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Aula 6 - Carreira Jurídica

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Aula 06 - Somente em
PDF
D. da Criança e do Adolescente p/
Carreira Jurídica 2021 (Curso
Regular)-Prof. Ricardo Torques
Autor:
Ricardo Torques
Aula 06 - Somente em PDF
17 de Março de 2021
37171323005 - Júnior Souza Ferreira
 
Sumário 
Considerações Iniciais ........................................................................................................................................ 2 
Assistência Social à Criança e Adolescente ........................................................................................................ 2 
Direitos e políticas públicas de juventude ......................................................................................................... 7 
1 - Princípios e diretrizes políticas públicas de juventude .............................................................................. 7 
2 - Direitos dos jovens .................................................................................................................................. 11 
Sistema nacional de juventude ........................................................................................................................ 29 
1 - Sistema nacional de juventude - SINAJUVE............................................................................................. 29 
2 - Competências .......................................................................................................................................... 29 
3 - Conselhos de juventude........................................................................................................................... 32 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação ............................................................................................................. 34 
1 - Introdução e regras constitucionais ........................................................................................................ 34 
2 - Regras Gerais .......................................................................................................................................... 42 
3 - Organização da Educação Nacional ....................................................................................................... 44 
4 - Níveis e modalidades de educação ......................................................................................................... 45 
5 - Educação Especial ................................................................................................................................... 47 
Responsabilidade Civil pela Prática de Ato Ilícito ............................................................................................ 47 
Considerações finais ......................................................................................................................................... 52 
Questões Comentadas ..................................................................................................................................... 52 
Lista de Questões ............................................................................................................................................. 88 
Gabarito.......................................................................................................................................................... 101 
 
Ricardo Torques
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LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Nesta aula vamos estudar a Lei 12.852/2013, norma específica que institui o Estatuto da Juventude (EJ), 
responsável por disciplinar regras sobre direitos dos jovens e por estabelecer o SINAJUVE, o Sistema 
Nacional de Juventude. 
Nossa missão será investigar as principais regras relativas à Lei 12.852/2013, dando destaque à aquilo que é 
mais relevante sobre a norma. O nosso estudo é dividido em duas partes, a primeira que abrange os “direitos 
e políticas públicas de juventude”. Essa é a parte mais importante. A segunda parte – que envolve o estudo 
do SINAJUVE – possui menor importância para a nossa prova. 
Além disso, estudaremos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Responsabilidade Civil pela Prática de 
Atos Ilícitos. Contudo, iniciaremos abordaremos a Assistência Social à Criança e Adolescente. 
Boa aula! 
ASSISTÊNCIA SOCIAL À CRIANÇA E ADOLESCENTE 
Neste capítulo vamos analisar um tópico específico, não muito explorado em provas de concurso, mas que 
está correlacionado com os direitos das crianças e do adolescente. 
O direito à assistência social constitui a faculdade de exigir do Estado o dispêndio de recurso para assegurar 
condições materiais mínimas de sobrevivência, independentemente de qualquer contraprestação por parte 
da pessoa tutelada. Notem, portanto, que o SUAS é instrumento fundamental para resguardar, ainda que 
minimamente, a dignidade da pessoa humana. 
Nesse contexto, o sistema do SUAS atua no sentido de proporcionar uma série de ações de iniciativa pública 
e, também, em cooperação com a sociedade para garantir os direitos mínimos. É justamente em razão do 
caráter assistencial que a concessão de benefícios independe de contraprestação do beneficiário é 
característica fundamental da assistência social. O financiamento da assistência social é de toda a 
comunidade, de forma solidária. 
Nesse contexto, confira orientação do art. 203 da CF: 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por OBJETIVOS: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
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III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao 
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida 
por sua família, conforme dispuser a lei. 
Para a nossa prova... 
 
 
Portanto, a assistência social é um direito fundamental indispensável, que se volta para os segmentos mais 
vulneráveis da nossa sociedade, tendo em vista que a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades 
constitui, nos termos do art. 3º, III, da CF, um dos objetivos da República. 
Note, ainda, em relação à tratativa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, que o amparo às crianças 
hipossuficiente é um dos objetivos centrais da assistência social. 
ASSISTÊNCIA SOCIAL –
OBJETIVOS
proteção à família, à maternidade, à infância, à 
adolescência e à velhice.
amparo às crianças e aos adolescentes carentes
promoção da integração no mercado de trabalho
habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e 
integração na vida comunitária
garantia do salário mínimo
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Vejamos, na sequência, o art. 204 que se refere aos recursos destinados à assistência social. Esse dispositivo 
possui relevância especialmente em relação às diretrizes, cuja leitura passamos a fazer agora: 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do 
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com 
base nas seguintes DIRETRIZES: 
I - descentralização político-administrativa,cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera 
federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, 
bem como a entidades beneficentes e de assistência social; 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das 
políticas e no controle das ações em todos os níveis. 
Dos dispositivos acima podemos notar que duas são as diretrizes que orientam o SUAS. 
 
 
Para a consecução dos objetivos destinados ao SUAS, o parágrafo único, abaixo citado, determina que os 
estados-membros podem vincular parte da receita líquida para gastar com assistência social. Notem que 
esses gastos delimitados não poderão ser aplicados com despesas de pessoal, para pagamento de dívidas 
financeiras do estado-membro ou para quaisquer outras despesas correntes vinculadas às políticas de 
assistência social. 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à 
inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada 
a aplicação desses recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
DIRETRIZES DO SUAS
descentralizaçao 
político-administrativa
participação da 
população
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II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações 
apoiados. 
A partir das orientações constitucionais, que vimos acima, importante, para fins do nosso estudo, dar 
atenção ao estudo da Lei 8.742/1993 (Lei de Assistência Social). 
Evidentemente que não iremos tratar de todos os pontos relativos a essas normas, mas apenas os pontos 
que possam ter relação com a nossa matéria. 
Inicialmente, cumpre apenas referir que o art. 2º da Lei de Assistência Social retrata novamente os objetivos 
da assistência social, incluindo entre eles o amparo às crianças e aos adolescentes carentes. 
Além disso temos as seguintes regras: 
 art. 22, §2º, da Lei de Assistência Social: 
O Conselho Nacional de Assistência Social pode propor a fixação de benefícios subsidiários no valor de até 
25% do salário mínimo para cada criança e de até 6 anos de idade. 
Veja: 
§ 2º O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele participantes, 
poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3 (três) esferas de governo, a 
instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e cinco por cento) do salário-
mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 
2011) 
 art. 23, I, da Lei de Assistência Social: 
No âmbito da lei são estabelecidos serviços socioassistenciais, que envolvem atividades continuadas voltadas 
para a melhoria da vida da população com ações destinadas a promover os direitos das pessoas tuteladas 
por esses serviços. 
Nesse contexto, entre os serviços previstos estão previstos programas de amparo às crianças e adolescentes 
em situação de risco pessoal e social. Confira: 
Art. 23. Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à 
melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem 
os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 
2011) 
§ 2º Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de amparo, entre 
outros: (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) 
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I - às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto 
no art. 227 da Constituição Federal e na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança 
e do Adolescente); (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) 
 art. 24-C, da Lei de Assistência Social: 
Nesse dispositivo temos a instituição do Peti, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que envolve a 
transferência de recursos, trabalho social e oferta de serviços às crianças e adolescentes que estiverem 
trabalhando. 
Assim: 
 
Confira: 
Art. 24-C. Fica instituído o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), de caráter 
intersetorial, integrante da Política Nacional de Assistência Social, que, no âmbito do Suas, 
compreende transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de serviços 
socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. 
(Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) 
§ 1º O Peti tem abrangência nacional e será desenvolvido de forma articulada pelos entes 
federados, com a participação da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada 
de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, 
ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.435, 
de 2011) 
§ 2º As crianças e os adolescentes em situação de trabalho deverão ser identificados e ter os seus 
dados inseridos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com 
a devida identificação das situações de trabalho infantil. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) 
Note que a Lei Orgânica de Assistência Social trata de forma objetiva a respeito do tratamento destinado à 
criança e ao adolescente. 
PETI (em relação a crianças e adolescentes que estejam trabalhando)
transferência de renda trabalho social com famílias
oferta de serviços 
socioeducativos
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DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE 
A parte atinente ao estudo dos direitos e políticas públicas envolve uma primeira parte na qual são analisados 
os princípios e diretrizes e, após, temos a análise do rol de direitos propriamente. 
