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G1 GESTÃO EMPRESARIAL EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo Escola de Negócios Cursos Profissionais Deus quer, O Homem sonha, A obra nasce. Fernando Pessoa EMPREENDEDORISMO ÍNDICE Pág. - CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO...........................................................................................02 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO EMPREENDEDORISMO.....................................................................02 - O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL.............................................................................................03 - A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO.................................................................................03 - CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR DE SUCESSO............................................................04 - O EMPREEENDEDOR E A INOVAÇÃO.............................................................................................06 - DIFERENÇAS ENTRE O EMPREEENDEDOR E O ADMINSTRADOR.............................................06 - PORQUE SER EMPREEENDEDOR? ................................................................................................09 - IDÉIAS E OPORTUNIDADES....................................................................................... .......................09 - FONTES DE IDÉIAS............................................................................................................................10 - FATORES QUE AFETAM A OPORTUNIDADE..................................................................................10 - LEGISLAÇÃO ÚTIL PARA OS EMPREENDEDORES........................................................................11 - EMPRESAS DE MICRO E DE PEQUENO PORTE............................................................................12 - COMO REGISTRAR UMA EMPRESA? .............................................................................. ...............12 - DESCRIÇÃO GERAL DE CARGOS DE UMA EMPRESA..................................................................14 - MODELO DE UM CONTRATO SOCIAL..............................................................................................15 - TIPOS DE EMPRESA...........................................................................................................................20 - CONSTITUIÇÃO JURÍDICA DAS EMPRESAS....................................................................................21 - PLANO DE NEGÓCIOS........................................................................................................................22 - POR QUE PLANEJAR..........................................................................................................................23 - A QUEM SE DESTINA O PLANO DE NEGÓCIOS.............................................................................24 - ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIOS..........................................................................................24 - MISSÃO.................................................................................................................................................25 - VISÃO....................................................................................................................................................26 - OBJETIVOS E METAS..........................................................................................................................29 - ORAÇÃO DO EMPREENDEDOR................................................................................................. ........29 - MODELO DE PLANO DE NEGÓCIOS.................................................................................................31 - FEEDBACK.................................................................................................... ........................................44 1 EMPREENDEDORISMO EMPREENDEDORISMO Conceito de Empreendedorismo Pode-se dizer que empreendedorismo é uma área que estuda os empreendedores e seus empreendimentos. O que significa o termo “empreendedorismo”? É uma livre tradução da palavra entrepreneurship. Designa uma área doc conhecimento de grande abrangência e trata de outros temas, além da criação de empresas: A disseminação da cultura empreendedora no sistema de ensino formal em todos os níveis. A disseminação da cultura empreendedora e o apoio à ação empreendedora entre grupos sociais, tais como: desempregados, minorias, alijados do processo econômico; O empreendedorismo comunitário em que sociedades desfavorecidas se articulam para enfrentar a diversidade; A sensibilização das forças da sociedade para a importância do empreendedorismo e da pequena empresa; A geração do auto emprego; A criação de empresas; A identificação, criação e busca de oportunidades para empresas novas e existentes; O intra-empreendedorismo (intrapreneurship) ou estudo do papel do empreendedorismo em grandes organizações; A promoção do desenvolvimento local; A concepção e adoção políticas públicas de apoio e suporte à criação de empresas, abrangendo práticas econômicas, legais, tributárias, de financiamento, etc.; O estabelecimento de redes de relações com universidades e com todas as forças sociais. Evolução Histórica do Empreendedorismo A palavra empreendedora (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. A seguir, faremos uma análise histórica do desenvolvimento da teoria do empreendedorismo (Hisrich, 1986). Primeiro uso do termo empreendedorismo: um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (hoje mais conhecido como capitalista) para vender suas mercadorias. Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo os riscos físicos e emocionais. _________________________________________________________________________________ 2 EMPREENDEDORISMO Idade Média: neste período termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia grandes riscos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país. Século XVII: nessa época o empreendedor estabelecia um acordo contratual como o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, são considerados por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assumia riscos) do capitalista (aquele que fornecia o capital). Século XVIII: nesse século o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo. Um exemplo foi o caso das pesquisas referentes a eletricidade e química, de Thomas Edison, que só foram possíveis com o auxílio de investidores que financiaram os experimentos. Séculos XIX e XX: no final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista. O Empreendedorismo no Brasil O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos últimos anos, intensificando-se no final da década de 1990. O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas)e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo em criação de pequenas empresas. Os ambientes políticos e econômicos do país não eram propícios e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxilia-lo na jornada empreendedora. A Importância do Empreendedorismo No momento presente, não se tem um movimento predominante, mas acredita-se que o empreendedorismo irá, cada vez mais, mudar a forma de se fazer negócios no mundo. O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do passado? O que é diferente é que o avanço tecnológico tem sido de tal ordem, que requer um número muito maior de empreendedores. A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, e forma que hoje existe a necessidade de se formalizar conhecimentos, que eram apenas obtidos de forma empírica no passado. Portanto, a ênfase em empreendedorismo surge muito mais como consequência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não é apenas um modismo. 