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PROCESSO DO TRABALHO 1

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PROCESSO DO TRABALHO - AAR 
1) MATERIAL DIDÁTICO 
Relativamente ao conteúdo programático deste semestre (2020/I), já vimos em sala de 
aula os seguintes pontos: (i) recursos trabalhistas em espécie; (ii) princípios 
informadores da teoria geral dos recursos; (iii) hipóteses de cabimento de embargos 
de declaração, recurso ordinário, recurso de revista, agravo de instrumento; (iv) duplo 
grau de jurisdição; (v) requisitos extrínsecos e intrínsecos de admissibilidade dos 
recursos trabalhistas. Sendo assim, trataremos aqui dos seguintes recursos: (A) 
embargos no Tribunal Superior do Trabalho e (B) recurso extraordinário. 
RECURSO DE EMBARGOS NO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
De acordo com o artigo 894, da CLT 
“No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I – da decisão não unânime de julgamento que: 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a 
competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as 
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e 
b) (VETADO). 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela 
Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. (Revogado). 
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando 
tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo 
Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: 
I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do 
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, 
notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-
la; 
II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou 
de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. 
§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 
De acordo com o Professor Mauro Schiavi 2 “Os embargos constituem espécie 
recursal cabível exclusivamente no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, a fim de 
pacificar a jurisprudência no âmbito desse Tribunal. Não mais existem os embargos no 
âmbito das Varas do Trabalho ou nos Tribunais Regionais do Trabalho”. 
Prossegue Schiavi quanto ao cabimento da medida das decisões das Turmas 
proferidas em dissídios individuais: que divergirem entre si; que divergirem da Seção 
de Dissídios Individuais do TST; contrárias à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do 
TST; contrárias a Súmulas simples e a vinculantes do STF. Por outro lado, ensina-nos 
o Professor que “Não são cabíveis os embargos para o TST se a decisão da Turma 
proferida em dissídios individuais, ainda que divergir de outra Turma: estiver em 
consonância com Súmula do TST; estiver em consonância com Orientação 
Jurisprudencial do TST; estiver em consonância com Súmula do STF”. 
Para o Professor Sérgio Pinto Matins3 “A finalidade dos embargos no TST é, 
principalmente, a unificação da interpretação jurisprudencial de suas turmas, ou de 
decisões não unânimes em processos de competência originária do TST”. 
O Professor Fernando Augusto De Vita Borges de Sales4 nos ensina que esses 
embargos têm por finalidade a uniformização da jurisprudência trabalhista e são 
opostos contra as decisões proferidas por Turmas do TST. 
Prossegue Sales “Hoje, no âmbito do TST, existem dois tipos de embargos: os 
infringentes e os de divergência”. 
Os embargos infringentes, no conceito de Sales, “estão previstos no artigo 894, I, da 
CLT, sendo cabíveis contra decisão não unânime que julgar dissídio coletivo de 
competência originária do TST. Não são cabíveis, em nenhuma hipótese, em dissídio 
individual. Os embargos infringentes são analisados e julgados pela SDC do TST, e o 
prazo para sua interposição é de 8 (oito) dias úteis. Protocolado o recurso, ele será 
encaminhado à Secretaria da SDC, abrindo-se vista à parte contrária para 
contrarrazões e posterior distribuição ao relator, que fará o juízo de admissibilidade”. 
Ainda na visão do Professor Sales, os embargos de divergência “estão previstos no 
artigo 894, II, da CLT. São cabíveis das decisões das Turmas do TST que divergirem 
entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou que sejam 
contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou 
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. Em linha geral, não cabem contra 
decisão proferida em agravo de instrumento. A divergência deverá se dar entre 
Turmas diferentes do TST. Não se admitem embargos de acórdão da mesma Turma 
do TST, mesmo com composição diversa. Para ficar caracterizada, a divergência deve 
ser atual. Não se admitem, para tanto, decisões que já tenham sido superadas por 
súmula do TST ou do STF, ou pela jurisprudência notória e iterativa do TST (CLT, art. 
