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MMII - Fraturas e Luxações 1 MMII - Fraturas e Luxações Created Tags Marcela Cavalcanti LUXAÇÕES Quadril Revisão da anatomia A luxação do quadril exige trauma de alta energia uma vez que é uma articulação com razoável grau de estabilidade Pode ser de 3 tipos: posterior, anterior e central Jun 9, 2021 1049 PM MMII - Fraturas e Luxações 2 Posterior: tipo mais comum 90% → cabeça do fêmur desloca-se lateral e posteriormente em relação ao acetábulo Anterior: segundo tipo mais comum → deslocamento medial e anterior do fêmur em relação ao acetábulo Central: causado por trauma lateral no quadril → força a cabeça do fêmur a romper a fossa do acetábulo (fratura-luxação) deslocando-se para dentro da pelve Complicações: Podem ocorrer fraturas associadas em até 50% dos casos sendo as mais comuns as de borda posterior do acetábulo e da cabeça do fêmur Lesão do nervo ciático ocorre em 15% dos casos → parestesias e hipoestesia na região posterolateral da perna, tornozelo e pé e fraqueza na dorsiflexão e flexão plantar Necrose avascular da cabeça femoral Osteoartrite Diagnóstico: RX em AP de quadril e pelve complementada pela incidência de Judet para o acetábulo AP em 45º de rotações interna e externa) A luxação de quadril é uma emergência ortopédica mesmo se não complicada!! Se a redução for realizada após 6h do trauma, há um grande aumento do risco de necrose avascular e osteoartrite O tratamento geralmente é realizado por redução incruenta com paciente sob anestesia → depois pode ser instalada tração do membro (para reduzir a pressão intracapsular e o risco de necrose da cabeça) ou imobilização ou encaminhamento para fisioterapia MMII - Fraturas e Luxações 3 Joelho É composto por duas articulações, a fêmoro-patelar a e fêmoro-tibial Luxação de patela Articulação fêmoro-patelar alterada Geralmente as luxações de patela são direcionadas para a lateral O tratamento consiste em redução incruenta, muitas vezes sem necessidade de anestesia → se persistir com instabilidade, indica-se o tratamento cirúrgico Realizar RX para documentar, mesmo que associação com fraturas seja rara 1 Luxação do quadril (perda de contato da cabeça do fêmur com o acetábulo)/ 2 RX após redução/ 3 lesão com esclerose Observar patela desviada para lateral e que trata-se de uma criança (presença de placa epifisal) MMII - Fraturas e Luxações 4 Luxação total Relações entre fêmur, tíbia e patela completamente alteradas Rotura de estruturas que fazem a contenção do joelho, como a cápsula articular, os ligamentos cruzados anterior e posterior e os ligamentos colaterais medial e lateral Tratamento demanda cirurgia com ligamentorrafia dos ligamentos colaterais e ligamentoplastia dos ligamentos cruzados Tornozelo Revisão da anatomia MMII - Fraturas e Luxações 5 É formado por uma pinça composta pelas epífises distais da fíbula e da tíbia que acolhe o talus Pode ocorrer a luxação pura ou luxação com fratura associada do maléolo tibial O tratamento da luxação pura é realizado pela redução incruenta, sob anestesia, com a manobra denominada "descalçar a bota" → joga o tálus de volta para a pinça RNM pode ser útil para avaliar lesão ligamentar, se não tiver acesso, imobiliza e acompanha pra ver se tem instabilidade, se tiver, indica tratamento cirúrgico com rafia ou plastia do ligamento lesado MMII - Fraturas e Luxações 6 A luxação com fratura é tratada inicialmente com redução incruenta, para evitar necrose da cartilagem articular e lesão vasculonervosa e em seguida é necessária a fixação do maléolo fraturado Depois da redução, faz a imobilização, mantém o membro elevado por 7 a 10 dias e só então é que faz a cirurgia! Geralmente essa lesão gera hemartrose, edema de grande volume e flictemas (bolhas causadas pelo excesso de líquido acumulado no tecido subcutâneo, geralmente com conteúdo contaminado → não se opera paciente com flictem!!! primeiro deve drenar e tratar antes de operar. Pé Revisão da anatomia 1 Luxação pura/ 2 Luxação com fratura → talus