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processo prova de pratica direito de familia

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1 
 
UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPUS V 
CURSO DE DIREITO 
 
 
ALEXANDRE COUTO PEREIRA- MATRÍCULA: 170107665 – 
email:170107665@aluno.unig.edu.br 
 
FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA – MATRÍCULA: 170098547- 
email:170098547@aluno.unig.edu.br 
 
KÁTIA ANDRÉIA DE FREITAS SOUZA OLIVEIRA - MATRÍCULA: 170108742- 
email: 170108742@aluno.unig.edu.br 
 
ANA CAROLINA DUARTE DE F. ALEIXO – MATRÍCULA 17000779-0 
email: 170007790 @aluno.unig.edu.br 
 
 
TURMA DRN 801 
 
 
 
 
PRÁTICA JURÍDICA I I: DIREITO DE FAMÍLIA 
 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE 
ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPERUNA 
2021 
 
2 
AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA 
DE ITAPERUNA. 
 
 
 
 
JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, 
nascido em 20/06/2012, inscrito no CPF nº 009.007.005-04 neste 
ato representado pela sua genitora, MARIA DA SILVA SOUZA, 
brasileira, divorciada, enfermeira, portadora do documento de 
identidade nº 25252525-5, inscrita no CPF sob o nº 005.005.005-01, 
endereço eletrônico marasilza@111.com, residente e domiciliada 
na Avenida Porto do Céu, nº145,Bairro Centro, Cidade Itaperuna, 
Estado do Rio de Janeiro, CEP.:28.300-000 vem, respeitosamente, 
perante V. Exa., por sua procuradora infra-assinado ( procuração 
com poderes especiais em anexo) , com endereço eletrônico 
katiafreitas@111.com e endereço profissional na rua Lopes da 
Costa, nº320, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, onde receberá 
intimações de costume, com fundamento nos arts. 227 e 229, da 
CF/88, art. 1.566, inciso IV, art. 1.694 e seguintes, do Código Civil e 
na Lei nº 5.478/68, ajuizar: 
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE 
ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Em face de FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, 
casado, médico, portador do documento de identidade nº 00022233-
mailto:marasilza@111.com
mailto:katiafreitas@111.com
 
3 
3, inscrito no CPF sob o nº 003.003.003-02, residente e 
domiciliado na rua Maranha Neves, nº 72, Bairro Centro, 
Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de 
Janeiro, pelos fundamentos e elementos fáticos e jurídicos a seguir 
alinhados. 
 
I – DAS PRELIMINARES 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
A Gratuidade de Justiça tem como objetivo amparar aqueles 
que não tem condições de arcar com as custas do processo, nos 
termos do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal e art. 98 e 
seguintes, do CPC. Tal gratuidade, conforme o art. 1º, § 2º, da Lei 
5.478/68, é presumida, sendo, portanto, beneficiário da gratuidade 
de justiça do autor. 
DA NECESSIDADE E DA POSSIBILIDADE 
O autor, menor impúbere, é legítimo filho do requerido, 
conforme certidão de nascimento acostada a esta inicial, nascido 
antes da data do casamento dos genitores porém no período em 
que conviviam juntos em forma de união estável. Entretanto, apesar 
da relação jurídica que os une, o Requerido não vem prestando 
auxílio a genitora, e esta vem arcando sozinha com todos os custos 
para a manutenção do menor, tais como alimentação, vestuário, 
material escolar, plano de saúde, lazer, educação em escola 
particular, curso de idiomas, natação, serviço de babá e outras 
despesas que estão demonstradas em planilha e comprovadas nos 
recibos de pagamento anexados pela genitora. 
 
4 
Apesar da renda da genitora ser de R$ 22.000,00 
(vinte e dois mil reais) mensais, está totalmente 
comprometida com as despesas da criança e o seu próprio 
sustento, sendo, portanto, insuficiente continuar arcando sozinha 
com a despesa do filho. 
Por outro lado, a situação financeira do requerido é muito boa, 
uma vez que a genitora relata que o requerido possui muitos bens 
imóveis em seu nome e que exerce a função de médico recebendo 
a quantia de R$ 45.000,00(quarenta e cinco mil reais) mensais, o 
que demonstra total possibilidade de arcar com as despesas 
necessárias a proporcionar uma qualidade de vida digna a seu filho. 
 
DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
É sabido que nas ações de alimentos é cabível a fixação de 
alimentos provisórios, conforme ensinamentos do art. 4º da Lei 
5.478/68: “ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos 
provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor 
expressamente declarar que deles não necessita. ” 
No caso em tela, em consequência das dificuldades 
financeiras da genitora em arcar com suas próprias despesas e as 
despesas do menor e garantir a qualidade de vida do mesmo, faz-
se necessário a fixação, como tutela de urgência, tendo em vista 
que o Requerido possui situação econômica financeira estável. 
À vista disso, requer a V. Excelência a fixação de alimentos 
provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de 30% sobre 
os rendimentos mensais brutos do Requerido, para garantir as 
necessidades do filho. 
 
 
 
5 
II- DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
 
São designados alimentos civis aqueles destinados 
à manutenção da condição social da pessoa necessitada, suprindo, 
além das necessidades naturais, outras necessidades 
compreendidas como morais e intelectuais conforme a sua condição 
social. 
De acordo com Silvio Rodrigues em seu livro Direito civil: 
Direito de família. 28. São Paulo: Saraiva,2004, p.382: 
Os alimentos civis ou côngruos ("necessarium personae") são os 
destinados a manter a qualidade de vida do credor, de acordo com 
a condição social dos envolvidos, mantendo, assim, o padrão de 
vida e status social do alimentado, limitada a quantificação, 
evidentemente, na capacidade econômica do obrigado. 
Os genitores conheceram-se em 2010, em dezembro de 2011 
foram morar juntos e em 20 de junho de 2012, o autor nasceu no 
Hospital Geral de Guarus. 
O genitor registrou o autor da ação, conforme cópia da 
certidão de nascimento anexa. 
Em 20/06/2013 o casal oficializou a união estável através do 
casamento porém em 2017, os genitores deixaram de possuir 
convivência em comum, sendo que a averbação do divórcio só 
ocorreu em 11/02/2021, conforme certidão acostada as fls.12 
A genitora do menor trabalha atualmente como enfermeira, 
auferindo renda mensal de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), e 
vem, com muita dificuldade, arcando com as despesas de criação 
do menor, tais como moradia, alimentação, vestuário, educação, 
medicamentos, lazer, transporte, natação, plano odontológico, 
curso de idiomas e etc , desde quando o casal deixou de ter 
 
6 
convivência em comum. O réu nunca a procurou para 
estabelecer um acordo em relação a pensão alimentícia 
do menor. Todos os gastos estão comprovados nos 
recibos anexos. 
O Requerido, por sua vez, trabalha como médico, auferindo 
mensalmente, R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). E possui, 
segundo a genitora, muitos bens imóveis. 
A Constituição Federal, no art. 229, traz o seguinte teor “os 
pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os 
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, 
carência ou enfermidade”. 
Neste mesmo raciocínio o art. 1.634, I, do Código Civil impõe 
responsabilidade a ambos os pais, qualquer que seja a situação 
conjugal quanto aos filhos. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.096/90, em seu 
art. 22 traz a seguinte norma “aos pais incumbe o dever de sustento, 
guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no 
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir 
determinações judiciais”. 
O fundamento desta obrigação, conforme ensinamentos da 
Doutrinadora Maria Helena Diniz no seu Livro “Curso de Direito Civil 
Brasileiro, 5. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 467: 
O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da 
preservação da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e o da 
solidariedade familiar, pois vem a ser um dever personalíssimo, 
devido pelo alimentante, em razão do parentesco que o liga ao 
alimentado. 
A ação de alimentos, disciplinada pela Lei 5.478/68 em seu 
art. 2º, diz que o credor de alimentos exporá suas necessidades,7 
provando apenas o parentesco ou então a obrigação de 
alimentar do devedor. Destarte, resta mais que provado 
que o Requerido tem o dever de prestar alimentos não 
podendo se escusar do dever em nenhuma hipótese. 
Portanto, é evidente que o pedido de alimentos formulados 
pelo Requerente é juridicamente possível, uma vez que há relação 
de parentesco entre as partes, e foram expostos os requisitos 
necessários para que seja fixado os alimentos. 
Assim, pede o requerente a fixação dos alimentos definitivos 
no percentual de 30% sobre os rendimentos brutos, abatidos os 
descontos legais, acrescidos de férias e 13º salário, a serem 
depositados na conta bancária (Agência 0145, Conta nº 00453-2, 
Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza). 
III – DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, o autor requer: 
 
1. O deferimento dos benefícios da Justiça Gratuita, conforme 
art. 98 e 99 do CPC/15; 
2. A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do 
art. 319, VII, do CPC/15; 
 
3. A fixação dos alimentos provisórios em caráter de urgência em 
30% sobre os rendimentos brutos, abatidos os descontos legais, 
acrescidos de férias e 13º salário; 
 
