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Origem do estado

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Origem do estado- Textos de apoio
Teses não contratualistas
Augusto Comte: (A origem estaria na força do número ou da riqueza)
Correntes psicanalíticas: (A origem do estado estaria na morte, por homicídio, do irmão ou no complexo de Édipo)
Gumplowicz: (Surgiu devido o domínio de hornas nômades violentas sobre populações orientadas para a agricultura)
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Foco do texto
Tese Contratualista Latu sensu- Teoria positiva do Estado
Teoria Marxista- Teoria negativa do Estado
· O estado é um fenômeno original e histórico de dominação 
· Cada momento histórico/modo de produção- Geram um determinado tipo de estado
O estado não tem uma continuidade evolutiva, são as condições econômicas e sociais que fazem emergir a forma de dominação apta a atender os interesses das classes hegemônicas 
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 Modelo Contratualista
· Instituição estatal- Criação artificial dos homens 
· Instrumento da vontade racional dos homens- Buscando os fins que marcam a condicionante de sua criação
Jusnaturalismo: A sociedade é “natural ao homem”
Contratualismo: Criação artificial da razão humana
Contraposição do Estado de natureza e o Estado civil Mediada pelo contrato social
EN- C- EC
O pensamento pretende estabelecer ao mesmo tempo, a origem do estado e o fundamento do poder político Por meio de um acordo de vontades, que acabe com o estado de natureza dando início ao estado civil.
O estado surge para dar fim as deficiências do estado de natureza
 
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A. Estado de Natureza- Hipótese lógica negativa- Reflete como o homem seria e seu convívio fora do contexto social
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B. Contrato- Instrumento de emancipação em face do estado de natureza e de legitimação do poder político
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C. Estado civil- Criação racional- sustentando no consenso dos indivíduos 
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 O Estado de natureza
· É uma abstração para que serve para justificar/ legitimar a existência da sociedade política organizada
· É uma contra face do estado civil 
· Se não estamos no interior da sociedade política caímos para o estado de natureza 
· Para os contratualistas a figuração do estado de natureza não é uniforme 
Thomas Hobbes: Estado de natureza: Estado de guerra, ambiente no qual dominam as paixões, situação de inseguranças e incertezas, domínio do mais forte... 
Guerra de todos contra todos, homem lobo do homem.
Rousseau: Estado histórico de felicidade Estado primitivo da humanidade Satisfação plena e comum
O estado civil seria um corretivo do próprio desenvolvimento humano, que teria uma estrutura triádica (estado de natureza- sociedade civil, momento negativo - estado civil, república)
Locke: Sociedade de “paz relativa” Domínio racional das paixões e interesses 
A razão permitia a percepção de limites Conformando um quadro de direitos naturais, que deveriam ser seguidos pelos homens 
Homem dotado de razão e desfrutando da propriedade privada 
Não há força o suficiente para impor o cumprimento da decisão e impedir que conflitos acabem em guerra 
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Contrato Social
Para superar os inconvenientes do Estado de natureza, é estabelecido um pacto, para que haja a passagem do momento “negativo” para o estágio político
Hobbes: O pacto é firmado entre indivíduos com o intuito de preservação de suas vidas 
Os homens despojam- se do que possui de direitos e possibilidades em troca de receberem a Segurança do Leviatã- significa “Deus mortal”
Estado: Multidão unida numa só pessoa- civitas
Pessoa que pode utilizar a força e recursos de todos para assegurar a paz e defesa comum—soberano
Restantes: súditos 
Locke: Pacto de consentimento—preservar e consolidar os direitos já existentes no estado e na natureza 
Os indivíduos dão seu consentimento unanime para a entrada no estado civil e para a formação do governo 
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Estado civil: Hobbes/Locke/Rousseau
Hobbes
Podemos ter a construção poder ilimitado, posto sem nenhum referencial no Estado de natureza, um poder novo sem vínculos com o pensamento Hobbesiano 
Hobbes: Poder absoluto, “O príncipe tudo pode”, pecando unicamente por fraqueza 
· Não há parâmetros naturais, por que o homem se despoja de tudo, exceto a vida, transferindo o asseguramento dos interesses a sociedade política- ao soberano
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Locke
O Estado e o Direito se constroem pela demarcação de limites pelo soberano
Locke: O contrato social garante direitos naturais presentes no Estados de natureza possam ser garantidos mais eficazmente pelo soberano 
Os direitos naturais irão limitar o poder do soberano
· O único jeito de um indivíduo abdicar de sua liberdade individual naturais e revestir- se dos elos da sociedade civil é se juntando em uma comunidade para viverem confortável, seguros...
Associação 
Submissão- desde que não fira os direitos acima propostos
Lei civil/ juízo imparcial/ força comum Papel de reforço dos direitos naturais 
Ao contrário de Hobbes, o poder estatal é necessariamente circunscrito 
O erro do soberano não é a fraqueza mas o excesso 
· A soberania absoluta, incontestável de Hobbes, cede passo a teoria do pai do individualismo liberal- Estado vinculado a conteúdo pré- sociais Os direitos naturais 
Pensamento de Locke: Controle do Executivo pelo Legislativo 
 Controle do governo pela sociedade Pensamento liberal
Dois tratados sobre o governo: Defende a liberdade, tolerância religiosa, e o Estado liberal
· Os governantes devem estabelecer o poder apenas dentre o limite estabelecido
Direito natural preexistente ao Estado/ Estado baseado no consenso/ poder limitado/subordinação do E ao L/ direito de resistência Diretrizes fundamentais do Estado Liberal 
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Rousseau 
· O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o homem que disse “isso é meu”, e os outros ingênuos acreditaram nele
· A desigualdade nasceu junto com a propriedade 
· Rousseau não considera o “homem como lobo do homem” O homem se transforma no lobo do homem ao decorrer da história 
· O homem nasceu livre e encontra- se aprisionado- Rousseau pretende devolver a liberdade ao homem 
A passagem de natureza para o estado civil do homem ocasiona muitas mudanças em sua vida, seu instinto é substituída pela justiça, também surgem relações morais que antes não existiam.
Quando a voz do dever substitui o impulso físico O homem busca a razão antes de escutar suas inclinaçõesE o direito substitui o apetite IMPORTANTE 
Por mais que esse modelo o prive de muitas vantagens que a natureza fornece, o homem obtém muitas 
Compensações: Suas faculdades se ampliam, as ideias desenvolvem, os sentimentos se enobrecem...
Se o mau uso da nova condição não atingisse o homem, ele deveria agradecer sem parar
De animal estupido virou um homem inteligente 
· O princípio que dá legitimidade ao poder é a vontade geral
· Se não houvesse nenhum elemento que se coincidissem os interesses, a sociedade não poderia existir 
Vontade particular- Objetivo: O bem privado
Vontade geral- Objetivo- O interesse comum
“Somente a última vontade deve ser o motor do corpo social”
· Através de um pacto a vontade se origina de uma união entre iguais
Cada um renuncia seus próprios interesses em favor da coletividade- Nada é privado, tudo é público 
O poder sai das mãos do monarca e vai para as mãos do povo, que é limitado pelo conteúdo do contrato originário do Estado
· O homem só deve obedecer a consciência pública representada pelo Estado
· Apoia um Estado democrático, porém consagra um despotismo da maioria- totalidade. Portanto há uma negação da liberdade ao ser humano.
Estado moderno 
Território/povo- Elementos materiais 
Governo/ poder/autoridade/soberano- Elementos formais
Para alguns autores existe um quarto elemento: A finalidade 
· O Estado deve ter uma finalidade que justifique a sua existência
· O Estado moderno- Estado unitário dotado de um poder próprio, independente de quaisquer outros poderes surge no século XV
· É um Estado inovador 
3 características que diferenciam os Estados do passado do Estado moderno:
1° Autonomia, que não permite que sua autoridade dependa de nenhuma outra autoridade
2° Distinção entre Estado e Sociedade civil 
3° Existe uma identificação absoluta entre o senhor e o monarca- soberano 
“L´estat c´ est moi”
Estado moderno Descontinuidade histórica 
No feudalismo o poder é individualizado, já no Estado moderno a dominação é legal- racional e não carismática igual no feudalismo 
 A regra define quem deve obedecer 
Naquilo que passou a denominar Estado moderno, o poder se torna uma instituição (uma empresa a serviço de uma ideia, com potência superior à dos indivíduos)
Estado medieval: Monarcas, marqueses, barões- Eram os donos do território e tudo nele onde se encontravam
Estado moderno: Identificação absoluta entre o Estado e o monarca em termos de soberania estatal
Primeira forma de estado centralizado: Estado estamental- primeira forma stricto sensu de Estado moderno
 
