacientes ou, até, a hipnose, tornam inexistentes o negócio jurídico 
A questão do silêncio...
O Direito Romano atribuía sentido jurídico ao silêncio... 
Segundo Caio Mário da Silva Pereira– “Normalmente, o silêncio é nada, e signi�ca a abstenção de
pronunciamento da pessoa em face de uma solicitação do ambiente. Via de regra, o silêncio é a ausência de
manifestação de vontade, e, como tal, não produz efeitos” (STOLZE; FILHO, 2020) 
No entanto, há situações em que a abstenção do agente ganha juridicidade 
São exemplos: No MANDATO – CC/02, art. 659 – “A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de
execução”. Na DOAÇÃO PURA – CC/02, art. 539 – “O doador pode �xar prazo ao donatário, para declarar se aceita
ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á
que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.” Aliás, conforme o art. 111 do CC, “O silêncio importa anuência,
quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.” No
plano da validade dos negócios jurídicos o silêncio também importa, como causa de anulabilidade do negócio
jurídico, como no caso da omissão dolosa (silêncio empregado de modo deliberado para prejudicar a outra parte
que, se soubesse da real intenção, não teria feito o negócio) – CC/02, art. 47 
2º elemento: Agente emissor da vontade
Sujeito 
Pessoa natural ou jurídica 
Além da manifestação, é preciso que haja um sujeito, que poderá ser uma pessoa natural ou jurídica, como uma
empresa, por exemplo.  
3º Elemento: Objeto
Todo negócio pressupõe um objeto – utilidade física ou ideal – em torno do qual giram os interesses das
partes 
Ex. No contrato de mútuo a manifestação de vontade recai sobre coisa fungível (objeto) 
4º Elemento: Forma
Em quarto lugar, a forma, como meio pelo qual a declaração se exterioriza – é o tipo de manifestação através da
qual a vontade chega ao mundo exterior (forma escrita, oral, silêncio, sinais, etc.). Deve-se notar que a intenção
mental (cogitatio) não interessa para o direito. Há, a�nal, diferença entre a forma enquanto elemento existencial
do negócio e a forma legalmente prevista – esta é pressuposto de validade, como na escritura pública para
alienação de imóvel superior a 30 salários mínimos.  
Por exemplo, um lavrador realiza a compra de pedaço de terra, pagando em dinheiro, mediante simples recibo de
quitação. Não foi lavrado instrumento público (escritura), tampouco tal documento foi levado a registro, na forma
do que dispõe os arts. 108 c/c e 1.245 do CC/02. Embora, o negócio possa ser inválido por não ter adotado a forma
prescrita em lei (art. 166, IV, do CC/02), o ato de compra e venda entre os vizinhos existiu.  
Negociações Preliminares e proposta
Proposta
Aquele que faz a oferta é denominado policitante ou ofertante, já quem pode realizar a aceitação é chamado
oblato ou aceitante.  
Uma proposta, para obrigar, deve reunir as seguintes características: seriedade, precisão e �rmeza. 
Momento exato da formação
Cada tipo contratual envolve um momento de formação, variando se o contrato é consensual (soma das
vontades), formal (conclusão da forma exigida) ou real (entrega da coisa). Mas, não importando estas espécies,
sempre será necessária a soma OFERTA + ACEITAÇÃO.  
A oferta, em regra, é vinculantea quem a policitou.  
A oferta deixa de ser vinculante nos seguintes casos: 
Entre presentes (quem telefona está presente!!): se não foi aceita imediatamente. 
Entre ausentes: 
a. sem prazo: já houve tempo razoável; 
b. se o prazo já se esgotou sem resposta; 
c. antes ou junto com a proposta chegou a retratação do proponente. 
Negociações preliminares
Trata-se de conceito que congloba o que foi dito até aqui, enquanto as etapas preliminares à formação em si da
relação jurídico-contratual. Neste plano formativo é importante dizer que as partes deverão guardar, outrossim, a
boa-fé e seus correspondentes deveres anexos.  