8 
4. A intimação do ilustre representante do Ministério 
Público para intervir no feito; 
5. A citação do Requerido, acima descrito, para que compareça em 
audiência designada por V. Excelência, sob pena de confissão 
quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo legal 
sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do 
art. 344 do CPC/15; 
6. Expedição de oficio a cartórios de registro de imóveis, ao Hospital 
Geral de Campos e a Receita Federal para apuração de 
informações sobre rendimentos do alimentante e imóveis em seu 
nome. 
7. Descontos dos alimentos diretamente na folha de pagamento, 
com expedição de oficio ao empregador para providenciar a 
destinação do valor para deposito na conta bancária informada 
8. Seja condenado o requerido ao pagamento das custas 
processuais e honorários advocatícios, nos moldes do 
art. 546 do CPC/15; 
9. A procedência do pedido, condenando o requerido ao pagamento 
dos alimentos definitivos no valor de 30% sobre os rendimentos 
brutos, abatidos os descontos legais, acrescidos de férias e 13º 
salário; 
10. A fixação do pagamento de alimentos no valor de 200% do 
salário mínimo, a ser depositado até o 5º dia útil de cada mês na 
 
9 
Agência 0145, Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome 
de Maria da Silva Souza,em caso do requerido 
desenvolver atividade laboral sem vínculo empregatício ou 
na qualidade de autônomo. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, em 
especial a testemunhal, documental, depoimento pessoal do 
requerido, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da 
justiça. 
 Atribui-se à causa o valor de R$ 162.000,00 (Cento e sessenta 
e dois mil reais). 
Nestes termos, 
Pede-se e espera deferimento; 
 Itaperuna, 22 de março de 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
Katia Andréia de Freitas Souza 
OAB/RJ nº 455472 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 PROCURAÇÃO 
 
Outorgante: JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, 
nascido em 20/06/2012, inscrito no CPF nº 009.007.005-04 
neste ato representado pela sua genitora, MARIA DA SILVA 
SOUZA, brasileira, casada, enfermeira, portadora do 
documento de identidade nº 25252525-5, inscrita no CPF 
sob o nº 005.005.005-01, endereço eletrônico 
marasilza@111.com , residente e domiciliada na Avenida 
Porto do Céu, nº145, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, 
Estado do Rio de Janeiro, CEP.:28.300-000; 
Outorgados: KATIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA, brasileira, casada, 
advogada, inscrita na OAB/RJ sob o nº. 455.472, com 
endereço eletrônico katiafreitas@111.com,com escritório na 
rua Lopes da Costa, nº320, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, 
onde receberá intimações de costume. 
Poderes: Para o foro em geral clausula “ad judicia”, em qualquer Juízo 
ou Tribunal, podendo propor e contestar ações, variar e 
desistir delas, interpor recursos, confessar, transferir, firmar 
termos e compromissos, concordar ou discordar de cálculos 
e partilhas, requerer e retirar certidões, transigir, fazer 
acordos, retirar alvarás e recebe-los, retirar mandados de 
pagamento e recebe-los, receber e dar quitações em 
qualquer esfera, praticar todos os demais atos necessários 
ao aludido fim, podendo inclusive, substabelecer no todo ou 
em parte e praticar outros atos agindo juntos ou 
separadamente, tudo para o bom e fiel cumprimento deste 
mandato, especialmente para representar o OUTORGANTE 
na Ação de Alimentos a ser proposta em face de 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
Itaperuna, 01 de março de 2021 
_____________________________ 
MARIA DA SILVA SOUZA 
(Representante do Outorgante) 
mailto:marasilza@111.com
mailto:katiafreitas@111.com
 
11 
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA 
 
 
JUNINHO DA SILVA SOUZA, brasileiro, menor impúbere, nascido em 
20/06/2012, inscrito no CPF nº 009.007.005-04 neste ato representado pela sua 
genitora, MARIA DA SILVA SOUZA, brasileira, casada, enfermeira, portadora 
do documento de identidade nº 25252525-5, inscrita no CPF sob o nº 
005.005.005-01, endereço eletrônico marasilza@111.com, residente e 
domiciliada na Avenida Porto do Céu, nº145, Bairro Centro, Cidade Itaperuna, 
Estado do Rio de Janeiro, CEP.:28.300-000. AFIRMA, através de sua 
representante legal, com fundamento no artigo 98 e seguintes do CPC, que não 
possui condições financeiras para arcar com as despesas inerentes ao presente 
processo, sem prejuízo do seu sustento e de sua família, razão pela qual faz jus 
ao benefício da gratuidade de justiça. Requeiro, ainda, que o benefício abranja 
a todos os atos do processo. 
 
Itaperuna,22 de março de 2021 
 
____________________________________________ 
MARIA DA SILVA SOUZA 
(Representante) 
 
 
 
 
12 
 
 
13 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29.123.000/0001-00 
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 
 
16 
 
Planilha constando as despesas mensais do autor da 
ação e sua representante legal. 
 
 
DESCRIÇÃO VALOR 
CARTÃO DE CRÉDITO ONDE CONSTAM AS DESPESAS 
COM ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, COMBUSTÍVEL, 
FARMÁCIA , LAZER E OUTROS – fls.17 
R$ 5.740,80 
MENSALIDADE ESCOLAR – COLÉGIO CENTRALIZAR fls. 18 R$ 1.200,00 
MENSALIDADE DE ESCOLA DE IDIOMAS – FISK fls. 19 R$ 345,00 
TRANSPORTE ESCOLAR fls. 19 R$ 150,00 
MENSALIDADE AULA DE NATAÇÃO fls. 20 R$ 120,00 
PLANO DE SAÚDE DE JUNINHO DA SILVA SOUZA fls. 21 R$ 232,00 
PLANO DE SAÚDE DE MARIA DA SILVA SOUZA fls.22 R$ 826,00 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE JUNINHO DA SILVA 
SOUZA fls. 23 
R$ 838,40 
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE MARIA DA SILVA 
SOUZA fls. 24 
R$ 4.838,40 
PAGAMENTO DA CUIDADORA INFANTIL – BABÁ fls. 25 R$ 890,00 
GASTO COM CONTA DE LUZ fls. 26 R$ 897,00 
GASTO COM CONTA DE AGUA fls. 27 R$ 287,00 
GASTO COM CONTA DE TELEFONE fls.28 R$ 289,90 
TOTAL DAS DESPESAS R$ 13.653,60 
 
Todas as despesas estão com documentos comprobatórios 
anexados a seguir: 
 
 
 
 
 
17 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO CENTRALIZAR 
CNPJ 000000/00001-3 
RUA CARLOS HENRIQUE,354 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
22 
 
 
23 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
27 
 
28 
 
 
 
 
29 
Estado do Rio de Janeiro 
Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
Fase: Ato Ordinatório Praticado 
Atualizado em 24/03/2021 
Data 24/03/2021 
Descrição Certidão 
Certifico que: 
 
 
(x) há pedido de gratuidade de justiça a 
ser apreciado na fl.11 
 
(x) a certidão de nascimentose 
encontra na fl.13 
 
(x) o valor da causa está correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
Fls. 
Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família 
 
Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA 
Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
___________________________________________________________ 
Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz 
Alexandre Couto Pereira 
Em 27/04/2021 
 
 
Decisão 
 
1.Defiro a gratuidade de justiça à parte autora, nos termos do artigo 98 do CPC. 
2.A certidão de nascimento da parte autora acostada aos autos demonstra que o réu é pai do 
menor, configurando-se prova pré-constituída, sendo, neste momento de análise superficial, 
presumível tanto a obrigação e capacidade do pai de fornecer alimentos quanto a necessidade 
do filho, elementos que serão objeto de produção de prova durante a instrução processual, 
respeitados o contraditório e a ampla defesa, de maneira que se possibilite uma análise de 
mérito final exauriente. 
3.Em cumprimento ao disposto no artigo 4º da Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/1968), fixo os 
alimentos provisórios em 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas 
referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência 
de vínculo empregatício; ou 200% do salário mínimo nacional vigente, no caso de ausência de 
vínculo empregatício. 
Ressalte-se que o valor para a hipótese de pensão com vínculo empregatício não poderá ser 
inferior ao valor da hipótese de pensão sem vínculo empregatício. O pagamento deve ser 
efetuado até o quinto dia do mês subsequente na conta bancária informada pela genitora na 
inicial. 
 
31 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
4.No tocante à designação de audiência de conciliação, algumas considerações devem ser 
feitas. 
Em virtude do alastramento da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Conselho Nacional 
de Justiça e o Tribunal de Justiça baixaram atos no sentido de proibir as atividades presenciais 
nas dependências do Poder Judiciário. Com o decurso do tempo, deliberou-se pelo retorno 
gradual às atividades presenciais e pela abertura das unidades jurisdicionais para o público 
interno e externo com restrições de horário e matéria a ser tratada, e com a possibilidade da 
prática de atos processuais dentro das disposições estabelecidas pelo Ato Executivo nº 
104/2020/TJ-RJ. Destaca-se que continuamos sob a declaração pública de pandemia pela 
Organização Mundial da Saúde OMS e sob a vigência da Lei nº 13.979/2020, que dispõe sobre 
as medidas para enfrentamento da emergência pública, e do Decreto no. 47.428, de 
29/12/2020 do Poder Executivo, que prorrogou o prazo do estado de calamidade pública, 
reconhecido pela Lei Estadual no. 8.794, de 17/04/2020. 
 
