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Resumo - Linguagem

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Resumo – Linguagem, Comunicação e Discurso
Língua, linguagem e fala são termos que se confundem no dia a dia, mas é fundamental que sejam compreendidas as diferenças entre eles. Língua corresponde ao idioma utilizado por uma comunidade de falantes; linguagem é qualquer recurso utilizado para estabelecer comunicação; fala é a modalidade oral do uso da língua. Portanto, sendo conceitos diferentes, eles também possuem características distintas.
Daremos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais pelos quais sujeitos interagem com os outros.
A língua, como vimos, é a linguagem que utiliza a palavra como sinal de comunicação – é, portanto, um aspecto da linguagem.
Linguagem e Ideologia 
Diversas linguagens expressam antigas e novas ideologias: livros, jornais e revistas; textos literários e composições musicais; propagandas publicitárias; caricaturas, charges e tirinhas; filmes, fotografias, desenhos e grafites. Todas essas linguagens são veículos de ideologias com as quais concordaremos ou das quais discordaremos. Mikhail Bakhtin, um dos maiores pensadores contemporâneos do Ocidente, estudou a relação entre linguagem e ideologia.
Linguagem, Discursos Sociais e Ideologia 
Ideologias são constituídas e mantidas pela linguagem. Como seres sociais, não estamos imunes aos diversos pensamentos e discursos ideológicos que se formam ao longo da história. É importante avaliar criticamente as ideologias que moldam a sociedade e, consequentemente, o ser humano. 
Adorno e a Indústria Cultural 
A cultura de uma sociedade é formada e mantida pela linguagem. Quando repetimos falas, gestos e atitudes, estamos garantindo a permanência da cultura. E isso é fundamental para que grupos sociais tenham uma identidade e se fortaleçam na sociedade da qual participam. Da mesma forma, é por meio da linguagem que a cultura se modifica, renovando a sociedade. A preocupação com a cultura de massa fez surgir o termo “indústria cultural”. 
Ideologias e Formação dos Discursos Pós-Modernos 
Para que um texto, verbal ou não verbal, seja devidamente compreendido, o leitor deve contextualizar adequadamente a mensagem. Os contextos ideológicos, histórico, social e cultural devem ser analisados, a fim de que haja uma compreensão adequada da mensagem.
		
Aula de leitura 
A leitura não se limita a decifrar o código linguístico. O leitor deve ampliar o seu olhar para o mundo que o rodeia, atribuindo sentido a todas as linguagens que se manifestam.
Denotação e Conotação 
Ao elaborar uma mensagem, escrita ou oral, fazemos uma seleção vocabular. A palavra que compõe um texto pode ter um sentido literal, ou seja, representar exatamente a realidade concreta à qual ela remete, ou um sentido figurado, o qual exige que o receptor da mensagem atribua um outro sentido, pretendido pelo emissor, de acordo com o contexto da comunicação.
Figuras de linguagem
Coesão textual 
Ao elaborarmos uma mensagem, devemos utilizar, criteriosamente, os mecanismos linguísticos (sinas de pontuação, conectivos, concordâncias nominal e verbal etc.) que unem as palavras e as frases de um texto de maneira harmoniosa, facilitando a compreensão do leitor.
Coerência textual 
Uma mensagem deve ser coerente, a fim de que o receptor não tenha dúvidas sobre o conteúdo exposto. A coerência permite que o texto tenha credibilidade.
Redação – Texto literário e não literário 
Dentre as muitas classificações aplicadas ao texto, destacamos o texto literário e o texto não literário. O texto literário compõe-se de signos que se revestem de significados metafóricos. É o que chamamos de linguagem conotativa. O texto não literário, ou informativo, é aquele composto por signos que representam a realidade concreta e, por isso, possuem linguagem denotativa.
	
	
Texto literário e não literário 
O texto jornalístico e o texto literário são gêneros textuais que se opõem. O texto jornalístico possui linguagem objetiva e se propõe a informar o leitor sobre um fato ou circunstância. O texto literário possui linguagem subjetiva e tem como finalidade levar o leitor a uma reflexão sobre um fato ou circunstância.