Momento de Conclusão do Contrato
Forma normal das relações contratuais é serem �nalizadas, executadas, cumpridas pelo o adimplemento ou
execução. Ocorre que é possível a sucessão de eventos que prejudiquem este adimplemento, gerando uma
extinção anormal. São eles as nulidades, a cláusula resolutiva tácita e a expressa, o direito de arrependimento, a
resolução, a resilição e a morte. 
Nulidades
Sempre que ocorrer a nulidade (seja ela a anulabilidade ou nulidade absoluta) o contrato irá encontrar um �m não
esperado, devendo as partes retornar ao status quo ante, excepcionando-se apenas a anulabilidade nos casos de
convalescimento ou rati�cação.  
Cláusula resolutiva
ode ser tácita ou expressa. A primordial diferença está na forma em que elas se manifestam, pois “a cláusula
resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial” (art. 474, CC). Deve-se atentar
que a parte lesada poderá optar pelo cumprimento do contrato, sendo a ela dado, em qualquer situação, direito
de exigir perdas e danos.  
Direito de Arrependimento
Pode manifestar-se através da �xação de arras (art. 420, CC) ou na cláusula especial de compra e venda que crie
uma venda a contento (art. 509, CC). 
Frustração do �m do contrato
Ocorre quando a �nalidade útil do contrato se perde, não havendo mais uma razão ou causa para sua execução.
Um exemplo que serve de bom recurso mnemônico é o cancelamento das festividades de carnaval em razão de
falta de abastecimento de água, o que gera a frustração do �m dos contratos de locação por temporada
celebrados para o evento. 
Situação-problema
Um pescador decide realizar a compra de um terreno próximo ao porto, para que possa guardar seu barco e
equipamentos de pesca. Como se trata de uma pessoa simples, procura a imobiliária local, manifestando
interesse no terreno anunciado, então pelo valor de R$ 64.000,00 (sessenta e quatro mil reais).  
A venda é concretizada mediante assinatura de simples contrato e o pagamento é realizado logo em seguida, à
vista, recebendo, o pescador o competente instrumento de quitação, por meio de recibo. 
Diante da situação narrada, disserte de maneira fundamentada sobre a existência e validade do respectivo
negócio jurídico. 
Pode-se dizer que tal negócio é válido? Porém, ele estará apto a produzir algum efeito jurídico, em consideração
ao princípio da boa-fé e da função social dos contratos? 
Resolução da Situação-Problema
Contrato existente 
Inválido do ponto de vista formalista 
Leitura constitucional dos contratos e do direito privado em geral 
Presença da boa-fé objetiva e função social dos contratos 
Há, a�nal, diferença entre a forma enquanto elemento existencial do negócio e a forma legalmente prevista – esta
é pressuposto de validade, como na escritura pública para alienação de imóvel superior a 30 salários mínimos.
Embora, o negócio possa ser inválido por não ter adotado a forma prescrita em lei (art. 166, IV, do CC/02), o ato de
compra e venda entre os vizinhos existiu. Com razão, o negócio poderá produzir efeitos, apesar da ausência de
formalidade, considerando a ideia de constitucionalização do direito privado, à medida que se mostram presentes,
de início, o respeito a boa-fé e a função social do contrato, com a destinação socioeconômica do bem adquirido.  
Referências bibliográ�cas
BANDEIRA, Paula Greco; KONDER, Carlos Nelson; TEPEDINO, Gustavo. Fundamentos de Direito Civil: Contratos. 1ª
ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível
em: http://www.senado.gov.br/atividade/const/constituicao-federal.asp 
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
providências. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm 
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm2016
GAGLIANO, Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamplona. Manual de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2020. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil 1 Esquematizado. Parte Geral, Obrigações e Contratos (Parte Geral). 9ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Princípios Sociais dos Contratos no CDC e no Novo Código Civil. Revista Jus Navigandi,
ISSN 1518-4862, Teresina, ano 7, n. 55, 1 mar. 2002. Disponível em:  https://jus.com.br/artigos/2796. Acesso em: 6
jul. 2020. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: contratos. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2020. 
http://www.senado.gov.br/atividade/const/constituicao-federal.asp
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm2016
https://jus.com.br/artigos/2796

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