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Doenças respiratórias

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Doenças respiratórias
Maiores prejuízos na avicultura comercial 
· Alta densidade
· Baixa qualidade do ar 
· Injuria dos tratos respiratórios
Causas multifatoriais 
Falhas vacinais 
Sistema respiratório 
Espaço ou vias aéreas 
- narina, seios nasais e paranasais, laringe, traqueia e brônquios 
Reservatório de ar ou espaço morto 
- brônquios, os neopulmoes e os sacos aéreos caudais
Área de troca gasosa 
- parabronquios 
Principais enfermidades 
· Doença de Newcastle
· Influenza aviaria
· Bronquite infecciosa
· Metapneumovirose
· Laringotraqueite infecciosa
· Micoplasmose aviaria
· Coriza infecciosa
· Pasteurelose
Em vermelho o que tem programas no pais 
Diagnostico 
Mortalidade
Morbilidade 
Transmissão (horizontal, vertical) 
Exames laboratorias: isolamento viral/bacteriano, RT-PCR ou PCR, HI, SAR, ELISA
Controle 
· Manejo
· Biosseguridade
· Abate sanitário
· Vacinação
· Monitoramento 
Influenzia viária
Uma doença da OIE 
Causa doenças não so nas aves mas também nas pessoas 
Influenza aviaria (H5-N1) – É a mais importante
O que a influenzia viária?
Etiologia 
Espécie: influenzia A vírus 
A Influenza aviaria é uma doença de notificação imediata a OIE. A influenza aviária é definida como Infecção por vírus influenza e infecção por vírus de influenza A de alta patogenicidade em pássaros de espécies de aves não comerciais. Além da obrigatoriedade de notificar a OIE, deve-se notificar a ocorrência dessa doença ao serviço veterinário oficial. A influenza aviaria está dentro da lista de doenças nunca notificadas no Brasil, e requer notificação obrigatória imediata a qualquer caso suspeito ou diagnóstico laboratorial. Além disso, essa doença faz parte das doenças que mais causam prejuízos econômicos a avicultura.
A OIE possui um portal só sobre a influenza aviária, dado sua importância econômica, Também fornece diversos vídeos sobre diagnóstico e controle. O vírus
Esse apresenta proteínas na sua superfície, a hemaglutinina e neuraminidase, tendo cerca de 18 subtipos de hemaglutinina sendo 16 so nas aves. Já a neuraminidase tem 9 tipos sendo esses nove nas aves. 
A combinação de hamglutinina e neuraminidase vai dar os subtipos 
As aves silvestres são os principais reservatórios desses vírus, e as aves silvestres sejam a fonte de infecção para diferentes espécies, com destaque para as aves domésticas. Dos 16 subtipos que circulam nas aves silvestres, 13 circulam e são detectados nas aves domésticas. 
Existem ai também os casos de contato do ser humano com aves domesticas, infectando os seres humanos.
Existem mais dois tipos de hemaglutinina que circulam nos morcegos, e então não são chamados de influenza aviaria e não tem capacidade de infectar aves. 
Epidemiologia 
Esse vírus tem uma transmissão horizontal, o que significa que as aves domésticas ou aves silvestres aquáticas infectadas podem transmitir através de secreções respiratórias e fezes contendo partículas virais, para as aves susceptíveis. Se o vírus estiver na agua, gotículas de sujeiras ou no ar por aerossóis, aves susceptíveis também ser capazes de se contaminar. Além disso, essas partículas vírais em contato com sapatos, roupas e equipamentos (fômites contaminados) também podem infectar aves susceptívei
Os vírus da influenza aviária são mantidos pelas aves silvestres infectadas, tendo os 16 subtipos. Uma vez infectadas, acabam infectantes aves aquáticas domesticadas e ai os vírus se adaptam e infectando aves domesticas galiformes, principalmente. Os vírus circulando nas aves domésticas galiformes são os de H1 a H5 (vírus de baixa patogenicidade). 