894, § 2º). Além disso, a divergência deve ser específica, não se admitindo teses 
genéricas”. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
De acordo com os ensinamentos do Professor Fernando Augusto de Vita Borges 
Sales5, o “recurso extraordinário é o recurso próprio ao STF, tendo como objetivo 
discutir questões ligadas à ofensa às normas constitucionais, nas hipóteses 
delimitadas no artigo 102, III, da CF. O STF tem competência para julgar, mediante 
recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância quando a 
decisão recorrida: (a) contrariar dispositivo da Constituição; (b) declarar a 
inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; (c) julgar válida lei ou ato de governo 
local contestado em face da Constituição; (d) julgar válida lei local contestada em face 
da lei federal”. 
Prossegue Sales, são premissas do recurso extraordinário: “(a) exigir o esgotamento 
das instâncias ordinárias (STF, Súmula 281); (b) não se prestar ao reexame de provas 
(STF, 
Súmula 279); c) não visar a corrigir injustiças da decisão recorrida; d) ter fundamentos 
específicos previstos na CF; não ter efeito suspensivo”. 
2) QUESTÕES 
2.1. Informe se as frases abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F): 
1. Os pressupostos extrínsecos do Recurso de Revista são: regularidade formal, 
representação, tempestividade, preparo recursal (carta fiança e seguro garantia 
judicial) – essa frase é V 
2. Os pressupostos formais do Recurso de Revista são: hipóteses de cabimento, 
transcrição do trecho do acórdão, indicação de lei federal e do dissenso jurisprudência, 
além da dialeticidade recursal – essa frase é V 
3. No direito processual, recurso é a provocação voluntária, na forma da lie, do 
reexame de determinada decisão judicial pela autoridade hierarquicamente superior, 
em regra, ou pela própria autoridade prolatora da decisão, objetivando a reforma ou 
modificação do julgado – essa frase é V 
4. Depósito recursal é o depósito que o empregador está obrigado a fazer no prazo de 
interposição do recurso ordinário, do recurso de revista ou do agravo de instrumento, 
sob pena de deserção (Lei 5.584/1970, art. 7º, e TST, Súmula 128, I), estando 
disciplinado no artigo 899, §§ 1º a 11, da CLT 7 – essa frase é V 
5. As hipóteses de cabimento do recurso de revista são: divergência jurisprudencial, 
violação de dispositivo de lei federal ou da Constituição Federal, violação a princípios 
constitucionais, cabimento em execução e rito sumaríssimo – essa frase é V 
6. Para que um recurso de revista seja processado, admitido e julgado, ele deve 
preencher o requisito da transcendência econômica, política, jurídica e social – essa 
frase é V 
7. Os embargos de declaração para fins de prequestionamento são obrigatórios de 
acordo com a Súmula 297, do TST – essafrase é F 
8. Os recursos de revista são recebidos com efeito suspensivo, enquanto os recursos 
ordinários com efeito devolutivo – essa frase é F 
 
 
2.2. Leia as questões abaixo e responda com base na legislação atual: 
QUESTÃO 1: Leia o texto da SENTENÇA abaixo e depois responda: SENTENÇA. 
Vistos, etc. I – RELATÓRIO. SANDRA REGINA DE JESUS propôs reclamação 
trabalhista, na data de 11/05/2018, em face de NEXANS BRASIL S/A. Partes 
qualificadas nos autos. A reclamante afirma, em síntese, que foi admitida em 
25/10/2010, na função de analista contábil júnior, tendo sido dispensada em 
16/11/2016. Postula reconhecimento do exercício da função de analista sênior, 
pagamento de diferenças salariais, gratuidade de justiça e o mais que consta do rol de 
pedidos da petição inicial, instruindo-a com documentos. Atribuiu à causa o valor de 
R$ 91.000,00. Inconciliados. Em resposta, a reclamada apresentou contestação 
escrita, com defesa de mérito, sustentando as razões pelas quais pugna pela 
improcedência do feito, acompanhada de documentos. A reclamante manifestou-se 
em réplica escrita. Foi colhido o depoimento pessoal do preposto da reclamada e 
inquirida uma testemunha a convite da reclamante. Sem mais provas a produzir, 
encerrou-se a instrução processual. Razões finais remissivas pela reclamada e 
escritas pela reclamante. Frustrada a derradeira tentativa de conciliação. É o relatório. 