Resumo, resenha e fichamento 
Os textos informativos caracterizam-se pela linguagem denotativa, tendo em vista que seu principal objetivo é informar o leitor sobre um determinado conteúdo. Dessa forma, alguns gêneros textuais são mais adequados ao texto informativo. O objeto educacional selecionado como recurso de aprendizagem define e caracteriza resumo, resenha e fichamento, fundamentais à formação acadêmica, e permite avaliar a melhor utilização desses gêneros textuais.
Gêneros Textuais 
Os textos literários caracterizam-se pela linguagem conotativa. Há gêneros textuais literários que, por sua forma, determinam o conteúdo. É importante que o leitor compreenda a relação entre o plano de expressão e o plano de conteúdo, a fim de que sejam feitas uma análise e uma interpretação correta do texto literário.
Texto figurativo e texto temático 
A leitura de um texto exige que estejamos atentos a dois elementos principais: o tema (conteúdo) e a forma como o tema é apresentado.  O tema está no nível abstrato do texto. Pode-se discutir o amor, o ódio, as leis, as virtudes, a política etc. somente com ideias abstratas. A forma como o tema é discutido está no nível concreto do texto. Para discutir o amor, o autor pode optar por comparações, descrever ações, construir imagens etc.
UNIDADE 3
Linguagem, língua e fala 
O processo de comunicação pode tornar-se mais eficaz se a escolha pelo signo verbal ou não verbal atender à proposta da mensagem e ao contexto em que ela é emitida. Portanto, o produtor de um texto deve selecionar signos que intensifiquem a ideia que ele pretende transmitir.
O signo não verbal: imagens, índices, ícones e símbolos 
Signos não verbais, em especial os signos visuais, estão presentes em uma grande parte dos processos comunicativos que se estabelecem na sociedade contemporânea. Muitas vezes, o leitor concentra-se na interpretação da imagem, dispensando a leitura do texto que a acompanha. Por esse motivo, é importante reconhecer a classificação e a função de signos visuais convencionados, ou seja, aqueles que representam universalmente a mesma ideia. Esse recurso, O signo não verbal: imagens, índices, ícones e símbolos, apresenta alguns desses símbolos convencionados pela sociedade, transformados pelo receptor em uma ideia ou um conceito.
Os signos não verbais são representações (visuais ou sonoras) de uma realidade. São exemplos de signos não verbais: dança, mímica, expressões faciais, gestos, desenhos, fotografias etc
Interpretação de Texto – Denotação e Conotação 
Os signos selecionados para compor um texto podem apresentar sentido denotativo ou sentido conotativo. Denotação é a relação direta entre o significado e o nome de um objeto ou de uma realidade. Conotação é a atribuição de sentido a uma palavra utilizada em outro contexto, por semelhança com suas propriedades.
Falta de comunicação 
Quando elaboramos um texto, oral ou escrito, a escolha dos signos verbais e não verbais deve estar de acordo com a situação comunicativa para que a mensagem seja compreendida pelo receptor. Como leitores, nos preocupamos mais com o conteúdo da mensagem do que com a forma como ela é transmitida. No entanto, se os signos utilizados não forem selecionados adequadamente, haverá ruídos na mensagem e ela talvez não cumpra seu objetivo.
Tipologia textual 
Em ambiente escolar, normalmente, utilizamos o termo redação para nomear textos produzidos por alunos ou para nomear o próprio instrumento de avaliação da produção textual escrita. Antes de o aluno elaborar uma redação, é necessário ele saber classificar textos de acordo com a tipologia textual, um critério de classificação definido por dois parâmetros: a forma e o conteúdo. Os tipos textuais são: narração, descrição, dissertação, injunção e exposição. Injunção é o tipo textual que instrui o leitor sobre um determinadoprocedimento, como, por exemplo, bulas de remédio e manuais técnicos; exposição é o tipo textual que apresenta um fato ou circunstância, por exemplo, os relatórios. Porém, os tipos textuais que se associam ao termo redação são três: narração, descrição e dissertação.
