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Morfologia do Sistema Genital Masculino (Anatomia e Histologia) Referencia Bibliográfica: Gray´s Anatomia. A base anatômica da prática Clínica 40 ed Capítulo 76> Sistema genital masculino. INTRODUÇÃO A principal função do sistema genital é a perpetuação da espécie. Outros sistemas do corpo, como os sistemas endócrino e urinário, trabalham continuamente para manter a homeostase para a sobrevivência do indivíduo. O sistema genital, por outro lado, funciona para a sobrevivência da espécie. Um indivíduo pode viver uma longa, saudável e feliz vida sem produzir descendentes, mas se a espécie deve continuar, pelo menos alguns indivíduos devem produzir seus descendentes. Dentro do contexto de produção de descendentes, o sistema genital possui quatro funções: produzir óvulos e espermatozoides, transportar e sustentar essas células, nutrir a prole em desenvolvimento e produzir hormônios. Essas funções do sistema genital estão divididas entre os órgãos genitais primários e os órgãos genitais secundários, ou acessórios. Os órgãos genitais primários, também chamados gônadas, são os ovários e os testículos. Esses órgãos são responsáveis pela produção dos gametas, ou óvulos e espermatozoides, e pela produção de hormônios. Esses hormônios funcionam na maturação do sistema genital, no desenvolvimento de caracteres sexuais e têm papel importante na regulação da fisiologia normal do sistema genital. Todos os outros órgãos, ductos e glândulas no sistema genital são considerados secundários, ou acessórios. Essas estruturas transportam e dão energia aos gametas e nutrem o feto em desenvolvimento. O Sistema genital masculino consiste no funículo espermático,escroto,testículos,epidídimos,ductos deferentes,próstata,glândulas seminais(ou vesículas seminais) e o pênis. Funículo Espermático À medida que o testículo atravessa a parede abdominal em direção ao escroto durante a vida fetal, ele leva seus vasos, nervos e ducto deferente com ele. Estes se encontram no anel inguinal profundo para formar o funículo espermático, que suspende o testículo no escroto e se estende do anel inguinal profundo até a margem posterior do testículo. - O funículo esquerdo é um pouco mais longo que o direito. Entre o anel inguinal superficial e o testículo, o funículo se encontra anteriormente ao tendão do músculo adutor longo, é cruzado anteriormente pela artéria pudenda externa superficial e posteriormente pela artéria pudenda externa profunda. O nervo ilioinguinal se localiza inferiormente ao funículo à medida que atravessa o canal inguinal. No canal, o funículo adquire as túnicas a partir das camadas da parede abdominal que se estendem para o interior da bolsa escrotal como as fáscias espermática interna, cremastérica e espermática externa. IMPORTANTE: - O funículo espermático é constituído pelo ducto deferente; artéria testicular e veias testiculares, artéria cremastérica (ramo da artéria epigástrica inferior) e a artéria para o ducto deferente (a partir da artéria vesical superior); ramo genital do nervo genitofemoral, nervo cremastérico e plexo testicular simpático (os quais estão unidos por filamentos originários do plexo pélvico, acompanhando a artéria para o ducto deferente); 4-8 vasos linfáticos que drenam o testículo. Todas essas estruturas estão unidas por tecido conjuntivo frouxo. -No canal, o funículo adquire as túnicas a partir das camadas da parede abdominal que se estendem para o interior da bolsa escrotal como as fáscias espermática interna, cremastérica e espermática externa. A fáscia espermática interna é derivada da fáscia transversal e forma uma fina lâmina frouxa ao redor do funículo espermático. A fáscia cremastérica contém fascículos de fibras musculares estriadas esqueléticas unidos por tecido conjuntivo frouxo para formar o músculo cremaster, o qual é contínuo com o músculo oblíquo interno do abdome. A fáscia espermática externa desce a partir dos pilares do anel superficial e é um fino estrato fibroso contínuo acima com a aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. Escroto - O escroto é um saco cutâneo fibromuscular que contém os testículos e as porções inferiores dos funículos espermáticos e se encontra suspenso abaixo da sínfise púbica entre as faces anteromediais das coxas. Ele é constituído por pele, músculo dartos e as fáscias espermática externa, cremastérica e espermática interna. -O escroto é dividido em metades direita e esquerda por uma rafe cutânea, a qual continua ventralmente para a face inferior do pênis e dorsalmente ao longo da linha mediana do períneo até o ânus. A rafe indica a origem bilateral do escroto a partir das intumescências genitais. O lado esquerdo do escroto é geralmente mais baixo, pois o funículo espermático esquerdo é mais longo. A pele do escroto é fina, pigmentada e frequentemente enrugada. Ela apresenta pelos escassamente espalhados e ondulados, cujas raízes são visíveis através da pele. Apresenta glândulas sebáceas, cuja secreção tem odor característico, e também numerosas glândulas sudoríparas, células pigmentares e terminações nervosas. Essas terminações respondem à estimulação mecânica dos pelos e da pele e às variações de temperatura. Não há tecido adiposo subcutâneo. A aparência externa do escroto varia; quando quente, nos idosos e debilitados, o escroto é liso, alongado e flácido; no entanto, quando frio nos jovens e robustos, ele é curto, enrugado e intimamente justaposto aos testículos devido à contração do músculo dartos. Músculo dartos: - O músculo dartos é uma fina lâmina de musculatura lisa contínua além do escroto com as fáscias inguinal superficial e perineal. Ele se estende interiormente, até o septo do escroto, unindo a rafe à face inferior da raiz do pênis. O septo contém todas as lâminas da parede do escroto, exceto a pele. O músculo dartos encontra-se intimamente unido à pele, mas está ligado às partes subjacentes por tecido conjuntivo frouxo delicado. Um “ligamento escrotal” fibromuscular se estende do músculo dartos até o polo inferior do testículo, podendo desempenhar papel na termorregulação do testículo. O escroto é um saco cutâneo formado por duas camadas: 1) Pele Intensamente Pigmentada 2) Tunica dartos que esta intimamente relacionada a uma lâmina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas (músculo dartos) responsáveis pela aparência rugosa do escroto. Como o músculo dartos está fixado à pele, sua contração causa o enrugamento do escroto no frio, espessamento da camada tegumentar enquanto reduz a área de superfície escrotal e ajuda os músculos cremasteres a manterem os testículos mais próximos do corpo, tudo para reduzir a perda de calor. Suprimento Vascular e drenagem linfática do Escroto - As artérias que irrigam o escroto incluem os ramos pudendos externos da artéria femoral, os ramos escrotais da artéria pudenda interna e um ramo cremastérico da artéria epigástrica inferior. Densos plexos subcutâneos de vasos escrotais levam um substancial fluxo sanguíneo, o que facilita a perda de calor. Anastomoses arteriolovenulares do tipo simples, mas de grande calibre, também são proeminentes. As veias seguem as artérias correspondentes. A pele do escroto é drenada por vasos linfáticos que acompanham os vasos sanguíneos pudendos externos até os linfonodos inguinais superficiais. Inervação -O escroto é inervado pelo nervo ilioinguinal, ramo genital do nervo genitofemoral, dois ramos escrotais posteriores do nervo perineal e pelo ramo perineal do nervo cutâneo posterior da coxa. O terço anterior do escroto é suprido principalmente pelo primeiro segmento espinal lombar (através dos nervos ilioinguinal e genitofemoral), e os dois terços posterioressão inervados principalmente pelo terceiro segmento espinal sacral (através dos nervos perineal e cutâneo posterior da coxa). A linha axial ventral do membro inferior passa entre estas áreas, o que significa que um anestésico espinal deve ser injetado em doses mais altas para anestesiar a região anterior. Testículos - Os testículos são os órgãos reprodutores masculinos primários, ou gônadas. Eles são