Decido. II – FUNDAMENTAÇÃO. Diferenças Salariais. Alega a reclamante que, a 
partir de 01/12/2012, passou a exercer as atribuições de analista sênior, sem a 
correspondente majoração da remuneração e anotação do cargo na CTPS. Sustenta 
que exercia funções com o mesmo nível de responsabilidade da Sra. Juliana Torezan, 
mas que somente esta foi promovida a analista sênior. Frise-se que a reclamante não 
aduz que exercia as mesmas funções que a Sra. Juliana e pontua, expressamente, 
que não postula equiparação salarial. Elucidativo ressaltar, todavia, a 
excepcionalidade do instituto da equiparação salarial, que exige o preenchimento 
concomitante dos requisitos previstos no art. 461 da CLT. A título exemplificativo, dois 
colegas que exerceram funções idênticas por décadas não farão jus a igual salário, se 
houver diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos. Tampouco fará 
jus à equiparação o empregado que desempenhou diversas tarefas idênticas às de 
seu colega, salvo determinada atividade atribuída restritivamente ao paradigma. Ora, 
tratando-se a equiparação salarial de instituto excepcional, condicionada à verificação 
de inúmeros pressupostos positivos e negativos, entendo que carece de amparo legal 
a pretensão autoral de perceber igual salário de colega que exerce funções distintas, 
mas com "o mesmo nível de responsabilidade". Note-se que o acervo probatório é 
uníssono no sentido de que, no período em análise, a reclamante exerceu a função de 
analista de contabilidade, ao passo que a Sra. Juliana desempenhava a função de 
analista de controladoria. A pretensão autoral tampouco merece prosperar sob a ótica 
de enquadramento em programa de cargos e salários. Vejamos. A reclamada trouxe 
aos autos a descrição dos cargos de "analista de contabilidade pleno" e "analista de 
contabilidade sênior", sendo que ambos os cargos abrangem a elaboração de 
balanços, de modo que o depoimento da testemunha autoral, no sentido de que a 
reclamante fazia "fechamento do mês", não é suficiente para caracterizar o exercício 
de funções restritas ao cargo de analista sênior. Verifico que a descrição do cargo de 
"analista de contabilidade sênior" traz como atividades exclusivas "coordenar, orientar 
e acompanhar os trabalhos de equipes especializadas em atividades de análises e 
demonstrações contábeis”. No mesmo sentido, o preposto da reclamada, em 
depoimento pessoal, afirmou que o analista sênior "pode supervisionar o restante da 
equipe". Ocorre que a reclamante não comprovou o exercício de atribuições 
relacionadas à coordenação de equipes. Pontuo, ainda, que a dispensa de seus 
superiores hierárquicos não pressupõe que a reclamante tenha assumido as 
respectivas atribuições, não tendo havido prova suficiente nesse sentido. Por fim, não 
há falar em desvio de função, pois não restou demonstrada a modificação das funções 
contratuais do empregado com a realização de atividade mais qualificada, sem a 
correspondente majoração da remuneração, sendo certo que a ficha de registro de Id. 
aa7e3c4 discrimina aumento salarial de 10% em 01/12/2012. Desse modo, por 
qualquer ângulo que se aprecie a questão, não procedem os pedidos de 
reconhecimento do exercício da função de analista sênior, pagamento de diferenças 
salariais e anotações na CTPS. Demais Requerimentos. Por corolário da 
improcedência dos pedidos acima, indefiro juros e correção monetária, recolhimentos 
fiscais e previdenciários, bem como compensação. Gratuidade de Justiça. Indefiro a 
gratuidade de justiça, uma vez que o último salário percebido no curso do contrato de 
trabalho em análise é superior a 40% do teto do RGPS (art. 790, § 3º, da CLT) e que 
não restou comprovada a impossibilidade de arcar com as despesas processuais (art. 
