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Ponto de Partida

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PORTFÓLIO – PONTO DE PARTIDA
	
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Junea Graciele Rodrigues Dantas de Brito
Usuário: BRFPMME4378492
Nome e sobrenomes do professor: Kathilça Souza
Data: 06/06/2021
Grupo: FP_MME_2021-06_pt_3
Ponto de Partida, onde tudo começou.
 As memórias da infância são muito intensas quando paro para lembrar , vejo que foram fatos muito marcantes em minha vida. Lembro-me como se fosse hoje, as primeiras lembranças de escola, uma entidade na época católica conveniada com a Prefeitura de São Paulo, onde o tratamento era meramente recreativo e também assistencialista. A minha história começou com apenas quatro anos de idade, e já no primeiro dia de aula um fato que marcou muito , foi a primeira fotografia de uniforme, ele era de algodão, shortinho com elástico vermelho, saia branca de pregas e camiseta branca e o famoso "Conguinha" também na cor vermelha com solado de borracha branca, tenho essa foto até hoje era coisa de rico ter uma fotografia, desse dia é tudo que me lembro. Da sala de aula, lembro- me das atividades com tinta guache e depois o "varalzinho" com todos os trabalhos, tinha aquelas carteiras de madeira que levantávamos a parte de cima para guardar nossos materiais embaixo como se fosse uma gaveta . Ainda nesta escola , no ano posterior vivi uma situação que me causou um trauma, éramos sentados no pátio da escola para vistoria dos cabelos, procuravam os “inquilinos indesejáveis” os famosos piolhos, colocavam um certo número de alunos sentados nas cadeiras em frente aos demais que estavam no no chão do pátio, a professora olhou minha cabeça com auxílio de uma régua ali falou para uma outra educadora, “ _ Essa é piolhenta.” Todos que tinham problemas com piolhos receberam um produto amarelo, lembro a cor e me recordo do cheiro até hoje, e ali exposta com a cabeça cheia daquele líquido, observava os outros alunos rindo de mim e dos outros "piolhentos" como nos rotularam. E a escola não estava preparada para resolver esses tipos de problemas sanitários. No ano seguinte, escola nova e novas experiências passei situação semelhante de exposição, solicitei a professora Elaine do jardim, essa não esqueço o nome, para ir ao banheiro e ela não deixou e mais uma vez me vi numa situação constrangedora havia feito minhas necessidades fisiológicas na roupa em frente aos meus novos coleguinhas, após o episódio minha mãe me trocou de escola, pois as crianças ficavam tirando sarro,me chamando de coisas ofensivas . Já na outra escola fizeram parte a cartilha, as rodas de leituras, as festas escolares, as músicas, festas juninas , onde fui a noiva por dois anos seguidos, esta fase foi melhor de todas, pois eu era a mais quista, pois comecei a socializar, a ter muitos amigos, onde sempre fazia política da boa vizinhança, me dava bem com a escola toda. Sempre estudei em escola pública , minha mãe não tinha condições financeiras. Então no quarto ano fui para a Escola Estadual João Nascif Chaluppe, foi uma transição diferente, pois ali conhecia a realidade da escola. Na escola pública, não precisava de dinheiro para comprar merenda , pois não tinha cantina, a comida era gratuita e isso era bom, cada dia tinha um cardápio diferente e na terça-feira ninguém faltava aula , pois o risoto de frango era uma delícia, mas eu amava também a polenta com carne moída. O ensino não era tão inferior como às pessoas falavam para minha mãe e, a diferença é que exigia mais esforço da minha parte para aprender, pois a cobrança era bem menor. Um fato marcante neste ano foi uma única professora que cobrava dos alunos , ela me viu desenhando na hora da aula e me mandou na sala da diretora Benilda Ribeiro , eu fui lá e ela conversou comigo perguntando o que eu queria estudar ,brinquei que ia ser professora e depois da conversa voltei para sala , mas não sofri nenhuma punição que não fosse andar no pátio e beber água depois de uma bela conversa. Essa professora Maria do Socorro, cuja pessoa eu admirava muito, ela conseguiu notar as minhas necessidades enquanto aluna, conversava muito comigo, até hoje quando a encontro sinto uma grande satisfação. Já no ano subsequente iniciei meus estudos no quinto ao oitavo ano , minha mãe começou fazer parte da APM ( Associação de Pais e Mestres), o que me inspirou a fazer parte do Grêmio estudantil quando iniciei no Fundamental 2, foram anos muito bons no sentido escolar apesar de todo contexto familiar conturbado que vivi neste período. Deste período tenho ótimas recordações, acho que as melhores da minha infância. O meu Ensino Médio foi realizado na E.E. Elisa de Oliveira