órgãos elipsoides que fazem parte do sistema genital e endócrino, responsáveis pela produção de espermatozoides e testosterona, respectivamente. Eles se encontram suspensos no escroto pelos tecidos escrotais, incluindo o músculo dartos e os funículos espermáticos. As dimensões testiculares médias são de 4-5 cm em comprimento, 2,5 cm em largura, e 3 cm em diâmetro anteroposterior; seu peso varia de 10,5- 14 g. - O testículo esquerdo geralmente se encontra mais abaixo que o testículo direito. Cada testículo se localiza obliquamente no interior do escroto, com seu polo superior inclinado anterolateralmente e o polo inferior, posteromedialmente. A margem anterior é convexa, enquanto a margem posterior é quase reta, com o funículo espermático preso a ela. As faces anterior, medial e lateral e ambos os polos são convexos, lisos e cobertos pela lâmina visceral, lâmina parietal da túnica vaginal do testículo e tecidos escrotais, nesta ordem, de dentro para fora. - Cada testículo está separado de seu homólogo por uma rafe fibrosa mediana, a qual é deficiente superiormente. A face posterior de cada testículo é apenas parcialmente coberta pela túnica serosa; o epidídimo se une a sua parte lateral. IMPORTANTE: - O testículo é revestido por três túnicas de fora para dentro: Tunica vaginal,túnica albugínea e túnica vasculosa. Túnica Vaginal: - A túnica vaginal é a extremidade inferior do processo vaginal do peritônio, cuja formação precede a descida do testículo do feto a partir do abdome até o escroto. - A lamina visceral da túnica vaginal recobre todas as faces dos testículos exceto a maior parte da margem posterior. Posteromedialmente, ela é refletida para a frente como a lâmina parietal. Túnica Albugínea: - A túnica albugínea é um denso revestimento branco azulado do testículo, composto principalmente de feixes entrelaçados de fibras colágenas. Ela é recoberta externamente pela lâmina visceral da túnica vaginal, exceto na cabeça e cauda do epidídimo e na margem posterior do testículo, onde vasos e nervos penetram. A túnica albugínea recobre a túnica vasculosa e, na margem posterior do testículo, projeta-se para o interior do testículo como um espesso septo fibroso incompleto, o mediastino do testículo, o qual se estende da extremidade superior à extremidade inferior do testículo. Vasos testiculares seguem em meio ao mediastino testicular. Túnica Vasculosa: - A túnica vasculosa contém um plexo de vasos sanguíneos e delicado tecido conjuntivo frouxo, estende-se sobre a face interna da túnica albugínea, reveste os septos e, consequentemente, todos os lóbulos testiculares. Suprimento Vascular e drenagem Linfática -Artérias Testiculares: As artérias testiculares são dois longos e delicados vasos que se originam anteriormente a partir da aorta, um pouco abaixo das artérias renais. Cada uma segue inferolateralmente sob o peritônio parietal e sobre o músculo psoas maior. A artéria testicular direita se localiza anteriormente à veia cava inferior e posteriormente à parte horizontal do duodeno, às artérias cólica direita e ileocólica, à raiz do mesentério e à porção terminal do íleo. A artéria testicular esquerda se localiza posteriormente à veia mesentérica inferior, à artéria cólica esquerda e à parte inferior do colo descendente. Cada artéria passa anteriormente ao nervo genitofemoral, ao ureter e à parte inferior da artéria ilíaca externa, e segue até o anel inguinal profundo, penetra no funículo espermático e passa através do canal inguinal para chegar ao escroto. Veias Testiculares: - As veias testiculares emergem posteriormente do testículo, drenam o epidídimo e se unem para formar o plexo pampiniforme, um componente principal do funículo espermático, subindo anteriormente ao ducto deferente. No canal inguinal, o plexo pampiniforme é drenado por três ou quatro veias que seguem até o abdome através do anel inguinal profundo. Dentro do abdome, essas veias se unem em duas veias, as quais sobem de cada lado da artéria testicular, anteriormente ao músculo psoas maior e ao ureter, e atrás do peritônio. A