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Farmacologia Mila Schiavini MED101 Anti-inflamatórios não esteroidais ❖ Anti-inflamatórios: ✓ Grupo de fármacos quimicamente heterogêneos que se diferenciam por sua atividade antipirética, analgésica e anti-inflamatória. ✓ Se dividem basicamente em: derivados do ácido salicílico, do ácido acético, do paraminofenol, do ácido propiônico, do ácido enólico, de fenamatos e do inibidor seletivo da COX-2. ✓ Atuam, principalmente, inibindo as enzimas que catalisam a produção de prostanoides, notadamente das prostanglandinas (substâncias que fazem parte do desenvolvimento do processo inflamatório). ✓ Opção como 1°degrau no tratamento da dor (OMS). ❖ Inflamação: ✓ É a resposta a um estímulo prejudicial caracterizada por: vasodilatação local, infiltração de leucócitos e células fagocíticas e regeneração tecidual (essa regeneração tecidual pode ou não acontecer) - Goodman. ✓ Sinais da inflamação: calor, rubor, tumor, dor e perda da função • A resposta inflamatória se da por uma lesão celular, à princípio, que liberarão diversos mediadores que estão constituídos tanto no seu citoplasma quanto na sua membrana. Esses mediadores vão sinalizar para o sistema de defesa que há algo de errado, o qual vai causar diversas alterações morfológicas e vasculares para tentar combater àquilo que está causando malefícios ao organismo. • Uma das principais alterações morfológicas e vasculares relacionadas a esse processo é a vasodilatação, causando um aumento da permeabilidade capilar, ou seja, é uma facilitação para as células de defesa atravessarem a parede e cair no tecido lesado para tentar combater a agressão e recuperar esse tecido. • Quando acontece uma agressão ao tecido, há uma liberação dos fosfolipídeos da membrana, que por sua vez, serão convertidos em ácido araquidônico pela fosfolipase A2 e o ácido araquidônico é o principal substrato para a produção de substâncias pró-inflamatórias através de duas enzimas: lipooxigenase ou ciclooxigensase. • A via clássica da inflamação é a via da ciclooxigenase. • A via da lipooxigenase também é uma via inflamatória, porém, mais relacionada a processos alérgicos. Onde há a produção de substâncias pró-inflamatórias chamadas leucotrienos. • A via da ciclooxigenase participa ativamente da produção de prostaglandinas e de tromboxano A2. • As prostaglandinas são basicamente divididas em dois tipos: àquelas que participam das respostas fisiológicas constitutivas do organismo, que são produzidas a todo momento nos processos internos de funcionamento e reparo dos tecidos. Elas são as COX-1. • Quando há um estímulo nocivo, e através dele há destruição celular por respostas inflamatórias, o corpo passa a produzir prostaglandinas de maneira patológica, exacerbada. Elas são as COX-2. Farmacologia Mila Schiavini MED101 ❖ Vias de formação dos mediadores inflamatórios: ✓ Via da cicloxigenase: o Produz eicosanoides (prostaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas). o COX-1 enzima constituitiva. o COX-2 ativa nos processos inflamatórios. ✓ Via da lipoxigenase: o Produz leucotrienos: o Mais importantes em doenças alérgicas. o Montelucaste, zileutona, zafirlucaste. • COX-1: o Constitutiva. o Secreção de muco gástrico através de prostaglandinas. - Proteção das células da mucosa gástrica do meio ácido. - Se for administrado um anti-inflamatório que inibe a COX-1, ocorre uma diminuição de muco pelo estômago, deixando-o mais susceptível a acidez do próprio meio. o Prostaglandinas que atuarão na