É importante pontuar que eventual designação de audiência conciliatória promoveria a 
movimentação dos jurisdicionados, que, de forma variada, indeterminada e eventual, podem 
compor o grupo de risco para infecção pela Covid-19, como idosos, gestantes e pessoas com 
doenças crônicas, imunossupressoras, respiratórias e outras com morbidades preexistentes 
que possam conduzir a um agravamento do estado geral de saúde a partir do contágio, com 
especial atenção para diabetes, tuberculose, doenças renais, HIV e coinfecções, sem prejuízo 
dos demais que estariam expostos ao contágio. 
Assim, em razão da excepcionalidade da atual situação sanitária que nos é imposta, com a 
finalidade de assegurar condições mínimas para a prestação ininterrupta da atividade 
jurisdicional compatíveis com a preservação da saúde de magistrados, conciliadores, agentes 
públicos, advogados e usuários em geral, a fim de reduzir a locomoção de pessoas nas 
dependências do Poder Judiciário, com a regular continuidade da marcha processual, 
constata-se que encontra plausibilidade no ordenamento jurídico a possibilidade da citação e 
intimação da parte ré, para que a mesma manifeste por escrito sua disposição para a 
realização de acordo. 
Diante do exposto, invocando a regra fundamental processual da solução consensual dos 
conflitos, é certo que o réu poderá oferecer proposta de acordo por petição nos autos, podendo 
inclusive contestar o pedido inicial, caso haja desinteresse pelo consenso, sem a necessidade 
da audiência de conciliação. 
Isso posto, DEIXO DE DESIGNAR audiência de conciliação. CITE-SE e INTIME-SE o réu 
pessoalmente desta decisão, dando-lhe ciência de que deverá se manifestar expressamente 
sobre a possibilidade de realização de acordo com a parte contrária e, não havendo proposta 
de acordo, deverá contestar o pedido autoral no prazo de quinze dias a contar da data da 
juntada aos autos do resultado do mandado, na forma do artigo 231, inciso II, do Código de 
Processo Civil. 
5.Oficie-se à fonte pagadora do devedor indicada na petição inicial, para proceder ao desconto 
mensal do valor dos alimentos provisórios em folha de pagamento do alimentante, bem como 
prestar informações a respeito do valor do salário ou dos vencimentos do devedor no prazo de 
30 dias, sob as penas previstas no art. 22 da Lei nº 5.478/68. 
 
 
32 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
6.Oficie-se aos cartórios de registro de imóveis para apuração de informações sobre imóveis 
em nome do alimentante. 
7.Dê-se ciência ao Ministério Público. 
 
 
 
Itaperuna, 27/04/2021. 
 
 
Alexandre Couto Pereira - Juiz em Exercício 
 
 
___________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
Autos recebidos do MM. Dr. Juiz 
Alexandre Couto Pereira 
Em ____/____/_____ 
 
Código de Autenticação: XXXI.4XXX.XX2P.XWV2 
Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 28/04/2021 19:09:00 
 Local: TJ-RJ 
mailto:itpvfij@tjrj.jus.br
 
34 
Estado do Rio de Janeiro 
Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
Fase: Ato Ordinatório Praticado 
Atualizado em 29/04/2021 
Data 29/04/2021 
Descrição Certidão 
Certifico que: 
Cumpra-se a decisão de fls.30/33. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
850/2021/MND 
 
MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO 
 
Processo Nº: 0000000-00.2021.8.19.0026 
Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família 
Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA 
Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
Pessoa a ser intimada: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
Endereço: Rua Maranha Neves Local deResidência, nº 72 - CEP: 28035-000 – Campos dos 
Goytacazes - RJ 
 
 
FINALIDADE: Proceder a CITAÇÃO E INTIMAÇÃO do Réu, no endereço acima 
mencionado, para que tome conhecimento da ação, conforme cópia da inicial que segue 
em anexo, dando-se ciência de que os alimentos provisórios são devidos desde a 
intimação, nos termos da decisão anexa e de que deverá se manifestar expressamente 
sobre a possibilidade de realização de acordo com a parte contrária e, não havendo 
proposta de acordo, deverá contestar o pedido autoral no prazo de quinze dias a contar 
da data da juntada aos autos do resultado do mandado, na forma do artigo 231, inciso 
II, do Código de Processo Civil, intimando-o da Decisão anexa. SEGUE SENHA 
ELETRONICA PARA CONSULTA. Site para consulta: www.tjrj.jus.br 
 
OBS.: DEVERÁ O OJA EXIGIR QUE O RÉU INFORME SEU NUMERO DE 
REGISTRO NO CPF. 
 
CANAIS DE ATENDIMENTO DA DEFENSORIA PÚBLICA: 
DISQUE DP: 129 
Site para consulta: www.coronavirus.rj.def.br 
 
 
O M.M. Dr.(a) Alexandre Couto Pereira do Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e 
do Idoso da Itaperuna, usando das atribuições que por lei lhe são conferidas, M A N D A Oficial 
de Justiça designado que INTIME a pessoa acima referida, no endereço indicado ou em qualquer 
outro em que possa ser localizada, para a finalidade mencionada. O presente mandado é dado 
e passado nesta Cidade de(o) Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, em 03 de maio de 2021. Eu, 
_____________ Juliana Aparecida Pereira - Analista Judiciário - Matr. 01/5760, o digitei e eu 
______________ Mariana Carvalho Dias - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/2333, o 
subscrevo. 
 
Itaperuna, 03 de maio de 2021. 
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http://www.coronavirus.rj.def.br/
 
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MARIANA CARVALHO DIAS:2333 Assinado em 03/05/2021 13:24:17 
 Local: TJ-RJ 
 
 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
Mariana Carvalho Dias - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/2333 
Assino por ordem do MM. Juiz de Direito 
 
Código de Autenticação: 4XXX.XXXA.X8XB.X7X2 
Este código pode ser verificado em: (www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos) 
 
Resultado do mandado: 
 
( )POSITIVO ( ) NEGATIVO DEFINITIVO ( ) PARCIALMENTE CUMPRIDO 
( )NEGATIVO ( ) DEVOLVIDO IRREGULAR ( ) NEGATIVO INÉRCIA DA PARTE 
( )CANCELADO ( ) CUMPRIDO COM RESSALVA ( ) NEGATIVO PERICULOSIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro 
Central de Mandados de Campos dos Goytacazes 
 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Processo: 0000494-44.2021.8.19.0026 
Mandado: 20210075000 
Documento: 850/2021/MND 
 
 
CERTIDÃO POSITIVA - PESSOA FÍSICA 
 
 
Certifico que, em cumprimento ao mandado anexo, nesta data, às 16:39, 
compareci ao seguinte endereço: Rua Maranha Neves Local de Residência, nº 
72 - CEP: 28035-000 – Campos dos Goytacazes - RJ, onde, preenchidas as 
formalidades legais, citei e intimei o(a) Sr.(a) Francisco Cavalheiro de Souza, 
que a contrafé e não exarou o ciente. Dou fé. 
 
 
Observação: 
 
 
ELE RESIDE NO ENDEREÇO DO MANDADO 
 
 
CPF 003.003.003-02 
 
 
 
 
Campos dos Goytacazes, 07 de maio de 2021. 
 
 
 
Ana de Souza - 01/200000 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA DE SOUZA:200000 Assinado em 07/05/2021 13:23:00 
 Local: TJ-RJ 
 
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38 
AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA 
DE ITAPERUNA. 
 
Processo nº: 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
 
 
 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, já qualificado nos 
autos da Ação de Alimentos movida por JUNINHO DA SILVA 
SOUZA, representado por sua genitora MARIA DA SILVA SOUZA, 
vem, por intermédio vem, respeitosamente, perante V. Exa., por seus 
procuradores infra-assinado ( procuração com poderes especiais em 
anexo) , com endereço eletrônico garciaeduarteassociados@111.com 
e endereço profissional na rua Carlos Garcia Dias , nº680, Bairro 
Centro, Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, 
onde receberá intimações de costume, ajuizar: 
CONTESTAÇÃO 
 
com fundamento nos arts. 227 e 229, da CF/88, art. 1.566, inciso IV, 
art. 1.694 e seguintes, do Código Civil e na Lei nº 5.478/68, aduzindo 
para tanto as razões de fato e de Direito que passa a expor: 
 
mailto:garciaeduarteassociados@111.com
 
39 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: 
Inicialmente, a parte ré roga pela concessão da 
gratuidade da justiça, uma vez que, devido ao comprometimento de 
sua renda mensal encontra-se com pouca condição financeira, devendo 
ser considerado pobre na forma da lei e assim o sendo, faz jus, nos 
termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 
1988, bem como com fulcro no art. 98 e seguintes do CPC/15, a 
gratuidade da justiça, tudo conforme declaração de hipossuficiência 
anexa. 
 