1 - PRINCÍPIOS E DIRETRIZES POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE 
Esse primeiro dispositivo é um dos mais importantes para fins do nosso estudo, pois traz sobre o que 
disciplina a lei e a quem se aplica. 
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os 
princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - 
SINAJUVE. 
§ 1º Para os efeitos desta Lei, são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 
29 (vinte e nove) anos de idade. 
§ 2º Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei no 8.069, 
de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e, EXCEPCIONALMENTE, este 
Estatuto, quando não conflitar com as normas de proteção integral do adolescente. 
Para fins de prova: 
 
E quem serão considerados jovens? 
 
E os adolescentes (idade entre 15 e 18 anos)? A eles é aplicado o ECA ou o Estatuto da Juventude? 
LEI 12.852/2013
Direito dos jovens
Princípios e 
diretrizes das 
políticas públicas
SINAJUVE
JOVENS
pessoa entre 15 e 
29 anos de idade
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Ou seja, o Estatuto da Juventude só deve ser aplicado aos adolescentes de forma excepcional e naquilo que 
ele acrescentar aos direitos previstos no ECA. 
Vamos ver como isso já foi cobrado em provas? 
 
(UFRR/Assistente Social - 2018) A Lei n° 12.852 de 05/08/2013 (Estatuto da Juventude) define o jovemcomo a pessoa entre 15 e 29 anos de idade. Com isso, estabelece uma conexão com o Estatuto da 
Criança e do Adolescente – ECA (Lei n° 8069/1990) que também contempla o adolescente na faixa 
etária dos 15 aos 18 anos. Diante dessa questão, é correto afirmar que: 
a) A inclusão de adolescentes na faixa etária dos 15 aos 18 anos no Estatuto da Juventude se sobrepõe 
ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
b) A Lei nº 12.852 de 05/08/2013 (Estatuto da Juventude) estabeleceu a maioridade penal para o 
adolescente. 
c) Aplica-se o Estatuto da Juventude aos adolescentes na faixa etária dos 15 aos 18 anos, 
excepcionalmente, quando não conflitar com a Lei nº 8069/1990. 
d) Diferente do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) o Estatuto da Juventude somente 
estabelece deveres para os adolescentes na faixa etária dos 15 aos 18 anos. 
e) A Lei nº 12.852 de 05/08/2013 (Estatuto da Juventude) em nada acrescenta aos direitos os 
adolescentes na faixa etária dos 15 aos 18 anos. 
Comentários 
Como visto, de acordo com o art. 1º, § 2º, do Estatuto, a Lei n. 12.852/2013 só se aplica ao adolescente 
na faixa etária dos 15 aos 18 anos de forma excepcional e quando não conflitar com a Lei n. 8.069/1990 
(ECA). 
O gabarito, portanto, é a alternativa C. 
Adolescentes 
(idade entre 15 e 
18 anos)
aplica-se o ECA e, 
excepcionalmente, 
esse Estatuto
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Seguindo! 
Aponte-se que essa categoria “jovens” (diferenciando pessoas entre 15 e 29 anos de idade de 
pessoas entre 12 e 18 anos de idade, por exemplo) não é uma novidade. Em 1985, quando ONU 
estabeleceu o Ano Internacional da Juventude, se deu início a um processo amplo e estruturado, 
e com alcance mundial, de reconhecimento da juventude como um grupo com características e 
necessidades específicas. 
No Brasil, em 2005, foi criada a Secretaria Nacional de Juventude e o grupo “jovens” já faz parte do nosso 
ordenamento jurídico desde de, pelo menos, 2010, quando a EC n. 65/10 alterou o título do capítulo VII, do 
Título VIII, da Carta, de “Da Família, Da Criança, Do Adolescente e Do Idoso” para “Da Família, Da Criança, Do 
Adolescente, Do Jovem e Do Idoso”, além de outros dispositivos (com destaque para o art. 227, § 8º, que 
determina que a lei estabelecerá o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens, e o 
plano nacional de juventude, de duração decenal). 
Essa distinção, portanto, é importantíssima e, inclusive, já foi objeto de questionamento em provas (como 
vimos acima). 
É certo que o intervalo (de 15 a 29 anos) não é um consenso mundial. No Brasil mesmo houve muita discussão 
antes da aprovação do Estatuto em 2013. Propostas falavam no intervalo de 18 a 29, no intervalo de 18 a 24, 
mas no fim, o que prevaleceu foi o intervalo de 15 a 29. Há ainda vozes que defendem a expansão desse 
intervalo para os 32 ou 35 anos de idade, a depender da categoria de jovem (juventude rural, juventude 
trabalhadora, etc.). Mas digo isso apenas para que vocês saibam que esses conceitos são antigos e já vêm 
sendo discutidos há algum tempo. 
Vamos em frente! 
1.1 - Princípios 
Os princípios aqui retratados não são princípios jurídicos, espécie de normas. Esses princípios que veremos 
aqui são linhas gerais e mestras que iram orientar as políticas públicas que estudaremos na Lei 12.852/2013. 
Na consecução das políticas e prestar serviços o Poder Público deverá levar em consideração os princípios 
abaixo discriminados. 
Confira: 
Art. 2º O disposto nesta Lei e as políticas públicas de juventude são regidos pelos seguintes 
princípios: 
I - promoção da autonomia e emancipação dos jovens; 
II - valorização e promoção da participação social e política, de forma direta e por meio de suas 
representações; 
III - promoção da criatividade e da participação no desenvolvimento do País; 
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IV - reconhecimento do jovem como sujeito de direitos universais, geracionais e singulares; 
V - promoção do bem-estar, da experimentação e do desenvolvimento integral do jovem; 
VI - respeito à identidade e à diversidade individual e coletiva da juventude; 
VII - promoção da vida segura, da cultura da paz, da solidariedade e da não discriminação; e 
VIII - valorização do diálogo e convívio do jovem com as demais gerações. 
Parágrafo único. A emancipação dos jovens a que se refere o inciso I do caput refere-se à 
trajetória de inclusão, liberdade e participação do jovem na vida em sociedade, e não ao instituto 
da emancipação disciplinado pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. 
Note que são princípios anunciativos, que indicam uma carta de intenções do legislador em relação ao 
tratamento dos jovens perante nosso ordenamento jurídico. 
1.2 - Diretrizes Gerais 
As diretrizes gerais, do mesmo modo que os princípios, devem ser consideradas como fios condutores para 
a aplicação e a interpretação do Estatuto. Além disso, as diretrizes devem ser enxergadas, também, como 
uma espécie de comando aos agentes públicos ou privados envolvidos com as políticas públicas de 
juventude, que devem observá-las como um objetivo ou uma meta para a sua atuação. 
Destaque-se que uma diferença importante entre elas e os princípios está no fato de as diretrizes serem 
todas vinculadas a uma ideia de ação, que decorre de verbos como “desenvolver”, “incentivar”, “promover”, 
“ampliar”, etc. 
Confiram: 
Art. 3º Os agentes PÚBLICOS ou PRIVADOS envolvidos com políticas públicas de juventude devem 
observar as seguintes diretrizes: 
I - desenvolver a intersetorialidade das políticas estruturais, programas e ações; 
II - incentivar a ampla participação juvenil em sua formulação, implementação e avaliação; 
III - ampliar as alternativas de inserção social do jovem, promovendo programas que priorizem o 
seu desenvolvimento integral e participação ativa nos espaços decisórios; 
IV - proporcionar atendimento de acordo com suas especificidades perante os órgãos PÚBLICOS 
e PRIVADOS prestadores de serviços à população, visando ao gozo de direitos 
SIMULTANEAMENTE nos campos da saúde, educacional, político, econômico, social, cultural e 
ambiental; 
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V - garantir meios e equipamentos públicos que promovam o acesso à produção cultural, à 
prática esportiva, à mobilidade territorial e à fruição do tempo livre; 
VI - promover o território como espaço de integração; 
VII - fortalecer as relações institucionais com os entes federados e as redes de órgãos, gestores 
e conselhos de juventude; 
VIII - estabelecer mecanismos que ampliem a gestão de informação e produção de conhecimento 
sobre juventude; 
IX - promover a integração internacional entre os jovens, PREFERENCIALMENTE no âmbito da 
AMÉRICA LATINA e da ÁFRICA, e a cooperação internacional; 
X - garantir a integração das políticas de juventude com os Poderes Legislativo e Judiciário, com 
o Ministério Público e com a Defensoria Pública; e 
XI - zelar pelos direitos dos jovens com idade entre 18 (DEZOITO) e 29 (vinte e nove) anos privados 
de liberdade e egressos do sistema prisional, formulando políticas de educação e trabalho, 
incluindo estímulos à sua reinserção social e laboral, bem como criando e estimulando 
oportunidades de estudo e trabalho que favoreçam o cumprimento do regime semiaberto. 