De uma maneira geral temos os vírus de baixa patogenicidade (H1 a H13) e uma vez que esses vírus entram, depois de adaptados, continuam circulando nas aves domesticas e sofrem uma mutação, virando de alta patogenicidade que causa muitas mortes (essa mutação foi descrita apenas para os subtipos H5 e H7) e por isso esses dois subtipos precisam ser notificados sempre, independente da patogenicidade deles. Além do H5 e H7, qualquer outro vírus de alta patogenicidade deve ser notificado. 
Aves domesticas – amplificação 
aves silvestricas – disseminação 
H5 E H7 = INFLUENZA AVIÁRIA NOTIFICAVEL A OIE 
H5N1 – Foi o vírus que mostrou que os vírus podem ser reintroduzidos nas aves silvestres, que poderiam apresentar sinais clínicos e inclusive mortalidade, a partir das aves domésticas
HPAI – Vírus da influenza de alta patogenicidade 
LPAI – Vírus da influenza de baixa patogenicidade
Vírus de baixa patogenicidade: Se o sítio de clivagem tiver até 2 aminoácidos básicos --> vai ser reconhecido apenas por proteases do tipo TRIPSINA (ou seja, só a tripsina consegue fazer a clivagem com menos de 2 aa básico). Essa protease do tipo tripsina só é encontrada no trato respiratório e digestório, e com isso esse vírus tem uma capacidade de replicação limitada a esses dois locais
Vírus de alta patogenicidade: 
Já os vírus de alta patogenicidade, terão mais de 3 aminoácidos básicos. Quanto maior o número desse aminoácidos maior a capacidade de replicação, havendo uma pequena correlação com a patogenicidade. Os aminoácidos podem ser reconhecidos por proteases do tipo FURINA, que são encontradas em todos os tipos de células das aves, levando ao vírus conseguir se replicar nos diferentes sistemas, incluindo sistema nervoso, digestório, respiratório, urinário, reprodutivo etc. 
É importante lembrar que vírus de baixa patogenicidade, para os subtipos H5 e H7, após algumas passagens nas aves, conseguem mutar exatamente no sitio de clivagem por alguns mecanismos como a duplicação, então a sequência acaba sendo duplica, levando ao reconhecimento da purina e novos vírus, estirpes de alta patogenicidade acabam ocorrendo).
Ou seja, o vírus originalmente de aves silvestres, se adaptou a aves domésticas e depois de algumas passagens em aves domésticas, virou de alta patogenicidade.
Quando o vírus de baixa patogenicidade vira de alta patogenicidade:
Devem ser notificados a OIE os vírus de baixa patogenicidade (LPAI) dos subtipos H5 e H7. Isso porque esses dois subtipos, que possuem quando em baixa patogenicidade até 2 aminoácidos básicos no sítio de clivagem, podem mutar em circulação nas aves domésticas, fazendo com que ocorra por exemplo uma duplicação da sequência no sítio de clivagem, levando a presença de mais de 3 aminoácidos básicos no local. A consequência dessa mutação é o reconhecimento dos aminoácidos básicos pelas proteases do tipo purina e a possibilidade do vírus se replicar em diferentes sistemas nas aves, tornando um vírus de baixa patogenicidade em alta patogenicidade, e podendo levar a alta mortalidade das aves. Dessa forma, mesmo em baixa patogenicidade ou alta patogenicidade, ambos os subtipos H5 e H7 devem ser notificados obrigatoriamente quando identificados.
Todos os vírus de alta patogenicidade (HPAIV) devem ser notificados, segundo a OIE. Com isso, qualquer vírus que apresentar IPIV maior ou igual a 1,2 em frangos com 6 semanas deidade ou teste molecular com multiplicidade de aminoácidos básicos no sítio de clivagem HA0 (se tem mais que 3 aminoácidos), devem ser notificados.
