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Faculdade AGES
Aluna Maria Edvirgens
O casamento é um ato jurídico solene, com celebração de duas pessoas de sexos opostos, civilmente capazes e habilitadas, conforme a lei, que desejam constituir comunhão, estabelecendo a união em um regime de bens. Este é o conceito preceituado nos artigos 1.511 a 1.514 do Código Civil de 2002. As regras que disciplinam o contrato de casamento estão presentes no Código Civil Brasileiro, nos artigos 1.511 a 1.688, e se aplicam a todos os indivíduos que optarem por realizar a celebração deste ato jurídico no território brasileiro.
No entanto, para os brasileiros que residem no exterior e desejem casar seguindo as regras preceituadas no ordenamento jurídico brasileiro, deverão seguir um procedimento especial.
O casamento celebrado fora do país perante uma autoridade diplomática brasileira
É realizada quando o brasileiro se encontra fora do território nacional, podendo ele contrair núpcias, seja com outro brasileiro ou ainda com uma pessoa estrangeira. Nesse aspecto, a legislação brasileira, no seu artigo 18 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, possibilita que essa celebração ocorra de segundo as leis brasileiras. Assim, esse dispositivo aborda da seguinte maneira:
 Art. 18 - Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o Casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascidos no pais da sede do Consulado.
Assim, para a realização desse casamento é necessário a observância de todos os requisitos legais de validade do ato, para que este produza os seus efeitos no território brasileiro. 
Todavia, há ainda um caso a ser observado nos termos do art. 1.544 do código civil que estabelece:
Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
O casamento celebrado fora do país perante uma autoridade estrangeira
Em relação à forma especial de celebração do casamento fora do país por uma autoridade estrangeira, podemos observar o teor do artigo 7º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto – lei n.4.657, de 4 de setembro de 1942), sobre a aplicação das regras do direito de família e do casamento, ao dispor que: “A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.”.
Nesse aspecto, podemos evidenciar que será o local do domicílio do casal o responsável pela determinação sobre as regras de existência e validade do casamento. Com isso, a lei estrangeira tem por determinação a regulamentação do casamento nos planos da existência, eficácia e validade, incluindo ainda, o regime de bens a ser adotado.
Sobre o casamento de brasileira ou brasileiro realizado por autoridade estrangeira, temos as lições de Paulo Lobo (2009, p. 98) apud Pablo Stolze Gagliano (2012, p. 162) ao dispor que: 
Na hipótese de casamento de brasileiros ou de brasileiro (a) com estrangeiro (a) celebrado perante autoridade estrangeira, o termo respectivo deverá ser autenticado em Consulado brasileiro e, posteriormente, traduzido por tradutor juramentado ou tradutor ad hoc designado pelo juiz, para que possa ser registrado no Brasil. O registro poderá ser negado se o documento contiver obrigações e direitos incompatíveis com os princípios enunciados na Declaração Universal dos Direitos do Homem (Resolução n. 843/54, da ONU), da qual o Brasil é signatário, e na Constituição brasileira.
O casamento realizado por autoridade religiosa também é considerado como sendo válido, devendo se observar os mesmos requisitos para que possam produzir efeitos civis no território brasileiro.
Casamento Putativo
Para que ocorra o casamento são necessárias as observâncias de alguns requisitos legais. Diante da inobservância desses requisitos, pode ser constatada a nulidade desse casamento.
Se ficar provado, por exemplo, que a pessoa já era casada e casou novamente ou que havia um parentesco entre os cônjuges que impedia o matrimônio, temos aí casos de casamentos putativos, onde um ou ambos os cônjuges desconheciam o fato impeditivo para que esse casamento acontecesse.
Importante mencionar que durante o tempo que o casamento permaneceu válido, os efeitos quanto a terceiros e aos bens continuam válidos, diante da boa-fé de um ou de ambos os cônjuges.
Assim diz o Código Civil: Art. 1.561: Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
Em síntese casamento putativo é aquele nulo ou anulável, contraído de boa-fé, e que tem os seus efeitos preservados em face de quem atuou segundo o princípio da confiança.

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