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Potenciais de ação Capítulo 1 – Fisiologia celular O potencial de ação é um fenômeno composto por uma rápida despolarização e em seguida a repolarizacao do potencial de membrana, (é a diferença de potencial eléctrico entre os meios intra e extracelular. Quando a célula não está transmitindo nenhum impulso, ela se encontra em seu potencial de repouso). O potencial de membrana é um mecanismo básico de transmissão de informações no sistema nervoso e todos os tipos de musculo. Que ocorre em células excitáveis como neurônios. Para entender melhor o assunto é necessário se integrar a terminologia que será utilizada. Tornar o potencial de membrana menos negativo. O potencial de membrana normal, em repouso, tem o interior da célula negativo. e a despolarização faz com que o interior da célula fique menos negativo ou até se torne positivo. Torna o interior da célula menos positivo. São alterações que fazem o potencial da membrana mais negativo. Fluxo de cargas positivas para dentro da célula. Servem para despolarizar o potencial de membrana. Fluxo de cargas positivas para fora da célula. Hiper polarizam o potencial de membrana. ocorre quando a entrada de íons de sódio na célula excede a saída de íons de potássio O potencial limiar pode ser alcançado ao alterar-se o balanço entre as correntes de sódio e potássio. Quando o potencial limiar é menos negativo que o potencial de membrana em repouso, uma corrente de influxo despolariza o potencial de membrana até o limiar. No potencial limiar, a corrente de influxo total torna maior do que a corrente de efluxo total e a despolarização resultante torna-se autossustentável, originando a fase ascendente do potencial de ação. Se a corrente de influxo total for menor do que a corrente de efluxo total, a membrana não despolariza até o limiar e não há potencial de ação pico do potencial de ação (ultrapassagem) porção do potencial de ação na qual o interior da célula e positivo. parte do potencial de ação depois da repolarizacao em que o interior de célula é mais negativo do que em repouso. Potencial de ação normal parece idêntico, despolariza no mesmo potencial e repolariza no mesmo potencial de repouso Em um sítio provoca a despolarização dos sítios adjacentes, trazendo-os ao limiar. A propagação é sem decaimento (amplitude constante). Um potencial de ação ocorre ou não ocorre, se a célula é despolarizada até o limiar da maneira normal, a ocorrência de um potencial de ação é inevitável, porém e a membrana não for despolarizada até o limiar, o potencial de ação não pode acontecer. Se o estímulo for aplicado durante o período refratário, o potencial de ação não ocorre ou ocorre com tamanho e formato estereotípicos diferentes. . Potencial de membrana em repouso. A condutância ou permeabilidade ao K+ é alta; os canais de K+ estão quase completamente abertos, permitindo que esses íons se difundam para fora da célula seguindo o gradiente de concentração existente essa difusão cria um potencial de difusão de K+, que leva o potencial de membrana até o potencial de equilíbrio do K+ A condutância ao Cl- também é alta e, em repouso, esse íon está próximo de seu equilíbrio eletroquímico. Em repouso, a condutância de Na é baixa e, assim, o potencial de membrana de repouso está longe do potencial de equilíbrio desse íon e ele está distante do equilíbrio eletroquímico. Fase ascendente do potencial de ação. Uma corrente de influxo, geralmente o resultado da corrente disseminada por potenciais de ação de sítios adjacentes, provoca a despolarização da membrana da célula nervosa até o limiar, essa despolarização inicial provoca a rápida abertura das comportas de ativação do canal de Na+ aumentando, rapidamente, a condutância a esse íon, que fica até superior à de K+. o aumento da contundência ao Na+ gera uma corrente de influxo íon; o potencial de membrana é ainda mais despolarizado, mas não chega ao potencial de equilíbrio de Na+. Um canal de Na+ é responsável pela fase ascendente do potencial de ação nas células nervosas e da musculatura esquelética. Esse canal é uma proteína integral de membrana . A premissa básica deste modelo é que, para que o Na+ comportas respondem a alterações de voltagem. As comportas de inativação se fecham em resposta à despolarização, mas de forma lenta, após um tempo. Assim, quando a despolarização ocorre, as comportas de ativação se abrem rapidamente e, a seguir, há o fechamento mais lento das comportas de inativação . No potencial de membrana em repouso, as comportas de ativação estão fechadas e as comportas de inativação estão abertas. No entanto, estão “disponíveis” para disparar um potencial de ação se houver despolarização (a despolarização abre as comportas de ativação e, uma vez que as comportas de inativação já estão abertas, os canais de Na+ se abrem 2. Durante a fase ascendente do potencial de ação, a despolarização provoca a rápida abertura das comportas de ativação e tanto essas quanto as comportas de inativação ficam abertas por um curto período. O Na+ pode fluir pelos canais até o interior celular causando maior despolarização. Repolarização do potencial de ação. A fase ascendente termina e o potencial de membrana repolariza ao nível em repouso em decorrência de dois eventos. Primeiro, as comportas de inativação dos canais de Na+ ainda maior do que o observado em repouso. O efeito combinado do fechamento dos canais de Na+ e da maior abertura dos canais de K+ maior do que a do primeiro. Assim, há o estabelecimento de uma corrente de efluxo de K+ membrana é repolarizada. O tetraetilamônio (TEA) bloqueia esses canais de K+ voltagem, a corrente de efluxo desse íon e a repolarização. 