Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPUS V CURSO DE DIREITO ALEXANDRE COUTO PEREIRA- MATRÍCULA: 170107665 – email:170107665@aluno.unig.edu.br FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA – MATRÍCULA: 170098547- email:170098547@aluno.unig.edu.br KÁTIA ANDRÉIA DE FREITAS SOUZA OLIVEIRA - MATRÍCULA: 170108742- email: 170108742@aluno.unig.edu.br ANA CAROLINA DUARTE DE F. ALEIXO – MATRÍCULA 17000779-0 email: 170007790 @aluno.unig.edu.br TURMA DRN 801 PRÁTICA JURÍDICA I I: DIREITO DE FAMÍLIA AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS ITAPERUNA 2021 2 AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ITAPERUNA. JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, nascido em 20/06/2012, inscrito no CPF nº 009.007.005-04 neste ato representado pela sua genitora, MARIA DA SILVA SOUZA, brasileira, divorciada, enfermeira, portadora do documento de identidade nº 25252525-5, inscrita no CPF sob o nº 005.005.005-01, endereço eletrônico marasilza@111.com, residente e domiciliada na Avenida Porto do Céu, nº145,Bairro Centro, Cidade Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, CEP.:28.300-000 vem, respeitosamente, perante V. Exa., por sua procuradora infra-assinado ( procuração com poderes especiais em anexo) , com endereço eletrônico katiafreitas@111.com e endereço profissional na rua Lopes da Costa, nº320, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, onde receberá intimações de costume, com fundamento nos arts. 227 e 229, da CF/88, art. 1.566, inciso IV, art. 1.694 e seguintes, do Código Civil e na Lei nº 5.478/68, ajuizar: AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS Em face de FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, casado, médico, portador do documento de identidade nº 00022233- mailto:marasilza@111.com mailto:katiafreitas@111.com 3 3, inscrito no CPF sob o nº 003.003.003-02, residente e domiciliado na rua Maranha Neves, nº 72, Bairro Centro, Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, pelos fundamentos e elementos fáticos e jurídicos a seguir alinhados. I – DAS PRELIMINARES DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA A Gratuidade de Justiça tem como objetivo amparar aqueles que não tem condições de arcar com as custas do processo, nos termos do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal e art. 98 e seguintes, do CPC. Tal gratuidade, conforme o art. 1º, § 2º, da Lei 5.478/68, é presumida, sendo, portanto, beneficiário da gratuidade de justiça do autor. DA NECESSIDADE E DA POSSIBILIDADE O autor, menor impúbere, é legítimo filho do requerido, conforme certidão de nascimento acostada a esta inicial, nascido antes da data do casamento dos genitores porém no período em que conviviam juntos em forma de união estável. Entretanto, apesar da relação jurídica que os une, o Requerido não vem prestando auxílio a genitora, e esta vem arcando sozinha com todos os custos para a manutenção do menor, tais como alimentação, vestuário, material escolar, plano de saúde, lazer, educação em escola particular, curso de idiomas, natação, serviço de babá e outras despesas que estão demonstradas em planilha e comprovadas nos recibos de pagamento anexados pela genitora. 4 Apesar da renda da genitora ser de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) mensais, está totalmente comprometida com as despesas da criança e o seu próprio sustento, sendo, portanto, insuficiente continuar arcando sozinha com a despesa do filho. Por outro lado, a situação financeira do requerido é muito boa, uma vez que a genitora relata que o requerido possui muitos bens imóveis em seu nome e que exerce a função de médico recebendo a quantia de R$ 45.000,00(quarenta e cinco mil reais) mensais, o que demonstra total possibilidade de arcar com as despesas necessárias a proporcionar uma qualidade de vida digna a seu filho. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS É sabido que nas ações de alimentos é cabível a fixação de alimentos provisórios, conforme ensinamentos do art. 4º da Lei 5.478/68: “ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. ” No caso em tela, em consequência das dificuldades financeiras da genitora em arcar com suas próprias despesas e as despesas do menor e garantir a qualidade de vida do mesmo, faz- se necessário a fixação, como tutela de urgência, tendo em vista que o Requerido possui situação econômica financeira estável. À vista disso, requer a V. Excelência a fixação de alimentos provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de 30% sobre os rendimentos mensais brutos do Requerido, para garantir as necessidades do filho. 5 II- DOS FATOS E FUNDAMENTOS São designados alimentos civis aqueles destinados à manutenção da condição social da pessoa necessitada, suprindo, além das necessidades naturais, outras necessidades compreendidas como morais e intelectuais conforme a sua condição social. De acordo com Silvio Rodrigues em seu livro Direito civil: Direito de família. 28. São Paulo: Saraiva,2004, p.382: Os alimentos civis ou côngruos ("necessarium personae") são os destinados a manter a qualidade de vida do credor, de acordo com a condição social dos envolvidos, mantendo, assim, o padrão de vida e status social do alimentado, limitada a quantificação, evidentemente, na capacidade econômica do obrigado. Os genitores conheceram-se em 2010, em dezembro de 2011 foram morar juntos e em 20 de junho de 2012, o autor nasceu no Hospital Geral de Guarus. O genitor registrou o autor da ação, conforme cópia da certidão de nascimento anexa. Em 20/06/2013 o casal oficializou a união estável através do casamento porém em 2017, os genitores deixaram de possuir convivência em comum, sendo que a averbação do divórcio só ocorreu em 11/02/2021, conforme certidão acostada as fls.12 A genitora do menor trabalha atualmente como enfermeira, auferindo renda mensal de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), e vem, com muita dificuldade, arcando com as despesas de criação do menor, tais como moradia, alimentação, vestuário, educação, medicamentos, lazer, transporte, natação, plano odontológico, curso de idiomas e etc , desde quando o casal deixou de ter 6 convivência em comum. O réu nunca a procurou para estabelecer um acordo em relação a pensão alimentícia do menor. Todos os gastos estão comprovados nos recibos anexos. O Requerido, por sua vez, trabalha como médico, auferindo mensalmente, R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). E possui, segundo a genitora, muitos bens imóveis. A Constituição Federal, no art. 229, traz o seguinte teor “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Neste mesmo raciocínio o art. 1.634, I, do Código Civil impõe responsabilidade a ambos os pais, qualquer que seja a situação conjugal quanto aos filhos. O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.096/90, em seu art. 22 traz a seguinte norma “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir determinações judiciais”. O fundamento desta obrigação, conforme ensinamentos da Doutrinadora Maria Helena Diniz no seu Livro “Curso de Direito Civil Brasileiro, 5. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 467: O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da preservação da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e o da solidariedade familiar, pois vem a ser um dever personalíssimo, devido pelo alimentante, em razão do parentesco que o liga ao alimentado. A ação de alimentos, disciplinada pela Lei 5.478/68 em seu art. 2º, diz que o credor de alimentos exporá suas necessidades,7 provando apenas o parentesco ou então a obrigação de alimentar do devedor. Destarte, resta mais que provado que o Requerido tem o dever de prestar alimentos não podendo se escusar do dever em nenhuma hipótese. Portanto, é evidente que o pedido de alimentos formulados pelo Requerente é juridicamente possível, uma vez que há relação de parentesco entre as partes, e foram expostos os requisitos necessários para que seja fixado os alimentos. Assim, pede o requerente a fixação dos alimentos definitivos no percentual de 30% sobre os rendimentos brutos, abatidos os descontos legais, acrescidos de férias e 13º salário, a serem depositados na conta bancária (Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza). III – DOS PEDIDOS Diante do exposto, o autor requer: 1. O deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita, conforme art. 98 e 99 do CPC/15; 2. A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/15; 3. A fixação dos alimentos provisórios em caráter de urgência em 30% sobre os rendimentos brutos, abatidos os descontos legais, acrescidos de férias e 13º salário; 8 4. A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito; 5. A citação do Requerido, acima descrito, para que compareça em audiência designada por V. Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art. 344 do CPC/15; 6. Expedição de oficio a cartórios de registro de imóveis, ao Hospital Geral de Campos e a Receita Federal para apuração de informações sobre rendimentos do alimentante e imóveis em seu nome. 7. Descontos dos alimentos diretamente na folha de pagamento, com expedição de oficio ao empregador para providenciar a destinação do valor para deposito na conta bancária informada 8. Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/15; 9. A procedência do pedido, condenando o requerido ao pagamento dos alimentos definitivos no valor de 30% sobre os rendimentos brutos, abatidos os descontos legais, acrescidos de férias e 13º salário; 10. A fixação do pagamento de alimentos no valor de 200% do salário mínimo, a ser depositado até o 5º dia útil de cada mês na 9 Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza,em caso do requerido desenvolver atividade laboral sem vínculo empregatício ou na qualidade de autônomo. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, em especial a testemunhal, documental, depoimento pessoal do requerido, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da justiça. Atribui-se à causa o valor de R$ 162.000,00 (Cento e sessenta e dois mil reais). Nestes termos, Pede-se e espera deferimento; Itaperuna, 22 de março de 2021. Katia Andréia de Freitas Souza OAB/RJ nº 455472 10 PROCURAÇÃO Outorgante: JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, nascido em 20/06/2012, inscrito no CPF nº 009.007.005-04 neste ato representado pela sua genitora, MARIA DA SILVA SOUZA, brasileira, casada, enfermeira, portadora do documento de identidade nº 25252525-5, inscrita no CPF sob o nº 005.005.005-01, endereço eletrônico marasilza@111.com , residente e domiciliada na Avenida Porto do Céu, nº145, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, CEP.:28.300-000; Outorgados: KATIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/RJ sob o nº. 455.472, com endereço eletrônico katiafreitas@111.com,com escritório na rua Lopes da Costa, nº320, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, onde receberá intimações de costume. Poderes: Para o foro em geral clausula “ad judicia”, em qualquer Juízo ou Tribunal, podendo propor e contestar ações, variar e desistir delas, interpor recursos, confessar, transferir, firmar termos e compromissos, concordar ou discordar de cálculos e partilhas, requerer e retirar certidões, transigir, fazer acordos, retirar alvarás e recebe-los, retirar mandados de pagamento e recebe-los, receber e dar quitações em qualquer esfera, praticar todos os demais atos necessários ao aludido fim, podendo inclusive, substabelecer no todo ou em parte e praticar outros atos agindo juntos ou separadamente, tudo para o bom e fiel cumprimento deste mandato, especialmente para representar o OUTORGANTE na Ação de Alimentos a ser proposta em face de FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA Itaperuna, 01 de março de 2021 _____________________________ MARIA DA SILVA SOUZA (Representante do Outorgante) mailto:marasilza@111.com mailto:katiafreitas@111.com 11 DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, nascido em 20/06/2012, inscrito no CPF nº 009.007.005-04 neste ato representado pela sua genitora, MARIA DA SILVA SOUZA, brasileira, casada, enfermeira, portadora do documento de identidade nº 25252525-5, inscrita no CPF sob o nº 005.005.005-01, endereço eletrônico marasilza@111.com, residente e domiciliada na Avenida Porto do Céu, nº145, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, CEP.:28.300-000. AFIRMA, através de sua representante legal, com fundamento no artigo 98 e seguintes do CPC, que não possui condições financeiras para arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem prejuízo do seu sustento e de sua família, razão pela qual faz jus ao benefício da gratuidade de justiça. Requeiro, ainda, que o benefício abranja a todos os atos do processo. Itaperuna,22 de março de 2021 ____________________________________________ MARIA DA SILVA SOUZA (Representante) 12 13 14 15 29.123.000/0001-00 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 16 Planilha constando as despesas mensais do autor da ação e sua representante legal. DESCRIÇÃO VALOR CARTÃO DE CRÉDITO ONDE CONSTAM AS DESPESAS COM ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, COMBUSTÍVEL, FARMÁCIA , LAZER E OUTROS – fls.17 R$ 5.740,80 MENSALIDADE ESCOLAR – COLÉGIO CENTRALIZAR fls. 18 R$ 1.200,00 MENSALIDADE DE ESCOLA DE IDIOMAS – FISK fls. 19 R$ 345,00 TRANSPORTE ESCOLAR fls. 19 R$ 150,00 MENSALIDADE AULA DE NATAÇÃO fls. 20 R$ 120,00 PLANO DE SAÚDE DE JUNINHO DA SILVA SOUZA fls. 21 R$ 232,00 PLANO DE SAÚDE DE MARIA DA SILVA SOUZA fls.22 R$ 826,00 TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE JUNINHO DA SILVA SOUZA fls. 23 R$ 838,40 TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE MARIA DA SILVA SOUZA fls. 24 R$ 4.838,40 PAGAMENTO DA CUIDADORA INFANTIL – BABÁ fls. 25 R$ 890,00 GASTO COM CONTA DE LUZ fls. 26 R$ 897,00 GASTO COM CONTA DE AGUA fls. 27 R$ 287,00 GASTO COM CONTA DE TELEFONE fls.28 R$ 289,90 TOTAL DAS DESPESAS R$ 13.653,60 Todas as despesas estão com documentos comprobatórios anexados a seguir: 17 18 COLÉGIO CENTRALIZAR CNPJ 000000/00001-3 RUA CARLOS HENRIQUE,354 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 Fase: Ato Ordinatório Praticado Atualizado em 24/03/2021 Data 24/03/2021 Descrição Certidão Certifico que: (x) há pedido de gratuidade de justiça a ser apreciado na fl.11 (x) a certidão de nascimentose encontra na fl.13 (x) o valor da causa está correto. 30 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Fls. Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA ___________________________________________________________ Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz Alexandre Couto Pereira Em 27/04/2021 Decisão 1.Defiro a gratuidade de justiça à parte autora, nos termos do artigo 98 do CPC. 2.A certidão de nascimento da parte autora acostada aos autos demonstra que o réu é pai do menor, configurando-se prova pré-constituída, sendo, neste momento de análise superficial, presumível tanto a obrigação e capacidade do pai de fornecer alimentos quanto a necessidade do filho, elementos que serão objeto de produção de prova durante a instrução processual, respeitados o contraditório e a ampla defesa, de maneira que se possibilite uma análise de mérito final exauriente. 3.Em cumprimento ao disposto no artigo 4º da Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/1968), fixo os alimentos provisórios em 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% do salário mínimo nacional vigente, no caso de ausência de vínculo empregatício. Ressalte-se que o valor para a hipótese de pensão com vínculo empregatício não poderá ser inferior ao valor da hipótese de pensão sem vínculo empregatício. O pagamento deve ser efetuado até o quinto dia do mês subsequente na conta bancária informada pela genitora na inicial. 