Ribeiro, desta tenho poucas lembranças como se quisesse esquecer, foi um período que não me sentia parte de nada, estava cumprindo minhas obrigações como uma filha estudiosa, sofri com a falta de professores, naquela época tínhamos mais substitutos que professores efetivos, me lembro que no terceiro ano do ensino médio não tive aulas de química e biologia, como esse fato influenciou nos vestibulares dos anos seguintes. Nesta época eu trabalhava de dia e estudava a noite, não foi muito fácil, às sextas-feiras um grupo de alunos reuniam-se no portão da escola para impedir a entrada dos demais era muito ruim, pois alguns colegas e eu furávamos o bloqueio e éramos muitas vezes ameaçados, pode ser por essa razão que não tenho muitas lembranças desta fase.Minha vida mudou muito depois do Ensino Médio, prestei vários vestibulares, cheguei a ir para segunda fase da FUVEST, tentei bolsa na PUC, mas sem sucesso o que me causou uma frustração. Voltei a estudar tentei uma vaga para o Magistério na Escola Estadual José Neyde César Lessa ,porém só tinha vagas para Contabilidade e Secretariado, então fiz um Curso Técnico em Secretariado, nossa foi um caos, me sentia mais uma vez o "patinho feio", era uma escola considerada de elite por ser a única com ensino técnico no município , haviam professores maravilhosos, porém uma única conseguiu matar minha motivação em voltar a estudar Marlene Mattos, ela além das matérias ela avaliava como nos vestíamos, olhava cabelos , penteados, se nossas unhas estavam feitas, enfim ela dizia que eu não tinha perfil, minhas colegas de classe estavam sempre bem arrumadas eu naquela época estava desempregada e não tinha condições de ir a salão ou comprar roupas mais elegantes mais uma vez eu não tinha inspiração, não tinha um foco específico afinal eu não tinha perfil, posso dizer que essas palavras não influenciaram somente minha formação profissional, mas levei para vida o que não vem ao caso aqui.No ano seguinte, minha irmã Adriana Rodrigues falou de um Curso de Magistério que seria oferecido no município de Carapicuíba, deveria ser realizada uma prova seletiva para ingresso um projeto do governo estadual chamado CEFAM - Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério, (o governador Orestes Quércia (1987 a 1991) cria, pelo pelo Decreto Governamental nº 28.089 de 13 de Janeiro de 1988, no âmbito da Rede Estadual de Ensino, os Centros Específicos de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério). Meu sonho de ser uma professora como Maria do Socorro e Benilda que foram verdadeiras mediadoras de conhecimento, foram pessoas que me viam não só como um número de chamada, mas como um ser humano com necessidades individuais, ser como a diretora Benilda Ribeiro, que sempre resgatou cada aluno , até mesmo aqueles considerados mais problemáticos. Eu queria ser como elas , e no CEFAM ,após ser classificada na seletiva fui chamada ingressei no Ensino Integral para o tão sonhado magistério, das 07h da manhã às 17h30 da tarde, recebia uma bolsa para estudar, e amava o que estava fazendo, passei a me sentirrealizada, como eu falo hoje para minha filha era feliz e não sabia. Lá eu cresci e desenvolvi minha maturidade, me fortaleci e criei laços que trago até os dias de hoje como minha grande amiga Jackeline Feliciano. Ter vários professores ao mesmo tempo foi um desafio muito legal, caderno de várias matérias foi a coisa mais linda que eu vivi , achava um máximo. Muitos professores fizeram parte da minha trajetória e tiveram alguns que nunca vou esquecer-me , como exemplo as professoras Ivanete supervisora de estágio, Mônica Polly com seus logaritmos ,Iolanda professora de CMLP sempre impecável e elegante, a Cristiane com as montagens de circuitos elétricos nas aulas de Física, o professor Marcelo Donizete e os pensamentos filosóficos, são tantos que passaram por minha vida nesse momento e que marcaram de uma forma tão especial, posso dizer que a professora Márcia de Psicologia da Educação foi aquela que me fez enxergar a mim como uma pessoa que tem valor , que tem sim algo a oferecer , essa sim foi uma fase mais que inesquecível e que tenho saudades, foram três anos incríveis. A forma de ensino e incentivo, por parte dos professores . Toda a lembrança vale a pena, sejam elas negativas ou positivas sempre traz consigo um aprendizado. No meu ensino médio , nunca tive nenhuma expectativa de fazer parte da área da educação, porém esse desejo foi surgindo e se tornou realidade através do CEFAM, as aulas eram dinâmicas sempre uma novidade, situações onde nós éramos protagonistas . Conclui o curso , onde pude terminar essa parte da trajetória de minha formação. Naquele ano de 2003 houve um concurso público no município de