veia esquerda passa posteriormente à porção inferior do colo descendente e da margem inferior do pâncreas, e é cruzada pelos vasos cólicos esquerdos; a veia direita passa posteriormente à parte terminal do íleo e da parte horizontal do duodeno, e é cruzada pela raiz do mesentério e pelos vasos ileocólicos e cólicos direitos. As veias se unem para formar as veias testiculares direita ou esquerda: a veia testicular direita se abre na veia cava inferior em um ângulo agudo imediatamente inferior ao nível das veias renais e a veia testicular esquerda se abre na veia renal esquerda em um ângulo reto . As veias testiculares contêm valvas. Drenagem Linfática: - Os vasos linfáticos testiculares se iniciam em um plexo superficial sob a túnica vaginal e um plexo profundo no parênquima do testículo e do epidídimo. Quatro a oito ductos coletores sobem pelo cordão espermático, acompanham os vasos testiculares sobre o músculo psoas maior e terminam nos linfonodos aórticos laterais e pré- aórticos. Inervação - Os nervos testiculares acompanham os vasos testiculares e são derivados dos décimo e décimo primeiro segmentos espinais torácicos através dos plexos renal e aórtico autônomo. Fibras nervosas catecolaminérgicas formam plexos ao redor de vasos sanguíneos menores e entre as células intersticiais no testículo e no epidídimo. Estrutura Microscópica(Histológica) do Testículo - O Testículo esta localizado dentro d saco escrotal,junto com o segmento inicial do ducto deferente - Envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso : Túnica Albugínea que envolve o testículo e a vaginal faz a parte do escroto mais externo - Dividido em Lóbulos - cada lóbulo tem cerca de 1 a 4 túbulos seminiferos altamente enovelados. IMPORTANTE: - Existem cerca de 400 a 600 túbulos seminíferos em cada testículo,os túbulos seminíferos são os responsáveis pela a espermatogênese, ela ocorre nos túbulos Seminiferos e devido a essa quantidade de túbulos justifica pq se libera muitos espermatozóides na circulação. - Os erpermatozoides prontos são lançados na luz dos túbulos seminíferos em um processo de espermatogênese Centripeta. - Quando ativas, as células espermatogênicas incluem desde espermatogônias localizadas na lâmina basal até suas formas derivadas na luz do túbulo seminífero – espermatócitos, espermátides e espermatozoides. Entre as espermátides pode haver corpúsculos residuais, estruturas esféricas derivadas do excesso de citoplasma das espermátides, eliminado durante a maturação e fagocitado pelas células de Sertoli. Cada Túbulo seminífero tem o formato de um U com as extremidades conectadas a rede testicular. O epitélio do túbulo seminífero é um epitélio germinativo esse epitélio germinativo é estratificado envolto por lamina basal e células Mióides(Achatadas e contrateis) e tecido conjuntivo. As células do Instersticio(Células de Leydig) produzem os andrógenos testiculares(Testosterona e diidrostestosterona) As primeiras células de Leydig se desenvolvem durante a fase fetal e são responsáveis pela secreção de testosterona e consequente masculinização do sistema urogenital. Composição do epitélio Germinativo do Túbulo Seminifero - Células deSertoli + Células de linhagem espermatogenica(Espermatogonia) - As células de sertoli dão sustentação ao epitélio germinativo - o Epitélio germinativo é dividido em linhas em que cada tipo de célula germinativa ocupa uma linha na produção de gametas masculinos(Espermatogenese) - Na base do tulo seminífero (1 linha) eu tenho célula mais clara em formato piramidal chamada célula de sertoli, além de estar presente na primeira linha tbm as espermatogonias - Logo na primeira linha do epitelio geminativo eu tenho células de sertoli e as espermatogonias. Em crianças so tenho essas duas pq em crianças ainda não ta fazendo meiose pra formar gametas. As espermatogonia vieram das células germinativas primordiais e as de sertoli. - As células de seroli alem de sustentação mantem a espermatogênese em linha. - A célula de sertoli forma uma barreira para que nada entre em