31 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 4.No tocante à designação de audiência de conciliação, algumas considerações devem ser feitas. Em virtude do alastramento da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça baixaram atos no sentido de proibir as atividades presenciais nas dependências do Poder Judiciário. Com o decurso do tempo, deliberou-se pelo retorno gradual às atividades presenciais e pela abertura das unidades jurisdicionais para o público interno e externo com restrições de horário e matéria a ser tratada, e com a possibilidade da prática de atos processuais dentro das disposições estabelecidas pelo Ato Executivo nº 104/2020/TJ-RJ. Destaca-se que continuamos sob a declaração pública de pandemia pela Organização Mundial da Saúde OMS e sob a vigência da Lei nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência pública, e do Decreto no. 47.428, de 29/12/2020 do Poder Executivo, que prorrogou o prazo do estado de calamidade pública, reconhecido pela Lei Estadual no. 8.794, de 17/04/2020. É importante pontuar que eventual designação de audiência conciliatória promoveria a movimentação dos jurisdicionados, que, de forma variada, indeterminada e eventual, podem compor o grupo de risco para infecção pela Covid-19, como idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas, imunossupressoras, respiratórias e outras com morbidades preexistentes que possam conduzir a um agravamento do estado geral de saúde a partir do contágio, com especial atenção para diabetes, tuberculose, doenças renais, HIV e coinfecções, sem prejuízo dos demais que estariam expostos ao contágio. Assim, em razão da excepcionalidade da atual situação sanitária que nos é imposta, com a finalidade de assegurar condições mínimas para a prestação ininterrupta da atividade jurisdicional compatíveis com a preservação da saúde de magistrados, conciliadores, agentes públicos, advogados e usuários em geral, a fim de reduzir a locomoção de pessoas nas dependências do Poder Judiciário, com a regular continuidade da marcha processual, constata-se que encontra plausibilidade no ordenamento jurídico a possibilidade da citação e intimação da parte ré, para que a mesma manifeste por escrito sua disposição para a realização de acordo. Diante do exposto, invocando a regra fundamental processual da solução consensual dos conflitos, é certo que o réu poderá oferecer proposta de acordo por petição nos autos, podendo inclusive contestar o pedido inicial, caso haja desinteresse pelo consenso, sem a necessidade da audiência de conciliação. Isso posto, DEIXO DE DESIGNAR audiência de conciliação. CITE-SE e INTIME-SE o réu pessoalmente desta decisão, dando-lhe ciência de que deverá se manifestar expressamente sobre a possibilidade de realização de acordo com a parte contrária e, não havendo proposta de acordo, deverá contestar o pedido autoral no prazo de quinze dias a contar da data da juntada aos autos do resultado do mandado, na forma do artigo 231, inciso II, do Código de Processo Civil. 5.Oficie-se à fonte pagadora do devedor indicada na petição inicial, para proceder ao desconto mensal do valor dos alimentos provisórios em folha de pagamento do alimentante, bem como prestar informações a respeito do valor do salário ou dos vencimentos do devedor no prazo de 30 dias, sob as penas previstas no art. 22 da Lei nº 5.478/68. 32 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 6.Oficie-se aos cartórios de registro de imóveis para apuração de informações sobre imóveis em nome do alimentante. 7.Dê-se ciência ao Ministério Público. Itaperuna, 27/04/2021. Alexandre Couto Pereira - Juiz em Exercício ___________________________________________________________ 33 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Autos recebidos do MM. Dr. Juiz Alexandre Couto Pereira Em ____/____/_____ Código de Autenticação: XXXI.4XXX.XX2P.XWV2 Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 28/04/2021 19:09:00 Local: TJ-RJ mailto:itpvfij@tjrj.jus.br 34 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 Fase: Ato Ordinatório Praticado Atualizado em 29/04/2021 Data 29/04/2021 Descrição Certidão Certifico que: Cumpra-se a decisão de fls.30/33. 35 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 850/2021/MND MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO Processo Nº: 0000000-00.2021.8.19.0026 Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA Pessoa a ser intimada: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA Endereço: Rua Maranha Neves Local deResidência, nº 72 - CEP: 28035-000 – Campos dos Goytacazes - RJ FINALIDADE: Proceder a CITAÇÃO E INTIMAÇÃO do Réu, no endereço acima mencionado, para que tome conhecimento da ação, conforme cópia da inicial que segue em anexo, dando-se ciência de que os alimentos provisórios são devidos desde a intimação, nos termos da decisão anexa e de que deverá se manifestar expressamente sobre a possibilidade de realização de acordo com a parte contrária e, não havendo proposta de acordo, deverá contestar o pedido autoral no prazo de quinze dias a contar da data da juntada aos autos do resultado do mandado, na forma do artigo 231, inciso II, do Código de Processo Civil, intimando-o da Decisão anexa. SEGUE SENHA ELETRONICA PARA CONSULTA. Site para consulta: www.tjrj.jus.br OBS.: DEVERÁ O OJA EXIGIR QUE O RÉU INFORME SEU NUMERO DE REGISTRO NO CPF. CANAIS DE ATENDIMENTO DA DEFENSORIA PÚBLICA: DISQUE DP: 129 Site para consulta: www.coronavirus.rj.def.br O M.M. Dr.(a) Alexandre Couto Pereira do Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso da Itaperuna, usando das atribuições que por lei lhe são conferidas, M A N D A Oficial de Justiça designado que INTIME a pessoa acima referida, no endereço indicado ou em qualquer outro em que possa ser localizada, para a finalidade mencionada. O presente mandado é dado e passado nesta Cidade de(o) Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, em 03 de maio de 2021. Eu, _____________ Juliana Aparecida Pereira - Analista Judiciário - Matr. 01/5760, o digitei e eu ______________ Mariana Carvalho Dias - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/2333, o subscrevo. Itaperuna, 03 de maio de 2021. M a n d a d o : 2 0 2 1 0 0 7 5 0 0 0 R e c e b .: 0 4 /0 5 /2 0 2 1 L im it e : 0 2 /0 6 /2 0 2 1 O fi c ia l: A n a d e S o u z a http://www.tjrj.jus.br/ http://www.coronavirus.rj.def.br/ 36 MARIANA CARVALHO DIAS:2333 Assinado em 03/05/2021 13:24:17 Local: TJ-RJ Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Mariana Carvalho Dias - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/2333 Assino por ordem do MM. Juiz de Direito Código de Autenticação: 4XXX.XXXA.X8XB.X7X2 Este código pode ser verificado em: (www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos) Resultado do mandado: ( )POSITIVO ( ) NEGATIVO DEFINITIVO ( ) PARCIALMENTE CUMPRIDO ( )NEGATIVO ( ) DEVOLVIDO IRREGULAR ( ) NEGATIVO INÉRCIA DA PARTE ( )CANCELADO ( ) CUMPRIDO COM RESSALVA ( ) NEGATIVO PERICULOSIDADE M a n d a d o : 2 0 2 1 0 0 7 5 0 0 0 R e c e b .: 0 4 /0 5 /2 0 2 1 L im it e : 0 2 /0 6 /2 0 2 1 O fi c ia l: A n a d e S o u z a 37 Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro Central de Mandados de Campos dos Goytacazes Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Processo: 0000494-44.2021.8.19.0026 Mandado: 20210075000 Documento: 850/2021/MND CERTIDÃO POSITIVA - PESSOA FÍSICA Certifico que, em cumprimento ao mandado anexo, nesta data, às 16:39, compareci ao seguinte endereço: Rua Maranha Neves Local de Residência, nº 72 - CEP: 28035-000 – Campos dos Goytacazes - RJ, onde, preenchidas as formalidades legais, citei e intimei o(a) Sr.