II – DOS FATOS: 
Trata-se de Ação de Alimentos movida com base na 
solidariedade econômica decorrente do poder familiar existente entre 
a parte Autora e a parte Ré. 
Segundo narra a inicial, para a adequada manutenção da parte 
Autora, seria necessário o pagamento de verba alimentar mensal no 
valor equivalente à 30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos 
do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, 
FGTS, férias e verbas rescisórias. Hipótese aplicável à situação em 
que o réu se encontra exercendo atividade laborativa com vínculo 
empregatício. 
Caso o réu NÃO possua vínculo empregatício, a autora pleiteia 
a fixação da pensão alimentícia em 200% (duzentos por cento) sendo 
calculado sobre o valor do salário mínimo. 
 
40 
Ocorre que, em virtude de tristes acontecimentos 
na vida do réu sua situação econômica atual, encontra-se 
comprometida de forma a realizar o pagamento de alimentos no 
patamar requerido. 
A parte ré realizou em 2020 tratamento de saúde para manter-se 
livre do vício do álcool e em jogos de azar, conforme comprova doc. 
as fls.51. Este tratamento mantém-se com o uso de remédios caros e 
frequentes sessões com psicólogos especializados. Em razão de seu 
vício em jogos, o réu vendeu todos os imóveis que possuía para arcar 
com dívidas contraídas em virtude desta prática, arcar com 
empréstimos de altos juros adquiridos com agiotas, além de custear a 
internação numa clínica especializada para seu tratamento, de forma 
que pudesse voltar a exercer suas atividades da vida civil e profissional 
de forma digna e segura. Atualmente, o réu não possui nenhum imóvel 
em seu nome conforme demonstrado na Certidão Negativa de Bens 
Imóveis as fls.53 
Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade 
laborativa como médico, o réu custeia os gastos com suas despesas 
elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de condomínio, 
alimentação, vestuário, lazer, participação em congressos para sua 
melhor qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão 
alimentícia de 20% ao seu outro filho menor. Todos os comprovantes 
dos gastos e empréstimos contraídos estão demonstrados em planilha 
e recibos acostados as fls.54/63, além da certidão de nascimento de 
seu outro filho as fls.52 
 
41 
Com efeito, verifica-se restar a parte Requerida 
economicamente impossibilitada de realizar o pagamento 
dos valores requeridosna inicial, mostrando-se imperiosa a sua 
fixação em patamar mais reduzido, adequando-os à realidade 
econômica da parte Alimentante (art.1694, §1º do CC/02). 
 
Ante o exposto, requer seja a verba alimentar fixada no patamar 
de: 
• 20% (Vinte por cento) dos ganhos líquidos da parte Ré. A 
serem pagos mediante desconto em folha de pagamento e 
depósito na conta corrente de titularidade da parte Autora. 
• Na hipótese em que o réu não possua vínculo empregatício: 
100% (Cem por cento) do salário mínimo. A ser pago até o 
dia 5º dia útil de cada mês, mediante depósito em conta de 
titularidade da representante legal do autor. 
 
III – DO DIREITO: 
a) Da obrigação alimentar como manifestação econômica da 
solidariedade familiar. Da fixação do quantum alimentar. Da 
necessidade da parte Autora e da possibilidade da parte Ré – 
art.1694 e ss do CC/02: 
Como se sabe o dever alimentar constitui manifestação 
econômica da solidariedade existente entre os membros de uma 
mesma unidade familiar. 
 
42 
Conforme destaca a abalizada doutrina do professor 
Arnoldo Wald, in verbis: 
“A obrigação alimentar caracteriza a família 
moderna. É uma manifestação de solidariedade 
econômica que existe em vida entre os membros de 
um mesmo grupo, substituindo a solidariedade 
política de outrora. É um dever mútuo e recíproco 
entre parentes, cônjuges ou companheiros, em virtude 
do qual os que têm recursos devem fornecer 
alimentos, em natureza ou dinheiro, para o sustento 
daqueles ‘que necessitem para viver de modo 
compatível com a sua condição social, inclusive para 
atender as necessidades de sua educação’ (art.1694, 
caput do CC de 2002). (...) 
A finalidade dos alimentos é assegurar o direito à 
vida, substituindo a assistência da família à 
solidariedade social que une os membros da 
coletividade, pois as pessoas necessitadas, que não 
tenham parentes, ficam em tese, sustentadas pelo 
Estado. O primeiro círculo de solidariedade é o da 
família, e, somente na sua falta, é que o necessitado 
deve recorrer ao Estado.” (WALD, Arnoldo. O Novo 
Direito de Família, Rio de Janeiro: Saraiva, 2004, 
p.43) 
Os elementos básicos para que surja o direito aos alimentos são 
o vínculo de parentesco, casamento ou união estável, a possibilidade 
econômica do alimentante e a necessidade do alimentando. O critério 
de fixação do quantum dos alimentos depende, pois, da conciliação 
desses dois últimos elementos. 
 
43 
Segundo leciona o professor Arnoldo Wald, “os 
alimentos são determinados pelo juiz, atendendo à situação 
econômica do alimentante e às necessidades essenciais de moradia, 
alimentação, vestuário, tratamento de saúde e, se for menor, educação 
do alimentando” (WALD, Arnoldo. O Novo Direito de Família, Rio 
de Janeiro: Saraiva, 2004, p.41). 
No presente feito, não obstante o vínculo parental existente entre 
as partes, não se encontra a parte Ré em condições econômicas de 
realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido na inicial. 
Segundo atestam os documentos juntados aos autos, a parte Ré 
apresenta reduzida capacidade econômica, não possuindo condições 
financeiras de adimplir parcela alimentar mensal em valor tão elevado. 
Com efeito, objetivando respeitar os ditames do art. 1694, §1º do 
CC/02, torna-se necessária a fixação de verba alimentar em valor 
condizente com a capacidade econômica da parte Ré, possibilitando-
lhe adimplir com as parcelas pactuadas sem prejudicar sua 
sobrevivência digna. 
IV - DO PEDIDO: 
Diante do exposto, requer a este MM. Juízo que se digne de: 
a) Deferir a Gratuidade de Justiça, nos termos do art. 98 e ss. Do 
CPC/15; 
b) Julgar parcialmente procedente o pedido inicial, fixando-se a verba 
alimentar, nos termos do art. 11, parágrafo único da Lei 5478/68 c/c 
art. 1694, §1º do CC/02, no valor correspondente à : 20% (Vinte por 
cento) dos ganhos líquidos da parte Ré, a serem pagos mediante 
 
44 
desconto em folha de pagamento e depósito na conta 
corrente de titularidade da parte Autora; ou, na hipótese de 
perda do vínculo empregatício, no valor correspondente à 100% (Cem 
por cento)do salário mínimo, a ser pago até o 5º dia útil de cada mês, 
mediante depósito em conta corrente de titularidade da representante 
legal da parte autora. 
c) A RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO QUE CONCEDEU OS 
ALIMENTOS PROVISÓRIOS PARA QUE SEJAM FIXADOS 
NOS MOLDES AQUI PROPOSTOS. 
 
V – DAS PROVAS: 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente documental, testemunhal, e depoimento pessoal da 
parte Autora. 
Pede deferimento. 
Campos dos Goytacazes, 11 de maio de 2021. 
 
 
 
Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo 
 OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 
 
 
 
45 
 
 
 
 
P R O C U R A Ç Ã O 
 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, casado, 
médico, portador do documento de identidade nº 00022233-3, inscrito 
no CPF sob o nº 003.003.003-02, residente e domiciliado na rua 
Maranha Neves, nº 72, Bairro Centro, Cidade Campos dos 
Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro, pelo presente instrumento 
particular de mandato abaixo assinado, nomeia e constitui como seus 
bastantes procuradores os Advogados; FERNANDO HENRIQUE 
GARCIA DA SILVA, brasileiro, inscrito na OAB/RJ sob o nº 24896 
e ANA CAROLINA DUARTE FIGUEIREDO ALEIXO, inscrito 
na OAB/RJ sob o nº 35276, sócios no escritório GARCIA & 
DUARTE – Advocacia e Consultoria Jurídica, Sociedade de 
Advogados regularmente inscrita na OAB/RJ sob o Registro nº 4.028, 
com escritório estabelecido na Rua Carlos Garcia Dias , nº680, Bairro 
Centro,Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro CEP: 
28035-280, Tel.: (22) 2733 - 2020, e-mail: 
garciaeduarteassociados@111.com , concedendo-lhe os poderes 
inerentes da cláusula “AD JUDICIA ET EXTRA”, para o foro em 
geral e requerer a defesa de seus direitos e interesses em qualquer 
Instância ou Tribunal, bem como a qualquer Órgão Público ou 
mailto:garciaeduarteassociados@111.com
 
46 
Privado, inclusive Delegacias de Polícia, Autarquias, 
Empresas Públicas, e outras Instituições Públicas Municipal, 
Estadual e Federal, podendo ainda, confessar e reconhecer a 
procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre 
qual se funda a ação, receber, dar quitação, requerer e retirar alvará 
dos autos, firmar termos de compromisso de inventariante e declaração 
de hipossuficiência econômica, enfim, promover qualquer medida 
judicial ou extrajudicial que se fizerem necessárias em defesa dos 
direitos preteridos pelo Outorgante, em especial, representá-lo nos 
autos do processo 0000000-00.2021.8.19.0026, em trâmite na Vara 
de Família de Itaperuna, RJ, praticando todos os atos necessários 
para o fiel cumprimento do presente MANDATO, tudo em 
conformidade com o Art. 105 do CPC. 
 