Pontos de destaque: 
• Desde o caput, vem se falando em agentes e órgãosPÚBLICOS e PRIVADOS; 
• O inciso IV fala em “visando ao gozo de direitos SIMULTANEAMENTE nos campos da saúde, 
educacional, político, econômico, social, cultural e ambiental”; 
• O inciso V fala em “acesso à produção cultural, à prática esportiva, à mobilidade territorial e à fruição 
do tempo livre”; 
• O território deve ser promovido como um espaço de integração; 
• Integração internacional entre jovens, PREFERENCIALMENTE no âmbito da AMÉRICA LATINA e da 
ÁFRICA; 
• Integração com os Poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública 
• O inciso XI, diferentemente do que se vê no art. 1º, § 1º, fala em “jovens com idade entre 18 
(DEZOITO) e 29 (anos)” 
2 - DIREITOS DOS JOVENS 
O estatuto da juventude tramitou durante 9 anos no Congresso Nacional e só foi aprovado após a onda de 
protestos de junho de 2013. Ele determina que o Estado deve garantir diversos direitos aos jovens, dividindo-
os em 11 categorias, quais sejam: (i) direito à cidadania, à participação social e política e à representação 
juvenil; (ii) direito à educação; (iii) direito à profissionalização, ao trabalho e à renda; (iv) direito à diversidade 
e à igualdade; (v) direito à saúde; (vi) direito à cultura; (vii) direito à comunicação e à liberdade de expressão; 
(viii) direito ao desporto e ao lazer; (ix) direito ao território e à mobilidade; (x) direito à sustentabilidade e ao 
meio ambiente; e (xi) direito à segurança pública e ao acesso à justiça. Alguns deles já eram previstos pela 
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Constituição (art. 227, caput), como o direito à educação, ao trabalho, à saúde e à cultura. Outros são novos, 
como o direito à participação social, ao território, à livre orientação sexual e à sustentabilidade. 
Para que nós possamos ter uma visão geral, elaborei a tabela a seguir: 
DIREITOS PREVISTOS NO ESTATUTO DA JUVENTUDE (LEI N. 12.852/13) 
Capítulo Direito Artigos 
I Direito à cidadania, à participação social e política e à representação juvenil 4º ao 6º 
II Direito à educação 7º ao 13 
III Direito à profissionalização, ao trabalho e à renda 14 ao 16 
IV Direito à diversidade e à igualdade 17 ao 18 
V Direito à saúde 19 ao 20 
VI Direito à cultura 21 ao 25 
VII Direito à comunicação e à liberdade de expressão 26 ao 27 
VIII Direito ao desporto e ao lazer 28 ao 30 
IX Direito ao território e à mobilidade 31 ao 33 
X Direito à sustentabilidade e ao meio ambiente 34 ao 36 
XI Direito à segurança pública e ao acesso à justiça 37 ao 38 
Vamos a eles! 
2.1 - Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação Juvenil 
Esse grupo de direitos poderia ser resumido como o grupo dos direitos políticos do jovem, ou, em outras 
palavras, o grupo dos direitos do jovem ligados às suas possibilidades de influenciar o destino da sua 
comunidade, da sua cidade, da sua região ou do seu país. 
Aqui, fica estabelecido que o jovem tem direito à participação social e política seja na formulação, seja na 
execução ou seja na avaliação das políticas públicas voltadas para a juventude. 
Os direitos à cidadania, à participação social e política e à representação juvenil são promovidos por meio do 
que a lei chama de participação juvenil, o que, nos termos legais, se entende pelo(a): 
• Inclusão do jovem nos espaços públicos e comunitários a partir da sua concepção como pessoa ativa, 
livre, responsável e digna de ocupar uma posição central nos processos políticos e sociais; 
• Envolvimento ativo dos jovens em ações de políticas públicas que tenham por objetivo o próprio 
benefício, o de suas comunidades, cidades e regiões e o do País; 
• Participação individual e coletiva do jovem em ações que contemplem a defesa dos direitos da 
juventude ou de temas afetos aos jovens; e 
• Efetiva inclusão dos jovens nos espaços públicos de decisão com direito a voz e voto. 
Vejamos como a Lei n. 12.852/13 disciplina esse tema: 
Art. 4º O jovem tem direito à participação social e política e na formulação, execução e avaliação 
das políticas públicas de juventude. 
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Parágrafo único. Entende-se por participação juvenil: 
I - a inclusão do jovem nos espaços públicos e comunitários a partir da sua concepção como 
pessoa ativa, livre, responsável e digna de ocupar uma posição central nos processos políticos e 
sociais; 
II - o envolvimento ativo dos jovens em ações de políticas públicas que tenham por objetivo o 
próprio benefício, o de suas comunidades, cidades e regiões e o do País; 
III - a participação individual e coletiva do jovem em ações que contemplem a defesa dos direitos 
da juventude ou de temas afetos aos jovens; e 
IV - a efetiva inclusão dos jovens nos espaços públicos de decisão com direito a voz e voto. 
Esses direitos, contudo, não seriam efetivos se não existisse uma entidade, ou um conjunto de entidades, 
capaz de fazer a interlocução da juventude com o poder público. Essas entidades poderão ser associações, 
redes, movimentos e organizações juvenis, sendo dever do poder público incentivar a livre associação de 
jovens. Confiram: 
Art. 5º A interlocução da juventude com o poder público pode realizar-se por intermédio de 
associações, redes, movimentos e organizações juvenis. 
Parágrafo único. É dever do poder público incentivar a livre associação dos jovens. 
Por fim, a lei elenca as diretrizes da interlocução institucional juvenil, estabelecendo que deve ser definido 
um órgão governamental específico para a gestão das políticas públicas de juventude, bem como, deve ser 
incentivada a criação de conselhos de juventude em TODOS os entes da Federação (art. 6º). 
No parágrafo único do artigo em questão, a lei traz, ainda, mais uma distinção entre jovens e adolescentes 
de idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos. Vale a pena dar uma lida: 
Art. 6º São diretrizes da interlocução institucional juvenil: 
I - a definição de órgão governamental específico para a gestão das políticas públicas de 
juventude; 
II - o incentivo à criação de conselhos de juventude em TODOS os entes da Federação. 
Parágrafo único. Sem prejuízo das atribuições do órgão governamental específico para a gestão 
das políticas públicas de juventude e dos conselhos de juventude com relação aos direitos 
previstos neste Estatuto, cabe ao órgão governamental de gestão e aos conselhos dos direitos da 
criança e do adolescente a interlocução institucional com adolescentes de idade entre 15 
(quinze) e 18 (dezoito) anos. 
Vamos dar uma olhada em uma outra questão? 
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(UECE-CEV/Prefeitura de Sobral-CE - 2018) No Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852, de 5 de agosto 
de 2013) estão previstas vias de interlocução da juventude com o poder público. Essas vias ou meios 
são: 
a) ouvidoria, conselhos comunitários, associações e audiências. 
b) conselhos de juventude, audiências, correspondência e rede socioassistencial. 
c) associações, redes, movimentos e organizações juvenis. 
d) comissões das casas legislativas, ouvidoria, movimentos juvenis e audiências. 
Comentários 
Como vimos acima, de acordo com o art. 5º, do Estatuto, a interlocução da juventude com o poder 
público pode realizar-se por intermédio de associações, redes, movimentos e organizações juvenis. 
O gabarito, portanto, é a alternativa C. 
2.2 - Direito à Educação 
O direito à educação faz parte do rol de direitos quejá estavam previstos na Constituição Federal (art. 227, 
caput). Aqui o Estatuto aprofunda esse direito, trazendo concretude para o comando da Carta Maior. 
Segundo o Estatuto, o jovem terá direito não só à educação, mas a uma educação de qualidade, com a 
garantia de educação básica, obrigatória e gratuita, inclusive para aqueles que a ela não tiveram acesso na 
idade adequada. 
O Estatuto, ainda, se preocupa com a educação em situações específicas, como é o caso da educação dos 
jovens indígenas, dos jovens com surdez, dos jovens com deficiência de um modo geral e dos jovens do 
campo. 