fora da pinça, fragmento na região superior do talus MMII - Fraturas e Luxações 7 Retropé: talus e calcâneo Médiopé: cuboide, navicular e cuneiformes (cunhas) Antepé: metatarsos Articulação de Chopart: retropé se articulando com o médiopé Articulação de Lisfrank: médiopé se articulando com o antepé Tipos de luxações: Sub-talar ou sub-astragalina O talus continua se relacionando com a pinça formada pela tíbia e pela fíbula, mas o calcâneo se desloca posteriormente em relação ao talus Tratamento: redução incruenta com manobra de descalçar a bota Médio-társica/ articulação de Chopart Entre o retropé e o médiopé Rara MMII - Fraturas e Luxações 8 Tarso-metatarsiana/ articulação de Lisfrank Entre o médiopé e o antepé Quando não há fratura associada, o tratamento é a redução, se estabilizar, mantém, se permanecer intável, faz fixação percutânea Se houver fratura, sempre fazer fixação dos ossos fraturados Luxação divergente: associação com fratura do segundo metatarso Luxação parcial: diástase entre primeiro e segundo metatarso Luxação total: fratura do segundo metatarso com desvio lateral de todos os metatarsos Metatarso-falangeana Interfalangeana FRATURAS Quadril Toda fratura acetabular e da cabeça do fêmur é uma fratura articular A fratura de quadril ocorre mais comumente em mulheres de cor branca devido a maior prevalência de redução de massa óssea Obs: Vascularização Imagem de cima: luxação sub-talar; imagem de baixo: luxação tarso-metatarsiana MMII - Fraturas e Luxações 9 Essa região é irrigada pelas artérias circunflexas femoral, medial e lateral, as quais emitem ramos capsulares Na primeira infância existe contribuição da artéria do ligamento redondo → vai do fundo acetábulo para a fóvea da cabeça femoral → colabada no adulto Artérias diafisárias emitem ramos que são as artérias metafisárias que, por sua vez, dão origem às artérias epifisárias Esse trajeto, de distal para proximal, é um problema uma vez que se houver interrupção dessa vascularização pode ocasionar uma necrose asséptica. Otopelve: fratura-luxação da articulação coxofemoral com entrada da cabeça do fêmur no acetábulo → tratamento com tração lateral e posteriormente abordagem cirúrgica Exemplos: Fêmur Revisão da anatomia Fratura-luxação de fêmur direito: linha vermelha → luxação supero-posterior/ região amarela → fratura com fragmentos no acetábulo MMII - Fraturas e Luxações 10 Fratura de colo de fêmur Mais comum em idosos e no sexo feminino tendo como principal fator predisponente a osteoporose É uma fratura intracapsular Pode ocorrer em 3 locais diferentes: Sub-capital Médio cervical Basocervical Classificação de Garden (leva em consideração o desvio da fratura) → o prognóstico é pior quanto maior o grau Garden I fratura do colo sem desvio ou incompleta Garden II Fratura completa sem desvio Garden III Fratura completa com desvio < 50% da superfície fraturaria Garden IV Fratura completa com desvio > 50% da superfície fraturaria MMII - Fraturas e Luxações 11 Sinais e sintomas: Rotação externa do pé (roda o membro inteiro mas o pé é o mais perceptível) Encurtamento do membro Dor e impotência funcional Tratamento: Em crianças (raro de acontecer), na fratura sem desvio, coloca aparelho gessado, com desvio a conduta deve ser cirúrgica Em adultos e jovens o tratamento é sempre cirúrgico → cuidado na manipulação para evitar fratura da diáfise Em idosos o tratamento é o mesmo dos adultos porém com um pré- operatório ainda mais cuidadoso Métodos: Richard: parafuso fica do outro lado da fratura para promover a compressão intrafragmentária gerando estabilidade potente permitindo mobilização do membro mas sem carga Girldelestone: para pacientes muito idosos ou terminais que não podem ser submetidos a cirurgias longas → resseca a cabeça do fêmur e o paciente fica sem quadril → consegueandar um pouco e não sente dor Thompsom: monobloco → não se usa mais, era uma prótese antiga que ocupava o acetábulo MMII - Fraturas e Luxações 12 Próteses totais obs: a principal complicação 50% é a necrose de