Campos dos Goytacazes, 03 de maio de 2021. 
 
________________________________ 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA 
 
 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, brasileiro, casado, médico, 
portador do documento de identidade nº 00022233-3, inscrito no CPF sob o nº 
003.003.003-02, residente e domiciliado na rua Maranha Neves, nº 72, Bairro 
Centro, Cidade Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro. AFIRMO 
com fundamento no artigo 98 e seguintes do CPC, que não possuo condições 
financeiras para arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem 
prejuízo do meu sustento e de minha família, razão pela qual faz jus ao benefício 
da gratuidade de justiça. Requeiro, ainda, que o benefício abranja a todos os 
atos do processo. 
 
Campos dos Goytacazes,09 de maio de 2021 
 
____________________________________________ 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
CENTRO DE REABILITAÇÃO DE CAMPOSDOS 
GOYTACAZES – RJ 
 
ATESTADO 
 
 
Atesto para os devidos fins que o Sr. Francisco Cavalheiro de Souza, 
portador da C.I 00022233-3 e do CPF nº 003.003.003-02 esteve internado 
nesta clínica pelo período de 09 (nove) meses compreendidos entre março 
a dezembro de 2020 a fim de tratar de Transtornos mentais e 
comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome de dependência – 
CID: F10.2 e vício patológico em jogos – CID: F63.0 
 
Campos dos Goytacazes, 10 de maio de 2021 
 
 
 
 
Júlio Amorim 
CRM-RJ 52-2344 
Psiquiatra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
53 
 
 
54 
Planilha constando as despesas mensais, pagamento de 
dívidas e tratamento de saúde. 
 
 
DESCRIÇÃO VALOR 
CARTÃO DE CRÉDITO ONDE CONSTAM AS DESPESAS 
COM ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, COMBUSTÍVEL, 
FARMÁCIA , LAZER E OUTROS – fls.55 
R$ 11.577,00 
TRATAMENTO EM CLÍNICA DE REABILITAÇÃO fls. 56 R$ 350.000,00 
PAGAMENTO DE EMPRESTIMOS COM AGIOTAS - fls. 57 R$ 520.000,00 
ALUGUEL fls. 58 R$ 4.500,00 
TAXA DE CONDOMÍNIO fls. 59 R$ 1.500,00 
PLANO DE SAÚDE fls. 60 R$ 574,00 
GASTO COM CONTA DE LUZ fls. 61 R$ 1.096,00 
GASTO COM CONTA DE AGUA fls. 62 R$ 300,75 
GASTO COM CONTA DE TELEFONE fls.63 R$ 350,00 
TOTAL DAS DESPESAS R$ 89.897,75 
 
Todas as despesas estão com documentos comprobatórios 
anexados a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
58 
 
 
 
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
 
63 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 
65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
Fls. 
Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família 
 
Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA 
Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
___________________________________________________________ 
Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz 
Alexandre Couto Pereira 
Em 12/05/2021 
 
 
 
 
 
Despacho 
 
Considerando que há requerimento de gratuidade de justiça a fls. 39 ainda não apreciado, 
DEFIRO a gratuidade de justiça ao réu. 
Mantenho a decisão proferida as fls. 30/33 em relação a fixação dos alimentos provisórios. 
 
Itaperuna, 12/05/2021. 
 
 
Alexandre Couto Pereira - Juiz em Exercício 
 
 
___________________________________________________________ 
 
67 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
Autos recebidos do MM. Dr. Juiz 
Alexandre Couto Pereira 
Em ____/____/_____ 
 
Código de Autenticação: XXXI.4XXX.XX2P.XWV2 
Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 12/05/2021 19:09:00 
 Local: TJ-RJ 
mailto:itpvfij@tjrj.jus.br
 
68 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO/RJ 
 
 
 
Processo nº: 000000-00.2021.8.19.0026 
Origem: Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da Comarca de 
Itaperuna-RJ 
 
 
 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, já qualificado nos 
autos do processo em epígrafe, em curso na Vara de Família, Infância, 
Juventude e do Idoso da Comarca de Itaperuna-RJ, não se conformando, data 
venia, com a douta decisão interlocutória proferida, vêm a presença de V.Exa., 
pelos advogados infra-assinados, interpor o presente recurso de 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO, 
 
requerendo a juntada de suas inclusas Razões, prosseguindo-se na forma da 
Lei. 
 
Nestes termos, pede o recebimento e o conhecimento recursal. 
Itaperuna, 09 de maio de 2021. 
 
 
 
 
 
 
 Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo 
 OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 
 
 
69 
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
 
Processo: 000000-00.2021.8.19.0026 
Agravante: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
Agravada: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Juízo de origem: Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da 
Comarca de Itaperuna-RJ 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
COLENDA CÂMARA, 
 
Excelentíssimo Senhor Desembargador Relator 
 
 
 
 
1. PRELIMINARMENTE: 
 
a) Do preparo 
O Agravante deixa de efetuar o preparo, uma vez que já foi 
concedido o benefício da Justiça Gratuita pelo Juízo de 1º grau, 
conforme fls.66/67 
 
b) Do cabimento ao agravo por instrumento: 
 
O CPC de 2015 trouxe em seu bojo rol de possibilidades de 
impetração de Agravo por Instrumento. No caso em análise, certo é que existe 
previsão do Código quanto à interposição do presente recurso. 
 
 
70 
c) Da tempestividade do recurso: 
 
A parte Agravante tomou ciência da r. Decisão 
objurgada da data da intimação de fl. 37, através do Oficial de Justiça. 
 
Assim, o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso 
termina no dia 28/05/2021, desta forma mostram-se tempestivas as presentes 
razões do agravo. 
 
d) Da dispensa de peças processuais. Processo Eletrônico. Inteligência 
do art. 1.017, §5ºdo Código de Processo Civil: 
 
O CPC de 2015 prevê nos incisos II e III do art. 1.017 a 
obrigatoriedade de anexar determinadas peças do processo original para instruir 
o Agravo por Instrumento. 
 
Ocorre, contudo, que se trata o presente de processo 
eletrônico, havendo dispensa consoante no próprio art. 1.017, §5º dos 
mencionados documentos, permanecendo facultativo apenas a anexação de 
outros documentos reputados úteis pela Agravante. 
 
Assim, em que pese não haver as cópias das peças requeridas, 
certo é que estão atendidos os requisitos legais exigidos pelo art. 1.016 e seus 
incisos da Lei Processual. 
 
e) Do nome e o endereço completo dos advogados/defensores 
públicos constantes do processo: 
 
O Agravante é assistido pelos advogados FERNANDO 
HENRIQUE GARCIA DA SILVA, brasileiro, inscrito na OAB/RJ sob o nº 24896 
e ANA CAROLINA DUARTE FIGUEIREDO ALEIXO, inscrito na OAB/RJ sob o 
nº 35276, sócios no escritório GARCIA & DUARTE – Advocacia e Consultoria 
Jurídica, Sociedade de Advogados regularmente inscrita na OAB/RJ sob o 
Registro nº 4.028, com escritório estabelecido na Rua Carlos Garcia Dias , nº680, 
Bairro Centro,Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro CEP: 28035-
280, Tel.: (22) 2733 - 2020, e-mail: garciaeduarteassociados@111.com 
 
mailto:garciaeduarteassociados@111.com
 
71 
O Agravado é assistido pela advogada KATIA 
ANDREIA DE FREITAS SOUZA, brasileira, casada, advogada, 
inscrita na OAB/RJ sob o nº. 455.472, com endereço eletrônico 
katiafreitas@111.com, com escritório na rua Lopes da Costa, nº320, 
Bairro Centro, Cidade Itaperuna, 
As intimações são eletrônicas, por meio dos nobres Advogados 
em atuação nesta Colenda Câmara, sendo os autos eletrônicos. 
 
2. DA EXPOSIÇÃO DOS FATOS: 
 
Trata-se de ação de alimentos com pedido de tutela de 
urgência ajuizado pelo Agravado em desfavor do agravante. 
 