4. Pós-potencial hiperpolarizante (hiperpolarização). Por um breve período após a repolarização, a condutância ao K+ aproxima ainda mais do potencial de equilíbrio de K+ condutância ao K+ lenta do que a abertura das comportas de ativação. Assim, depois de um tempo, as comportas de inativação se fecham, fechando os canais de Na+ evento, a despolarização abre os canais de K+ respondem à despolarização e se fecham, mas essa resposta é mais e terminando a fase ascendente. No segundo, aumentando a condutância desse íon a um valor faz com que a condutância desse último íon seja muito dependente de e a é maior do que em repouso e o potencial de membrana se (pós-potencial hiperpolarizante). Por fim, a retorna ao nível de repouso e o potencial de membrana sofre uma pequena despolarização, retornando ao valor de repouso. A membrana agora está pronta para ser estimulada, gerar outro potencial de ação. . . No pico do potencial de ação, as lentas comportas de inativação finalmente se fecham em resposta à despolarização; agora, os canais de Na+ estão fechados, a fase ascendente acabou e começa a repolarização. A repolarização para o potencial de membrana em repouso provoca a abertura das comportas de inativação. Agora, os canais de Na+ voltam ao estado fechado, mas disponível e estão prontos e “à disposição” para disparar outro potencial de ação caso haja despolarização Durante os períodos refratários, as células excitáveis são incapazes de produzir potenciais de ação normais O período refratário absoluto se sobrepõe à quase toda a duração do potencial de ação. A base para esse período refratário absoluto é o fechamento das comportas de inativação do canal de Na+ voltam ao estado fechado, mas disponível, e pode fluir pelos canais até o interior celular, causando maior estão fechados, a fase ascendente em resposta à despolarização. Essas comportas de inativação ficam fechadas até que a célula seja novamente repolarizada até o potencial de membrana de repouso e os canaisrecuperem o estado “fechado, mas disponível” O período refratário relativo começa ao final do período refratário absoluto e se sobrepõe, principalmente, ao período de pós-potencial hiperpolarizante. Durante esse período, um potencial de ação pode ser provocado, mas apenas se uma corrente despolarizante (de influxo) maior do que a usual for aplicada. A base desse período refratário relativo é a maior condutância ao K+o que a observada em repouso. Uma vez que o potencial de membrana é mais próximo do potencial de equilíbrio de K mais corrente de influxo é necessária para trazer a membrana ao limiar e iniciar o próximo potencial de ação Quando uma célula nervosa ou muscular é lentamente despolarizada ou mantida em um nível despolarizado, o potencial limiar usual pode passar sem que um potencial de ação seja disparado. Esse processo, denominado acomodação, ocorre porque a despolarização fecha as comportas de inativação nos canais de na A propagação dos potenciais de ação por uma fibra nervosa ou muscular ocorre por meio da disseminação de correntes locais das regiões ativas às regiões inativas adjacentes. Em repouso, todo o axônio apresenta o potencial de membrana de repouso e o interior da célula é negativo. Os potenciais de ação começam no segmento inicial do axônio, mais próximo ao corpo do neurônio. Esses potenciais se propagam pelo axônio por meio da disseminação de correntes locais A velocidade com que os potenciais de ação são transmitidos por uma fibra nervosa ou muscular é a velocidade de condução. Essa propriedade tem grande importância fisiológica, já que determina a velocidade de transmissão da informação pelo sistema nervoso A velocidade com que os potenciais de ação são transmitidos por uma fibra nervosa ou muscular é a velocidade de condução. Essa propriedade tem grande importância fisiológica, já que determina a velocidade de transmissão da informação pelo sistema nervoso. as propriedades de cabo, explicam como os nervos e músculos agem como cabos na condução da energia elétrica. indica a rapidez da despolarização da membrana em resposta a uma corrente de influxo ou ainda a rapidez da hiperpolarização em resposta a uma corrente de efluxo resistência da membrana (Rm é alta, a corrente não atravessa a membrana celular com facilidade, o que dificulta a alteração do potencial de membrana e, assim, aumenta a constante de tempo a capacitância da membrana (Cm) é a habilidade de armazenamento de carga pela membrana celular. Quando a Cm é alta, a constante de tempo aumenta, já que a corrente injetada deve, primeiro, descarregar o capacitor da membrana antes de despolarizá-la. Assim, a constante de tempo é maior (ou seja, o período transcorrido é maior) quando Rm e Cm são altas. A constante de comprimento indica a distância de disseminação da corrente despolarizante pelo nervo. Quanto maior a constante de comprimento, maior a disseminação da corrente pela fibra nervosa. O aumento do tamanho de uma fibra nervosa eleva a velocidade de condução, . A mielina é um isolante lipídico de axônios que aumenta a resistência da membrana e diminui a capacitância da membrana. A maior resistência da membrana força a corrente a fluir pela via de menor resistência do interior do axônio, ao invés da via de alta resistência da membrana axonal. A diminuição da capacitância da membrana reduz a constante de tempo; assim, nas interrupções da bainha de mielina a membrana do axônio despolariza mais rapidamente em resposta à corrente de influxo maior resistência da membrana e de sua menor capacitância aumentam a velocidade de condução.
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