(a) Francisco Cavalheiro de Souza, que a contrafé e não exarou o ciente. Dou fé. Observação: ELE RESIDE NO ENDEREÇO DO MANDADO CPF 003.003.003-02 Campos dos Goytacazes, 07 de maio de 2021. Ana de Souza - 01/200000 ANA DE SOUZA:200000 Assinado em 07/05/2021 13:23:00 Local: TJ-RJ R e s u lt a d o d o M a n d a d o : P o s it iv o 38 AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ITAPERUNA. Processo nº: 0000000-00.2021.8.19.0026 FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, já qualificado nos autos da Ação de Alimentos movida por JUNINHO DA SILVA SOUZA, representado por sua genitora MARIA DA SILVA SOUZA, vem, por intermédio vem, respeitosamente, perante V. Exa., por seus procuradores infra-assinado ( procuração com poderes especiais em anexo) , com endereço eletrônico garciaeduarteassociados@111.com e endereço profissional na rua Carlos Garcia Dias , nº680, Bairro Centro, Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, onde receberá intimações de costume, ajuizar: CONTESTAÇÃO com fundamento nos arts. 227 e 229, da CF/88, art. 1.566, inciso IV, art. 1.694 e seguintes, do Código Civil e na Lei nº 5.478/68, aduzindo para tanto as razões de fato e de Direito que passa a expor: mailto:garciaeduarteassociados@111.com 39 I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: Inicialmente, a parte ré roga pela concessão da gratuidade da justiça, uma vez que, devido ao comprometimento de sua renda mensal encontra-se com pouca condição financeira, devendo ser considerado pobre na forma da lei e assim o sendo, faz jus, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988, bem como com fulcro no art. 98 e seguintes do CPC/15, a gratuidade da justiça, tudo conforme declaração de hipossuficiência anexa. II – DOS FATOS: Trata-se de Ação de Alimentos movida com base na solidariedade econômica decorrente do poder familiar existente entre a parte Autora e a parte Ré. Segundo narra a inicial, para a adequada manutenção da parte Autora, seria necessário o pagamento de verba alimentar mensal no valor equivalente à 30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias. Hipótese aplicável à situação em que o réu se encontra exercendo atividade laborativa com vínculo empregatício. Caso o réu NÃO possua vínculo empregatício, a autora pleiteia a fixação da pensão alimentícia em 200% (duzentos por cento) sendo calculado sobre o valor do salário mínimo. 40 Ocorre que, em virtude de tristes acontecimentos na vida do réu sua situação econômica atual, encontra-se comprometida de forma a realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido. A parte ré realizou em 2020 tratamento de saúde para manter-se livre do vício do álcool e em jogos de azar, conforme comprova doc. as fls.51. Este tratamento mantém-se com o uso de remédios caros e frequentes sessões com psicólogos especializados. Em razão de seu vício em jogos, o réu vendeu todos os imóveis que possuía para arcar com dívidas contraídas em virtude desta prática, arcar com empréstimos de altos juros adquiridos com agiotas, além de custear a internação numa clínica especializada para seu tratamento, de forma que pudesse voltar a exercer suas atividades da vida civil e profissional de forma digna e segura. Atualmente, o réu não possui nenhum imóvel em seu nome conforme demonstrado na Certidão Negativa de Bens Imóveis as fls.53 Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade laborativa como médico, o réu custeia os gastos com suas despesas elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de condomínio, alimentação, vestuário, lazer, participação em congressos para sua melhor qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao seu outro filho menor. Todos os comprovantes dos gastos e empréstimos contraídos estão demonstrados em planilha e recibos acostados as fls.54/63, além da certidão de nascimento de seu outro filho as fls.52 41 Com efeito, verifica-se restar a parte Requerida economicamente impossibilitada de realizar o pagamento dos valores requeridosna inicial, mostrando-se imperiosa a sua fixação em patamar mais reduzido, adequando-os à realidade econômica da parte Alimentante (art.1694, §1º do CC/02). Ante o exposto, requer seja a verba alimentar fixada no patamar de: • 20% (Vinte por cento) dos ganhos líquidos da parte Ré. A serem pagos mediante desconto em folha de pagamento e depósito na conta corrente de titularidade da parte Autora. • Na hipótese em que o réu não possua vínculo empregatício: 100% (Cem por cento) do salário mínimo. A ser pago até o dia 5º dia útil de cada mês, mediante depósito em conta de titularidade da representante legal do autor. III – DO DIREITO: a) Da obrigação alimentar como manifestação econômica da solidariedade familiar. Da fixação do quantum alimentar. Da necessidade da parte Autora e da possibilidade da parte Ré – art.1694 e ss do CC/02: Como se sabe o dever alimentar constitui manifestação econômica da solidariedade existente entre os membros de uma mesma unidade familiar. 42 Conforme destaca a abalizada doutrina do professor Arnoldo Wald, in verbis: “A obrigação alimentar caracteriza a família moderna. É uma manifestação de solidariedade econômica que existe em vida entre os membros de um mesmo grupo, substituindo a solidariedade política de outrora. É um dever mútuo e recíproco entre parentes, cônjuges ou companheiros, em virtude do qual os que têm recursos devem fornecer alimentos, em natureza ou dinheiro, para o sustento daqueles ‘que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender as necessidades de sua educação’ (art.1694, caput do CC de 2002). (...) A finalidade dos alimentos é assegurar o direito à vida, substituindo a assistência da família à solidariedade social que une os membros da coletividade, pois as pessoas necessitadas, que não tenham parentes, ficam em tese, sustentadas pelo Estado. O primeiro círculo de solidariedade é o da família, e, somente na sua falta, é que o necessitado deve recorrer ao Estado.” (WALD, Arnoldo. O Novo Direito de Família, Rio de Janeiro: Saraiva, 2004, p.43) Os elementos básicos para que surja o direito aos alimentos são o vínculo de parentesco, casamento ou união estável, a possibilidade econômica do alimentante e a necessidade do alimentando. O critério de fixação do quantum dos alimentos depende, pois, da conciliação desses dois últimos elementos. 43 Segundo leciona o professor Arnoldo Wald, “os alimentos são determinados pelo juiz, atendendo à situação econômica do alimentante e às necessidades essenciais de moradia, alimentação, vestuário, tratamento de saúde e, se for menor, educação do alimentando” (WALD, Arnoldo. O Novo Direito de Família, Rio de Janeiro: Saraiva, 2004, p.41). No presente feito, não obstante o vínculo parental existente entre as partes, não se encontra a parte Ré em condições econômicas de realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido na inicial. Segundo atestam os documentos juntados aos autos, a parte Ré apresenta reduzida capacidade econômica, não possuindo condições financeiras de adimplir parcela alimentar mensal em valor tão elevado. Com efeito, objetivando respeitar os ditames do art. 1694, §1º do CC/02, torna-se necessária a fixação de verba alimentar em valor condizente com a capacidade econômica da parte Ré, possibilitando- lhe adimplir com as parcelas pactuadas sem prejudicar sua sobrevivência digna. IV - DO PEDIDO: Diante do exposto, requer a este MM. Juízo que se digne de: a) Deferir a Gratuidade de Justiça, nos termos do art. 98 e ss. Do CPC/15; b) Julgar parcialmente procedente o pedido inicial, fixando-se a verba alimentar, nos termos do art. 11, parágrafo único da Lei 5478/68 c/c art. 1694, §1º do CC/02, no valor correspondente à : 20% (Vinte por cento) dos ganhos líquidos da parte Ré, a serem pagos mediante 44 desconto em folha de pagamento e depósito na conta corrente de titularidade da parte Autora; ou, na hipótese de perda do vínculo empregatício, no valor correspondente à 100% (Cem por cento)do salário mínimo, a ser pago até o 5º dia útil de cada mês, mediante depósito em conta corrente de titularidade da representante legal da parte autora. c) A RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO QUE CONCEDEU OS ALIMENTOS PROVISÓRIOS PARA QUE SEJAM FIXADOS NOS MOLDES AQUI PROPOSTOS. V – DAS PROVAS: Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente documental, testemunhal, e depoimento pessoal da parte Autora. Pede deferimento. Campos dos Goytacazes, 11 de maio de 2021. Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 45 P R O C U R A Ç Ã O FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, casado, médico, portador do documento de identidade nº 00022233-3, inscrito no CPF sob o nº 003.003.003-02, residente e domiciliado na rua Maranha Neves, nº 72, Bairro Centro, Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, pelo presente instrumento particular de mandato abaixo assinado, nomeia e constitui como seus bastantes procuradores os Advogados; FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA, brasileiro, inscrito na OAB/RJ sob o nº 24896 e ANA CAROLINA DUARTE FIGUEIREDO ALEIXO, inscrito na OAB/RJ sob o nº 35276, sócios no escritório GARCIA & DUARTE – Advocacia e Consultoria Jurídica, Sociedade de Advogados regularmente inscrita na OAB/RJ sob o Registro nº 4.028, com escritório estabelecido na Rua Carlos Garcia Dias , nº680, Bairro Centro,Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro CEP: 28035-280, Tel.: (22) 2733 - 2020, e-mail: garciaeduarteassociados@111.com , concedendo-lhe os poderes inerentes da cláusula “AD JUDICIA ET EXTRA”, para o foro em geral e requerer a defesa de seus direitos e interesses em qualquer Instância ou Tribunal, bem como a qualquer Órgão Público ou mailto:garciaeduarteassociados@111.com 46 Privado, inclusive Delegacias de Polícia, Autarquias, Empresas Públicas, e outras Instituições Públicas Municipal, Estadual e Federal, podendo ainda, confessar e reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre qual se funda a ação, receber, dar quitação, requerer e retirar alvará dos autos, firmar termos de compromisso de inventariante e declaração de hipossuficiência econômica, enfim, promover qualquer medida judicial ou extrajudicial que se fizerem necessárias em defesa dos direitos preteridos pelo Outorgante, em especial, representá-lo nos autos do processo 0000000-00.2021.8.19.0026, em trâmite na Vara de Família de Itaperuna, RJ, praticando todos os atos necessários para o fiel cumprimento do presente MANDATO, tudo em conformidade com o Art. 105 do CPC. Campos dos Goytacazes, 03 de maio de 2021. ________________________________ FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 47 DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, casado, médico, portador do documento de identidade nº 00022233-3, inscrito no CPF sob o nº 003.003.003-02, residente e domiciliado na rua Maranha Neves, nº 72, Bairro Centro, Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro. AFIRMO com fundamento no artigo 98 e seguintes do CPC, que não possuo condições financeiras para arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem prejuízo do meu sustento e de minha família, razão pela qual faz jus ao benefício da gratuidade de justiça. Requeiro, ainda, que o benefício abranja a todos os atos do processo. Campos dos Goytacazes,09 de maio de 2021 ____________________________________________ FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 48 49 50 51 CENTRO DE REABILITAÇÃO DE CAMPOSDOS GOYTACAZES – RJ ATESTADO Atesto para os devidos fins que o Sr. Francisco Cavalheiro de Souza, portador da C.I 00022233-3 e do CPF nº 003.003.003-02 esteve internado nesta clínica pelo período de 09 (nove) meses compreendidos entre março a dezembro de 2020 a fim de tratar de Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome de dependência – CID: F10.2 e vício patológico em jogos – CID: F63.0 Campos dos Goytacazes, 10 de maio de 2021 Júlio Amorim CRM-RJ 52-2344 Psiquiatra 52 53 54 Planilha constando as despesas mensais, pagamento de dívidas e tratamento de saúde. DESCRIÇÃO VALOR CARTÃO DE CRÉDITO ONDE CONSTAM AS DESPESAS COM ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, COMBUSTÍVEL, FARMÁCIA , LAZER E OUTROS – fls.55 R$ 11.577,00 TRATAMENTO EM CLÍNICA DE REABILITAÇÃO fls. 56 R$ 350.000,00 PAGAMENTO DE EMPRESTIMOS COM AGIOTAS - fls. 57 R$ 520.000,00 ALUGUEL fls. 58 R$ 4.500,00 TAXA DE CONDOMÍNIO fls. 59 R$ 1.500,00 PLANO DE SAÚDE fls. 60 R$ 574,00 GASTO COM CONTA DE LUZ fls. 61 R$ 1.096,00 GASTO COM CONTA DE AGUA fls. 62 R$ 300,75 GASTO COM CONTA DE TELEFONE fls.63 R$ 350,00 TOTAL DAS DESPESAS R$ 89.897,75 Todas as despesas estão com documentos comprobatórios anexados a seguir: 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Fls. Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA ___________________________________________________________ Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz Alexandre Couto Pereira Em 12/05/2021 Despacho Considerando que há requerimento de gratuidade de justiça a fls. 39 ainda não apreciado, DEFIRO a gratuidade de justiça ao réu. Mantenho a decisão proferida as fls. 30/33 em relação a fixação dos alimentos provisórios. Itaperuna, 12/05/2021. Alexandre Couto Pereira - Juiz em Exercício ___________________________________________________________ 67 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Autos recebidos do MM. Dr. Juiz Alexandre Couto Pereira Em ____/____/_____ Código de Autenticação: XXXI.4XXX.XX2P.XWV2 Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 12/05/2021 19:09:00 Local: TJ-RJ mailto:itpvfij@tjrj.jus.br 68 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ Processo nº: 000000-00.2021.8.19.0026 Origem: Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da Comarca de Itaperuna-RJ FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, em curso na Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da Comarca de Itaperuna-RJ, não se conformando, data venia, com a douta decisão interlocutória proferida, vêm a presença de V.Exa., pelos advogados infra-assinados, interpor o presente recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO, requerendo a juntada de suas inclusas Razões, prosseguindo-se na forma da Lei. Nestes termos, pede o recebimento e o conhecimento recursal. Itaperuna, 09 de maio de 2021. Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 69 RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Processo: 000000-00.2021.8.19.0026 Agravante: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA Agravada: JUNINHO DA SILVA SOUZA Juízo de origem: Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da Comarca de Itaperuna-RJ EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÂMARA, Excelentíssimo Senhor Desembargador Relator 1. PRELIMINARMENTE: a) Do preparo O Agravante deixa de efetuar o preparo, uma vez que já foi concedido o benefício da Justiça Gratuita pelo Juízo de 1º grau, conforme fls.66/67 b) Do cabimento ao agravo por instrumento: O CPC de 2015 trouxe em seu bojo rol de possibilidades de impetração de Agravo por Instrumento. No caso em análise, certo é que existe previsão do Código quanto à interposição do presente recurso. 70 c) Da tempestividade do recurso: A parte Agravante tomou ciência da r. Decisão objurgada da data da intimação de fl. 37, através do Oficial de Justiça. Assim, o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia 28/05/2021, desta forma mostram-se tempestivas as presentes razões do agravo. d) Da dispensa de peças processuais. Processo Eletrônico. Inteligência do art. 1.017, §5ºdo Código de Processo Civil: O CPC de 2015 prevê nos incisos II e III do art. 1.017 a obrigatoriedade de anexar determinadas peças do processo original para instruir o Agravo por Instrumento. Ocorre, contudo, que se trata o presente de processo eletrônico, havendo dispensa consoante no próprio art. 1.017, §5º dos mencionados documentos, permanecendo facultativo apenas a anexação de outros documentos reputados úteis pela Agravante. Assim, em que pese não haver as cópias das peças requeridas, certo é que estão atendidos os requisitos legais exigidos pelo art. 1.016 e seus incisos da Lei Processual. e) Do nome e o endereço completo dos advogados/defensores públicos constantes do processo: O Agravante é assistido pelos advogados FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA, brasileiro, inscrito na OAB/RJ sob o nº 24896 e ANA CAROLINA DUARTE FIGUEIREDO ALEIXO, inscrito na OAB/RJ sob o nº 35276, sócios no escritório GARCIA & DUARTE – Advocacia e Consultoria Jurídica, Sociedade de Advogados regularmente inscrita na OAB/RJ sob o Registro nº 4.028, com escritório estabelecido na Rua Carlos Garcia Dias , nº680, Bairro Centro,Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro CEP: 28035- 280, Tel.: (22) 2733 - 2020, e-mail: garciaeduarteassociados@111.com mailto:garciaeduarteassociados@111.com 71 O Agravado é assistido pela advogada KATIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA, brasileira, casada, advogada, inscrita na OAB/RJ sob o nº. 455.472, com endereço eletrônico katiafreitas@111.com, com escritório na rua Lopes da Costa, nº320, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, As intimações são eletrônicas, por meio dos nobres Advogados em atuação nesta Colenda Câmara, sendo os autos eletrônicos. 