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APS Ética e Profissionalismo em Psicologia - Abuso Sexual

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI – UAMCURSO 
DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
NELSON JOSÉ ALVES VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES 
 
Trabalho apresentado para disciplina 
de Ética e Profissionalismo em 
Psicologia pelo curso de Psicologia 
da Universidade Anhembi Morumbi, 
ministrada pela professora Tassiane 
C. S. de Paula. 
 
 
 
 
 
 
Campus São José dos Campos 
2021 
I. Introdução 
 
Diversos autores descrevem o "abuso sexual" como a forma de 
violência que acontece dentro do ambiente doméstico ou fora dele, mas sem 
a conotação da compra de sexo, podendo o agressor ser pessoa conhecida 
ou desconhecida da vítima. O fenômeno consiste numa 
relação adultocêntrica e marcada pela relação desigual de poder, onde o 
adulto (pais/responsáveis legais/pessoas desconhecidas) domina a criança 
e/ou adolescente, se apropriando e anulando suas vontades, tratando-os, 
não como sujeitos de direitos, mas sim como objetos que dão prazer e alívio 
sexual. 
Entendido como toda ação que se utiliza da criança ou do adolescente 
para fins sexuais, seja conjunção carnal ou outro ato libidinoso, realizado de 
modo presencial ou por meio eletrônico, para estimulação sexual do agente 
ou de terceiros. 
 
Indicadores de abuso sexual no Brasil 
 
• Para cada caso de abuso sexual notificado há 20 que não o são; 
• A idade em que o abuso sexual geralmente se inicia é entre 6 e 12 
anos; 
• A idade em que o abuso é mais frequente varia dos 8 aos 12 anos; 
• 75% das mães de vítimas de incesto foram vitimizadas também; 
• Nos Estados Unidos, uma em cada quatro mulheres sofre algum 
tipo de abuso sexual antes de chegar aos dezoito anos; 
• Uma menina em 5 (20%) e um menino em 10 (10%) são vítimas de 
abuso sexual antes dos 18 anos; 
• Cerca de 9% de todas as mulheres foram sexualmente vitimizadas 
por parentes e 5% estiveram envolvidas em incesto pai e filha; 
• Os agressores sexuais de crianças e adolescentes que sofrem 
distúrbios psiquiátricos são minoria; 
• 20% a 35% dos agressores sexuais foram abusados sexualmente 
quando criança e 50% deles foram vítimas de maus-tratos físicos 
combinados com abuso psicológico. 35% das famílias 
incestogênicas abusam de álcool; 
• A maioria dos abusos ocorre entre os membros da família (29%) 
ou por alguém conhecido da vítima (60%). 
 
II. Como a Psicologia atua frente a esta temática? 
 
No contexto da proteção da criança contra a violência e à amenização 
dos danos por ela causados, os profissionais da psicologia se ressaltam, 
tendo em vista seu papel protetivo e o potencial para auxiliar na amenização 
dos danos psicológicos causados as crianças e adolescentes vitimados. 
O psicólogo deve ouvir a criança com cautela e profissionalismo, para 
evitar novos danos psicológicos, sua atuação se dá principalmente no modelo 
clínico e individual, excluindo ações no âmbito do contexto e centrando sua 
intervenção no indivíduo. As formas de proceder a oitiva da criança 
sexualmente abusada carecem de lhes resguardar de novos danos 
psicológicos, garantindo simultaneamente ao acusado o direito ao devido e 
justo processo legal e realização de um laudo psicossocial, por equipe 
interprofissional para união de forças ao integral desenvolvimento das 
medidas sociais de promoção da não violência. 
O profissional de psicologia tem um amplo compromisso social, 
voltado à construção de teorias e práticas destinadas à transformação social 
sobretudo na proteção das camadas populares. Eles defendem a atuação 
embasada numa psicologia dialética que olhe e atue, a partir do contexto, na 
participação política e nos espaços de confronto em defesa dos direitos dos 
cidadãos. 
É de extrema importância que a atitude do profissional frente aos fatos 
apresentados não pode ser julgadora ou punitiva, é fundamental o 
estabelecimento de uma relação de confiança, a qual alicerçará o 
acompanhamento subsequente. Nessa perspectiva a escuta é defendida 
sempre em benefício da criança, a qual precisa sentir-se respeitada 
incondicionalmente, devendo sua maneira de se expressar e até mesmo o 
seu silêncio serem compreendidos. 
 
III. Articular a prática com responsabilidades previstas no Código de 
ética. 
 
O trabalho acadêmico mostra a importância do profissional de 
psicologia a frente das questões que envolvem abuso sexual infantil e sua 
ligação direta ao Código de Ética Profissional do Psicólogo nos seguintes 
artigos: 
Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, 
adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos 
um de seus responsáveis, observadas as determinações da legislação 
vigente: 
§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o 
atendimento deverá ser efetuado e comunicado às autoridades competentes; 
§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que 
se fizerem necessários para garantir a proteção integral do atendido. 
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de 
proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou 
organizações, a que tenha acesso no exercício profissional. 
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as 
exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios 
fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o 
psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na 
busca do menor prejuízo. 
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste 
artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente 
necessárias. 
Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá 
prestar informações, considerando o previsto neste Código. 
Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe 
multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias 
para o cumprimento dos objetivos do trabalho. 
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, 
deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se 
promoverem medidas em seu benefício. 
IV. Referências bibliográficas 
 
BALBINOTTI, C. (2008). A violência sexual infantil intrafamiliar: a revitimização 
da criança e do adolescente vítimas de abuso. Direito & Justiça, 35(1). 
 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional dos 
Psicólogos, 2005. 
 
GOVERNO FEDERAL, Criança e Adolescente>Dados Indicadores. Disponível 
em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-
adolescente/dados-e-indicadores/violencia-sexual 
 
PETRY FRONER, J., & ROHNELT RAMIRES, V. R. (2008). Escuta de crianças 
vítimas de abuso sexual no âmbito jurídico: uma revisão crítica da literatura. 
Paidéia, 18(40). 
 
 
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/dados-e-indicadores/violencia-sexual
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/dados-e-indicadores/violencia-sexual

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