3 EMPREENDEDORISMO A economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes. Por isso o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômico, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riquezas para a sociedade. Há dez ou quinze anos era considerada loucura um jovem recém-formado aventurar-se na criação de um negócio próprio, pois os empregos oferecidos pelas grandes empresas nacionais e multinacionais, bem como a estabilidade que se conseguia nos empregos em repartições públicas, eram mito convidativos, com bons salários, status e possibilidade de crescimento dentro da própria organização. O ensino da administração era voltado a este foco: formar profissionais para administrar grandes empresas e não para criar empresas. Quando este cenário mudou, tanto os profissionais experientes, os jovens à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho, como as escolas de ensino de administração, não estavam preparados para o novo contexto. E mudar a visão a respeito de determinado assunto, redirecionar ações e repensar conceito, leva algum tempo até que se gerem resultados práticos. O fato é que o empreendedorismo finalmente começa a ser tratado no Brasil como grau de importância que lhe é devido, segundo um exemplo do que ocorreram em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde os empreendedores são os grandes propulsores da economia. Quais as características fundamentais de um empreendedor? Visionário - O empreendedor é uma pessoa que enxerga oportunidades antes das outras. Para o empreendedor verdadeiro, dificuldades podem, potencialmente, significar oportunidades. Sabem tomar decisões - O empreendedor apreendeu, através do conhecimento e da prática, a tomar decisões que os fazem ser mais velozes e precisos que os possíveis concorrentes. Energia - O empreendedor possui uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação. Automotivação e entusiasmo – O empreendedor é capaz de uma automotivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita. O empreendedor não necessita de prêmios externos, como compensação financeira. Como consequência de sua motivação, o empreendedor possui um grande entusiasmo pela suas ideias e projetos. 4 EMPREENDEDORISMO Controle - O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. O empreendedor se vê como capaz de controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir seus objetivos. Voltado para equipe - O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da palavra. O empreendedor cria equipe, delega, acredita nos outros, obtêm resultados por meio de outros. Otimismo - O empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento. Características de Personalidade do Empreendedor de Sucesso Muita gente, no entanto, consegue enfrentar as circunstâncias mais desfavoráveis, ora vencendo, ora perdendo, porém sempre rumando ao sucesso, pois utilizam-se de seu talento que se traduz numa série de características de personalidade que tornam uma pessoa mais ou menos apta a comandar uma empresa. A seguir, as características mais importantes de personalidade do empreendedor de sucesso: Capacidade de assumir riscos: vocação para enfrentar Desafios é uma combinação de ousadia, coragem e determinação. Ao arriscar seu patrimônio num novo negócio, O empreendedor está colocando a realização de seus ideais acima de suposta segurança do trabalho assalariado Senso de oportunidade: é a capacidade natural de estar permanentemente atento a tudo o que acontece à sua volta. Um empreendedor bem-sucedido tem faro para fazer coisas novas, na hora certa, ou seja, ele sabe identificar as necessidades de seus clientes (atuais e futuros) de modo a produzir bens e serviços que satisfaçam essas aspirações. Liderança: um trabalhador transpira; um líder inspira. Liderar significa usar o próprio poder de influência sobre os colaboradores, ajudando-os a solucionar Problemas na execução do trabalho, sem nunca e esquecer de que cada um deles tem sua vida pessoal e suas aspirações, e, principalmente, mantendo-os sempre motivados. Flexibilidade: no universo dos negócios a rigidez é um veneno fatal, principalmente para a pequena empresa. Se os clientes necessitarem, o empresário deve estar pronto para mudar tudo, com rapidez; alterando produtos, serviços, métodos de trabalho, procedimentos internos e até políticas de atuação no mercado. _________________________________________________________________________________ 5 EMPREENDEDORISMO Persistência: independentemente das dificuldades, o empreendedor tem de definir e manter o direcionamento da empresa, persistindo no ideal que deu origem a Mesma e cumprir todos os objetivos auto-propostos, superando os obstáculos que venham a surgir pelo caminho. Atualização: o empreendedor é alguém que está sempre disposto a aprender. Ele tem sede de conhecimento, de saber mais e mais detalhes sobre a organização, clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes e funcionários. Visão Global: é enxergar a organização empresarial como um processo de satisfação das necessidades do cliente, sem esquecer que ela tem funções importantes dentro da comunidade, como: gerar empregos, preservar o meio ambiente, contribuir para o desenvolvimento pessoal dos funcionários, etc. Só se atende bem os clientes externos quando o público interno (empregados e colaboradores) está satisfeito. Da mesma forma, é importante manter um entrosamento afinado com os fornecedores e a comunidade local. Organização: uma empresa tem metas. Um bom empreendedor deve encontrar os meios para alcançá-las. E para obter sucesso, deve usar o planejamento de forma lógica, racional e organizada. É preciso, assim, definir aonde se quer chegar e quais caminhos a percorrer. Inovação: o empreendedor eficiente sempre tem várias ideias em estudo, muitas Em andamento e algumas em vias de se concretizar. O importante é evitar que essas ideias acabem no vazio, para isso o empresário tem de se dedicar a transformá-las em realizações. Criatividade: conceber soluções novas é uma obrigação cotidiana do empreendedor. Não se trata de tarefa fácil e exige coragem para lidar com eventuaisfracassos e uma certa rebeldia contra as convenções e ideias prontas (nem sempre eficazes) ditadas pelos manuais de administração e marketing. Objetivos definidos: o objetivo final de um empreendimento, em qualquer ramo, é um só: a satisfação das expectativas e dos desejos dos clientes, através da competitividade e da busca da qualidade total. Empreendedor e a Inovação EMPREENDEDOR Visão sistêmica Criatividade Poder de realização Atenção aos riscos Inovação Em produtos Em serviços agregados Em processos Em canais de distribuição Em novos negócios... Diferenças entre o Empreendedor e o Administrador Aqui cabe uma breve análise das diferenças e similaridades entre administradores e empreendedores, pois muito se discute a respeito desse assunto. Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. _________________________________________________________________________________ 6 EMPREENDEDORISMO O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. Mas para entender quais são estas características adicionais é preciso entender o que faz o administrador. O administrador tem sido objeto de estudo há muito mais tempo que o empreendedor e, mesmo assim, ainda persistem dúvidas sobre o que o administrador realmente faz. A abordagem clássica ou processual, com foco na impessoalidade, na organização e na Hierarquia, propõe que o trabalho do administrador ou a arte de administrar concentre- se nos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar. O principal divulgador desse Princípio foi Henry Fayol, no início do século XX, e vários outros autores reformularam ou complementaram seus conceitos com o passar dos anos. Outra abordagem sobre o trabalho do administrador foi feita por Rosemary Stewart (1982), do Oxford Center Management Studies, que acreditava que o trabalho dos administrador é semelhante aos dos empreendedores, já que compartilham de três características principais: demandas (o que tem de ser feito), restrições (fatores Internos e externos da organização que limitam o que o responsável pelo trabalho administrativo pode fazer) e alternativas (opções que o responsável tem na determinação do que fazer e de como fazer). Nesse método de Stewart não há a preocupação de estudar o conteúdo do trabalho do administrador. Hampton (1991) diz que os administradores diferem em dois aspectos: Nível que ocupam na hierarquia: define como os processos administrativos são alcançados. Neste caso o trabalho administrativo pode ser identificado como: de Supervisão (tratam de operações de uma unidade específica, como uma seção ou Departamento), médio (ficam entre os mais baixos e os mais altos níveis na Hierarquia da organização) e alto (aqueles que têm a mais alta responsabilidade e mais abrangente rede de interações). Conhecimento: trata-se da diferenciação dos gerentes em funcionais e gerais, independentemente do nível que ocupam na organização. Os funcionais são os encarregados de partes específicas de uma organização, e os gerais aqueles que assumem responsabilidades amplas e multifuncionais. Mintzberg (1986) propôs uma abordagem que trata da atividade do trabalho gerencial, focando os papéis dos gerentes: interpessoais (representante, líder e ligação), informacionais (monitor, disseminador e interlocutor) e decisórios (empreendedor, solucionador de distúrbios, alocador de recursos e negociador). Esses papéis dos gerentes podem variar dependendo do seu nível na organização, sendo mais ou menos evidente um ou outro papel. E mais: o administrador assume papéis em grupos sociais para efetivar as quatro ações processuais da abordagem clássica dos processos. Quando se analisam os estudos sobre o papel e as funções do administrador, citados anteriormente, pode-se dizer que existem muitos pontos em comum entre o administrador e o empreendedor. Ou seja, o empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes os executivos de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes Assim, quando a organização cresce, os empreendedores geralmente têm dificuldades de tomar as decisões do dia-a-dia dos negócios, pois se preocupam mais com os aspectos estratégicos, com os quais se sentem mais à vontade. As diferenças entre os domínios empreendedor e administrador podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial, as quais podem ser verificadas no quadro a seguir: __________________________________________________________________________ 7 EMPREENDEDORISMO Domínio Empreendedor Domínio Administrativo Pressões nesta direção Dimensões-Chave do Negócio Pressões nesta direção Mudanças rápidas: -Tecnológicas: -Valores Sociais -Regras políticas Dirigido pela percepção de oportunidades Orientação Estratégica Dirigidos pelos recursos atuais sob controle Critérios de medição de desempenho; sistemas e ciclos de planejamento Orientação para ação; decisões rápidas; gerenciamento de risco Revolucionário com curta duração Análise das Oportunidades Revolucionário de longa duração Reconhecimento de várias alternativas; negociação da estratégia; redução de risco Falta de previsibilidade das necessidades; falta de controle exato; necessidade de aproveitar mais oportunidades; pressão por mais eficiência Em estágios periódicos, com mínima utilização em cada estágio Comprometimento dos Recursos Decisão tomada passo a passo, com base em um orçamento Redução dos riscos pessoais; utilização de sistemas de alocação de capital e de planejamento formal Risco da obsolescência; necessidade de flexibilidade Uso mínimo dos recursos existentes ou aluguel dos recursos extras necessários Controle dos Recursos Habilidade no emprego dos recursos Poder, status e recompensa financeira; medição da eficiência; inércia e alto custo das mudanças; estutura da empresa Coordenação das áreas- chave de difícil controle; desafio de legitimar o controle da propriedade; desejo dos funcionários de serem independentes Informal, com muito relacionamento pessoal Estrutura Gerencial Formal, com respeito à hierarquia Necessidade de definição clara de autoridade e responsabilidade; cultural organizacional; sistemas de recompensa; inércia dos conceitos administrativos _________________________________________________________________________________ 8 EMPREENDEDORISMO Por Que Ser Empreendedor? Não faltam motivos para que o sonho do negócio próprio esteja em alta entre os brasileiros. Diante da pergunta: “Por que você quer ser empresário?”, as respostas mais frequentes certamente serão: “Quero ser independente, fazer o meu próprio destino”; “Quero ganhar mais dinheiro”; “Gostaria de dedicar mais tempo à família e a mim mesmo”; “Não gosto de rotina. Prefiro ter um dia-a-dia mais excitante”; “Tenho vontade de realizar meus próprios projetos, de construir coisas”; “Preciso provar para mim mesmo e para os outros que consigo abrir e tocar um negócio”; “Como empresário, eu posso fazermeus próprios horários”; “Para ter a liberdade de sair de férias no momento que eu quiser”. À primeira vista, essas razões parecem suficientes para demonstrar que em qualquer situação vale a pena trocar o emprego assalariado pela carreira empresarial. São aspirações legítimas tanto do ponto de vista psicológico como do financeiro, mas é preciso lembrar que também há argumentos de peso no outro lado da balança. Em sua ocupação, o empresário enfrenta dificuldades, as quais provavelmente nunca tenham passado pela cabeça de quem foi empregado a vida inteira. Tocar uma empresa de modo satisfatório exige uma pesada cota de sacrifícios e muita gente desconhece ou simplesmente não quer se submeter a eles. Eis alguns casos: A jornada de trabalho de quem abre uma empresa costuma ser superior à dos empregados. maioria dedica de 12 a 15 horas diários aos negócios, contra uma Média de 8 horas do assalariado. Qualquer empregado tem direito a férias anuais e remuneradas garantidas por Lei. Os empresários não. Por estar muito envolvido com os negócios o empresário corre o risco de dedicar Maior parte do seu tempo a empresa do que aos seus familiares. Na prática, o empresário não é tão independente quanto se imagina. Ao deixar de ser empregado, a pessoa se livra de patrões e chefes e em contrapartida, fica dependente de funcionários, fornecedores, clientes, bancos, governo, etc. Ministradores preparados. A vontade de ganhar muito dinheiro esbarra numa palavra-chave: competência. A concorrência é sempre muito grande e exige ad Ideias e Oportunidades As pessoas que não sabe distinguir uma ideia de uma oportunidade de negócios estão no caminho do insucesso. Esta confusão é muito comum entre os empreendedores iniciantes. Identificar e agarrar uma oportunidade de negócios é uma das grandes virtudes do empreendedor de sucesso. Atrás de uma oportunidade sempre existe uma ideia, mas nem toda ideia é uma oportunidade. 9 EMPREENDEDORISMO É necessário realizar um estudo de viabilidade através de um Plano de Negócios Para indicar o potencial de uma ideia transformar-se em um bom negócio. Lembre-se de que não existe uma “receita de bolo” para descobrir ou agarrar uma oportunidade. Fontes de Ideias a) Franquias – visitem o site da Associação Brasileira de Franchising e conheça mais sobre este assunto – www.abf.com.br. b) Empregos anteriores – sempre há alguma ideia retirada de um emprego anterior de tarefas que podem ser otimizadas, produtos que podem ser feitos de maneira diferente etc. c) Feiras e exposições – elas sempre trazem novos conceitos e ideias podem despertar ali. d) A observação – observar o que se passa com as pessoas, nas ruas, em suas casas pode ser uma fonte promissora de ideias. e) Experiências adquiridas como consumidor – elas podem ser boas ou ruins, mas sempre trarão ideias para o seu próprio negócio. f) Imitação – muitos produtos ou serviços que utilizamos hoje são uma “imitação” ou atualização de outros que já existiam anteriormente. Só passaram por reformulações para se atualizarem. E então, já pensou em alguma ideia diferente? Anote-a. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Fatores que afetam a oportunidade a) Sazonalidade – há produtos que são de época ou que simplesmente surgem e depois de um tempo desaparecem. Por exemplo, ovos de Páscoa só são consumidos em um período do ano; panetones também, assim como marcas como RDB (Rebeldes) ou outras tiveram o seu auge. b) Situação econômica – tanto a do empreendedor quanto a do país e do mundo. c) Ciclo de vida do setor ou do produto – já pensou em criar uma empresa para fabricar máquinas de escrever? É Claro que não! O ciclo de vida deste produto entrou em Declínio depois do advento de computadores. d) Grau de disponibilidade de insumos – é fácil encontrar o que precisa para realizar a fabricação de seu produto? e) Lucratividade – a oportunidade que você escolheu é lucrativa ou não. Esta resposta poderá indicar se você deve prosseguir ou não neste caminho. 10 http://www.abf.com.br/ EMPREENDEDORISMO f) Grau de Imunidade à concorrência – você será forte o bastante para competir com seus concorrentes? Lembre-se sempre do exemplo dos mercados: quando os grandes hipermercados chegaram ao Brasil, muitos dos mercados menores – aqueles de bairro – desapareceram, pois não mais conseguiam oferecer seus produtos a preços competitivos. g) Potencial de lucro e crescimento – lucro será momentâneo ou mais duradouro? É necessário saber para aproveitar melhor a oportunidade. A ideia que você teve pode se transformar em uma oportunidade? Analise e anote suas percepções. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Pesquise em diversas fontes as informações sobre sua ideia para verificar se ela realmente pode se transformar em uma oportunidade. Isto fará a diferença na elaboração de seu plano de negócios, que será visto mais adiante. Legislação útil para os Empreendedores Todo empreendedor deve conhecer as leis básicas para que sempre tenha sucesso em seu negócio e não deixe de aproveitar as vantagens que a lei pode oferecer a sua empresa. A legislação mais observada por todo empreendedor que começando é a Lei das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, mais conhecida como “Simples”. Ela entrou em vigor em 1997 com o objetivo de facilitar a vida destas empresas e de seus empresários. Veja os principais pontos da definição desta lei: 1. Consiste no pagamento unificado de impostos e contribuições, que são os seguintes: a) IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica; b) PIS – Programa de Integração Social; c) COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social; d) CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido; e) INSS Patronal; f) IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, se for contribuinte. 