O pedido in limine foi deferido pelo Juízo de primeiro grau, 
definindo os alimentos provisórios em 30%(trinta por cento), conforme trecho da 
decisão de fls. 33 e seguintes, conforme trecho transcrito: 
 
(...)Em cumprimento ao disposto no artigo 4º da Lei de 
Alimentos (Lei nº 5.478/1968), fixo os alimentos provisórios 
em 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas 
as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto 
em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo 
empregatício; ou 200% do salário mínimo nacional vigente, 
no caso de ausência de vínculo empregatício. 
 
Conforme se verifica, os alimentos provisórios foram fixados em 
30%. Todavia, a decisão do Juízo a quo não merece prosperar, posto que o 
agravante não possui condições de arcar com tal condenação e demais gastos 
com sua renda. 
 
 
3. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO: 
 
A fixação de alimentos segue o trinômio possibilidade-
necessidade-razoabilidade, de modo que conforme irá se expor, a decisão ora 
agravada não merece subsistir, eis que se caracteriza em verdadeiro error in 
judicando. 
mailto:katiafreitas@111.com
 
72 
 
Não se pode negar o direito aos alimentos ao filho 
menor de idade, dependente economicamente de seus pais. Ocorre 
que, em virtude de tristes acontecimentos na vida do réu sua situação econômica 
atual, encontra-se comprometida de forma a realizar o pagamento de alimentos 
no patamar requerido. 
A parte ré encontra-se em tratamento de saúde para manter-se 
livre do vício do álcool e em jogos de azar. Este tratamento envolve o uso de 
remédios caros e frequentes sessões com psicólogos especializados. Em razão 
de seu vício em jogos, o réu vendeu todos os imóveis que possuía para arcar 
com dívidas contraídas em virtude desta prática, arcar com empréstimos de altos 
juros adquiridos com agiotas, além de custear a internação numa clínica 
especializada para seu tratamento, de forma que pudesse exercer suas 
atividades da vida civil e profissional de forma digna e segura. 
Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade 
laborativa como médico, o réu custeia os gastos com suas despesas 
elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de condomínio, 
alimentação, vestuário, lazer, participação em congressos para sua melhor 
qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao 
seu outro filho menor. 
 
Nesse sentido, por ter intenção de prestar a assistência 
devida à JUNINHO, mas também não deixar de prestar assistência para o outro 
filho, deseja que a verba alimentar venha ser fixada em definitivo no percentual 
20% (Vinte por cento) dos seus ganhos líquidos. A serem pagos mediante 
desconto em folha de pagamento e depósito na conta corrente de titularidade da 
parte Autora. 
Na hipótese do Agravante ficar sem vínculo empregatício ou 
tornar-se autônomo, fixar em 100% (Cem por cento) do salário mínimo. A ser 
pago até o dia 10 do mês subsequente ao vencido, mediante depósito em conta 
de titularidade da representante legal do autor. 
Assim sendo, tem o presente recurso o escopo de reformar a 
decisão proferida as fls.33 e seguintes, requerendo liminarmente a concessão 
do efeito suspensivo ativo para determinar a redução dos alimentos provisórios 
conforme solicitado na peça de bloqueio, oficiando-se o juízo de primeiro grau e, 
ao final do julgamento do presente recurso de agravo por instrumento, o 
provimento integral com a confirmação da redução da tutela deferida in limine. 
 
 
73 
Conforme se infere da narrativa, bem como dos 
documentos que instruem o presente recurso, há provas nos autos 
de que o valor fixado em 30% (trinta por cento) resultaria em prejuízo 
econômico para o agravante, eis que o mesmo possui outro filho e 
passa por sérias dificuldades econômicas em virtude de seu estado de saúde, e 
o dever de prestar alimentos deve conviver com a manutenção das necessidades 
básicas do alimentante, as quais restariam inviabilizadas se mantido o patamar 
ora recorrido. 
 
Diante de todos os fatos, ficou demonstrado que o trinômio 
razoabilidade, possibilidade e necessidade não foi atendido pela decisão 
proferida pelo juízo a quo,devendo o percentual ser reduzido nos termos supra 
requeridos. 
 
 
4. DA CONCLUSÃO: 
 
Ao Ilustre Relator: 
 
Requer a Vossa Excelência o conhecimento do presente recurso 
de Agravo por Instrumento, afastando o Enunciado 59 da Súmula do TJRJ, para 
conhecer da matéria dando provimento ao recurso para suspender os efeitos da 
r. decisão recorrida, conferindo efeito suspensivo ativo, determinando a redução 
do percentual da obrigação alimentar para o patamar de 20% (vinte por cento) 
do salário mínimo na hipótese de existência de vínculo trabalhista e de 100% 
(cem por cento) do salário mínimo, caso inexista vínculo empregatício. 
 
Ao Colegiado: 
 
Requer a Vossas Excelências o conhecimento e provimento do 
presente Agravo para julgar consolidada a antecipação da tutela recursal, por 
ser medida de Justiça. E caso não haja o deferimento do efeito suspensivo ativo, 
requer ao Colegiado que se conceda, no mérito, o melhor interesse do 
alimentante, ponderado com o da criança envolvida, concedendo a redução do 
percentual da obrigação alimentar nos moldes requeridos no presente recurso. 
 
 
 
 
 
74 
5. DO PREQUESTIONAMENTO ÀS VIAS EXCEPCIONAIS: 
 
Por fim, requer, caso seja indeferido o pedido liminar 
ou mesmo o pedido conclusivo pelo Colegiado, nos exatos termos do recurso de 
agravo, como forma de PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO, que Vossas 
Excelências se manifestem acerca da violação dos dispositivos constitucionais 
pertinentes ao caso em tela, visando o manejo futuro e eventual de recursos 
excepcionais, particularmente, artigo 1º, inciso III; artigo 227, todos da Carta 
Magna de 1988; assim como, artigo 22, da Lei 8.069/1990 e artigo 1.694 do CC 
de 2002. 
 
 
Nestes termos, Pede o conhecimento e provimento recursal. 
 
Itaperuna, 11 de maio de 2021. 
 
 
 
 
 Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo 
 OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
75 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
 
Processo : 000000-00.2021.8.19.0026 Distribuído em: 22/03/2021 
Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família 
Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA 
Advogada: KÁTIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA (OAB/RJ nº 455472) 
Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
Advogados: FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA SILVA (OAB/RJ nº 24896) 
 ANA CAROLINA DUARTE FIGUEIREDO ALEIXO (OAB/RJ nº 35276) 
 
 
Audiência : Instrução e Julgamento 
Data da Audiência : 17/05/2021 
 
ASSENTADA 
 
Aos dezessete dias do mês de maio do ano de dois mil e vinte e um, nesta cidade e 
Comarca de Itaperuna, Estado do Rio de Janeiro, onde presente se achava o Exmo. 
Juiz de Direito, Dr.ALEXANDRE COUTO PEREIRA e o membro do Ministério Público 
Dr. CARLOS RUBENS OLIVEIRA. Iniciados os trabalhos e feito o pregão, compareceu 
a representante legal acompanhada da advogada KÁTIA ANDREIA DE FREITAS 
SOUZA e o réu acompanhado do advogado FERNANDO HENRIQUE GARCIA DA 
SILVA. 
Aberta a audiência, pela Representante Legal do requerente foi dito que o genitor tem 
mais um filho com outra pessoa, o qual ele já paga alimentos, porém para seu filho, 
desde a separação, o réu não vem ajudando com nada e que ela arca com todas as 
despesas sozinhas. Pelo réu foi dito que o mesmo apesar de não estar pagando 
alimentos mensalmente, sempre que a representante legal do requerente entra em 
contato por telefone e pede uma ajuda, ele deposita em sua conta o valor que pode, 
mailto:itpvfij@tjrj.jus.br
 
76 
umavez que, vem atravessando momento econômico muito desfavorável 
devido aos problemas ligados a sua saúde. 
Por fim, a advogada do requerente se reporta à inicial e demais 
manifestações dos autos, reiterando o pedido de procedência dos pedidos 
e solicitando apresentação das alegações finais. Pelo advogado que assiste o réu foi 
dito: que se reporta à contestação e pugna pela redução do percentual fixado 
liminarmente. Pelo Ministério Público foi dito: que requer vista para parecer final. Pelo 
MM. Dr. Juiz foi proferido o seguinte DESPACHO: Ao Ministério Público para parecer 
final. Nada mais havendo, foi encerrada a audiência às 15:15h. Eu, Leticia de Moraes, 
T.A.J., matrícula 01/1234, lavrei o presente termo 
 
 
 
 
Alexandre Couto Pereira 
Juiz em Exercício 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA 
Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
 
Código de Autenticação: <2019064057|1254|1> 
Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 18/05/2021 18:09:00 
 Local: TJ-RJ 
mailto:itpvfij@tjrj.jus.br
 
78 
AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA, INFÂNCIA, 
JUVENTUDE E DO IDOSO DA COMARCA DE 
ITAPERUNA 
 
 
 
Processo nº : 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
 
 
 
JUNINHO DA SILVA SOUZA, representado por 
sua genitora MARIA DA SILVA SOUZA, já devidamente qualificado 
nos autos do processo em epígrafe, vem, por sua advogada infra-
assinado, em atenção ao despacho supra, PROMOVER 
ALEGAÇÕES FINAIS, aduzindo o seguinte: 
 
Trata-se de Ação de Alimentos movida com base 
na solidariedade econômica decorrente do poder familiar existente 
entre a parte Autora e a parte Ré. 
Para adequada manutenção da parte Autora, seria 
necessário o pagamento de verba alimentar mensal no valor 
equivalente à 30% (trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, 
deduzidos apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, 
férias e verbas rescisórias. Hipótese aplicável à situação em que o 
réu se encontra exercendo atividade laborativa com vínculo 
empregatício. 
Caso o réu NÃO possua vínculo empregatício, o 
autor pleiteia a fixação da pensão alimentícia em 200% (duzentos por 
cento) sendo calculado sobre o valor do salário mínimo. 
 