filtração glomerular, causando vasodilatação da arteríola aferente, facilitando a filtragem do sangue pelo glomérulo. - Filtração se dá por diferença de pressão. - Se for administrado um anti-inflamatório que inibe a COX-1, não ocorre a vasodilatação da arteríola aferente, consequentemente, menos sangue entrará no glomérulo o que diminuirá a filtração glomerular. o Anti-agregação plaquetária através da prostaciclina (PGI2). o Agregação plaquetária através do tromboxano A2. o Vasodilatação (musculatura lisa dos vasos periféricos). • COX-2: o Basicamente inflamatória. - Exceções: rins, ossos e cérebro. o Produção induzida na inflamação e por interleucinas (principalmente pelas IL-1 e TNF-α). o Inibição causa menos efeitos adversos clássicos. - Desconforto gástrico por exemplo. o Inibidores da COX-2 (Coxibes) seriam AINEs a princípios ideais. - Efeitos trombóticos à longo prazo (aumento do tromboxano). • PROSTAGLANDINAS: o São eicosanóides do subtipo prostanoides (grupo de mediadores fisiológicos derivados do ácido araquidônico liberado pelas células). o Participam ativamente de processos constitutivos e da resposta inflamatória. o Os AINEs irão atuar suprimindo a resposta inflamatória, através da inibição das enzimas que produzem as prostaglandinas. o Essas enzimas onde os AINEs atuam são a ciclooxigenase 1 e 2 (COX 1 e COX 2). o Outros mediadores: leucotrienos, tromboxanos, lipoxinas, resolvinas, histamina, óxido nítrico, bradicininas, citocinas. ❖ Uso terapêutico: ✓ Ação analgésica: o Eficazes contra dores leves à moderadas. Para dores muito intensas são usados os opioides, ou a associação do anti-inflamatório com o opioide. o Pouco eficazes nas dores neuropáticas. ✓ Ação anti-pirética: o Recolocam o “termostato” de volta ao normal. ✓ Ação anti-inflamatória: o Diminuem a formação das prostaglandinas. Farmacologia Mila Schiavini MED101 ❖ Outros usos: ✓ Uso cardiovascular: o Inibição da agregação plaquetária. o Ex.: AAS em doses baixas para prevenção de eventos cardiovasculares trombóticos. ✓ Uso externo (uso tópico): o Tratamento da acne, calosidades e verrugas. o Uso local em inflamação. o Ex.: ácido salicílico. ❖ Ação analgésica: ✓ Dor: sensação e experiência desagradável associada à lesão tecidual, real ou potencial ou descrita em termos desta lesão. ✓ Nociceptores: terminais periféricos de fibras aferentes percebem a sensação dolorosa. ✓ Mediadores inflamatórios liberados por células durante a lesão tecidual amplificam a percepção da dor (bradicinina, prostaglandinas, serotonina, leucotrienos, prostaciclinas). ✓ A PGE2 (prostaglandinas) e a PGI2 (prostaciclinas) reduzem o limiar para estimulação dos nociceptores. ✓ A inibição do processo pelos AINEs atuaria no mecanismo de controle da dor. ❖ Ação antipirética: ✓ Febre: aumento da temperatura corporal (> 37,5 °C) associada ao aumento do ponto de ajuste do termostato central (hipotálamo). ✓ Mecanismo de resposta do organismo à alguma anomalia. ✓ Ativada por pirógenos exógenos ou endógenos. ✓ PGE-2 – “mediador da febre”. Estimula receptores EP3. ✓ Pirógenos exógenos estimulam a produção de IL-1 e TNF (pirógenos endógenos) pelos leucócitos que estimulam as COX a produzir PGE-2. ✓ Atuação nos receptores do núcleo pré-optico (hipotálamo) estimulando o aumento da geração de calor e a diminuição da perda de calor ❖ Ação anti-inflamatória: ✓ Inflamação: resposta “protetora” desencadeada pelo sistema imune a um estímulo prejudicial. ✓ É benéfica no geral, mas pode ser exagerada (doenças autoimunes, reações alérgicas, reações