2. Quando a empresa se inscreve no “Simples”, ela fica isenta do pagamento das Contribuições instituídas pela União, assim como daquelas destinadas ao SESC, SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE, assim como as relativas ao salário-educação e à Contribuição Sindical Patronal. 3. Se o Estado e / ou o Município em que a empresa esteja estabelecida aderir ao Simples, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e / ou o ISS (Imposto Sobre Serviços). __________________________________________________________________________ 11 EMPREENDEDORISMO Existe um projeto de Lei Geral das Micro e Pequena Empresa (Projeto de Lei Complementar 123/4) também conhecida como Supersimples por ampliar o sistema Simplificado de pagamento de impostos conhecido por Simples. O chamado Simples Nacional engloba os tributos federais, estaduais e municipais, que serão recolhidos com um único documento. O projeto estabelece um critério único de enquadramento no conceito de micro e pequena empresa, a ser respeito por União, estados e municípios. Os limites de receita bruta anual, que hoje são vários, passam para R$ 240 mil para microempresas e R$ 2,4 Milhões para empresas de pequeno porte. Estes valores foram estabelecidos tendo como base o ano de 2005 e sempre devem ser conferidos no site da Receita Federal – www.receita.fazenda.gov.br para saber se houve alterações. A proposta também isenta de impostos as receitas de exportações realizadas por micro e pequenas empresas. Por fim, o projeto também reduz a burocracia para abertura e fechamento de uma empresa, entre outros pontos. Quais empresas podem ser consideradas micro ou de pequeno porte? Veja no quadro a seguir as informações que distinguem uma empresa da outra: Microempresa (ME) É uma pessoa jurídica que tenha auferido*, no ano- calendário, uma receita brutaigual ou inferior a R$ 240.000,00 (Duzentos e quarenta mil reais). Empresa de pequeno Porte (EPP) É uma pessoa jurídica que tenha auferido, no ano- calendário, uma receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (Duzentos e quarenta mil reais) e inferior ou igual a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). auferido significa alcançado, obtido. Toda ME ou EPP pode optar pelo “Simples” desde que obedecidos os seguintes critérios: - estar em situação regular com a Receita Federal e com o INSS; - Não pratique nenhuma das atividades impeditivas definidas em lei (consulte o site da Receita Federal para verificá-las). O pagamento de impostos e contribuições destas empresas é feito mensalmente por eio da DARF – Simples, que é o “Documento de Arrecadação de Receitas Federais”. Como registrar uma empresa? O empreendedor deve saber qual o tipo de empresa que irá constituir para saber os Procedimentos necessários. Esta escolha dependerá do tipo de negócio e também dos Objetivos do empreendedor. As sociedades empresárias devem adotar um dos tipos societários a seguir: - Empresa Individual – é o tipo de empresa em que uma pessoa natural, individualmente e habitualmente perante a legislação comercial, exerce atos de Comércio em seu próprio nome. A responsabilidade do titular é ilimitada. __________________________________________________________________________ 12 EMPREENDEDORISMO - Sociedade Limitada - É o tipo de sociedade mais comum adotada pelas pequenas empresas. Conta com responsabilidade limitada dos sócios - restrita ao valor de suas quotas -, e é de constituição mais simples. - Sociedade em Nome Coletivo - deve ser constituída somente por pessoas físicas, sendo que todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. - Sociedade em Comandita Simples - possui dois tipos de sócios comanditados: pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. - Sociedade Anônima - tem o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos Sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou Adquiridas. - Sociedade em Comandita por Ações - tem o capital dividido em ações, regendo- Se pelas normas relativas às sociedades anônimas. Para iniciar um novo negócio, você deve se preparar para cumprir as exigências da Legislação brasileira. Portanto, é importante conhecer os procedimentos necessários que estão descritos a seguir. Para saber mais sobre os tipos de empresa e qual a melhor para o seu negócio, consulte O site do Sebrae – www.sebrae.com.br. a) Escolher a Razão Social e Nome Fantasia Para escolher um nome, deve-se ir à Junta Comercial de sua cidade em que você deseja abrir a empresa. Assim, você irá verificar se não existe outra empresa com nome igual Ou semelhante ao que você escolheu, no mesmo ramo de negócios. Caso esta verificação não seja realizada, podem ocorrer aborrecimentos no futuro. Não se deve copiar nomes e marcas já existentes, pois existem legislações específicas sobre o assunto. Por exemplo: se uma empresa quiser criar uma nova marca de artigos esportivos e quiser chamá-la de MIKE, certamente terá problemas com a legislação. Porque a Pronúncia deste nome é muito parecida com a de outra marca já existente. Para conhecer melhor esta legislação, visite o site do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – www.inpi.gov.br. b) Preparar a Documentação A documentação necessária depende do tipo de empresa – sociedade ou firma Individual – e das exigências dos órgãos do Estado ou Município em que a mesma será aberta. Para dar andamento ao processo de abertura, a documentação inicial comum é a seguinte: Declaração de Empresa Individual – para as empresas individuais, o formulário pode ser adquirido em papelarias; Contrato Social – para sociedade por cotas de responsabilidade limitada, que deve conter os seguintes itens: __________________________________________________________________________________ 13 http://www.sebrae.com.br/ http://www.inpi.gov.br/ EMPREENDEDORISMO O objeto social da empresa, ou seja, a sua finalidade; O capital e valor das cotas de responsabilidade de cada sócio; Quem vai assinar pela empresa; As retiradas e pró-labores dos sócios; Os imprevistos em caso da dissolução da sociedade; A sede da empresa e documentos dos sócios (cópia autenticada do CPF, da Carteira de Identidade, do Comprovante de Residência, contrato de locação ou escritura de propriedade, cópia do IPTU da sede da Empresa). O contrato é feito em três vias, todas assinadas e rubricadas em todas as folhas, com testemunhas. No contrato social deverá constar a assinatura de um advogado inscrito Na OAB e duas testemunhas, não podendo ter qualquer grau de parentesco com os Sócios. Descrição Geral de Cargos de uma Empresa Aqui você observará a organização de uma empresa, mas aprenderá mais sobre cada cargo mencionado em cada módulo do curso: Diretoria Geral: responsável pela organização, planejamento, comando e controle de todas as atividades e funções dentro da empresa. DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO Setor Técnico: Responsável pela fabricação e transformação de produtos. Setor de Almoxarifado: responsável pelo recebimento e expedição de mercadorias, Controla os níveis de estoque. DEPARTAMENTO COMERCIAL Setor de Compras: responsável pela compra de produtos e insumos necessários à Fabricação. Setor de Vendas: responsável pela venda e troca de mercadorias. DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO: Setor Financeiro: responsável pela procura e gestão de capitais. Setor Contábil: responsável pelos inventários, balanços, custos, estatísticas. Setor de Pessoal: responsável pela seleção, recrutamento e substituição de mão-de- Obra, salários, benefícios. Setor de Segurança: responsável pela proteção de bens e pessoas. Uma organização eficaz resulta de uma cultura organizacional saudável, que, além de utilizar instrumentos adequados para acompanhar e controlar toda a estrutura organizacional, conta com o fator humano para a realização de reuniões, que têm por objetivo controlar o andamento dos programas e atividades executados, avaliar e Identificar falhas, traçar e prever futuras metas a serem atingidas. _________________________________________________________________________________ 14 EMPREENDEDORISMO Pesquisa Veja em seu bairro, com seus amigos ou até mesmo na Internet modelos de contratos Sociais e qual a linguagem utilizada. Anote as informações que julgar importantes. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Veja abaixo um modelo de um Contrato Social CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE “Empresa X” Rosa da Silva, brasileira, natural de São Paulo, solteira, nascida em 10/09/1984, Contadora, inscrita no CPF sob nº 444.333.666-57, RG nº 34.222.555-X SSP/SP, Residente e domiciliado na rua Santo Antônio, nº 44 – Paraíso, São Paulo – SP – CEP 05441-022 e Pedro Roberto dos Santos, brasileiro, natural de São Paulo, casado em regime de separação de bens, nascido em 05/10/1978, contador, inscrito no CPF sob nº 222.444.666-71, RG nº 30.458.787-9 SSP/SP, residente e domiciliado na rua Santo Amaro, nº 4.744 – Santana, São Paulo – SP – CEP 05343-062 constituem uma sociedade limitada, mediante as seguintes cláusulas: 1ª A sociedade girará sob o nome empresarial “Empresa X” e terá sede e domicílio na Rua Santo Amaro, nº 3.225 – Santo Amaro, São Paulo – SP – CEP 05342-609 2ª O capital social será R$ 20.000,00 (vinte mil reais), dividido em 20 (vinte) quotas de valor nominal R$ 1.000,00 (mil reais), integralizadas, neste ato em moeda corrente do País, pelos sócios: Rosa da Silva 10 quotas R$ 10.000,00 Pedro Roberto dos Santos 10 quotas R$ 10.000,003ª O objeto será prestação de serviços contábeis, desde a abertura de empresa até a Elaboração de balanços patrimoniais. 