cabeça femoral Fratura trans-trocantérica São fraturas extra-capsulares que ocorrem entre o grande e o pequeno trocanter (ou seja, no maciço trocantérico) Como não tem cápsula articular, tem maior desvio e maior sangramento porém é menos dolorosa que a de cabeça de fêmur porque como não tem Richard a B é a mais realizada hoje em dia Próteses totais de quadril MMII - Fraturas e Luxações 13 cápsula, não tem aumento de pressão intracapsular Devido à rica vascularização metafisária elas possuem um alto poder de consolidação São mais frequentes que as fraturas de colo e ocorrem mais em mulheres e idosos Clínica: encurtamento do membro afetado, dor com incapacidade de marcha, rotação externa da extremidade, equimose após 24h na face externa do quadril, hematoma (aumento de volume do quadril) Diagnóstico: RX do quadril em AP e perfil Classificação de Evans modificada por Jensen A Estável → sem desvios B Instáveis → desvio por ação da musculatura formando coxa-vara, arrancamento do pequeno trocanter (fratura multifragmentária ou cominutivas ) MMII - Fraturas e Luxações 14 Tratamento: cirúrgico!! é uma urgência relativa porque é preferível fazer abordagem rápida pra saber se há doenças cardiopulmonares; devem ser operadas de preferência nas primeiras 4h (medcurso fala 48h) após o trauma O padrão ouro é a fixação com parafuso deslizante: Complicações: desvio em varo mesmo após cirurgia, penetração do implante na articulação (iatrogenia), necrose avascular Fratura subtrocantérica Acontece em torno de 5cm abaixo do pequeno trocanter (abaixo do colo cirúrgico) É a menos comum entre adultos e sua ocorrência dele levantar a suspeitar de fratura patológica Diagnóstico: RX AP e perfil Tratamento com redução em centro cirúrgico seguida de fixação interna MMII - Fraturas e Luxações 15 Fraturas diafisárias de fêmur A diáfise femoral se estende desde um plano horizontal a 3cm abaixo do trocânter menor até a zona esponjosa supra-condileana (ou seja, do fim da metáfise proximal até o fim da metáfise distal) É uma região de excelente vascularização o que favorece uma formação de calo ósseo mais rápida Formam grandes desvios por causa dos potentes músculos que se inserem no fêmur A grande irrigação dessa área e a lesão de grandes massas musculares geram hemorragias volumosas (de 1 a 2L causando hipovolemia bruscamente Pode ocorrer lesão da artéria femoral (maior risco quando fratura exposta), do nervo ciático (mais comum) e do nervo femoral São lesões frequentes em crianças, jovens e adultos, necessitando de trauma de grande energia (a não ser em casos de fraturas patológicas → osteoporose) Principais causas (traumas de alta energia) Acidentes de trânsito (destaque para acidente de motocicleta) Atropelamentos Projéteis de arma de fogo Queda de grande altura Diagnóstico: deformidade típica regional, grande perda sanguínea, comprometimento de função pulmonar (embolia gordurosa), se tiver MMII - Fraturas e Luxações 16 gotículas de gordura no sangramento → fratura exposta, lesões associadas TCE, lesões abdominais, fraturas de outros segmentos). RX para confirmar e documentar Tratamento: Em politraumatizados, essas fraturas devem ser fixadas precocemente (no máximo até 48h após o trauma, uma vez que a demora no procedimento aumenta o risco de complicações clínicas graves como SARA e embolia gordurosa Conservador apenas em crianças se não houver desvio ou em fraturas incompletas: Tração trans-esquelética → não se usa mais como tratamento em si, mas sim como pré-tratamento cirúrgico Gesso pelvi-podálico → geralmente usa em criança em virtude da boa consolidação e remodelagem Cirúrgico Necessita de fixação interna porque, via de regra, são fraturas muito instáveis Placas de compressão → os fragmentos ósseos ficam sob compressão Haste bloqueada → bloqueada porque tem um parafuso na ponta que impede sua movimentação/rotação (pode ser distal ou proximal o bloqueio) Fixador externo → usa mais em fraturas externas com grandes lesões de partes moles Haste bloqueada Placa de compressão