contato com as células germinativas, formando a baerreira hematotesticular,que é uma barreira entre o angue e o interior dos túbulos seminíferos para imoedir que toxinas do sangue cheguem nas células germinativas - Espermatides sofrendo transformação para virar espermatozóide é um processo que eu chamo de espermiogenese. - Na segunda linha do epitélio germinativo eu tenho o espermatocito primário que já é grande para sofrer meiose - Na terceira linha do epitélio derminativo dos túbulos seminíferos eu tenho espermatócito secundário Espermatogênese - Espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos - A espermatogênese é um processo centrípeto,ou seja,ocorre da periferia dos túbulos seminiferos em direção ao centro Espermiogênese - Processo de citodiferenciação pelo qual passam as espermatides esféricas(Redondas) até formarem espermatozóides maduros Epidídimo - Armazena Espermatozóides prontos que chegam via ductos eferentes. - O epidídimo se localiza posterior e ligeiramente lateralmente ao testículo, com o canal deferente localizado ao longo de sua face medial . O epidídimo apresenta uma cabeça expandida (globus major) superiormente, um corpo e uma cauda (globus minor). O epidídimo é revestido pela túnica vaginal, não tão intimamente justaposta como no testículo, com excessão de sua margem posterior. Lateralmente, existe um sulco profundo entre o epidídimo e o testículo, o seio do epidídimo. O canal deferente sobe a partir da cauda do epidídimo, indo até o anel inguinal profundo, no interior do funículo espermático. Estrutura Microscópica - A espermatogênese ocorre nas partes altamente contorcidas dos túbulos seminíferos. À medida que estes últimos atingem os ápices dos lóbulos em direção ao mediastino, tornam-se menos contorcidos e formam os curtos túbulos retos, revestidos por um epitélio cuboide, sem a presença de células espermatogênicas. Os túbulos retos penetram no tecido fibroso do mediastino do testículo e desembocam em uma rede fechada de tubos anastomosados revestidos por epitélio achatado, a rede do testículo. Na extremidade superior do mediastino, 12-20 dúctulos eferentes (ou túbulos eferentes) perfuram a túnica albugínea e saem do testículo em direção ao epidídimo. Os dúctulos eferentes são revestidos por epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado que também contém células não ciliadas mais curtas, ativamente endocíticas. Externamente ao epitélio, os dúctulos eferentes são circundados por uma delgada túnica circular de músculo liso. Estrutura Microscópica do Epídidimo - Inicialmente, os dúctulos eferentes são retos e se tornam maiores e muito contorcidos, formando os lóbulos cônicos do epidídimo, que formam sua cabeça. Cada dúctulo lobular tem 15- 20 cm de comprimento e se abre em um único ducto do epidídimo, cujas circunvoluções formam seu corpo e sua cauda. Quando essas circunvoluções são desenroladas, o tubo mede mais de seis metros e aumenta em espessura à medida que ele se aproxima da cauda do epidídimo, onde ele se torna o ducto deferente. As circunvoluções são mantidas unidas por feixes de tecido conjuntivo fibroso. No ducto do epidídimo, a musculatura é mais espessa e o epitélio é do tipo pseudoestratificado cilíndrico estereociliado. A musculatura sofre contrações peristálticas para propelir os espermatozoides em direção à região da cauda, onde são armazenados. Pênis - O pênis consiste em uma raiz,fixa no períneo e um corpo livre e penduloso completamente envolvido por pele. Pele - A pele do pênis é delgada e frouxamente fixada à túnica albugínea. No colo da glande, ela é pregueada para formar o prepúcio, que recobre a glande irregularmente. A lâmina interna do prepúcio é confluente no colo com a delgada pele que recobre e se adere firmemente à glande, e através desta com a mucosa da uretra no óstio externo da uretra. Na face uretral da glande, uma prega mediana – o frênulo – segue da face profunda do prepúcio para a glande, imediatamente proximal ao óstio. A sensibilidade cutânea é maior na glande do pênis. O prepúcio e a glande do