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EBOOK GRÁTIS COM QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS PROFESSORES: ILKA NOGUEIRA E CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA EBOOK GRÁTIS COM QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS APRESENTAÇÃO 1) (FUNCAB- Prefeitura de Anápolis GO – 2015) “A terra continuava a ser o índice de influência, o plinto sobre o qual se erigia o poder. Se acrescentarmos ao status e riqueza fundiários propriamente ditos aquela parte da indústria que servia diretamente ao interesse agrícola (...) ou que processava os produtos agrícolas (...), poderemos ver para que lado pendia a balança da riqueza (...).” (THOMPSON, E.P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional) O texto refere-se a uma classe social inglesa do século XVIII, que pode ser identificada como: A. Burguesias B. Proletários C. Trabalhadores livres D. Camponeses E. Gentry GABARITO E COMENTÁRIO No contexto anterior às revoluções inglesas, destacam-se as mudanças estruturais na sociedade. Podemos ressaltar os Cercamentos Professora Ilka Nogueira Atualmente é professora de História da Rede Municipal do Rio de Janeiro, ingressando nessa esfera em 2002. Possui graduação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós- graduação pela Universidade Cândido Mendes. Foi aprovada em 3 concursos para a professor da Prefeitura do Rio de Janeiro e também foi aprovada nos concursos para professor no município de Mangaratiba e estado do Rio de Janeiro, (enclousures), nome dado às demarcações de terras que antes serviam como campos de cultivos que favoreciam o trabalho coletivo e que passaram a ser usadas como propriedades. Tal fato possibilitou o surgimento de um novo grupo social, formado de comerciantes ricos que compravam terras, destinadas, especialmente para a criação de carneiros para a produção de lã. Essa nova classe social ficou conhecida como Gentry, ou seja, eram ricos burgueses que haviam comprado títulos nobiliárquicos e faziam parte do Parlamento. Entretanto, se vê ainda que a terra era a principal fonte de poder e riqueza, Os cercamentos acabaram dando origem também a uma classe de pessoas que, destituídas de suas terras e da possibilidade de tê-la para seu sustento, não tinha mais nada como propriedade a não ser sua força de trabalho, que era vendida em troca de salários. Então, os cercamentos foram de fundamental importância na transição entre o feudalismo e o capitalismo na Inglaterra. Tais mudanças foram o alicerce para a revolução Industrial. 2) (Selecon - Prefeitura de Cuiabá 2019) “O Egito faraônico não somente representa o primeiro reino unificado historicamente conhecido, como também a mais longa experiência humana documentada de continuidade política e cultural. Mesmo não incluindo o período greco-romano - embora os monarcas helenísticos e os imperadores de Roma tenham figurado como 'faraós' em monumentos egípcios -, a história do Antigo Egito se estende por uns dois mil e setecentos anos, de aproximadamente 3000 a.C. até 332 a.C. (...) Tal história conheceu, é verdade, fases de descentralização, anarquia e domínio estrangeiro mas, durante estes longos séculos, o Egito constituiu uma mesma entidade política reconhecível.” CARDOSO, Ciro Flamarion Santana. O Egito Antigo. Brasiliense, 6ª edição. SP. 1987. p.7 O fragmento de texto descreve, de forma resumida, sobre a longevidade histórica da civilização egípcia. Em relação às características do Egito Antigo é correto afirmar: A) Possuía uma grande densidade demográfica, sem a presença de escravos, garantindo a utilização de uma abundante força de trabalho na agricultura de irrigação. B) Compreendiam a existência de aldeias comunitárias, com uma forte presença da propriedade privada, que eram responsáveis pelas atividades artesanais e agrícolas em larga escala. C) Havia a forte presença de um Estado Despótico, impondo-se sobre as comunidades aldeãs, de base teológica, sem controle das terras e com uma organização complexa. D) Destacava-se a exploração do trabalho imposta às