2. DA EXPOSIÇÃO DOS FATOS: Trata-se de ação de alimentos com pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Agravado em desfavor do agravante. O pedido in limine foi deferido pelo Juízo de primeiro grau, definindo os alimentos provisórios em 30%(trinta por cento), conforme trecho da decisão de fls. 33 e seguintes, conforme trecho transcrito: (...)Em cumprimento ao disposto no artigo 4º da Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/1968), fixo os alimentos provisórios em 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% do salário mínimo nacional vigente, no caso de ausência de vínculo empregatício. Conforme se verifica, os alimentos provisórios foram fixados em 30%. Todavia, a decisão do Juízo a quo não merece prosperar, posto que o agravante não possui condições de arcar com tal condenação e demais gastos com sua renda. 3. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO: A fixação de alimentos segue o trinômio possibilidade- necessidade-razoabilidade, de modo que conforme irá se expor, a decisão ora agravada não merece subsistir, eis que se caracteriza em verdadeiro error in judicando. mailto:katiafreitas@111.com 72 Não se pode negar o direito aos alimentos ao filho menor de idade, dependente economicamente de seus pais. Ocorre que, em virtude de tristes acontecimentos na vida do réu sua situação econômica atual, encontra-se comprometida de forma a realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido. A parte ré encontra-se em tratamento de saúde para manter-se livre do vício do álcool e em jogos de azar. Este tratamento envolve o uso de remédios caros e frequentes sessões com psicólogos especializados. Em razão de seu vício em jogos, o réu vendeu todos os imóveis que possuía para arcar com dívidas contraídas em virtude desta prática, arcar com empréstimos de altos juros adquiridos com agiotas, além de custear a internação numa clínica especializada para seu tratamento, de forma que pudesse exercer suas atividades da vida civil e profissional de forma digna e segura. Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade laborativa como médico, o réu custeia os gastos com suas despesas elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de condomínio, alimentação, vestuário, lazer, participação em congressos para sua melhor qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao seu outro filho menor. Nesse sentido, por ter intenção de prestar a assistência devida à JUNINHO, mas também não deixar de prestar assistência para o outro filho, deseja que a verba alimentar venha ser fixada em definitivo no percentual 20% (Vinte por cento) dos seus ganhos líquidos. A serem pagos mediante desconto em folha de pagamento e depósito na conta corrente de titularidade da parte Autora. Na hipótese do Agravante ficar sem vínculo empregatício ou tornar-se autônomo, fixar em 100% (Cem por cento) do salário mínimo. A ser pago até o dia 10 do mês subsequente ao vencido, mediante depósito em conta de titularidade da representante legal do autor. Assim sendo, tem o presente recurso o escopo de reformar a decisão proferida as fls.33 e seguintes, requerendo liminarmente a concessão do efeito suspensivo ativo para determinar a redução dos alimentos provisórios conforme solicitado na peça de bloqueio, oficiando-se o juízo de primeiro grau e, ao final do julgamento do presente recurso de agravo por instrumento, o provimento integral com a confirmação da redução da tutela deferida in limine. 73 Conforme se infere da narrativa, bem como dos documentos que instruem o presente recurso, há provas nos autos de que o valor fixado em 30% (trinta por cento) resultaria em prejuízo econômico para o agravante, eis que o mesmo possui outro filho e passa por sérias dificuldades econômicas em virtude de seu estado de saúde, e o dever de prestar alimentos deve conviver com a manutenção das necessidades básicas do alimentante, as quais restariam inviabilizadas se mantido o patamar ora recorrido. Diante de todos os fatos, ficou demonstrado que o trinômio razoabilidade, possibilidade e necessidade não foi atendido pela decisão proferida pelo juízo a quo,devendo o percentual ser reduzido nos termos supra requeridos. 4. DA CONCLUSÃO: Ao Ilustre Relator: Requer a Vossa Excelência o conhecimento do presente recurso de Agravo por Instrumento, afastando o Enunciado 59 da Súmula do TJRJ, para conhecer da matéria dando provimento ao recurso para suspender os efeitos da r. decisão recorrida, conferindo efeito suspensivo ativo, determinando a redução do percentual da obrigação alimentar para o patamar de 20% (vinte por cento) do salário mínimo na hipótese de existência de vínculo trabalhista e de 100% (cem por cento) do salário mínimo, caso inexista vínculo empregatício. Ao Colegiado: Requer a Vossas Excelências o conhecimento e provimento do presente Agravo para julgar consolidada a antecipação da tutela recursal, por ser medida de Justiça. E caso não haja o deferimento do efeito suspensivo ativo, requer ao Colegiado que se conceda, no mérito, o melhor interesse do alimentante, ponderado com o da criança envolvida, concedendo a redução do percentual da obrigação alimentar nos moldes requeridos no presente recurso. 74 5. DO PREQUESTIONAMENTO ÀS VIAS EXCEPCIONAIS: Por fim, requer, caso seja indeferido o pedido liminar ou mesmo o pedido conclusivo pelo Colegiado, nos exatos termos do recurso de agravo, como forma de PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que Vossas Excelências se manifestem acerca da violação dos dispositivos constitucionais pertinentes ao caso em tela, visando o manejo futuro e eventual de recursos excepcionais, particularmente, artigo 1º, inciso III; artigo 227, todos da Carta Magna de 1988; assim como, artigo 22, da Lei 8.069/1990 e artigo 1.694 do CC de 2002. Nestes termos, Pede o conhecimento e provimento recursal. Itaperuna, 11 de maio de 2021. Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 75 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Processo : 000000-00.2021.8.19.0026 Distribuído em: 22/03/2021 Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA Advogada: KÁTIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA (OAB/RJ nº 455472) Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA Advogados: FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA (OAB/RJ nº 24896) ANA CAROLINA DUARTE FIGUEIREDO ALEIXO (OAB/RJ nº 35276) Audiência : Instrução e Julgamento Data da Audiência : 17/05/2021 ASSENTADA Aos dezessete dias do mês de maio do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e Comarca de Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, onde presente se achava o Exmo. Juiz de Direito, Dr.ALEXANDRE COUTO PEREIRA e o membro do Ministério Público Dr. CARLOS RUBENS OLIVEIRA. Iniciados os trabalhos e feito o pregão, compareceu a representante legal acompanhada da advogada KÁTIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA e o réu acompanhado do advogado FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA. Aberta a audiência, pela Representante Legal do requerente foi dito que o genitor tem mais um filho com outra pessoa, o qual ele já paga alimentos, porém para seu filho, desde a separação, o réu não vem ajudando com nada e que ela arca com todas as despesas sozinhas. Pelo réu foi dito que o mesmo apesar de não estar pagando alimentos mensalmente, sempre que a representante legal do requerente entra em contato por telefone e pede uma ajuda, ele deposita em sua conta o valor que pode, mailto:itpvfij@tjrj.jus.br 76 umavez que, vem atravessando momento econômico muito desfavorável devido aos problemas ligados a sua saúde. Por fim, a advogada do requerente se reporta à inicial e demais manifestações dos autos, reiterando o pedido de procedência dos pedidos e solicitando apresentação das alegações finais. Pelo advogado que assiste o réu foi dito: que se reporta à contestação e pugna pela redução do percentual fixado liminarmente. Pelo Ministério Público foi dito: que requer vista para parecer final. Pelo MM. Dr. Juiz