Vejamos o art. 7º, da Lei: 
Art. 7º O jovem tem direito à educação de qualidade, com a garantia de educação básica, 
obrigatória e gratuita, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade adequada. 
§ 1º A educação básica será ministrada em língua portuguesa, assegurada aos jovens indígenas 
e de povos e comunidades tradicionais a utilização de suas línguas maternas e de processos 
próprios de aprendizagem. 
§ 2º É dever do Estado oferecer aos jovens que não concluíram a educação básica programas na 
modalidade da educação de jovens e adultos, adaptados às necessidades e especificidades da 
juventude, inclusive no período noturno, ressalvada a legislação educacional específica. 
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§ 3º São assegurados aos jovens com surdez o uso e o ensino da Língua Brasileira de Sinais - 
LIBRAS, em TODAS as etapas e modalidades educacionais. 
§ 4º É assegurada aos jovens com deficiência a inclusão no ensino regular em TODOS os níveis e 
modalidades educacionais, incluindo o atendimento educacional especializado, observada a 
acessibilidade a edificações, transportes, espaços, mobiliários, equipamentos, sistemas e meios 
de comunicação e assegurados os recursos de tecnologia assistiva e adaptações necessárias a 
cada pessoa. 
§ 5º A Política Nacional de Educação no Campo contemplará a ampliação da oferta de educação 
para os jovens do campo, em TODOS os níveis e modalidades educacionais. 
No que se refere à educação superior, o Estatuto se preocupa em destacar o tema da inclusão e o das 
políticas afirmativas, além de estabelecer que o poder público deve promover programas de expansão da 
oferta de educação superior nas instituições públicas, de expansão do financiamento estudantil e de 
expansão das bolsas de estudos em instituições privadas, dentro da mesma ótica inclusiva (prevalência para 
jovens com deficiência, negros, indígenas e alunos oriundos da escola pública). 
Segundo o art. 8º, do Estatuto: 
Art. 8º O jovem tem direito à educação superior, em instituições públicas ou privadas, com 
variados graus de abrangência do saber ou especialização do conhecimento, observadas as 
regras de acesso de cada instituição. 
§ 1º É assegurado aos jovens negros, indígenas e alunos oriundos da escola pública o acesso ao 
ensino superior nas instituições públicas por meio de políticas afirmativas, nos termos da lei. 
§ 2º O poder público promoverá programas de expansão da oferta de educação superior nas 
instituições públicas, de financiamento estudantil e de bolsas de estudos nas instituições 
privadas, em especial para jovens com deficiência, negros, indígenas e alunos oriundos da escola 
pública. 
Já tendo falado sobre educação básica e educação superior, o Estatuto fecha as disposições específicas sobre 
educação falando sobre a educação profissional e tecnológica. Segundo o art. 9º, da Lei, a educação técnica 
deve ser articulada com os diferentes níveis e modalidades de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, 
sempre observando a legislação vigente. 
Art. 9º O jovem tem direito à educação profissional e tecnológica, articulada com os diferentes 
níveis e modalidades de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, observada a legislação 
vigente. 
Na parte mais geral, a lei ainda fala sobre a educação do jovem com deficiência, sobre o transporte escolar, 
sobre a garantia da participação do segmento juvenil nas instâncias deliberativas de gestão democrática das 
escolas e universidades e sobre acesso e permanência em escolas e universidades. Confiram: 
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Art. 10. É dever do Estado assegurar ao jovem com deficiência o atendimento educacional 
especializado gratuito, PREFERENCIALMENTE, na rede regular de ensino. 
Art. 11. O direito ao programa suplementar de transporte escolar de que trata o art. 4o da Lei 
no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, será PROGRESSIVAMENTE estendido ao jovem estudante 
do ensino fundamental, do ensino médio e da educação superior, no CAMPO e na CIDADE. 
§ 1º (VETADO). 
§ 2º (VETADO). 
Art. 12. É garantida a participação efetiva do segmento juvenil, RESPEITADA sua liberdade de 
organização, nos conselhos e instâncias deliberativas de gestão democrática das escolas e 
universidades. 
Art. 13. As escolas e as universidades DEVERÃO formular e implantar medidas de democratização 
do ACESSO e PERMANÊNCIA, inclusive programas de assistência estudantil, ação afirmativa e 
inclusão social para os jovens estudantes. 
2.3 - Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda 
Os direitos à profissionalização, ao trabalho e à renda do jovem vêm disciplinados nos artigos 14 a 17 do 
Estatuto. Aqui, o destaque fica para as medidas que o Estatuto estabelece que o poder público deve adotar 
para efetivar esses direitos. Vamos dar uma lida nas disposições da lei para depois destacar os seus pontos 
principais: 
Art. 14. O jovem tem direito à profissionalização, ao trabalho e à renda, exercido em condições 
de liberdade, equidade e segurança, adequadamente remunerado e com proteção social. 
Art. 15. A ação do poder público na efetivação do direito do jovem à profissionalização, ao 
trabalho e à renda contempla a adoção das seguintes medidas: 
I - promoção de formas coletivas de organização para o trabalho, de redes de economia solidária 
e da livre associação; 
II - oferta de condições especiais de jornada de trabalho por meio de: 
a) compatibilização entre os horários de trabalho e de estudo; 
b) oferta dos níveis, formas e modalidades de ensino em horários que permitam a 
compatibilização da frequência escolar com o trabalho regular; 
III - criação de linha de crédito especial destinada aos jovens EMPREENDEDORES; 
IV - atuação estatal PREVENTIVA e REPRESSIVA quanto à exploração e precarização do trabalho 
juvenil; 
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V - adoção de políticas públicas voltadas para a promoção do estágio, aprendizagem e trabalho 
para a juventude; 
VI - apoio ao jovem trabalhador rural na organização da produção da agricultura familiar e dos 
empreendimentos familiares rurais, por meio das seguintes ações: 
a) estímulo à produção e à diversificação de produtos; 
b) fomento à produção sustentável baseada na agroecologia, nas agroindústrias familiares, na 
integração entre lavoura, pecuária e floresta e no extrativismo sustentável; 
c) investimento em pesquisa de tecnologias apropriadas à agricultura familiar e aos 
empreendimentos familiares rurais; 
d) estímulo à comercialização direta da produção da agricultura familiar, aos empreendimentos 
familiares rurais e à formação de cooperativas; 
e) garantia de projetos de infraestrutura básica de acesso e escoamento de produção, 
priorizando a melhoria das estradas e do transporte; 
f) promoção de programasque favoreçam o acesso ao crédito, à terra e à assistência técnica 
rural; 
VII - apoio ao jovem trabalhador com deficiência, por meio das seguintes ações: 
a) estímulo à formação e à qualificação profissional em ambiente inclusivo; 
b) oferta de condições especiais de jornada de trabalho; 
c) estímulo à inserção no mercado de trabalho por meio da condição de aprendiz. 
Art. 16. O direito à profissionalização e à proteção no trabalho dos adolescentes com idade entre 
15 (quinze) e 18 (dezoito) anos de idade será regido pelo disposto na Lei no 8.069, de 13 de julho 
de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e em leis específicas, não se aplicando o previsto 
nesta Seção. 
Pontos de destaque: 
• Promoção de formas coletivas de organização redes de economia solidária e livre associação; 
• Condições especiais para conciliar trabalho e estudo (horário de trabalho compatível e oferta 
de ensino em horários que possibilitem o trabalho regular); 
• Linha de crédito especial para jovens EMPREENDEDORES; 
• Atuação PREVENTIVA e REPRESSIVA do Estado contra a precarização e a exploração do 
trabalho infantil; 
• Apoio ao jovem trabalhador rural (estímulo à produção e à diversificação; fomento à produção 
sustentável; investimento em pesquisa e tecnologia; estímulo à comercialização direta, aos 
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empreendimentos familiares e às cooperativas; garantia de infraestrutura básica priorizando 
a melhoria de estradas; acesso ao crédito, à terra e à assistência técnica rural); 
• Apoio ao jovem trabalhador com deficiência (estímulo à formação, qualificação, à inserção no 
mercado de trabalho e à oferta de condições especiais) 
• Aplicação do ECA aos jovens entre 15 e 18 anos 
2.4 - Direito à Diversidade e à Igualdade 
Do mesmo modo, no que se refere aos direitos à diversidade e à igualdade, primeiro o Estatuto vem dizendo 
no que consistem esses direitos, para depois dar um comando ao poder público estabelecendo como efetivá-
los. Vamos dar uma lida nas disposições dos arts. 17 e 18, para depois destacarmos os pontos principais: 
Art. 17. O jovem tem direito à diversidade e à igualdade de DIREITOS e de OPORTUNIDADES e 
não será discriminado por motivo de: 
I - etnia, raça, cor da pele, cultura, origem, idade e sexo; 
II - orientação sexual, idioma ou religião; 
III - opinião, deficiência e condição social ou econômica. 