DESCRIÇÃO
É o recurso mais empregado na caracterização do ambiente e das personagens. A descrição é uma das formas de representação da realidade por meio de palavras. Essa realidade pode ser concreta ou fictícia.
NARRAÇÃO
O texto narrativo segue, geralmente, uma linha cronológica (temporal) e se estabelece em torno de verbos no passado.
Elementos da narrativa:
I. narrador (contador da história);
II. linguagem (verbal, não-verbal e mista);
III. enredo (sequência de fatos ou acontecimentos);
IV. personagens (entidades imaginárias que vivem esses fatos);
V. espaço ou cenário (lugar onde acontecem esses fatos);
VI. tempo (momento em que ocorrem esses fatos);
VII. foco narrativo (ângulo visual do narrador);
VIII. clímax (ponto máximo do conflito).
DISSERTAÇÃO
Para que um texto dissertativo apresente lógica e coerência, deve ter uma determinada estrutura. A estrutura-padrão é constituída de:
Introdução = apresentação da ideia principal a ser desenvolvida;
Desenvolvimento = exposição de argumentos que vão fundamentar a ideia principal;
Conclusão = retomada da ideia principal, que deve aparecer de forma mais convincente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento.
Os sentidos do texto 
Além de serem classificados segundo a tipologia, os textos também podem ser categorizados por gêneros, definidos de acordo com o formato e a finalidade do texto. Os gêneros textuais (ou gêneros discursivos) são infinitos, pois haverá sempre novas formas  de nos comunicarmos pela escrita. Bilhetes e cartas são gêneros textuais que têm sido substituídos por mensagens eletrônicas. Também são gêneros textuais os romances, os poemas, as telenovelas, as receitas culinárias etc. 
Os gêneros textuais estão quase sempre relacionados ao suporte, ou veículo de transmissão da mensagem. Assim, um texto jornalístico tem como suporte o jornal ou a revista, a composição e os efeitos de um medicamento são apresentados em uma bula etc. Mesmo que, pela vontade do produtor de um texto, um gênero textual seja apresentado em um suporte diferente do usual, essa iniciativa não desfaz a relação imediata entre o gênero textual e o suporte que leva a mensagem até o receptor.
Tecnologia e Educação: hipertexto, internet e hipermídia 
As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – NTIC criaram um novo espaço de produção e leitura de textos. Em consequência, surgiram os hipertextos, que se caracterizam por permitir uma leitura não linear. O hipertexto oferece ao leitor maior  autonomia, mas exige responsabilidade em relação aos conhecimentos adquiridos. 
Conceito de cultura 
Todos os textos produzidos na sociedade são produtos culturais. Tanto o uso da língua, principal instrumento de comunicação humana, como o uso das linguagens visuais obedece às concepções de um período. Portanto, é necessário compreender o conceito de cultura para que os textos sejam devidamente interpretados.
Cultura é um conjunto de saberes, técnicas, crenças e valores inserido no cotidiano e produzido no centro das relações de uma sociedade de classes.
Intergenericidade 
Uma mensagem pode utilizar simultaneamente mais de um gênero textual na composição do conteúdo. A esse fenômeno referente à produção textual dá-se o nome de intergenericidade ou intertextualidade intergêneros. Grande parte dos discursos veiculados tem característas de produção intergêneros, como, por exemplo, telejornais, textos publicitários, hipertextos etc. Isso porque a cultura contemporânea caracteriza-se por velocidade, fragmentação e multiplicidade.
Charges e Cartuns, informação através do humor 
Dentre os diversos gêneros textuais criados pelo homem para se comunicar, estão charges e cartuns. Tendo como princípio básico o humor e como recurso a linguagem não verbal ou a linguagem mista (sempre concisas), os desenhos revelam ideologias ao criticar acontecimentos sociais. 