pênis envolvem uma fenda potencial, o saco prepucial, com duas fossas rasas flanqueando o frênulo. Raiz - A raiz do pênis consiste em três massas de tecido erétil no triângulo urogenital, isto é, os dois ramos e o bulbo do pênis, firmemente fixados ao arco do púbis e à membrana do períneo, respectivamente. Os ramos são as extremidades posteriores dos corpos cavernosos, e o bulbo é a extremidade posterior dilatada do corpo esponjoso. - Cada ramo do pênis se inicia por trás, como uma estrutura abaulada e alongada, porém arredondada, firmemente fixada na margem evertida do ramo isquiopúbico e coberta pelo músculo isquiocavernoso. Anteriormente, converge em direção ao ramo contralateral e é ligeiramente aumentado posteriormente a isto. Próximo da margem inferior da sínfise púbica, os dois ramos se aproximam e se continuam como os corpos cavernosos do corpo do pênis. Corpo - O corpo principal do pênis consiste em três massas de tecido erétil, os corpos cavernosos direito e esquerdo e o corpo esponjoso, de posição mediana, os quais são continuações dos ramos e do bulbo do pênis, respectivamente . Eles se ingurgitam com sangue durante a ereção do pênis. O pênis é cilíndrico quando flácido, mas se torna triangular quando ereto. A face posterossuperior durante a ereção é denominada de dorso do pênis, e a face oposta é a face ventral. - O corpo esponjoso circunda o canal da uretra - E os corpos cavernosos são os que dilatam durante a ereção. Suprimento Vascular e drenagem linfática do pênis Artéria perineal: A artéria perineal se origina da artéria pudenda interna próximo à extremidade anterior do canal pudendo e se aproxima do escroto na região superficial do períneo, entre os músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso. Além da membrana do períneo e próximo à sua base, um pequeno ramo transverso segue medialmente, inferior ao músculo superficial transverso do períneo, para se anastomosar com seu homônimo contralateral e com as artérias escrotal posterior e retal inferior;esses vasos irrigam os tecidos entre o ânus e o bulbo do pênis. As artérias escrotais posteriores, distribuídas para a pele do escroto, a túnica dartos e os músculos do períneo, são geralmente ramos terminais da artéria do períneo e podem também se originar de seu ramo transverso. Artéria do Bulbo do pênis: A artéria do bulbo do pênis é curta, porém larga, e segue medialmente através do músculo transverso profundo do períneo até o bulbo do pênis, onde ela penetra e irriga o corpo esponjoso e a glândula bulbouretral. Artéria profunda do pênis( Artéria Cavernosa): A artéria profunda do pênis é um ramo terminal da artéria pudenda interna . Ela segue através da membrana do períneo, entra de cada lado no ramo do pênis e seguepela extensão do corpo cavernoso, irrigando o tecido erétil. Dentro de cada corpo cavernoso, as artérias profundas do pênis se dividem em ramos que terminam diretamente em redes capilares que se abrem nos espaços cavernosos ou se tornam contorcidas e um pouco dilatadas, caracterizando-se como artéria helicinas, que também se abrem nos espaços cavernosos. As artérias helicinas são mais abundantes nas regiões posteriores dos corpos cavernosos. Artéria dorsal do pênis: A artéria dorsal do pênis é outro ramo terminal da artéria pudenda interna. Veias dorsais do pênis: - As veias que drenam os corpos cavernosos emergem destes e seguem obliquamente pela túnica albugínea por uma série de pequenos vasos chamados veias subtunicais. Estas drenam para as veias circunflexas que seguem circunferencialmente ao redor do corpo do pênis a partir de sua face ventral onde drenam para a veia dorsal profunda do pênis. As veias dorsais, superficial e profunda, são ímpares. A veia dorsal superficial drena o prepúcio e a pele do pênis, corre para trás no tecido subcutâneo e se inclina para a direita ou para a esquerda antes de se abrir em uma das veias pudendas externas. A veia dorsal profunda se localiza abaixo da fáscia do pênis, recebe sangue proveniente da glande e dos corpos cavernosos do pênis e segue para