Art. 18. A ação do poder público na efetivação do direito do jovem à diversidade e à igualdade 
contempla a adoção das seguintes medidas: 
I - adoção, nos âmbitos federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, de programas 
governamentais destinados a assegurar a igualdade de direitos aos jovens de todas as raças e 
etnias, independentemente de sua origem, relativamente à educação, à profissionalização, ao 
trabalho e renda, à cultura, à saúde, à segurança, à cidadania e ao acesso à justiça; 
II - capacitação dos professores dos ensinos FUNDAMENTAL e MÉDIO para a aplicação das 
diretrizes curriculares nacionais no que se refere ao enfrentamento de todas as formas de 
discriminação; 
III - inclusão de temas sobre questões étnicas, raciais, de deficiência, de orientação sexual, de 
gênero e de violência doméstica e sexual praticada contra a mulher na formação dos profissionais 
de educação, de saúde e de segurança pública e dos operadores do direito; 
IV - observância das diretrizes curriculares para a educação indígena como forma de preservação 
dessa cultura; 
V - inclusão, nos conteúdos curriculares, de informações sobre a discriminação na sociedade 
brasileira e sobre o direito de todos os grupos e indivíduos a tratamento igualitário perante a lei; 
e 
VI - inclusão, nos conteúdos curriculares, de temas relacionados à sexualidade, respeitando a 
diversidade de valores e crenças. 
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Pontos de destaque: 
• O jovem tem direito à diversidade e à igualdade de DIREITOS e OPORTUNIDADES; 
• As medidas relativas à adoção de programas governamentais destinados a assegurar a igualdade 
de direitos aos jovens devem ser tomadas em todos os âmbitos da Federação (federal, estadual, 
municipal e distrital); 
• Capacitação dos professores dos ensinos FUNDAMENTAL e MÉDIO no que se refere ao 
enfrentamento de todas as formas de discriminação; 
• Observância das diretrizes curriculares para a educação indígena como forma de preservação 
dessa cultura. 
2.5 - Direito à Saúde 
Seguindo o mesmo modelo, aqui, o Estatuto primeiro dispõe que o jovem tem direito à saúde, para, depois, 
determinar como esse direito será efetivado (apenas para destacar, diferentemente do que se refere aos 
capítulos anteriores, neste o legislador não fala em “medidas”, mas em “diretrizes”). Vejamos: 
Art. 19. O jovem tem direito à saúde e à qualidade de vida, considerando suas especificidades 
na dimensão da prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde de forma integral. 
Art. 20. A política pública de atenção à saúde do jovem será desenvolvida em consonância com 
as seguintes DIRETRIZES: 
I - acesso UNIVERSAL e GRATUITO ao Sistema Único de Saúde - SUS e a serviços de saúde 
humanizados e de qualidade, que respeitem as especificidades do jovem; 
II - atenção integral à saúde, com especial ênfase ao atendimento e à prevenção dos agravos mais 
prevalentes nos jovens; 
III - desenvolvimento de ações articuladas entre os serviços de saúde e os estabelecimentos de 
ensino, a sociedade e a família, com vistas à prevenção de agravos; 
IV - garantia da inclusão de temas relativos ao consumo de álcool, tabaco e outras drogas, à saúde 
sexual e reprodutiva, com enfoque de gênero e dos direitos sexuais e reprodutivos nos projetos 
pedagógicos dos diversos níveis de ensino; 
V - reconhecimento do impacto da gravidez PLANEJADA OU NÃO, sob os aspectos médico, 
psicológico, social e econômico; 
VI - capacitação dos profissionais de saúde, em uma perspectiva multiprofissional, para lidar com 
temas relativos à saúde sexual e reprodutiva dos jovens, inclusive com deficiência, e ao abuso de 
álcool, tabaco e outras drogas pelos jovens; 
VII - habilitação dos professores e profissionais de saúde e de assistência social para a 
identificação dos problemas relacionados ao uso abusivo e à dependência de álcool, tabaco e 
outras drogas e o devido encaminhamento aos serviços assistenciais e de saúde; 
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VIII - valorização das parcerias com instituições da sociedade civil na abordagem das questões de 
prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários e dependentes de álcool, tabaco e outras 
drogas; 
IX - proibição de propagandas de bebidas contendo QUALQUER teor alcoólico com a participação 
de pessoa com menos de 18 (dezoito) anos de idade; 
X - veiculação de campanhas educativas relativas ao álcool, ao tabaco e a outras drogas como 
causadores de dependência; e 
XI - articulação das instâncias de saúde e justiça na prevenção do uso e abuso de álcool, tabaco 
e outras drogas, INCLUSIVE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES e, ESPECIALMENTE, crack. 
Pontos de destaque: 
• O direito à saúde deve ser considerado em suas várias dimensões: prevenção, promoção, proteção 
e recuperação; 
• O acesso universal e gratuito ao SUS deve respeitar as especificidades do jovem; 
• Garantia da inclusão de temas relativos ao consumo de álcool, tabaco e outras drogas, à saúde 
sexual e reprodutiva, comenfoque de gênero e dos direitos sexuais e reprodutivos nos projetos 
pedagógicos dos diversos níveis de ensino; 
• Impacto da gravidez PLANEJADA ou NÃO (lembrando que a Lei n. 13.798, de 2019, introduziu no 
ECA o art. 8º-A instituindo a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência); 
• Proibição de propagandas de bebidas contendo QUALQUER teor alcoólico com a participação de 
pessoa com menos de 18 (dezoito) anos de idade; 
• Articulação das instâncias de saúde e justiça na prevenção do uso e abuso de álcool, tabaco e outras 
drogas, INCLUSIVE ESTEROIDES ANABOLIZANTES e, ESPECIALMENTE, CRACK. 
2.6 - Direito à Cultura 
No que se refere ao direito à cultura, o Estatuto primeiro estabelece esse direito, depois, aponta as 
competências do poder público e, por fim, se aprofunda na questão do acesso a salas de cinema, cineclubes, 
teatros, espetáculos musicais e circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento 
mediante pagamento da metade do preço do ingresso cobrado (o que inclui normas específicas sobre a CIE 
– Carteira de Identificação Estudantil – e questões orçamentárias e tributárias). Vejamos, primeiro os artigos 
21 e 22, depois os artigos 23 e seguintes: 
Art. 21. O jovem tem direito à cultura, incluindo a livre criação, o acesso aos bens e serviços 
culturais e a participação nas decisões de política cultural, à identidade e diversidade cultural e à 
memória social. 
Art. 22. Na consecução dos direitos culturais da juventude, compete ao poder público: 
I - garantir ao jovem a participação no processo de produção, reelaboração e fruição dos bens 
culturais; 
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II - propiciar ao jovem o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, em 
âmbito NACIONAL; 
III - incentivar os movimentos de jovens a desenvolver atividades artístico-culturais e ações 
voltadas à preservação do patrimônio histórico; 
IV - valorizar a capacidade criativa do jovem, mediante o desenvolvimento de programas e 
projetos culturais; 
V - propiciar ao jovem o conhecimento da diversidade cultural, regional e étnica do País; 
VI - promover programas educativos e culturais voltados para a problemática do jovem nas 
emissoras de rádio e televisão e nos demais meios de comunicação de massa; 
VII - promover a inclusão digital dos jovens, por meio do acesso às novas tecnologias da 
informação e comunicação; 
VIII - assegurar ao jovem do campo o direito à produção e à fruição cultural e aos equipamentos 
públicos que valorizem a CULTURA CAMPONESA; e 
IX - garantir ao jovem com deficiência ACESSIBILIDADE e ADAPTAÇÕES RAZOÁVEIS. 
Parágrafo único. A aplicação dos incisos I, III e VIII do caput deve observar a legislação específica 
sobre o direito à profissionalização e à proteção no trabalho dos adolescentes. 