inflamatórias crônicas). ✓ Caracteriza-se por: vasodilatação local, aumento da permeabilidade capilar, infiltração celular (leucócitos e células fagocíticas) e regeneração. ✓ Prostaglandinas (principais) e prostaciclinas são os principais mediadores do processo inflamatório e tem suas produções relacionadas as COX. ✓ AINEs inibem as COX “freando” o processo inflamatório inibindo a enzima que está relacionada à produção de prostaglandinas. ❖ Ação antiagregante: ✓ Via da COX produz prostaglandinas,prostaciclinas e tromboxano A2. ✓ AAS em doses baixas inibe a COX a sintetizar tromboxano A2 (pró-agregante) nas plaquetas (agregante plaquetário). ✓ AAS nas doses até 325 mg por dia (doses baixas) é antiagregante plaquetário prevenindo eventos tromboembólicos. ❖ Ação tópica: Farmacologia Mila Schiavini MED101 ✓ Salicilato de metila: AINE tópico (traumas, dores musculares). ✓ Ácido salicílico: atividade queratolítica e ação antisséptica. ❖ Farmacocinética: ✓ São ácidos orgânicos fracos. ✓ Boa absorção e biodisponibilidade, com rápida ação. ✓ A maioria atinge boa concentração no SNC. ✓ Alta índice de ligação com proteínas plasmáticas. ✓ Biotransformação hepática (fase I e II). ✓ Excreção principalmente renal. Mas também excreção biliar. ✓ Em geral não são removidos facilmente por hemodiálise. ✓ Boa concentração nos líquidos sinoviais (por isso são tão utilizados em ortopedia). ❖ Farmacodinâmica: ✓ Atividade basicamente mediada pela inibição das prostaglandinas. ✓ Alguns possuem mecanismos adicionais. ✓ Seletividade para COX 2 mostra-se incompleta e/ou variável. ✓ Eficácia de inibição da COX-2 é semelhante em seletivos e não seletivos. ✓ Todos são irritantes gástricos e potencialmente nefrotóxicos. ✓ Vários estão associados a diminuição da incidência de câncer de cólon (50%) quando administrados cronicamente (> 5 anos). ❖ Efeitos adversos: ✓ Gastrointestinais: o Desde dispepsia até sangramentos (1 a 2% ao ano). o Causas comuns de internações. o Os AINES, principalmente, os não seletivos vão inibir a COX-1 que produz o muco gástrico, o que diminuirá a proteção da célula gástrica. Essa célula será agredida pelo ph ácido. ✓ Cardiovasculares: o Risco de eventos trombóticos no uso crônico. Principalmente os inibidores seletivos da COX-2. ✓ Renais: o Retenção de sódio e liquido. Podem diminuir efeitos de anti-hipertensivos. ✓ Plaquetários: o Aumento do risco de sangramento. ✓ Hipersensibilidade: o Desde rinite vasomotora até edema de glote. ✓ Toxicidade: o Náuseas, vômitos, tontura, hiperventilação, confusão mental e tontura. ✓ Gestação: o Devem ser evitados no terceiro trimestre (fechamento prematuro do ducto arterial – as prostaglandinas que o mantém aberto). ✓ Respiratórios: o A inibição da via da COX aumenta a produção de leucotrienos (asma). ✓ Síndrome de Reye: o Encefalopatia e hepatopatia associada à infecção viral (geralmente por varicela zoster) e uso de salicilatos (AAS). o Doença rara e de gravidade variável. o Menores de 18 anos. o Diagnóstico clínico (biópsia hepática pode confirmar). o Sintomas neurológico graves, desde confusão mental até coma. o Tratamento: medidas de suporte. o Morbimortalidade alta. Farmacologia Mila Schiavini MED101 ❖ Interações medicamentosas: ✓ 80 a 90% do salicilatos são ligadas às proteínas plasmáticas e podem deslocar outros fármacos. ✓ Uso de outros AINEs e AAS em dose antiagregante podem aumentar a chance de eventos adversos no TGI enfraquecer o efeito cardioprotetor do AAS. ✓ A varfarina e a fenitoína, por exemplo, aumentam sua concentração