790, § 4º, da CLT). Honorários Advocatícios. Devidos os honorários (art. 791-A da 
CLT), ora fixados em 15% sobre o valor atualizado da causa, em favor do patrono da 
reclamada. III – DISPOSITIVO. Isso posto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos 
formulados por SANDRA REGINA DE JESUS em face de NEXANS BRASIL S/A, tudo 
na forma da fundamentação supra, que a esta conclusão integra, como se aqui 
estivesse literalmente transcrita. Devidos os honorários sucumbenciais, conforme os 
parâmetros fixados nesta sentença. Custas, pela reclamante, no importe de R$ 
1.820,00, calculadas sobre o valor atribuído à causa. Intimem-se as partes. SAO 
PAULO, 24 de Agosto de 2018. JERÔNIMO JOSÉ MARTINS AMARAL - Juiz(a) do 
Trabalho Substituto(a). 
Responda as questões abaixo: (cada resposta certa vale 0,25). 
1. quem tem interesse recursal: SANDRA REGINA DE JESUS 
2. a medida processual a ser apresentada: RECURSO ORDINÁRIOS (RITO 
SUMARÍSSIMO) 
3. o prazo em que essa medida deverá ser apresentada: 08 DIAS 
4. há necessidade de preparo nesse caso? se sim, informe o instituto e respectivo 
valor: SIM. Vara de Trabalho (sentenças); R$ 9.513,16, no caso de interposição 
de Recurso Ordinário. 
QUESTÃO 2: O gerente de uma rede de restaurantes ajuizou reclamação trabalhista 
postulando o pagamento de horas extras pelo excesso de jornada e por não ter pausa 
alimentar regular. Disse o ex-empregado na petição inicial que se ativava na extensa 
jornada de segunda-feira a sábado, das 8h às 22h, com intervalo de apenas 30 
minutos para refeição; que ganhava salário mensal de R$ 8.000,00 (oito mil reais) e 
comandava a loja, tendo por atribuições fiscalizar o funcionamento da empresa e os 
funcionários, fazer a escala de férias dos empregados e negociar com fornecedores, 
além de abrir e fechar a loja (pois tinha a chave da porta e a senha do alarme). O 
maior salário entre os seus subordinados era de R$ 3.200,00 (três mil e duzentos 
reais). Se, no dia e na hora designados para a audiência una, o Autor não comparecer 
ou justificar sua ausência, de acordo com a CLT, o que ocorrerá com a reclamação 
trabalhista e quais as consequências para o ex-empregado? 
(1) o processo será arquivado e o reclamante condenado no recolhimento das custas 
processuais 
(2) o Juiz suspenderá o julgamento, designando nova audiência 
(3) o processo será arquivado e o reclamante considerado revel 
(4) o reclamante ausente será condenado ao pagamento das custas processuais 
calculadas sobre o valor dado à causa, ainda que beneficiário da Justiça Gratuita, 
salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo 
legalmente justificável. 
 
QUESTÃO 3: Gustavo era empregado de uma empresa, quando adoeceu 
gravemente. Afastado e em gozo de benefícioprevidenciário, o INSS o aposentou por 
invalidez. Contudo, dois anos após sua aposentadoria por invalidez, foi constatado, em 
perícia do respectivo órgão, que Gustavo havia recuperado sua capacidade de 
trabalho, estando curado, razão pela qual houve o retorno à função que ocupava antes 
do afastamento. Ocorre que, nesse ínterim, com cláusula expressa em contrato de 
trabalho dispondo que a contratação se dava em função da aposentadoria por 
invalidez de Gustavo, a qual poderia ser temporária, a empresa contratou Aroldo para 
as funções exercidas por Gustavo, tendo esclarecido acerca da interinidade do 
contrato. Com o retorno de Gustavo, Aroldo foi dispensado sem que lhe fosse paga 
qualquer indenização. Em razão disso, Aroldo ajuizou ação trabalhista em face da 
empresa, pleiteando indenização. Admitindo que o juiz tenha julgado procedente o 
pedido de Aroldo e que a decisão foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho 
após recurso, mantida inalterada após a oposição de embargos de declaração, que 
medida jurídica você poderá adotar para defender a empresa? 