Sinais clínicos
Extremamente variável --> Aves assintomáticas a aves com conjuntivite, prostração, diarreia, sinais respiratórios, queda de postura, sinais nervosos, torcicolo até 100% de mortalidade.
a.Prostração (Lembrar que os sinais clínicos para doença de Newcastle e Influenza aviária são muito parecidos, não conseguindo-se fazer essa distinção clínica. Só diagnostico laboratorial vai realmente confirmar o diagnóstico).
b.Cianose de crista e barbela (Aves adultas costumam ter sinais clínicos mais exacerbados do que as jovens, que podem não ter sintomas tão expressivos, mas ter uma mortalidade aguda.)
 c.Edema periorbital 
d.Conjuntivite 
e.Hiperemia na pele 
f.Diarreia esverdeada
g.Queda de postura até fim da produção no lote em menos de 3 semanas, em infecções de vírus de alta patogenicidade 
h.Sinais neurológicos como torcicolo e opistotono 
i.Mortalidade aguda (principalmente em perus, que são extremamente susceptíveis a esse vírus).Essa mortalidade pode acontecer em 3 a 4 dias 100%. Pode-se não ter nenhum sinal clínico, apenas mortalidade aguda.
Pode infectar qualquer idade
Fatores críticos
Existem alguns fatores críticos que podem alterar a gravidade da doença, que dependem da exposição, quantidade da carga viral, adaptação do vírus naquele hospedeiro, e interação do vírus-ambiente-hospedeiro.
Importância da adaptação e da dose infectante: 
Exemplo: Estudos mostram que um vírus H5N2, isolado de um marreco, não conseguiu produzir a doença, apenas se inoculadas cargas virais muito altas. Mesmo assim não era um vírus transmissível. Já o H5N8, isolado de um falcão, causava mortalidade maior com uma concentração menor. 
Importância da idade e estirpe viral 
Vírus de alta patogenicidade consegue produzir a doença numa dose baixa de vírus, e transmite para aves de contato em dose alta.
Lesões macroscópicas 
a. Lesões no proventriculo hemorrágica 
b. Lesões hemorrágicas em moelas 
c. Rins hiperêmico (carcaça hiperemica) 
d. Hemorragia nos intestinos 
e. Petéquias no epicárdio 
f. Pneumonia 
g. Laringite, traqueíte ate leve 
h. Esplenomegalia (baço aumentado, hiperêmico e necrose) 
i. Ovário hiperêmico (essa ave quando chega nesse ponto, dificilmente consegue fazer a postura, com queda de 100% da postura). 
j. Edema subcutâneo 
k. Hemorragia em tonsilas cecais (podem ser leves ou graves) 
l. Petéquias em músculos (o vírus consegue se multiplicar em diferentes órgãos e tecidos, como o tecido muscular). 
m. Pancreatite (incomum em infecção natural).
Diagnóstico diferencial
HPAIV – lesões hemorrágicas na traqueia: Laringotraqueite infecciosa (ILTV), vírus da Bursa de Fabricius super virulenta (vvIBDV), vírus da Doença de Newscastle, bactéria da cólera aviária (essa última principalmente em casos que se observa mortalidade de aves silvestres). Em aves domésticas a mortalidade aguda também deve ser associada a intoxicação causada por erros de manejo.
Doencas leves 
LPAI – As vezes causa subinfecção que podem ser muito difíceis de serem observadas. Alterações respiratórias leves: podem ser confundidas com o vírus da bronquite infecciosa (IBV), vírus da laringotraqueite infecciosa na forma enzótica. Doença crônica respiratória causada por micoplasma, e a coriza infecciosa.
Alterações digestivas: Salmonella 
Queda de postura: Pode ser confundida como IBV (pode também levar a alterações na casca do ovo e o vírus da síndrome da queda de postura - EDS (mas nesse caso não tem nenhuma outra alteração, só a queda de postura).
Diagnostico 
Coleta de material 
Precisa-se coletar aves de forma aleatória no galpão, por todo o galpão.
Na ave viva, deve-se fazer coleta de swab orofaringiano e swab cloacal. É interessante colocar esse swab num meio de transporte, e sempre colher em duplicata: parte do material vai ser utilizada para isolamento viral e a outra para teste molecular. Se coletar só 1, ter cuidado no descongelamento para evitar degradar o material.