Pontos de destaque: 
• O acesso do jovem aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, deve ser proporcionado 
em âmbito NACIONAL; 
• O Estatuto fala na expressão “CULTURA CAMPONESA”, ao se referir ao jovem do campo; 
• Ao jovem com deficiência deve ser garantida a ACESSIBILIDADE e as ADAPTAÇÕES RAZOÁVEIS; 
Lembrando: segundo a Lei n. 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência): 
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: 
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e 
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, 
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros 
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto 
na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida; 
(...) 
VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que 
não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de 
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assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições 
e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais; 
Arts. 23, 24 e 25: 
Art. 23. É assegurado aos jovens de até 29 (vinte e nove) anos pertencentes a famílias de baixa 
renda e aos estudantes, na forma do regulamento, o acesso a salas de cinema, cineclubes, 
teatros, espetáculos musicais e circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e 
entretenimento, em TODO o território nacional, promovidos por QUAISQUER entidades e 
realizados em estabelecimentos PÚBLICOS ou PARTICULARES, mediante pagamento da METADE 
do preço do ingresso cobrado do público em geral. 
§ 1º Terão direito ao benefício previsto no caput os estudantes regularmente matriculados nos 
níveis e modalidades de educação e ensino previstos no Título V da Lei no 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que comprovem sua 
condição de discente, mediante apresentação, no MOMENTO da AQUISIÇÃO do ingresso E na 
PORTARIA do local de realização do evento, da Carteira de Identificação Estudantil - CIE. 
§ 2º A CIE será expedida PREFERENCIALMENTE pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, 
pela União Nacional dos Estudantes, pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e por 
entidades estudantis estaduais e municipais a elas filiadas. 
§ 3º É garantida a gratuidade na expedição da CIE para estudantes pertencentes a famílias de 
baixa renda, nos termos do regulamento. 
§ 4º As entidades mencionadas no § 2o deste artigo deverão tornar disponível, para eventuais 
consultas pelo poder público e pelos estabelecimentos referidos no caput, banco de dados com 
o nome e o número de registro dos estudantes portadores da Carteira de Identificação Estudantil, 
expedida nos termos do § 3o deste artigo. 
§ 5º A CIE terá validade até o dia 31 de março do ano subsequente à data de sua expedição. 
§ 6º As entidades mencionadas no § 2o deste artigo são obrigadas a manter o documento 
comprobatório do vínculo do aluno com o estabelecimento escolar, pelo mesmo prazo de 
validade da respectiva Carteira de Identificação Estudantil. 
§ 7º Caberá aos órgãos públicos competentes federais, estaduais, municipais e do Distrito 
Federal a fiscalização do cumprimento do disposto neste artigo e a aplicação das sanções 
cabíveis, nos termos do regulamento. 
§ 8º Os benefícios previstos neste artigo NÃO incidirão sobre os eventos esportivos de que 
tratam as Leis nos 12.663, de 5 de junho de 2012, e 12.780, de 9 de janeiro de 2013. 
§ 9º Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto no caput, a família inscrita no Cadastro 
Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 
(dois) salários mínimos. 
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§ 10. A concessão do benefício da meia-entrada de que trata o caput é limitada a 40% (quarenta 
por cento) do total de ingressos disponíveis para cada evento. 
Art. 24. O poder público destinará, no âmbito dos respectivos orçamentos, recursos financeiros 
para o fomento dos projetos culturais destinados aos jovens e por eles produzidos. 
Art. 25. Na destinação dos recursos do Fundo Nacional da Cultura - FNC, de que trata a Lei no 
8.313, de 23 de dezembro de 1991, serão consideradas as necessidades específicas dos jovens 
em relação à ampliação do acesso à cultura e à melhoria das condições parao exercício do 
protagonismo no campo da produção cultural. 
Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas poderão optar pela aplicação de parcelas do 
imposto sobre a renda a título de doações ou patrocínios, de que trata a Lei no 8.313, de 23 de 
dezembro de 1991, no apoio a projetos culturais apresentados por entidades juvenis legalmente 
constituídas há, pelo menos, 1 (um) ano. 
Pontos de destaque: 
• Requisitos para a fruição do benefício do pagamento de METADE do preço do ingresso para o acesso 
a eventos culturais: 
• Ser jovem (até 29 anos) 
• Pertencer a família de baixa renda OU ser estudante, na forma do regulamento 
• Abrangência do acesso: TODO o território nacional; 
• Acesso a quê? Salas de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos musicais e circenses, eventos 
educativos, esportivos, de lazer e de entretenimento promovidos por QUAISQUER entidades e 
realizados em estabelecimentos PÚBLICOS ou PARTICULARES; 
• Quem é estudante? Aquele regularmente matriculado nos níveis e modalidades de educação e ensino 
previstos no Título V da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional; 
• Como se comprova a condição de estudante? Mediante apresentação da Carteira de Identificação 
Estudantil – CIE; 
• Em que momento se apresenta a CIE? No MOMENTO da AQUISIÇÃO do ingresso E na PORTARIA do 
local de realização do evento; 
• Quem pode expedir a CIE? A CIE será expedida PREFERENCIALMENTE pela Associação Nacional de 
Pós-Graduandos, pela União Nacional dos Estudantes, pela União Brasileira dos Estudantes 
Secundaristas e por entidades estudantis estaduais e municipais a elas filiadas; 
• Qual é a validade da CIE? A CIE terá validade até o dia 31 de março do ano subsequente à data de sua 
expedição; 
• Quem pode fiscalizar e aplicar sanções? Todos os entes federados; 
• Existem hipóteses em que não se aplica o benefício? Sim (pelo menos, havia). Os benefícios previstos 
neste artigo NÃO incidiram sobre os eventos esportivos de que tratavam as Leis nos 12.663, de 5 de 
junho de 2012, e 12.780, de 9 de janeiro de 2013. Foram eles: 
• Copa das Confederações FIFA 2013; 
• Copa do Mundo FIFA 2014; 
• Jornada Mundial da Juventude 2013; 
• Jogos Olímpicos de 2016; 
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• Jogos Paraolímpicos de 2016; 
• Baixa renda: “Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto no caput, a família inscrita no 
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 
2 (dois) salários mínimos” 
• Existe algum limite global para a concessão do benefício? Sim, 40% (quarenta por cento) do número 
total de ingressos disponíveis para cada evento; 
• Aplicação de parcela do IR (imposto de renda): As pessoas físicas ou jurídicas poderão optar pela 
aplicação de parcelas do imposto sobre a renda a título de doações ou patrocínios, de que trata a Lei 
no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, no apoio a projetos culturais apresentados por entidades 
juvenis legalmente constituídas há, pelo menos, 1 (um) ano. 
Seguindo! 
2.7 - Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão 
Nos mesmos moldes do que vem sendo apresentado sobre o Estatuto, até agora, a Lei, ao tratar do direito 
à comunicação e à liberdade de expressão, primeiro estabelece o direito, para, depois, trazer as medidas que 
devem ser tomadas pelo poder público para concretizá-lo. Aqui não há pontos de destaque. A redação da lei 
é bem simples e vai direto ao ponto. Minha sugestão é de que vocês deem apenas uma lida atenta nos 
dispositivos. Confiram: 
Art. 26. O jovem tem direito à comunicação e à livre expressão, à produção de conteúdo, 
individual e colaborativo, e ao acesso às tecnologias de informação e comunicação. 
Art. 27. A ação do poder público na efetivação do direito do jovem à comunicação e à liberdade 
de expressão contempla a adoção das seguintes medidas: 
I - incentivar programas educativos e culturais voltados para os jovens nas emissoras de rádio e 
televisão e nos demais meios de comunicação de massa; 
II - promover a inclusão digital dos jovens, por meio do acesso às novas tecnologias de informação 
e comunicação; 
III - promover as redes e plataformas de comunicação dos jovens, considerando a acessibilidade 
para os jovens com deficiência; 
IV - incentivar a criação e manutenção de equipamentos públicos voltados para a promoção do 
direito do jovem à comunicação; e 
V - garantir a acessibilidade à comunicação por meio de tecnologias assistivas e adaptações 
razoáveis para os jovens com deficiência. 
2.8 - Direito ao Desporto e ao Lazer 
Na mesma toada, O Estatuto trata sobre o direito ao esporte e ao lazer. Vejamos o que dispõem os arts 28, 
29 e 30 para, depois, destacarmos os pontos mais relevantes: 
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Art. 28. O jovem tem direito à prática desportiva destinada a seu pleno desenvolvimento, com 
PRIORIDADE para o desporto de PARTICIPAÇÃO. 