MMII - Fraturas e Luxações 17 Complicações: Infecção (osteomielite) Refratura → fratura iterativa (por falha no implante ou abuso do paciente) Pseudoartrose (o osso não consolida formando uma falsa articulação) → hipotrófica: sinal da flauta; hipertrófica: sinal da pata de elefante Retardo de consolidação Síndrome compartimental (não tão comum nas fraturas de fêmur, aumento de volume abrupto dos segmentos levando a necrose tecidual por dificuldade na irrigação dos tecidos Joelho Haste bloqueada MMII - Fraturas e Luxações 18 Tipos de fraturas do joelho: Supracondileana, intercondileana e supracondileana de fêmur Condileana, epicondileana medial e lateral Cabeça e colo da fíbula Patela Planalto tibial: lateral, medial, ambos, intercondilar, subcondilar e inter- sub-condilar Obs: lesão do colo da fíbula pode levar a lesão do nervo fibular profundo → pé caído MMII - Fraturas e Luxações 19 Sintomas: dor em articulação, aumento de volume, edema ou hemartrose Lesões traumáticas do joelho Contusões e sinovites: o joelho é uma articulação pouco protegida por massa muscular, traumas diretos podem causar edema, hemartrose e dor Fraturas articulares Lesões do mecanismo extensor (lesão no quadríceps, rompimento do tendão do quadríceps, fratura na patela, lesão no tendão patelar ou fratura de tuberosidade anterior Lesões ligamentares Tratamento: punção articular, aparelho gessado, AINH Fratura supra-condileana do fêmur Ocorre na inserção do músculo gastrocnêmico, causando um desvio para trás Comprime o feixe vásculo-nervoso, provocando uma isquemia aguda na perna Tratamento: sempre cirúrgico → estabilização com placas e parafusos. Em pacientes jovens pode ser estabilizada com fios Fratura de patela Fraturas são muito frequentes após trauma direto na face anterior do joelho, ou indireto por tração do quadríceps Sinal clínico: dor aguda no joelho, aumento do tamanho do joelho (hemartrose), impotência funcional (lesão do mecanismo extensor) Classificação de acordo com a linha de fratura: Transversa: são as mais frequentes, 5080%. Os fragmentos se separam pela tração do quadriceps, sendo as mediais as mais frquentes; terço inferior e superior são as menos frequentes Cominutas: 3035% → ocorrem após um trauma direto e forte tração do quadríceps Longitudinais: são as menos frequentes, 12 a 17% → normalmente ocorrem no meio da patela MMII - Fraturas e Luxações 20 Tratamento Conservador: em fraturas sem desvio ou com desvios menores que 3mm (sem lesão do aparelho extensor) → aparelho gessado 6 a 8 semanas) e fisioterapia Cirúrgico: Fios de Steinmann, parafusos esponjosos, bandas de tensão (geralmente usadas) Fraturas do planalto tibial MMII - Fraturas e Luxações 21 São intra-articulares e podem ocorrer no planalto tibial interno, externo ou em ambos As mais frequentes são as do planalto tibial externo, decorrentes de um mecanismo em valgo (lateral para medial) do joelho e por um impactação do côndilo femural no planalto tibial que sofre a fratura Clínica: dor, hemartrose, impotência funcional do joelho, 4ª década (homens) e 7ª década em mulheres Exame físico: lesões ligamentares, lesões de nervos e artérias Causas: quedas, acidentes automobilíticos, atropelamentos, lesões esportivas MMII - Fraturas e Luxações 22 Tratamento: cirúrgico (a não ser nos casos onde não há cmoprometimento do aparelho extensor Classificação de Schatzker É baseada no local e na linha de fratura Tipo I� Planalto lateral, com cisalhamento (ou deslizamento) Tratamento por redução + parafuso interfragmentado MMII - Fraturas e Luxações23 Tipo 2 → Planalto lateral (traumatismo em valgo), porém com afundamento (deslizamento e afundamento) Tratamento com redução anatômica e fixação com placa e parafuso + enxerto ósseo (côndilo femoral ou crista ilíaca) Tipo 3 → Acomete o planalto lateral (apenas afundamento, não tem cisalhamento) - é mais complexa Tratamento com enxerto ósseo + fixação com placa e parafuso Tipo 4 → acomete o planalto medial, com cisalhamento (pode acometer também as espinhas