foi proferido o seguinte DESPACHO: Ao Ministério Público para parecer final. Nada mais havendo, foi encerrada a audiência às 15:15h. Eu, Leticia de Moraes, T.A.J., matrícula 01/1234, lavrei o presente termo Alexandre Couto Pereira Juiz em Exercício 77 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA Código de Autenticação: <2019064057|1254|1> Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 18/05/2021 18:09:00 Local: TJ-RJ mailto:itpvfij@tjrj.jus.br 78 AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA, INFÂNCIA, JUVENTUDE E DO IDOSO DA COMARCA DE ITAPERUNA Processo nº : 0000000-00.2021.8.19.0026 JUNINHO DA SILVA SOUZA, representado por sua genitora MARIA DA SILVA SOUZA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por sua advogada infra- assinado, em atenção ao despacho supra, PROMOVER ALEGAÇÕES FINAIS, aduzindo o seguinte: Trata-se de Ação de Alimentos movida com base na solidariedade econômica decorrente do poder familiar existente entre a parte Autora e a parte Ré. Para adequada manutenção da parte Autora, seria necessário o pagamento de verba alimentar mensal no valor equivalente à 30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias. Hipótese aplicável à situação em que o réu se encontra exercendo atividade laborativa com vínculo empregatício. Caso o réu NÃO possua vínculo empregatício, o autor pleiteia a fixação da pensão alimentícia em 200% (duzentos por cento) sendo calculado sobre o valor do salário mínimo. Em sede de contestação e demais manifestações, o réu se opôs ao pedido autoral, afirmando que sua situação econômica atual, encontra-se comprometida de forma que não consegue realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido. A parte ré alegou estar em tratamento de saúde para manter-se livre do vício do álcool e em jogos de azar e que estes vícios o deixaram com poucos recursos. Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade laborativa como médico, o réu custeia os gastos com suas despesas elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de condomínio, alimentação, vestuário, lazer, participação em 79 congressos para sua melhor qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao seu outro filho menor. Da instrução probatória, percebe-se que o afirmado pelo genitor quanto a atual condição econômica resta verdadeira e diante disso o autor através de sua representante legal reconsidera, parcialmente, o pedido inicial, aceitando a redução do percentual para 20% (vinte por cento) entretanto, que seja calculado de seus rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias. Todavia, os demais pedidos são ratificados pela parte autora CONCLUSÃO: Conclui-se, pois, deve o pedido ser julgado procedente, acolhendo-se o pedido de modificação do percentual para o patamar de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos descontados diretamente na folha de pagamento, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, a serem depositados na conta bancária (Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza). A fixação do pagamento de alimentos no valor de 200% do salário mínimo em caso do requerido desenvolver atividade laboral sem vínculo empregatício ou na qualidade de autônomo Pede deferimento. Itaperuna, 20 de maio de 2021. KÁTIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA OAB/RJ nº 455472 80 AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA, INFÂNCIA, JUVENTUDE E DO IDOSO DA COMARCA DE ITAPERUNA Processo nº : 0000000-00.2021.8.19.0026 FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por seus advogados infra-assinado, em atenção ao despacho supra, PROMOVER ALEGAÇÕES FINAIS, aduzindo o seguinte: Trata-se de Ação de Alimentos movida com base na solidariedade econômica decorrente do poder familiar existente entre a parte Autora e a parte Ré. Para adequada manutenção da parte Autora, foi alegado que seria necessário o pagamento de verba alimentar mensal no valor equivalente à 30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias. Hipótese aplicável à situação em que o réu se encontra exercendo atividade laborativa com vínculo empregatício. Em caso do réu NÃO possuir vínculo empregatício, o autor pleiteou a fixação da pensão alimentícia em 200% (duzentos por cento) sendo calculado sobre o valor do salário mínimo. Conforme o que foi demonstrado em sede de contestação e demais manifestações, o réu se opôs ao pedido autoral, porque sua situação econômica atual, encontra-se comprometida de forma que não consegue realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido. O réu juntou documentos que comprovam a veracidade de sua situação de saúde, a qual compromete sua capacidade econômica. E também demonstrou que paga alimentos a seu outro filho, fruto de outro relacionamento. Por isso, requereu a fixação da verba alimentar em patamar inferior ao pedido na inicial, sendo 20% (Vinte por cento) dos seus ganhos líquidos. A serem pagos mediante desconto em folha de pagamento e depósito na 81 conta corrente de titularidade da parte Autora. E na hipótese de se encontrar sem vínculo empregatício, que seja fixado em 100% (Cem por cento) do salário mínimo. A ser pago até o dia 10 do mês subsequente ao vencido, mediante depósito em conta de titularidade da representante legal do autor CONCLUSÃO: Conclui-se, pois, deve o pedido ser julgado procedente, acolhendo-se o pedido de redução do percentual pedido na inicial para o patamar de 20% (vinte por cento) dos rendimentos líquidos, a serem depositados na conta bancária (Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza). A fixação do pagamento de alimentos no valor de 100% (Cem por cento) do salário mínimo em caso do requerido desenvolver atividade laboral sem vínculo empregatício ou na qualidade de autônomo. Pede deferimento. Campos dos Goytacazes, 20 de maio de 2021. Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 82 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da Comarca de Itaperuna-RJ. Processo nº000000-00.2021.8.19.0026. PROMOÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.MM. DR. JUIZ, Trata-se de ação de alimentos proposta por Juninho da Silva Souza, representado por Maria da Silva Souza, em face de Francisco Cavalheiro de Souza, pleiteando alimentos na ordem de “... -30% dos seus rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, mensalmente depositados, em conta bancária da genitora do menor, Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, na hipótese de inexistência de vínculo empregatício. – 200 % do salário mínimo, mensalmente depositados, até o 5° dia útil de cada mês, em conta bancária da genitora do menor” (e-fls.08). Com a inicial vieram os documentos de e-fls.12/28. Foram deferidos liminarmente os provisórios em “30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício.” (e-fls.30/33). 83 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Não houve audiência de conciliação em virtude do alastramento da pandemia causada pelo novo coronavírus (e-fls.31). O réu foi citado e apresentou contestação, pugnando pela fixação dos alimentos no valor de 100% do salário mínimo, no caso de ausência de vínculo e 20% de seus rendimentos líquidos, eis que possui mais um filho (e-fls.38/44). Com a contestação juntou os documentos de e-fls.45/65. Nas alegações finais, o autor reconsiderou o pedido inicial reduzindo para “20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício mas manteve o pedido de 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício.”