4ª A sociedade iniciará suas atividades em 05/01/200x e seu prazo de duração é Indeterminado. 5ª As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas a terceiros sem o consentimento do outro sócio, a quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente. 6ª A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 7ª A administração da sociedade caberá a Rosa da Silva, com os poderes e atribuições de assinar pela empresa, autorizar o uso do nome empresarial, vedado, no entanto, em atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens Imóveis da sociedade, sem autorização do outro sócio. 8ª Ao término do cada exercício social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apuradas 9ª Nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, os sócios deliberarão _________________________________________________________________________________ 15 EMPREENDEDORISMO sobre as contas e designarão administrador (es) quando for o caso. 10ª A sociedade poderá a qualquer tempo, abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada por todos os sócios. 11ª Os sócios poderão, de comum acordo, fixar uma retirada mensal, a título de “pro Labore”, observadas as disposições regulamentares pertinentes. 12ª Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará suas atividades com os herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do (s) sócio (s) remanescente (s), o valor de seus haveres será apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. Parágrafo único - O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio. 13ª A Administradora declara, sob as penas da lei, de que não está impedida de exercer A administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade. Podem ser inseridas outras cláusulas desejadas. 14ª Fica eleito o foro de Santo Amaro para o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste contrato. E por estarem assim justos e contratados assinam o presente instrumento em _______ vias. São Paulo,03 de janeiro de 200x. _________________________ ____________________________ Rosa da Silva Pedro Roberto dos Santos Visto: _____________ (OAB/SP 94.55X) Kátia Fonseca __________________________ _____________________________ Testemunha 1 Testemunha 2 _________________________________________________________________________________ 16 EMPREENDEDORISMO c) Definir o local da empresa Depois de realizar as pesquisas para encontrar o melhor local, para obter a licença prévia de funcionamento e Vigilância Sanitária, consulte a Prefeitura que deverá verificar se a empresa poderá abrir no local desejado, de acordo com a lei de zoneamento urbano. Também é importante consultar o órgão ambiental de sua cidade, sobre a aprovação do local. O objetivo é avaliar se o ramo de atividade, o endereço e a situação do imóvel são compatíveis. Só mesmo depois de realizar esta etapa é que você poderá alugar ou comprar um imóvel. Por exemplo, se você quiser abrir um estacionamento em uma área residencial e a Prefeitura da cidade não autorizar, você deverá encontrar um novo local ou uma nova oportunidade, pois sem esta autorização, o seu empreendimento não poderá seguir adiante. d) Registrar sua Empresa Os procedimentos básicos estão relacionados nas etapas a seguir: d.1) Junta Comercial Providencie o Registro de sociedade comercial e o enquadramento como microempresa E a Junta Comercial fornecerá as informações sobre os documentos e procedimentos necessários. Existem em alguns Estados centrais onde todos os órgãos responsáveis por Abertura de empresas estão reunidos no mesmo local. d.2) Secretaria da Receita Federal / Secretaria Estadual da Fazenda Nesta etapa, procure a SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL para providenciar a inscrição federal no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e posteriormente, procurar a SECRETARIA ESTADUAL DE FAZENDA para sua inscrição estadual, esta inscrição deve ser feita após o arquivamento do contrato social na Junta Comercial. Para mais informações procure os órgãos responsáveis sobre o respectivo Cadastramento. d.3) Prefeitura Procure a Prefeitura e retire o Alvará de funcionamento, levando toda a documentação anterior. Para realizar esta etapa é preciso ter o Registro da Junta Comercial, o CNPJ e a aprovação prévia do local. É necessário verificar junto a Prefeitura o valor da Taxa de Recolhimento Anual TLIF (Taxa de Localização, Instalação e Funcionamento). O SEBRAE pode fornecer informações detalhadas sobre o Registro de Empresas. Veja outras instituições onde você pode conseguir informações e apoio para montar o seu próprio negócio: ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland Site: www.abcp.org.br Breve descrição: Entidade sem fins lucrativos que presta serviços na área da construção Civil. __________________________________________________________________________ 17 http://www.abcp.org.br/ EMPREENDEDORISMO ABF – Associação Brasileira de Franchising Site: www.abf.com.br Breve descrição: dados sobre franchising no Brasil. Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Site: www.abimaq.org.br Breve descrição: Fornece informações técnicas, jurídicas, econômicas, feiras, logísticas e registro de produtos. Abras – Associação Brasileira de Supermercados Site: www.abrasnet.com.br Breve descrição: boletins, notícias e informações sobre fornecedores. ACSP – Associação Comercial de São Paulo Site: www.acsp.com.br Breve descrição: informações e acesso aos serviços da entidade. Anpei – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia de Empresas Inovadoras Site: www.anpei.org.br Breve descrição: cursos, notícias e projetos de inovação tecnológica. CACB – Confederação das Associações Comerciais do Brasil Site: www.cacb.org.br Breve descrição: comércio, legislação e ainda possui acesso ao sistema tele cheque. CNI – Confederação Nacional da Indústria Site: www.cni.org.br Breve descrição: análises de política econômica e social, informações jurídicas, pesquisa do setor de indústrias e muito mais. CNC – Confederação Nacional do Comércio Site: www.cnc.com.br Breve descrição: indicadores econômicos e pesquisas sobre o comércio varejista. Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo Site: www.fiesp.org.br Breve descrição: informações sobre abertura de empresas SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Site: www.sebrae.com.br _________________________________________________________________________________ 18 http://www.abf.com.br/ http://www.abimaq.org.br/ http://www.abrasnet.com.br/http://www.acsp.com.br/ http://www.anpei.org.br/ http://www.cacb.org.br/ http://www.cni.org.br/ http://www.cnc.com.br/ http://www.fiesp.org.br/ EMPREENDEDORISMO Breve descrição: acesso a estudos, pesquisas, dados estatísticos, linha de financiamento, além de difundir programas e projetos para fortalecer o micro e pequenas empresas. BB – Banco do Brasil Site: www.bb.com.br Breve descrição: oferece linhas de crédito para micro e pequenas empresas. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Site: www.bndes.gov.br Breve descrição: oferece linhas de crédito para as empresas. Plano de Negócios Site: www.planodenegocios.com.br Breve descrição: Portal que oferece avaliação de softwares, dicas, exemplos de elaboração de plano de negócios. Rede Governo Site: www.redegoverno.gov.br Breve descrição: serviços e informações do Governo Federal. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Site: www.abnt.org.br Breve descrição: pode-se pesquisar normas e obter informações sobre legislação e certificação. INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial Site: www.inpi.gov.br Breve descrição: legislação sobre patentes, registro de marcas, propriedade intelectual, Entre outras informações. BrazilBiz Site: www.brazilbiz.com.br Breve descrição: site de negócios entre empresas, com catálogo de fornecedores de Diversos produtos e serviços. FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos Site: www.finep.gov.br Breve descrição: financia o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país, apoiando a Pesquisa de novos produtos e processos. A ESTRATÉGIA É O CAMINHO MAIS CURTO QUE PODE EXISTIR RUMO AO SUCESSO _________________________________________________________________________________ 19 http://www.bb.com.br/ http://www.bndes.gov.br/ http://www.planodenegocios.com.br/ http://www.redegoverno.gov.br/ http://www.abnt.org.br/ http://www.inpi.gov.br/ http://www.brazilbiz.com.br/ http://www.finep.gov.br/ EMPREENDEDORISMO O Que é Uma Empresa? Em nosso cotidiano, estamos continuamente fazendo transações com empresas. Quase todas as nossas necessidades são satisfeitas por intermédio de empresas. Dependemos delas para comprar, pagar, comer, viajar, nos divertir, vender, alugar, cuidar de nossa saúde, descansar, etc. Assim, todas as necessidades humanas são atendidas ou satisfeitas por empresas que produzem, vendem, informam e prestam os mais variados serviços e facilidades. Além disso, praticamente vivemos grande parte de nossas vidas dentro de empresas, seja para trabalhar, seja para interagir com elas, seja para obter seus benefícios. Uma empresa é um conjunto de pessoas que trabalham juntas no sentido de alcançar objetivos por meio da gestão de recursos humanos, materiais e financeiros. Geralmente, as empresas são compostas de várias pessoas, embora existam empresas Individuais, formadas por um único indivíduo. As pessoas juntam-se para atingir objetivos que isoladamente jamais conseguiriam alcançar graças à colaboração. As empresas perseguem objetivos, os quais podem ser desdobrados em diretos e indiretos, conforme mostra o quadro abaixo: Tipos de Empresas As empresas existem para produzir algo e prestar serviço à sociedade. Na realidade, as empresas são organizações destinadas à produção de alguma coisa. Existem vários tipos de empresa, de acordo com seu ramo de atividade. Elas podem ser produtoras de bens ou prestadoras de serviços. O. U. S. Department of Commerce (Departamento de Comércio dos Estados Unidos) identificou oito setores mais importantes das pequenas empresas: _________________________________________________________________________________ 20 Diretos Produção ou comercialização de bens; Prestação de serviços; Atividades comunitárias Objetivos Empresariais Indiretos Lucro; Satisfação das necessidades dos clientes Finalidades sociais Responsabilidade social e comunitária EMPREENDEDORISMO Comércio Atacadista: empresas atacadistas de medicamentos, comércio atacadista de alimentos e materiais de limpeza, materiais de escritório, materiais de construção, etc.; Construção: contratantes de edificações, engenharia de construção, serviços de manutenção de edifícios, etc.; Comercio Varejista: lojas em geral, restaurantes, pizzarias, postos de gasolina, etc.; Serviços: agências de vigem, salões de beleza, barbearias, entregas rápidas, etc.; Finanças, Seguros, Imobiliárias: agências de seguros, empresas corretoras de Imóveis, bancos, etc.; Mineração: empresas de areia e cascalho, minas, etc.; Transporte e Utilidades Públicas: empresas de taxi, de transporte de pessoas, Estações de rádio e TV etc.; Manufatura: padarias, oficinas de automóveis, oficinas de bicicletas e motos, etc. Constituição Jurídica da Empresas Para que possa desenvolver suas atividades e operações, a empresa precisa ser Legalmente estabelecida e constituída. A legislação brasileira distingue as pessoas físicas das pessoas jurídicas: Pessoa Física: é o indivíduo ou pessoa individual com seus direitos e obrigações perante o Estado. Pessoa Jurídica: é a associação de duas ou mais pessoas em uma entidade, com seus direitos e obrigações próprios e, portanto, distintos dos daqueles indivíduos que a compõem. Toda empresa, qualquer que seja a sua constituição jurídica, funciona como uma pessoa jurídica, isto é, com uma personalidade distinta das pessoas individuais que a compõem e a dirigem. As empresas podem assumir diferentes formas e tamanhos. Do ponto de vista jurídico, as sociedades empresariais podem ser classificadas de três formas jurídicas básicas: o empresário, a sociedade simples e a sociedade empresária. A primeira forma é representada por um único proprietário e a segunda é decorrência da associação de duas ou mais pessoas, que constituem uma entidade com personalidade jurídica distinta daquela dos indivíduos que a compõem. A figura abaixo mostra as diversas formas jurídicas que as empresas podem apresentar: _________________________________________________________________________________ 21 EMPREENDEDORISMO Empresário Sociedade Simples PLANO DE NEGÓCIOS Introdução As empresas não funcionam ao acaso. E muito menos na base da improvisação. Tudo nelas deve ser planejado. Isto significa que as empresas precisam decidir antecipadamente o que pretendem e o que deve ser feito para atingir suas pretensões. Planejamento é geralmente considerado a função principal desempenhada dentro do processo administrativo. A necessidade de planejamento não é limitada ao atendimento dos objetivos organizacionais. Ele é também necessário para determinar os métodos e tipos de controle necessários, bem como que tipo de administração a empresa vai adotar. O planejamento ocorre em todos os tipos de atividades. É o processo básico pelo qual decide-se quais são os objetivos e como iremos atingi-los. Conceito Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente ao termo plano de Negócios (business plan), que é parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal utilização do plano de negócios é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma empresa. No Brasil, foi o setor de software que começou a popularizar o uso do plano de negócios Junto aos empreendedores brasileiros através do Programa Softex, de incentivo à Exportação de software nacional, criado no início da década de 1990. A explosão da Internet, no final do ano de 1999 e início de 2000, e o Programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, propiciaram a disseminação do termo plano de negócios em todo país; destacando-se, inicialmente, a sua utilidade como documento indispensável ao empreendedor em busca de recursos financeiros para o empreendimento. O plano de negócios é muito mais que isso,podendo ser considerado uma ferramenta de gestão com múltiplas aplicações. 22 Sociedades Empresárias Sociedade em nome coletivo Sociedade em Comandita Simples (em desuso) Sociedade em Comandita por Ações (em desuso) Sociedade Limitada Sociedade Anônima EMPREENDEDORISMO Assim, podemos definir o plano de negócio com: Plano de Negócios é um conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento, que define suas principais características e condições para proporcionar uma análise de sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para facilitar a sua implantação. Por Que Planejar? O índice de mortalidade dos micros e pequenas empresas brasileiras, nos primeiros anos de existência, atinge percentuais elevados, o que tem sido motivo de análise e discussão em vários âmbitos da sociedade, meio acadêmico e empresarial. Mas qual seria o principal motivo para esse péssimo desempenho de empresas, inclusive numa das mais importantes e ativa economia mundial, que é a dos Estados Unidos, onde o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas é acima de 50% em algumas áreas de negócio. Pesquisa do Small Business Administrativo (SBA), órgão do Governo Americano de auxílio às pequenas empresas daquele país, aponta para as respostas anotadas no Quadro 5. Fatores % Incompetência gerencial 45 Inexperiência no ramo 9 Inexperiência em gerenciamento 18 Expertise desbalanceada 20 Negligência nos negócios 3 Fraudes 2 Desastres 1 Desconhecidos 2 Total 100 Mas como se precaver dessas armadilhas e aumentar a eficiência na administração do negócio? Não existem fórmulas mágicas para isso. O que se aconselha aos empreendedores é a capacitação gerencial contínua, e aplicação dos conceitos teóricos para que adquiram a experiência necessária, e a disciplina no planejamento periódico das ações que devem ser implementadas na empresa. Resumindo, existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. Quando se considera o conceito de planejamento, têm-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados: Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes, etc. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros, necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os Riscos inerentes ao negócio. Poucos empresários sabem como descrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria destes são micro e pequenos empresários que não têm conceitos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento, etc. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios. __________________________________________________________________________ 23 EMPREENDEDORISMO A Quem se Destina o Plano de Negócios? Quais são os públicos-alvo de um plano de negócios? Muitos pensam que o plano de negócios destina-se unicamente a investidores e bancos, mas se enganam. Vários são os públicos-alvo de um plano de negócios: Mantenedores das incubadoras: (Sebrae, universidades, prefeituras, governo, associações, etc.), para outorgar financiamentos a estas. Parceiros: para definição de estratégias e forma de interação entre as partes. Bancos: para financiamentos de equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa, etc. Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de Investimento, BNDES, governo, etc. Fornecedores: para negociação da compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento. A empresa internamente: para comunicação da gerência com o conselho de Administração e com os empregados. Clientes: para venda do produto e/ou serviço da empresa. Sócios: para participação do empreendimento e formalização da sociedade. Estrutura do Plano de Negócios Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de negócios que seja universal e aplicado a qualquer tipo de negócio. Porém, qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio. Essas seções são organizadas de forma a manter uma sequência lógica que permita a qualquer leitor do plano entender como a empresa é organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira. A seguir, temos um exemplo de estrutura de plano de negócios: 1. Capa 2. Sumário 3. Anexos Sumário Executivo 4. Descrição da Empresa 5. Ética, Responsabilidade Social e Ambiental 6. Análise Estratégica 7. Mercado e Competidores 8. Produtos e Serviços 9. Marketing e Vendas 10. Plano Financeiro 11. Anexos 1. Capa A primeira página do plano de negócios será a capa, e serve como a página de título e 24 24 EMPREENDEDORISMO deve conter as seguintes informações: Nome da empresa Endereço da empresa Telefone da empresa Site e e-mail da empresa Logotipo (se a empresa tiver) Nomes, cargos, endereços dos proprietários da empresa Mês e ano em que o plano foi elaborado Número da cópia Nome de quem fez o plano de negócios 2. Sumário Deve conter o título de todas as seções do plano, subseções (se for o caso) e suas respectivas páginas. Um plano de negócios que contenha todas as seções pertinentes, mas que esteja desorganizado, dificilmente causará boa impressão no leitor. 3. Sumário Executivo O sumário executivo é a principal seção do plano de negócios e deve expressar uma Síntese do que será apresentado na sequência, preparando o leitor e atraindo o mesmo para uma leitura com mais atenção. Embora apareça no início do plano de negócios, o sumário executivo deve ser a última parte a ser escrita durante a elaboração do plano. É muito mais eficiente e coerente escrever uma síntese depois de preparar o texto básico desta síntese. Deve conter todas as informações- chave do plano de negócios em não mais de duas páginas (no caso do Plano de negócio completo) ou no máximo uma página (plano resumido). Os melhores planos de negócios são aqueles mais objetivos e seu sumário executivo deve seguir esta regra, contemplando a essência do plano escrito de forma clara e concisa. Missão Todas as empresas cumprem certa missão, mesmo que não seja explícita ou claramente consciente. Pode-se dizer que a missão é o propósito da empresa, é seu negócio, a razão Central de sua existência, é a sua utilidade no meio. Uma empresa só sobrevive Se conseguir cumprir uma utilidade no meio. A missão é um compromisso com ações futuras e a sua elaboração percorre as seguintes etapas: Identifica o negócio em que a organização opera ou planeja operar e os domínios sobre os clientes; Identifica as responsabilidades da organização para com as pessoas com quem interage; 25 EMPREENDEDORISMO Fornece linhas gerais para a realização da missão organizacional. A missão organizacional é desenvolvida levando-se em conta diversos fatores, tais como: o ambiente, os recursos, competências da empresa e as preferências de seus dirigentes. Uma missão bem elaborada, compartilhada e absorvida pelos dirigentes e empregados, proporciona um alinhamento de propósitos, de direção, de valores e de oportunidades. O quadro 8 mostra alguns exemplos de missão de algumas empresas: Visão Está focada no futuro e no destino da empresa. A visão é a imagem que o empreendedor tem a respeito do futuro do seu negócio. É o que ele pretende que o negócio seja dentro de um certo horizonte de tempo. Isso permite que o empreendedor estabeleça objetivos e metas, indicadores de desempenho e mensuradores de resultados futuros para saber se está ou não alcançando aquilo que foi projetado. O quadro(abaixo) mostra alguns exemplos de visão empresarial. 26 Empresa Missão Instituto SIM Ministrar cursos de qualidade ao maior número de pessoas a um preço justo. McDonald´s Servir alimentos de qualidade com rapidez e simpatia, em um ambiente limpo e agradável. Danone Assegurar que as pessoas do mundo todo cresçam, vivam bem e sejam providas diariamente com alimentos cada vez melhores de diversos sabores, visando uma saúde melhor. Hospital das Clínicas de São Paulo Salvar vidas. Fiat Produzir automóveis que as pessoas desejam comprar e que tenham orgulho de possuir. Senac Desenvolver pessoas e organizações para o mundo do trabalho por meio de ações educacionais. Disney Divertir e alegrar as pessoas. Caixa Econômica Federal Promover a melhoria contínua da qualidade de vida da sociedade, por meio da intermediação de recursos financeiros. Empreendedorismo Análise do Ambiente Externo Trata-se de uma análise ambiental, que focaliza as oportunidades e as ameaças do ambiente. Pode ser feita por meio de uma pesquisa de mercado para identificar os fatores externos sobre os quais a empresa não tem controle. Essas informações podem ser obtidas em revistas especializadas, publicações do IBGE ou do BNDES, site do Banco Central que oferece informações sobre a conjuntura econômica nacional, Sebrae que é uma boa fonte de informações e assessoria, delegacias da Receita Federal que disponibilizam informações sobre impostos, etc. Oportunidades: correspondem a possibilidades de mercado em que a empresa pode auferir resultados lucrativos. Podem consistir em: novos mercados geográficos, Novas linhas de produtos, novos segmentos de mercados, melhorias na atual Implementação estratégica, ou também mudanças estratégicas com o objetivo de superar a concorrência. As oportunidades deverão ser compatíveis com a missão e com os recursos da empresa. Ameaças: refletem tendências ambientais que poderão comprometer o desempenho futuro de uma empresa. Será que o governo irá aumentar os juros, procurando conter a inflação, e assim prejudicar as vendas a crédito? Será que o crescimento do comércio eletrônico virá mais rápido, a ponto de comprometer os resultados? E se novos concorrentes chegarem à cidade instalando megalojas junto a nossa unidade? Será que novos concorrentes tirarão peças-chave de nossa equipe? O plano de negócios deve mostrar que o empreendedor conhece sua empresa internamente e o que deve fazer para superar os fatores externos, sobre os quais não consegue agir diretamente. Para isso podemos utilizar da Análise SWOT (strengths, weaknesses, opportunities, 27 Nosso perfil atual O que queremos para o próximo ano O que queremos para daqui a dois anos Uma empresa que pública revistas de moda feminina Ser uma das melhores revistas de moda feminina do país Ser a melhor revista de moda Feminina do país Nossa circulação mensal é de 50.000 exemplares Uma circulação mensal de 70.000 exemplares Alcançar uma circulação men- sal de 100.000 exemplares Temos 30.000 assinantes cadastrados Alcançar 50.000 assinantes cadastrados Chegar a 90.000 assinantes cadastrados Nosso faturamento mensal bruto é de R$ 500 mil Alcançar um faturamento mensal de R$ 700 mil Atingir um faturamento mensal de R$ 900 mil Nossa rentabilidade 1 sobre o patrimônio é de 12% Chegar a uma rentabilidade de 15% Manter uma rentabilidade de 18% EMPREENDEDORISMO Threaths), ou seja, (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) da empresa, que é extremamente útil para traçar um panorama da situação atual e prevista para o negócio. Uma das formas de representar a análise SWOT é pela construção de um quadro, onde as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças são colocadas em cada um dos quadrantes. ANÁLISE INTERNA Forças Fraquezas Liderança de mercado no segmento de listas impressas, contando com uma grande carteira de anunciantes e uma invejável força de vendas. Confiabilidade nas informações prestadas e facilidade de acesso. Estar presente na mídia do futuro (Internet). Possibilidade de aumento de faturamento pela venda de links, banners e patrocínio no site da lista. Parceria com forte grupo americano, mercado no qual a Internet já faz parte do cotidiano do cidadão comum. A falta de conhecimento por parte do internauta da existência da Lista Telefônica na Internet. Dificuldades provocadas pelo fato de não ser o primeiro a disponibilizar a lista para grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Impossibilidade de estabelecimento de barreiras a novos ingressantes. ANÁLISE EXTERNA Oportunidades Ameaças Crescimento vertiginoso do número de usuários. Criação e regulamentação de meios para a compra / venda de produtos na Internet com a segurança necessárias às transações. Aumento exponencial do número de terminais