Pacto formado por diversas classes, que juravam lealdade entre si e obediência aos seus príncipes e reis
 
 Era um conglomerado de direitos adquiridos e privilégios e não uma constituição
 Eram pactos as vezes escritos e de costumes que delimitavam o poder do príncipe centralizador
 Para que se formasse o conceito de Estado é necessário a potência 
O rompimento da velha ordem medieval para a nova ordem se dá por meio da passagem das relações de poder para (autoridade/adm) das mãos dos senhores feudais para a esfera pública (O Estado centralizado)
 
 IMPORTANTE 
Principais motivos de passagem: Distinção entre esfera privada e particular
 Diferença entre poder político e econômico
 Separação entre funções adm, políticas e sociedade civil
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PRIMEIRA VERSÃO DO ESTADO MODERNO: MONARQUIA ABSOLUTISTA
· Poder concentrado na mão dos monarcas 
· Os reis titularizaram indevidamente a propriedade
 Estratégia para assegurar a unidade territorial dos reinos
 
A sustentação do poder absoluto estava na ideia de que os reis tinham origem divina 
· O monarca exerce seu poder sem dependência ou controle de outros poderes, porem possui uma limitação interna de valores e crenças.
Visão negativa sobre o Estado
· Engels diz que a sociedade civilizada é o Estado, e em todas as épocas tem sido o Estado da classe dominante 
· O Estado serve para a opressão de uma classe por outra 
· O Marxismo prega a extinção do Estado 
· O Estado é uma superestrutura do modo de produção capitalista 
· Se o Estado é um instrumento para proteger as classes dominantes, após a revolução do proletariado, não há mais razão para a existência do Estado 
· O Estado nasce da luta de classes 
3 elementos do Marxismo clássico:
Emancipação de classe- identificava as doenças no mundo existente 
Análise de classe- Diagnose de suas causas 
Solução cientifica- Identificava a cura 
Crise do Marxismo após a queda do muro de Berlim:
1° Crise política, econômica e ideológica dos países que adotaram o Marxismo como ideologia oficial
2° Crise dentro da tradição intelectual 
Conteúdo extra percebido no texto: Direito consuetudinário é o direito que surge dos costumes de uma certa sociedade, não passando por um processo formal de criação de leis

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