Unidade 4
Práticas de leitura para o letramento no ensino superior 
No contexto pós-moderno, marcado pela velocidade das informações e pelas linguagens visuais, parece-nos que ler se tornou uma atividade ultrapassada. No entanto, quem lê desenvolve sua capacidade de ver o mundo com outros olhos, pois a leitura amplia horizontes e aumenta a nossa capacidade de reflexão. Ler é mais do que ter respostas. Ler é questionar, é querer saber mais.
Análise funcional de tirinhas 
A prática da leitura requer, antes, uma reflexão sobre o objetivo pelo qual lemos um texto. A busca pelo conhecimento é uma das principais motivações do leitor. Nesse caso, a leitura deve ser funcional, ou seja, o leitor deve ser questionador e, ao mesmo tempo, encontrar respostas no texto para suas dúvidas. Contudo, não existe um tipo de leitura funcional para cada gênero textual. Ao desenvolver a capacidade de ler objetivamente (leitura funcional), o leitor estará habilitado a ler diversos gêneros textuais. A leitura funcional permite a elaboração de fichamentos, resumos, sínteses e resenhas.
O exercício da leitura 
O ato de leitura corresponde ao desejo do leitor, ao que o impulsiona a ler, porque o leitor desvenda os segredos do texto. O livro de literatura reúne fatos históricos e profundas reflexões sobre a condição humana. Seja qual for o texto literário, ele proporcionará prazer apenas se o leitor se sentir motivado à leitura e se interagir com as tramas do texto. 
Práticas de leitura para o letramento no ensino superior 
O ato de ler não é passivo. Todo leitor participa da construção do texto ao aplicar estratégias de leitura que permitam uma interpretação adequada do texto lido. O leitor competente questiona e verifica as lacunas deixadas pelo autor, seleciona dados relevantes e os compara com elementos de outros textos. Para tanto, ele aciona o conhecimento prévio, que corresponde ao conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo.
Práticas de leitura para o letramento no ensino superior 
Ao ler, o leitor cria hipóteses e antecipa resultados, ou seja, interage com o texto. Essa interação, no entanto, é de caráter individual, pois o leitor faz uma leitura seletiva, destacando o que mais interessa para sua subjetividade. Os recursos linguísticos utilizados pelo autor de um texto também devem ser considerados na interpretação textual.
Introdução à linguística textual 
Um texto não é uma sequência de palavras ou frases sem que haja relação entre elas. O que chamamos de texto é um conjunto de signos verbais e/ou não verbais que formam uma unidade significativa denominada textualidade. Uma das estratégias de leitura utilizadas pelo leitor para que haja uma interpretação adequada do texto lido é identificar os fatores de textualidade, que podem ser linguísticos ou extralinguísticos.
Intertextualidade e paródia 
Duas estratégias de produção textual que devem ser compreendidas pelo leitor são a paródia e a intertextualidade. Intertextualidade é a relação entre textos pela qual um texto dialoga com um texto anterior em citação direta ou por alusão. A paródia é um recurso intertextual que altera a proposta de textos anteriores, normalmente para ironizar a ideia original.
Os gráficos e as tabelas são ferramentas inerentes à estatística. No entanto, a necessidade de que a informação seja processada rapidamente pelo leitor faz com que essa expressão visual — mais conhecida como infográficos — tenha sido adotada como recurso em vários contextos comunicativos. Assim, o leitor precisa estar apto a interpretar adequadamente as informações contidas em gráficos e tabelas. O leitor deve analisar todos os dados contidos no texto não verbal, a fim de que os resultados apresentados sejam interpretados adequadamente e utilizados em sua vida prática.
Interpretação de anúncios e propagandas 
Textos publicitários — oraise escritos, verbais e não verbais — aparecem em grande quantidade em nosso dia a dia, seja em jornais e revistas, televisão e rádio, outdoors, sites e blogs. Como os textos publicitários têm como principal finalidade convencer o leitor a consumir um produto ou contratar um serviço, o leitor deve interpretar a mensagem de forma adequada. Nesse caso, as ideologias e convicções do leitor e seus gostos pessoais podem interferir em suas escolhas.

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