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1 IRENE SOUZA ATM 2024/2 Pneumonias Virais Bronquiolite viral aguda RX tórax – infiltrado pulmonar difuso ETIOLOGIA Principais: Pneumococo, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Vírus - Sincicial respiratório, Parainfluenza, Influenza, Adenovírus, Rinovírus; Varicela- zoster, Coronavírus, Citomegalovírus, Enterovírus, Epstein-Barr, Herpes simples IDADE: Vírus é mais frequente em lactentes (14 -35%). Os vírus são responsáveis pela maioria das PAC, em torno de 90% até um ano de idade e 50% em escolares. TRANSMISSÃO: Propagação entre pessoas (secreções), aspiração de VAS para VAI, hematogênica, contiguidade (faringite viral, faringomigdalite bacteriana), contato íntimo CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Variam de acordo com a idade da criança, o microrganismo envolvendo, presença ou ausência de doença subjacente – fibrose cística, quimioterapia (imunodepressão), imunodeficiência congênita ou adquirida, cardiopatia congênita (hiperfluxo e congestão pulmonar), desnutrição, erro alimentar, anemia ferropriva QUADRO CLÍNICO: Espirros e rinorréia com secreção clara (IVAS), febre, diminuição do apetite, irritabilidade, tosse, dispnéia-apnéia, bradicardia, prolongamento da expiração SINAIS DE ALERTA: < 2 meses idade - taquipnéia ou tiragem > 2 meses idade - taquipnéia e tiragem / recusa alimentar / alteração do sensório TAQUIPNEIA: considerado o sinal clínico primário em Pediatria! A apnéia é um sinal proeminente entre os lactentes < 2 meses, achados do exame físico são menos definitivos. Ausculta – Entrada de ar bilateral, presença de sibilos,roncos ou ruídos respiratórios, crepitações Valores de corte para FR conforme idade: < 2 meses: FR ≥ 60 irpm; 2 a 11 meses: FR ≥ 50 irpm; 1 a 4 anos: FR ≥ 40 irpm. Pneumonia viral grave (RSV): cardiopatia congênita, displasia broncopulmonar - sopro Teste do coraçãozinho – cianose, hipóxia, fechamento do canal arterial Os achados físicos mais confiáveis de pneumonia são os de angústia respiratória – taquipneia, taquicardia, batimento de asas do nariz e retrações costais. Crises de apneia ou tosse acompanhados de cianose - podem ser observadas em repouso se houver desequilíbrio significativo da ventilação-perfusão. Febre de intensidade e recorrência variável História clínica + Exame físico + Raio X de tórax AP e P – Exames laboratoriais AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA Hiperinsuflação torácica difusa com aumento do volume pulmonar Hipertransparência Retificação do diafragma Coxim de ar retroesternal Atelectasias Padrão intersticial: hiperinsuflação, espessamento peribrônquico, infiltrado intersticial difuso 2 IRENE SOUZA ATM 2024/2 RX DE PERFIL: patologia retrocardia Neutrofilia - bacteriana INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL Se necessária! Hemograma completo (hemocultura com teste, PCR), Pesquisa de Vírus respiratório (Influenza, Parainfluenza, VSR, Adenovírus, Rinovírus), Gasometria arterial (cultura de secreções se disponível) INVESTIGAÇÃO MICROBIOLÓGICA Aspirado nasofaríngeo para a pesquisa de vírus deve ser coletado em todas as crianças com idade até os 18 meses. Estudos de Identificação Viral: isolamento do vírus em células, imunofluorescência da secreção das vias aéreas (sensibilidade 70% e especificidade 90%), biologia molecular (PCR) TRATAMENTO Primariamente expectante e de suporte (tto conservador) a) Hidratação: estabelecer o estado de hidratação das crianças de pouca idade, visto que o aumento das perdas insensíveis em decorrência da febre e da hiperventilação, associado à anorexia, pode resultar em déficits significativos b) Oxigenação: única medida terapêutica comprovadamente eficaz. Melhora a hipoxemia, diminui o esforço e o gasto energético associado. SatO2 deve ficar entre 93-95%. Tenda, catéter ou máscara c) Mobilização das secreções VAI: FISIOTERAPIA – desobstrução e higiene brônquica, prevenção de atelectasias e recrutamento alveolar, promove melhor ventilação-perfusão e diminui o trabalho respiratório MEDICAMENTOS Sintomáticos: febre e desconforto – paracetamol, dipirona ou ibuprofeno. ATB: contraindicado, utilização frequente. Se evidências radiológicas concomitantes depneumonia bacteriana. Indicadores: gravidade - admissão hospitalar Saturação de O2 <92%, cianose FR >70 /min Dificuldade respiratória Apneia intermitente PROGNÓSTICO: reavaliar clinicamente em 2 a 3 semanas após o diagnóstico. O aspecto importante a ser reconhecido é que cerca de 20% dos pacientes com casos não complicados de pneumonia apresentam anormalidades radiográficas persistentes em 3 a 4 semanas após o diagnóstico. PROFILAXIA: Palivizumab (Synagis) é um anticorpo monoclonal dirigido contra RSV, que foi aprovado para imunoprofilaxia em crianças com menos de 24 meses de idade e que apresentam história clínica de doença pulmonar crônica ou história de parto prematuro. Aprovado para crianças com cardiopatia congênita hemodinamicamente significativa RIBAVIRINA: alto custo, reduz tempo de internação, imunodeprimidos, cardiopatas, fibrocísticos, insuficiência ventilatória PREVENÇÃO: lavagem das mãos para reduzir contágio
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