(e-fls.78/79). As partes manifestaram-se em provas (e-fls.50 a 65), juntando o autor os documentos de e-fls.15/27. Eis o relatório. O autor comprovou a filiação com o réu e a dependência da pensão, sendo criança, presumidas as necessidades. Os alimentos provisórios foram arbitrados em 30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício. O pedido inicial do autor foi reformulado nas alegações finais reduzindo para 20% dos rendimentos brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, na hipótese de existência de vínculo empregatício mediante desconto em folha de pagamento, mas manteve o patamar de 200% 84 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente, em caso de inexistência de vínculo empregatício; Como o réu possui outro filho e já paga pensão no valor de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, entende-se que vinte por cento para o autor compõe o valor razoável para a pensão. Tal valor atende aos interesses da criança, atendendo à sua saúde, educação e subsistência e o trinômio necessidade x possibilidade x razoabilidade. Ante o exposto, manifesta-se este órgão pela parcial procedência do pedido inicial formulado por Juninho da Silva Souza, representado por Maria da Silva Souza face de Francisco Cavalheiro de Souza, fixando os alimentos no valor de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício. Itaperuna-RJ, 21 de maio de 2021. RICARDO DE MELLO JÚNIOR Promotor de Justiça Mat. 7777 85 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Fls. Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA ___________________________________________________________ Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz Alexandre Couto Pereira Em 24/05/2021 SENTENÇA Trata-se de ação de alimentos proposta por JUNINHO DA SILVA SOUZA, representado por sua genitora MARIA DA SILVA SOUZA em face de FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, em que se pretende, liminarmente, a fixação de alimentos provisórios no valor de 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício e a fixação dos alimentos definitivos nestas mesmas condições supracitadas. Aduz a representante do autor, que o menor, é legítimo filho do requerido, nascido antes da data do casamento dos genitores porém no período em que conviviam juntos em forma de união estável. Disse também que em 20/06/2013 os dois resolveram oficializar a união estável através do casamento. Entretanto, desde 2017 não possuem mais convivência em comum porém a averbação do divórcio só ocorreu em fevereiro 2021.Segundo a representante, o réu 86 desde o período do fim da convivência em comum, não contribuiu de nenhuma forma para ajudar no sustento do autor. Disse ainda que encontra-se em dificuldade de arcar com as despesas do filho e as próprias, sendo que o genitor possuiu um rendimento mensal de R$ 45.000,00 (Quarenta e cinco mil) e alguns imóveis Petição inicial e documentos a fls. 02/29. Decisão de fl. 30/33 defere a gratuidade de justiça à requerente e fixa os alimentos provisórios em 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício. Houve dispensa da audiência de conciliação (fl. 31). Contestação e documentos a fls. 39/66 em que afirma que sua condição financeira atual não corresponde àquela que possuía à época em que estava casado com a representante do autor. Que em 2020 realizou tratamento de saúde para manter-se livre do vício do álcool e em jogos de azar. Este tratamento vem se mantendo com o uso de remédios caros e frequentes sessões com psicólogos especializados. E em razão de seu vício em jogos, vendeu todos os imóveis que possuía para arcar com dívidas contraídas, arcar com empréstimos de altos juros adquiridos com agiotas, além de custear a internação numa clínica especializada para seu tratamento, de forma que pudesse voltar a exercer suas atividades da vida civil e profissional de forma digna e segura. Atualmente,ele não possui nenhum imóvel em seu nome conforme demonstrou na Certidão Negativa de Bens Imóveis acostada aos autos as fls.53 Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade laborativa como médico, disse que custeia os gastos com suas despesas elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de condomínio, alimentação, vestuário, lazer, participação em congressos para sua melhor qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao seu outro filho menor. Assentada audiência de instrução e julgamento a fls. 76/78 em que foi colhido o depoimento pessoal da representante legal do autor e do réu. Foram ratificados os pedidos das partes por seus advogados presentes. As fls. 14 encontra-se acostada a Certidão de Nascimento de Juninho da Silva Souza demonstrando que o pai é Francisco Cavalheiro de Souza. As despesas do autor foram comprovadas através dos documentos acostados as fls. 56/66. Os empréstimos contraídos através de notas promissórias encontram-se as fls.58/60 Nos documentos acostados junto à Contestação comprova-se através da Nota Fiscal as fls.57 e atestado médico fls. 52 de que o réu sofre de transtornos causados por vício em álcool e jogos de azar. 87 As fls. 54 consta certidão negativa de bens imóveis demonstrando que o réu não possui imóveis em seu nome na cidade de Campos dos Goytacazes. As fls. 53 consta certidão de nascimento do outro filho do réu demonstrando ser este também filho legítimo, o qual recebe pensão alimentícia conforme demonstra extrato do contracheque as fls. 51. Agravo de instrumento interposto a fls. 69/75. Alegações Finais a fls. 79/82. A fls. 83/85 o Ministério Público manifesta-se pela parcial procedência do pedido inicial formulado por Juninho da Silva Souza, representado por Maria da Silva Souza face de Francisco Cavalheiro de Souza, fixando os alimentos no valor de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício. A requerente informa que existem outras ações de execução de alimentos propostas neste Juízo que não impedem o prosseguimento da referida ação (fl. 150). É o relatório. Decido. A Constituição Federal, no art. 229, traz o seguinte teor “os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Neste mesmo raciocínio o art. 1.634, I, do Código Civil impõe responsabilidade a ambos os pais, qualquer que seja a situação conjugal quanto aos filhos. O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.096/90, em seu art. 22 traz a seguinte norma “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo -lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir determinações judiciais”. O dever de alimentos exige para a sua análise a presença do trinômio: necessidade, possibilidade e razoabilidade. Nos documentos acostados aos autos e documentos colhidos ficou demonstrado que o réu encontra-se em dificuldades tanto financeiras quanto em relação ao seu estado de saúde. Porém, em contrapartida, este possui o dever legal de sustento de seu filho dentro das suas possibilidades. Nas alegações finais o autor reconheceu as dificuldades do réu e diminuiu o pedido inicial para o patamar de 20% dos rendimentos brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios 88 e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, na hipótese de existência de vínculo empregatício mediante desconto em folha de pagamento, mas manteve o patamar de 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente, em caso de inexistência de vínculo empregatício; O Ministério Público opinou no sentido de que o réu já paga pensão para o outro filho no valor de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, e entende que vinte por cento para o autor compõe o valor razoável para a pensão. De que tal valor atende aos interesses da criança, atendendo à sua saúde, educação e subsistência e o trinômio necessidade x possibilidade x razoabilidade. Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, na forma do artigo 269, I do CPC para CONDENAR o réu ao pagamento de pensão alimentícia em benefício do autor em valor 20% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício a serem depositados até o 5º dia útil de cada mês na Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza. Sem custas em razão da gratuidade de justiça já deferida. Dê ciência as partes.Com o trânsito em julgado e cumpridas as formalidades legais, baixa e arquive-se os autos. Itaperuna, 24/05/2021. Alexandre Couto Pereira - Juiz em Exercício ___________________________________________________________ 89 Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário Tribunal de Justiça Comarca de Itaperuna Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br Autos recebidos do MM. Dr. Juiz Alexandre Couto Pereira Em ____/____/_____ Código de Autenticação: XXXI.4XXX.XX2P.XWV2 Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 24/05/2021 19:39:00 Local: TJ-RJ mailto:itpvfij@tjrj.jus.br
Compartilhar