Parágrafo único. O direito à prática desportiva dos ADOLESCENTES deverá considerar sua 
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
Art. 29. A política pública de desporto e lazer destinada ao jovem deverá considerar: 
I - a realização de diagnóstico e estudos estatísticos oficiais acerca da educação física e dos 
desportos e dos equipamentos de lazer no Brasil; 
II - a adoção de lei de incentivo fiscal para o esporte, com critérios que priorizem a juventude e 
promovam a equidade; 
III - a VALORIZAÇÃO do desporto e do paradesporto EDUCACIONAL; 
IV - a oferta de equipamentos comunitários que permitam a prática desportiva, cultural e de 
lazer. 
Art. 30. TODAS as escolas deverão buscar pelo menos UM local apropriado para a prática de 
atividades POLIESPORTIVAS. 
Pontos de destaque: 
• Segundo a Lei de Incentivo ao Esporte (Lei n. 11.438/06), três são as principais modalidades de 
desporto para o poder público (art. 2º): (i) o desporto educacional; (ii) o desporto de participação; e 
(iii) o desporto de rendimento; 
• Para o Estatuto da Juventude, o jovem tem direito à prática desportiva destinada a seu pleno 
desenvolvimento, com PRIORIDADE para o desporto de PARTICIPAÇÃO; 
• E o que é desporto de participação? O desporto de participação é aquele que compreende as 
modalidades esportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes 
na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente; 
• O direito à prática desportiva dos ADOLESCENTES (e NÃO dos jovens) deverá considerar sua condição 
peculiar de pessoa em desenvolvimento; 
• Enquanto o desporto de participação deve ser a prioridade, deve ser VALORIZADO o desporto e o 
paradesporto EDUCACIONAL; 
• TODAS as escolas deverão buscar pelo menos UM local apropriado para a prática de atividades 
POLIESPORTIVAS. 
2.9 - Direito ao Território e à Mobilidade 
O Estatuto da Juventude, como já dito, sofreu uma forte influência dos movimentos de 2013. E a previsão de 
direitos ao território e à mobilidade são decorrência disso. Expressões como “passe livre”, “catraca livre”, 
“não são só R$ 0,20 centavos”, estão todas ligadas, de alguma forma, à insatisfação do grupo “jovens” com 
a mobilidade, de um modo geral. Vejamos o que o legislador previu em decorrência disso: 
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Art. 31. O jovem tem direito ao território e à mobilidade, incluindoa promoção de políticas 
públicas de moradia, circulação e equipamentos públicos, no campo e na cidade. 
Parágrafo único. Ao jovem com deficiência devem ser garantidas a acessibilidade e as adaptações 
necessárias. 
Art. 32. No sistema de transporte coletivo INTERESTADUAL, observar-se-á, nos termos da 
legislação específica: (Regulamento) (Vigência) 
I - a reserva de 2 (DUAS) vagas GRATUITAS por veículo para jovens de baixa renda; 
II - a reserva de 2 (DUAS) vagas por veículo com DESCONTO de 50% (cinquenta por cento), no 
MÍNIMO, no valor das passagens, para os jovens de baixa renda, a serem utilizadas após 
esgotadas as vagas previstas no inciso I. 
Parágrafo único. Os procedimentos e os critérios para o exercício dos direitos previstos nos 
incisos I e II serão definidos em regulamento. 
Art. 33. A União envidará esforços, em articulação com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, para promover a oferta de transporte público subsidiado para os jovens, com 
prioridade para os jovens em situação de pobreza e vulnerabilidade, na forma do regulamento. 
Pontos de destaque: 
• O art. 31 fala expressamente em “campo” e “cidade”; 
• No art. 31, parágrafo único, fala-se em “adaptações necessárias”. Esse não é um termo técnico 
definido pela Lei n. 13.146/15, mas pode ser entendido como “adaptações razoáveis” (cuidado 
com questões que cobrem a literalidade da Lei); 
• O art. 32 fala em transporte INTERESTADUAL; 
• Originalmente o artigo previa meia-passagem (desconto de 50%) em transporte interestadual 
para todos os estudantes com até 29 anos, independentemente da finalidade da viagem. Mas 
esse dispositivo foi vetado pelo Chefe do Executivo e no seu lugar veio a disposição do art. 32; 
• Em primeiro lugar, reservam-se 02 (DUAS) vagas GRATUITAS por veículo para jovens de baixa 
renda; 
• Em segundo lugar (esgotadas as 02 vagas gratuitas), reservam-se mais 02 (DUAS) vagas por 
veículo, com DESCONTO de 50%, no MÍNIMO, também para jovens de baixa de renda; 
• Os critérios para o exercício desses direitos serão definidos em regulamento; 
2.10 - Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente 
O Estatuto trata, também, do direito à sustentabilidade e ao meio ambiente (arts. 35 e 36). O destaque, aqui, 
fica por conta de o art. 34 trazer o único dever que o Estatuto estabelece para o jovem, o dever de defender 
e preservar o meio ambiente. Vejamos: 
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Art. 34. O jovem tem direito à sustentabilidade e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida, e o DEVER de defendê-lo e 
preservá-lo para a presente e as futuras gerações. 
Art. 35. O Estado promoverá, em TODOS os níveis de ensino, a educação ambiental voltada para 
a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade, de acordo com a Política Nacional do Meio 
Ambiente. 
Art. 36. Na elaboração, na execução e na avaliação de políticas públicas que incorporem a 
dimensão ambiental, o poder público deverá considerar: 
I - o estímulo e o fortalecimento de organizações, movimentos, redes e outros coletivos de 
juventude que atuem no âmbito das questões ambientais e em prol do desenvolvimento 
sustentável; 
II - o incentivo à participação dos jovens na elaboração das políticas públicas de meio ambiente; 
III - a criação de programas de educação ambiental destinados aos jovens; e 
IV - o incentivo à participação dos jovens em projetos de geração de trabalho e renda que visem 
ao desenvolvimento sustentável nos âmbitos rural e urbano. 
Parágrafo único. A aplicação do disposto no inciso IV do caput deve observar a legislação 
específica sobre o direito à profissionalização e à proteção no trabalho dos adolescentes. 
Pontos de destaque: 
• O jovem tem o DEVER de defender e preservar o meio ambiente para a presente e as futuras gerações 
(único dever que o Estatuto estabelece para o jovem); 
• O Estado promoverá, em TODOS os níveis de ensino, a educação ambiental voltada para a 
preservação do meio ambiente e a sustentabilidade, de acordo com a Política Nacional do Meio 
Ambiente 
2.11 - Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça 
Pondo fim ao extenso rol de direitos dos jovens, o Estatuto aborda o direito à segurança pública e ao acesso 
à Justiça. Seguindo os moldes do que foi exposto até o presente, o legislador primeiro estabelece o direito 
e, depois, traz as obrigações do poder público (aqui chamadas de diretrizes). Vamos à lei e aos destaques: 
Art. 37. Todos os jovens têm direito de viver em um ambiente seguro, sem violência, com 
garantia da sua incolumidade física e mental, sendo-lhes asseguradas a igualdade de 
oportunidades e facilidades para seu aperfeiçoamento intelectual, cultural e social. 
Art. 38. As políticas de segurança pública voltadas para os jovens deverão articular ações da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e ações não governamentais, tendo por 
diretrizes: 
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I - a integração com as demais políticas voltadas à juventude; 
II - a prevenção e enfrentamento da violência; 
III - a promoção de estudos e pesquisas e a obtenção de estatísticas e informações relevantes 
para subsidiar as ações de segurança pública e permitir a avaliação periódica dos impactos das 
políticas públicas quanto às causas, às consequências e à frequência da violência contra os 
jovens; 
IV - a priorização de ações voltadas para os jovens em situação de risco, vulnerabilidade social e 
egressos do sistema penitenciário nacional; 
V - a promoção do acesso efetivo dos jovens à Defensoria Pública, considerando as 
especificidades da condição juvenil; e 
VI - a promoção do efetivo acesso dos jovens com deficiência à justiça em igualdade de condições 
com as demais pessoas, inclusive mediante a provisão de adaptações processuais adequadas a 
sua idade. 
Pontos de destaque: 
1) A lei fala em União, Estados, Distrito Federal, Municípios e ações não governamentais; 
2) O art. 38 estabelece uma prioridade para as ações voltadas para os jovens em situação de risco, 
de vulnerabilidade social e egressos do sistema penitenciário; 
3) No que se refere ao jovem com deficiência, a lei fala em promoção do efetivo acesso dos jovens 
com deficiência à justiça em igualdade de condições com as demais pessoas, inclusive mediante 
a provisão de adaptações processuais adequadas a sua idade. 