Em sede de contestação e demais manifestações, 
o réu se opôs ao pedido autoral, afirmando que sua situação 
econômica atual, encontra-se comprometida de forma que não 
consegue realizar o pagamento de alimentos no patamar requerido. 
A parte ré alegou estar em tratamento de saúde 
para manter-se livre do vício do álcool e em jogos de azar e que estes 
vícios o deixaram com poucos recursos. 
Com a remuneração percebida em virtude de sua 
atividade laborativa como médico, o réu custeia os gastos com suas 
despesas elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa de 
condomínio, alimentação, vestuário, lazer, participação em 
 
79 
congressos para sua melhor qualificação, cartão de crédito 
e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao seu outro 
filho menor. 
 
Da instrução probatória, percebe-se que o 
afirmado pelo genitor quanto a atual condição econômica resta 
verdadeira e diante disso o autor através de sua representante legal 
reconsidera, parcialmente, o pedido inicial, aceitando a redução do 
percentual para 20% (vinte por cento) entretanto, que seja calculado 
de seus rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos 
obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias. 
Todavia, os demais pedidos são ratificados pela parte autora 
CONCLUSÃO: 
 
Conclui-se, pois, deve o pedido ser julgado 
procedente, acolhendo-se o pedido de modificação do percentual 
para o patamar de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos 
descontados diretamente na folha de pagamento, deduzidos apenas 
os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas 
rescisórias, a serem depositados na conta bancária (Agência 0145, 
Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza). 
A fixação do pagamento de alimentos no valor de 200% do salário 
mínimo em caso do requerido desenvolver atividade laboral sem 
vínculo empregatício ou na qualidade de autônomo 
 
Pede deferimento. 
 
Itaperuna, 20 de maio de 2021. 
 
 
 
KÁTIA ANDREIA DE FREITAS SOUZA 
OAB/RJ nº 455472 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA, INFÂNCIA, 
JUVENTUDE E DO IDOSO DA COMARCA DE 
ITAPERUNA 
 
 
 
Processo nº : 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
 
 
 
FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, já 
devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, 
por seus advogados infra-assinado, em atenção ao despacho supra, 
PROMOVER ALEGAÇÕES FINAIS, aduzindo o seguinte: 
 
Trata-se de Ação de Alimentos movida com base 
na solidariedade econômica decorrente do poder familiar existente 
entre a parte Autora e a parte Ré. 
Para adequada manutenção da parte Autora, foi 
alegado que seria necessário o pagamento de verba alimentar 
mensal no valor equivalente à 30% (trinta por cento) dos rendimentos 
brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e 
incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias. Hipótese aplicável à 
situação em que o réu se encontra exercendo atividade laborativa 
com vínculo empregatício. 
Em caso do réu NÃO possuir vínculo empregatício, 
o autor pleiteou a fixação da pensão alimentícia em 200% (duzentos 
por cento) sendo calculado sobre o valor do salário mínimo. 
 
Conforme o que foi demonstrado em sede de 
contestação e demais manifestações, o réu se opôs ao pedido 
autoral, porque sua situação econômica atual, encontra-se 
comprometida de forma que não consegue realizar o pagamento de 
alimentos no patamar requerido. 
O réu juntou documentos que comprovam a 
veracidade de sua situação de saúde, a qual compromete sua 
capacidade econômica. E também demonstrou que paga alimentos 
a seu outro filho, fruto de outro relacionamento. Por isso, requereu a 
fixação da verba alimentar em patamar inferior ao pedido na inicial, 
sendo 20% (Vinte por cento) dos seus ganhos líquidos. A serem 
pagos mediante desconto em folha de pagamento e depósito na 
 
81 
conta corrente de titularidade da parte Autora. E na 
hipótese de se encontrar sem vínculo empregatício, que 
seja fixado em 100% (Cem por cento) do salário mínimo. A 
ser pago até o dia 10 do mês subsequente ao vencido, 
mediante depósito em conta de titularidade da representante legal do 
autor 
 
CONCLUSÃO: 
 
Conclui-se, pois, deve o pedido ser julgado 
procedente, acolhendo-se o pedido de redução do percentual pedido 
na inicial para o patamar de 20% (vinte por cento) dos rendimentos 
líquidos, a serem depositados na conta bancária (Agência 0145, 
Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza). 
A fixação do pagamento de alimentos no valor de 100% (Cem por 
cento) do salário mínimo em caso do requerido desenvolver atividade 
laboral sem vínculo empregatício ou na qualidade de autônomo. 
 
Pede deferimento. 
 
Campos dos Goytacazes, 20 de maio de 2021. 
 
 
 
 
 
Fernando Henrique G. da Silva Ana Carolina D. F. Aleixo 
OAB/RJ nº 24896 OAB/RJ nº 35276 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82 
 
 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
Vara de Família, Infância, Juventude e do Idoso da Comarca de Itaperuna-RJ. 
 Processo nº000000-00.2021.8.19.0026. 
 
 
PROMOÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.MM. DR. JUIZ, 
 Trata-se de ação de alimentos proposta por Juninho 
da Silva Souza, representado por Maria da Silva Souza, em face de Francisco 
Cavalheiro de Souza, pleiteando alimentos na ordem de “... -30% dos seus 
rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios e 
incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, mensalmente depositados, 
em conta bancária da genitora do menor, Agência 0145, Conta nº 00453-2, 
Banco ABC, na hipótese de inexistência de vínculo empregatício. – 200 % 
do salário mínimo, mensalmente depositados, até o 5° dia útil de cada mês, 
em conta bancária da genitora do menor” (e-fls.08). 
 Com a inicial vieram os documentos de e-fls.12/28. 
 Foram deferidos liminarmente os provisórios em “30% 
(trinta por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as 
parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de 
pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% 
(duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de 
ausência de vínculo empregatício.” (e-fls.30/33). 
 
 
83 
 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 Não houve audiência de conciliação em virtude do 
alastramento da pandemia causada pelo novo coronavírus (e-fls.31). 
 O réu foi citado e apresentou contestação, pugnando 
pela fixação dos alimentos no valor de 100% do salário mínimo, no caso de 
ausência de vínculo e 20% de seus rendimentos líquidos, eis que possui mais 
um filho (e-fls.38/44). 
 Com a contestação juntou os documentos de e-fls.45/65. 
 Nas alegações finais, o autor reconsiderou o pedido 
inicial reduzindo para “20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos do 
réu, deduzidas apenas parcelas referentes ao INSS e IR, mediante desconto 
em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício mas 
manteve o pedido de 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional 
vigente no caso de ausência de vínculo empregatício.”(e-fls.78/79). 
 As partes manifestaram-se em provas (e-fls.50 a 65), 
juntando o autor os documentos de e-fls.15/27. 
 Eis o relatório. 
 O autor comprovou a filiação com o réu e a dependência 
da pensão, sendo criança, presumidas as necessidades. 
 Os alimentos provisórios foram arbitrados em 30% (trinta 
por cento) dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas 
referentes ao INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em 
caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) 
do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo 
empregatício. 
 O pedido inicial do autor foi reformulado nas alegações 
finais reduzindo para 20% dos rendimentos brutos do réu, deduzidos 
apenas os descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas 
rescisórias, na hipótese de existência de vínculo empregatício mediante 
desconto em folha de pagamento, mas manteve o patamar de 200% 
 
 
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 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
(duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente, em caso de 
inexistência de vínculo empregatício; 
 Como o réu possui outro filho e já paga pensão no valor de 
20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos, deduzidos apenas os 
descontos obrigatórios e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, 
entende-se que vinte por cento para o autor compõe o valor razoável para 
a pensão. 
 Tal valor atende aos interesses da criança, atendendo à sua 
saúde, educação e subsistência e o trinômio necessidade x possibilidade x 
razoabilidade. 
 Ante o exposto, manifesta-se este órgão pela parcial 
procedência do pedido inicial formulado por Juninho da Silva Souza, 
representado por Maria da Silva Souza face de Francisco Cavalheiro de 
Souza, fixando os alimentos no valor de 20% (vinte por cento) dos 
rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao 
INSS e IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de 
existência de vínculo empregatício; ou 200% (duzentos por cento) do salário 
mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo empregatício. 
 