intercondilianas, que é onde os ligamentos cruzados se inserem) Tratamento com redução anatômica + fixação com placa e parafuso MMII - Fraturas e Luxações 24 Tipo 5 → Ocorre deslizamento do planalto medial e lateral (associação do tipo I e 4 Tipo 6 → Afundamento e cisalhamento dos planaltos medial e lateral, com fratura infraplanaltina, além de fratura da diáfise MMII - Fraturas e Luxações 25 Fraturas da diáfise da tíbia A tíbia é destinada a suportar o peso comrporal, tem extensa área desprovida de inserções musculares, consequentemente uma pobreza vascular As fraturas da diáfise da tíbia são as mais comuns das fraturas dos ossos longos A tíbia é subcutânea em quase todo o seu comprimento, logo as deformidades são evidentes → muito susceptíveis a fraturas expostas Exame físico: dor e impotência funcional, crepitação óssea aos movimentos, edema e equimose, deformidades Obs: Classificação das fraturas expostas Gustillo e Anderson) Tipo I ferimento puntiforme Tipo II ferimento até 10cm Tipo III ferimento maior que 10cm Tratamento MMII - Fraturas e Luxações 26 Clínico: redução incruenta e aparelho gessado inguino-podálico (se a fratura for recente, torna-se fácil manipular os fragmentos ósseos porque não tem contratura muscular e edema Cirúrgico: permite uma redução anatômica perfeita e estabilidade, mobilização precoce e deambulação mais segura Indicações do tratamento cirúrgico: Fraturas expostas Fraturas instáveis Fraturas com comprometimento vascular Fraturas cominutivas (não é indicação absoluta, pode fazer tto conservador) Fraturas de tornozelo Classificação de Weber Unimaleolares Bimaleolares Trimaleolares Revisão da anatomia Articulação complexa Tíbia e fíbula distais formam uma pinça ou encaixe para o talus São estabilizadas por grupos de ligamentos Complexo ligamentar sindesmótico 4 → forças axiais e rotacionais Tibiofibular inferior Tibiofibular superior Fibulo-talar Tibio- talar Colaterais mediais 2 → resistência em valgo Colaterais laterais 3 → estabilização do talus Fibulo-talar anterior Fibulo-talar posterior MMII - Fraturas e Luxações 27 Fibulo-calcâneo Fraturas maleolares Tipo A → abaixo da sindesmose (nunca tem lesão da sindesmose) A1 - Maleolo fibular isolado A2 Maleolo fibular e tibial A3 Maleolo fibular, tibial e posterior Tipo B → transindesmal (ao nível da sindesmose) - pode ter lesão de sindesmose ou não B1 - Maleolo fibular isolado B2 Maleolo fibular e tibial B3 Maleolo fibular, tibial e posterior MMII - Fraturas e Luxações 28 Tipo C suprasindesmal (acima da sindesmose) → sempre vai ter lesão da sindesmose C1. Apenas fíbula (na fratura de Maisonneuve, temos fratura da cabeça ou colo da fíbula C2. Fíbula e maléolo tibial C3. Fíbula, maléolo tibial e maléolo posterior MMII - Fraturas e Luxações 29 Mecanismo de lesão Supinação-adução Supinação-rotação externa Pronação-abdução Pronação-rotação externa Carga vertical História de compressão ou torção Exame físico: Gaveta anterior: ligamento talofibular anterior Estresse em inversão: ligamento talofibular anterior e calcâneofibular Estresse em eversão: Ligamento deltoide (superficial) Estresse em rotação externa: ligamento sindesmóticos (anterior e posterior) e deltoide (profundo) Exames complementares RX AP, perfil e AP verdadeiro RX sob estresse → quando tem suspeita de lesão ligamentar Artrografia TC, RNM, cintilografia óssea e artroscopia Tratamento: Objetivos: redução anatômica, manutenção da redução, restauração da função MMII - Fraturas e Luxações 30 Conservador: realizado em fraturas estáveis e sem desvios e pacientes com alto risco cirúrgico Métodos: instável → gesso longo por 6 semanas; estável → gesso para marcha Cirúrgico: utilizado na maioria dos casos; indicado em qualquer fratura com desvio que envolva a superfície articular ou em falha do tratamento conservador Compliações: pseudoartrose, consolidação viciosa, infecção, artrose, distrofia simpática reversa, síndrome compartimental, sinostose, fraturas osteocondrais
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