telefônicos, principalmente após a privatização do setor, devido à livre concorrência. Aumento do interesse das empresas pela divulgação na Internet. O serviço da lista da Internet poderá vir a ser oferecido pelas próprias operadoras telefônicas (ou suas parceiras), que não só detêm o banco de dados mais atualizado, como também possuem o know-know do setor. Isso se agrava pela privatização do setor de telefônica. O retorno para os anunciantes não atender às expectativas, provocando a fuga desta mídia e o descrédito. Procure identificar os cenários de ordem macro ambiental (demográficos, econômicos, tecnológicos, político-legais, socioculturais) e os fatores micro ambientais importantes (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que afetam diretamente a empresa. Use o bom senso para selecionar aqueles fatores que realmente são importantes. _________________________________________________________________________________ 28 EMPREENDEDORISMO Objetivos e Metas Os objetivos e metas são o referencial do planejamento estratégico, o que a empresa busca atingir, e devem ser escritos de forma que possam ser medidos, comparados e avaliados. Os objetivos são os anseios de ordem macro, aqueles que a empresa define de forma a cumprir sua missão de negócio, em busca de sua visão. Os objetivos indicam intenções gerais da empresa e o caminho básico para chegar ao destino que deseja. São definidos com palavras e frases. Já as metas são as ações específicas mensuráveis que constituem os passos para se atingir um objetivo. São definidas com números e resultados a se obter. Um objetivo pode possuir várias metas específicas que, em conjunto, cumprem o objetivo estipulado. Alguns exemplos de objetivo: Tornar-se líder de mercado; Ser a empresa que oferece os melhores preços; Atingir o ponto de equilíbrio; Obter retorno sobre determinado investimento em 12 meses. Os objetivos são resultados abrangentes com os quais a empresa assume um compromisso definido. Devem ser ousados, levando a empresa a um esforço acima do normal, buscando a superação. Caso contrário, não terão significado e não motivarão a equipe de funcionários. As metas devem ser SMART, ou seja: eSpecíficas Mensuráveis Atingíveis Relevantes Temporais Resumindo: Objetivos: são os resultados mais abrangentes que a empresa assume o compromisso de alcançar; Metas: são as etapas necessárias para se alcançar os objetivos.Oração do Empreendedor Obrigado Concorrente Nossos concorrentes devem ser vistos de outra maneira, eles podem nos ajudar mais do que se pode pensar. Geralmente se pensa que os concorrentes são aqueles que devem ser vencidos, superados e que nos atrapalha a vida, mas na realidade eles podem ser mais úteis do que se julga. Uma pequena “oração” mostra como os concorrentes podem ser vistos como fundamentais para nosso crescimento. Dou graças a Deus por meus concorrentes. Benditos sejam eles que me fazem acordar mais cedo e me esforçar mais durante o dia. Que me impedem de perder meu tempo com coisas que não agregam valor. Que me impõem a necessidade de ser cortes, educado e atencioso com meus clientes, Seja em momentos bons ou ruins. _________________________________________________________________________________ 29 EMPREENDEDORISMO Bendito, sejam meus concorrentes que me lembram diariamente que tenho que ser melhor hoje do que fui ontem, e que amanhã terei que ser melhor ainda. Benditos sejam porque me impedem ser preguiçoso e acomodado, que me proíbem ser descuidado com o meu linguajar e minha apresentação pessoal. Dou te graças concorrente, por me mostrar que ao menor erro que eu cometer, você estará lá para ocupar meu espaço. Obrigado por não me permitir ser retrógrado saudosista ou demagogo. Que não perde uma única oportunidade para contar aos quatro ventos meus defeitos e falhas, mas que nunca proclama minhas virtudes e acertos. Obrigado por me fazer entender que o que define o horário do meu trabalho não é o relógio, e sim a disponibilidade do cliente, este que insiste em me alertar que não importa que hora seja ou que problema eu tenha, ele quer ser sempre único e especial a cada vez que me procura. Que me lembra que posso perder tudo o que conquistei a duras penas simplesmente por ignorar a voz do meu cliente, e que anos de bom trabalho podem ruir em pouquíssimo tempo. Obrigado por me lembrar que meu sucesso ou o seu será influenciado diretamente pela qualidade das pessoas que me cercam e que preciso tratar o ser como humano. Que me impõe a necessidade de ser humilde e atencioso com meu pessoal, para que eles realmente se sintam parte de algo que estamos construindo tijolo por tijolo junto. Que me faz ver com os teus ou os meus erros que cada cliente é um homem ou uma mulher e não um número ou um bolso o qual tenho que extrair o que puder. Que ser honesto e responsável com meu cliente é uma obrigação e não um favor que faço. Obrigado por despertar em mim a necessidade de estudar mais, ler mais, ser menos falho e amador. Bendigo-te por mostrar que minha experiência e minha vivência não são suficientes para me diferenciar de ti ou dos outros. Que com sua ajuda busco converter meu dia em algo útil e produtivo para mim e para aqueles que comigo estão. Que Deus lhe dê vida Longa. Amem!!!!!! _________________________________________________________________________________ 30 EMPREENDEDORISMO Modelo de PLANO DE NEGÓCIOS – Faça você mesmo INTRODUÇÃO É um instrumento que visa estruturar as principais concepções e alternativas para uma análise correta de viabilidade do negócio pretendido, proporcionando uma avaliação antes de colocar em prática a nova ideia, reduzindo assim, as possibilidades de se desperdiçarem recursos e esforços em um negócio inviável. Também é utilizado para a solicitação de empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras, bem como, para expansão de sua empresa. Pessoa Física: ________________________________________________________________ C.P.F: ________________________________________________________________ Razão Social: ________________________________________________________________ C.N.P.J: ________________________________________________________________ Data de Fundação: ________________________________________________________________ Endereço: ________________________________________________________________ Telefone: ________________________________________________________________ CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A questão visa conhecer a finalidade do plano de negócios: criando um negócio (implantação), expandindo um negócio já existente ou modificando a localização de sua empresa (relocalização). ( ) Implantação ( ) Expansão/Modernização ( ) Relocalização Faça uma síntese do tipo de empreendimento que você pretende implementar. A pergunta pretende identificar de forma clara e objetiva, o ramo em que pretende atuar e os motivos que o levaram a tomar esta decisão. É interessante oferecer detalhes sobre o empreendimento. Por exemplo: se deseja montar um restaurante, qual é a proposta? self- service (a kg ou preço único) ou a la carte? se é um comércio, atacadista ou varejista? e assim por diante. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ANÁLISE DE MERCADO E COMPETITIVIDADE Descreva quais são as oportunidades que você percebe em seu empreendimento. Muitas oportunidades são encontradas pela identificação de tendências. Estas tendências merecem rigorosa atenção por parte das empresas para se detectar uma nova oportunidade. __________________________________________________________________________ 31 EMPREENDEDORISMO _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Quais são as principais ameaças ao seu negócio? As ameaças também são uma constante e surgem de todas as esferas: do desinteresse do mercado consumidor por seu produto à entrada de novos concorrentes com importantes diferenciais competitivos, passando pela carência de Insumos e matérias-primas. Por isso, sua atenção às mudanças, chamadas sinais de Mercado, deve ser total e contínua, de modo a lhe permitir interagir com previsibilidade e consistência. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO Faça uma análise dos diversos pontos potenciais existentes para tomar uma decisão sobre o local a ser instalado sua empresa. Abaixo é apresentado um modelo com vários fatores para que se possa fazer uma classificação pelo grau de importância. A Escala é de um a cinco em ordem crescente, com 5 sendo o valor mais favorável para sua empresa. Através do preenchimento do quadro, você poderá ter um melhor direcionamento quanto as vantagens e desvantagens do local a ser escolhido. Fatores 1 2 3 4 5 Área comercial movimentada Área para vitrines Bom acesso rodoviário Concorrente mais próximo Entrada de serviço para entregas Estado do imóvel Facilidade de entrada e saída Facilidade de estacionamento Fluxo de tráfego Histórico do
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