plasmáticas ao serem deslocados. ✓ AINEs podem atenuar a eficácia dos IECAs. ✓ AINEs com corticoides aumentam as chances de efeitos adversos e no TGI, pois possuem mecanismos de ação e efeitos muito parecidos. ❖ Classes: ➢ Salicilatos: ✓ Ácido acetilsalicílico (AAS), olsalazina, sulfassalazina, ácido salicílico. ✓ AAS: o O único que causa inibição irreversível da cicloxigenase. o Tem efeito analgésico, antipirético e anti-inflamatório (depende da dose). o Boa absorção no TGI, com pico plasmático em 1 h. o Atravessa barreira hemato-encefálica, barreira placentária, sinovias. o Metabolismo no TGI e hepático. o Excreção urinária. o Doses antiagregantes plaquetárias entre 81 a 325 mg/dia: ▪ Inibe a formação de TXA2 mediada pela COX-1, reduzindo a agregação das plaquetas. ▪ Diminuição de até 25% de eventos isquêmicos cardiovasculares (principalmente em pacientes com IAM prévio). ▪ Diminuição de até 15% de AVEs isquêmicos. ▪ Diminuição de 24% na incidência de câncer de cólon. ▪ O aumento do risco de sangramento (2 vezes - ao inibir a produção de prostaglandinas que produzem o muco protetor e podendo provocar uma ação direta como ácido lesionando a célula) não supera o benefício nos pacientes com risco cardiovascular. ▪ Doses analgésicas e antipiréticas (325 mg -2 g/dia): - 1 comprimido de 500 mg de 6/6 h. - Artrite reumatoide, espondiloartropatias, LES. ▪ Doses anti-inflamatórias (2 –4 g/dia): - Até 1 g de 6/6 h. - Febre reumática com repercussões cardíacas ou articulares. ▪ Uso tópico: tratamento de verrugas, por exemplo (ácido salicílico). ✓ Situações especiais: o Paciente em uso de anticoagulantes: cuidado! Eles competem pelas mesmas proteínas plasmáticas, então quando o anti-inflamatório se liga sobrará mais anticoagulantes. o Cirurgias eletivas (suspender de 7 a 14 dias antes). o Coagulopatias (hemofilia, por exemplo). o Doença gastrointestinal com risco de sangramentos (úlceras). o Gestação (fechamento do ducto arterioso). o Febre em criança (origem viral – síndrome de Reye). o Dengue (plaquetopenia e eventos trombóticos). ➢ Derivados paraminofenol: ✓ Paracetamol (acetaminofeno). ✓ Também possui efeitos analgésicos e antipiréticos (é um anti-inflamatório fraco). ✓ Formulação oral tem excelente biodisponibilidade. ✓ Pico plasmático em 1 hora. Eliminação renal. ✓ Baixa incidência de efeitos colaterais. ✓ Tylenol de 500 e 750 mg – janela terapêutica (dose máxima 4 g/dia – acima disso pode se tornar altamente tóxico). ✓ Contra-indicações: Insuficiência hepática, insuficiência renal e hipersensibilidade. Farmacologia Mila Schiavini MED101 ➢ Derivados do ácido propiônico: ✓ Ibuprofeno, cetoprofeno, naproxeno, fenoprofeno. ✓ Inibidores não seletivos da COX (1 e 2). ✓ Absorvidos rapidamente via oral com metabolismo hepático. ✓ Uso terapêutico: processos inflamatórios em geral (principalmente em artrite). ✓ Ibuprofeno (Advil, Alivium, Buscofem) e cetoprofeno (Profenid). ✓ Efeitos adversos: efeitos no TGI (5 a 15%), cefaleia, visão embaçada, tontura, trombocitopenia, agranulocitose, hipersensibilidade. ➢ Derivados do ácido acético: ✓ Diclofenaco (Voltaren, Cataflam, Tandrilax). ✓ Potente com alguma seletividade para a COX-2 (inibe a 1 e a 2, porém, possui maior efetividade com a 2). ✓ Diclofenaco é o AINE considerado mais potente. ✓ Bem absorvidos com metabolismo hepático. ✓ Eliminados pelo rim (65%) e bile (35%). ✓ Formulações orais, tópicas, parenterais e retal (supositório). ✓ Efeitos adversos: mais frequentes no TGI (20%), mas pode causar lesão hepática grave (rara). ➢ Derivados da pirazolona: ✓ Dipirona (Novalgina, Anador, Benegripe, Dorflex). ✓ Potente ação analgésica e antipirética (baixa ação anti-inflamatória). ✓ Inibição não seletiva da COX (também no SNC), bloqueio da entrada de cálcio e dessensibilização dos nociceptores, diminuindo a dor exacerbada. ✓ Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, dor epigástrica, sangramentos gastrointestinais, mielotoxidade (raro). ✓ Formulações orais, parenterais e retal (supositório). ➢ Derivados do indol: ✓ Indometacina (Indocid). (Outros: Etodolaco/Flancox, Cetorolaco/Toragesic). ✓ Indometacina: inibidor potente da COX. Inibe a migração de neutrófilos e as fosfolipases A e C. ✓ Uso clínico: artrite reumatóide, osteoartrite, artrite gotosa, espondilite. ✓ Boa absorção e biodisponibilidade. ✓ Pouco usada pois tem uma alta incidência de efeitos adversos. ✓ Efeitos colaterais: alta incidência (35 a 50%). Efeitos no TGI, cefaleiaintensa, tontura e confusão mental. Hepatite e pancreatite. ✓ Formulações oral, retal e parenteral. ➢ Derivados enólicos (oxicans): ✓ Tenoxicam (tilatil), Piroxicam (Feldene) e Meloxicam (Melocox). ✓ Efeitos prolongados, então se faz uma dose única diária. ✓ Meloxicam possui alguma seletividade para COX2 (inibe mais a 2 do que a 1). ✓ Piroxicam inibe a função de leucócitos e linfócitos. ✓ Metabolismo hepático e excreção nas fezes e urinas. ✓ Efeitos adversos: até 20% dos pacientes apresentam. Exemplos: no TGI, reações cutâneas, cefaléia, prurido, hipersensibilidade. ➢ Fenamatos: ✓ Ácido mefenâmico (Ponstan). ✓ Inibidores da COX e antagonista competitivo das prostaglandinas (que estão altas durante o período pré- menstrual). ✓ Indicação clínica clássica: dismenorreia. ✓ Efeitos adversos: cutâneos e gastrointestinais (mais comuns). Farmacologia Mila Schiavini MED101 ➢ Derivados da fenoximetanossulfanilida: ✓ Fraco efeito anti-inflamatório (inibidores fracos as PG). ✓ Discreta seletividade pela COX-2. ✓ Potentes analgésicos (efeitos complexos: inibição dos neutrófilos e redução das citocinas). ✓ Efeitos colaterais: TGI e pele. ✓ Nimesulida (Arflexretard, Scaflan, Nisulid). ➢ Inibidores seletivos da COX-2: ✓ Celecoxibe (celebra), Etoricoxibe (Arcoxia). ✓ Inibem seletivamente a COX 2. ✓ Reduzem os efeitos colaterais pela inibição da COX-1. ✓ Aumentam o risco cardiovascular a longo prazo. ✓ Metabolismo hepático e eliminação renal. ✓ Efeito prolongado diminui a densidade óssea. ❖ Intoxicação por salicilatos: ✓ Ocorrem com mais frequência em crianças e podem ser fatais. ✓ Hiperpneia intensa para eliminação de CO2 e compensar a acidose metabólica (hiperventilação). ✓ Evolui para fadiga e acidose mista. ✓ Salicilato de metila mais tóxico que AAS. ✓ Intoxicação crônica (salicilismo): cefaleia, tontura, zumbido, escurecimento da visão, confusão mental, cansaço, sudorese, sede, náuseas, vômitos. ✓ Tratamento: não há antídoto. O tratamento são as medidas de suporte e alcalinização da urina. ❖ Intoxicação por paracetamol: ✓ Hepatotoxidade: 10 a 15 g. ✓ Risco de morte: 20 a 25 g. ✓ Metabólito tóxico: N-acetil-p-benzoquinona–NAPQI. ✓ Lesão hepática: dor em hipocôndrio direito, icterícia, elevação das transaminases, hepatomegalia, coagulopatia, insuficiência hepática renal. ✓ Tratamento: suporte, carvão ativado até 4 horas após a ingestão. ✓ Antídoto: N-aceticisteína (fluimucil). Precursor da glutationa (fazer até 8 horas é o ideal). ✓ Falência hepática fulminante: transplante. Obs.: vai cobrar as intoxicações.
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