(1) embargos de declaração 
(2) recurso ordinário 
(3) contestação 
(4) recurso de revista 
(5) razões finais 
QUESTÃO 4: Prolatada a sentença em uma reclamação trabalhista, o autor opõe 
embargos de declaração no 3º dia contado da publicação e afirma que existe erro 
material no julgado, pois o número do processo encontra-se equivocado, assim como 
o nome das partes. Diante da situação retratada e dos termos da CLT, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) O juiz não precisará dar vista dos embargos à parte contrária, diante da natureza 
do erro. 
(B) A Lei é omissa a respeito, daí porque o juiz usará da equidade para ver se é o 
caso de conferir vista à parte adversa. 
(C) Havendo, no caso em exame, possibilidade de efeito modificativo do julgado, a 
parte contrária poderá se manifestar em 8 dias. 
(D) Independentemente do recurso e seu efeito perante o julgado, é direito da parte 
contrária se manifestar sobre os embargos em 10 dias. 
(E) não é a hipótese de oposição de embargos de declaração nos termos do artigo 
897-A, § 1º, da CLT. 
QUESTÃO 5: Com relação aos recursos no direito processual do trabalho, é correto 
afirmar que: 
(A) cabe recurso de revista em face de acórdão regional proferido em agravo de 
instrumento. 
(B) o recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 
(oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, 
de revista e de embargos, sendo necessário que a matéria nele veiculada esteja 
relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. 
(C) são incabíveis embargos de declaração opostos em face de decisão de 
admissibilidade do recurso de revista, não interrompendo sua interposição qualquer 
prazo recursal. 
(D) na Justiça do Trabalho todas as decisões interlocutórias são irrecorríveis de 
imediato. 
QUESTÃO 6: Acerca dos prazos recursais, assinale a opção incorreta. 
(A) É de cinco dias o prazo dos embargos de declaração. 
(B) É de oito dias o prazo do recurso de revista. 
(C) É de quinze dias o prazo do recurso ordinário. 
(D) É de oito dias o prazo do agravo de petição. 
 
QUESTÃO 7: Maria, contratada como auxiliar de almoxarifado do Banco Brasileiro, 
trabalhou no departamento de telecomunicação, recebendo e expedindo materiais e 
atendendo às solicitações de material para manutenção de equipamentos das 
agências bancárias. Seu regime de trabalho era de oito horas diárias. Ao final do 
contrato de trabalho, Maria ingressou com reclamação trabalhista na qual pleiteava a 
percepção da 7ª e da 8ª hora de trabalho como extras, sob o argumento de que era 
bancária, razão pela qual sua jornada de trabalho não poderia ser superior a seis 
horas diárias. O Banco contestou a ação, alegando que a empregada não desenvolvia 
a atividade-fim da instituição e que somente fariam jus à jornada especial os bancários 
e empregados que exercessem atividades de limpeza e de portaria. Realizada 
audiência, com oitiva de partes e testemunhas, o Juiz da 1ª Vara do Trabalho de São 
Paulo afastou a condição de bancária da reclamante, mas, concomitantemente, 
deferiu o pedido de horas extras a partir da 7ª hora diária trabalhada. Na situação 
hipotética acima apresentada, na condição de advogado(a) contratado(a) pelo Banco 
Brasileiro, informe a peça judicial cabível: 
(1) embargos de declaração 
(2) recurso ordinário 
(3) contestação 
(4) razões finais 
QUESTÃO 8: Assinale a opção que apresenta o recurso cabível da decisão proferida 
pelo juiz de primeira instância que denega seguimento ao recurso ordinário e o prazo 
de interposição desse recurso. 
(a) agravo de petição – 8 dias 
(b) recurso de revista – 8 dias 
(c) agravo de petição – 5 dias 
(d) agravo de instrumento – 8 dias

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