Isolamento viral: 
O material biológico vai ser inoculado em ovos embrionados, e a ovoscopia vai ser realizada em 7 dias. Precisa-se avaliar se o embrião está viável, vivo, com a presença dos vasos sanguíneos e movimentação do embrião. Após 7 dias, é realizado o teste da hemaglutinação utilizando líquido alantoide coletado. Isolamento e identificação viral
Identificação e caracterização viral 
O diagnóstico pode ser feita diretamente com o material biológico – extração do RNA. Os laboratórios geralmente fazem a extração do RNA viral para detecção dos teste moleculares e a inoculação do material biológico para isolamento viral, para caracterizar esse agente. Isso é feito porque as vezes o material biológico inicial não tem uma concentração suficiente do vírus para fazer todos os testes moleculares. Com a concentração necessária, se faz o RT-PCR, que é um teste extremamente padronizado, utilizado em diversos países. 
Depois é feita a caracterização pelo sequenciamento de DNA do sítio de clivagem, para poder identificar se a sequência de aminoácidos é característica de um vírus de alta patogenicidade ou baixa patogenicidade. 
Em relação ao líquido alantoide, se for positivo, testa o alantoide contra o anticorpo para os subtipos de interesse (H5 e H7 principalmente), e se o HI (inibição da aglutinação) for positivo para esses dois subtipos, deve-se fazer o teste de patogenicidade intravenosa (IPIV). 
Identificação e caracterização viral
Avaliação da patogenicidade 
Duas formas: 
In vitro: Sequenciamento gênico do sítio de clivagem (teste in vitro) --> Uma vez determinada a sequência de nucleotídeos, consegue-se deduzir a sequência de aminoácidos. De acordo com o tipo de sequência de aminoácidos (pelo número de aa básicos (3=alta): 
In vivo: Índice de patogenicidade intravenoso (IPIV) é feito com 10 aves com 6 semanas de idade. É feita inoculação intravascular (50ul) e é feita avaliação durante 8 dias. É dado um valor de 0 a 3, sendo: 
Normal = 0 Doente= 1 Muito doente=2 Morte= 3 
Faz uma média desse valor, se o vírus tiver um valor acima de 1,2, ou tiver 75% de mortalidade em aves de 4 a 8 semanas de idade, é considerado como um vírus de alta patogenicidade.
Controle 
- O controle é basicamente através das medidas de biosseguridade: diagnóstico rotineiro, vigilância ativa realizada pelo ministério público e pelos estados, serviço de educação de fiscais e produtores para poder reconhecer os possíveis sinais de quando ocorre essa doença. Abate sanitário. 
- No Brasil, para controle da Influenza aviária não é utilizada vacinação porque não existe nenhum relato da doença. Além disso, a vacinação é proibida no Brasil.
Controle e erradicação (se for confirmado o caso) 
• ERRADICAÇÃO 
•Destruição de todas as aves infectadas ou expostas 
•Isolamento do surto 
• Premissas de desinfecção devem ser feitas 
• Limpeza e desinfecção 
• Descarte de carcaças apropriados 
• Controle da doença em lotes 
• Despopulação seguidos de 21 dias antes de repopulação (tem que dar negatividade das aves sentinelas para repopulação) 
• Controle de insetos e roedores 
• Evitar contato com aves de status desconhecido 
• Controle do trânsito humano
Despopulação: 
Métodos de atordoamento e eutanásia
Correto descarte das carcaças 
Passar por Desinfecção
Repopulação: Plano de contingência para NDV e IA – colocar aves sentinelas, que devam ser movimentadas de forma constante por todo o galpão. Só depois que essas aves forem testadas e negativas pelo teste sorológico e virológico, pode ser autorizado o repovoamento daquela granja em questão.
Conclusões 
Vigilância ativa (isolamento viral e/ou teste moleculares coletados a partir de lotes que cheguem ao abatedouro, além da vigilância periódica) precisa ser realizada de forma criteriosa
Vigilância passiva (diagnostico de exclusão em caso de mortalidade anormal) e fundamental 
Definição de casos suspeitos precisam ser bem estabelecidos 
Identificação de AI e essencial

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