Vamos ver como isso já foi cobrado em provas? 
 
(VUNESP - 2014) As políticas de segurança pública voltadas para os jovens e estabelecidas pelo Estatuto 
da Juventude terão, entre outras diretrizes, a seguinte: 
a) reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para jovens de baixa renda. 
b) promoção do efetivo acesso dos jovens à Defensoria Pública. 
c) adoção de lei de incentivo fiscal para o esporte. 
d) educação ambiental voltada para a preservação do meio ambiente. 
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c) criação de Delegacias Especiais para Jovens Cidadãos. 
Comentários 
Essa foi uma questão um tanto infeliz. O examinador tenta confundir o candidato trazendo dispositivos 
do Estatuto que não se enquadram no capítulo que trata sobre o direito à segurança. Além disso, a 
banca omite que o direito à segurança é tratado no mesmo capítulo em que o direito de acesso à 
justiça. Isso faz com que seja difícil de reconhecer a alternativa B como o gabarito da questão. Masno 
final, o que o examinador quer é saber qual dessas diretrizes está prevista no art. 38 do Estatuto. Enfim, 
a resposta é a promoção do efetivo acesso dos jovens à Defensoria Pública, conforme art. 38, V. 
SISTEMA NACIONAL DE JUVENTUDE 
1 - SISTEMA NACIONAL DE JUVENTUDE - SINAJUVE 
Nessa segunda parte da Lei, o que o Estatuto faz é, em primeiro lugar, estabelecer o Sistema Nacional de 
Juventude – SINAJUVE, em segundo, estabelecer quais são as competências dos entes federados no que se 
refere a esse Sistema e, em terceiro, estabelecer os conselhos da juventude, seus objetivos e atribuições. 
Como apontamos no início da aula, essa é uma parte menos importante da lei, porque tende a ser menos 
cobrada em provas. Mas vale a pena uma lida nos dispositivos, com atenção para os destaques. 
Vejamos: 
Art. 39. É instituído o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE, cujos composição, organização, 
competência e funcionamento serão definidos em regulamento. 
Art. 40. O financiamento das ações e atividades realizadas no âmbito do Sinajuve será definido 
em regulamento. 
2 - COMPETÊNCIAS 
As competências são divididas entre a União, os Estados e os Municípios. O Distrito Federal acaba 
acumulando as competências desses dois últimos (art. 44). Confiram, primeiro, as competências da União: 
Art. 41. Compete à União: 
I - formular e coordenar a execução da Política Nacional de Juventude; 
II - coordenar e manter o Sinajuve; 
III - estabelecer diretrizes sobre a organização e o funcionamento do Sinajuve; 
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IV - elaborar o Plano Nacional de Políticas de Juventude, em parceria com os Estados, o Distrito 
Federal, os Municípios e a sociedade, em especial a juventude; 
V - convocar e realizar, em conjunto com o Conselho Nacional de Juventude, as Conferências 
Nacionais de Juventude, com intervalo MÁXIMO de 4 (quatro) anos; 
VI - prestar assistência técnica e suplementação financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de juventude; 
VII - contribuir para a qualificação e ação em rede do Sinajuve em todos os entes da Federação; 
VIII - financiar, com os demais entes federados, a execução das políticas públicas de juventude; 
IX - estabelecer formas de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a 
execução das políticas públicas de juventude; e 
X - garantir a publicidade de informações sobre repasses de recursos para financiamento das 
políticas públicas de juventude aos conselhos e gestores estaduais, do Distrito Federal e 
municipais. 
Pontos de destaque: 
• As competências da União se situam em um nível mais estratégico (“coordenar”, “estabelecer 
diretrizes”, “prestar assistência”, etc.); 
• Fala-se também em “Plano Nacional”, “Conselho Nacional”, “Conferências Nacionais”, “todos os 
entes da Federação”, que são expressões que remetem à União; 
• O intervalo MÁXIMO entre as Conferências Nacionais de Juventude é de 04 (QUATRO) anos. 
Competências dos Estados: 
Art. 42. Compete aos Estados: 
I - coordenar, em âmbito estadual, o Sinajuve; 
II - elaborar os respectivos planos estaduais de juventude, em conformidade com o Plano 
Nacional, com a participação da sociedade, em especial da juventude; 
III - criar, desenvolver e manter programas, ações e projetos para a execução das políticas 
públicas de juventude; 
IV - convocar e realizar, em conjunto com o Conselho Estadual de Juventude, as Conferências 
Estaduais de Juventude, com intervalo MÁXIMO de 4 (quatro) anos; 
V - editar normas complementares para a organização e o funcionamento do Sinajuve, em 
âmbito estadual e municipal; 
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VI - estabelecer com a União e os Municípios formas de colaboração para a execução das políticas 
públicas de juventude; e 
VII - cofinanciar, com os demais entes federados, a execução de programas, ações e projetos das 
políticas públicas de juventude. 
Parágrafo único. Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população jovem do 
País. 
Pontos de destaque: 
• São utilizadas expressões como “âmbito estadual”, “planos estaduais”, “Conselho Estadual” e 
“Conferências Estaduais”, o que remete aos Estados; 
• Destaque para as normas complementares para a organização e o funcionamento do Sinajuve, que 
devem ser editadas pelos estados abrangendo o âmbito ESTADUAL e MUNICIPAL; 
• O intervalo MÁXIMO entre as Conferências Estaduais de Juventude é de 04 (QUATRO) anos; 
• Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população jovem do País. 
Competências dos Municípios: 
Art. 43. Compete aos Municípios: 
I - coordenar, em âmbito municipal, o Sinajuve; 
II - elaborar os respectivos planos municipais de juventude, em conformidade com os respectivos 
Planos Nacional e Estadual, com a participação da sociedade, em especial da juventude; 
III - criar, desenvolver e manter programas, ações e projetos para a execução das políticas 
públicas de juventude; 
IV - convocar e realizar, em conjunto com o Conselho Municipal de Juventude, as Conferências 
Municipais de Juventude, com intervalo máximo de 4 (quatro) anos; 
V - editar normas complementares para a organização e funcionamento do Sinajuve, em âmbito 
municipal; 
VI - cofinanciar, com os demais entes federados, a execução de programas, ações e projetos das 
políticas públicas de juventude; e 
VII - estabelecer mecanismos de cooperação com os Estados e a União para a execução das 
políticas públicas de juventude. 
Parágrafo único. Para garantir a articulação federativa com vistas ao efetivo cumprimento das 
políticas públicas de juventude, os Municípios podem instituir os consórcios de que trata a Lei no 
11.107, de 6 de abril de 2005, ou qualquer outro instrumento jurídico adequado, como forma de 
compartilhar responsabilidades. 
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Pontos de destaque: 
• Uso de expressões como “âmbito municipal”, “plano municipal”, etc.; 
• Compete ao Município, também, editar normas complementares para a organização e 
funcionamento do Sinajuve, em âmbito MUNICIPAL; 
• O intervalo MÁXIMO entre as Conferências Municipais de Juventude é de 04 (QUATRO) anos; 
• Para garantir a articulação federativa com vistas ao efetivo cumprimento das políticas públicas de 
juventude, os Municípios podem instituir os consórcios de que trata a Lei no 11.107, de 6 de abril de 
2005, ou qualquer outro instrumento jurídico adequado, como forma de compartilhar 
responsabilidades. 
Competências do Distrito Federal: 
Art. 44. As competências dos Estados e Municípios são atribuídas, cumulativamente, ao Distrito 
Federal. 
3 - CONSELHOS DE JUVENTUDE 
Como dito, nesta parte final, o Estatuto trata dos Conselhos de Juventude. Do mesmo modo como fizemos 
com as competências, vamos dar uma lida nos dispositivos legais para depois elencar os pontos principais 
para a sua prova. Primeiro vamos ver os objetivos desses Conselhos. Depois veremos as suas atribuições. 
Vamos lá: 
Art. 45. Os conselhos de juventude são órgãos PERMANENTES e AUTÔNOMOS, NÃO 
JURISDICIONAIS, encarregados de tratar das políticas públicas de juventude e da garantia do 
exercício dos direitos do jovem, com os seguintes OBJETIVOS: 
I - auxiliar na elaboração de políticas públicas de juventude que promovam o amplo exercício dos 
direitos dos jovens estabelecidos nesta Lei; 
II - utilizar

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