Itaperuna-RJ, 21 de maio de 2021. 
 
 
RICARDO DE MELLO JÚNIOR 
Promotor de Justiça 
Mat. 7777 
 
 
 
 
 
85 
Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
Fls. 
Processo: 0000000-00.2021.8.19.0026 
 
 
Classe/Assunto: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 - Fixação de Alimentos / Família 
 
Autor: JUNINHO DA SILVA SOUZA 
Representante Legal: MARIA DA SILVA SOUZA 
Réu: FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA 
 
 
___________________________________________________________ 
Nesta data, faço os autos conclusos ao MM. Dr. Juiz 
Alexandre Couto Pereira 
Em 24/05/2021 
 
 
SENTENÇA 
Trata-se de ação de alimentos proposta por JUNINHO DA SILVA SOUZA, representado por 
sua genitora MARIA DA SILVA SOUZA em face de FRANCISCO CAVALHEIRO DE SOUZA, 
em que se pretende, liminarmente, a fixação de alimentos provisórios no valor de 30% dos 
rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante 
desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% 
(duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo 
empregatício e a fixação dos alimentos definitivos nestas mesmas condições supracitadas. 
Aduz a representante do autor, que o menor, é legítimo filho do requerido, nascido antes da 
data do casamento dos genitores porém no período em que conviviam juntos em forma de 
união estável. Disse também que em 20/06/2013 os dois resolveram oficializar a união estável 
através do casamento. Entretanto, desde 2017 não possuem mais convivência em comum 
porém a averbação do divórcio só ocorreu em fevereiro 2021.Segundo a representante, o réu 
 
86 
desde o período do fim da convivência em comum, não contribuiu de nenhuma 
forma para ajudar no sustento do autor. Disse ainda que encontra-se em 
dificuldade de arcar com as despesas do filho e as próprias, sendo que o genitor 
possuiu um rendimento mensal de R$ 45.000,00 (Quarenta e cinco mil) e alguns imóveis 
Petição inicial e documentos a fls. 02/29. 
Decisão de fl. 30/33 defere a gratuidade de justiça à requerente e fixa os alimentos provisórios 
em 30% dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e 
IR, mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; 
ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de 
vínculo empregatício. 
Houve dispensa da audiência de conciliação (fl. 31). 
Contestação e documentos a fls. 39/66 em que afirma que sua condição financeira atual não 
corresponde àquela que possuía à época em que estava casado com a representante do autor. 
Que em 2020 realizou tratamento de saúde para manter-se livre do vício do álcool e em jogos 
de azar. Este tratamento vem se mantendo com o uso de remédios caros e frequentes sessões 
com psicólogos especializados. E em razão de seu vício em jogos, vendeu todos os imóveis 
que possuía para arcar com dívidas contraídas, arcar com empréstimos de altos juros 
adquiridos com agiotas, além de custear a internação numa clínica especializada para seu 
tratamento, de forma que pudesse voltar a exercer suas atividades da vida civil e profissional 
de forma digna e segura. Atualmente,ele não possui nenhum imóvel em seu nome conforme 
demonstrou na Certidão Negativa de Bens Imóveis acostada aos autos as fls.53 
Com a remuneração percebida em virtude de sua atividade laborativa como médico, disse que 
custeia os gastos com suas despesas elementares do dia a dia, como água, luz, aluguel, taxa 
de condomínio, alimentação, vestuário, lazer, participação em congressos para sua melhor 
qualificação, cartão de crédito e o pagamento de pensão alimentícia de 20% ao seu outro filho 
menor. 
Assentada audiência de instrução e julgamento a fls. 76/78 em que foi colhido o depoimento 
pessoal da representante legal do autor e do réu. Foram ratificados os pedidos das partes por 
seus advogados presentes. 
As fls. 14 encontra-se acostada a Certidão de Nascimento de Juninho da Silva Souza 
demonstrando que o pai é Francisco Cavalheiro de Souza. 
As despesas do autor foram comprovadas através dos documentos acostados as fls. 56/66. 
Os empréstimos contraídos através de notas promissórias encontram-se as fls.58/60 
Nos documentos acostados junto à Contestação comprova-se através da Nota Fiscal as fls.57 
e atestado médico fls. 52 de que o réu sofre de transtornos causados por vício em álcool e 
jogos de azar. 
 
87 
As fls. 54 consta certidão negativa de bens imóveis demonstrando que o réu não 
possui imóveis em seu nome na cidade de Campos dos Goytacazes. 
As fls. 53 consta certidão de nascimento do outro filho do réu demonstrando ser 
este também filho legítimo, o qual recebe pensão alimentícia conforme demonstra extrato do 
contracheque as fls. 51. 
Agravo de instrumento interposto a fls. 69/75. 
Alegações Finais a fls. 79/82. 
A fls. 83/85 o Ministério Público manifesta-se pela parcial procedência do pedido inicial 
formulado por Juninho da Silva Souza, representado por Maria da Silva Souza face de 
Francisco Cavalheiro de Souza, fixando os alimentos no valor de 20% (vinte por cento) dos 
rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, mediante 
desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; ou 200% 
(duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de vínculo 
empregatício. A requerente informa que existem outras ações de execução de alimentos 
propostas neste Juízo que não impedem o prosseguimento da referida ação (fl. 150). 
 
É o relatório. Decido. 
 
A Constituição Federal, no art. 229, traz o seguinte teor “os pais têm o dever de assistir, criar 
e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na 
velhice, carência ou enfermidade”. 
Neste mesmo raciocínio o art. 1.634, I, do Código Civil impõe responsabilidade a ambos os 
pais, qualquer que seja a situação conjugal quanto aos filhos. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.096/90, em seu art. 22 traz a seguinte norma 
“aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo -lhes 
ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir determinações judiciais”. 
O dever de alimentos exige para a sua análise a presença do trinômio: necessidade, 
possibilidade e razoabilidade. 
Nos documentos acostados aos autos e documentos colhidos ficou demonstrado que o réu 
encontra-se em dificuldades tanto financeiras quanto em relação ao seu estado de saúde. 
Porém, em contrapartida, este possui o dever legal de sustento de seu filho dentro das suas 
possibilidades. 
Nas alegações finais o autor reconheceu as dificuldades do réu e diminuiu o pedido inicial para 
o patamar de 20% dos rendimentos brutos do réu, deduzidos apenas os descontos obrigatórios 
 
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e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, na hipótese de existência de 
vínculo empregatício mediante desconto em folha de pagamento, mas manteve 
o patamar de 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente, em 
caso de inexistência de vínculo empregatício; 
O Ministério Público opinou no sentido de que o réu já paga pensão para o outro filho no valor 
de 20% (vinte por cento) dos rendimentos brutos, deduzidos apenas os descontos obrigatórios 
e incluídos 13°, FGTS, férias e verbas rescisórias, e entende que vinte por cento para o autor 
compõe o valor razoável para a pensão. De que tal valor atende aos interesses da criança, 
atendendo à sua saúde, educação e subsistência e o trinômio necessidade x possibilidade x 
razoabilidade. 
Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, na forma do artigo 269, I do CPC para 
CONDENAR o réu ao pagamento de pensão alimentícia em benefício do autor em valor 20% 
dos rendimentos brutos do réu, deduzidas apenas as parcelas referentes ao INSS e IR, 
mediante desconto em folha de pagamento, em caso de existência de vínculo empregatício; 
ou 200% (duzentos por cento) do salário mínimo nacional vigente no caso de ausência de 
vínculo empregatício a serem depositados até o 5º dia útil de cada mês na Agência 0145, 
Conta nº 00453-2, Banco ABC, em nome de Maria da Silva Souza. 
Sem custas em razão da gratuidade de justiça já deferida. Dê ciência as partes.Com o trânsito 
em julgado e cumpridas as formalidades legais, baixa e arquive-se os autos. 
 
Itaperuna, 24/05/2021. 
 
 
Alexandre Couto Pereira - Juiz em Exercício 
 
 
___________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estado do Rio de Janeiro Poder Judiciário 
Tribunal de Justiça 
Comarca de Itaperuna 
Cartório da Vara de Família, Inf. e da Juv. e do Idoso 
Rodovia Br-356 Km 01 CEP: 28300-000 - Itaperuna - RJ e-mail: itpvfij@tjrj.jus.br 
 
 
 
Autos recebidos do MM. Dr. Juiz 
Alexandre Couto Pereira 
Em ____/____/_____ 
 
Código de Autenticação: XXXI.4XXX.XX2P.XWV2 
Este código pode ser verificado em: www.tjrj.jus.br – Serviços – Validação de documentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE COUTO PEREIRA : 27430 Assinado em 24/05/2021 19:39:00 
 Local: TJ-RJ 
mailto:itpvfij@tjrj.jus.br

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