Cotia, decidi então fazer a prova mesmo não estando formada , pois a colação seria mais ao final daquele ano, realizei a nível de experiência e qual foi minha satisfação, fui classificada para trabalhar , porém até aquele momento não poderia assumir, em de de 2003 me formei e no dia 12 de março de 2004 assumi minha primeira sala de aula de maneira efetiva. Quantas dúvidas, quantos medos e incertezas. Eu ingressei então no mercado de trabalho. Durante alguns anos apliquei o que havia aprendido, mas surgiram novos desafios,com o Plano Nacional de Educação projeto do governo federal aprovado por lei em 2014, traz metas a serem alcançadas até 2024, dizia que o professor deveria ter um curso superior. Trabalhava de dia e estudava a noite, era bem cansativo, mas muito proveitoso, pois estava conquistando o meu espaço. Logo após a conclusão da graduação, foi dado início ao curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional, foi uma grande vitória para minha familia, fui a primeira pessoa a cursar o Ensino Superior, depois disso vieram os meus irmãos, foi como se abrisse uma porta para outra realidade. Aprendi que o primeiro contato com a educação é no meio familiar, pois os pais são os primeiros e porque não dizer os mais importantes educadores. O indivíduo tendo como base a família , ele começa a se integrar na sociedade com a educação ali ensinada . Mesmo com as diferenças da cultura e do aprendizado, cada um tem acesso a um tipo de educação, pois não existe uma única forma de educar, um único método ou um único professor, em todas as situações em que vivemos presenciamos um tipo de educação onde podemos nos tornar tanto alunos como professores. A educação faz o indivíduo compreender e entender seu meio. O pedagogo atua na prática com a responsabilidade de aplicar as teorias pedagógicas para o bom desenvolvimento do processo de aprendizagem. 
Na minha concepção nos tornamos professores protagonistas quando ensinamos nossos alunos a serem protagonistas também, não existe uma educação exata e ninguém sabe de tudo, pois cada situação é adequada à sua realidade , a sua cultura ao seu modo de pensar e de agir dentro da sociedade. A escola integra os valores passados pelos pais aos seus filhos. Hoje , vemos que nem sempre funciona desta maneira, pois a parceria e o elo que deveria existir está se perdendo , pois a escola tem sido vista como a responsável exclusiva da educação dos alunos. O pedagogo tem esta responsabilidade de ensinar e mostrar o caminho. O processo de aprendizagem é um fenômeno natural do ser humano que envolve uma série de fatores: aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. Quando um bebê é estimulado por seus pais a pegar objetos ele o faz, acontecendo o mesmo quando é estimulado a engatinhar, mastigar, andar, ler, diferenciar cores e outras coisas. Dessa forma, é possível dizer que o processo de aprendizagem é tido a partir da motivação. A pedagogia sofre transformações de acordo com a necessidade da sociedade e das novas tecnologias. As TICs devem ter uma função dentro do campo educacional apresentando uma nova maneira de agir, pensar, relacionar-se, contribuindo para formação de cidadãos críticos e atuantes nessa nova sociedade. Cultura Digital serve de estrutura fundamental para concretizar os sonhos e as estruturas de negócios que nasceram do próprio impulso dos empreendedores. Ela também é muito importante para o engajamento de estudantes e professores, inclui todas essas questões construídas e experiências compartilhadas no ambiente digital. Dentro de todo esse temos a velocidade, constante mutação e globalização, a criação, distribuição e divulgação das informações. Todas essas mudanças me trouxeram até aqui, há uma necessidade de constante atualização, os alunos acompanham a evolução tecnológica, as estruturas familiares e sociais mudaram e se faz necessário uma formação que traga essa bagagem teórica/prática nas novas vivências enquanto educadora. Minha formação inicial por ser pautada num contexto construtivista, me auxiliou muito a adaptar-me às mais diversas situações desafiadoras desde de um com Dificuldades de aprendizagem até a problemas de cunho mais delicado. A grande expectativa no momento é compreender o contexto de estudos deste curso, assim como meus alunos, estou me adaptando, tudo é um processo, espero através deste ser capaz de executar de forma satisfatória minhas atividades profissionais com maior clareza e discernimento. As metas estabelecidas são de manter o foco e não desistir apesar de estar muito preocupada com todo programa. Profissionalmente este curso, abrirá novas oportunidades as quais irei descobrir no decorrer do curso.
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