trás, na linha mediana entre as artérias dorsais pares; próximo da raiz do pênis, ela passa profundamente ao ligamento suspensor, e através de uma abertura entre o ligamento arqueado do púbis e a margem anterior da membrana do períneo, divide-se em ramos direito e esquerdo, que se unem, abaixo da sínfise púbica, com as veias pudendas internas e finalmente entram no plexo prostático. Inervação: - Os nervos para os corpos cavernosos consistem principalmente nos nervos cavernosos do pênis, que se originam do plexo pélvico e contêm componentes tanto simpáticos como parassimpáticos. - Os nervos cavernosos do pênis perfuram a bainha fibrosa do pênis proximalmente para inervar o tecido erétil do corpo esponjoso e a uretra do pênis. Durante seu trajeto, seguem posterolateralmente até o ápice da próstata. O suprimento simpático para os órgãos genitais masculinos é derivado dos segmentos T11-L2 da medula espinal: sua estimulação produz vasoconstrição, contração das glândulas seminais e da próstata e a emissão do sêmen. As fibras parassimpáticas são derivadas dos segmentos S2- S4 da medula espinal através dos plexos pélvicos: sua estimulação produz vasodilatação. - O principal nervo sensitivo do pênis é o nervo dorsal do pênis. Na glande e no bulbo do pênis, alguns filamentos cutâneos se unem com corpúsculos lamelados. Fibras aferentes vindas da glande do pênis e da pele perigenital seguem do nervo pudendo para a medula espinal. OBS- O bulbo é o corpo esponjoso do pênis Estrutura Microscópica - Externamente revestido por pele: Epiderme e Derme e Túnica Albugínea Tecido conjuntivo denso (vasos dorsais): Corpos cavernosos do pênis Corpo esponjoso do pênis, contém a uretra (uretra esponjosa) Tecido Erétil Tecido conjuntivo e células musculares lisas. - As faces internas das bainhas fibrosas dos corpos cavernosos e seu septo dão origem a numerosas trabéculas que cruzam os corpos cavernosos em todas as direções, dividem-nos em uma série de espaços cavernosos e lhes dão uma aparência esponjosa. As trabéculas são compostas de fibras colágenas e elásticas e tecido muscular liso, e contêm numerosos vasos e nervos. Os espaços cavernosos são revestidos por um endotélio similar ao dos vasos sanguíneos. Os espaços encontram- se vazios no estado flácido, mas se tornam preenchidos com sangue durante a ereção. A túnica albugínea fibrosa do corpo esponjoso é mais delgada, mais branca e mais elástica que a dos corpos cavernosos. Ela é formada parcialmente de células musculares lisas: uma lâmina do mesmo tecido circunda o epitélio da uretra e as glândulas parauretrais. Próstata - A próstata produz um líquido alcalino que constitui entre 10% e 30% do sêmen(Liquido prostático). Durante a ejaculação, este líquido é acrescido ao esperma. A secreção prostática tem a função de proteger e nutrir os espermatozóides, contendo sais minerais e enzimas. Sua alcalinidade também ajuda a neutralizar a acidez da vagina, prolongando o tempo de vida dos espermatozóides. A próstata também tem músculos, que ao serem comprimidos ajudam a expelir o esperma. A próstata recebe suprimento sanguíneo através de ramos da artéria pudenda interna, da artéria vesical inferior e das artérias retais médias. A inervação é realizada pelas fibras parassimpáticas dos nervos esplâncnicos pélvicos através do plexo prostático e fibras simpáticas do plexo hipogástrico inferior. A próstata é uma glândula única do sistema reprodutor masculino. É encontrada inferiormente à bexiga e é atravessada pela uretra. A função da próstata é produzir um fluido que é secretado na uretra durante a ejaculação, função esta que é auxiliada pelas outras glândulas reprodutivas acessórias, isto é, a vesícula seminal e a glândula bulbouretral (glândula de Cowper). As secreções das glândulas acessórias do aparelho reprodutor masculino fluem para a parte prostática da uretra através do ducto ejaculatório. Juntamente com os espermatozóides, elas formam o sêmen. - https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra
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