comunidades aldeãs, assim como a apropriação de seus excedentes de produtos, coletados sob a forma de tributos. GABARITO D COMENTÁRIO Foi ao longo do Rio Nilo que surgiu o Egito. As margens eram fertilizadas graças ao rio, e o povo pode então fazer a agricultura e a domesticação de animais. Aprendendo a controlar a água do rio, com barragens e canais de irrigação, os egípcios construíram um grande império. O rio era responsável por mover a economia, pois após as cheias quando a terra estava fértil, plantava-se trigo, cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. O rio também servia para a pesca. A sociedade egípcia era muito rígida. Em seu topo estava o Faraó, rei do Egito. Os faraós eram os administradores máximos do Egito, cabiam a eles os cargos de chefe do exército, primeiro magistrado e sacerdote supremo. Eram venerados como deuses e seu governo era teocrático. Abaixo do Faraó estavam os sacerdotes, nobres e funcionários. Já na base da pirâmide estavam os não privilegiados que eram artesãos, camponeses, escravos e soldados. A terra pertencia ao faraó e os camponeses eram obrigados a dar parte de seus produtos para o Estado em troca do direito de cultivar o solo. No entanto, a construção de diques, reservatórios e canais de irrigação era tarefa do Estado, que empregava tanto mão de obra livre quanto escrava para fazê-lo. 3) (IBAM – Prefeitura de São Bernardo do Campo - 2014) A desenfreada especulação com ativos negociados em bolsas de valores, a ausência de marcos regulatórios definidos e elevados níveis de endividamento e alavancagem financeira provocaram uma crise econômica de dimensões mundiais, afetando inclusive o Brasil, e para alguns autores, contribuindo para a ascensão de regimes totalitários. Aponte, entre as alternativas abaixo, aquela que corresponde a esse quadro: a) Crise do petróleo de 1973 b) Crise de 1929 c) Crise do subprime d) Crise Black Monday GABARITO B COMENTÁRIO Após a Primeira Grande Guerra os Estados Unidos ocuparam o lugar da Europa como potência mundial. Em virtude do rápido crescimento da economia americana após a guerra, a década de 1920 foi um período de grande euforia econômica. Esse momento da história americana ficou marcado principalmente pelo avanço do consumo de mercadorias, consolidando o American way of life, o estilo de vida americano Nesse quadro, os Estados Unidos viviam um momento de pleno emprego e rápido crescimento industrial. Por causa do boom econômico e da onda de euforia, as pessoas passaram a investir de maneira intensa no mercado financeiro, disparando a especulação monetária. Durante a década de 1920, os investimentos nas ações das empresas na bolsa de valores de Nova Iorque tiveram saltos consideráveis. Toda essa prosperidade estava amparada em bases extremamente frágeis. O crédito desregulado e o crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa prosperidade que estava à beira do precipício O aumento na produção, no entanto, não foi acompanhado de aumentos salariais, pois os salários permaneceram estagnados. Assim, o mercado não teve condições de absorver a quantidade de mercadorias que eram produzidas, situação que se agravou quando a Europa retomou seus mercados consumidores. Isso abalou a esperança de rápida prosperidade de muitos que tinham ações de empresas americanas, pois essas estavam falindo. Milhares de pessoas resolveram vender as suas ações no dia 24 de outubro de 1929, no que ficou conhecido como Quinta-feira Negra. Nesse dia, mais de 12 milhões de ações foram colocadas à venda, o que deixou o mercado em pânico. Imediatamente o valor das ações despencou, e bilhões de dólares desapareceram. A economia americana quebrou. Os efeitos da crise para a economia dos Estados Unidos foram imediatos e espalharam-se pelo paíse pelo mundo como um efeito dominó, chegando inclusive no Brasil. A economia de diversos países entrou em recessão, e o desemprego disparou mundo afora. Esse estado de crise contribuiu para o surgimento de regimes como o Fascismo e o Nazismo.
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